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Embrapa lança novo selo por baixa emissão de carbono na produção da soja

Um dos principais gases que contribuem para o chamado efeito estufa é o carbono. Com a intenção de certificar os agricultores que produzem com baixa emissão do gás, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está elaborando metodologia para quantificar as emissões na produção de soja. Segundo a empresa, cada propriedade participante do projeto-piloto que alcançar os melhores resultados receberão o selo, ainda não denominado.

O anúncio do Programa Soja Baixo Carbono foi feito, pela Embrapa Soja de Londrina, na ExpoLondrina, nesta terça-feira (11), durante o 1º Fórum Soja de Baixo Carbono. As cooperativas paranaenses Coamo e Cocamar assinaram o termo de adesão para participar do programa. O Sistema OCB parabenizou a iniciativa e espera expandir o projeto também para outras coops do ramo.

O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, esteve presente no evento e declarou que esta é mais uma ação para alinhar a agropecuária brasileira às estratégias de respeito ambiental, cuidado social e boa gestão e governança (ESG) aos negócios cooperativos e empresariais. “É muito importante que o cooperativismo mensure sua pegada de carbono na cadeia produtiva da soja. O grão integra a base proteica de produtos do coop juntamente com a produção de suínos e aves. Estamos acompanhando e, em um futuro próximo, podemos fechar novas parcerias”.

As normas elaboradas pela Embrapa entram em testes no próximo ciclo da soja 2023/2024. A medida tem apelo internacional, uma vez que os países importadores têm a preocupação com o rastreio dos produtos, que passa por uma produção sem emissões, sem desmatamento e em benefício do controle climático mundial.

Segundo o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o programa garante constante inovação tecnológica para o agronegócio. “Não temos nada a temer. Isso vale para o ESG e tudo mais o que está sendo exigido neste momento em termos de sustentabilidade. Tudo o que o cooperativismo faz é na prática, não fica só no discurso. A Embrapa tem que ser a certificadora do que produzimos com sustentabilidade”.

O Sistema Ocepar já realiza anualmente o Fórum de Sustentabilidade para preparar as cooperativas para os desafios impostos pelo mercado. Ricken acrescentou que este ano será realizado um fórum conjunto com cooperativas europeias. “Em junho vamos realizar o evento em Foz do Iguaçu e debater sustentabilidade com cooperativas da Europa. Queremos desmistificar o pensamento da maioria dos europeus de que estamos dentro da Floresta Amazônica produzindo soja, o que não é verdade”.

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Soluções para gestão orientada a dados nas cooperativas

Já está disponível a trilha de diagnósticos AvaliaCoop, que auxilia os processos de gestão baseada em dados das cooperativas. Os produtos foram formulados para ajudar a identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria em três eixos de desenvolvimento organizacional: Identidade Cooperativista; Governança e Gestão; e Desempenho. Os diagnósticos da trilha podem ser aplicados de forma conjunta ou individual.

"Os diagnósticos foram criados para fortalecer a gestão das nossas cooperativas, que poderão estabelecer estratégias mais assertivas para ganho de mercado e, por consequência, o alcance da nossa meta do BRC1Tri de Prosperidade, em que pretendemos movimentar financeiramente R$ 1 trilhão, até 2027", salientou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Entre as vantagens oferecidas pela trilha está o acesso à análise de diversas informações que auxiliam a tomada de decisão em conformidade com a legislação e com os princípios do cooperativismo. O primeiro diagnóstico da trilha, Identidade AvaliaCoop, visa preservar as características do modelo de negócios cooperativista por meio do fortalecimento da segurança jurídica, da conformidade e da perenidade do negócio, com a redução de riscos e um quadro social forte.

As boas práticas de processos gerenciais estão presentes no segundo produto da trilha, Governança e Gestão AvaliaCoop, que trata da gestão e da governança, onde o diagnóstico apontará dados sobre melhoria de processos de forma contínua, alinhados com estratégias da organização; promoção da cultura de excelência em gestão; profissionalização e aumento da competitividade.

O terceiro diagnóstico, Desempenho AvaliaCoop, trata da performance dos resultados da cooperativa com indicadores econômicos e financeiros. A ferramenta oferece suporte ao processo decisório; definição das estratégias das cooperativas; fortalecimento da saúde financeira; transparência, fidelização dos cooperados, e desenvolvimento da autogestão.

Saiba mais sobre a trilha de diagnósticos AvaliaCoop no vídeo:

Procure a Organização do seu estado e saiba como aplicar os diagnósticos em sua cooperativa.

Gestão para a excelência: está aberto novo ciclo para a autoavaliação das coops

Todo ano ímpar o Sistema OCB presta reconhecimento às cooperativas que promovem excelência na gestão de seus negócios, promovendo mais competitividade ao movimento com a entrega do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão. Para concorrer, as cooperativas precisam participar do AvaliaCoop Governança e Gestão, antes denominado Programa de Desenvolvimento e Gestão de Cooperativas (PDGC), que iniciou seu ciclo de avaliações em 6 de fevereiro, assim como o Diagnóstico Identidade, que avalia a aderência das coops com a Legislação do Cooperativismo e suas boas práticas.

Os formulários on-line, para que as coops possam avaliar seus processos visando aderência às boas práticas de governança e gestão, já estão disponíveis. O objetivo do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) - casa do Sistema OCB responsável pelo programa; é oferecer uma ferramenta de diagnósticos gratuita, acessível e didática para que as cooperativas e Organizações Estaduais avaliem seus processos e recebam ajuda para aprimorar pontos de melhoria.

Após o preenchimento dos questionários a coop recebe um relatório com os pontos fortes e oportunidades de melhoria para se organizar e iniciar o trabalho necessário para alcançar a excelência na gestão, além de receber subsídios para elaborar um planejamento estratégico e plano de ação específico para sua realidade.

De acordo com a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, o AvaliaCoop Governança e Gestão é um importante instrumento de transformação das cooperativas. “Ele oferece um diagnóstico de alto nível sobre o estágio de maturidade de processos e práticas relacionados à governança e à gestão que servem como ponto de partida para desenvolvimento e oferta, pelo Sistema OCB, de soluções voltadas para o aperfeiçoamento dessas questões”.

O programa, criado em 2013, utiliza o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) - adaptado à realidade e à linguagem das cooperativas pelo Sescoop. A metodologia tem reconhecimento internacional por sua capacidade expressiva em aumentar a qualidade de gestão e competitividade de cooperativas e outras organizações, fato já registrado em mais de 2,5 mil coops que aderiram ao programa.

Além disso, todo o material disponível é melhorado continuamente a partir da experiência, reflexões e análises de especialistas e diversas lideranças técnicas do Sistema OCB e das cooperativas participantes, com atuação em todos os ramos e diferentes regiões do país, o que confere maior assertividade à avaliação. 

O Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão consagra, uma vez a cada dois anos, as cooperativas participantes do programa que se destacam por seus modelos de gestão e por suas boas práticas de governança em três faixas: ouro, prata e bronze. Cada faixa conta também com três níveis de maturidade: primeiros passos para a excelência; compromisso com a excelência; e rumo à excelência.

Em sua última edição, realizada em 2021, 310 cooperativas concorreram ao prêmio, número que superou em 14% as inscrições do processo anterior. O selo ouro foi entregue para 30 coops, enquanto o prata ficou com outras 39 e o bronze com 34. A avaliação envolveu a participação de 70 especialistas em gestão e governança da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ).

Sistema OCB pede aprimoramento do repasse de fundos constitucionais

A gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, foi recebida pelo Secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Tavares, nesta quarta-feira (8). A reunião foi um desdobramento do encontro realizado com o ministro Waldez Góes no último dia 1º, quando a entidade apresentou pautas prioritárias, projetos e ações do setor para que o movimento possa continuar crescendo e transformando a realidade de milhares de pessoas.

O principal tema tratado foi o aprimoramento do repasse dos fundos constitucionais e de desenvolvimento pelas cooperativas de crédito. Fabíola destacou a relevância das cooperativas como agentes de inclusão financeira, reconhecidas inclusive pelo Banco Central do Brasil como responsáveis pelo balizamento das taxas de juros e tarifas nas praças onde atuam. Ela salientou ainda, que as cooperativas de crédito oferecem serviços diferenciados pela proximidade e compreensão das necessidades dos clientes, além de estarem presentes em regiões mais afastadas e que não contam com outras alternativas de atendimento físico.

“Tendo em vista o papel de pulverizador de recursos e a capilaridade que as nossas cooperativas financeiras têm, acreditamos ser importante a facilitação do acesso aos recursos dos fundos, especialmente aos do Norte e Nordeste, para que possamos auxiliar na melhor implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento Regional. Para isso, defendemos uma maior previsibilidade do banco administrador para a proposta de aplicação dos recursos pelas nossas coops, além do acesso de um montante acima de 10% da programação do fundo a cada ano”, explicou a gerente geral.

A Lei 14.227/2021 assegurou o repasse de 10% do FCO e do FNO por meio de cooperativas de crédito, mas há capacidade para aumentar esse potencial e contribuir ainda mais com o crescimento econômico da região onde as cooperativas atuam.

Além dos Fundos Constitucionais, Fabíola ressaltou que, nos últimos anos, o Sistema OCB atuou intensamente para retificar o decreto que regulamentou o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), que impedia a participação de cooperativas como tomadora de recursos. “O Decreto 10.152/2019 fez essa correção, mas, em janeiro deste ano, a Sudeco/CO indeferiu pedido de uma das nossas coops com o argumento de que ela não se enquadra no conceito de pessoa jurídica”. Sobre o tema, o secretário ressaltou que entende que as cooperativas são potenciais beneficiárias do FDCO e se colocou à disposição para um diálogo com a Sudeco/CO.

Outro ponto discutido foi o desejo manifestado pelo ministro Waldez Góes para a criação de um fundo regional sustentável. “Defendemos que sua criação deve levar em conta as especificidades do cooperativismo como tomador desses financiamentos, bem como permitir que cooperativas atuem como disseminadoras desse fundo”, afirmou Fabíola Motta.

Eduardo Tavares respondeu de forma muito positiva às demandas. “Vemos um grande potencial de parceria entre as políticas públicas no MDR e o cooperativismo. Acreditamos, inclusive, que devemos fazer a assinatura de um Acordo de Cooperação entre o Sistema OCB e o ministério para viabilizar iniciativas conjuntas”, ressaltou. Sobre o repasse de recursos dos fundos constitucionais pelas cooperativas de crédito, o secretário indiciou que a pasta pode contribuir nas discussões com as superintendências de desenvolvimento das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste para ampliar o acesso do coop.

Ministra do Meio Ambiente formaliza interesse em sediar a COP30 no Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, formalizou o pedido junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para que, em 2025, o Brasil seja a sede da 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP30). O cooperativismo brasileiro apoia a iniciativa como forma de evidenciar o protagonismo brasileiro nas ações em defesa do meio ambiente e para corroborar que novos investimentos sejam feitos no país para incentivar a preservação dos ativos ambientais aliado à baixa emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.

No Fórum Econômico Mundial, nessa terça-feira (17), Marina Silva cobrou das nações desenvolvidas o repasse aos países em desenvolvimento do montante de US$ 100 bilhões para a proteção ambiental, oriundo do Acordo de Paris (2015). Ela também falou sobre estreitar as relações com investidores globais para ações de financiamento e proteção da Floresta Amazônica e de outros biomas brasileiros. Segundo ela, as prioridades são mitigar a concentração e emissão de gases de efeito estufa (GEE) para limitar o aquecimento abaixo dos 2ºC; e unir soluções para reduzir os impactos da crise climática.

Confira matéria completa no site Cooperação Ambiental.

Combate à fome e à pobreza também são bandeiras do coop

O papel das cooperativas para uma sociedade mais justa social e economicamente foi exposto, em palestra, pela gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, no XI Simpósio Nacional de Gestão de Cooperativas (Singescoop). O evento, que aconteceu entre os dias 17 e 19 de janeiro, abrigou também o 4º Fórum de Cooperativismo do Singescoop, que contou com submissões de trabalhos científicos em nove áreas temáticas sobre O papel do cooperativismo frente à pobreza e à desigualdade social.

A gerente iniciou sua fala apresentando os números do coop, que conta atualmente com 18,8 milhões de associados, 4.880 cooperativas e 493 mil empregos gerados. Em 2021, o coop brasileiro movimentou, R$ 784,3 bilhões de ativos. No cenário mundial, Fabíola trouxe a magnitude do movimento que gera 280 milhões de empregos com seus mais de 1 bilhão de cooperados. Uma curiosidade divulgada pela gerente é que das 300 maiores cooperativas do mundo, 22 são brasileiras.

As contribuições do coop na produção de alimentos para o Brasil e para o mundo também foram evidenciadas. “Nossos negócios, de fato, têm levado prosperidade e desenvolvimento para as comunidades onde as cooperativas estão inseridas. O Ramo Agro abastece o Brasil e o mundo, pois o trabalho deles representa 53% das exportações brasileiras de grãos, para mais de 100 países. Somos os primeiros na demanda por suco de laranja, soja, açúcar e café. Ocupamos a segunda posição no ranking de exportações de carne bovina; e a terceira em carne de frango, algodão, milho e azeite de soja. Tudo com muita qualidade e sustentabilidade", pontuou Fabíola.

A gerente evidenciou o ciclo virtuoso do coop que é estruturado por pessoas unidas por um propósito, a geração de trabalho e renda e a prosperidade econômica dos negócios, das pessoas e das comunidades. "Mais que ajudar, o coop inclui. As ações do Dia C, ou Dia de Cooperar, de 2022, beneficiaram 2 milhões de pessoas e contaram com o trabalho de 92 mil voluntários, 1,3 mil cooperativas e mais de três mil iniciativas. Mais de 500 ações foram para minimizar os efeitos da pandemia", defendeu.

A presença do cooperativismo no enfrentamento à violência infantil e de gênero também foi tema da palestra. "Em janeiro de 2022, o Comitê de Igualdade de Gênero da Aliança Cooperativa Internacional apresentou recomendação para incluir a paz e a não-violência como valores cooperativos, em especial, na Libéria e Turquia. Há uma mobilização para apoiar estas mulheres vulneráveis e capacitar refugiados, com apoio da FAO, órgão das Nações Unidas para a agricultura”, salientou.

Outro destaque na apresentação foi o programa ESG Coop. “As estratégias de cuidado ambiental, responsabilidade social e boas práticas de governança estão presentes no cooperativismo desde sua origem, está no DNA do nosso modelo de negócios. O que estamos fazendo agora é criar nossas próprias métricas. O ESGCoop conta com quatro pilares até o momento: o mapeamento das ações já realizadas pelas coops; definição e organização de indicadores conectados ao modelo de negócios; a escolha de caminhos coletivos para evoluir e gerar o maior impacto positivo para todos; e a formação de líderes ESG”, enfatizou.

Oportunidades

Fabíola frisou que as oportunidades do coop estão alinhadas aos desejos do consumidor contemporâneo como o compartilhamento de acesso à informação, a economia consciente e colaborativa, os produtos e serviços sob medida, os propósito e valores humanos nos produtos e serviços. "O cooperativismo apresenta resultados, produtividade e competitividade aliados à responsabilidade socioambiental, justiça social e prosperidade".

A gerente compartilhou informações dos ramos Agro e Crédito, que inspiram no quesito inclusão social e financeira, e reforçou o Desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, que pretende, até 2027, movimentar R$ 1 trilhão e agregar 30 milhões de cooperados ao movimento coop brasileiro.

Ao concluir, ela apresentou as plataformas ofertadas pelo Sistema OCB para impulsionar o coop como a CapacitaCoop, que oferece cursos e trilhas de aprendizagem em EAD; e a NegóciosCoop, e-commerce do coop brasileiro que já conta com mais de mil usuários, 523 cooperativas participando e mais de 650 anúncios publicados. "Temos ainda o ConexãoCoop, onde são divulgadas as oportunidades de feiras, missões e rodadas de negócios internacionais, em parceria com a Apex e o Ministério da Agricultura. Para estimular a inovação, oferecemos também o InovaCoop com as principais tendências de mercado”.

Fabíola convidou todos a conhecerem com mais profundidade a campanha SomosCoop, que, entre outras ações, estimula a utilização do carimbo nos produtos e serviços oriundos de cooperativas. “Para que todos conheçam e reconheçam a atuação do coop, o Sistema OCB vem produzindo, desde o final de 2022, a websérie SomosCoop Na Estrada para despertar na sociedade o orgulho de ser cooperativista”.

Singescoop

O evento foi promovido pela  Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), patrocinado pelo Sicredi e Cotrisel e apoiado pela Unicred, Camnpal, Sicoob e Cresol. O coordenador do 4º Fórum de Cooperativismo do Singescoop, professor Gabriel Murad, integra o comitê científico do Sistema OCB, denominado Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC).

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Conheça os vencedores do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano

Fim da espera! O Sistema OCB divulgou nesta quarta-feira (7) as coops campeãs da 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano. A cerimônia realizada em Brasília e transmitida ao vivo pelo Youtube, contou com a presença de mais de 200 cooperativistas que prestigiaram as iniciativas que inspiram nas sete categorias da premiação: Comunicação e Difusão do Coop; Coop Cidadã; Desenvolvimento Ambiental; Fidelização; Inovação; Intercooperação; e Influenciador Coop.

“Todas as nossas cooperativas, sem nenhuma exceção, merecem os parabéns pelo que vem fazendo pelo Brasil. As premiadas aqui nesta noite são exemplos do trabalho extraordinário elas fazem todos os dias e que, como costumo dizer, gera muito além de emprego e renda. Gera prosperidade para o nosso povo e oferece respostas adequadas para o que as novas gerações desejam. Temos desafios? Muitos, mas criamos modelos cada vez mais sustentáveis e capazes de gerar melhorias efetivas para a sociedade como um todo”, afirmou o presidente Marcio Lopes de Freitas na abertura do evento.

Ainda segundo o presidente, orgulho é a palavra que melhor define o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano. “Só posso agradecer por poder representar nossas cooperativas no Sistema OCB e pela confiança que recebemos. Bom final de ano e um 2023 repleto de realizações”, concluiu ele.

Os números da 13ª edição do prêmio bateram vários recordes. Foram 787 projetos submetidos por 431 coops de todas as regiões do país. Destes, 18 foram os escolhidos por duas comissões: técnica e julgadora. Já o Influenciador Coop foi escolhido por meio de votação popular. Além dos troféus, os primeiros colocados de cada categoria receberam bolsas para intercâmbios internacionais.

Confira os vencedores de cada categoria:

Comunicação e Difusão do Coop

A categoria Comunicação e Difusão do Coop premia as coops que promovem a cultura do cooperativismo também para a sociedade. Os cases vão desde a utilização do carimbo SomosCoop nos produtos da cooperativa até a promoção de cursos, palestras, eventos, campanhas e demais ações vinculadas ao carimbo.

O primeiro lugar foi para o Sicoob Cocred (SP), que criou o Jornada do Cooperativismo, com o objetivo de difundir os princípios do movimento e mostrar que o coop é sustentável, inclusivo e colaborativo. Além da divulgação nos mais variados veículos impressos, TV, rádio e internet, a campanha produziu a minissérie Cooperativismo e Impacto Social, veiculada em canais abertos e fechados de TV e no site da cooperativa. No Spotify, a série rendeu 4 milhões de ouvintes. Mais de 10 milhões de pessoas foram impactadas pela campanha. Os textos publicados na internet renderam quase 400 mil cliques de acesso.

“Realmente não esperava. É muito simbólico participar desse prêmio. Só posso agradecer e dizer que a comunicação e difusão do coop é muito importante para que todos os brasileiros possam conhecer nosso modelo de negócios”, afirmou o gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da Sicoob Cocred, Adalberto Júnior.

A Cooptur (PR) ficou com o segundo lugar com a GinCoop, a Gincana do Cooperativismo. O terceiro lugar ficou com o Sicoob Credialto (MG), com seu Curso De Formação Educacional Em Cooperativismo, Educação Financeira E Empreendedorismo (Coofem).

Coop Cidadã

Reconhecer os projetos desenvolvidos que têm como base os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que beneficiam a comunidade como atividades culturais e recreativas, de promoção social e consciência ambiental é o foco da categoria Coop Cidadã.

O primeiro lugar ficou com o case Escavação e Revitalização de Poços Artesianos da Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Rural Centro Sul de Sergipe (Cercos). A atuação da coop trouxe mais qualidade de vida para as pessoas com água potável para consumo e sistemas de irrigação para agricultura familiar de cinco comunidades do município de Lagartos.

Nas comunidades de Taboca e Açu Velho, 140 famílias passaram a ter acesso a água encanada em suas casas. Em Luiz Freire, 14 famílias contam com a água do poço para irrigação para cultivar e colher o ano inteiro produtos como batata, maracujá, acerola e pimenta. Já no povoado de Piçarreira, mais de 100 famílias foram beneficiadas pelo chafariz comunitário. Em Açuzinho, por sua vez, 50 famílias utilizam a irrigação, após revitalização do poço, para instalação de sistema elétrico de captação e distribuição de água com bombas e aspersores.

Aroldo Monteiro, presidente da coop, ressaltou que o projeto foi desenvolvido a partir da sugestão de um cooperado que propôs a destinação de um percentual das sobras para a sua realização. “Foi a primeira vez que participamos e já conquistamos um prêmio dessa grandeza. Só temos a agradecer”, ressaltou.

O Sicredi Dexis (PR) ficou com o segundo lugar da categoria, com o projeto Eu Coopero Com a Inclusão. A iniciativa da Cooped (CE), Ambulatório de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Primeira Infância (PDC) conquistou o terceiro lugar.

Desenvolvimento Ambiental

O reconhecimento aos projetos de sustentabilidade como recuperação de nascentes, reutilização de recursos, reciclagem e outras ações de preservação são os contemplados na categoria Desenvolvimento Ambiental. E o vencedor foi o Sicoob Credcooper (MG) com o projeto Nascente Viva: produzindo água e promovendo desenvolvimento sustentável hoje e para futuras gerações.

A motivação da coop ocorreu após perceber os efeitos da expansão territorial desordenada ao longo do tempo, que fez com que a região de Caratinga (MG) sofresse com a degradação dos solos, mananciais e reservas naturais. A coop fez, então, parcerias com especialistas e elaborou o projeto para preservar e recompor as matas do local, manejar adequadamente o solo e fazer tratamento de esgoto no meio rural.

O resultado foi a recuperação de 39 nascentes, doação de 15 mil mudas para reflorestamento de 150 hectares e aplicação de manejo de solo em cerca de mil hectares, além da realização de caminhadas com 1,2 mil jovens, nove seminários, 30 palestras sobre educação ambiental e 80 consultorias.

O presidente do Conselho de Administração, Vagner Monteiro, exaltou a importância que o prêmio representa no reconhecimento do trabalho desenvolvido pela coop. “São 39 anos que atuamos prezando pelo social, o ambiental e o econômico. Especificamente neste projeto, já temos sete anos de dedicação total. É muito gratificante e motivador receber esse prêmio. Nos dá ainda mais força para continuarmos. Muito obrigada pela confiança”.

As outras duas coops agraciadas foram Sicredi Centro-Sul (MS) com o Recicla Verdinho; e o Sicoob Credivertentes (MG) com o case Minas + Vertentes.

Fidelização

Em Fidelização estão as iniciativas do coop que promovem maior integração com seus cooperados desde aumento de espaço físico até oferta de serviços para seus associados.

A Coplacana (SP) foi a grande vencedora da categoria com o case Núcleo Jovem Coplacana, para garantir a perenidade da coop e conhecer quem são os novos produtores e futuros cooperados. Torná-los protagonistas do movimento foi a aposta da iniciativa, que se preocupou com a formação de jovens para liderar a agricultura nas próximas décadas.

Em encontros quinzenais, esses jovens debatem sobre inovação, sucessão familiar, cooperativismo e agronegócio sustentável. Os participantes são filhos, sobrinho e netos de cooperados, entre os 16 e 35 anos. Já foram realizadas mais de 140 horas de treinamento para 115 jovens. A experiência também está nas redes sociais e conta com quase 1,2 mil seguidores.

“O jovem quer participar, conhecer mais e trabalhar pelo coop. Ele tem interesse e precisa ser incentivado. Começamos esse projeto com apenas oito jovens e hoje são já são mais de cem. Estamos muito felizes por poder compartilhar essa iniciativa e receber esse reconhecimento”, afirmou Mariane Natera, analista de Inovação e coordenadora do Núcleo Jovem Coplacana.

O Sicoob SaromCredi (MG) ficou em segundo lugar com o Programa de Qualificação do Queijo da Canastra. Já o projeto Sicredi na Roça, rendeu ao Sicredi Planalto Central (GO) a terceira colocação.

Inovação

O reconhecimento em Inovação é concedido às coops que utilizam soluções inovadoras para promover mudanças na rotina diária das coops, como modernização de produtos e serviços, técnicas e ferramentas de gestão e outras que viabilizem melhores resultados financeiros e ganho de produtividade.

A Cooperacre (AC) conquistou o primeiro lugar da categoria com o projeto Fortalecendo o Extrativismo e Viabilizando o Desenvolvimento Sustentável Através da Tecnologia. A cooperativa modernizou seu processo de seleção e classificação da castanha-do-Brasil com investimentos em maquinários e tecnologia de ponta para aumentar a quantidade e qualidade do produto final, reduzindo riscos de contaminação e alcançando certificações.

O resultado foi o aumento da produção, que subiu de 45 para 900 toneladas/ano. O impacto foi significativo na vida de mais de 7,4 mil pessoas entre cooperados, colaboradores e familiares. Outro impacto positivo desta automação de processo, além do aumento de escala, foi a reflexão sobre a importância de reduzir o desmatamento da floresta para preservar a fonte de renda.

Emocionado, o presidente da coop, José de Araújo, ressaltou que só o cooperativismo permite chegar tão longe. “Somos um time de pessoas com compromisso, leais e que busca sabedoria para chegar ainda não foi possível. Se as políticas públicas contribuem, conseguimos chegar mais rápido e em mais lugares. Se não tivermos essa ajuda, chegamos também. Pode ser um pouco mais lento, mas chegamos”.

O Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG (RS) conquistou o segundo lugar, com o case Portal Da Aceleração Regional Em Prol Do Desenvolvimento. A Castrolanda (PR) ficou em terceiro com o projeto 60 Dias Para Inovar - Programa Ágil Castrolanda.

Intercooperação

Condecorar projetos desenvolvidos por duas ou mais coops para viabilizar objetivos comuns é o objetivo da categoria Intercooperação. E o grande destaque deste ano foi a parceria entre a LAR e a Copagril (PR), com o projeto Aliança Estratégica de Intercooperação na Avicultura de Corte.

As coops somaram forças para manter a renda dos associados e agregar valor, possibilitando maior escala de produção. Elas ampliaram o sistema e criaram a quarta maior indústria produtora de frango do país. Por consequência, aumentaram os postos de trabalho, que saltaram de 2.153 para 2.520. As coops também contam com 400 estruturas em toda a região e 40 mil pessoas, entre associados e funcionários, foram impactadas positivamente com o compartilhamento de custos, investimentos e oportunidades.

O presidente da Copagril, Ricardo Chapla, agradeceu a premiação e lembrou que o cooperativismo brasileiro ainda tem muito a crescer. “Ainda temos inúmeros frutos a produzir. Junto com a Lar temos outras parcerias e buscamos atuar sempre em prol do cooperado que é nossa maior preocupação, sempre”.

Irineo Rodrigues, presidente da Lar, acrescentou que foram anos pensando em como gerar escala e viabilizar a avicultura na região, uma vez que a maior parte dos nossos cooperados são de pequeno porte. “Hoje já são mais de 1,3 mil produtores que representam a quarta maior indústria de frango do país”. 

O segundo lugar em Intercooperação ficou com as coops Coopafs e Ccampos (PA), que desenvolveram o projeto Plano de Investimento para Capital de Giro na Agricultura Familiar Durante a Pandemia da Covid-19. Já a Coopmetro e Coomap (MG E BA) garantiram a terceira colocação com a iniciativa Coomap & Coopmetro - Construindo um Transporte Mais Cooperativo.

Influenciador Coop

A categoria que conta com votação popular para a escolha dos vencedores, tem por objetivo condecorar a personalidade que se destacou ao desenvolver conteúdos positivos sobre o coop em produções publicadas ou replicadas nas mídias on e off-line, nos últimos dois anos. As indicações dos candidatos foram feitas pelas Unidades Estaduais, que inscreveram até dois profissionais cada.

E o grande vencedor foi Marcelo Vieira Martins, diretor executivo da Unicred União, cooperativa financeira com R$ 2 bilhões em ativos, 22 mil cooperados e atuação no Paraná e Santa Catarina. Com uma trajetória de 25 anos no Sistema Unicred, Marcelo é um apaixonado pelo cooperativismo, que considera a mais equilibrada forma de organização humana porque produz de verdade, distribui de modo justo e cada um é livre para participar.

“É uma alegria muito grande receber esse prêmio. São 25 anos de cooperativismo, mas a consciência sobre a importância desse movimento só veio anos depois. Hoje nosso desejo é o de difundir cada vez mais para levar o mais longe possível o alcance de suas ações. Quero agradecer minha equipe, minha família e a todos que me apoiaram”.

No total, foram 35.909 votos para a escolha do Influenciador Coop 2022. Rita Mundin, vencedora em 2020, participou da entrega do prêmio e fez um apelo aos participantes. “Estou muito emocionada e convido todos a assumirem o compromisso de serem influenciadores coop porque o mundo precisa do cooperativismo. Vamos trabalhar para que o nosso movimento seja reconhecido como o modelo mais justo de organizar e remunerar as cadeias produtivas”.

Brasil tem 22 cooperativas entre as 300 maiores do Monitor Global

O Sistema Unimed é a cooperativa primeira colocada no ranking das maiores no segmento de Educação, Saúde e Trabalho Social, da 11ª Edição do Monitor Global (documento em inglês) produzido pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e o Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empresas Sociais (Euricse).

O relatório, divulgado nesta quinta-feira (1º), explora o impacto econômico e social das cooperativas no mundo todo e fornece uma listagem das 300 melhores classificações em duas categorias: Volume de negócios e Faturamento sobre o PIB per capita. No total, 22 cooperativas brasileiras dos estados de Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais aparecem no ranking que tem como base, dados apurados durante o ano de 2020.  

O Sistema OCB apoia a produção do Monitor Global desde sua primeira edição e atua colaborando com a coleta de dados no Brasil e facilitando o contato com as cooperativas. “Essa iniciativa é muito importante para que possamos mostrar a importância econômica das nossas cooperativas e de como estamos atuando em escala global, bem como para a construção de estratégias que contribuam para que nossos resultados sejam ainda mais significativos”, afirma o presidente Marcio Lopes de Freitas.

O número de cooperativas brasileiras presentes no relatório cresceu mais de 200 por cento quando comparado com o documento de 2021, que contabilizou um total de 9 representantes nacionais. No segmento Educação, Saúde e Trabalho Social, o Sistema Unimed aparece como primeiro colocado nas duas categorias pesquisadas. Já no ranking geral, a coop é a quarta colocada na vertente Faturamento sobre o PIB per capita. Outras sete cooperativas aparecem entre as 50 maiores da categoria também.

As cooperativas Coopersucar e Coamo aparecem em quinto e sétimo lugares entre as maiores do segmento Agropecuário da categoria Faturamento sobre o PIB per capita. Já em Serviços Financeiros, na mesma categoria, o Sicoob e o Sicredi também aparecem no quinto e sétimo lugares.

De acordo com o relatório, as 300 principais cooperativas relataram um total global de 2.170,99 bilhões de dólares para o ano de 2020 em volume de negócios. A maioria atua nos ramos de Seguros (101), Agro (100) e Comércio Atacadista e Varejista (59). Já o ranking por Faturamento sobre o PIB per capita mostra que o ramo Agropecuário se destaca com 101 coops, seguido do de Seguros com 85 e do de Comércio com 57.

Os resultados dessa edição mostram ainda que as maiores cooperativas do mundo se repetem com apenas ligeiras variações nas posições de topo em todos os setores. No Top 300 da classificação com base no Volume de Negócios, o Groupe Crédit Agricole (França), manteve o primeiro lugar, como tem feito nos últimos anos. Da Alemanhã, o Grupo Rewe e a Cooperative Financial Network Germany – BVR, ocupam o segundo e terceiro lugares. A maioria das cooperativas dessa categoria pertencem a países industrializados como os EUA (74), França (42), Alemanha (31) e Japão (22).

No Top 300 com base no Faturamento sobre o PIB per capita, a Índia ficou com os dois primeiros lugares com as cooperativas IFFCO e Gujarat Cooperative Milk Marketing Federation Ltd (Amul). O terceiro lugar ficou o Groupe Crédit Agricole (França). Nesse grupo, o Brasil aparece como o quarto país com o maior número de cooperativas (22), atrás da França (42), Estados Unidos (38) e Alemanha (28).

Confira abaixo as cooperativas listadas no Monitor Global:

Top 300 em volume de Negócios

  • 31º lugar – Sistema Unimed Brasil
  • 60º lugar – Coopersucar SA (
  • 126º lugar – Coamo
  • 137º lugar – Sicoob
  • 142º lugar – Sicredi
  • 156º lugar – Aurora
  • 183º lugar – C. Vale
  • 199º lugar – Lar
  • 272º lugar - Comigo

 

Top 300 em Faturamento/PIB per capita

  • 4º lugar – Sistema Unimed
  • 12º lugar – Coamo
  • 24º lugar – Sicoob
  • 26º lugar – Sicredi
  • 24º lugar – Aurora
  • 41º lugar – C. Vale
  • 49º lugar – Lar
  • 65º lugar – Comigo
  • 73º lugar – Cocamar
  • 83º lugar – Copacol
  • 85º lugar – Coopercitrus
  • 92º lugar – Cooxupé
  • 97º lugar – Alfa
  • 108º lugar – Agrária Agroindustrial
  • 114º lugar – Integrada
  • 115º lugar – Castrolanda
  • 119º lugar – Frimesa
  • 139º lugar – Frísia
  • 147º lugar – Coopavel
  • 173º lugar – Coop
  • 246º lugar – Sistema Ailos

Prêmio SomosCoop Melhores do Ano supera expectativas

A cerimônia de entrega do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2022 superou as expectativas. Emocionados, representantes das coops participantes e dirigentes do Sistema OCB elogiaram a organização do evento e os resultados alcançados, que demonstraram a diversidade e a abrangência do movimento em todo o Brasil. “Foi uma noite muito especial porque pudemos acompanhar tudo o que as nossas cooperativas fazem, o valor que elas levam para as comunidades onde estão inseridas, para os seus cooperados e colaboradores. É uma grande alegria saber que as cooperativas levam muito a sério esse trabalho e conseguem mostrar seus resultados na premiação”, afirmou a superintendente, Tania Zanella.

Ainda segundo ela, o prêmio é muito importante para mostrar também para a sociedade, os benefícios do cooperativismo. “A gente percebeu em alguns convidados que ainda não tem muita proximidade com o nosso movimento o grau de encantamento deles vendo os cases apresentados e as histórias que estão por trás de cada iniciativa. Então, nesse momento em que o Sistema OCB está trabalhando muito forte a questão do ESG, que é raiz no cooperativismo, é preciso, além de fazer, mostrar que temos um modelo de negócios diferenciado, sustentável e que pode trazer o equilíbrio para tantas coisas ruins que estamos vivenciado”, completou.

“Para nós é motivo de muito orgulho e muita honra conseguir juntar as cooperativas e mostrar para o Brasil inteiro os projetos sensacionais que mudam a sociedade para melhor nos mais diversos ramos de atividade. O coop é realmente um modelo de negócios diferenciado. Queremos crescer, mas sem deixar ninguém para trás. Queremos a comunidade junto, dividindo os resultados. E os cases premiados comprovam que o cooperativismo vai muito além de um simples negócio, principalmente por seu olhar social, seu olhar para a comunidade”, declarou a gerente geral, Fabíola Nader Motta.

A gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia, também destacou seu entusiasmo com a premiação. “Foi uma noite incrível, realmente histórica. Batemos o recorde de cooperativas participantes, de projetos apresentados e todos os estados foram representados. Além disso, foi um momento fundamental para demonstrar o papel do cooperativismo na inovação, com os cooperados, com a comunidade, com o meio ambiente. Uma oportunidade para as coops serem reconhecidas pelo que já fazem naturalmente”.

Motivação

Representantes das cooperativas premiadas com o primeiro lugar nas seis categorias premiadas não esconderam a alegria e a motivação que o reconhecimento representa. “Só de saber que estávamos entre os finalistas já foi muito gratificante. Conquistar o primeiro lugar foi incrível. Significa poder mostrar para todos os nossos cooperados que vale a pena ter iniciativas, ser criativo. É necessário enfrentar diversos desafios, mas realmente vale a pena. Esse prêmio revela que estamos sendo valorizados, estamos sendo vistos e, portanto, nosso trabalho está sendo recompensado”, salientou Mariane Natera, analista de Inovação e coordenadora do Núcleo Jovem Coplacana, projeto que venceu a categoria Fidelização.

“Ter essa certeza de que estamos contribuindo para o coletivo, para o bem das gerações futuras e pela preservação da natureza é um sentimento muito gratificante. Para nós, ganhar esse prêmio tem esse significado porque traz o sentimento do dever cumprido, de proporcionar a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem nas comunidades onde atuamos. Nosso projeto existe há sete anos e vai muito além da recuperação de nascentes. Ele trabalha com a conscientização, com a educação de todos os envolvidos também. É realmente um trabalho coletivo”, afirmou Vagner dos Santos, presidente do Sicoob Credcooper (MG), vencedor da categoria Desenvolvimento Ambiental, com o projeto Nascente Viva: produzindo água e promovendo desenvolvimento sustentável hoje e para futuras gerações.

Aroldo Costa Monteiro, presidente da Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Rural Centro Sul de Sergipe (Cercos), falou sobre a conquista do prêmio de primeiro lugar na categoria Coop Cidadã, com o projeto Escavação e Revitalização de Poços Artesianos. “Essa iniciativa só pode se desenvolver a partir da ideia de um cooperado que sugeriu a destinação de 15% das nossas sobras para beneficiar comunidades carentes da nossa região que necessitavam de água potável para consumo e também para irrigação. Por isso, essa conquista é muito importante para todo o coop de Sergipe. Esse prêmio vai valorizar ainda mais nosso projeto e nos dar mais força de vontade para continuar trabalhando”.

 “Só podemos agradecer e ressaltar que é uma felicidade muito grande receber esse prêmio e poder divulgar um pouco mais esse trabalho que concentra esforços de muitas pessoas por um longo tempo. É um orgulho estar aqui e comprovar como o cooperativismo nos permite chegar longe. Somos de uma reserva extrativista e, se conseguimos garantir a comercialização dos nossos produtos com preço justo e valor agregado, é porque temos o apoio do cooperativismo”, ressaltou emocionado o presidente da Cooperacre, José Rodrigues de Araújo, que conquistou o primeiro lugar da categoria Inovação com o projeto Fortalecendo o Extrativismo e Viabilizando o Desenvolvimento Sustentável Através da Tecnologia.

Vencedor da categoria Comunicação e Difusão do Coop, com o projeto Jornada do Cooperativismo, o Sicoob Cocred foi representado pelo gerente de Marketing e Inteligência de Mercado, Adalberto Júnior. Para ele, a surpresa de alcançar o primeiro lugar foi gratificante. “É muito simbólico participar desse prêmio. Só posso agradecer e dizer que a comunicação e difusão do coop é muito importante para que todos os brasileiros possam conhecer nosso modelo de negócios”, declarou.

As cooperativas Lar e Copagril (PR) venceram a categoria Intercooperação, com o projeto Aliança Estratégica de Intercooperação na Avicultura de Corte. Para seus presidentes, Irineo Rodrigues e Ricardo Chapla, nada é mais relevante do que atuar em prol do cooperado. “Foi uma surpresa quando anunciamos essa união, mas o que realmente importa é que foram anos pensando em como gerar escala e viabilizar a avicultura na região, uma vez que a maior parte dos nossos cooperados são de pequeno porte. Hoje já são mais de 1,3 mil produtores que representam a quarta maior indústria de frango do país”, disse Irineo. 

Já Marcelo Vieira Martins, não escondeu a alegria e a emoção ao ser anunciado como vencedor do prêmio Influenciador Coop 2022. “É uma alegria muito grande receber esse prêmio. São 25 anos de cooperativismo, mas a consciência sobre a importância desse movimento só veio anos depois. Hoje nosso desejo é o de difundir cada vez mais para levar o mais longe possível o alcance de suas ações. Quero agradecer minha equipe, minha família e a todos que me apoiaram”.

Conheça os cases vencedores aqui.

 

imagem site coop

Conheça os finalistas do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano!

A 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano já tem seus finalistas. Nesta quarta-feira (16), o Sistema OCB divulgou a lista com os nomes das cooperativas que concorrem nas categorias Comunicação e Difusão do Cooperativismo; Cooperativa Cidadã; Desenvolvimento Ambiental; Fidelização; Inovação; Intercooperação; e Influenciador Coop. A premiação teve recorde de inscrições com 787 projetos submetidos. Em 2020, última edição do prêmio bianual, foram recebidos 595 cases.

A cerimônia que revelará os vendedores está prevista para o dia 7 de dezembro e, além dos troféus, as primeiras colocadas de cada categoria ganham duas vagas em um intercâmbio cooperativista. Cada cooperativa registrada e regulada no Sistema OCB pôde concorrer com um case por categoria. As finalistas foram escolhidas por duas bancas avaliadoras: as comissões técnica e julgadora.

Confira abaixo as indicações, em ordem alfabética, por categoria:

  • COMUNICAÇÃO E DIFUSÃO DO COOP
  • Cooptur (PR): Gincoop - Gincana do Cooperativismo
  • Sicoob Cocred (SP): Jornada do cooperativismo
  • Sicoob Credialto (MG): Coofem - Curso de formação educacional em cooperativismo, educação financeira e empreendedorismo

 

  • COOPERATIVA CIDADÃ:
  • Cercos (SE): Escavação e revitalização de poços artesianos
  • Cooped (CE): Ambulatório de pediatria do desenvolvimento e comportamento da primeira infância (PDC)
  • Sicredi Dexis (PR): Eu coopero com a inclusão

 

  • DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL:
  • Sicoob Credcooper (MG): Nascente viva: produzindo água e promovendo desenvolvimento sustentável hoje e para futuras gerações
  • Sicoob Credivertentes (MG): Minas + Vertentes
  • Sicredi Centro-Sul MS (MS): Recicla verdinho

 

 

  • FIDELIZAÇÃO:
  • Coplacana (SP): Núcleo jovem Coplacana
  • Sicoob Saromcredi (MG): Programa de qualificação do queijo da canastra
  • Sicredi Planalto Central (GO): Sicredi na roça

 

  • INOVAÇÃO:
  • Castrolanda (PR): 60 dias para inovar - Programa ágil Castrolanda
  • Cooperacre (AC): Fortalecendo o extrativismo e viabilizando o desenvolvimento sustentável através da tecnologia
  • Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG (RS): Portal da aceleração regional em prol do desenvolvimento

 

  • INTERCOOPERAÇÃO:
  • Coopafs e CCampos (PA): Plano de investimento para capital de giro na agricultura familiar durante a pandemia da covid-19;
  • Coopmetro e Coomap (MG E BA): Coomap & Coopmetro - Construindo um transporte mais cooperativo
  • Lar e Copagril (PR): Aliança estratégica de intercooperação na avicultura de corte

 

Júri popular

A categoria Influenciador Coop já está com a votação aberta ao público para escolher a personalidade que desenvolve conteúdos positivos sobre o coop nas mídias on e off-line. Os nomes foram indicados pelas Unidades Estaduais. A votação está aberta até o dia 1º de dezembro e você pode votar quantas vezes quiser. Conheça os indicados:

  • Carolina Mussolini - Conhecida como a "blogueirinha do cooperativismo". Atua como assessora de comunicação do Sicredi Rio Paraná PR/SP. Participou da primeira turma do Programa Somos Líderes da OCB e foi uma das mulheres embaixadoras do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo. Recentemente foi selecionada entre 12 jovens do mundo para participar da Conferência Mundial das Cooperativa de Crédito de 2022, em Glasgow, na Escócia;
  • Celma de Oliveira - Presidente da cooperativa de bordadeiras Bordana. Nas redes sociais, mostra tudo que o cooperativismo pode gerar além de ganho econômico. Resgata dignidade, autoestima e promove a inclusão social de dezenas de pessoas. Recentemente ganhou pela segunda vez o Prêmio Sebrae Top 100 Nacional que contempla as 100 empresas de produtos artesanais mais competitivas do Brasil;
  • Elias Leite - Foi conselheiro da Central Nacional Unimed, diretor comercial e presidente da Unimed Fortaleza, ajudando a conquistar prêmios importantes como o Top of Mind e GPTW. Atualmente é diretor Comercial, de Produtos e Marketing da Seguros Unimed. É também autor do livro “Líder de Resultado: O poder da gestão que entende de gente, desenvolve pessoas e multiplica resultados” pela Editora Gente;
  • Marcelo Martins - É diretor executivo da Unicred União, cooperativa de crédito com R$ 2 bilhões em ativos, 22 mil cooperados e atuação no Paraná e Santa Catarina. Com uma trajetória de 25 anos no Sistema Unicred, é um apaixonado pelo cooperativismo, que considera a mais equilibrada forma de organização humana porque produz de verdade, distribui de modo justo e cada um é livre para participar; e
  • Stefany Silveira - É agrônoma, neta de produtores e tem se destacado como uma importante voz do setor agro no Espírito Santo. Atualmente é apresentadora do Agro Business, projeto da Record no Espírito Santo, colunista diária do Folha Vitoria e palestrante do agro, oportunidade pela qual leva informações sobre o setor, incluindo o cooperativismo.

Vote agora no Influenciador Coop: https://in.coop.br/influenciadorcoop

Acompanhe a entrega do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano ao vivo

A cerimônia para divulgação dos vencedores da 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, do Sistema OCB, está se aproximando e a curiosidade para saber quem são os ganhadores está aumentando. Nesta quarta-feira (7), em Brasília, o coop brasileiro vai conhecer as cooperativas que se destacaram nas categorias Comunicação e Difusão do Coop; Coop Cidadã; Desenvolvimento Ambiental; Fidelização; Inovação; Intercooperação; e o formador de opinião que se destacou enquanto Influenciador Coop.

A premiação, que teve recorde de inscrições com 787 projetos submetidos, 192 a mais que do que na edição anterior, será transmitida no canal do Youtube do Sistema OCB, a partir das 19h. Além dos troféus, os primeiros colocados de cada categoria ganharão bolsas para se capacitarem com cursos internacionais. Concorrem ao prêmio as coops registradas e regulares junto ao Sistema OCB.

As coops finalistas foram escolhidas por duas bancas avaliadoras: técnica e julgadora. Já o Influenciador Coop foi escolhido por meio de votação popular.

Quem participa?

Cada categoria contempla uma ação cooperativa que amplia o reconhecimento do coop nacional. Na Influenciador Coop, por exemplo, será premiada a personalidade que se destacou ao desenvolver conteúdos positivos sobre o coop em produções publicadas ou replicadas nas mídias on e off-line, nos últimos dois anos. As indicações foram feitas pelas Unidades Estaduais, que inscreveram até dois profissionais.

A categoria Comunicação e Difusão do Coop contempla as coops que promovem a cultura do cooperativismo também para a sociedade. Os cases vão desde a utilização do selo SomosCoop nos produtos da cooperativa até a promoção de cursos, palestras, eventos, campanhas e demais ações vinculadas ao selo.

Já a Coop Cidadã reconhece os projetos desenvolvidos que têm como base os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que beneficiam a comunidade como atividades culturais e recreativas, de promoção social e consciência ambiental. Em Desenvolvimento Ambiental, serão premiados os projetos de sustentabilidade como recuperação de nascentes, reutilização de recursos, reciclagem e outras ações de preservação ambiental.

Na de Fidelização, o reconhecimento vai para cooperativas que promovem maior integração com seus cooperados desde aumento de espaço físico até oferta de serviços para seus associados.

Em Inovação, serão premiadas as coops que utilizam soluções inovadoras que promovem mudanças na rotina diária das coops como modernização de produtos e serviços, técnicas e ferramentas de gestão da inovação, e outras que viabilizem melhores resultados financeiros e ganho de produtividade. Em Intercooperação, por sua vez, serão condecorados os projetos desenvolvidos por duas ou mais cooperativas para viabilizar objetivos comuns.

Confira abaixo os finalistas da 13ª Edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano:

INFLUENCIADOR COOP

  • Carolina Mussolini - Conhecida como a "blogueirinha do cooperativismo". Atua como assessora de comunicação do Sicredi Rio Paraná PR/SP, participou da primeira turma do Programa Somos Líderes da OCB e foi uma das mulheres embaixadoras do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo. Recentemente foi selecionada entre 12 jovens do mundo para participar da Conferência Mundial das Cooperativa de Crédito de 2022, em Glasgow, na Escócia;
  • Celma de Oliveira - Presidente da cooperativa de bordadeiras Bordana. Nas redes sociais, mostra tudo que o cooperativismo pode gerar além de ganho econômico. Resgata dignidade, autoestima e promove a inclusão social de dezenas de pessoas. Recentemente ganhou pela segunda vez o Prêmio SEBRAE Top 100 nacional que premia as 100 empresas de produtos artesanais mais competitivas do Brasil;
  • Elias Leite - Foi Conselheiro da Central Nacional Unimed, Diretor Comercial e Presidente da Unimed Fortaleza, ajudando a conquistar prêmios importantes como o Top of Mind e GPTW. Atualmente é Diretor Comercial, de Produtos e Marketing da Seguros Unimed. É também autor do livro “Líder de Resultado: O poder da gestão que entende de gente, desenvolve pessoas e multiplica resultados” pela Editora Gente;
  • Marcelo Martins - É diretor executivo da Unicred União, cooperativa de crédito com R$ 2 bilhões em ativos, 22 mil cooperados e atuação no Paraná e Santa Catarina. Com uma trajetória de 25 anos no Sistema Unicred, é um apaixonado pelo cooperativismo, que considera a mais equilibrada forma de organização humana porque produz de verdade, distribui de modo justo e cada um é livre para participar; e
  • Stefany Silveira - É agrônoma, neta de produtores e tem se destacado como uma importante voz do setor agro no Espírito Santo. Atualmente é apresentadora do Agro Business, projeto da Record no Espírito Santo, colunista diária do Folha Vitoria e palestrante do agro. Onde leva informações sobre o setor, incluindo o cooperativismo.

 

COMUNICAÇÃO E DIFUSÃO DO COOP

  • Cooptur (PR): Gincoop - Gincana do Cooperativismo;
  • Sicoob Cocred (SP): Jornada do cooperativismo; e
  • Sicoob Credialto (MG): Coofem - Curso de formação educacional em cooperativismo, educação financeira e empreendedorismo.

 

COOP CIDADÃ

  • Cercos (SE): Escavação e revitalização de poços artesianos;
  • Cooped (CE): Ambulatório de pediatria do desenvolvimento e comportamento da primeira infância (PDC); e
  • Sicredi Dexis (PR): Eu coopero com a inclusão.

 

DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL

  • Sicoob Credcooper (MG): Nascente Viva: produzindo água e promovendo desenvolvimento sustentável hoje e para futuras gerações;
  • Sicoob Credivertentes (MG): Minas + Vertentes; e
  • Sicredi Centro-Sul MS (MS): Recicla Verdinho.

 

FIDELIZAÇÃO

  • Coplacana (SP): Núcleo jovem Coplacana;
  • Sicoob Saromcredi (MG): Programa de qualificação do queijo da canastra; e
  • Sicredi Planalto Central (GO): Sicredi Na Roça.

 

INOVAÇÃO

  • Castrolanda (PR): 60 dias para inovar - Programa Ágil Castrolanda;
  • Cooperacre (AC): Fortalecendo o extrativismo e viabilizando o desenvolvimento sustentável através da tecnologia; e
  • Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG (RS): Portal da aceleração regional em prol do desenvolvimento.

 

INTERCOOPERAÇÃO

  • Coopafs e Ccampos (PA): Plano de investimento para capital de giro na agricultura familiar durante a pandemia da covid-19;
  • Coopmetro e Coomap (MG E BA): Coomap & Coopmetro - construindo um transporte mais cooperativo; e
  • Lar e Copagril (PR): Aliança estratégica de intercooperação na avicultura de corte.

Acesse o Canal do Sistema OCB no YouTube e acompanhe a premiação: www.youtube.com/sistemaocb

Sistema OCB participa do maior evento de gestão e liderança em São Paulo

O Sistema OCB esteve presente no maior evento de gestão e inovação da América Latina, o HSM+. O congresso é realizado há 22 anos, traz os desafios e tendências de mercados sob a ótica de pensadores globais e grandes líderes, e conta com o apoio do cooperativismo. O encontro aconteceu em São Paulo, nos dias 22 e 23 de novembro. Na oportunidade, os congressistas foram agraciados com degustação de espumantes produzidos por cooperativas e um caderno de anotações com o tema Manifesto Coop.

As gerentes do Sistema, Clara Maffia (Relações Institucionais) e Samara Araujo (Marketing e Comunicação) palestraram sobre como o modelo de negócios cooperativista contempla as demandas do mercado, unindo o cuidado social e ambiental sem perder a competitividade. O propósito do coop foi evidenciado nas duas exposições.

Clara falou no espaço denominado Arena + Futuros sobre Potência cooperativa: o que esperar do coop nos próximos 5 anos. Ela iniciou sua palestra evidenciando dados do Relatório de Desigualdade Mundial, de 2021, do World Inequality Lab, que apontam que 10% dos mais ricos controlam 76% da riqueza global. O mesmo estudo trouxe a informação que, entre 2014 e 2019, a renda da metade mais pobre da população caiu 17,1%, enquanto a renda dos mais ricos subiu 10,11%.

Segundo ela, o cooperativismo é a oportunidade para a prática de uma economia mais colaborativa, de um comércio mais justo, com igualdade de gênero, sustentabilidade, consumo responsável, capitalismo consciente e valor compartilhado (econômico e social). "O ciclo virtuoso do coop se dá pela união de pessoas por um propósito que gera trabalho e renda, que traz prosperidade para o negócio, paras as pessoas e comunidades”, afirmou.

“O coop é a resposta para as perguntas da atual e das novas gerações, uma vez que o consumidor contemporâneo é adepto da economia colaborativa e consciente. Ele tem senso crítico e voz ativa para defender ou criticar uma marca. Ele acessa e compartilha as informações em redes, de forma ágil. Hoje, os produtos e serviços são sob medida e as pessoas querem o acesso e não mais a posse das coisas. O propósito é o que moverá o mercado do futuro e ele está no DNA cooperativista”, reforçou a gerente.

Coop em números

Clara também apresentou aos congressistas dados do Anuário do Cooperativismo 2022. O Brasil conta com 4,8 cooperativas vinculadas ao Sistema OCB, que congregam 18,8 milhões de brasileiros (8% da população) e gera 493 mil empregos diretos, produzindo ativos totais de R$ 784,3 bilhões (2021). “Na agricultura, o coop representa 53% da produção de grãos do país, 25% da capacidade de armazenamento e 8 mil profissionais de assistência técnica e extensão rural”, orgulhou-se a gerente.

No Ramo Crédito, o coop tem a maior rede de atendimento entre instituições financeiras do país, somando 7,6 mil pontos de atendimento. Em 264 municípios é a única instituição. No mercado de saúde suplementar, o coop representa 32% do mercado e está presente em 85% das cidades. A transição energética, tão evidenciada durante a COP 27, também integra a pauta coop. Diversas cooperativas do ramo foram premiadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelo índice de satisfação do consumidor. O serviço de eletrificação coop atende 806 municípios no interior.

No Ramo Transportes, o cooperativismo é responsável por 450 milhões de toneladas de carga movimentada anualmente. No Ramo de Trabalho e Produção de Bens e Serviços há 180 mil brasileiros envolvidos. “Estamos presentes em todos os segmentos econômicos oferecendo produtos e serviços de qualidade para o Brasil e para o mundo”, reafirmou.

O coop já faz

Ainda de olho nas tendências de futuro, a gerente destacou que o coop já está adaptado as novas relações comerciais e não apenas participa, como também tem seu próprio e-commerce (NegóciosCoop). Boa parte das cooperativas do Agro, por exemplo, já atuam na logística reversa de embalagens e estão utilizando energias renováveis em suas atividades para produzir de forma mais sustentável. Os desafios como a cibersegurança, com a proteção dos dados das pessoas, e o comprometimento com as mudanças climática, em especial, reduzindo emissões de gases que contribuem para o efeito estufa que aumentam o aquecimento do planeta estão no radar do coop brasileiro.

O coop se adapta

Clara lembrou que o coop também explora novos cenários, ainda de forma tímida, como no Ramo Crédito, os meios de pagamentos alternativos, o Open Finance e as Fintechs, com a adoção de tecnologia e inovação aplicadas a serviços. No Ramo Agro, a implementação de tecnologias que reduzem custos e aumentam a produtividade com as agrotechs e as medidas de descarbonização. No Ramo Saúde, o destaque está na prática da telemedicina. Já no Ramo Infraestrutura os avanços estão na adaptação para utilização de energia renovável, geração, gestão e comercialização de energia, além de oferta de conectividade rural e digitalização de processos.

Estratégias

“Para aumentar nossa competitividade temos três eixos estratégicos: representação juntos aos Três Poderes para contribuirmos na elaboração de políticas públicas para o coop; a construção de métricas próprias para aplicação das estratégias ESG (cuidado ambiental, responsabilidade social e boa governança), com o ESGCoop; e o aumento de competitividade, com acesso a novos mercados, inovações e ampliação do reconhecimento da nossa marca SomosCoop. Tudo isso alinhado à formação, promoção, monitoramento, comunicação e levantamento de dados”, frisou Clara.

Metas a curto prazo

A gerente falou ainda sobre o desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, que pretende movimentar, até 2027, R$ 1 trilhão e, ao mesmo tempo, aumentar o número de cooperados dos atuais 18,8 para 30 milhões. "Essa meta será revertida em emprego, renda, oportunidades, negócios e prosperidade para o coop e para os brasileiros”, finalizou.

SomosCoop

“O movimento cooperativista ainda não é reconhecido como deveria, mas o Sistema OCB trabalha para que, cada vez mais, as pessoas escolham os produtos e serviços oferecidos pelas cooperativas. Quem sabe o que é o cooperativismo?” Foi assim que a gerente de Marketing e Comunicação, Samara Araujo, iniciou sua palestra: Da descoberta à decisão: reposicionando o coop para o consumidor contemporâneo, no Palco Makers.

Ela apresentou a pesquisa qualitativa encomendada pelo Sistema OCB, que pediu aos entrevistados que descrevessem o que é o coop. Os resultados surpreenderam, uma vez que o coop está presente em diversas prateleiras do país. Quem nunca degustou uma proteína da Aurora ou da Copacol? Quem nunca ouviu falar da Unimed? De acordo com o resultado da pesquisa, muita gente.

“Dos 2.014 entrevistados, 28% responderam que não sabem o que é o coop, liderando a lista. Os que disseram que é um movimento social ou ajuda ao próximo representam 18%. Já os que acertaram, ao dizer que é um modelo de negócios, equivale a 17%. Os outros percentuais levantados na pesquisa somam elogios e outras respostas diversas”, exemplificou Samara.

Segundo ela, o resultado do estudo provocou profunda transformação na forma de se divulgar o coop. "Um em cada sete habitantes do planeta está ligado de forma direta a uma cooperativa. É o movimento humano de maior impacto em todo o mundo. A cooperativa é um negócio que impulsiona o empreendedorismo coletivo, gera trabalho, distribui melhor a renda e traz uma diversidade de benefícios para as comunidades onde atua", defendeu a gerente.

Samara reforçou o ciclo virtuoso do coop também evidenciado pela gerente Clara e questionou os participantes novamente: escolher o coop é fazer uma escolha consciente, como comunicar isso? "O SomosCoop foi criado para promover nosso movimento na sociedade e despertar orgulho em quem faz parte. O consumidor contemporâneo tem diversas características, uma delas é a busca por valores humanos nos produtos e serviços, bem como a economia colaborativa, que está em nosso DNA".

Estratégias para comunicar

Para explicar de forma clara e simples, a equipe de comunicação traçou três estratégias para o reconhecimento do coop: a descoberta, a consideração e a decisão.

“Na primeira, contamos com o ex-tenista Guga Kuerten, que vem de família cooperativista, para ser nosso garoto propaganda. Com isso, divulgamos massivamente nosso trabalho nos principais jornais de grande circulação no país; em publicidade nos programas de TV com alta audiência, como o Encontro com Fátima Bernardes e o É de Casa; em ações com influenciadores dos mais diversos segmentos e podcasters; nas redes sociais; em ônibus e pontos de parada; em outdoors; e metrôs em todo o país”, contou Samara.

O segundo passo, o selo SomosCoop foi trabalhado com afinco para estimular a escolha de produtos e serviços coops por toda a população. Seja na área de saúde, na inclusão e educação financeiras, ou no acesso à energia de alta qualidade no campo e na cidade, por exemplo. O estímulo para que as cooperativas utilizem o selo foi o foco desta ação.

Por último, mostrar o dia a dia de uma cooperativa e de seus cooperados, na prática, foi a estratégia para informar de forma simples e direta como o coop faz muito e faz bem. "Nesta etapa, convidamos a jornalista Glenda Koslowisky que, com olhar curioso e de fora do movimento, faz visitas em diversas cooperativas do país mostrando como funciona o nosso modelo de negócios na websérie SomosCoop Na Estrada”, destacou a gerente.

A primeira temporada da websérie já está disponível no canal do SomosCoop e a renomada jornalista tornou-se associada de uma cooperativa de consumo durante uma das gravações. “O coop cativa e apaixona porque tem em seu propósito a prosperidade para todos”, finalizou a gerente.

LiderCoop promove missão internacional com dirigentes do Espírito Santo

Com o objetivo de investigar, conhecer e observar as boas práticas do cooperativismo espanhol e português, bem como criar nova rede de negócios, o Programa de Gestão Avançada para Lideranças Cooperativistas do Sistema OCB/ES, o LiderCoop, realizou seu módulo internacional entre os dias 7 e 16 de novembro. A missão é a continuidade da formação on-line dos dirigentes e gestores das coops dos Ramos Saúde, Agro e Crédito capixaba, cujo módulo internacional contou com a participação da Coopeavi, Coobriel, Selita e Sicoob Espírito Santo (que representou oito cooperativas que integram sua central).

Os participantes passaram por seis meses de formação, somando 98 horas de capacitação sobre temas diversos como cenário político econômico; gestão estratégica de cooperativas; gestão da mudança; transformação digital e inovação; inovação em modelos de negócios; governança corporativa em cooperativas; finanças e gestão de risco financeiro; gestão estratégica de pessoas; gestão de riscos do negócio; sustentabilidade e prosperidade; liderança 4.0; e orientação para mercados.
Espanha

Na Espanha, a comitiva visitou a Federação de Cooperativas Agropecuárias, denominada AgroAlimentarias, e pôde conhecer de perto a atuação da organização que defende os interesses do coop agrícola no país. Os brasileiros puderam apresentar informações gerais sobre o desempenho do coop brasileiro e capixaba.

O grupo foi recebido na União das Cooperativas de Crédito da Espanha (Unacc) com apresentação sobre como o coop financeiro espanhol contribui para o aprofundamento do modelo cooperativo e seus valores.

Eles seguiram para a Embaixada do Brasil na Espanha, onde foram recebidos pelo embaixador Orlando Leite Ribeiro. Neste encontro, eles também foram recepcionados pelo chefe do Departamento de Promoção Comercial, conselheiro Flávio Bettarello, e pela embaixatriz do Brasil, Andressa Beig. O encontro debateu as oportunidades e entraves para as exportações das coops capixabas para Espanha e União Europeia.

Em Mondragon, no país Basco, a comitiva conheceu o maior grupo cooperativo do mundo. A visita guiada na estrutura da Corporação Mondragon permitiu aos brasileiros conhecerem a história e o panorama atual das coops vinculadas ao sistema por meio da experiência Mondragón.  Participaram ainda de workshop sobre inovação e liderança de cooperativas, oferecido pelo Instituto de Estudos Cooperativos Lanki. A instituição, criada em 2001, oferece serviços de ensino, treinamento, assistência técnica e pesquisas sobre os diferentes aspectos da gigante Mondragon. Os capixabas somaram conhecimentos com o modelo de governança cooperativa e intercooperação da gigante do país Basco.

As visitas foram encerradas na Cooperativa Bodega Vinícola Cuatro Rayas, uma das mais prestigiadas do país por seus vinhos verdes. A coop é reconhecida nos mercados estrangeiros e produz e distribui vinhos Sauvignon Blanc, Tempranillo, Viura e Palomino Fino. Tem ainda, o selo “verde & social”, pelo comprometimento e respeito ao meio ambiente, além de um modelo que tem contribuído para a sucessão familiar, mantendo jovens na produção de uva e atuantes na cooperativa.

Portugal

Em Portugal, o grupo participou do curso Geopolítica e o impacto nas Organizações e na Economia Mundial, ofertado pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Porto (Iscap). O instituto foi criado em 1886 e abarca áreas de contabilidade, administração, marketing, comércio internacional, comércio eletrônico, comunicação empresarial, assessoria e tradução.

O objetivo da capacitação foi levar informações e reflexões sobre a geopolítica mundial com base nos principais acontecimentos dos últimos anos: guerra, pandemia, eleições na Europa e outros temas que impactam as organizações. A capacitação instigou sobre as tendências, perspectivas e oportunidades geradas por essas realidades.

A coop com viés social, Cooperativa Antônio Sérgio de Economia Social (Cases), que atua desde sua fundação na promoção, fortalecimento e qualificação no segmento de economia social, foi o próximo destino do grupo. A comitiva conheceu de perto como ela estimula o potencial da economia social e das suas organizações em defesa de todos.

Já na Confederação das Cooperativas Agrícolas e de Crédito (Confragri), última visita da agenda, absorveram conhecimentos para o crescimento e desenvolvimento dos dois setores de forma equilibrada.

Coops capixabas

As brasileiras também são destaques dentro de suas áreas de atuação. Confira abaixo o potencial de cada uma:

  • A Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi) conta com 17 mil cooperados e atua nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Seus serviços estão disponíveis em suas lojas agropecuárias, supermercados, fábrica de ração e posto de gasolina. Ela é referência na produção de lácteos como doce de leite, manteiga, queijos, iogurte, entre outros. Na linha de cafés, atua desde o grão verde até os industrializados nas linhas tradicionais e de qualidade. Possui ainda a certificação Fairtraide.
  • A maior coop de café conilon do mundo, a Cooperativa Agraria dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel), tem mais de 6 mil cooperados e 400 colaboradores. Tem certificação do 4C e Unidades de Negócios. Seus serviços podem ser acessados em suas lojas agropecuárias, viveiros e armazéns. Além do café, atua também com a produção de pimenta do reino.
  • A Cooperativa de Laticínios Selita (Selita) é a mais antiga do Espírito Santo, com mais de 83 anos de atuação. Com seus 1,6 mil cooperados e 350 colaboradores, oferece produtos lácteos como doce de leite, leite em pó, manteiga, queijo, iogurte, creme de leite, requeijão e leite longa vida. Seus serviços estão disponíveis em suas lojas de produtos lácteos e veterinária. Recentemente inaugurou o maior parque industrial de leite do estado.
  • Com mais de 550 mil cooperados e 2 mil empregados, o Sistema Sicoob Espírito Santo atua também no Rio de Janeiro e na Bahia. São 169 agências distribuídas em 106 municípios, o que a consolida como maior cooperativa de crédito de livre admissão capixaba. Com amplo portfólio de produtos e serviços para os mais variados perfis de clientes, é considerada a melhor empresa de serviços financeiros e o maior grupo empresarial do estado.

Coopercitrus é referência em recuperação de florestas e nascentes

Cooperativa conta com pauta dedicada às boas práticas de produção sustentável  Inovação é o foco da Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais quando se trata de produção sustentável. Entre suas iniciativas, a coop conta com sistemas de agricultura de baixo carbono, de produção de energia limpa para autoconsumo e de recuperação de florestas e nascentes. As contribuições da Coopercitrus em prol de uma economia verde serão apresentadas ao mundo durante o painel A importância das cooperativas para o agro sustentável, nesta sexta-feira (11), às 9h, na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 27, que acontece no Egito até o próximo dia 18. O painel será transmitido no canal do Sistema OCB, no Youtube. “As cooperativas são fundamentais nesse processo de redução de gases de efeito estufa e captura de carbono na atividade agropecuária, bem como na recuperação de biomas. Temos nos profissionalizado para além dos outros modelos de negócios. Possuímos um amplo time técnico que influencia a atividade do agricultor. Desta forma, os produtores têm mudado seus processos para, sobretudo, reduzir as emissões de gases. O coop apresenta resultados concretos na direção de práticas conservacionistas que geram resultados efetivos. O que antes era obrigação transformou-se em oportunidades”, avalia o presidente do Conselho da Coopercitrus, Matheus Kfouri Marino. O comprometimento do cooperativismo com as questões climáticas é evidenciado também pelo presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas. “Toda cooperativa já nasce com o compromisso de cuidar da comunidade e do meio ambiente, independentemente de seu porte. Somos ferramentas valiosas nesta pauta ambiental mundial e temos iniciativas que podem e devem ser reproduzidas em todo o mundo. O trabalho conjunto de cooperação para a construção de políticas públicas capazes de promover mudanças significativas em favor do meio ambiente passa pelo cooperativismo. O Brasil, por sua vez, tem a vocação para ser protagonista na consolidação da economia de baixo carbono e baixo metano”. Kfouri aponta que para a apresentação pretende expor diversas ações da Coopercitrus em defesa da pauta ambiental. Ele salienta a criação, em 2019, da Fundação Coopercitrus Credicitrus, que, sem finalidade lucrativa, reúne ações de cunho socioambiental sobre um mesmo selo e governança. A entidade tem foco em pesquisa, educação e meio ambiente, promovendo, desta forma, o desenvolvimento do cooperado agricultor e das comunidades do entorno. A parceria é estratégica e viabiliza a implementação de projetos dedicados ao desenvolvimento sustentável do agro. A fundação atua, incialmente, em dois programas: CooperSemear, que auxilia cooperados na restauração de áreas de conservação e preservação de mata nativa; e o CooperNascentes, que se debruça na restauração de minas d’água no campo. Tudo conforme as exigências da legislação ambiental do país. “Além da nossa fundação, destaco nosso relatório de sustentabilidade com metodologia GRI [abordagem de gestão e dimensões econômicas, ambientais e sociais], com metas concretas para redução dos gases de efeito estufa e captação de carbono no solo. Temos elaborado também o inventário da pegada de carbono com a redução de emissões. Nossas 211 usinas fotovoltaicas corroboram com nossos princípios sustentáveis, bem como a implantação da telemetria e limitador de velocidade da nossa frota para reduzir o consumo de combustíveis que emitem gases de efeito estufa. A sistematização de imagens com a utilização de drones reduzem a manobra e o consumo de combustíveis. Estas são algumas ações concretas que impactam toda a cadeia produtiva”, esclarece. A sede Coopercitrus está localizada em Bebedouro (SP) e conta com 37.938 cooperados e 3.090 colaboradores distribuídos nas 190 unidades de negócios, presentes em 65 municípios dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Seu protagonismo foi evidenciado após a criação da Fundação, que recuperou 136 nascentes (CooperNascentes); plantou 21 hectares de floresta nativas (CooperSemear); e migrou 13 unidades para o mercado de energia renovável. O conjunto de ações garantiu à cooperativa a certificação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) com base no certificado ISO 14001, que especifica ações para proteção do meio ambiente, controle dos impactos e melhoria contínua de processos, em dez unidades operacionais.

CCPR vai destacar iniciativas de sustentabilidade ambiental na COP27

Cooperativa é referência na destinação correta de resíduos Reciclar, reduzir e reaproveitar são os três pilares que balizam as ações de sustentabilidade ambiental da Cooperativa Central dos Produtores Rurais, mais conhecida como CCPR. A coop mineira é considerada a maior captadora de leite do Brasil. Seu sistema reúne dezenas de coops singulares que atuam, conjuntamente, há mais de 70 anos. A CCPR é uma das cooperativas que participa, nesta sexta-feira (11), a partir das 9h, do painel A importância das cooperativas para o agro sustentável, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente no Pavilhão Brasil da 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP27. O painel será transmitido no canal do Sistema OCB, no Youtube. O presidente, Marcelo Candiotto, destaca que é responsabilidade e missão do cooperativista promover o desenvolvimento sustentável do meio ambiente, bem como das comunidades. Para ele, a participação na conferência vai ajudar a desmistificar a ideia de que o agro brasileiro causa impactos negativos ao meio ambiente. “Sabemos que os temas meio ambiente e agronegócio podem gerar polêmicas, principalmente, pela desinformação. Esta é, sem dúvida, uma oportunidade de esclarecermos e mostrarmos ao mundo que o produtor brasileiro é um agente de transformação e de fomento da sustentabilidade.  Afinal, o agro e o meio ambiente sempre caminharam juntos. É uma honra para nós da CCPR participar de um evento dessa magnitude, que reúne ações que cultivam e constroem um legado para as gerações presentes e as futuras”, evidencia Candiotto. Entre as iniciativas que serão apresentadas durante o painel, o presidente destaca algumas das boas práticas que envolvem a cadeia produtiva da CCPR. “Um exemplo é o nosso programa Prática Nota 10, que incentiva o produtor a adotar procedimentos de gestão, qualidade do leite, infraestrutura e bem-estar animal alinhados à sustentabilidade. Temos também o Recicla Mais, criado na nossa unidade industrial, onde, a cada ano, reaproveitamos, com destinação correta, cerca de 2 milhões de resíduos, com aval dos órgãos ambientais”. Candiotto também pretende detalhar um case alia o agro e o meio ambiente às questões sociais.  “A construção da nossa usina fotovoltaica demonstra a atenção que dedicamos as questões ambientais. No entanto, mais que aproveitar a energia solar para reduzir o consumo energético de nossas unidades, temos a oportunidade de contribuir com parte da demanda de energia da Santa Casa de Misericórdia”, orgulha-se. Para o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, iniciativas como as da CCPR ajudam a comprovar que o agro brasileiro é um aliado na construção de uma economia verde. “Já somos referência mundial em produção sustentável como uma ferramenta para o alcance de uma economia de carbono neutro. Temos incentivado os produtores cooperados com o auxílio de nossos técnicos rurais, prestando atendimento dentro das cooperativas. Há diversos exemplos que contemplam a questão produtiva, ambiental e social. Nas questões climáticas somos definitivamente parte da solução mundial, pois estamos pautados na sustentabilidade do ambiente e dos negócios”, afirma. A CCPR nasceu em Belo Horizonte (MG) e os negócios cresceram, significativamente, ao ponto de estar presente também no estado de Goiás. A coop reúne 31 cooperativas do segmento, que estão distribuídas em 280 municípios mineiros e goianos. Seus mais de 4,5 mil associados produzem 90 milhões de leite por mês. Além de produtos lácteos, a coop também atua na produção de proteínas bovina, equina, suína, aves, peixes e até ração para os pets.

Sistema OCB participa da VI Cúpula Cooperativa das Américas

O presidente e representantes do Sistema OCB, juntamente com os dirigentes das cooperativas Unimed, CNU, Uniodonto, Sicredi Pioneira e Comerp, participam da VI Cúpula Cooperativa das Américas, entre os dias 24 e 29 de outubro. Durante o evento, patrocinado pelo Sistema, também será eleita a nova presidência e conselheiros de Administração da Aliança Cooperativa Internacional das Américas (ACI Américas) para um mandato de quatro anos.

Com o tema “O compromisso cooperativo de reconstruir e cuidar de nossa comunidade local e global”, a Cúpula está dividida em três eixos principais: Identidade Cooperativista; Reativação e Integração Econômica; e Sustentabilidade e Mudanças Climáticas, painel em que o presidente Marcio Lopes de Freitas fará palestra. Segundo ele, o cooperativismo brasileiro tem muito a contribuir e também a absorver em experiências de outros países.

“Nossas expectativas ao longo da Cúpula são as melhores, ainda mais por ser nosso primeiro encontro pós-pandemia. Debater nossos diferenciais, a importância do movimento cooperativista na economia destes países e falar de nossas contribuições para um desenvolvimento sustentável é sem dúvidas uma grande oportunidade para alinharmos nossas ações em todo o globo. A eleição da ACI Américas é outro momento aguardado por todos e nós já declaramos apoio à recondução da presidente Graciela Fernandez por todo trabalho feito até aqui”, evidencia Freitas.

A abertura da Cúpula foi feita pela presidente da ACI Américas, Graciela Fernández Quintas, do presidente da ACI, Ariel Guarco, e do diretor Regional de Cooperativa das Américas, Danilo Salerno.  Além da palestra do presidente do Sistema OCB, o evento terá exposições do coordenador de Relações Internacionais, João Marcos Silva Martins, e do consultor ambiental, Leonardo Papp.

Eventos paralelos, de cada eixo, também acontecem durante os seis dias do evento. Na temática Identidade Cooperativista, os painéis tratam sobre: Parlamentares para a economia cooperativa e social; Serviços financeiros com identidade cooperativa e digitalização; O lado cooperativo da Juventude; Pesquisa cooperativa para aprofundar a identidade; Pesquisa cooperativa para aprofundar a identidade; Comunique nossa Identidade Cooperativa; e o Encontro da Cooperativas de Produção Industrial, Artesanal e de Serviços (CICOPA).

No bojo sobre Reativação e Integração Econômica, o presidente Marcio falará sobre a Produção cooperativa e distribuição de bens públicos; e o coordenador João Marcos sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para cooperativas. Os painéis versam ainda sobre Capacitação para o empreendedorismo cooperativo; Modelos cooperativos de saúde para a integração regional; e Produção cooperativa e distribuição de bens públicos.

Nos debates sobre Sustentabilidade e Mudança Climática, o consultor do Sistema OCB, Leonardo Papp fala sobre a Reunião dos Órgãos de Promoção Cooperativa vs COP1 e Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 [sobre ações climáticas] e sobre ODS 12: Cooperativas para sistemas alimentares sustentáveis. O eixo traz ainda os temas:  ODS 4: Educação cooperativa de qualidade para a sustentabilidade; ODS 11: Cooperativas de Habitação para cidades e comunidades sustentáveis; ODS 17: Investimentos cooperativos com impacto social; Rumo a um ecossistema comunitário; ODS 5: Equidade cooperativa para igualdade de gênero.

Congresso de Direito

Em continuidade à VI Cúpula, também em Asunción, acontecerá entre 27 e 29 de outubro, o Congresso Cooperativo de Direito com o tema Identidade cooperativa e direito cooperativo no pós-pandemia.

Sistema OCB lança Manual Operacional dos Títulos do Agronegócio 2022

A atualização do Manual Operacional dos Títulos do Agronegócios (Mota) 2022 foi disponibilizada nesta quinta-feira (3) durante o evento Desenvolvimento Econômico e Financeiro promovido pelo Sistema Ocepar. A publicação é uma parceria entre o Sistema OCB e o Sistema Ocepar e contempla opções de crédito para o setor agrícola e dessa forma as recomendações presentes na publicação tem como objetivo auxiliar as cooperativas e cooperados na captação de novos recursos para maior prosperidade em seus negócios

O livro detalha a operacionalização dos títulos do agronegócio, como o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), o Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), o Certificado de Depósito Agropecuário e Warrant Agropecuário (CDA-WA), a Cédula de Produtor Rural (CPR) e os Fundos de Investimentos do Agronegócio (Fiagros).

O material traz ainda, de maneira detalhada, quais são, para essas alternativas de financiamento agrícola e pecuário, as instituições participantes; os investidores; os modelos de documentos; os anexos sobre lista de requisitos obrigatórios e facultativos; os protocolos de registos; quadros comparativos; e um glossário. Há ainda a relação de legislação que abrange o segmento e outras informações gerais.

Ficou interessado? Para acessar a publicação, on-line e gratuita, clique no link.

Crédito de carbono: Seminário esclarece políticas para pagamento por serviços ambientais

As políticas públicas para pagamento por serviços ambientais e créditos de carbono foi o tema do 3º Encontro de Sustentabilidade promovido pelos Sistemas OCB e Ocepar, nesSa terça-feira (25). Com exposições de especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Banco Central do Brasil (BCB), do Ministério da Agricultura (Mapa) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os participantes puderam conhecer como cada instituição vem atuando para criar métodos de acordo com a realidade nacional e, ao mesmo tempo, em consonância com as certificações globais.

Segundo o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, há empenho da parte de todos os agentes envolvidos na adaptação das atividades para mitigação da emissão de gases e, ainda, a percepção de novas e rentáveis práticas para reduzir impactos sociais, ambientais e climáticos. Ele declarou que, embora este seja o último encontro do ano, em 2023 a ideia é levar o debate para diversas regiões do país.

“Foi uma oportunidade enorme de nivelar o conhecimento sobre esse tema de extrema importância que é o mercado e neutralidade de carbono e o acordo de metano. Estes debates são fundamentais para avaliarmos nossas ações e quantifica-las, para comprovar que o cooperativismo está a um passo de alcançar a neutralidade de carbono. Temos muito o que aprender, mas somos protagonistas. Precisamos ter força e escala em nossos projetos e isto pode ser viabilizado por meio da intercooperação”, disse.

Morato acrescentou que as práticas nem sempre precisam estar atreladas ao recebimento dos créditos verdes. “A adoção dessas tecnologias deve ser baseada em performance, onde, com maior eficiência no processo produtivo e utilização do recurso natural de maneira mais eficiente, as cooperativas ganhem mais competitividade. Sendo sustentável, o acesso a mercados aumenta, então, o crédito de carbono é um diferencial que possibilitará reinvestir em tecnologias cada vez mais sustentáveis. O Brasil pode ser referência nesta pauta e o cooperativismo é a chave para que o pequeno e médio produtor acelere ainda mais as tecnologias sustentáveis e tenham acesso a este mercado”.

Inventário

O professor Eduardo Assad, do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), falou sobre a importância da adoção de metodologias de protocolos na elaboração correta do inventário de gases de efeito estufa para o alcance da neutralidade de carbono, nas diversas atividades do agro. A FGV já desenvolve sistema de mensuração de acordo com cada cultivo. A intenção da fundação é colaborar na incorporação dos protocolos para quantificação dos gases de efeito estufa.

“Com as metodologias e ferramentas disponíveis até o momento, já é possível mensurar esse carbono e certificá-lo. No Brasil, há algumas especificidades quando falamos de pecuária. Aqui, criamos o rebanho no pasto, não em plataformas, e isso tem um impacto diferenciado. Representamos 27% das emissões globais e, dentro do país, a agropecuária responde por 70% das nossas emissões de gases de efeito estufa. Para reduzirmos esse percentual precisamos adotar práticas de produção de alimentos eficientes, integração lavoura-pecuária, reflorestamento, desenvolvimento de tecnologias ESG [ambiental, social e governança], entre outros. Com estas combinações de ferramentas vamos atingir a redução necessária até 2050”, avaliou o professor.

De acordo com Assad, já há empresas utilizando ferramentas e metodologias para o inventário em plataforma digital. “Há ferramentas para mensurar as diferentes atividades como adubação, fermentação, dejetos animais, manejo, mudança de uso de solo, cultivo e até consumo de energia. Basicamente é desempenhar o que já está previsto no Código Florestal”, explicou.

Finanças verdes

Já o representante do Banco Central do Brasil, David Salles de Barros, apresentou a política do banco sobre conformidade ambiental e orientações. Segundo Salles, desde 2016, o banco vem trabalhando na orientação de agentes financeiros para a elaboração de benefícios para quem protege e preserva o meio ambiente, as chamadas finanças verdes.

“As regras prudenciais são divididas em três aspectos da nossa ferramenta: gerenciamento de risco; responsabilidade social, ambiental e climática; e divulgação de informações. De um lado gerenciamos possiblidades de perdas e, no outro, estabelecemos políticas de responsabilidade, instituindo princípios no negócio e na relação com clientes, comunidades e stakeholders. Todo esse gerenciamento é para garantir a estabilidade do sistema financeiro, oportunidades de negócios associados à economia de baixo carbono e regras proporcionais ao segmento de enquadramento”, considerou Salles.

Políticas públicas

A diretora do departamento de Produção sustentável e Irrigação do Mapa, Fabiana Villa Alves, apresentou as ações da pasta para que o agronegócio brasileiro alcance a neutralidade. Ela destacou e apresentou as metas do Plano ABC+, que contou com contribuições do Sistema OCB para sua elaboração. 

“A agenda climática move novos negócios. No setor agropecuário ele começa nas políticas públicas. Ninguém chega com uma mala de carbono e enterra na terra do produtor, este gás é originado no sistema produtivo. Então, desde 2010, com a primeira versão do Plano ABC, temos objetivos setoriais para o cumprimento das políticas de mudanças climáticas que versam sobre recuperação de pastagens, integração lavoura pecuária floresta, sistema de plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, florestas plantadas e tratamento de resíduos animais. Para estimular ainda mais, temos linhas de créditos que subsidiam as atividades. Esta segunda fase do plano é mais ambiciosa por termos novos acordos internacionais e entendimento do contexto mundial”, reforçou. 

Segundo a diretora, a meta até 2020 era adotar tecnologias para 35,5 milhões de hectares e mitigar de 133 a 163 toneladas do gás carbono emitido (CO2 eq), mas os resultados superaram as expectativas. Foram alcançados 52 milhões de hectares e uma mitigação equivalente a 170 toneladas CO2. Para 2030, a meta é adicionar mais 72,68 hectares e mitigar 1.042,41 bilhões de toneladas de carbono.

 

Financiamentos

O diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito de Carbono do BNDES, Bruno Laskowsky, falou sobre as políticas de incentivo do banco para a compra dos créditos de carbono. “O BNDES já tem a orientação de fomento a energias renováveis e a questões que propiciem o aumento da sustentabilidade, preservação, recuperação e restauração de ativos ambientais. O banco quer incentivar essas práticas dentro das linhas de créditos existentes, uma vez que já somos responsáveis pelo Fundo do Clima, e promovemos este estímulo por meio de editais de compra de créditos de carbono. Vamos ampliar a divulgação para que novos modelos de negócios sejam gerados em cima desta temática”, salientou.

O representante do Sicredi, Arthur Faviero, apresentou o case da cooperativa sobre financiamento de projetos de sustentabilidade. “Nossa experiência na captação de recursos externos para fomentar a energia renovável é um sucesso. Somos a maior instituição financeira em financiamento de energia fotovoltaica. Estamos na terceira etapa do programa para fomentar a geração de energia limpa”, orgulhou-se.

Panorama traça perfil das cooperativas de geração distribuída no Brasil

Energia fotovoltaica é destaque em todas as regiões

Estudo desenvolvido para conectar, fortalecer e divulgar oportunidades e desafios para as coops de energia renovável foi divulgado, nesta quinta-feira (27). O Panorama das Cooperativas de Geração Distribuída 2022 é fruto da parceria entre Sistema OCB, a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV) e o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal). Das atuais 35 coops do segmento, 28 responderam ao questionário online que resultou no documento. Com capacidade de geração total de 19.854 kw, as coops envolvem neste processo 25.657 pessoas e atendem 9.368 residências e comércios que recebem energia. Os créditos energéticos são distribuídos para mais de 24 mil cooperados.

“A energia renovável é fundamental para que o cooperativismo atenda as estratégias ESG [ambiental, social e governança], bem como os requisitos de mercado. Neste sentido, o estudo é fundamental para que tenhamos mais detalhes sobre essas iniciativas de geração compartilhada. A pesquisa vai nos ajudar no desenvolvimento do setor, pois conhecendo as características destas cooperativas podemos propor soluções para fortalecer o segmento dentro do cooperativismo. O Sistema OCB já vem trabalhando para facilitar e apoiar o desenvolvimento dessas cooperativas”, salientou o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato.

Segundo o documento, a maior parte dos investimentos foram realizados por cooperados e cooperativas junto às instituições parceiras. Os sistemas estão instalados, em sua maioria, em telhados ou terrenos de propriedades de cooperados e de coops. A origem dos recursos são capital próprio, doação ou financiamento. A energia gerada beneficia cooperados, coops e colaboradores. A publicação aponta ainda que a dificuldade de captar recursos, falta de acesso a linhas de financiamento e a cobrança de ICMS na geração compartilhada foram considerados impeditivos para a expansão dos negócios.

Motivações e tendências

As iniciativas mostraram motivações comuns principalmente no que tange a democratização do acesso às energias renováveis. A diversificação de fontes de geração de energias e de serviços oferecidos são tendências evidenciadas no estudo. As ações de intercooperação, segundo as coops, solucionam barreiras como, por exemplo, a do acesso a financiamentos de desenvolvimento de plataformas de gestão de crédito.

Criar alternativas inovadoras está no ranking das coops como meta para os próximos anos, bem como a interação com o movimento sindical, além de desmistificar que rentabilidade e sustentabilidade não caminham juntas. Outra tendência citada no panorama é a geração de energia a partir de fontes como hidrogênio verde, biometano e biodigestores.

 Serviços e compensações

Os serviços e fontes de geração de energia das iniciativas estudadas ofertam créditos de energia por meio de sistema de compensação (Resolução Aneel 482/12). Assim, os microgeradores de energia cedem para a distribuidora local que, por sua vez, devolve com redução tarifária na fatura ou realoca o excedente para outra propriedade de mesma titularidade. A eficiência energética, bem como os serviços telecom, de eletromobilidade e armazenamento também são ofertados pelas coops – que pretendem expandi-los nos próximos anos juntamente com o número de usinas e de cooperados.

A energia cooperativa está presente em 70% dos estados brasileiros e as coops pretendem expandir a quantidade de usinas nos próximos anos para tornar o modelo mais comum e acessível para toda a população. A geração de energia fotovoltaica predomina em quase todas as regiões do país. Apenas 5 das 28 pesquisadas no panorama já trabalham com mais de uma fonte de geração. A maior diversidade está na região Sul do país.

As primeiras cooperativas de energia, neste modelo, foram fundadas em 2016, sendo uma no Pará, outra em Rondônia e a terceira em Santa Catarina. Até 2019, o país já contava com 16 cooperativas ofertando este serviço. Em 2022, o Sistema OCB já registra 35 coops. Destas, 28 responderam ao questionário do panorama.

2ª Chamada CNPq/Sescoop seleciona 44 trabalhos

Os contemplados na segunda chamada pública (Edital 11/22) realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) foram divulgados nesta terça-feira (18). Das 131 propostas de pesquisa sobre o cooperativismo inscritas, 44 foram selecionadas pelo comitê avaliador. Com fomento de R$ 4 milhões, os pesquisadores poderão custear bolsas para orientandos, passagens, hospedagens, participação em congressos e até comprar equipamentos e materiais para execução do estudo.

“É uma verdadeira satisfação ver estudiosos interessados em desenvolver conceitos, aprimorar métodos e processos em defesa do modelo cooperativista. A primeira chamada foi um sucesso e tenho certeza de que esta segunda não será diferente. Tenho a impressão que estas pesquisas se tornarão permanentes e que as cooperativas vão se beneficiar e repassar todo o conhecimento para frente, gerando mais prosperidade para todos”, declarou do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas.

As principais áreas de pesquisa são Competitividade e Inovação; Impactos econômicos, sociais e ambientais; Desenvolvimento organizacional e promoção da prática cooperativista; e Cenário jurídico do cooperativismo. Para pesquisas sobre Impactos econômicos, sociais e ambientais, o edital recebeu, ao todo, 65 inscrições; sobre Competitividade e Inovação no Cooperativismo, 39 projetos; e sobre Cenário jurídico do cooperativismo, 15 propostas. Já o tema Desenvolvimento organizacional e promoção da prática cooperativista, obteve 12 submissões.

A parceria entre o Sescoop e o CNPq teve início em 2017, quando foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica e Financeira para a operacionalização de chamadas públicas para financiamento de projetos de pesquisa científica. O primeiro edital, em 2018, recebeu 374 inscrições. Foram contemplados 41 projetos, de 14 estados diferentes, com recursos que somaram R$ 2,8 milhões repassados às universidades e institutos de pesquisa.

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