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Potencial das cooperativas de plataforma é abordado em reunião na Senaes

Regulamentação da atividade será prevista em projeto de lei do governo federal

 

Os analistas institucionais do Sistema OCB, Tiago Barros e Priscilla Coelho, e o coordenador sindical da Confederação Nacional do Cooperativismo (CNCoop), Bruno Vasconcelos, participaram nessa quarta-feira (6) de reunião com Carlos Grana, assessor da Secretaria de Economia Solidária (Senaes).

O encontro abordou a regulamentação das atividades de prestação de serviços, transporte de bens, transporte de pessoas e outras atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas (aplicativos) e o potencial das cooperativas de plataforma como opções estratégicas para inserção ao mercado e garantia de direitos aos trabalhadores. 

O tema vem sendo discutido em Grupo de Trabalho (GT) coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do qual o Sistema OCB faz parte e, em breve deverá ser apresentado Projeto de Lei para regular a relação dos trabalhadores de plataforma e as empresas.

Outro ponto de destaque da reunião foi a apresentação das ações realizadas pelo Sistema OCB em prol do cooperativismo no Brasil, salientando as conquistas, produtos e soluções direcionados ao modelo de negócio. Os representantes da entidade ressaltaram o objetivo de garantir uma maior competitividade e sustentabilidade dos diversos ramos envolvidos.

Carlos Grana demonstrou grande interesse em conhecer a Casa do Cooperativismo, bem como em estreitar as relações institucionais entre a entidade e a Secretaria. “Acreditamos que o objetivo de fomentar o cooperativismo é legítimo e merece nossa atenção”, afirmou.

Loja do Cooperativismo gera novas oportunidades de negócios na Agrinordeste

Cooperativas expositoras celebram resultados e troca de experiências

 

Oito cooperativas da agricultura familiar vinculadas ao Sistema OCB expuseram seus produtos na Loja Cooperativa da Agrinordeste, feira agro realizada entre os dias 30 de novembro e 03 de dezembro no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife. O estande institucional faz parte das estratégias da Casa do Cooperativismo para apoiar o acesso a novos mercados e oportunidades de negócios. “Foi um momento para as cooperativas se conhecerem, apresentarem seus produtos, compartilharem histórias e boas práticas”, afirmou o analista de Negócios do Sistema OCB presente no evento, Jean Fernandes.

Ainda segundo ele, a participação em feiras como a Agrinordeste é uma das ações do Sistema OCB para fomentar o acesso a novos mercados e potencializar as cooperativas de agricultura familiar, aumentando as possibilidades de comercialização de seus produtos e acesso a melhores condições de negócios. “Buscamos soluções para que elas possam vender mais e melhor, de forma sustentável e ampliando sua participação no mercado nacional”, complementou.

A Agrinordeste é reconhecida como o maior evento indoor relacionado ao agronegócio do Norte e Nordeste. Em sua 30ª edição, a feira reuniu 400 estandes expositores distribuídos em uma área de 10 mil metros quadrados e atraiu 30 mil visitantes. A feira é realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pernambuco (Faepe) e ofereceu, ainda, mais de 120 capacitações ao público, entre palestras e oficinas de expositores. O agro representa parte significativa do PIB de Pernambuco e, segundo dados da Faepe, o setor movimentou mais de R$ 240 bilhões, bem como gerou cerca de 375 mil postos de trabalho em 2022.

Para a participação na feira e com o objetivo de gerar mais aprendizados e oportunidades, a equipe do Sistema OCB responsável pelo estande realizou reunião coletiva preparatória com os representantes das cooperativas expositoras, bem como elaborou folders comerciais dos produtos oferecidos, incluindo um resumo da história de cada uma, informações sobre a localidade, principais parceiros comerciais, redes sociais e contatos. Sete estados foram representados pelas cooperativas Amazonbai, Coopasmig, Coopercuc, Central Roça, Coopaita, Cooperar, Coafra e Cooperflores. Os produtos expostos levaram a pluralidade de oportunidades do agro brasileiro como açaí, castanhas, cacau, geleias, mel, arroz, feijão, frutas desidratadas, queijos e manteigas. 

“Foi uma experiência incrível. Fizemos muitas conexões, parcerias e abertura de novos mercados locais e nacionais”, afirmou André Badaró, representante comercial da Amazonbai. Para Pedro Alves, representante comercial da Coopaita, a participação permitiu uma maior aproximação com o público. “Foi uma feira muito produtiva. Particularmente, pude compartilhar com outra cooperativa da Amazônia informações sobre clientes e novas possibilidades de produtos, visto que na região dele tem frutas que não tenho na minha. Percebemos que, caso ele faça um produto semelhante ao que eu tenho, não seremos concorrentes, pois o produto teria outro apelo comercial”.

Joel Linhares, presidente da Coafra, falou sobre a importância de feiras como a Agrinordeste. “E muito significativo. Um evento desse porte possibilita maior visibilidade e credibilidade da marca da cooperativa tanto para nossos clientes externos quanto para nossos cooperados. Além disso, a feira possibilitou trocas de experiências, melhor entendimento sobre o mercado fora da nossa região, aprimoramento de técnicas de vendas e marketing, assim como o amadurecimento de ideias a serem implantadas nas cadeias produtivas da cooperativa no futuro”, declarou.

Para Guilherme Matias, analista financeiro da Cooperflores, ver as atividades da cooperativa se expandirem para além do estado de Sergipe é muito especial. “Sem dúvidas, isso é resultado do nosso trabalho incansável, da esperança de ganhar as mesas brasileiras com os nossos produtos e, assim, gerar mais qualidade de vida e renda para a população. Sobretudo, para os nossos cooperados”, relatou.

Já Maria do Espírito Santo, presidente da Coopasmig, reforçou que a oportunidade foi maravilhosa. “Resultou em trocas de experiências, contatos, muita informação e conhecimento, bem como boas prospecções de negócios”, disse. Fabiula Barros, responsável comercial da Cooperar, por sua vez, salientou que “foi superpositiva a possibilidade de expor com outras cooperativas, trocar experiências e estar no Nordeste com produtos amazônicos”.

COP 28 mostra papel transformador das cooperativas de crédito

O cooperativismo de crédito brasileiro é visto como um dos principais motores na construção de um sistema financeiro responsável e sustentável. São mais de 15,5 milhões de associados e mais de 700 cooperativas no país. Com esses números, é possível gerar inclusão financeira, financiamento de projetos sustentáveis e desenvolvimento das comunidades. O setor soma R$ 656 bilhões em ativos, conforme dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023.

Esse crescimento acompanha um compromisso sólido com iniciativas ESG e ações que abarcam a promoção de finanças verdes, como a emissão de títulos sustentáveis e investimentos significativos para projetos que visam a preservação ambiental. O Ramo Crédito se destaca, ainda, em áreas como o financiamento de projetos com foco social e econômico e o apoio à economia circular. Além disso, possui papel essencial na promoção da agricultura familiar, o que gera recursos para modernização e sustentabilidade das propriedades rurais desse grupo de produtores.

O segmento será apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, sábado (9), no painel Cooperativas: aliadas da sustentabilidade ambiental e segurança alimentar, coordenado pelo Sistema OCB. Para Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob, a conferência em Dubai é um palco apropriado para que o empenho e o comprometimento do setor sejam reforçados. "É uma motivação para o nosso movimento falar sobre o que fazemos rumo à construção efetiva de um mundo melhor", disse.

Ele acredita que a apresentação será uma oportunidade para que as cooperativas financeiras mostrem os resultados alcançados pelo setor em prol de uma sociedade mais sustentável. "O cooperativismo de crédito tem compromissos assumidos com entidades nacionais e globais que contam com ações e propósitos concretos, como medidas associadas à transição climática e que contribuem para melhorar o cenário de adversidade que o mundo assiste hoje", acrescentou.

Para Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, a oportunidade de destacar as ações desenvolvidas pelas cooperativas do segmento em um evento global como a COP 28, “representa um marco para o sistema cooperativista de crédito brasileiro, que têm demonstrado compromisso com o crescimento sustentável do setor em consonância com os princípios cooperativistas”.

Os exemplos de participação democrática, inclusão financeira e desenvolvimento socioeconômico e sustentável das comunidades onde as cooperativas de crédito atuam se espalham por todo o país. O Sistema Sicredi, com mais de 7 milhões de cooperados, se destaca como pioneiro no desenvolvimento das finanças verdes no país. Em 2022, emitiu a primeira Letra Financeira Pública Sustentável do Brasil, captando R$ 780 bi para financiar projetos alinhados à sustentabilidade.

O Sicoob Credip e os produtores de café de Rondônia, por sua vez, são um reflexo de como o cooperativismo de crédito investe no desenvolvimento de um campo mais produtivo, socialmente justo e ecologicamente sustentável. Em colaboração com parceiros como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a cooperativa investiu em ciência para revitalizar a cafeicultura local com a construção de uma base genética única que deu origem a cafés especiais.

Já a Cresol Minas Gerais, preocupada com a preservação ambiental, lidera o Projeto de Recuperação e Revitalização de Nascentes na zona rural do município de Espera Feliz, que beneficia mais de cem famílias. Enquanto isso, a Sicredi Grandes Lagos, do Paraná, se concentra na proteção de recursos hídricos e ecossistemas marítimos, com projetos como o Proteção de Fontes, com 17 ações que contemplam diversas cidades do estado, e o Pé na Areia, focado na limpeza das praias e conscientização sobre os impactos negativos da poluição.

O projeto Batalhão do Bem, desenvolvido pela Unicred Ponto Capital (RS), utiliza resíduos têxteis para promover a economia circular, a geração de renda e a preservação ambiental.  O Sistema Cresol, fortemente ligado ao agronegócio e ao empreendedorismo, investe nas novas gerações, por meio do Projeto Juventude Conectada, para engajar os jovens em uma jornada de aprendizagem sobre cooperativismo, finanças e profissionalização. A iniciativa já acumula quatro edições e, até o momento, atendeu mais de 1,2 mil jovens de 14 estados.

Saiba mais sobre as ações sustentáveis coordenadas pelas cooperativas de crédito no especial sobre a COP 28 do site Cooperação Ambiental.

 

Foto de participantes sentados à mesa

Fórum das micro e pequenas empresas realiza nova reunião plenária

Nesta quarta-feira (29), o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), em parceria com entidades representativas do setor, realizou a 2ª reunião ordinária e a 2ª plenária do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FPMPE). O colegiado congrega representantes do governo federal e de mais 80 entidades de representação de pequenos negócios.

Para o governo, o encontro representou um marco na discussão de políticas públicas com foco na efetiva implementação da Política Nacional das MPEs. Dentre os temas em destaque, foram abordados a desburocratização, a inovação tecnológica, o crédito e o  financiamento, todos com o intuito de fortalecer a economia nacional.

Também participaram do evento o presidente em exercício e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o ministro Márcio França e o presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços (CICS) da Câmara, deputado Heitor Schuch (RS), que é, ainda, diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

Alckmin destacou que é imprescindível estimular e apoiar as micro e pequena empresas para impulsionar seu crescimento. "Os pequenos negócios funcionam como motores da economia. Estimular e apoiar o pequeno para que ele possa crescer é muito importante", disse. Ele enfatizou ainda a necessidade de simplificação e desburocratização do processos administrativos e o fomento à digitalização dos negócios irá fortalecer o setor e impulsionar o empreendedorismo no país.

 

O ministro Márcio França defendeu a criação de um programa federal nos moldes do Desenrola – atualmente voltado a renegociação de dívidas das pessoas físicas — também para micro e pequenas empresas, e também uma mudança no teto do MEI para permitir, por meio de uma “rampa de transição”, que empreendedores que ampliarem seu faturamento possam se manter no regime, com faixas de imposto proporcionais.

Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, representante do cooperativismo no fórum, ressaltou os resultados recentes do fórum. “Por meio do nosso trabalho, buscamos garantir que as cooperativas de pequeno porte e os pequenos negócios tenham um terreno fértil para prosperar, contribuindo para uma economia mais inclusiva e diversificada. Estamos comprometidos em trabalhar com os diversos atores envolvidos para assegurar que os pequenos negócios contribuam cada vez mais com o progresso econômico e social do nosso país e as cooperativas fazem parte desta estratégia”.

O Sistema OCB atua no fórum no Comitê da Política Nacional de Apoio e Desenvolvimento das MPEs e no Comitê Temático de Racionalização Legal e Burocrática, com foco no desenvolvimento de diretrizes e ações que contribuam para fomentar os pequenos negócios no país. Além disso, a entidade busca o reconhecimento de ações que visem o apoio e o incentivo ao cooperativismo e a outras formas de associativismo como meios para o ganho de escala e de inclusão produtiva aos pequenos negócios.

CECO reforça estratégias em reunião com BC

A Coordenação do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (CECO) se reuniu, na sede do Sistema OCB, nesta terça-feira (14), para discutir temas que impactam o cooperativismo de crédito no Brasil. Entre os principais pontos da pauta, foi apresentada a pesquisa acerca do segmento, liderada pela Câmara Temática de Comunicação e Marketing e realizada pela TM20.

O estudo explorou a visão dos brasileiros sobre as cooperativas em comparação aos bancos convencionais e apontou indicadores que ressaltam uma diferenciação notável em favor das cooperativas como responsabilidade social, atendimento acolhedor, participação nos resultados, taxas competitivas e solidez financeira. Além disso, foram apresentadas propostas de otimização do valor da marca, como por exemplo, explorar o conhecimento da categoria, a demonstração dos diferenciais, a responsabilidade social, a modernidade e as similaridades entre as coops de crédito e bancos tradicionais.

Com base nos resultados da pesquisa, Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB e secretária da Câmara, apresentou um plano de ação para fortalecer as estratégias de comunicação e marketing do cooperativismo de crédito nos próximos dois anos. O ponto de partida será o desenvolvimento de iniciativas que possam ampliar o entendimento do público acerca do que são as cooperativas desse segmento. "A Câmara Temática se reuniu na Casa do Cooperativismo para pensar em soluções e estipular metas que possam aumentar o valor do cooperativismo de crédito", disse.

A reunião do Conselho também recebeu representantes do Banco Central para discutir quais serão os próximos passos do processo de regulamentação da Lei Complementar 196/22. Durante o encontro, foram indicados pontos específicos, como a possibilidade de contratação de conselheiro independente, o processo de certificação de empregados de cooperativas de crédito, empréstimo compartilhado e participação societária em outras instituições.

Os representantes do CECO solicitaram ainda a inclusão do tema da captação de recursos municipais por cooperativas de crédito e a possibilidade de destinação de sobras para a recomposição de fundos sistêmicos próprios no processo regulamentar. A expectativa é que esses pontos sejam levados para apreciação do Conselho Monetário Nacional (CMN) na reunião de dezembro.

Sistema OCB e ITC buscam impulsionar negócios no exterior

Na sexta-feira (17) representantes do Sistema OCB e do Centro de Comércio Internacional (ITC) se reuniram para explorar potenciais projetos de cooperação e fortalecer laços institucionais. O ITC é um órgão multilateral que integra a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e desempenha o papel de promoção do comércio global, bem como do desenvolvimento econômico de países em desenvolvimento.

Como parte do Comitê de Promoção e Desenvolvimento de Cooperativas (Copac), a instituição contribui para a promoção do cooperativismo em todo o mundo e, durante o encontro, foram identificados pontos de convergência entre as atividades de representação e fomento entre as entidades.

A reunião proporcionou um alinhamento entre a imagem internacional e inserção de mercado das cooperativas brasileiras com as iniciativas do ITC. Além disso, possibilitou a troca de ideias e a identificação de oportunidades. Para João Marcos Silva Martins, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, promover a cooperação com organizações internacionais é parte da missão da entidade. "Manter contato com outras instituições de promoção do modelo cooperativista contribui para gerar ideias inovadoras e projetos de impacto para as cooperativas. Por isso, esse encontro foi muito importante e  proveitoso", disse.

Anne Chappaz, chefe de Instituições e Ecossistemas do ITC, considera que há muita convergência entre o trabalho de representação e promoção das duas entidades. "O Sistema OCB é uma organização forte e com muita popularidade. A partir deste encontro poderá nascer uma grande parceria na implementação de projetos, especialmente de preparação das cooperativas para o comércio internacional. Há  muito valor em conectar cooperativas de produção com cooperativas de consumo", afirmou.

O Sistema OCB, por meio de suas coordenações internacional e de negócios, se mantém comprometido com o fortalecimento de parcerias estratégicas que impulsionem o cooperativismo nacional e internacionalmente. Por isso, a importância de se alinhar aos objetivos do ITC de promover o comércio e o desenvolvimento sustentável. Pamella Lima, coordenadora de Negócios da Casa do Cooperativismo, acredita que as duas entidades tem metas em comum. "Ao perceber a convergência dos nossos trabalhos e conversar sobre possíveis projetos conjuntos, podemos criar ainda mais oportunidades de desenvolvimento de negócios e de mercado para as cooperativas", declarou.

Sistema OCB participa da Tecagro 2023

O analista de Inovação do Sistema OCB, Eduardo Sampaio, participou nesta segunda-feira (30) da Tecagro 2023, feira de tecnologia e inovação para o agronegócio realizada em Chapecó (SC). Com o tema Aqui você encontra o futuro, o foco central da feira este ano foi o cooperativismo, com conteúdos voltados para o mercado agro e novos negócios.

Eduardo conduziu a palestra sobre a importância da inovação para a competitividade no cooperativismo. Um dos temas abordados foi o InovaCoop, plataforma de inovação oferecida pelo Sistema OCB. Além do acesso ao conteúdo da ferramenta, ele ressaltou a importância das fontes de recurso para a inovação e explicou o funcionamento do Radar de Financiamento, que reúne oportunidades para acesso a fontes de fomento direcionadas a projetos inovadores. O último tema abordado foi a Pesquisa de Inovação do Cooperativismo 2023.

Ele iniciou sua fala destacando a importância do movimento. "Com mais de 4,6 mil cooperativas, mais de 20 milhões de cooperados e mais de 500 mil empregados, o cooperativismo é uma força econômica significativa no Brasil. O ciclo virtuoso que guia o nosso movimento possui sempre um propósito, com o intuito de gerar trabalho e renda, pensando na prosperidade de seus cooperados", disse.

Para Eduardo, eventos como a Tecagro 2023 permitem a exposição de soluções inovadoras que beneficiam as cooperativas e é uma excelente forma de incentivar o desenvolvimento do setor. "O evento apresentou desde maquinários até equipamentos que monitoram os indicadores de produção. Eles se complementaram com palestras bastante interessantes que catalisaram as interações e inspiraram a inovação.", declarou.

 

Digitalização

Eduardo também mediou o painel Desafios e soluções para digitalizar as cooperativas agrícolas, que contou com a participação de Jean Pierre Kurts, coordenador de inovacão da Aurora Coop; Fernando Francisco Rohr, gerente de indústria e logística da Cooperitaipu; Elio Casarin, presidente da Cooper A1; Claudiney Francisco Turmina, engenheiro agrônomo e Jardel Zucchi, médico veterinário da Cooperalfa; e José Luiz Tejon, especialista em Marketing para o agronegócio.

O debate abordou o processo de digitalização das cooperativas agrícolas e trouxe à tona as dificuldades e oportunidades relacionadas a estes cenários, além de explorar diferentes maneiras de aprimorar o trabalho agrícola e criar vantagens competitivas no mercado.

Eduardo finalizou o painel destacando a importância da sensibilização das lideranças nas novas tendências, para que elas se alinhem auma perspectiva positiva para o futuro do movimento cooperativista que, segundo ele,  estará imerso na digitalização. "Com esse debate, pudemos entender como o mundo digital está sendo inserido nas cooperativas, principalmente as do Ramo Agro. Vimos que a liderança tem um papel fundamental e que a digitalização é a chave para um futuro mais eficiente, sustentável e competitivo. É hora de superar os desafios e moldar o futuro do cooperativismo", concluiu. 

Ramo Crédito traça estratégias de comunicação e intercooperação para 2024

A Gerência de Marketing e Comunicação do Sistema OCB reuniu nesta segunda e terça-feira (23 e 24) representantes dos principais sistemas de crédito cooperativo em um encontro presencial para elaboração do planejamento estratégico de comunicação das cooperativas do Ramo em 2024.

Sicredi, Sicoob, Cresol, Unicred e Ailos, além da Federação Nacional das Cooperativas de Crédito (FNCC) e do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) participaram do encontro. A presença dessas instituições retratou o compromisso do segmento em fortalecer o sistema financeiro cooperativo, promover impacto social e trabalhar com intercooperação.

Durante a reunião, os representantes discutiram estratégias e iniciativas para o próximo ano, com a finalidade de garantir que o cooperativismo de crédito seja cada vez mais conhecido e seja uma escolha de quem busca serviços financeiros acessíveis, de qualidade e que tragam impacto positivo nas comunidades em que está inserido.

imagem site coop

Dia de celebrar: cooperativas de crédito

 Neste dia 19 de outubro, o mundo celebra o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC). A data homenageia o papel essencial do cooperativismo de crédito no desenvolvimento socioeconômico do Brasil e do mundo. Esse ano, o Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU),  responsável pela instituição da data, deu liberdade à Câmara Temática de Comunicação e Marketing do CECO/OCB para escolher o tema que ficou definido como: Apoiando pessoas, impulsionando negócios e transformando comunidades.  

São 120 anos de história do cooperativismo de crédito brasileiro com as pessoas e suas comunidades. O Ramo de Crédito se destaca em todo o país e desempenha um papel crucial na inclusão financeira de áreas remotas que possuem a necessidades de crédito para seus associados, sejam pessoas físicas ou jurídicas. O compromisso se mantém firme, durante todos esses anos, com o crescimento, a prosperidade e o desenvolvimento econômico.

Em 2022, o cooperativismo de crédito brasileiro apresentou números que fortalecem a sua posição como um agente de inclusão que impulsiona o progresso nacional e regional. De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023, o Ramo Crédito é representado por 728 cooperativas, oferecendo soluções financeiras a mais de 15 milhões de cooperados e gerando quase 100 mil empregos diretos. Em 322 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são a única instituição bancária fisicamente presente, desempenhando um papel vital na integração monetária de áreas remotas.

Os números continuam a crescer e o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) contribui de maneira significativa para o Sistema Financeiro Nacional (SFN). De acordo com dados do Banco Central, o SNCC registra depósitos totais superiores a R$ 352 bilhões e um volume de operações de crédito superior a R$ 361 bilhões, demonstrando a relevância e a solidez do setor no contexto financeiro do país.

"O cooperativismo de crédito brasileiro tem muito a comemorar. Ele é benéfico para a sociedade e um dos principais agentes de desenvolvimento do sistema financeiro nacional. Nosso compromisso é garantir que o cooperativismo continue a ser uma solução inclusiva para todos e esteja presente em todos os cantos do país para promover prosperidade", destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

As cooperativas de crédito possibilitam a melhora significativa na qualidade de vida de milhões de brasileiros e são voltadas para as pessoas. Dessa forma, as cooperativas promovem educação financeira e envolvem seus membros na gestão e tomada de decisões.

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Ouça este podcast: Os segredos do cooperativismo de crédito

Assista esses episódios do SomosCoop na Estrada: 

Sicredi Planalto Central 

Sicoob Centro-Sul 

Sistema Ailos 

Cresol

 

Painel debate estratégias de branding cooperativo no WCM 2023

A gerente de Marketing e Comunicacão do Sistema OCB, Samara Araujo, mediou o painel Branding Cooperativo, nesta terça-feira (17), no World Coop Management 2023 (WCM), o maior congresso de liderança e estratégia do setor cooperativista. O tema deste ano é Criar, agir e vencer num mundo em constante evolução e reúne grandes nomes do cooperativismo em um evento que fomenta discussões sobre inovação e compartilha experiências. Também participaram do painel a diretora executiva da Dot.Coop, Violetta Nafpaktiti, o diretor de serviços ao cliente da Calverts, Siôn Whellens, e o gerente de Marketing e Comunicação da Ocepar, Samuel Zanello.

Violetta  explicou que o domínio .coop é uma estratégia global para unificar as cooperativas num domínio único no universo digital. Eles fazem a verificação das cooperativas e da marca Coop. Em sua apresentação, ela contou que a DotCooperation tem o intuito de construir uma indentidade cooperativa mundial por meio de verificação, domínio, diretório e mapa global. "O DotCoop verifica a elegibilidade de cada usuário e uso da marca. Quem se registra, pode usar a marca de forma gratuita", disse. De acordo com ela, as políticas de elegibilidade e verificação da DotCoop são aprovadas pelo comitê de identidade cooperativa do conselho da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e funcionam como uma credencial.

Siôn, por sua vez,  falou sobre a marca global das cooperativas como um desafio de branding. Ela explicou que uma pesquisa foi realizada para entender se o uso do coop promove uma identidade mundial, mesmo que não seja usada ou compreendida. “O estudo demonstrou que a maioria dos entrevistados acredita que o termo constrói uma identificação. O termo foi construído e consolidado como a expressão de um propósito, um sentimento de pertencimento", esclareceu.  

Como representante do Sistema OCB, Samara apresentou o SomosCoop e elucidou sobre a regionalização do movimento no Brasil. Ela reforçou que o SomosCoop é um movimento criado para unir cooperativas, cooperados e conectar pessoas que acreditam na força da união para fazer o cooperativismo ser reconhecido na sociedade. "É muito mais do que uma campanha, é um movimento, que desperta orgulho em quem faz parte do coop e promove o cooperativismo em todo Brasil, gerando valor para todo o ecossistema coop", explicou.

Samuel enfatizou o papel da organização paranaense no cenário cooperativista. Ele relatou que a entidade nasceu com o intuito de apoiar a execução dos projetos cooperativistas no Paraná. Segundo ele, o Sistema Ocepar trabalha junto ao SomosCoop e às cooperativas desde o início do movimento. "Sempre realizamos pesquisas de mercado para entender como as pessoas percebem o valor das cooperativas e do SomosCoop no Paraná. Os resultados são sempre positivos quanto ao reconhecimento do valor da marca", disse.

O painel levantou questões sobre os desafios e vantagens de utilizar uma marca compartilhada. Além disso, discutiu a implementação do termo somos à marca global com o intuito de aproximar os cooperados. Os participantes do painel concluíram que o carimbo SomosCoop endossa o modelo de negócio focado nas pessoas, na comunidade e na sustentabilidade. O painel corroborou sobre a importância da comunicação coordenada para promoção de do cooperativismo junto à sociedade. "A contribuição social gerada pelas cooperativas em suas regiões pode ser traduzida e representada pelo SomosCoop. Deixo aqui o meu convite para que todas as coops se inspirem neste painel de hoje e abracem o movimento em suas comunicações, produtos e serviços", concluiu Samara Araujo.

Cooperativismo atua como propulsor de exportações agrícolas

Na sexta-feira (6), aconteceu o 42º Encontro Nacional do Comércio Exterior, no Centro de Convenções Expo Mag, no Rio de Janeiro. Diversos segmentos se uniram com o objetivo de abordar estratégias de fortalecimento do comércio internacional do Brasil. A finalidade do encontro foi analisar, discutir e sugerir ações para otimizar os fatores de competitividade dos produtos e serviços brasileiros, tais como logística, sistema tributário, burocracia, acesso a mercado e custos financeiros.

No painel Cenários e perspectivas para o agronegócio no mundo geopolítico instável, Antonio Alvarenga, presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) e moderador do tema, explicou que o agronegócio é responsável por mais da metade das exportações brasileiras e lidera as vendas de produtos como soja, milho e café. O foco do debate se deu em torno da produtividade nacional como elemento fundamental para o crescimento entre o setor agrícola e o pecuário, além de uma maior eficiência dos sistemas que compõem a cadeia produtiva.

Nesse contexto, João Prieto, coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, enfatizou o importante papel do cooperativismo para o agronegócio brasileiro. Para ele, o cooperativismo proporciona boas oportunidades para que agricultores de pequeno porte participem do cenário internacional. “Os cooperados possuem acesso à assistência técnica, insumos, capacitação e tecnologia. Além disso, possuem diversificação de produtos e, consequentemente, exportam de maneira competitiva", afirmou.

Ainda segundo Prieto, o cooperativismo incentiva a circulação da economia e se expande, cumprindo também seu papel social. Ele ressaltou que o modelo de negócio cooperativista coloca o Brasil como um dos principais participantes do mercado agrícola mundial e, mais do que isso, o transforma em uma ferramenta de inclusão, desenvolvimento e promoção de boas práticas. "O cooperativismo brasileiro não só fortalece a produção e o mercado, mas também funciona como uma ferramenta de desenvolvimento social", concluiu.

Portas Abertas recebe Sicredi Integração PR/SC

O projeto Portas Abertas é uma iniciativa do Sistema OCB que busca estreitar laços entre as cooperativas, as Organizações Estaduais e as atividades desenvolvidas pela unidade nacional. Na segunda-feira (9), cooperados do Sicredi Integração PR/SC foram recebidos em Brasília, pelo Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias (Desuc) para participar de palestras e realizar visitas estratégicas ao Congresso Nacional, além de conhecer pontos turísticos da capital.  

A comitiva participou de palestra sobre o trabalho de representatividade do Sistema OCB na defesa do cooperativismo, que abordou o atual cenário político e ressaltou a crescente força do movimento. A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, citou a entidade como um agente de interlocução sólida com os Três poderes e afirmou que há garantia de reconhecimento e consideração nas decisões políticas. "O Sistema OCB se empenha para que o cooperativismo seja fortalecido em todo o Brasil. Por meio da nossa atuação junto ao Congresso Nacional, estamos sempre em busca de promover essa união e colaboração constantes", afirmou.

Em uma segunda apresentação, a comitiva conheceu um pouco mais sobre o crescimento do Ramo Crédito e a importância da supervisão do desenvolvimento desse segmento pelo Banco Central, que atua em parceria como apoiador do cooperativismo.

Para Thiago Borba, o coordenador do ramo no Sistema OCB, o BC entende  a importância do movimento e valoriza a atuação das cooperativas de crédito. "No Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo está destacado o número de municípios brasileiros em que as cooperativas de crédito são a única alternativa viável para o acesso a serviços financeiros. O BC reconhece que essa parceria é fundamental para o crescimento econômico e a inclusão financeira de milhares de brasileiros", disse.

imagem site coop

Sescoop completa 25 anos!

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo(Sescoop) completa 25 anos de atuação com a oferta de soluções para desenvolver e impulsionar os negócios cooperativistas. Por meio do tripé formação profissional de cooperados e empregados, monitoramento do desenvolvimento organizacional das cooperativas e promoção social para as comunidades, o Sescoop agrega valor ao movimento e o torna cada vez mais forte e relevante para a sociedade. Criado em 1998, por meio da Medida Provisória 1.715/98 e regulamentado pelo Decreto 3.017/99, o Sescoop integra as três casas do Sistema OCB, que conta também com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e com a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).

“É com muita alegria que o cooperativismo brasileiro comemora os 25 anos do Sescoop. Desde sua criação já sabíamos que um novo modelo de governança mais prático e moderno seria implementado para garantir a competitividade das nossas cooperativas com a formação de pessoas e adoção de práticas estratégicas no mercado. Hoje, temos diagnósticos de monitoramento e desenvolvimento organizacional, uma plataforma de educação a distância para dirigentes e empregados, mas que também é aberta e gratuita para a comunidade, bem como diversas soluções de promoção social focadas no desenvolvimento das comunidades onde atuamos. Destaco especialmente a educação e a formação que são princípios cooperativistas que se materializam em ações e programas do Sescoop. Então, temos muito para celebrar”, parabenizou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

A missão do Sescoop, presente todo o território nacional, com representação nas 27 Organizações Estaduais do Sistema OCB, é promover a cultura cooperativista e o aperfeiçoamento da governança e da gestão das cooperativas brasileiras e estrangeiras, por meio de acordos de cooperação técnica com outras nações.

As ações de monitoramento, mencionadas pelo presidente, ocorrem por meio de diagnósticos organizacionais, orientados para o acompanhamento da identidade e conformidade à legislação cooperativista, governança e gestão; desempenho econômico e financeiro e, mais recentemente, averiguação da aderência aos critérios ESG e ao desenvolvimento dos negócios.

A formação dos dirigentes e associados tem, por sua vez, o objetivo de desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes para qualificação profissional adequada à gestão estratégica e operacional das cooperativas e ao seu modelo específico de negócios. Já a promoção social se dá por meio do incentivo ao voluntariado em evento nacional, chamado Dia C, que demonstra as ações sociais e ambientais realizadas o ano todo, além do enfoque na educação cooperativista e formação de novas lideranças, destacadamente.

Entre os mais robustos projetos desenvolvidos pelo Sescoop em âmbito nacional está a plataforma de educação a distância, CapacitaCoop e o Diagnóstico de Desenvolvimento Organizacional orientado para a Governança e Gestão, também conhecido pela sigla PDGC. As cooperativas que obtém os melhores indicadores podem participar de premiação promovida pelo Sistema OCB, o SomosCoop Excelência em Gestão.

 Além disso, o serviço também coordena nas plataformas InovaCoop e NegóciosCoop, que contam com conteúdo exclusivo para auxiliar na conquista de novos mercados e ampliação das oportunidades do cooperativismo.

O Sescoop é responsável ainda, por uma série de iniciativas voltadas para a promoção da imagem do cooperatismo em todo o país, por meio do movimento SomosCoop. Por meio de ações de comunicação o SomosCoop busca despertar o orgulho de ser cooperativista e conectar pessoas que acreditam na força do trabalho compartilhado e colaborativo, para tornar o cooperativismo conhecido e reconhecido na sociedade. A marca reforça o sentimento de pertencimento e identifica os produtos e serviços oferecidos pelas cooperativas.

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Títulos verdes podem contribuir para a sustentabilidade e competitividade nas coops

Nessa segunda-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou em Nova York, títulos soberanos sustentáveis, os green bonds, ou títulos verdes. Os papéis, voltados para o financiamento de projetos de sustentabilidade, garantem novas oportunidades para a competitividade do cooperativismo brasileiro. “Essa iniciativa traduz a vontade e a capacidade do país em ser uma liderança mundial quando se fala em meio ambiente”, afirma o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato. Ainda segundo ele, os títulos verdes representam o acesso a recursos mais baratos para financiar as atividades produtivas sustentáveis das cooperativas. “E isso representa um futuro de mais oportunidades a partir de créditos diferenciados com taxas menores e capazes de fomentar cada vez mais a nossa sustentabilidade e competitividade”. Com o lançamento dos títulos verdes, o governo brasileiro espera levantar cerca de US$ 2 bilhões em emissões até novembro deste ano. A operação é assessorada pelos bancos JPMorgan, Santander e Itaú Unibanco. Para os investidores, a compra dos títulos busca combinar sustentabilidade e retorno financeiro com apoio a agendas que envolvam a pauta ESG (governança socioambiental). Cálculos do Bank of America (BofA) mostram que os fundos globais ESG captaram US$ 21 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses de 2023. O montante é próximo à captação de todo o ano passado, quando os ingressos líquidos somaram US$ 22 bilhões. Para Fernando Haddad, a emissão dos títulos verdes tem potencial para atrair novos investidores por apoiar projetos produtivos, como por exemplo, os de hidrogênio verde. “É fundamental que o país sinalize onde quer investir e que trará o melhor retorno”, destacou.

Live do BC explica importância das coops de Crédito

Semanalmente, o Banco Central realiza lives que explicam assuntos relevantes para a sociedade brasileira. Nesta segunda-feira (11), o tema da LIVE BC #15 foi "O que uma Cooperativa de Crédito pode fazer por você?". Para falar sobre esse assunto, o convidado foi Harold Espínola, chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias da entidade. Harold explicou um pouco sobre o processo de supervisão que o BC realiza em relação ao o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), bem como da função social do ramo: "O cooperativismo proporciona a inclusão quando realiza atendimento à sociedade não alcançada pelo sistema financeiro nacional. Mais de 300 municípios são atendidos exclusivamente por cooperativas", afirmou.

No início de sua participação, Harold esclareceu os princípios que norteiam o cooperativismo moderno, que incluem a adesão livre e voluntária, a gestão democrática, a participação econômica, a autonomia e independência, a educação, formação e informação, a intercooperação e o interesse pela comunidade. Ele fundamentou sua fala na distinção entre uma instituição financeira tradicional e uma cooperativa e destacou que são modelos de negócios distintos. "O desenvolvimento do associado é o ponto de partida para a formação de uma cooperativa. A essência é a principal diferença, é uma sociedade sem fins lucrativos", salientou.

Cooperação e legalidade

Harold falou sobre a vedação ao modelo cooperativo de auferir lucros. O excedente entre as receitas e despesas nas cooperativas é chamado de sobra e, quando ocorre, esse valor deve ser devolvido aos cooperados, proporcionalmente ao volume de operações de cada um, e também são realizados investimentos nas comunidades onde as cooperativas estão presentes. “Nesses momentos, os próprios cooperados decidem, em assembleia, qual será o destino desse excedente que pode ser reinvestido e distribuído proporcionalmente. O objetivo é gerar riqueza para promover o crescimento e melhora na qualidade de vida dos cooperados na própria comunidade”.

No que diz respeito ao processo de supervisão de uma cooperativa, o chefe esclareceu que, de acordo com a legislação, todas as ações dos gestores e decisões das cooperativas estão sujeitas à aprovação dos cooperados. Em relação ao Banco Central, existem regulamentos que abarcam todo o sistema financeiro e que devem ser seguidos com rigor. "O  BC desempenha um papel de supervisão tanto nas cooperativas quanto em todas as outras instituições financeiras do país. Essa supervisão é contínua e envolve cobranças proporcionais ao tamanho e à atuação de cada instituição”, disse

Para Harold, o cooperativismo de crédito brasileiro é uma referência para o mundo e tem  crescido significativamente, mesmo em momentos de crise. Segundo ele, em 2022 houve um crescimento de 22% no crédito, enquanto o sistema financeiro cresceu 6,5%; em depósitos somou R$ 358 bilhões de reais, um crescimento de 30% ao ano, contra 7,5% do sistema financeiro nacional.  "Aprendemos muito e aprendemos bem. Temos um marco legal próprio das cooperativas desde 2009, atualizado em 2022, e as pessoas de fora do Brasil se espantam com o diálogo entre o BC e as cooperativas", complementou.

             

Conselho do Fust aprova investimento de R$ 2,74 bi até 2025

O Plano de Aplicação de Recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o triênio 2023-2025 foi aprovado, nesta segunda (11), após reunião do Conselho Gestor do Fundo de Universalização de Telecomunicações (Fust), do qual o Sistema OCB é membro. O BNDES prevê que sejam captados R$ 2,74 bilhões para investimento prioritário na ampliação de conectividade à escolas públicas, regiões periféricas, hospitais e propriedades em áreas rurais.

Para Marco Olívio Morato, coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, a liberação das linhas de crédito do Fust para aplicação do BNDES em projetos que ampliam as redes de internet por todo o Brasil irá possibilitar o acesso da população ao processo de digitalização. "Essa inclusão ao digital pode proporcionar desenvolvimento, eficiência e qualidade de vida. Esse é um grande passo", declarou.

O Plano de Aplicação de Recursos (PAR) visa planejar e criar estratégias para uso dos recursos do Fundo pelo agente financeiro. Nestes três anos, e sendo atualizado anualmente, o objetivo é assegurar que as diretrizes, prioridades e métodos sejam aplicados corretamente. O BNDES pretende captar R$ 914,3 milhões em 2023, R$ 914 milhões em 2024 e o mesmo valor em 2025.

A diretora do Departamento de Política Setorial do Ministério das Comunicações, Nathalia Lobo, presidiu a reunião do conselho e acredita que o plano oferece muito mais do que o acesso à internet. Para ela, é a redução das desigualdades regionais com letramento digital e preço justo. “A nossa intenção é fazer com que a internet chegue lá na ponta e que traga benefícios tangíveis para a população, permitindo que as pessoas tenham, inclusive, acesso a serviços públicos de qualidade", disse.

O conselho

Integram também o Conselho Gestor do Fust os representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Planejamento e Orçamento; da Agricultura e Pecuária; da Educação; da Saúde; da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); das prestadoras de serviços telecoms; e da sociedade civil.

Uma de suas competências do Conselho é elaborar, anualmente, um relatório de gestão com avaliação dos resultados obtidos pela aplicação de recursos do Fundo. O CG-Fust também elabora e submete ao Ministério das Comunicações uma proposta de orçamento do Fundo para inclusão ao Projeto de Lei Orçamentária Anual.

O Fust foi instituído pela Lei 9.998/00 com a finalidade de estimular à expansão, uso e melhoria da qualidade das redes e dos serviços de telecomunicações, além da redução das desigualdades em todas as regiões do Brasil, bem como estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade.

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Coops mirins e escolares: empreendedorismo e solidariedade na prática

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A importância de se aprender desde cedo sobre empreendedorismo e solidariedade tem sido reforçada pelas cooperativas mirins e escolares que, em movimento de intercooperação com cooperativas de trabalho e educacionais de diferentes estados, vêm promovendo os princípios cooperativistas. Os programas apoiados pela Fundação Sicredi e pelo Instituto Sicoob incentivam, sob orientação de um professor, a formação dessas cooperativas direcionadas aos jovens de escolas públicas, privadas, em cooperativas educacionais e outras instituições de atendimento às crianças e adolescentes entre os 6 e 17 anos.

De forma lúdica e interdisciplinar o processo para a constituição da cooperativa é reproduzido pelos jovens como captação de associados (sócio aluno), aprendizagem sobre as questões documentais, e realização de assembleia com eleição e posse dos membros dos conselhos administrativo e fiscal. Desta forma, as crianças aprendem a desenvolver competências e hábitos que disseminam os princípios do cooperativismo dentro e fora do ambiente escolar. O objetivo deste conjunto de ações promovidas pelas cooperativas é tornar o mundo cada vez mais cooperativista, estimulando as crianças a criarem, terem autonomia, protagonismo, liderança e olhar diferenciado para a educação financeira.

As iniciativas são apoiadas pelo Sistema OCB e pelas Organizações Estaduais. O coordenador de Ramos, Hugo Andrade, ressalta que o grande mérito dos projetos é envolver jovens e crianças no universo da cooperação. “Aprender sobre assembleias, negociações, formar chapas, fazer reuniões e simular, ou até mesmo efetivar negócios ajuda a forjar melhores cidadãos e futuros cooperados nos quadros sociais das cerca de 5 mil cooperativas brasileiras. Devemos incentivar cada vez mais a participação deles, pois é no cooperativismo que sempre terão espaço para crescer e contribuir para um mundo mais justo e próspero para todos”.

 

cooperativa mirim sicoob

Histórias inspiradoras

 Em Rondônia, a Cooperativa dos Profissionais em Educação (Cooped), a Afavoo - fruto da integração da Cooperativa Educacional de Vilhena (Coopevi) e a Nova Avec, e a Cooperativa Educacional de Cacoal (Coopecc) incentivaram a criação de coops mirins como a Coopere, a Coopbee e a Cooperbi. A experiência assertiva de Rondônia também acontece em outros estados como Espirito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As capacitações são ofertadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) das Organizações Estaduais para fomentar o programa com o passo a passo para a formação de uma cooperativa.

O presidente da Cooped, Fabrício Pacheco, informou que, além das três coops já instituídas, no segundo semestre outras serão implementadas no estado. “A coop mirim da Cooped, por exemplo, está em plena ação e já participou de vários eventos na nossa cidade e em cidades vizinhas. Ela esteve na maior feira agroindustrial de Rondônia vendendo nosso objeto de aprendizagem. Isso movimenta o projeto e é de grande valia para agregaremos outras boas ações ao programa. Aqui em Rondônia o cooperativismo é muito forte e vimos essa necessidade de estimular as cooperativas mirins. Visitamos outros estados e observamos os fatores predominantes, prós e contras, bem como a viabilidade de parcerias e intercooperação para a implementação”.

Ainda segundo ele, a cooperativa mirim já acionou, inclusivo, o 6º princípio do cooperativismo, que é a intercooperação. “O produto comercializado por outras cooperativas é também vendido pela coop mirim. O chocolate, que é utilizado como objeto de aprendizagem, por exemplo, e fruto de uma parceria com uma cooperativa que produz o cacau e derivados. Hoje eles dispõem da fruta a preços mais acessíveis e garantem o fortalecimento de todo o cooperativismo rondoniense com a venda dos produtos. As coops mirins são cruciais para um cooperativismo mais pujante e temos que sensibilizar cada vez mais os alunos e país para fortalecer o programa”.

No Espirito Santo, com apoio da OCB/ES, as cooperativas mirins são dirigidas e coordenadas pelos próprios alunos das instituições públicas e privadas. Em metodologia similar ao que ocorre em Rondônia, o interesse pela comunidade, a produção de bens e serviços, e as responsabilidades sociais e econômicas são salientadas dentro e fora da escola em consonância com os princípios cooperativistas. Há produção de trabalhos artesanais como caixas decoradas, pintura de tela e de panos de prato, objetos de decoração com recicláveis, além de doces, brigadeiros, bolos e biscoitos.

Desde 2018 o mote das cooperativas capixabas mirins dos alunos da Escola Cooperação (Cooperjetibá), da Cooperativa Educacional de Linhares (Coopemcel), e da Educacional de São Gabriel da Palha (Coopesg Robusta) é disseminar os valores do movimento ao mesmo tempo em que busca formar futuras lideranças empreendedoras.

Já em Santa Catarina, a Cooperativa de Trabalho Magna atua na educação básica desde 1997. Antes denominada Colégio CEM – oriundo de Cooperativa Educacional Magna – teve o nome transformado após a sanção da Lei 12.690/12, que regulamentou o ato cooperado do Ramo Trabalho. Situada em Concórdia, a cooperativa é regida por normas de autogestão e a assertividade da metodologia levou, em 2006, à construção da minicidade cooperativista, uma parceria com o Sistema Ocesc, inaugurada em 2007.

Segundo a diretora-presidente, Elizeth Alves Pelegrini, o colégio atende alunos desde a educação infantil até o pré-vestibular. Há ainda oferta de cursos livres, centro de idiomas e período para atividades complementares, além da educação noturna para quem tem horários mais restritos. “Desenvolvemos projetos em vários eixos: político, financeiro, cultural, social, científico, entre outros. Esse programa de educação macro está alinhado aos nossos valores e filosofia. Criamos uma cultura da cooperação com nossos alunos que está de forma interdisciplinar e transversal nos planejamentos de aulas e rotinas do educandário”, explicou.

A Fundação Sicredi tem apoiado iniciativas similares, como é o caso da Cooperativa Escolar da Escola Municipal Cecília Meireles (Cecicoop), em Lucas do Rio Verde (MT), que iniciou suas atividades em julho de 2022 e já conta com 24 associados. Tudo começou após a realização da Cooperlândia, uma metodologia desenvolvida pela Fundação Sicredi, onde os associados são desafiados a investigar a realidade da escola e descobrir problemas e soluções para eles. Entre as descobertas, foi identificado o descarte inadequado do lixo. Então, foi realizada ação de intercooperação com a coop Ecoponto que atua com a coleta seletiva no município.

Os estudantes entenderam como são tratados os resíduos úmidos – que são enviados para aterro no município vizinho – e o seco, que é separado, reciclado e comercializado, gerando renda aos associados da Ecoponto. Os alunos também perceberam que a comunidade não estava destinando corretamente os resíduos sólidos e fizeram expedição aos arredores da escola. Eles se engajaram e incluíram no plano de gestão e conscientização o descarte correto dos resíduos baseado no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12, que trata do consumo e produção responsáveis. A atuação da Cecicoop foi ainda mais além. Os associados entraram em contato com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) para fazer parceria e receber folders informativos, bem como a participação de mascote para conscientizar a comunidade. Eles realizaram apresentações e brincadeiras com os outros 1,2 mil alunos da escola. Os estudantes cooperados permanecem atuando para a agir localmente e impactar globalmente com suas iniciativas de sustentabilidade e proteção ambiental.

A Castrolanda e a Fundação Sicredi, com o Programa Crescer e Cooperar, por sua vez, vem espalhando boas iniciativas em suas áreas de atuação. Uma delas alia ciência, sustentabilidade e cooperativismo e é desenvolvida pela Escola Evangélica da Comunidade de Castrolanda (Coopeecc), em Castro (PR). Os alunos cooperados desenvolveram projeto para captar água da chuva por meio de uma cisterna.

A proposta foi abraçada pela Castrolanda dentro de seu programa para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que seleciona e custeia as melhores ideias das cooperativas escolares de todos os anos. A cisterna possibilitou a captação da água da chuva que hoje é utilizada para irrigar as duas hortas da escola, além de servir para limpeza de calçadas e pátios. O reaproveitamento da água foi a grande sacada dos estudantes, já que a região é chuvosa em várias épocas do ano.

A Castrolanda e a Fundação Sicredi têm quatro cooperativas escolares constituídas e congrega 300 alunos. O programa de incentivo à participação de jovens no cooperativismo também está presente na Escola Municipal de Estação do Tronco, que criou a Coopemet; no Colégio Fabiana Pimentel, que instituiu a Cooefap; e no Colégio Emília Erichsen, com a CoopEM.

De acordo com o presidente da Castrolanda, Willem Berend Bouwman, "essa missão de difundir o conceito de cooperativismo nas escolas é muito importante justamente para aguçar e fomentar o espírito cooperativista nas gerações mais novas e a percepção de que juntos somos mais forte e vencemos os obstáculos".

O diferencial destas cooperativas está baseado no trabalho de ensino e aprendizagem focados nas potencialidades que o movimento tem no fomento para a consolidação de cidadãos mais conscientes e estudantes mais capacitados. Elas se pautam no currículo obrigatório que as instituições de ensino oferecem, mas acrescentam em suas atividades extracurriculares ferramentas para promoção do empreendedorismo coletivo via cooperativismo.

A introdução das crianças no universo cooperativista também foi evidenciada em matéria do Globo Rural. Confira no link!

imagem site coop

Destaques da Semana de Competitividade 2023

Encerrados os trabalhos da Semana de Competitividade 2023, os cooperativistas presentes retornaram para suas bases munidos de informações e ideias para impulsionar os negócios. O evento contou com trilhas para capacitar e inspirar em diferentes temáticas como ESG, Inovação, Inteligência de Mercado e Lideranças para Transformação. Palestras marcantes, espaço de cooperação, mesas redondas, laboratórios de práticas e exposição de produtos e serviços coop deixaram a semana ainda mais recheada de conhecimentos e experiências imersivas.

Logo na tarde do primeiro dia (7/8), aconteceu o Encontro Nacional do Ramo Transporte, que reuniu cooperativistas do segmento e autoridades da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Entre os temas discutidos, a necessidade de processos de intercooperação para alavancar novas oportunidades e avançar na melhoria dos serviços prestados, bem como na atenção às atualizações normativas, juntamente com seus impactos e oportunidades.

O Encontro de Comunicadores do Sistema OCB reuniu representantes das organizações estaduais para uma troca de experiências sobre as tendências e diretrizes de comunicação para o próximo ano. Na oportunidade, os participantes acompanharam palestra sobre o comportamento do público jovem, e construíram de forma conjunta ações para dialogar com as novas gerações.

À noite, o presidente Márcio fez a abertura oficial do evento com o lançamento do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023 e a divulgação da pesquisa elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para medir os impactos do movimento para a economia do país. O criador e CEO da Conquer, Hendel Favarin, foi o responsável pela apresentação da palestra magna, que abordou o tema Experiência do cliente: Qual a relação entre Coldplay e Disney.

Iniciados os trabalhos do segundo dia (8/8), os presentes participaram de palestras das diversas trilhas oferecidas, dentre elas estão o painel Como captar recursos públicos e privados para projetos de inovação na sua Cooperativa que detalhou caminhos e estratégias para facilitar a busca de fundos e a palestra Como o IA pode mudar a maneira de fazer negócios, que apontou os benefícios para os negócios trazidos pelo uso da Inteligência Artificial (IA), na Trilha de Inovação. Em Inteligência de Mercado, as palestras Transformando o Cooperativismo: Comércio Digital e o Futuro do Marketplace; e o Painel com a Apex: Por que exportar? demonstraram as oportunidades inegáveis para o cooperativismo no cenário global.

Na trilha de  ESG, a palestra Da materialidade ao roadmap de sustentabilidade destacou a  importância de se mapear os impactos na construção de estratégias para a sustentabilidade dos negócios. O papel do Brasil para a descarbonização global: oportunidades para o coop apresentou formas de acelerar o acesso a ferramentas que mensurem as emissões dos gases de efeito estufa e de  incentivar a adoção de boas práticas que promovam o aumento da produtividade e o sequestro de carbono como maneiras eficientes para a inserção do público cooperativista no tema. Já em Liderança para Transformação as abordagens se concentraram em tópicos como Sucessão: como evitar a desconexão geracional; O segredo do sucesso das coops centenárias; O papel da liderança na reputação e imagem da cooperativa; Design de decisão; e Gestão ambidestra: como administrar o presente, inovar e garantir o futuro

Em plenária, a palestra Panorama Político e Ecônomico Brasileiro 2023 contou com explanações de especialistas que fizeram um apanhado político-econômico de todo o globo edestacaram as oportunidades para o Brasil e para o cooperativismo.

Na quarta-feira (9/8), a especialista Rosilene Rosado e a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, reforçaram A contribuição do coop brasileiro para o ESG. E o CEO da Tátil Design, Fred Gelli, trouxe a sustentabilidade e o foco no consumidor contemporâneo como meio de promoção criativa e ambientalmente correta para impulsionar os negócios na palestra Qual marca a sua marca deixa para nós.

A semana promoveu ainda, a assinatura da renovação do Acordo de Cooperação Técnica com a ApexBrasil para continuidade da parceria na promoção e qualificação das cooperativas para internacionalizar seus produtos. Também foi realizado o lançamento do Programa de Negócios Nacional do Sistema OCB.

A superintendente Tania Zanella encerrou as atividades presenciais com a palestra BRC1 Tri: onde estamos e onde vamos chegar para incentivar a melhoria dos indicadores coop para que o movimento gere ainda mais prosperidade e desenvolvimento para o país.

Na quinta-feira (10/8), aconteceu o encontro on-line dos Agentes de Inovação do Sistema OCB, realizado na contou com a participação de Omar Taha, diretor de Inovação e Tecnologia da Unimed Federação Paraná, e de Karla Oliveira, gerente-geral do Sescoop. Por fim, na sexta-feira (11/8), os impactos da Reforma Tributária (PEC 45/19) foram debatidos por especialistas no Seminário Contábil Tributário do Sistema OCB.

 

 

Oportunidades de negócios são apresentadas às cooperativas de artesanato

As oportunidades de negócios para cooperativistas que atuam na produção de artesanatos foram apresentadas, nesta terça-feira (15), em reunião virtual que contou com a participação de mais de dez cooperativas de nove estados, além de cooperados, analistas e da diretora do Ministério de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (MDIC), Raissa Rossiter. A interlocução com o Executivo corrobora com as estratégias do movimento cooperativista para, entre outras ações de fomento, de  oportunizar o acesso ao mercado dos artesãos, bem como para a internacionalização dos produtos dos artesãos brasileiros.

O coordenador de Ramos do Sistema OCB, Hugo Andrade, fez a abertura do encontro e anunciou o interesse da entidade para criar uma câmara técnica do artesanato. Segundo ele, o espaço é essencial para que o segmento avance em pautas institucionais e de representação junto ao ministério em relação às políticas públicas de fomento ao setor. Em seguida ele passou a palavra para o analista-técnico, Alex Macedo, que evidenciou que o espaço será um canal de interlocução permanente. “Em 2022, nossas 28 cooperativas de artesanato e seus mais de 450 artesãos faturaram R$ 7,6 milhões. Reconhecemos nosso potencial, mas precisamos de mais dados e informações. Esse espaço vai nos ajudar a entender de forma mais objetiva a realidade dos negócios para melhor representá-los”, pontuou Macedo.

A coordenadora de negócios da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas (Gedec) da OCB, Pâmella Jerônimo de Lima, apresentou as soluções desenvolvidas pelo Sescoop Nacional com produtos customizados para as cooperativas, respeitando as peculiaridades do movimento. “Temos iniciativas para apoiar a inserção em mercados, ampliar e diversificar as vendas dos produtos por meio de participação em feiras, rodadas de negócios e missões internacionais. Com nosso Programa de Negócios, aplicamos diagnóstico e elaboramos soluções de acordo com a necessidade de cada cooperativa. O programa conta ainda com organização mercadológica, qualificação para exportação e promoção nacional e internacional”, afirmou.

Pâmella relatou aos participantes a experiência com a cooperativa Xambiart, na região Norte, que participa de projeto piloto para impulsionar os negócios. “Temos percebido resultados maravilhosos, que a consultoria, capacitações e participações em eventos têm gerado para a cooperativa. A metodologia feita por imersão participativa auxilia na identificação das dores e oportunidades que estavam ocultas, até então, para os cooperados. Nosso questionário aplicado está baseado nos pilares da sustentabilidade, organização social para o empreendimento, produção, gestão, agregação de valor e verticalização de cadeia e mercado. Em um prazo de 10 a 12 meses já percebemos os resultados”, descreveu.

“A experiência está sendo realmente fantástica, pois estávamos rastejando e, agora, o grupo se organizou, está ativo e aumentou as vendas. É um trabalho completo e tivemos um olhar geral e próspero para o nosso crescimento”, ressaltou a representante da Xambiart, Marivalda Borges.

Ainda de acordo com Pâmella, o Sistema OCB viabilizará a participação de dez coops na Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce 2023), que está em sua 5ª edição e acontece entre 26 de setembro e 1º de outubro, no Centro de Eventos do Ceará. “A última edição reuniu 1,5 mil artesãos de 25 estados e contou com 48 mil visitantes. Além dos negócios, há capacitações, workshops, programação cultural e rodada de negócios internacionais junto à ApexBrasil e Sebrae Nacional. Países como EUA, Emirados Árabes Unidos, Tailândia, Reino Unido, França e Alemanha estarão presentes e com interesse nos produtos”.

 

Ações do Executivo

A diretora Raissa Rossiter falou sobre as perspectivas do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), fez um apanhado histórico da legislação do setor e apresentou dados, de junho deste ano, do Sistema de Informações e Cadastro do Artesanato Brasileiro (Sicab), que demonstram o tamanho do segmento e a necessidade de otimizar as políticas públicas para os artesãos. “O programa vem evoluindo entre altos e baixos, mas cabe mencionar que o reconhecimento da profissão determinou o crédito específico para a categoria, o acesso às escolas de qualificação técnicas e outras ações nas quais estamos empenhados para aplicar cada vez mais os dispositivos da lei. Temos como público-alvo 203.835 artesãos registrados e a maioria são mulheres (76%). A renda de 81% desses profissionais atinge até três salários mínimos. Outro dado interessante é que temos 2% deles exportando e 14% já realizaram capacitação técnica ou gerencial.

Outro desafio destacado pela diretora é a promoção da categoria com a atualização das políticas públicas, aperfeiçoamento e regulamentação de marcos normativos, inclusão econômica e municipalização de políticas. “Em alguns estados, o artesanato está sob a alçada da Secretaria de Cultura, outros na de Trabalho e outros na de Lazer.  E sabemos que o setor é relevante não apenas sob o ponto de vista cultural, mas também econômico e social. Ele gera emprego, renda, desenvolvimento local e, se articulado com outros segmentos como o de turismo, pode ser inserido na economia criativa”, destacou.

Raíssa também salientou a importância da parceria com o Sistema OCB. “Alguns dados precisam ser mais precisos do ponto de vista estatístico para orientar de forma mais consistente nossas ações. A interlocução com o Sistema OCB é fundamental, pois o artesanato é um setor fortemente vinculado a cultura da cooperação e da associação. Queremos criar um fórum com os principais atores para discutirmos e aperfeiçoarmos as políticas. Para se ter uma ideia, até 2022, foram vendidos R$ 23 milhões que beneficiaram 4.553 artesãos em feiras nacionais. Estamos trabalhando por um conjunto de iniciativas que fomentarão o acesso cada vez maior deles a mercados”.

 

Experiências

O assessor institucional da Ocemg, Geraldo Magela, relatou que o coop mineiro se candidatou junto à Unesco pelo modo de produzir seus queijos artesanais – que embora não esteja contemplado na Lei, é mais uma oportunidade de divulgar produtos feitos pelas mãos dos brasileiros. “Isso para nós é uma riqueza, pois estamos em atividade há 300 anos. Temos potencial não só no queijo, mas em vários produtos. Nosso acordo de cooperação com a Secretaria de Estado de Educação tem ajudado a desenvolver o artesanato dentro da economia colaborativa”, contou.

O diretor presidente Cooperativa Artesa, de Cabeceiras (PB), Ângelo Márcio, ressaltou a importância dos financiamentos e da carteira profissional de artesão para facilitar o acesso ao crédito. “Nosso artesanato está há 20 anos no mercado e vendemos dentro e fora do país. Queremos vender mais, então, a questão dos financiamentos podem nos ajudar muito”, explicou.

A representante da Cooperativa dos Artesãos do Estado de Goiás (Cartago), Maria do Cerrado, parabenizou as ações e disse estar otimista. “Estou no artesanato há 25 anos e vi várias cooperativas e associações nascerem e morrerem sem ter acesso a nenhum desses estímulos. Estamos esperançosos de que tudo está mudando. Espero que o programa abra espaço maior para nossas vendas e o marketplace vai nos ajudar bastante também”.

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Palestra com especialista sobre roadmap ESG lota auditório

A trilha ESG da Semana de Competitividade do Cooperativismo 2023 trouxe, nessa terça-feira (8), a especialista em Sustentabilidade, Finanças Sustentáveis e Inteligência de Mercado no Agronegócio, Rosilene Rosado, para falar sobre a importância de se mapear os impactos na construção de estratégias para a sustentabilidade dos negócios. Rosilene é consultora ESG certificada em GRI (Global Reporting Initiative), relatório que apresenta os indicadores utilizados para comunicar as boas práticas das empresas e cooperativas para o mercado.

A consultora já atua com cooperativas de diferentes ramos na integração das estratégias ESG e, por isso, foi convidada a proferir a palestra ESG: da materialidade ao roadmap da sustentabilidade. Ela fez um apanhado sobre as definições de estratégias até a implementação de ações e demonstrou cases de cooperativas que já estão trilhando a jornada com base nestes e em outros indicadores. Os indicadores GRI mais reforçados durante a palestra são os que trazem as dimensões econômica, ambiental e social.

“É muito importante analisarmos a materialidade dos impactos das atividades, da cadeia de valor do negócio em todo o seu processo, abrangendo desde o fornecedor até o cliente. Temos, por exemplo, uma cadeia de valor da suinocultura de uma das quatro maiores processadoras desta carne no Brasil. Para mantê-la competitiva dentro do ecossistema de negócios, ela precisa demonstrar, entre outros fatores, se a questão do bem-estar animal está incluída nos processos. Para o mercado externo, esse indicador é bastante significativo”, relatou.

Rosilene apresentou quatro etapas para que sejam oportunizadas as iniciativas ESG: mapeamento de impactos significativos, como os riscos e oportunidades ESG; análise de materialidade e dos impactos; roadmap ESG (mapa para guiar toda a equipe dentro do planejamento), como plano de gestão dos temas materiais; e prestar contas, dando transparência na gestão.

“O impacto é o efeito que uma ação tem nas pessoas ou na economia como, por exemplo, a escassez de água e medidas para evitar desperdícios. Ou, quando na concessão de crédito está embutida a contribuição para gerar impacto direto ou indireto no meio ambiente. É preciso reconhecer estes aspectos para fazer a gestão adequada. É preciso saber se eles são reversíveis ou irreversíveis, sejam eles econômico, ambiental ou para as pessoas e comunidades”, pontuou.

Sobre o plano de gestão dos temas materiais, ela recomendou instituir um planejamento que contemple componentes de gestão mais objetivos, metas e indicadores sobre onde se quer chegar e em quanto tempo, além de definir estratégias para mitigar impactos e riscos para usufruir das oportunidades já mapeadas.

Segundo a consultora, os processos de diligência vão além do objetivo de instituir uma política de sustentabilidade e passa pela questão social e pela estruturação de um plano robusto que mede o todo. “Na prestação de contas, os principais itens de transparência são os relatórios de sustentabilidade que seguem a norma reconhecida pelo mercado (GRI). Algumas normas passam a vigorar a partir de 2025, dentro desses relatórios de materialidade. Evidente que outros aspectos também estão presentes e refletem no documento como o político, o geopolítico, regulatórios, mercadológicos e financeiros”, acrescentou.

O objetivo como um todo, ainda de acordo com ela, é estabelecer um monitoramento contínuo e evolutivo dos resultados, utilizando-se de normas internacionalmente reconhecidas. Este conjunto é o que reflete o nível de compromisso com o desempenho ESG. “Nada disso é estanque, assim como não são os nossos planejamentos. As métricas, metas, coletas, análises, dados, resultados e melhorias são moldadas conforme o cenário se altera. Novas metas podem surgir, porque cada negócio tem uma dinâmica. Por isso, estratégias devem ser contínuas e evolutivas”, complementou.

Exemplos

A especialista também apresentou cases do Sistema Sicoob e da Frimesa, nos quais ela atuou na construção da materialidade e integração estratégica das coops. No caso do Sicoob, a primeira análise de materialidade foi feita em 2018 para identificar seu lugar no mercado, os principais parceiros, a satisfação dos cooperados e colaboradores. Cerca de 9 mil participantes do Sicoob ajudaram a levantar 20 temas considerados relevantes para o contexto de atuação e seis deles foram priorizados.

As temáticas estão ligadas a fatores internos e externos, ambiente competitivo e ambiente operacional como visão de território, geração de valor para a comunidade e criação de laços com o sistema econômico local para gerar mais impacto na vida das pessoas com os valores do cooperativismo. Na seara do ambiente de negócios, a governança, a segurança financeira, o comprometimento com as mudanças climáticas, auxílio aos cooperados e o zelo pelos direitos humanos em todas as relações são os destaques.

“Territórios, pessoas e negócios são os três pilares de atuação e compromisso do Sicoob para promover o desenvolvimento socioambiental e econômico por meio do cumprimento do plano de sustentabilidade baseado em indicadores e metas com foco na materialidade. Seja na inclusão financeira das pessoas, seja no ganho para a cidade, ou para promover seu cooperado nesta transição”, explicou Rosinele.

Já sobre a Frimesa, cooperativa formada pela união de coops do agro, ela lembrou que foi a primeira do ramo a publicar seu roadmap ESG. As seis unidades industriais (três de carnes e três de lácteos) utilizam-se de práticas alinhadas aos indicadores internacionais. O resultado é a exportação para 24 países em quatro continentes. Todo o planejamento contou com a participação de líderes, cooperados e colaboradores.

A fase de avaliação envolveu 701 participantes com consultas a clientes no Brasil e no exterior. “Eles selecionaram 20 temas relevantes e, após nivelamento, chegaram a 11 ligados ao ESG, especialmente o bem-estar animal, temática identificada por um stakeholder no processo de avaliação. O conjunto gerou 29 objetivos, 47 iniciativas, mais de 60 indicadores de resultados e 143 GRI’s no relatório de sustentabilidade. Essa foi a primeira cooperativa a divulgar roadmap ESG, assumindo compromisso público com metas de sustentabilidade”, disse.

A Frimesa tem compromissos de curto, médio e longo prazos com o objetivo principal de tornar-se carbono neutro até 2040. Para isso, a adoção de práticas como o reuso da água, a redução de acidentes de trabalho, o alcance de 100% da rastreabilidade e 26% de logística reversa de embalagens já são aplicadas, segundo a consultora. A questão das embalagens reutilizáveis e/ou biodegradáveis estão entre os desafios globais.