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EVENTOS
21/08/2025
Fórum das Confederações debate agenda estratégica do setor produtivo
Lideranças nacionais alinham propostas conjuntas para fortalecer economia e sustentabilidade A defesa da competitividade, do emprego e do desenvolvimento sustentável esteve no centro das discussões do Fórum das Confederações, realizado nesta quarta-feira (20), em Brasília. O encontro, sediado na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), reuniu presidentes de seis entidades representativas do setor produtivo nacional. Participaram da agenda Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB; José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac; João Martins, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Vander Costa, presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT); e Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O grupo reforçou a importância do alinhamento institucional para a construção de propostas conjuntas, capazes de fortalecer a economia brasileira e ampliar a geração de oportunidades. Na avaliação das lideranças, o Fórum das Confederações tem se consolidado como um espaço de articulação estratégica. “O Fórum das Confederações é reconhecido como espaço de diálogo e alinhamento estratégico entre os diferentes setores representados pelas entidades nacionais. A cada reunião, reafirmamos o papel do colegiado de articulação institucional e de busca por soluções conjuntas, contribuindo para levar a voz dos setores produtivos do Brasil a um debate cada vez maior”, afirmou José Roberto Tadros. Representando o cooperativismo, o presidente Márcio destacou que a atuação conjunta amplia a capacidade de defesa dos interesses nacionais. “O cooperativismo se soma a esse esforço coletivo, trazendo a experiência de um modelo que está presente em diversos segmentos da economia e que tem na geração de empregos, renda e desenvolvimento regional sua principal marca. Estar nesse fórum é garantir que a voz das cooperativas também contribua para a construção de um Brasil mais competitivo e sustentável”, afirmou o presidente. Entre os temas em debate, ganharam destaque propostas voltadas à modernização da legislação, ao estímulo à inovação e à criação de condições mais favoráveis às empresas brasileiras. Também foi apresentado o evento CNC Global Voices, que contará com a participação de palestrantes internacionais renomados, como os economistas Paul Michael Romer, Prêmio Nobel de 2018, e James Robison, Prêmio Nobel de 2024. Saiba Mais: STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária Sistema OCB discute fortalecimento do Plano ABC
REPRESENTAÇÃO
20/08/2025
Sistema OCB discute fortalecimento do Plano ABC
Encontro reforçou a importância do cooperativismo para o Plano ABC+ e a agenda climática do Brasil
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (20), da III Reunião da Comissão Executiva Nacional do Plano ABC (CENABC). O encontro reuniu representantes de governo e de entidades setoriais para debater a implementação do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+), principal política pública brasileira voltada à promoção da agricultura sustentável.
Convidado a contribuir com a discussão, o Sistema OCB apresentou o papel estratégico do cooperativismo na implementação e no fortalecimento do Plano ABC+. A apresentação foi conduzida por Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais da instituição, que destacou a relevância das cooperativas na construção de soluções climáticas inclusivas, sustentáveis e de impacto coletivo.
Segundo Eduardo, o movimento cooperativista já reúne mais de 23 milhões de brasileiros, gera 550 mil empregos diretos e representa um faturamento anual de R$ 692 bilhões. Além de seu peso econômico, as cooperativas se consolidam como parceiras-chave na difusão de tecnologias de baixo carbono e na promoção de práticas sustentáveis.
“As cooperativas são verdadeiros motores de transformação. Elas levam tecnologia ao campo, democratizam o acesso ao financiamento climático e têm capacidade única de conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. O Plano ABC+ só se fortalecerá se tiver no cooperativismo um aliado central, capaz de unir produtividade, inclusão social e sustentabilidade”, afirmou Eduardo Queiroz.
Cooperativismo e a agenda climática
Durante a sua participação, o Sistema OCB também apresentou as iniciativas em andamento no âmbito do Programa ESGCoop, que apoia cooperativas em diagnósticos, capacitações e projetos de descarbonização e energia limpa. Exemplos concretos incluem a Solução Neutralidade de Carbono, já em implantação em 18 cooperativas, e a Solução Eficiência Energética, que beneficia mais de 1,2 milhão de cooperados.
Além disso, foram destacadas as propostas do Manifesto do Cooperativismo para a COP30, lançado neste ano. O documento defende, entre outros pontos:
o fortalecimento das cooperativas como elos de transferência de tecnologia sustentável no campo;
a democratização do financiamento climático;
a ampliação da geração comunitária de energia limpa;
investimentos em inovação, biotecnologia e economia circular;
e apoio a soluções baseadas na natureza e estratégias de adaptação climática lideradas por cooperativas.
“Estamos diante de uma oportunidade histórica. Em 2025, declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas e marcado pela realização da COP30 no Brasil, o mundo olha para nós. O cooperativismo tem condições reais de ser protagonista dessa transformação global, ao alinhar segurança alimentar, transição energética e sustentabilidade”, reforçou Eduardo.
Plano ABC+ e CENABC
O Plano ABC+ (2020–2030) é a continuidade do Plano ABC, lançado em 2010, e tem como objetivo consolidar a agropecuária brasileira como líder em práticas de baixa emissão de carbono. Entre suas metas, estão a recuperação de áreas degradadas, a expansão de sistemas integrados de produção e a valorização de soluções inovadoras para adaptação climática.
A Comissão Executiva Nacional do Plano ABC (CENABC) é o fórum responsável por acompanhar a execução e propor aperfeiçoamentos à estratégia. Reúne representantes do governo federal, da sociedade civil e do setor produtivo, em um espaço de diálogo e integração para o avanço da agropecuária sustentável no país.
“Queremos deixar um legado. O Sistema OCB acredita que o futuro do Brasil sustentável passa pelas cooperativas. Estamos comprometidos em fazer do Plano ABC+ um instrumento eficaz para que pessoas, comunidades e o planeta prosperem de forma justa e equilibrada”, concluiu Eduardo.
Saiba Mais:
STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB
Sistema OCB debate com Mapa reabertura de mercados e tarifas dos EUA
Coops rumo à COP30: seleções abertas para painéis temáticos

SABER COOPERAR
20/08/2025
CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária
Capacitação gratuita e online oferece orientação sobre adaptações fiscais
O Sistema OCB lançou o curso Reforma Tributária do Consumo para Cooperativas, disponível na plataforma CapacitaCoop. Gratuito e 100% online, o conteúdo foi desenvolvido para apoiar dirigentes, conselheiros fiscais, gestores tributários, auditores e contadores de cooperativas na compreensão das mudanças promovidas pela Reforma Tributária no Brasil.
O curso aborda a parte geral da reforma, com foco na tributação sobre o consumo e apresenta orientações sobre como as cooperativas podem se adaptar ao novo regime. A trilha de aprendizagem inclui vídeos explicativos, podcasts temáticos, atividades e e-books complementares.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o tema exige atenção redobrada do setor. “A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro em décadas. Nosso objetivo é oferecer uma capacitação acessível, didática e consistente, que ajude as cooperativas a entenderem o impacto das mudanças e a se prepararem de forma estruturada para a transição”, afirmou.
A estrutura do curso contempla seis módulos principais: introdução à Reforma Tributária; alterações na tributação sobre o consumo; impactos operacionais e econômicos para as cooperativas; período de transição; apuração, recolhimento e declaração dos novos tributos; e compensação ou ressarcimento dos tributos substituídos.
Ao concluir os estudos e alcançar 70% de aproveitamento na avaliação de aprendizagem, o participante terá acesso ao certificado digital. O conteúdo foi elaborado com linguagem acessível, rigor técnico e foco em soluções práticas.
Clara também reforça a importância da mobilização das cooperativas: “Este é o momento de se antecipar. Quanto mais cedo dirigentes e gestores compreenderem as novas regras, mais preparados estaremos para manter a competitividade e o equilíbrio econômico do setor”, completou.
Além do curso geral, o Sistema OCB prepara a disponibilização de módulos específicos por ramos do cooperativismo, que serão lançados em uma segunda fase.
Como parte das ações de orientação técnica, o Sistema OCB publicou materiais específicos sobre a Reforma Tributária no boletim Panorama Coop Tributário. Duas edições já foram disponibilizadas, sendo a mais recente em 14 de agosto. Novas publicações estão previstas para os próximos meses, com análises detalhadas e foco nos impactos práticos da reforma para o cooperativismo.
Prepare sua coop para a Reforma Tributária, inscreva-se já e acompanhe o Panorama Coop.
Saiba Mais:
Coops rumo à COP30: seleções abertas para painéis temáticos
Banco Central: Sistema OCB reforça temas de interesse do Ramo Crédito
ANTT e cooperativas de transporte e Agro avançam em soluções para multas

SABER COOPERAR
20/08/2025
Cooperativa gaúcha transforma comunidades com trabalho e inclusão
No começo da década de 1980, comunidades da periferia da Zona Sul de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, enfrentavam um problema social grave: o alto índice de desemprego, que agravava a desigualdade social na região. Contudo, diante da falta de oportunidades, os moradores começaram a buscar novos caminhos para geração de trabalho e renda e, inspirados em experiências cooperativistas que ganhavam força na Argentina, no Uruguai e no Chile, decidiram criar a própria cooperativa.
Dessa união, nasceu a Cooperativa de Trabalho, Produção e Comercialização dos Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa), que completou 40 anos em julho, e tem transformado a realidade econômica e social da capital gaúcha com emprego, inclusão e dignidade.
A coop reúne 3,8 mil cooperados, que prestam serviços de limpeza e conservação para clientes públicos e privados, como shoppings centers, escritórios, consultórios, indústrias, condomínios comerciais e residenciais. Em 2024, esse trabalho resultou em R$ 201,4 milhões de faturamento, colocando a Cootravipa entre as três maiores do país em seu ramo de atuação, segundo o Sistema OCB.
“Por meio do cooperativismo de trabalho, contribuímos para reduzir desigualdades, gerar renda, fortalecer comunidades e cuidar do meio ambiente. Nossa atuação alia inclusão social com prestação de serviços de qualidade para a cidade, sempre buscando soluções inovadoras, sustentáveis e humanas”, conta a presidente da Cootravipa, Imanjara de Paula.
Ao longo de sua trajetória, a Cootravipa vem provando que é possível conciliar impacto econômico, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Com foco nas pessoas, a coop impulsiona a presença de mulheres em cargos de liderança e investe na capacitação dos profissionais para que eles possam ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.
Inovação cooperativista
A Cootravipa também é reconhecida pela oferta de serviços inovadores. Um deles é o Dronecoop, de limpeza de fachadas com uso de drones, aliando tecnologia e segurança para os colaboradores. Com os equipamentos, é possível alcançar grandes alturas sem a necessidade de andaimes ou estruturas complexas, reduzindo riscos para os trabalhadores e otimizando o tempo de execução.
Além de um bom exemplo de uso da tecnologia, a iniciativa também impulsiona a qualificação profissional dos cooperados, que passam por treinamento técnico para operar os drones, abrindo novas perspectivas profissionais. “Com soluções como essa, promovemos trabalho digno e desenvolvimento urbano sustentável”, ressalta a gestora da Cootravipa.
Impacto ampliado
Além dos cooperados, o trabalho da coop impacta diretamente mais de 10 mil pessoas de Porto Alegre, com projetos de empreendedorismo e educação ambiental. No programa Empreender para Crescer, a cooperativa capacita moradores de comunidades periféricas de Porto Alegre para que elas possam ter seus negócios e garantir renda para as suas famílias.
Já o Coleta Tri é uma solução tecnológica desenvolvida pela Cootravipa para otimizar a coleta seletiva de grandes geradores de resíduos recicláveis, como condomínios, supermercados, empresas e centros comerciais. Por meio de um aplicativo, os clientes podem agendar a retirada dos resíduos e acompanhar o processo em tempo real.
“Seja na limpeza urbana, na conservação de espaços públicos, na formação dos cooperados ou na implantação de tecnologias, cada ação da Cootravipa busca construir uma sociedade mais justa, resiliente e cooperativa, alinhada com os princípios da Agenda 2030”, acrescenta a presidente da cooperativa.
Conheça mais histórias transformadoras do cooperativismo na série SomosCoop na Estrada. Os episódios estão disponíveis no Youtube do Somoscoop.
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

REPRESENTAÇÃO
20/08/2025
Sistema OCB discute fortalecimento do Plano ABC
Encontro reforçou a importância do cooperativismo para o Plano ABC+ e a agenda climática do Brasil
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (20), da III Reunião da Comissão Executiva Nacional do Plano ABC (CENABC). O encontro reuniu representantes de governo e de entidades setoriais para debater a implementação do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+), principal política pública brasileira voltada à promoção da agricultura sustentável.
Convidado a contribuir com a discussão, o Sistema OCB apresentou o papel estratégico do cooperativismo na implementação e no fortalecimento do Plano ABC+. A apresentação foi conduzida por Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais da instituição, que destacou a relevância das cooperativas na construção de soluções climáticas inclusivas, sustentáveis e de impacto coletivo.
Segundo Eduardo, o movimento cooperativista já reúne mais de 23 milhões de brasileiros, gera 550 mil empregos diretos e representa um faturamento anual de R$ 692 bilhões. Além de seu peso econômico, as cooperativas se consolidam como parceiras-chave na difusão de tecnologias de baixo carbono e na promoção de práticas sustentáveis.
“As cooperativas são verdadeiros motores de transformação. Elas levam tecnologia ao campo, democratizam o acesso ao financiamento climático e têm capacidade única de conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. O Plano ABC+ só se fortalecerá se tiver no cooperativismo um aliado central, capaz de unir produtividade, inclusão social e sustentabilidade”, afirmou Eduardo Queiroz.
Cooperativismo e a agenda climática
Durante a sua participação, o Sistema OCB também apresentou as iniciativas em andamento no âmbito do Programa ESGCoop, que apoia cooperativas em diagnósticos, capacitações e projetos de descarbonização e energia limpa. Exemplos concretos incluem a Solução Neutralidade de Carbono, já em implantação em 18 cooperativas, e a Solução Eficiência Energética, que beneficia mais de 1,2 milhão de cooperados.
Além disso, foram destacadas as propostas do Manifesto do Cooperativismo para a COP30, lançado neste ano. O documento defende, entre outros pontos:
o fortalecimento das cooperativas como elos de transferência de tecnologia sustentável no campo;
a democratização do financiamento climático;
a ampliação da geração comunitária de energia limpa;
investimentos em inovação, biotecnologia e economia circular;
e apoio a soluções baseadas na natureza e estratégias de adaptação climática lideradas por cooperativas.
“Estamos diante de uma oportunidade histórica. Em 2025, declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas e marcado pela realização da COP30 no Brasil, o mundo olha para nós. O cooperativismo tem condições reais de ser protagonista dessa transformação global, ao alinhar segurança alimentar, transição energética e sustentabilidade”, reforçou Eduardo.
Plano ABC+ e CENABC
O Plano ABC+ (2020–2030) é a continuidade do Plano ABC, lançado em 2010, e tem como objetivo consolidar a agropecuária brasileira como líder em práticas de baixa emissão de carbono. Entre suas metas, estão a recuperação de áreas degradadas, a expansão de sistemas integrados de produção e a valorização de soluções inovadoras para adaptação climática.
A Comissão Executiva Nacional do Plano ABC (CENABC) é o fórum responsável por acompanhar a execução e propor aperfeiçoamentos à estratégia. Reúne representantes do governo federal, da sociedade civil e do setor produtivo, em um espaço de diálogo e integração para o avanço da agropecuária sustentável no país.
“Queremos deixar um legado. O Sistema OCB acredita que o futuro do Brasil sustentável passa pelas cooperativas. Estamos comprometidos em fazer do Plano ABC+ um instrumento eficaz para que pessoas, comunidades e o planeta prosperem de forma justa e equilibrada”, concluiu Eduardo.
Saiba Mais:
STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB
Sistema OCB debate com Mapa reabertura de mercados e tarifas dos EUA
Coops rumo à COP30: seleções abertas para painéis temáticos

REPRESENTAÇÃO
19/08/2025
Sistema OCB debate com Mapa reabertura de mercados e tarifas dos EUA
Reunião abordou suspensão da China à carne de frango e impactos tarifários na piscicultura
O Sistema OCB realizou, nesta terça-feira (19), reunião com o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, e Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O encontro teve como foco a defesa dos interesses das cooperativas agropecuárias, em especial diante da suspensão das exportações de carne de frango para a China e das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o pescado brasileiro, com forte impacto na cadeia da piscicultura do Paraná.
O encontro reuniu dirigentes cooperativistas para discutir alternativas que garantam previsibilidade e estabilidade aos produtores. A pauta foi marcada por dois pontos centrais: a reabertura do mercado chinês para a carne de frango e a avaliação das medidas norte-americanas, que afetam diretamente a competitividade da tilápia brasileira.
Embargo chinês ao frango brasileiro
As vendas de carne de frango para a China foram suspensas após a confirmação de um foco de gripe aviária em Montenegro (RS), em maio deste ano. Embora o Brasil tenha seguido todos os protocolos internacionais de biossegurança, as autoridades chinesas solicitaram informações adicionais sobre a situação sanitária no país.
Enquanto as tratativas avançam, os prejuízos já são significativos. Entre janeiro e julho, o Brasil exportou 228,7 mil toneladas de carne de aves para a China, uma queda de 32,2% em relação ao mesmo período de 2024. Desde a adoção do embargo, o recuo acumulado nas exportações já supera 200%.
Piscicultura pressionada pelas tarifas dos EUA
Outro ponto central da reunião foi a taxação dos pescados brasileiros pelos Estados Unidos. Em 2024, o país norte-americano absorveu 89% das exportações nacionais, sendo o Paraná responsável por 64% da produção, com forte participação das cooperativas.
A medida afeta de forma mais intensa os pequenos produtores, que enfrentam dificuldade para escoar sua produção e ameaças concretas à viabilidade econômica da atividade. O bloqueio do mercado europeu desde 2017 agrava o cenário e reforça a necessidade de diversificação dos destinos internacionais.
Durante a reunião, o secretário Luis Rua esclareceu que, no caso do pescado, o MAPA está focado exclusivamente na busca por novos mercados para escoar a produção brasileira. As tratativas diretas com os Estados Unidos, por sua vez, estão sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), conduzidas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
Segundo a superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, o papel do cooperativismo é essencial para manter a competitividade e a sustentabilidade da produção nacional. “Estamos trabalhando junto ao governo federal para assegurar que nossos produtores tenham condições justas de competir no mercado internacional. No caso do frango, é fundamental que as negociações avancem com a China para que possamos retomar rapidamente o fluxo de exportações. Já no pescado, precisamos de alternativas urgentes que evitem prejuízos irreversíveis para a cadeia produtiva, especialmente no Paraná, onde as cooperativas são protagonistas”, afirmou.
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Integrada recebe diagnóstico de eficiência energética do ESGCoop
REPRESENTAÇÃO
STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, por unanimidade, a constitucionalidade da exigência de registro das cooperativas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) ou na respectiva organização estadual como condição para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário nº 1.280.820/DF foi finalizado em 8 de agosto, no Plenário Virtual da 2ª Turma do STF. O acórdão acaba de ser publicado, no início desta semana.
Os ministros do STF confirmaram a validade do artigo 107 da Lei nº 5.764/1971, que determina o registro das cooperativas na OCB ou em entidade estadual.
Relator do processo, o Ministro Gilmar Mendes destacou que a exigência de registro na OCB não viola a liberdade de associação, mas se insere no dever estatal de fomentar e estruturar o cooperativismo, previsto no art. 174, § 2º, da Constituição Federal.
Segundo ele, o registro funciona como instrumento de organização, governança e transparência, permitindo articulação institucional e interlocução qualificada das cooperativas com o Estado e com a sociedade.
A OCB atuou no processo como amicus curiae, fornecendo informações relevantes sobre a estrutura e funcionamento do sistema cooperativista brasileiro. Os dados da atuação do Sistema OCB foram expressamente mencionados pelo Ministro relator em seu voto, reforçando a importância do registro como mecanismo de representação institucional das cooperativas.
O Sistema OCB agora aguarda o trânsito em julgado da decisão, momento que ocorre quando a decisão se torne definitiva.
Para acessar o acórdão na íntegra, clique aqui.
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19/08/2025

REPRESENTAÇÃO
ANTT e cooperativas de transporte e Agro avançam em soluções para multas
Reunião com a agência debateu segurança jurídica e prazos para defesa administrativa
Na tarde desta quinta-feira (14), o superintendente de Transporte Rodoviário de Cargas e Multimodal da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Aires Amaral Filho, participou de reunião virtual com representantes do cooperativismo de transporte e agropecuário para uma reunião considerada produtiva e estratégica.
O encontro teve como pauta central as multas aplicadas às cooperativas, com discussões que abrangeram desde a legalidade das autuações até a necessidade de ajustes nas sistemáticas operacionais e a definição de prazos adequados para apresentação de defesas administrativas.
A agenda integra o plano de trabalho do Ramo Transporte do Sistema OCB e atende a uma deliberação da última reunião do Conselho Consultivo do setor. Participaram virtualmente representantes de cooperativas de transporte e de Organizações Estaduais do Sistema OCB que reforçaram a importância de garantir segurança jurídica e tratamento justo às cooperativas diante das autuações.
Também esteve presente representantes de cooperativas agropecuárias ampliando o diálogo entre diferentes ramos do cooperativismo. Além disso, demandas encaminhadas por e-mail e ofícios por cooperativas foram debatidas e registradas, reforçando o alcance nacional da pauta.
Segundo Tiago Barros, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, o espaço de diálogo com a ANTT foi fundamental para alinhar entendimentos e buscar soluções viáveis. “A possibilidade de apresentar defesas administrativas dentro de um prazo razoável é essencial para assegurar a ampla defesa e o contraditório, pilares do devido processo legal. É um avanço importante para que as cooperativas tenham previsibilidade e segurança jurídica”, destacou.
Dentre os temas discutidos e que trazem situações problemáticas relacionadas a autuações aplicadas às cooperativas, muitas das vezes indevida, ainda foram discutidas questões referentes ao Pagamento Eletrônico de Frete (PEF), especificamente relacionados ao Código de Identificação da Operação do Transporte (CIOT) e a Política Nacional de Pisos Mínimos do Frete.
O encontro evidenciou ainda o compromisso da ANTT em ouvir o setor e trabalhar conjuntamente por um ambiente regulatório mais equilibrado. “A construção de soluções conjuntas fortalece a relação entre o órgão regulador e as cooperativas, permitindo que a fiscalização cumpra seu papel sem prejudicar a operação de quem atua dentro da lei”, completou Barros.
As tratativas sobre o tema continuarão ao longo do ano, com o objetivo de consolidar avanços e aperfeiçoar a relação entre cooperativas e fiscalização do setor.
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ANTT lança ferramenta que atende pleito do coop
Banco Central: Sistema OCB reforça temas de interesse do Ramo Crédito
Sistema OCB apresenta sugestões do agro ao ministro Carlos Fávaro
15/08/2025

REPRESENTAÇÃO
Banco Central: Sistema OCB reforça temas de interesse do Ramo Crédito
Encontro com o presidente da entidade tratou de temas de grande impacto para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC)
O Sistema OCB se reuniu, nesta quinta-feira (14), com o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, para debater temas estratégicos da agenda regulatória do cooperativismo de crédito. O encontro reforçou a parceria histórica entre a entidade e a autoridade monetária, mantida desde 2010 por meio de um Acordo de Cooperação Técnica que já proporcionou avanços significativos no marco regulatório do setor.
Durante a reunião, foram abordados três pontos de grande relevância: a solicitação de flexibilizações na aplicação da Resolução CMN nº 4.966/2021; os impactos da aplicação das exigibilidades sobre depósito à vista para cooperativas; e a atualização das regras de captação de recursos de entes públicos municipais.
Segundo Tania Zanella, Superintendente do Sistema OCB, a interlocução com o Banco Central é fundamental para garantir um ambiente regulatório equilibrado. “O cooperativismo de crédito tem características próprias que precisam ser consideradas nas normas. Nosso objetivo é assegurar que a regulação preserve a solidez do sistema sem comprometer a capacidade de oferecer crédito em condições mais justas para os cooperados”, destacou.
Ajustes regulatórios
O Sistema OCB apresentou ao Banco Central, em junho deste ano, um conjunto de medidas de transição para suavizar os impactos da Resolução CMN nº 4.966/2021, que trata das regras de classificação e provisionamento de operações de crédito.
“A aplicação integral e imediata dessas exigências pode elevar o custo do crédito e reduzir o apetite das cooperativas para financiar setores estratégicos, como o rural. As medidas que sugerimos permitem uma adaptação gradual, sem comprometer a saúde financeira das instituições”, explicou Borba.
Exigibilidades sobre depósitos à vista
Outro ponto discutido foi a aplicação das Resoluções CMN nº 5.210/2025, nº 5.216/2025 e nº 5.227/2025, que tratam das exigibilidades sobre recursos à vista.
A entidade propõe que a dedução de R$ 500 milhões da base de cálculo seja feita por cooperativa singular e não de forma consolidada por sistema, para evitar distorções e falta de isonomia.
Captação de recursos municipais
O terceiro tema em pauta foi a necessidade de atualizar as regras para captação de recursos de entes públicos municipais pelas cooperativas de crédito, regulamentada pela Resolução CMN nº 5.051/2022. A proposta do Sistema OCB busca flexibilizar limites prudenciais, ampliando a capacidade das cooperativas de utilizar esses depósitos para fomentar a economia local.
“A captação municipal é uma ferramenta poderosa para gerar um círculo virtuoso de desenvolvimento. Os recursos ficam na própria comunidade, transformando-se em crédito, emprego, renda e novas oportunidades”, ressaltou Tania.
A ampliação dos limites de captação, segundo estimativas da entidade, poderia gerar um funding adicional de até R$ 38 bilhões para o setor. Isso permitiria, por exemplo, abrir novos postos de atendimento, ampliar programas e investir em iniciativas de interesse comunitário, em consonância com os princípios cooperativistas.
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Sistema OCB e MME discutem políticas públicas para o setor mineral
15/08/2025

REPRESENTAÇÃO
Sistema OCB apresenta sugestões do agro ao ministro Carlos Fávaro
Reunião com a FPA discutiu ajustes no Plano Clima para garantir equilíbrio e justiça ao setor
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (13), de uma reunião junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e ao Instituto Pensar Agro (IPA) com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para debater os pontos críticos do Plano Setorial de Agricultura e Pecuária, parte integrante do Plano Clima do governo federal. O encontro reuniu lideranças políticas, parlamentares e representantes de entidades do setor para alinhar contribuições que garantam maior equilíbrio na distribuição de responsabilidades climáticas entre os setores produtivos e preservem a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário internacional.
A superintendente do Sistema OCB e presidente do IPA, Tania Zanella, destacou a importância do diálogo para corrigir distorções que, segundo ela, comprometem a justiça e a efetividade do plano. “O Brasil pode e deve liderar a agenda climática mundial, mas é fundamental que as metas sejam construídas com base em dados transparentes, que reconheçam o papel do produtor rural na preservação ambiental e não penalizem quem cumpre a lei”, afirmou.
O Plano Clima, política nacional que orientará o país no enfrentamento às mudanças climáticas até 2035, prevê ações de mitigação e adaptação em diversos setores da economia. A proposta, em consulta pública, atribui ao setor agropecuário a maior carga de obrigações — redução de até 54% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) — enquanto o setor de energia, por exemplo, poderá aumentar suas emissões em até 44% no mesmo período.
Outro ponto de preocupação é a inclusão, no cálculo de emissões atribuídas ao agro, de áreas e atividades que não estão sob responsabilidade direta do produtor rural, como assentamentos da reforma agrária, comunidades tradicionais, unidades de conservação e áreas suprimidas em conformidade com o Código Florestal. Segundo o levantamento apresentado pela FPA e pelo IPA, mais de 55% das emissões imputadas ao setor advêm de desmatamento, superando as emissões efetivas da produção agropecuária.
As entidades também alertam que o plano ignora importantes ativos ambientais mantidos pelo setor, como áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, além de práticas produtivas sustentáveis que removem grandes quantidades de carbono, como sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, biocombustíveis e bioinsumos. “Não reconhecer e valorizar esses ativos é desconsiderar o esforço de milhares de produtores que preservam e inovam para produzir com sustentabilidade”, reforçou Tania Zanella.
Entre as propostas levadas ao ministro Fávaro, estão a criação de um plano setorial específico para o desmatamento, a inclusão das remoções de GEE das propriedades privadas no balanço oficial, a garantia de incentivos e recursos para reduzir a supressão legal de vegetação e o uso exclusivo de dados oficiais e auditáveis na definição de metas. Além disso, o setor reivindica a participação efetiva do Congresso Nacional na formulação e aprovação das diretrizes, garantindo legitimidade e respaldo democrático às decisões.
Para Tania, o alinhamento entre sustentabilidade e produção é possível e estratégico. “A transição para uma economia de baixo carbono precisa andar de mãos dadas com a segurança alimentar, a geração de renda e a competitividade. O produtor rural brasileiro já é parte da solução climática — e é isso que precisa ficar claro nas políticas públicas”, concluiu.
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13/08/2025

REPRESENTAÇÃO
Sistema OCB integra campanha pela inclusão produtiva de jovens
Ação nacional visa mudar a forma como a sociedade enxerga a juventude no mercado de trabalho
O Sistema OCB participou, nesta terça-feira (12) do lançamento da campanha nacional Espelhos: sobre a inserção de jovens no mercado de trabalho. A iniciativa fez parte das comemorações do Dia Internacional da Juventude e integra as ações do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes. O movimento reúne governo, empresas, organismos internacionais e entidades representativas em torno de um objetivo comum: promover, até 2030, a inclusão produtiva de jovens em situação de vulnerabilidade, conectando-os a oportunidades de formação, emprego e empreendedorismo.
O evento ocorreu no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, com transmissão ao vivo pelo YouTube. Representantes de diversos setores estiveram presentes, incluindo o ministro Luiz Marinho, lideranças da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Pacto Global – Rede Brasil.
O papel do Sistema OCB no Pacto
O Sistema OCB é membro ativo do Comitê Gestor do Pacto e contribui diretamente para ampliar as oportunidades para a juventude por meio de ações de formação e disseminação de conhecimento sobre o cooperativismo. No ambiente virtual do Pacto a instituição disponibiliza, na Biblioteca, materiais especialmente elaborados para três públicos estratégicos:
Jovens: conteúdos que apresentam o cooperativismo como modelo econômico e social capaz de gerar trabalho decente, renda e protagonismo.
Entidades formadoras: orientações e ferramentas para preparar a juventude para ingressar e prosperar no mercado de trabalho cooperativista.
Cooperativas: informações e boas práticas para integrar jovens aos seus quadros e ampliar sua participação na gestão e nas operações.
Além disso, estão disponíveis links para cursos gratuitos e de fácil acesso por meio da plataforma CapacitaCoop, que oferece trilhas de aprendizado sobre temas como gestão, inovação e desenvolvimento pessoal, sempre com foco no fortalecimento do modelo cooperativista.
Para Bruno Vasconcelos, coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNCoop, a participação no Pacto é uma oportunidade de mostrar como o cooperativismo pode ser protagonista na geração de oportunidades para a juventude. “O cooperativismo tem capacidade de unir desenvolvimento econômico e impacto social. Ao oferecermos formação e conteúdo de qualidade, mostramos para os jovens que é possível construir carreiras sólidas e, ao mesmo tempo, contribuir para comunidades mais justas e colaborativas”, afirmou.
Já Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou o valor estratégico dessa atuação. “Estar no Comitê Gestor do Pacto nos permite levar a perspectiva cooperativista para um espaço onde políticas e ações para a juventude estão sendo desenhadas. Ao compartilhar nossos materiais e cursos, oferecemos ferramentas concretas para que jovens, cooperativas e entidades de ensino transformem potencial em oportunidade real”.
Campanha Espelhos: mudar o olhar sobre a juventude
A campanha lançada hoje é um dos braços mais visíveis do Pacto. A Espelhos foi desenvolvida para provocar uma mudança de percepção da sociedade em relação aos jovens, desconstruindo estereótipos e destacando exemplos positivos de inserção produtiva. A mensagem central busca demonstrar que quando recebem apoio e acesso a oportunidades, os jovens podem contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento do país.
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REPRESENTAÇÃO
Sistema OCB e MME discutem políticas públicas para o setor mineral
Entidade busca articulação com MME como estratégia para o fortalecimento das cooperativas minerais junto a outros órgãos
O Sistema OCB se reuniu, nesta quinta-feira (7), com a secretária nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Ana Paula Bittencourt, para apresentar os principais pleitos das cooperativas minerais organizadas no entidade. O encontro teve como foco o fortalecimento institucional do setor, com ênfase na construção de uma agenda conjunta voltada à segurança jurídica, desenvolvimento sustentável e valorização da pequena mineração legal no Brasil.
A reunião marcou mais um passo na atuação institucional do Sistema OCB junto ao poder público para garantir condições adequadas à operação das cooperativas minerais, que desempenham um papel estratégico na formalização da atividade garimpeira, no desenvolvimento de comunidades locais e na geração de renda em áreas remotas do país.
Atualmente, o Sistema OCB representa 82 cooperativas minerais, que reúnem mais de 38 mil cooperados em diversos estados e que atuam com diferentes substâncias minerais. Apenas em 2024, essas cooperativas comercializaram cerca de 6,9 milhões de toneladas de minérios, entre ouro, estanho, quartzo, calcário, tântalo, argila, diamante e areia. O setor também é responsável pela arrecadação de R$ 34,8 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), contribuindo diretamente com os cofres públicos.
Agenda cooperativista
Durante o encontro, a OCB apresentou quatro eixos prioritários para o avanço do setor:
Construção conjunta de políticas públicas específicas para a mineração de pequeno porte, com foco na realidade das cooperativas e dos garimpos legais;
Protocolo de fiscalização específico para o garimpo legal, com diferenciação clara em relação às operações ilegais; e
Apoio à rastreabilidade do ouro, para assegurar a comercialização de forma transparente e segura.
A analista técnica do Sistema OCB, representante do segmento mineral, Letícia dos Reis Monteiro, reforçou o compromisso do cooperativismo com a legalidade e a sustentabilidade na mineração. “As cooperativas são a principal via de formalização do garimpo no Brasil. Elas atuam com responsabilidade, geram oportunidades e promovem o desenvolvimento onde o Estado muitas vezes não chega. Mas, para isso, precisam de segurança jurídica e de políticas públicas que respeitem suas especificidades”, afirmou.
Ainda segundo ela, o objetivo do cooperativismo é construir, junto ao Ministério, um ambiente regulatório que reconheça o potencial transformador da mineração cooperativa, que contribui com arrecadação, geração de renda e inclusão social.
Diálogo com o governo
A secretária Ana Paula Bittencourt, com trajetória sólida nas áreas jurídica e econômica, ouviu atentamente as demandas apresentadas e demonstrou abertura para a construção de soluções conjuntas. O Sistema OCB propôs o estabelecimento de uma agenda técnica permanente com a Secretaria Nacional de Mineração, como forma de garantir continuidade aos diálogos e avanços nas pautas prioritárias do setor.
Durante a reunião, também foi possível apresentar as principais demandas das cooperativas minerais no que se refere à interlocução com outros órgãos do governo, em especial os de fiscalização. O Ministério demonstrou disposição em acompanhar a entidade em reuniões com essas instituições, com o objetivo de promover uma aproximação que permita maior compreensão sobre o modelo de negócios do movimento.
Além disso, foi proposta a retomada de um acordo de cooperação técnica entre o Ministério e o Sistema OCB, com o propósito de atuar conjuntamente na formulação de políticas públicas que fortaleçam o setor cooperativista mineral.
Entre os temas destacados, a rastreabilidade do ouro foi apontada como uma das principais preocupações das cooperativas, que têm enfrentado dificuldades para comercializar o produto mesmo quando operam dentro da legalidade. O Sistema OCB defendeu que as futuras regulamentações sobre o tema devem preservar o direito à liberdade econômica, respeitar os modelos associativos e evitar medidas que penalizem as operações legais — muitas vezes tratadas de forma indistinta em relação ao garimpo ilegal.
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Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

INOVAÇÃO
17/06/2025
Sistema OCB apoia internacionalização do empreendedorismo feminino
Evento promovido pela ApexBrasil reforça importância de impulsionar negócios liderados por mulheres
O Sistema OCB marcou presença no evento Mulheres e Negócios Internacionais – Territórios, promovido pela ApexBrasil no dia 10 de junho, em Salvador (BA). A ação teve como foco a capacitação, inspiração e conexão de mulheres empreendedoras com o mercado internacional e se insere no âmbito do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa que integra também a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino.
Representando o cooperativismo, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/BA, Jussiara Lessa, acompanhou a programação que contou com painéis, oficinas e apresentações de cases de sucesso protagonizados por mulheres de diferentes perfis, setores e faixas etárias. Segundo ela, o evento foi uma demonstração concreta de como a atuação em rede e o apoio institucional podem abrir portas para o empreendedorismo feminino no Brasil.
“Ficou evidente o quanto a parceria entre instituições como a ApexBrasil, Sebrae e Sistema OCB pode impulsionar mulheres empreendedoras — inclusive cooperadas — a expandirem seus negócios para o mercado internacional. Já temos cooperativas lideradas por mulheres com produtos de excelência e esse tipo de articulação fortalece caminhos para a exportação”, destacou Jussiara.
Durante o evento, foram apresentados exemplos como o da startup baiana EcoCiclo, criadora de absorventes biodegradáveis, e da empresa Latitude 13 Cafés Especiais, liderada por mulheres e responsável pela produção de cafés premiados cultivados na Chapada Diamantina. Muitos dos relatos destacaram a importância da formação empreendedora por meio de iniciativas como o curso Empretec, ofertado pelo Sebrae, e o apoio de políticas públicas que integram raça, gênero e desenvolvimento regional.
O evento também foi um espaço de escuta e acolhimento de diferentes trajetórias femininas, reforçando o valor da representatividade. Mulheres que começaram com poucos recursos, mas com muita determinação, dividiram o palco com empreendedoras consolidadas, em um ambiente de aprendizado mútuo.
O encontro contou com o apoio dos ministérios do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), das Mulheres, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Banco do Brasil, Correios e Sepromi, entre outros parceiros.
A atuação do Sistema OCB no evento também reforça uma das diretrizes do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a ApexBrasil. O ACT prevê, entre suas prioridades, o fortalecimento de iniciativas voltadas à igualdade de gênero, com foco especial no estímulo à internacionalização de negócios liderados por mulheres. Com essa diretriz, a parceria tem buscado ampliar a presença feminina nas ações de promoção comercial internacional, abrindo novas oportunidades para que cooperativas lideradas por mulheres possam alcançar mercados estrangeiros.
Por meio desse acordo, o Sistema OCB e a ApexBrasil têm somado esforços para garantir que mais cooperativas, especialmente aquelas protagonizadas por mulheres, tenham acesso às ferramentas, capacitações e ações estratégicas voltadas à exportação. A presença no evento realizado em Salvador reflete esse compromisso com a inclusão produtiva e com a promoção de um cooperativismo cada vez mais diverso e competitivo, alinhado à agenda ESG e às políticas públicas de desenvolvimento sustentável com recorte de gênero.
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INOVAÇÃO
17/04/2025
8ª EBPC incentiva pesquisa acadêmica como motor do cooperativismo
Edição 2025 busca ampliar debate sobre contribuição do setor para o desenvolvimento sustentável
O Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) chega à sua 8ª edição e reafirma o papel essencial no avanço das pesquisas sobre o cooperativismo no Brasil. Com o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, o evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília, e está com chamada aberta para submissão de trabalhos e iniciação científica até o dia 1º de junho.
Desde 2010, o EBPC tem se consolidado como o principal espaço de diálogo entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e os agentes de fomento ao setor. É um ambiente que valoriza o cooperativismo como um campo de estudo estratégico, multidisciplinar e profundamente conectado com os desafios contemporâneos da sociedade.
“Mais do que um evento científico, o EBPC é um espaço de construção coletiva de saberes. A cada edição, vemos crescer o interesse da academia pelo cooperativismo, o que demonstra a potência do setor como objeto de estudo e ação. Este ano, com o tema alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, vamos aprofundar o debate sobre o impacto do modelo cooperativista no desenvolvimento sustentável do país”, destaca Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
A oportunidade reforça o compromisso do EBPC com o fortalecimento da produção acadêmica qualificada e com o reconhecimento dos pesquisadores dedicados ao tema.
Os trabalhos devem se enquadrar em um dos cinco eixos temáticos:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Além da visibilidade científica, os trabalhos aprovados e apresentados no 8º EBPC serão convidados a participar do processo de Fast Track, um fluxo prioritário de publicação em revistas científicas renomadas. A participação deverá respeitar os critérios definidos por cada publicação (serão divulgadas em breve) e o aceite será facultado ao aceite dos autores. Para esta edição as revistas habilitadas são: .
Revista de Gestão e Organizações Cooperativas - RGC (UFSM) - ISSN 2359-0432
Brazilian Administration Review - BAR (ANPAD) - ISSN 1807-7692
Contabilidade Vista & Revista (UFMG) - ISSN 0103-734
Administração Pública e Gestão Social (UFV) - ISSN 2175-5787
Pesquisadores, estudantes e profissionais engajados na construção de um setor mais robusto e sustentável são convidados a contribuir com o evento. Submeta seu artigo científico ou de iniciação científica até 01 de junho no site do evento.
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INOVAÇÃO
Sistema OCB estimula cultura de inovação com protagonismo coletivo
Programa de Ideias reúne colaboradores em jornada de colaboração e experimentação
Com o objetivo de estimular o pensamento criativo, fortalecer a cultura da inovação e impulsionar soluções com alto impacto institucional, o Sistema OCB promoveu, no dia 10 de abril, o workshop Como Gerar Boas Ideias, que reuniu cerca de 55 colaboradores em um encontro virtual conduzido pela especialista em transformação cultural e inovação, Mari Barbosa, parceira da ACE Cortex, consultoria de negócios.
A ação marcou o início do Programa de Ideias, iniciativa estratégica da entidade voltada à promoção da inovação de forma colaborativa e contínua entre os times da organização. Mais do que uma capacitação, o workshop foi um convite à experimentação. “Foi uma demonstração prática de como a inovação pode ser acessível a todos. Ver colaboradores de diferentes áreas realizando trocas e construindo juntos ideias que podem fazer a diferença no dia a dia do Sistema OCB é extremamente motivador”, declarou Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Para Hellen Beck, analista de inovação, o engajamento dos participantes foi inspirador. “Estou muito empolgada com o que estamos construindo juntos! O Programa de Ideias é uma grande oportunidade para colocarmos em prática nosso potencial criativo e, mais do que isso, para inovarmos de forma coletiva e com propósito, assim como o cooperativismo”, afirmou.
Durante a atividade, os participantes foram provocados a refletir sobre os conceitos de inovação, valor e impacto, a partir da compreensão de que boas ideias surgem da combinação entre desejo, viabilidade e execução. Por meio de dinâmicas práticas, o grupo foi incentivado a enxergar problemas sob novas perspectivas, relacionar desafios institucionais com oportunidades de inovação, e transformar insights em propostas concretas para submissão ao programa.
Segundo Mari Barbosa, iniciativas como a do Sistema OCB representam um importante passo para democratizar a inovação dentro das instituições. “Inovar não é algo distante, mas uma responsabilidade conjunta. Intraempreender é, acima de tudo, olhar para os desafios do dia a dia com curiosidade, colaboração e provocação”, disse. Para ela, “foi encantador ver esse comportamento durante o workshop, com cada participante contribuindo, escutando e sonhando um futuro de alto impacto para o Sistema OCB”, destacou.
Ao longo do encontro, temas como colaboração entre áreas, escuta ativa, construção coletiva e a conexão entre propósito e inovação permearam os exercícios propostos. As ideias apresentadas pelos participantes serão, agora, organizadas e inscritas no programa, que prevê novas etapas ao longo do ano para seleção, desenvolvimento e implantação das sugestões mais promissoras.
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14/04/2025

INOVAÇÃO
Consórcio internacional aponta caminhos para o cooperativismo digital
Fórum anuncia conferência sobre inteligência artificial e apresenta novos bolsistas
Na última terça-feira (01), foi realizada a primeira reunião oficial do Consórcio de Cooperativismo de Plataforma, uma iniciativa internacional que reúne pesquisadores, organizações e lideranças cooperativistas para discutir os rumos da economia de plataformas colaborativas e seus impactos sobre o futuro do cooperativismo.
Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, afirmou que a entidade é parceira do projeto e reforça seu compromisso com a inovação e com o acompanhamento das transformações que moldam os novos modelos de organização econômica e social. “Estamos atentos às mudanças na economia digital porque sabemos que elas impactam diretamente os modelos de organização produtiva e social e, por isso, queremos que o cooperativismo esteja na linha de frente desse futuro”, disse.
Sob a liderança de Trebor Scholz, professor e pesquisador reconhecido globalmente por seus estudos sobre cooperativismo digital, o consórcio atua como um fórum permanente de articulação, produção de conhecimento e construção de alternativas cooperativas para o universo das plataformas digitais. A iniciativa é apoiada pelo Institute for the Cooperative Digital Economy (ICDE), entidade independente voltada à pesquisa sobre os impactos da economia de plataformas colaborativas e cooperativas.
Durante a reunião, foram apresentados os novos bolsistas do ICDE, entre eles dois pesquisadores brasileiros que se destacaram internacionalmente por seus trabalhos sobre cooperativismo digital, economia solidária e tecnologias inclusivas.
O pós-doutor Kenzo Seto, atualmente na Faculdade de Direito de Yale, com doutorado em Comunicação pela UFRJ, estuda infraestruturas digitais descentralizadas e cooperativas de plataforma no Brasil e na Argentina. O foco de sua pesquisa está na soberania digital e na democracia econômica, que conecta direito, tecnologia e teoria política a partir de uma base de ativismo e organização coletiva entre trabalhadores da tecnologia.
Já Lila Gaudêncio, bolsista de Gates Cambridge e doutoranda na Universidade de Cambridge, dedica sua pesquisa à análise da plataforma E-dinheiro, do Brasil. Seu trabalho investiga como moedas comunitárias digitais podem transformar as finanças solidárias, promover governança cooperativa e democratizar a participação econômica por meio de fintechs orientadas por valores cooperativistas.
Para Guilherme Cost, acompanhar, de perto, o avanço da economia de plataformas colaborativas é fundamental para o futuro do cooperativismo brasileiro. “Essas transformações nos ajudam a antecipar mudanças, adaptar modelos de negócio e explorar novas formas de cooperação, tanto por meio da adoção de tecnologias quanto pelo surgimento de cooperativas inovadoras, mais conectadas com os desafios e oportunidades do nosso tempo”.
Durante a reunião, também foi anunciada a realização da primeira conferência global sobre Cooperativismo e Inteligência Artificial. Batizado de Cooperative AI, o evento será realizado entre os dias 11 e 14 de novembro, em Istambul (Turquia), e reunirá especialistas, cooperativistas e desenvolvedores de tecnologia para discutir os potenciais e os riscos da IA sob a ótica dos valores cooperativos.
A proposta é aprofundar o debate sobre como a inteligência artificial pode ser incorporada de forma ética, democrática e inclusiva no ambiente das cooperativas, promovendo ganhos de eficiência e inovação sem abrir mão da autonomia e da participação coletiva que são a base do modelo cooperativista.
Mais informações em podem ser encontradas no site do Consórcio
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08/04/2025

INOVAÇÃO
Inscrições abertas para o 8º EBPC
Evento reunirá pesquisadores do setor para debater avanços e desafios do coop
Estão abertas, nesta quinta-feira (20), as submissões de trabalhos para o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), que neste ano trará o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro.
Realizado pela primeira vez em 2010, o EBPC tem se consolidado como um dos principais espaços nacionais para a troca de conhecimento entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e fomento, bem como demais interessados no cooperativismo. Ao longo de suas sete edições anteriores, o evento tem desempenhado um papel importante na disseminação de estudos e boas práticas voltadas ao fortalecimento do setor.
O evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília e reunirá pesquisadores, gestores de cooperativas, profissionais do sistema de aprendizagem e representantes do setor para debater os avanços e desafios do cooperativismo no Brasil.
Para Guilherme Souza Costa, o EBPC proporciona um debate enriquecedor sobre o futuro do cooperativismo. “A cada edição, o evento fortalece a troca de conhecimento e impulsiona novas perspectivas para o setor, evidenciando o cooperativismo como terreno fértil de pesquisa para toda a academia. Com o tema deste ano alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, aprofundamos o entendimento sobre o impacto e as oportunidades do cooperativismo no Brasil, com estímulo às pesquisas que contribuam para seu desenvolvimento sustentável”, disse.
Este ano, os trabalhos submetidos devem estar alinhados a um dos cinco eixos temáticos do evento:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Os interessados podem submeter seus trabalhos até o dia 1º de junho. Os autores das 50 melhores pesquisas receberão apoio de custeio de deslocamento e hospedagem para participação presencial no evento.
Para mais informações sobre o evento, instruções para submissão de trabalhos e regras detalhadas, acesse os links:
Instruções gerais, áreas temáticas e detalhes do evento
Regras para submissãoSaiba Mais:
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21/03/2025

INOVAÇÃO
Sistema OCB oferece capacitação sobre fontes de fomento para região amazonense
Workshop promoveu imersão com dinâmicas práticas e relatos de boas práticas de sucesso
O Sistema OCB, em parceria com o Sistema OCB/AM, promoveu, entre os dias 30 e 31 de janeiro, uma imersão com o tema Fontes de Fomento para Inovação. O evento, realizado em Manaus, foi dividido em dois momentos: o primeiro, dedicado à equipe da Organização Estadual e, o segundo, voltado para 12 cooperativas e 34 cooperados locais.
O gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB Nacional, Guilherme Costa, explicou que a inovação só se materializa quando há recursos que permitem viabilizar boas ideias. “Esse workshop foi fundamental para empoderar as cooperativas, além de mostrar caminhos práticos para acessar as fontes de fomento e transformar seus projetos em realidade”, afirmou.
A imersão teve como objetivo capacitar os participantes para identificar e acessar diferentes fontes de financiamento e apoio à inovação, em formatos públicos e privados. Além disso, buscou desenvolver competências para a elaboração de projetos estruturados, com foco na captação de recursos.
Os participantes foram conduzidos por uma dinâmica dividida em duas etapas complementares. Começou com uma apresentação expositiva, que abordou as principais fontes de fomento disponíveis e destacou as oportunidades que podem ser aproveitadas pelas cooperativas. E seguiu com um treinamento prático, com realização de atividades voltadas para a construção de projetos aptos para submissão em editais de fomento.
No segundo dia, o evento também contou com relatos de boas práticas de cooperativas que já tiveram sucesso na captação de recursos, como a Copamart e a Copasa, que compartilharam suas experiências sobre o acesso às fontes de financiamento, enquanto a Unicred e o Sicoob Amazônia destacaram oportunidades de crédito específicas para cooperativas.
A superintendente do Sistema OCB/AM, Cláudia Sampaio, ressaltou que a capacitação foi um grande aprendizado. Ela destacou as oportunidades disponíveis para orientar as cooperativas no desenvolvimento de projetos inovadores por meio das diversas opções de fomento existentes. “As cooperativas que participaram saíram motivadas a desenvolver soluções utilizando as ferramentas apresentadas. O evento foi importante para o desenvolvimento do cooperativismo amazonense”, declarou.
O workshop buscou ainda sensibilizar as cooperativas da região amazônica sobre a importância do fomento à inovação e ampliou as possibilidades de acesso a recursos estratégicos. O analista de inovação do Sistema OCB, Eduardo Sampaio, destacou que a oportunidade foi excelente para que as cooperativas da região aprendessem mais sobre o tema. “Ficou evidente que os participantes saíram mais confiantes para construir projetos estruturados e aptos a captar recursos, além de ampliar as oportunidades de crescimento e inovação”, disse.
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04/02/2025

INOVAÇÃO
Copacol revoluciona produção de alevinos no Brasil
Projeto combina sustentabilidade e alta tecnologia para inovar processos e garantir sustentabilidade
A Unidade de Produção de Alevinos (UPA), da Copacol, é um marco de inovação no setor de piscicultura integrada no Brasil. Com uma tecnologia inspirada em modelos internacionais e adaptada à realidade brasileira, o projeto da cooperativa transformou a produção de alevinos e reforçou os princípios de sustentabilidade e biossegurança do processo. Pela iniciativa, a Copacol conquistou o troféu Ouro da categoria Inovação no Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024, promovido pelo Sistema OCB.
Desenvolvido em Quarto Centenário, no Paraná, o projeto é fruto de anos de pesquisa e da busca por soluções sustentáveis e eficientes. O modelo, inspirado em práticas israelenses, reflete a visão inovadora da Copacol, que busca integrar tecnologia em todas as etapas produtivas — da elaboração da ração e criação de peixes até a industrialização e distribuição ao consumidor. “Essa UPA é resultado dessa visão de futuro e consolida seis décadas de avanços que incluem toda a nossa cadeia produtiva, com foco em bem-estar animal e alta performance industrial”, destacou Valter Pitol, presidente da cooperativa.
Nestor Braun, gerente de Integração Peixes da Copacol, explicou os principais desafios da implementação da nova UPA. “A maior dificuldade foi realmente inovar. Para isso, precisamos pensar na questão do reuso da água e na biosseguridade. Tivemos que viajar o mundo para coletar um pouco de tecnologia de diferentes modelos de trabalho e customizar algo específico que funcionasse no Brasil e no modelo de produção da Copacol”.
A UPA de Quarto Centenário possui 22 mil metros quadrados de área construída e conta com tanques dedicados ao sistema reprodutivo, além de um banco genético exclusivo. Assim, a estrutura permite que a unidade funcione com um consumo de apenas 10% da água utilizada nos sistemas convencionais e demonstra o compromisso da Copacol com a conservação dos recursos naturais. “A sustentabilidade é um princípio essencial para as nossas atividades e, por isso, buscamos um modelo que conservasse nosso bem maior, a água. Tivemos muitos desafios neste primeiro ano, mas cada etapa foi superada, o que proporcionou uma experiência única para toda a nossa equipe técnica”, completou Nestor.
Transformação
A nova unidade se consolidou como um exemplo de inovação e sustentabilidade em apenas um ano de operação. Essa abordagem global, adaptada à realidade local, resultou em um sistema único na América Latina. Com a meta de atingir uma produção anual de 100 milhões de alevinos, a unidade também impacta, de forma positiva, a geração de empregos e renda para milhares de famílias no campo e na cidade.
Em Nova Aurora, também no Paraná, a primeira unidade de alevinos implementada pela Copacol, completou uma década de existência e registra uma produção superior a 50 milhões de unidades/ano. Juntas, as duas estruturas garantem a autossuficiência da cooperativa na produção de peixes, fortalece a atuação da cooperativa no mercado e sua contribuição para a sustentabilidade da piscicultura brasileira.
Fez história
A Copacol não limita sua atuação inovadora à piscicultura. Projetos em outros setores também mostram o compromisso da cooperativa com a sustentabilidade e o bem-estar animal. Em seu Centro de Pesquisa, a cooperativa desenvolve soluções para a produção de grãos, enquanto na avicultura e suinocultura promove melhorias em geneticidade, manejo e performance industrial. Essa visão integrada permitiu outros destaques em edições anteriores do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano.
Em 2016, a Copacol levou o troféu ouro na categoria Intercooperação, com a Unidade Industrial de Aves, em parceria com a Coagru Cooperativa Agroindustrial União; e prata na categoria Cooperativa Cidadã, pelos projetos sociais na comunidade. Já em 2020, recebeu prata na categoria Intercooperação, com o projeto de recria de novilhas em parceria com a Coopatos. Em 2024, somou sua quarta conquista.
Confira a playlist do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024, no YouTube do Sistema OCB:
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INOVAÇÃO
Seminário CNPq/Sescoop destaca ciência e inovação no cooperativismo
Pesquisas apresentadas evidenciaram o movimento como promotor de justiça social
Realizado de 18 a 22 de novembro, com transmissão pelo YouTube do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Seminário de Avaliação da 2ª Chamada Pública do CNPq/Sescoop contou com a apresentou os 44 projetos selecionados, entre 131 inscritos. A parceria fomenta a pesquisa científica sobre o movimento desde 2017 e impulsiona inovações, competitividade e maior compreensão dos impactos do cooperativismo na sociedade e economia brasileira.
Os estudos contemplaram as áreas de Impactos Econômicos, Sociais e Ambientais; Competitividade e Inovação no Cooperativismo; Cenário Jurídico; e Desenvolvimento Organizacional e Prática Cooperativista. Os trabalhos selecionados contaram com apresentações formais de 15 minutos cada, seguidas de 10 minutos de perguntas e respostas por uma banca avaliadora.
Desenvolvido ao longo de dois anos, o processo reuniu acadêmicos, representantes do Sistema OCB e outros especialistas que reafirmaram a relevância das pesquisas desenvolvidas e seu impacto na promoção do cooperativismo como um modelo econômico sustentável e inovador.
Para Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, o seminário teve papel fundamental ao trazer visibilidade e transparência aos resultados alcançados. “Os dados colhidos serão utilizados para criar conteúdos educacionais no Sescoop e fortalecer nosso relacionamento com o poder público. Esses conteúdos servirão de base para a formulação de políticas públicas que visam impulsionar o cooperativismo e, também, consolidar ainda mais o nosso modelo de negócios, que é essencial para a economia brasileira e para a justiça social”, afirmou. Ele destacou o papel das pesquisas no desenvolvimento de um cooperativismo mais robusto e agradeceu ao CNPq pela parceria de sucesso.
A representante do comitê julgador, Tania Nunes, ressaltou a importância de ampliar a divulgação sobre o efeito positivo do cooperativismo. “Esse modelo econômico é responsável por transformar vidas e promover a ascensão socioeconômica de milhões de pessoas. Existem cidades inteiras que dependem das cooperativas para seu desenvolvimento”, disse. Para ela, a parceria entre o Sescoop e o CNPq foi extraordinária e trouxe resultados muito significativos. “Precisamos celebrar e disseminar ainda mais os valores do cooperativismo e o potencial que ele tem para gerar inovação e conhecimento no Brasil e no mundo”, pontuou.
O seminário também serviu, de acordo com Guilherme, para consolidar a relevância do cooperativismo no cenário global, com destaque para parcerias estratégicas como a estabelecida entre as entidades, que demonstraram grande êxito na integração entre academia e setor cooperativista.
A mesa-redonda intitulada Contribuições na Ciência, Tecnologia e Inovação no Cooperativismo marcou o fim do seminário e o início de novas perspectivas. “Com resultados práticos e alinhados aos desafios contemporâneos, as iniciativas geradas a partir da chamada pública pavimentam uma consolidação promissora para fortalecer o setor e promover sua expansão como modelo de negócios eficaz e resiliente”, concluiu Guilherme.
Os trabalhos estarão disponíveis no site e no YouTube do CNPq.
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22/11/2024

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

NEGÓCIOS
14/07/2025
Sistema OCB debate fortalecimento do crédito cooperativo com o MIDR
Diálogo mira expansão da participação das cooperativas de crédito nos Fundos Constitucionais de Financiamento
O Sistema OCB deu mais um passo estratégico para ampliar a presença e a contribuição do cooperativismo de crédito nas políticas públicas de desenvolvimento regional. Em reunião nesta segunda-feira (14), com o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Corrêa Tavares, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, apresentou as propostas construídas pelo setor para otimizar o uso dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCFs).
O encontro teve como objetivo alinhar agendas e reforçar o papel do cooperativismo como parceiro estratégico da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para Tania Zanella, a atuação do setor é essencial para ampliar o alcance dos recursos públicos a comunidades e municípios das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
“Levamos ao ministério uma contribuição técnica que nasce da experiência prática das nossas cooperativas de crédito, que já operam os recursos dos fundos e conhecem de perto as necessidades das regiões. É uma pauta construída a várias mãos, com a participação dos principais sistemas cooperativos e das nossas organizações estaduais”, destacou Tania.
Atualmente, as cooperativas de crédito desempenham um papel crescente nos repasses dos Fundos Constitucionais. Dados apresentados durante a reunião mostram que, entre 2019 e 2024, a cobertura municipal do cooperativismo passou de 25,6% para 42,4% no Norte e de 59,3% para 78,8% no Centro-Oeste. Esse avanço se deve, em grande parte, ao aumento significativo da participação direta do sistema nos repasses, o que ampliou a inclusão financeira em áreas antes desassistidas.
Agenda propositiva
Entre os principais pontos discutidos com o secretário Eduardo Tavares, estão o reconhecimento formal do cooperativismo de crédito como parceiro estratégico da PNDR, a realização de um evento institucional no MIDR para entrega das propostas do setor, e o convite para participação do Sistema OCB nas reuniões dos Conselhos Deliberativos (Sudene, Sudam e Sudeco).
“O cooperativismo está pronto para contribuir ainda mais com o desenvolvimento regional. Nossas propostas visam melhorar a governança, dar mais previsibilidade e eficiência aos repasses e garantir equidade nas condições de acesso aos recursos”, explicou a superintendente.
O secretário Eduardo Tavares reconheceu o potencial transformador do setor e se mostrou receptivo às pautas apresentadas. Segundo ele, a integração do cooperativismo às políticas públicas pode ampliar o impacto social e econômico dos fundos.
As propostas apresentadas ao MIDR trazem medidas voltadas aos eixos legislativo e regulatório, com foco na melhoria da operacionalização dos fundos e na ampliação da participação do cooperativismo no planejamento e execução das políticas públicas. “A união de esforços entre bancos administradores e cooperativas é fundamental para otimizar os recursos e garantir que eles cheguem a quem mais precisa. Nosso compromisso é com uma política de desenvolvimento regional mais eficiente e inclusiva”, concluiu Tania.
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NEGÓCIOS
03/07/2025
Programa ESGCoop leva Solução Eficiência Energética à Cotripal no RS
Equipe técnica realizou diagnóstico para otimizar o consumo de energia e reduzir emissões de GEE na cooperativa
A Cotripal, cooperativa agro com sede em Panambi (RS), recebeu entre os dias 24 e 27 de junho a visita técnica do Programa ESGCoop – Solução Eficiência Energética, iniciativa coordenada pelo Sistema OCB em parceria com a OCERGS. A ação integra a terceira fase da Solução e contou com um detalhado mapeamento de oportunidades para aprimorar a gestão do consumo de energia, reduzir emissões de gases de efeito estufa e otimizar custos operacionais.
A visita incluiu uma programação intensa: reuniões iniciais com a diretoria para apresentação da metodologia, inspeções técnicas no frigorífico e no complexo de varejo – que engloba supermercado, açougue, restaurante e magazine – e, por fim, um encontro final para compartilhar impressões preliminares do diagnóstico. Todas as atividades foram acompanhadas de perto pela equipe de engenharia da Cotripal, que participou ativamente das discussões e levantamento de dados.
“Ao aplicar esse diagnóstico, estamos contribuindo para que a Cotripal avance na eficiência energética e se fortaleça enquanto agente de transformação ambiental e social. Essa é uma das formas de o cooperativismo demonstrar seu compromisso com as agendas globais de sustentabilidade”, destacou Laís Nara Castro, analista de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Para Thiago dos Santos, gerente de engenharia da Cotripal, o trabalho já está gerando reflexões importantes para a cooperativa. “Apesar de estarmos na fase de levantamento e sem o diagnóstico final, já percebemos a seriedade e o rigor técnico da consultoria. A eficiência energética vai além do aspecto econômico; está ligada ao nosso compromisso com a sustentabilidade e com os valores do cooperativismo”, afirmou.
O gerente ressaltou ainda que o apoio da equipe técnica da consultoria Stride conseguiu envolver todos os setores da cooperativa e trouxe uma abordagem organizada e prática. “O apoio do Sistema OCB e do Sistema Ocergs nos dá segurança para implementar melhorias efetivas. Essa parceria agrega muito valor e nos permite enxergar oportunidades que, no dia a dia, poderiam passar despercebidas”, completou Thiago.
O diagnóstico realizado na Cotripal é parte de um movimento mais amplo de apoio às cooperativas brasileiras na busca por uma gestão mais eficiente e alinhada às boas práticas ambientais. A Solução Eficiência Energética, que faz parte do Programa ESGCoop, já conta com a participação de 15 cooperativas em diferentes estados brasileiros. A proposta é que, a partir dessas análises técnicas, sejam elaborados planos de ação com soluções de curto, médio e longo prazos.
“Essa etapa presencial é essencial porque permite identificar, in loco, como cada cooperativa pode reduzir desperdícios, modernizar processos e avançar no uso consciente de recursos naturais. Estamos falando de ganhos ambientais, mas também de eficiência operacional e redução de custos, o que reforça o papel do cooperativismo como protagonista do desenvolvimento sustentável”, explicou Laís.
A iniciativa se alinha diretamente ao compromisso do cooperativismo com a Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à energia limpa e acessível, ação contra as mudanças climáticas e consumo responsável.
“Estamos confiantes de que o diagnóstico final nos trará insights valiosos e propostas viáveis, que poderão ser incorporadas de forma estratégica ao nosso planejamento. Isso reforça nossa responsabilidade ambiental e o cuidado com os recursos naturais, além de garantir mais eficiência para nossos processos internos”, concluiu Thiago.
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NEGÓCIOS
Cooperativismo avança em indicadores ESG e soluções sociais com foco no impacto
Sistema OCB promove encontros estratégicos para fortalecer práticas sustentáveis e inclusivas
Nos dias 24 e 25 de junho, o Sistema OCB promoveu dois encontros estratégicos para incentivar a construção de uma sociedade mais sustentável, inclusiva e inovadora. As reuniões do Grupo de Trabalho ESGCoop e da Câmara Temática Social reuniram representantes de cooperativas, organizações estaduais do Sistema OCB, sistemas organizados e especialistas para avançar na construção de indicadores ESG e no fortalecimento das soluções sociais do movimento.
No dia 24, foi realizada a reunião presencial do Grupo de Trabalho ESGCoop, com foco na construção dos indicadores específicos para o Ramo Saúde. Participaram integrantes das Organizações Estaduais (OCEs) (Ocemg, Ocesp, Ocesc e Ocepar), dos sistemas Unimed e Uniodonto, além de cooperativas convidadas especialmente para compor um grupo de especialistas: Uniodonto Manaus, Coopanest-CE, Unimed Federação Minas, Unimed Campo Grande, Unimed Londrina, Uniodonto Campinas, Unimed Nacional, Unimed FESP, Unimed Fortaleza, COOENF/PR, Unimed do Brasil, Uniodonto do Brasil, Fencom, CoopCare (DF) e Uniodonto Porto Alegre.
A agenda deu continuidade ao processo iniciado com uma reunião online preparatória, no dia 13 de junho, e teve como objetivo avaliar, com base em metodologia especializada, os indicadores que melhor representam o desempenho ESG das cooperativas de saúde. Além disso, o encontro marcou a participação de diversas cooperativas que integraram o GT ESGCoop pela primeira vez, fortalecendo a representatividade e a diversidade de experiências no debate.
Jacqueline Oliveira Estevan, diretora de Governança, Risco e Compliance, da Uniodonto Campinas, destacou a aplicação prática dos debates. “A gente pôde olhar na prática, no operacional, e trazer isso para o dia a dia. É você pegar o ESG e colocar ali na operação. O resultado disso para as cooperativas vai ser gigante”.
Para Luis Antônio Schmidt, gerente geral do Sistema Ocesp, o ponto forte da construção coletiva está na legitimidade do processo. “Esse trabalho só tem relevância porque foi construído a várias mãos. O envolvimento direto das cooperativas, com apoio das unidades estaduais e do Sistema OCB, torna o resultado mais concreto e aplicável”, afirmou.
O grupo já havia concluído os indicadores universais — válidos para todos os ramos — e os indicadores específicos do crédito. O próximo passo será a validação e homologação, até agosto de 2025, da lista final de indicadores ESG para o Ramo Saúde.
Soluções sociais
Já no dia 25, a 3ª reunião presencial da Câmara Temática Social reuniu representantes das OCEs (Ocemg, Ocesp, Ocergs e Ocepar), além de integrantes de sistemas organizados como Sicoob Confederação, Fundação Sicredi, Ailos, Cresol, Infracoop, Unicred e Unimed do Brasil. O encontro teve como foco promover o diálogo e a construção coletiva em torno das soluções sociais alinhadas à Agenda ESG.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, deu início às atividades apresentando as soluções sociais e a conexão entre as ações do diagnóstico ESGCoop e os projetos de impacto social. Ela ressaltou que essas iniciativas são parte essencial do modelo de negócios cooperativista e respondem de forma concreta às demandas da sociedade. “As soluções sociais não são ações paralelas — elas estão no centro do modelo de negócios do cooperativismo. São projetos que nascem da base, com propósito claro de transformar realidades, gerar inclusão e desenvolver comunidades”, declarou.
A especialista em Diversidade Cultural e Inclusão Gisele Gomes ministrou a palestra ID&E como infraestrutura de inovação, Gisele provocou reflexões sobre o uso de dados e evidências para fortalecer soluções sociais mais eficazes e orientadas à realidade das comunidades, destacando o potencial transformador da informação bem estruturada.
A Câmara Temática Social atua como um espaço estratégico para fortalecer e disseminar práticas de impacto social no cooperativismo. Ao reunir representantes de diferentes ramos, amplia o alcance das discussões e incentiva a criação de soluções intercooperativas para o desenvolvimento sustentável.
Ainda segundo Débora, a realização articulada desses dois encontros evidencia o compromisso do Sistema OCB com uma atuação integrada nas dimensões econômica, social e ambiental do cooperativismo. “Consolidar indicadores ESG e potencializar as soluções sociais é posicionar as cooperativas como protagonistas de um modelo de desenvolvimento mais justo, responsável e transformador”, complementou.
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27/06/2025

NEGÓCIOS
Parceria CIEE e Sistema OCB fortalece formação de jovens aprendizes
Proposta atende diretrizes do Ministério do Trabalho e reforça papel do cooperativismo na inclusão produtiva da juventude
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) firmaram uma parceria estratégica para incluir o cooperativismo nos programas de formação da aprendizagem profissional, conforme previsto na Portaria 3.872/2023 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Com base no artigo 18 da normativa, que determina a abordagem de conteúdos sobre cooperativismo e empreendedorismo autogestionário com foco na juventude, o Sistema OCB, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), desenvolveu um material didático completo e adaptável para jovens aprendizes. A iniciativa visa apoiar entidades formadoras, como o próprio CIEE, no cumprimento da legislação e, sobretudo, na formação cidadã e profissional de adolescentes e jovens.
O conteúdo foi elaborado para uso em diferentes modalidades (presencial, híbrida e à distância), com cargas horárias flexíveis entre 8 e 16 horas. As apostilas dos aprendizes combinam teoria e prática em uma linguagem acessível e preparada para promover competências técnicas, sociais e colaborativas. Já os guias dos instrutores oferecem suporte pedagógico completo, com orientações para aplicação dos conteúdos em sala de aula e no ambiente virtual.
Além disso, foi criado um guia exclusivo para as entidades formadoras, que apresenta as possibilidades de uso do material. A parceria também contempla sugestões de cursos e vídeos da CapacitaCoop, plataforma de ensino EAD do Sistema OCB, que podem ser incorporados aos programas permanentes de capacitação de instrutores, conforme exige o artigo 10 da Portaria.
“Acreditamos que o cooperativismo é uma poderosa ferramenta de transformação social, especialmente para os jovens em fase de iniciação profissional. Com essa parceria, estamos ajudando a construir um futuro mais colaborativo, justo e sustentável”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
“A parceria com o Sescoop reforça o compromisso do CIEE em oferecer conteúdos de qualidade aos aprendizes. O cooperativismo é um tema fundamental e crucial para o desenvolvimento econômico e social do país e passar esse conhecimento para a juventude é imprescindível”, ressalta Elaine Bancalá, gerente Nacional de Aprendizagem do CIEE.
A ação também reforça o compromisso das instituições com a qualificação profissional da juventude brasileira e com a disseminação dos princípios cooperativistas como alternativa viável e promissora de geração de renda, inclusão produtiva e protagonismo juvenil.
O cooperativismo emprega, segundo o Anuário do Cooperativismo 2024, mais de 550 mil pessoas em todo o Brasil e as perspectivas de crescimento são expressivas. São 23,4 milhões de cooperados que geraram R$ 692 milhões em movimentação financeira em 2023. Com o desafio BRC 1 TRI, o objetivo até 2027, é chegar a 30 milhões de cooperados e R$ 1 trilhão em movimentação.
O CIEE, por sua vez, tem 61 anos de atuação e é a maior ONG de inclusão social e empregabilidade jovem da América Latina dedicada à capacitação profissional de jovens e adolescentes. A instituição, responsável pela inserção de 7 milhões de brasileiros no mundo do trabalho, mantém uma série de ações socioassistenciais voltada à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações prioritárias.
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26/06/2025

NEGÓCIOS
Cooperativas ganham destaque na Naturaltech 2025
Maior feira de alimentos naturais da América Latina reuniu 800 expositores e 1,7 mil marcas
O cooperativismo brasileiro marcou presença na 19ª edição da Naturaltech & Bio Brazil Fair, realizada entre os dias 11 e 14 de junho, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Considerada a maior feira de alimentos naturais, orgânicos e saudáveis da América Latina, a Naturaltech reuniu mais de 800 expositores e 1,7 mil marcas, com expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes ao longo do evento.
Pelo segundo ano consecutivo, o Sistema OCB participou da Naturaltech com o estande institucional SomosCoop – Cooperativas do Brasil, reforçando o compromisso com a promoção de negócios, visibilidade de marca e acesso a mercados estratégicos. A ação foi coordenada pela área de Negócios da entidade, que busca fortalecer a presença cooperativista em segmentos promissores da economia.
“O cooperativismo tem muito a contribuir com o mercado de produtos naturais, e eventos como esse são fundamentais para mostrar a qualidade, a diversidade e o potencial comercial das nossas cooperativas. A Naturaltech é um espaço estratégico para ampliar conexões, gerar negócios e promover a marca cooperativista no cenário nacional e internacional”, destacou Jean Fernandes, analista da Coordenação de Negócios do Sistema OCB.
Participaram da feira 12 cooperativas de diferentes estados brasileiros (BA, ES, MG, PA, PR, RS, SC e SP), com produtos que vão de cafés especiais a sucos, vinhos, espumantes, doces, queijos, mel e frutas nativas. O estande recebeu grande fluxo de consumidores, distribuidores, redes varejistas e representantes de food service, com destaque para negociações com grandes players como Sam's Club, Outback e rede Zeferino.
A engenheira de alimentos Leidiane Vieira, da Cooperlad (BA), destacou a importância da participação na Naturaltech. “Foi uma oportunidade grandiosa para nós. Fizemos contatos com compradores, apresentamos amostras de polpas de frutas e projetamos a criação de um centro de distribuição em São Paulo. Isso representa mais trabalho, renda e desenvolvimento para nossos cooperados”.
Carlos Lima, presidente da CONAP (MG), celebrou os resultados obtidos durante a feira. “Tivemos a chance de dialogar com redes varejistas, exportadores e consumidores que valorizam um produto diferenciado. Essa interação direta reforça a importância de investir na apresentação, na padronização e na expansão da presença dos nossos produtos no mercado nacional e internacional”, declarou.
Para Eliane Lopes, da Cooperativa Vinícola Nova Aliança (RS), a Naturaltech foi estratégica. “Levamos nossa missão junto com nossos produtos. Estabelecemos contatos com distribuidores e exportadores, recebemos feedback positivo e saímos com importantes insights para o desenvolvimento de novos produtos”.
Já Giulia Castellani, do setor comercial da CAISP (SP), reforçou o impacto institucional da presença no evento. “Participar de uma feira dessa magnitude fortalece nossa marca e nos conecta com consumidores, varejistas e potenciais parceiros. O apoio da OCB tem sido essencial para nosso posicionamento no mercado”.
A participação também foi comemorada por Alysson Kaiper, da Sanjo (SC). “Tivemos a visita de clientes estratégicos e potenciais novos parceiros. A estrutura e o suporte da OCB nos permitiram mostrar a força da nossa cooperativa. Esperamos estar nas próximas edições”, salientou.
As cooperativas participantes foram: Cafesul, Amazoncoop, Cocamar, Witmarsum, Nova Aliança, CCGL, Vinícola Aurora, Sanjo, Coopafasb Caisp, Conap e Cooperlad.
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18/06/2025

NEGÓCIOS
Sistema OCB lança rodada internacional de negócios para coops de café
Evento coordenado pela área de Negócios será realizado em Belo Horizonte no dia 4 de novembro
Com o objetivo de ampliar a presença internacional das cooperativas brasileiras e gerar novas oportunidades comerciais no mercado externo, o Sistema OCB realizará, no dia 4 de novembro de 2025, em Belo Horizonte (MG), a 1ª Rodada de Negócios Internacional para Cooperativas Produtoras de Café. A iniciativa integra o Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional e acontecerá na véspera da abertura da Semana Internacional do Café (SIC), um dos maiores eventos do setor no país.
A rodada contará com uma estrutura completa de apoio às cooperativas selecionadas, incluindo consultoria especializada para prospecção de compradores internacionais, sessões de preparação, tradução durante as negociações e custeio de passagem aérea para um representante por cooperativa. Serão até 15 cooperativas escolhidas para participar da ação, com base nos critérios definidos no regulamento da chamada. As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho, por meio de formulário.
Segundo Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, a iniciativa marca um avanço importante na estratégia de internacionalização do cooperativismo agropecuário. “Essa rodada representa uma grande oportunidade para as cooperativas que desejam exportar e se posicionar no mercado internacional. É um espaço estratégico para gerar negócios, ampliar conexões e mostrar a força e a qualidade do café cooperativista brasileiro”, destacou.
A proposta pretende conectar diretamente as cooperativas com compradores internacionais alinhados com a sua oferta de produtos, promovendo a geração de negócios e a inserção do cooperativismo no mercado global. Além disso, as cooperativas participantes terão acesso a sessões preparatórias com foco em formatação de proposta comercial, precificação para exportação e estratégias de negociação internacional.
“Queremos que nossas cooperativas estejam cada vez mais preparadas para acessar o mercado externo com segurança, qualidade e profissionalismo. Essa rodada internacional foi pensada para oferecer suporte real às cooperativas, desde a preparação até o momento da negociação”, reforçou Débora.
O Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional é uma das frentes de atuação do Sistema OCB voltadas ao fortalecimento da competitividade das cooperativas brasileiras. Por meio de soluções como Qualificação para Exportação e Promoção Internacional, o programa oferece formação técnica, apoio logístico e oportunidades reais de negócios em feiras, missões e rodadas comerciais.
Podem participar da seleção cooperativas agropecuárias produtoras de café, regularmente registradas no Sistema OCB, que atendam aos critérios mínimos de elegibilidade — como ter material promocional em inglês, certificações de qualidade, café beneficiado (torrado, moído ou em cápsulas) e participação em programas de qualificação do Sistema OCB. A presença de mulheres em cargos de liderança e o domínio do inglês pelo representante indicado também contam pontos no processo seletivo.
As cooperativas interessadas devem estar atentas aos prazos e às responsabilidades previstas no regulamento. Após a seleção, será necessário assinar o termo de compromisso, participar das sessões preparatórias e apresentar documentação de viagem para prestação de contas.
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18/06/2025

NEGÓCIOS
Semana de Competitividade inspira coops com inovação e propósito
Evento reuniu cerca de 800 comunicadores em três dias de imersão e troca estratégica
Durante três dias intensos, Brasília foi o ponto de encontro de comunicadores, lideranças, influenciadores e entusiastas do cooperativismo que participaram da Semana de Competitividade 2025, promovida pelo Sistema OCB. O evento reuniu cerca de 800 participantes em uma jornada de conhecimento, inspiração e conexão, com foco em fortalecer a identidade, a comunicação e a inovação das cooperativas brasileiras.
A programação da Semanafoi estruturada para oferecer uma experiência imersiva, prática e estratégica. Foram 30 palestras, quatro trilhas temáticas, quatro labs e uma experiência gamificada, que mobilizaram os participantes em torno de temas centrais para o futuro do movimento cooperativista.
A abertura oficial ficou por conta do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que ressaltou a importância da comunicação como ferramenta de transformação e competitividade para o setor. “Vamos comunicar em rede, com estratégia, emoção e coragem. Juntos, vamos mostrar ao Brasil e ao mundo porque as cooperativas constroem um mundo melhor. A nossa capacidade de transformação é enorme”, declarou.
Logo após, um painel sobre comunicação com propósito, mediado por Glenda Kozlowski, reuniu influenciadores que já participaram de ações anteriores com o SomosCoop como Dani Colombo, Mari Kruger e Betto Auge. “Estamos falando de emoção, de propósito real. Comunicação com propósito não é uma tendência, é uma necessidade para que as marcas cooperativas façam sentido na vida das pessoas”, destacou Dani Colombo.
Glenda aproveitou para anunciar a estreia da 4ª temporada da websérie SomosCoop na EstradaSomosCoop na Estrada, que leva o público a uma jornada audiovisual por sete estados do Norte e Nordeste, revelando como o cooperativismo transforma vidas mesmo em contextos de escassez e desigualdade. Os episódios retratam histórias reais de inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento protagonizadas por cooperativas locais.
A programação também contou com a plenária SomosCoop: o movimento que conecta e transforma, conduzida pela gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, que apresentou os próximos passos da campanha nacional do cooperativismo e o carimbo SomosCoop — ferramenta que fortalece a identidade visual do movimento.
A gerente resumiu o sentimento que impulsionou o evento. “O Ano Internacional das Cooperativas declarado pela ONU, foi a oportunidade perfeita para a gente juntar a nossa força e falar do cooperativismo, levar o cooperativismo cada vez mais longe, mais próximo da sociedade, das pessoas que procuram escolhas conscientes”, destacou. “A gente conseguiu se reunir, trocar boas práticas, discutir, avaliar esse futuro e, o mais importante de tudo, alinhar uma comunicação conjunta e mostrar que juntos somos mais fortes.”
Fechando as plenárias do primeiro dia, o designer e especialista em branding, Fred Gelli, trouxe a provocação: qual é a vantagem competitiva que só o cooperativismo tem? Para ele, o propósito é o maior diferencial das cooperativas e deve estar no centro de toda construção de marca. “O que move as pessoas não é o produto. É o porquê. E o cooperativismo tem isso como essência. É nisso que está o seu maior valor”, afirmou Gelli.
Conteúdo estruturado
A programação da Semana foi organizada em quatro trilhas temáticas simultâneas, que refletiram os principais desafios e oportunidades da comunicação no cooperativismo:
Planejamento e Dados: explorou inteligência estratégica, métricas, IA e tendências de mercado;
Branding: abordou identidade, storytelling e construção de marcas cooperativas fortes;
Comunicação Institucional: debateu reputação, imprensa, media training e fidelização;
Marketing: trouxe insights sobre segmentação, marketing de relacionamento e economia da atenção.
As trilhas aconteceram ao longo de todo o segundo dia e permitiram que os participantes circulassem entre temas de interesse, aprofundando conhecimentos e compartilhando experiências com especialistas e colegas de outras cooperativas.
Complementando a parte teórica, quatro labs práticos promoveram oficinas e atividades aplicadas sobre temas como comunicação digital, ativação do carimbo coop, design de campanhas e estratégias de engajamento. Os participantes vivenciaram dinâmicas de cocriação e resolveram desafios reais, com apoio de especialistas em cada tema.
No lab de Comunicação Institucional, simulações de entrevistas e atividades de gestão de crise ajudaram as cooperativas a estruturarem planos eficazes e prepararem seus porta-vozes. Já nos labs de Branding e Marketing, os grupos trabalharam o posicionamento de marca, a identificação de públicos e estratégias de engajamento com base em dados e tendências de consumo. No lab de Planejamento e Dados, por sua vez, o destaque foi o uso de indicadores reais como base para a estratégia.
Caminhos que seguem
O último dia da Semana de Competitividade foi marcado por reflexões estratégicas e anúncios importantes para o futuro da comunicação no cooperativismo. Um dos destaques foi a plenária Comunicar para cooperar: estratégias que conectam pessoas e negócios, mediada por Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB. O painel marcou também o lançamento do livro Comunicação e Marketing no CooperativismoComunicação e Marketing no Cooperativismo, uma publicação inédita com artigos, orientações práticas e cases inspiradores de cooperativas. Samara provocou o público ao lembrar que, sem comunicação clara e estratégica, o cooperativismo não consegue mostrar ao mundo a sua verdadeira força transformadora.
Ao lado de especialistas como Patrícia Marins, Samira Cardoso e Renan Silvestre, o painel discutiu gestão de reputação, marketing analítico, publicidade eficaz e o uso inteligente de dados. Os convidados reforçaram que comunicar também é cooperar — e que, ao dominar a linguagem da conexão e da estratégia, as cooperativas ganham espaço no imaginário social. O recado foi claro: comunicação precisa de propósito, planejamento e dados para gerar impacto real.
Durante o encerramento, a superintendente Tania Zanella anunciou o lançamento da Rede Comunica Coop, uma iniciativa que inaugura uma nova fase de conexão entre comunicadores das cooperativas de todo o Brasil. A proposta é transformar o grupo criado durante o evento em uma comunidade ativa e permanente, dedicada ao compartilhamento de experiências, boas práticas e estratégias de comunicação. A rede será organizada pelas Organizações Estaduais (OCEs), e funcionará como um espaço de aprendizado contínuo, troca de ideias e articulação nacional das ações de comunicação cooperativista.
Outra novidade apresentada durante a Semana de Competitividade foi a trilha Comunicação e Marketing no Cooperativismo, da plataforma CapacitaCoop. Gratuita, on-line e certificada, ela reúne oito temas voltados para profissionais de comunicação e marketing das cooperativas, com foco em desafios reais do setor. Com carga horária total de 36 horas, os conteúdos abordam desde fundamentos do marketing até temas como branding, análise de mercado, comunicação de crise e definição de OKRs.
O evento contou ainda com um experiência gamificada e dinâmica que convidou os participantes a completarem dez ativações espalhadas pelo espaço para conquistar selos e trocar por brindes na loja temática. Com propostas interativas e educativas, as ativações abordaram temas como o Ano Internacional das Cooperativas, COP30, CapacitaCoop, Carimbo SomosCoop, Sala Sensorial e muito mais.
Compromisso com a sustentabilidade
Por fim, o evento se destacou por ações concretas de sustentabilidade e inclusão. Desde o credenciamento, os participantes puderam calcular a pegada de carbono individual de suas viagens, promovendo a conscientização sobre o impacto ambiental dos deslocamentos. Todas as emissões do evento — cerca de 213 toneladas de carbono equivalente — foram integralmente neutralizadas por meio do Programa REDD+Vale do Jari.
Além disso, medidas como a coleta seletiva, a redução de materiais impressos e o uso de alternativas digitais e reutilizáveis reforçaram o cuidado com os resíduos e o uso responsável dos recursos. “Com essa ação, mostramos que o compromisso do cooperativismo com a sustentabilidade vai além do discurso. É uma prática concreta, conectada com a agenda global e com as futuras gerações”, reforçou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Participação e impacto
A Semana de Competitividade foi marcada ainda por momentos de grande inspiração e conteúdo de alto impacto. A Raissa Costa, do Sicoob Central Norte, resumiu a emoção de participar: “Foi uma experiência extraordinária. Três dias de imersão e eu nunca imaginei que estaria vivendo esse momento. Foi único.”
Para Vanessa Zandonade, da Coopermota (SP), o evento foi uma demonstração da força coletiva do cooperativismo: “Estamos com 800 pessoas reunidas para falar sobre comunicação e cooperativismo. A gente percebe a grandeza do que fazemos e o quanto temos potência para transformar realidades — não só das cooperativas, mas das comunidades onde estamos inseridos.”
O gestor de Comunicação da Comunicoop (RJ), Paulo Montenegro, elogiou o fato de a Semana de Competitividade ter como tema a comunicação cooperativa. “Foi muito importante vivenciar essa dimensão do nosso movimento e explorar todas as suas nuances com tanta profundidade”.
“Foi um evento muito completo. As plenárias, trilhas, ativações e estandes trouxeram aprendizados valiosos. A Sala Sensorial, por exemplo, foi uma experiência única para mim. Percebi o quanto é importante não ficarmos apenas no discurso, mas transformar essas reflexões em ações práticas. Saio daqui com uma bagagem muito positiva, com informação, conhecimento e motivação para ajudar a propagar ainda mais o cooperativismo”, completou Maria Lidiane, da Coomarca (SC).
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16/06/2025

NEGÓCIOS
CapacitaCoop lança trilha de Comunicação e Marketing no Cooperativismo
Conteúdo gratuito, 100% on-line e com certificação atende objetivos da Semana de Competitividade
A comunicação eficiente é uma aliada fundamental para o crescimento e fortalecimento do cooperativismo. Pensando nisso, a CapacitaCoop, plataforma de ensino a distância do Sistema OCB, por meio do Sescoop Nacional, lançou oficialmente durante a Semana da Competitividade 2025 a trilha de aprendizagem Comunicação e Marketing no Cooperativismo, voltada especialmente para quem atua com comunicação nas cooperativas de todo o país.
Para os participantes do evento, uma ativação especial também foi preparada. Em uma sequência de telas, foi possível verificar partes do conteúdo e acessar informações detalhadas sobre como se inscrever e concluir as etapas para garantir a certificação final.
Com uma carga horária total de 36 horas, a trilha oferece conteúdos atualizados, práticos e alinhados aos princípios cooperativistas. O percurso formativo é gratuito, 100% on-line, e pode ser concluído em até 60 dias. Ao final de cada curso, os participantes que alcançarem pelo menos 70% de aproveitamento nas avaliações recebem certificado digital.
A trilha reúne oito cursos que abordam desde os fundamentos do marketing até temas estratégicos como gestão de marcas, análise de mercado e comunicação em momentos de crise. São eles:
Fundamentos de Marketing para Cooperativas (4h)
Comunicação Assertiva (2h)
Escrita Criativa (2h)
Branding Básico (2h)
Gestão de Marcas (6h)
Análise de Mercado (6h)
OKR - Objetivos e resultados-chave (4h)
Comunicação na Gestão de Crises em Cooperativas (10h)
A proposta é desenvolver habilidades para utilizar a comunicação de forma assertiva com cooperados, colaboradores, parceiros e com a sociedade, além de apoiar a construção de marcas mais fortes e bem-posicionadas no mercado.
Para quem é a trilha?
O conteúdo é indicado para comunicadores, profissionais de marketing e demais interessados em aprimorar suas práticas dentro do contexto cooperativista. Basta ter acesso à internet e estar cadastrado na plataforma CapacitaCoop para iniciar a jornada de aprendizado.
Com uma linguagem acessível, flexibilidade de horários e foco em desafios reais da comunicação cooperativa, a trilha Comunicação e Marketing no Cooperativismo é mais uma ferramenta estratégica oferecida pelo Sistema OCB para apoiar o desenvolvimento das cooperativas em todo o Brasil.
Fortaleça a comunicação da sua cooperativa. Acesse agora mesmo a trilha no CapacitaCoop e comece a aprender!
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12/06/2025

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

ESG
19/08/2025
Integrada recebe diagnóstico de eficiência energética do ESGCoop
Ação do Sistema OCB e Ocepar aponta oportunidades de economia e sustentabilidade
A Integrada Cooperativa Agroindustrial, uma das maiores do Paraná, acaba de dar um passo estratégico em sua jornada de sustentabilidade. Entre os dias 12 e 15 de agosto, a Unidade Industrial de Milho (UIM), em Andirá (PR), recebeu o diagnóstico da Solução Eficiência Energética, iniciativa do Programa ESGCoop, promovido pelo Sistema OCB em parceria com o Sistema Ocepar e a consultoria Stride.
O objetivo foi identificar oportunidades para reduzir custos, otimizar processos e fortalecer a gestão ambiental da cooperativa. O trabalho envolveu entrevistas com operadores, análise documental, medições técnicas e estudo detalhado de processos críticos como caldeiras, uso de biomassa florestal, consumo de energia elétrica, sistemas de ar comprimido e reaproveitamento de biogás. No último dia, os resultados foram apresentados à alta gestão, ao setor de sustentabilidade e à equipe de planejamento estratégico da Integrada, para garantir alinhamento institucional à implementação das recomendações.
Segundo Ana Lúcia Almeida Maia, coordenadora de Sustentabilidade da Integrada, a iniciativa chegou em um momento essencial para a cooperativa. “A pauta da eficiência energética é indispensável para a longevidade da sustentabilidade dentro das cooperativas. O mapeamento nos dá uma visão clara das oportunidades de melhoria em toda a rede de maquinários e processos. Esse material é riquíssimo, porque não se limita à economia: ele potencializa a performance dos equipamentos e nos ajuda a pensar em padronização e gestão por indicadores. É uma iniciativa que faz todo o sentido, alinhada ao nosso compromisso com a perenidade do sistema cooperativista.”
Para Silcio Krinski, coordenador de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar, a metodologia aplicada superou as expectativas. “Imaginávamos uma análise restrita a motores e consumo de energia elétrica. Mas o diagnóstico foi muito além, revisando processos da cadeia de produção e identificando gaps em áreas como no uso de biomassa, tratamento de efluentes e aproveitamento de biogás. Ficou claro que é possível reduzir custos e, ao mesmo tempo, reforçar nossa imagem sustentável perante clientes, parceiros e sociedade. O sucesso desse piloto mostra que é hora de expandirmos essa prática para outras unidades.”
O gerente industrial da Integrada, Cleverson Navarro Alves, também destacou os resultados do trabalho. “A consultoria foi conduzida com alto nível técnico, identificando ganhos imediatos e estruturando um plano de ação com recomendações de curto, médio e longo prazo. Além do aspecto operacional, a eficiência que buscamos está diretamente ligada aos princípios ESG: produzir mais com menos, reduzir o consumo de recursos naturais e gerar impacto ambiental cada vez menor. Isso fortalece nossa gestão e amplia nossa competitividade no mercado.”
Com mais de 13,5 mil cooperados e presença em 50 municípios do Paraná e São Paulo, a Integrada consolida uma agenda de sustentabilidade robusta. O Relatório de Sustentabilidade 2023/2024 já havia destacado conquistas como a certificação ISO 14001 e a adoção de projetos de circularidade, bioinsumos e redução de emissões. A aplicação da Solução Eficiência Energética representa, agora, um desdobramento prático dessa estratégia, e conecta inovação com responsabilidade ambiental ao dia a dia das operações.
A Solução Eficiência Energética é uma das frentes do Programa ESGCoop, do Sistema OCB, que tem como objetivo apoiar as cooperativas na construção de modelos de gestão mais alinhados às boas práticas ambientais, sociais e de governança. “Além de diagnósticos técnicos e planos de ação sob medida, a iniciativa garante acompanhamento especializado para que as melhorias sejam implementadas de forma estruturada, ampliando a competitividade e reforçando o protagonismo do cooperativismo brasileiro na agenda climática”, destacou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
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A busca por eficiência e sustentabilidade está cada vez mais presente na estratégia das cooperativas brasileiras. Um exemplo concreto dessa transformação é a Cocatrel, cooperativa agropecuária com sede em Três Pontas (MG), que acaba de receber a Solução Eficiência Energética, do Programa ESGCoop, iniciativa do Sistema OCB em parceria com as unidades estaduais e consultorias especializadas.
O diagnóstico, realizado entre os dias 5 e 7 de agosto, envolveu representantes da Unidade Nacional da OCB, da Ocemg e da consultoria Stride, além de contar com participação ativa da alta liderança da cooperativa. Logo na chegada, a equipe foi recebida pelo presidente, Jacques Fagundes Miari; Vice-presidente, Luiz Eduardo Vilela de Rezende; e diretor de operações da Cocatrel, Alcione korte, além de engenheiros e gestores de diversas áreas, demonstrando o alinhamento institucional com o tema.
Para Thayná Côrtes, analista do Ramo Infraestrutura do Sistema OCB, a receptividade e o engajamento da Cocatrel foram destaques da missão. “Foi muito interessante perceber que a cooperativa já tinha várias ideias e iniciativas em andamento voltadas à eficiência energética. A Solução veio para somar: ajudar a organizar essas ideias, trazer novas possibilidades e apontar caminhos concretos. A equipe da Cocatrel está realmente engajada, com vontade de estudar, entender e implementar melhorias reais”, afirmou.
Impacto positivo
A Cocatrel já realiza algumas ações importantes na área, como a compra de energia no mercado livre, buscando opções mais sustentáveis e econômicas, além de investimentos em usinas fotovoltaicas. A cooperativa também já vinha estudando a troca de empilhadeiras a gás por elétricas e melhorias nos sistemas de contenção de pó gerado no beneficiamento do café — um dos grandes desafios operacionais do setor.
Segundo o vice-presidente do conselho de administração da Cocatrel, Luiz Eduardo Vilela de Resende, a parceria com o Programa ESGCoop contribui diretamente para alinhar os objetivos econômicos e ambientais da cooperativa. “Trabalhar com eficiência energética é algo estratégico, especialmente dentro da agenda ESG, que prioriza economia, sustentabilidade e impacto positivo. A parceria com o Sistema OCB e a consultoria especializada nos permite enxergar com mais clareza onde estão os gargalos e como podemos evoluir. Estamos orgulhosos de fazer parte dessa iniciativa.”
O projeto também reforça o protagonismo da Ocemg no apoio à sustentabilidade do cooperativismo mineiro. Para Thiago Machado, analista de Educação e Desenvolvimento Sustentável da organização, os benefícios da solução vão além da redução de custos. “A Solução Eficiência Energética melhora a competitividade, libera recursos para novos investimentos e fortalece o compromisso socioambiental das cooperativas. No caso específico das cooperativas de café, por exemplo, contribui ainda para otimizar processos como secagem, beneficiamento e armazenagem, garantindo mais qualidade e menos desperdício”, declarou.
De acordo com Thiago, exemplos práticos incluem a modernização de motores e sistemas de iluminação, o que reduz o consumo de energia e evita cobranças por demanda ociosa ou ultrapassada. “Eficiência energética significa produzir o mesmo resultado — ou melhor — com menos energia. Eliminar desperdícios e ajustar processos para consumir só o necessário, sem perder qualidade ou produtividade”, complementou
Boas práticas
A Solução Eficiência Energética é uma das frentes de atuação do Programa ESGCoop, que busca apoiar as cooperativas brasileiras na construção de modelos de gestão mais alinhados às boas práticas ambientais, sociais e de governança. A iniciativa oferece diagnósticos técnicos, planos de ação sob medida e apoio especializado na implementação das melhorias identificadas.
Além de reduzir custos e emissões, o projeto também fortalece o posicionamento das cooperativas diante do mercado internacional, que valoriza cada vez mais organizações com práticas sustentáveis e compromisso climático.
Com mais de 9 mil cooperados e um faturamento de R$ 3,3 bilhões no último exercício, a Cocatrel reforça, com essa adesão, sua visão de futuro. O diagnóstico realizado é apenas o primeiro passo de uma jornada de transformação, que inclui ações de curto, médio e longo prazo. “São iniciativas que não se implementam da noite para o dia, mas o mais importante é perceber que há um comprometimento real da cooperativa em estudar, planejar e fazer acontecer”, concluiu Thyaná Côrtes.
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ESG
Cooperativas brasileiras ganham destaque no GHG Protocol 2025
Evento reconheceu avanços na medição e gestão de emissões de gases de efeito estufa
O Programa GHG Protocol realizou, em São Paulo, seu evento anual do Ciclo 2025, destacando o protagonismo crescente das cooperativas brasileiras na agenda climática. Ao todo, 29 cooperativas publicaram inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
O encontro apresentou um panorama da evolução da medição de emissões no Brasil, que em 2025 alcançou 1,3 mil inventários publicados, um recorde histórico desde o início da série em 2008. A divulgação desses dados, de caráter voluntário, indica que cada vez mais organizações estão incorporando práticas de gestão ambiental e alinhando suas operações a metas de descarbonização e ESG.
Solução Neutralidade Carbono impulsiona o setor
A presença das cooperativas no evento é resultado direto do Projeto Neutralidade de Carbono, iniciativa conduzida pelo Sistema OCB desde 2024, como parte do Programa ESGCoop. A Solução incentiva cooperativas a medir e gerenciar suas emissões, dando o primeiro passo para a neutralidade de carbono.
Na fase piloto do projeto, participaram a CCPR/MG, a Cooproeste/BA e a Witmarsum/PR, que conquistaram o selo prata já no primeiro ciclo — um avanço significativo para organizações que ainda estavam iniciando a mensuração de emissões. Atualmente, a Solução apoia 18 cooperativas em seus processos de descarbonização, com foco na elaboração do inventário de emissões, publicação no Registro Público de Emissões e na entrega de um relatório com oportunidades concretas de descarbonização.
Para Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, o projeto marca uma mudança de cultura dentro do cooperativismo. “O inventário de emissões oferece às cooperativas uma visão estratégica dos seus impactos e abre caminho para ações de redução e compensação de carbono, alinhando o setor às demandas ambientais e de mercado.”
Segundo ele, o reconhecimento no GHG Protocol fortalece a imagem das cooperativas e amplia a confiança de parceiros e consumidores em relação ao compromisso ambiental do setor.
O que é o GHG Protocol
O GHG Protocol é a principal metodologia mundial para contabilizar emissões de gases de efeito estufa, desenvolvida em parceria pelo World Resources Institute (WRI) e o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). No Brasil, o programa é conduzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) desde 2008 e oferece ferramentas gratuitas para que organizações calculem, publiquem e gerenciem suas emissões.
A plataforma Registro Público de Emissões reúne todos os inventários publicados. No início da série histórica, apenas 23 empresas haviam divulgado seus dados. Em 2025, o número atingiu 1,3 mil inventários, de 674 organizações, um recorde. As emissões de escopo 3, relacionadas à cadeia de valor das empresas, continuam sendo o maior desafio, respondendo por mais de 1 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente.
Vozes do cooperativismo: experiências e aprendizados no GHG Protocol
Após o evento, os representantes das cooperativas participantes compartilharam suas impressões sobre a importância da iniciativa para o fortalecimento da sustentabilidade no setor.
Segundo Francimar Duarte, assessora de sustentabilidade da COMIGO, o evento marcou um momento importante para a cooperativa. “Este foi o primeiro ano em que realizamos nosso inventário de emissões com registro público. Participar do evento nos permitiu compartilhar aprendizados, ouvir experiências e reforçar nosso compromisso com a gestão ambiental.”
Para Alzimiro Thomé, presidente do Cresol Instituto, o encontro foi estratégico para fortalecer o planejamento sustentável da rede. “Foi excelente estar conectado às boas práticas e aprimorar a Estratégia de Sustentabilidade da Cresol. A conquista do Selo Prata nos motiva a seguir firmes no fortalecimento da nossa agenda ESG.”
Juliana Cristina Knopka, analista de Sustentabilidade da Ailos, também destacou a importância da troca entre as instituições presentes. “Foi uma oportunidade valiosa para aprofundar os conhecimentos, compartilhar desafios e reafirmar nosso compromisso com a agenda ambiental. E, claro, celebrar nosso primeiro inventário registrado.”
Ana Paula Maciel, analista ambiental da Copacol, ressaltou o papel fundamental do apoio técnico recebido pelo projeto. “Sem esse incentivo, talvez não tivéssemos conseguido fazer o inventário este ano. Foi essencial para sairmos do zero. O cooperativismo precisa conhecer suas emissões para planejar o futuro. Agora, nosso foco é desdobrar essas ações dentro dos processos da cooperativa e fortalecer a descarbonização de forma integrada.”
Orildo Germano Belegante, presidente da Coasa, reforçou o engajamento da cooperativa com práticas sustentáveis. “Foi uma honra participar do projeto. Estamos comprometidos com uma gestão mais sustentável, tanto internamente quanto junto aos nossos agricultores. Esse trabalho é essencial para construirmos uma sociedade e um ambiente melhores.”
“Foi uma honra contribuir com essa discussão tão relevante. Iniciativas como esta fortalecem a conscientização e promovem ações efetivas em prol de um planeta mais sustentável. Saímos motivados a seguir colaborando para a mitigação dos impactos ambientais.” concluiu Mauro Marquiotti, presidente da Unicred União.
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ESG
Energia que transforma: solução ESGCoop chega à AuroraCoop
Fábrica SC recebe diagnóstico que orienta gestão energética inteligente e alinhada à agenda ESG
A AuroraCoop, uma das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil, deu mais um passo em sua trajetória de inovação e sustentabilidade ao receber, em sua fábrica de empanados em Chapecó (SC), a terceira fase da Solução Eficiência Energética, iniciativa promovida pelo Programa ESGCoop, do Sistema OCB.
A ação tem como objetivo diagnosticar, padronizar e aprimorar a gestão energética nas cooperativas, com foco na redução de custos operacionais, uso racional de recursos, inovação e alinhamento às práticas ESG. Durante três dias, uma equipe técnica composta por representantes da Unidade Nacional do Sistema OCB, da Ocesc e da consultoria Stride esteve na unidade recém-inaugurada da Aurora para realizar o mapeamento e a avaliação presencial do consumo energético.
Ao longo da visita, foram feitas reuniões com a diretoria da cooperativa, apresentações técnicas, levantamento de dados operacionais e identificação de oportunidades de melhoria. Segundo Laís Nara Castro, analista técnica da OCB, a experiência reforçou o potencial transformador do cooperativismo quando une inovação, propósito e eficiência: “Essa unidade que visitamos é nova, tem apenas um ano de operação, e já conta com uma estrutura muito à frente do que vemos no mercado. A Solução vem para potencializar essas ações, trazendo mais controle e gestão energética. A cooperativa tem muito a crescer nesse tema, que ela já lidera com responsabilidade e visão de futuro”, afirmou.
A energia elétrica é um dos principais insumos da cadeia agroindustrial e representa parte significativa dos custos de produção no setor. Nesse contexto, a gestão eficiente do recurso tornou-se não apenas um diferencial, mas uma necessidade estratégica. A Solução Eficiência Energética propõe exatamente esse caminho: aliar sustentabilidade e competitividade a partir de diagnósticos técnicos, planos de ação sob medida e acompanhamento especializado para implementação das melhorias. Além da redução de custos e do impacto ambiental positivo, o projeto também visa preparar as cooperativas para responder às demandas do mercado internacional, que cada vez mais valoriza empresas alinhadas às diretrizes de ESG — ambiental, social e de governança.
Para Ana Paula Martello Rodrigues, coordenadora técnica do Sistema Ocesc, a adesão da Aurora à Solução reafirma o protagonismo catarinense na agenda da sustentabilidade cooperativista. “A AuroraCoop, que já é uma referência nacional em práticas socioambientais, dá mais um passo importante ao aderir à Solução. É uma demonstração clara de que o cooperativismo no agronegócio está atento às pautas globais e tem capacidade técnica e estratégica para ser agente de transformação”, declarou.
O Programa também reforçou a visão estratégica da própria AuroraCoop. Segundo Anderson Facco, gestor do setor de Engenharia Elétrica Corporativo da cooperativa, a iniciativa gera ganhos múltiplos. “O programa nos ajuda a identificar oportunidades de otimização no uso da energia, reduzir custos e tornar os processos mais eficientes. Além disso, o intercâmbio técnico com outras cooperativas fortalece o papel do cooperativismo na transição para uma economia de baixo carbono.”
Além da AuroraCoop, a Viacredi também integra o projeto piloto da Solução Eficiência Energética, ambas indicadas pela Ocesc. A adesão das cooperativas catarinenses ao projeto foi precedida pela aplicação do Diagnóstico ESGCoop, conduzido pelo Sescoop/SC, além da incorporação de metas relacionadas ao uso racional de recursos nos planejamentos estratégicos das instituições. Também foi necessário estabelecer uma política voltada ao uso de energias renováveis.
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ESG
Cooperativismo na prática marca encerramento da Imersão Pré-COP30
Hospital Cooperar, cooperativas educacionais e intercooperação foram destaques do último dia
O quinto e último dia da Imersão Pré-COP30 evidenciou o poder transformador do cooperativismo quando aplicado com propósito e conexão com as comunidades. Nesta sexta (25), em Vilhena (RO), a delegação formada por representantes do governo federal, organismos internacionais e entidades do setor produtivo mergulhou em experiências que revelam como saúde, educação, crédito e desenvolvimento social podem caminhar juntos — com base na cooperação.
A agenda da imersão começou no Sicoob Credisul, cooperativa de crédito reconhecida por seu protagonismo na região Norte do país. Além de conhecer os projetos de expansão territorial e inclusão financeira promovidos pela instituição, os participantes visitaram o Hospital Cooperar, exemplo notável de intercooperação no setor de saúde.
A iniciativa, hoje administrada pela Unimed Vilhena, nasceu de um desejo antigo da população local por um hospital de média e alta complexidade. Segundo o CEO do Sicoob Credisul, Vilmar Saúgo, foi a união entre os cooperados que transformou esse desejo em realidade. “Depois de várias tentativas sem sucesso, entendemos que só com a força da cooperação seria possível. Apoiados por mais de 15 mil cooperados e com recursos próprios, doações e distribuição de sobras, tiramos o projeto do papel. O que era uma ideia modesta virou um hospital de 12 mil metros quadrados, com um investimento superior a R$ 50 milhões, e que hoje atende não só nossos cooperados, mas toda a comunidade”, descreveu.
Na sequência, a delegação da imersão foi recebida na Favoo Coop, cooperativa educacional que tem como missão transformar realidades por meio da educação e da cultura cooperativista. Fundada por empreendedores sociais e moradores de comunidades periféricas, a Favoo surgiu como resposta concreta à necessidade de geração de renda, inclusão social e valorização de talentos locais — especialmente entre jovens e mulheres.
A Favoo adota um modelo inovador que combina princípios cooperativistas, tecnologias sociais e práticas sustentáveis. Sua atuação vai muito além do ambiente escolar: a cooperativa desenvolve projetos como o Favoo Sustentável, que promove hortas comunitárias e segurança alimentar; o Favoo Costura Criativa, voltado à capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade; o Favoo Digital, que oferece cursos de tecnologia e inclusão digital para jovens das periferias; e o Favoo Comunidade, com microcrédito solidário e capacitações em gestão.
Durante a visita, a delegação da imersão teve contato direto com estudantes e professores da Faculdade Cooperativa Favocop, mantida pela Favoo Coop. O ensino é transversalmente cooperativista, desde a educação infantil até o ensino superior. O modelo inclui experiências práticas, como cooperativas escolares com estrutura formal, assembleias e conselhos próprios. A iniciativa é fortalecida pela parceria com o Sicoob Credisul, que disponibiliza estrutura, programas de estágio e suporte institucional.
Isabela Ribeiro da Mazzo Maia, chefe da gerência de sustentabilidade, relacionamento com investidores internacionais de portfólio do Banco Central, destacou a sinergia entre a atuação das cooperativas e a agenda de finanças sustentáveis. “As cooperativas de crédito têm papel fundamental na inclusão financeira e no desenvolvimento regional. Ver de perto essas práticas, sentir o impacto nas comunidades, só reforça nossa convicção de que elas são essenciais para um sistema mais justo e resiliente.”
O encerramento da Imersão Pré-COP30 consolidou a mensagem central da semana: o cooperativismo brasileiro é um agente real de transformação e está preparado para contribuir ativamente com as metas globais de desenvolvimento sustentável. A jornada, que começou no Rio Grande do Sul com visitas a cooperativas agropecuárias e de crédito, passou por projetos de bioeconomia e produção familiar na serra gaúcha, e terminou com exemplos inspiradores em finanças, saúde e educação na Amazônia, conectando os participantes ao que há de mais inovador e autêntico no setor. O próximo passo é levar esse legado para a COP30, que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025.
A imersão contou com a participação dos ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), das Relações Exteriores (MRE), do Meio Ambiente (MMA) e da Secretaria-Geral da Presidência (SGPR). Também contou com um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Entre os organismos internacionais estavam a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA), o Centro Internacional de Comércio (ITC), o BID Invest e a Rede Brasil do Pacto Global. Completam a comitiva lideranças do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), da Agência Brasileira de Promoção a Exportações e Investimentos (ApexBrasil), do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e do Banco Central do Brasil (BCB), além de dirigentes e técnicos do Sistema OCB.
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28/07/2025

ESG
Elas pelo Coop amplia presença feminina no cooperativismo
Encontro do comitê destacou ações estratégicas e formação de lideranças no movimento
Representantes de 24 estados participaram, nesta quinta-feira (24), da Reunião Ordinária do Comitê Nacional de Mulheres do Sistema OCB. Realizado de forma virtual, o encontro reforçou o papel das mulheres na consolidação do cooperativismo brasileiro e apresentou uma série de ações voltadas à formação de lideranças, à intercooperação e ao fortalecimento das iniciativas estaduais do movimento Elas pelo Coop.
A reunião, conduzida por Maria Silvana Ramos, secretária executiva suplente do Comitê, e por Maria da Paz Luz da Silva Marques, secretária executiva do mesmo, destacou os pontos focais do comitê, além da atualização sobre projetos em andamento e próximos passos. Atualmente, 17 estados contam com comitês estaduais formados e ativos, com presença marcante em eventos do setor e ações de articulação local.
Entre os destaques da pauta estiveram o incentivo à criação de novos comitês estaduais, o mapeamento de boas práticas, o compartilhamento de experiências entre as participantes e o engajamento contínuo em cursos e formações voltadas à liderança feminina no cooperativismo.
“Esses espaços de escuta, troca e planejamento são essenciais para que as mulheres cooperativistas tenham cada vez mais protagonismo e voz nos processos decisórios. É a partir desse diálogo permanente que conseguimos identificar demandas, estruturar soluções e inspirar outras mulheres a se engajarem no movimento”, destaca Divani Ferreira, analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
Além das ações já em curso, foi anunciada uma futura capacitação voltada às integrantes do comitê, com a consultora Gisele Gomes, sobre o tema Inclusão, Diversidade e Equidade: Uma Liderança Transformadora. A data será definida nas próximas semanas, e a proposta é ampliar o repertório das lideranças femininas, promovendo reflexões e estratégias para um ambiente mais justo e representativo dentro das cooperativas.
O Elas pelo Coop, iniciativa nacional do Sistema OCB, tem como pilares a representação institucional, a intercooperação e a formação de lideranças femininas dentro do cooperativismo. O comitê atua como instância estratégica para dar visibilidade e sustentabilidade a essas ações, garantindo alinhamento entre as diretrizes nacionais e os esforços estaduais.
“A cada reunião, fortalecemos essa rede de cooperação e reafirmamos nosso compromisso com a equidade de gênero nas cooperativas. Ver tantas iniciativas locais ganhando força mostra que estamos no caminho certo, construindo um movimento que é coletivo, diverso e transformador”, reforça Divani.
Nos próximos meses, o comitê deve se mobilizar para a participação no Dia C – Dia de Cooperar –, marcado para 30 de agosto. A ideia é reunir e compartilhar iniciativas locais em torno da data, além de levantar percepções por meio de uma nova pesquisa com as integrantes. Outro ponto será o reforço no compromisso com as formações e o engajamento nas ações de base.
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25/07/2025

ESG
Geração C discute estratégias para engajar mais jovens no coop
Encontro definiu caminhos e ações para ampliar o protagonismo da juventude no movimento
O futuro do cooperativismo já está em movimento – e tem sotaques, vivências e ideias vindas de todas as regiões do país. Prova disso é o Comitê Geração C, que se reuniu nesta quinta-feira (25) para mais um encontro com representantes de 15 estados brasileiros. Criado com a missão de ampliar o protagonismo jovem no cooperativismo e fomentar lideranças futuras, o comitê é composto por 19 integrantes, entre jovens embaixadores Coop e representantes indicados pelas Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB.
O encontro foi marcado pela troca de experiências, alinhamento de ações e reforço ao compromisso coletivo de ampliar a participação juvenil nos espaços de decisão do movimento. Na pauta, os participantes debateram o papel do Comitê na formulação de estratégias para engajar novos públicos, com foco em comunicação, formação e articulação em rede.
“Cada reunião da Geração C reforça o quanto há potencial no movimento. Temos jovens preparados, apaixonados pelo cooperativismo e com uma enorme vontade de fazer a diferença nos seus territórios”, afirmou a analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira.
A secretária do Comitê, Daniele Scopel, do Sicoob Costa do Descobrimento (BA), conduziu a reunião junto com Lucas Zorzette, vice-coordenador do Cômite, e Elaine Araujo, suplente. Eles destacaram a importância do plano de trabalho para o período 2025-2027. As discussões incluíram o incentivo à participação nas trilhas do CapacitaCoop, o engajamento no Dia de Cooperar e a preparação para o 1º Encontro Nacional de Jovens Cooperativistas, que acontecerá em 12 de agosto. “Foi uma reunião produtiva, com diálogo e ações concretas que já estão em andamento”, afirmou Daniele.
Formado oficialmente em 2020, o Geração C é um dos desdobramentos do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que estabeleceu diretrizes para fortalecer a diversidade e a inclusão no movimento. Desde então, o grupo atua como órgão consultivo da Unidade Nacional do Sistema OCB, contribuindo para o desenvolvimento de políticas e ações que envolvam e ampliem a atuação de jovens cooperativistas.
Durante a reunião, os membros também compartilharam desafios e avanços nas atividades promovidas nos estados, além de trocar ideias para ações futuras em âmbito nacional. Um dos destaques foi a importância de fortalecer as conexões entre os comitês estaduais, incentivando a criação de espaços permanentes de escuta e atuação juvenil dentro das cooperativas e das unidades estaduais do Sistema OCB.
O Comitê Geração C segue como uma das iniciativas centrais do Sistema OCB para a formação de lideranças e renovação do movimento. Ao lado do Comitê de Mulheres, o Elas pelo Coop, criado na mesma época, a proposta é fortalecer a democracia interna das cooperativas e garantir que os espaços de governança reflitam a realidade da base cooperada.
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Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

SABER COOPERAR
20/08/2025
CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária
Capacitação gratuita e online oferece orientação sobre adaptações fiscais
O Sistema OCB lançou o curso Reforma Tributária do Consumo para Cooperativas, disponível na plataforma CapacitaCoop. Gratuito e 100% online, o conteúdo foi desenvolvido para apoiar dirigentes, conselheiros fiscais, gestores tributários, auditores e contadores de cooperativas na compreensão das mudanças promovidas pela Reforma Tributária no Brasil.
O curso aborda a parte geral da reforma, com foco na tributação sobre o consumo e apresenta orientações sobre como as cooperativas podem se adaptar ao novo regime. A trilha de aprendizagem inclui vídeos explicativos, podcasts temáticos, atividades e e-books complementares.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o tema exige atenção redobrada do setor. “A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro em décadas. Nosso objetivo é oferecer uma capacitação acessível, didática e consistente, que ajude as cooperativas a entenderem o impacto das mudanças e a se prepararem de forma estruturada para a transição”, afirmou.
A estrutura do curso contempla seis módulos principais: introdução à Reforma Tributária; alterações na tributação sobre o consumo; impactos operacionais e econômicos para as cooperativas; período de transição; apuração, recolhimento e declaração dos novos tributos; e compensação ou ressarcimento dos tributos substituídos.
Ao concluir os estudos e alcançar 70% de aproveitamento na avaliação de aprendizagem, o participante terá acesso ao certificado digital. O conteúdo foi elaborado com linguagem acessível, rigor técnico e foco em soluções práticas.
Clara também reforça a importância da mobilização das cooperativas: “Este é o momento de se antecipar. Quanto mais cedo dirigentes e gestores compreenderem as novas regras, mais preparados estaremos para manter a competitividade e o equilíbrio econômico do setor”, completou.
Além do curso geral, o Sistema OCB prepara a disponibilização de módulos específicos por ramos do cooperativismo, que serão lançados em uma segunda fase.
Como parte das ações de orientação técnica, o Sistema OCB publicou materiais específicos sobre a Reforma Tributária no boletim Panorama Coop Tributário. Duas edições já foram disponibilizadas, sendo a mais recente em 14 de agosto. Novas publicações estão previstas para os próximos meses, com análises detalhadas e foco nos impactos práticos da reforma para o cooperativismo.
Prepare sua coop para a Reforma Tributária, inscreva-se já e acompanhe o Panorama Coop.
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SABER COOPERAR
15/08/2025
Cooperativa gaúcha transforma comunidades com trabalho e inclusão
No começo da década de 1980, comunidades da periferia da Zona Sul de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, enfrentavam um problema social grave: o alto índice de desemprego, que agravava a desigualdade social na região. Contudo, diante da falta de oportunidades, os moradores começaram a buscar novos caminhos para geração de trabalho e renda e, inspirados em experiências cooperativistas que ganhavam força na Argentina, no Uruguai e no Chile, decidiram criar a própria cooperativa.
Dessa união, nasceu a Cooperativa de Trabalho, Produção e Comercialização dos Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa), que completou 40 anos em julho, e tem transformado a realidade econômica e social da capital gaúcha com emprego, inclusão e dignidade.
A coop reúne 3,8 mil cooperados, que prestam serviços de limpeza e conservação para clientes públicos e privados, como shoppings centers, escritórios, consultórios, indústrias, condomínios comerciais e residenciais. Em 2024, esse trabalho resultou em R$ 201,4 milhões de faturamento, colocando a Cootravipa entre as três maiores do país em seu ramo de atuação, segundo o Sistema OCB.
“Por meio do cooperativismo de trabalho, contribuímos para reduzir desigualdades, gerar renda, fortalecer comunidades e cuidar do meio ambiente. Nossa atuação alia inclusão social com prestação de serviços de qualidade para a cidade, sempre buscando soluções inovadoras, sustentáveis e humanas”, conta a presidente da Cootravipa, Imanjara de Paula.
Ao longo de sua trajetória, a Cootravipa vem provando que é possível conciliar impacto econômico, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Com foco nas pessoas, a coop impulsiona a presença de mulheres em cargos de liderança e investe na capacitação dos profissionais para que eles possam ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.
Inovação cooperativista
A Cootravipa também é reconhecida pela oferta de serviços inovadores. Um deles é o Dronecoop, de limpeza de fachadas com uso de drones, aliando tecnologia e segurança para os colaboradores. Com os equipamentos, é possível alcançar grandes alturas sem a necessidade de andaimes ou estruturas complexas, reduzindo riscos para os trabalhadores e otimizando o tempo de execução.
Além de um bom exemplo de uso da tecnologia, a iniciativa também impulsiona a qualificação profissional dos cooperados, que passam por treinamento técnico para operar os drones, abrindo novas perspectivas profissionais. “Com soluções como essa, promovemos trabalho digno e desenvolvimento urbano sustentável”, ressalta a gestora da Cootravipa.
Impacto ampliado
Além dos cooperados, o trabalho da coop impacta diretamente mais de 10 mil pessoas de Porto Alegre, com projetos de empreendedorismo e educação ambiental. No programa Empreender para Crescer, a cooperativa capacita moradores de comunidades periféricas de Porto Alegre para que elas possam ter seus negócios e garantir renda para as suas famílias.
Já o Coleta Tri é uma solução tecnológica desenvolvida pela Cootravipa para otimizar a coleta seletiva de grandes geradores de resíduos recicláveis, como condomínios, supermercados, empresas e centros comerciais. Por meio de um aplicativo, os clientes podem agendar a retirada dos resíduos e acompanhar o processo em tempo real.
“Seja na limpeza urbana, na conservação de espaços públicos, na formação dos cooperados ou na implantação de tecnologias, cada ação da Cootravipa busca construir uma sociedade mais justa, resiliente e cooperativa, alinhada com os princípios da Agenda 2030”, acrescenta a presidente da cooperativa.
Conheça mais histórias transformadoras do cooperativismo na série SomosCoop na Estrada. Os episódios estão disponíveis no Youtube do Somoscoop.
SABER COOPERAR
Cooperativas estimulam consumo sustentável e cuidam do meio ambiente
Da palha do tucumã, uma palmeira nativa da Amazônia, mãos habilidosas produzem biojoias, cestos e mandalas, transformando um saber ancestral em fonte de renda e fortalecendo a economia de comunidades tradicionais de Santarém, no Oeste do Pará. O trabalho é realizado por cooperados da Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (Turiarte), que tem promovido o desenvolvimento sustentável na região com artesanato responsável e turismo de base comunitária.
Com 178 cooperados, a atuação da cooperativa impacta mais de mil pessoas de 12 comunidades e aldeias da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e é um exemplo de como o cooperativismo brasileiro tem contribuído para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12. Definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a meta global visa garantir o consumo e produção responsáveis para reduzir o desperdício de recursos naturais, incentivar a economia circular e estimular escolhas mais conscientes.
Mais do que peças de beleza singular, os produtos da Turiarte carregam histórias de sustentabilidade, preservação da floresta e valorização cultural. Ao transformar matéria-prima natural em arte com responsabilidade ambiental e social, a coop mostra que é possível aliar desenvolvimento e conservação da Amazônia.
“Nossa produção é feita totalmente em harmonia com a natureza. O artesão colhe de forma sustentável a fibra do tucumanzeiro e o tingimento da palha também é natural. Ele consegue produzir o artesanato sem precisar desmatar ou derrubar árvore alguma. Pelo contrário, nosso trabalho preserva o meio ambiente. Na etiqueta de cada peça, destacamos o nome da comunidade na qual foi feito o artesanato, então a gente traz essa valorização da produção local também”, destaca a diretora Presidente da Turiarte, Natália Dias.
A cooperativa paraense se estabeleceu no mercado com um posicionamento sustentável e alinhada ao consumo consciente, inclusive vendendo seus produtos para lojistas e instituições que defendem esses valores. Em sintonia com o ODS 12, a influência positiva se estende aos compradores e turistas que visitam as comunidades, criando um ciclo de conscientização e mudança de comportamento com relação à preservação da natureza.
“Nossa atuação sustentável também está no turismo de base comunitária, pois quando a pessoa vai até a comunidade, ela vê ali as pessoas em harmonia com a natureza e o consumo consciente. Então a gente acaba sensibilizando o visitante para não jogar lixo na rua, para manter um ecossistema mais vivo também. A floresta é o nosso lar, temos esse papel de cuidar e também de levar informações para quem nos visita”, ressalta a gestora.
Os impactos econômicos e sociais da Turiarte são visíveis nas comunidades. As mulheres artesãs cooperadas, por exemplo, hoje conseguem manter o sustento da casa, comprar material escolar para os filhos e contribuir com a alimentação, melhorando a qualidade de vida de suas famílias.
Além da garantia de renda digna e da preservação da floresta em pé, a cooperativa tem alcançado outro resultado de impacto para as comunidades locais: a manutenção dos jovens na região, por causa das oportunidades de trabalho e desenvolvimento. “Temos conseguido gerar renda dentro das comunidades, então eles não precisam deixar suas famílias para ir para áreas urbanas. É mais um reflexo do fortalecimento da economia local e da melhoria de vida dos cooperados”, afirma Natália Dias.
Cultura e consumo consciente
Em Natal, uma cooperativa criada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) também tem colocado o ODS 12 em prática mostrando que a reutilização é uma ferramenta para economizar recursos naturais e espalhar conhecimento.
Criada em 1977, a Livraria Cooperativa Cultural - CoopCult organiza feiras literárias e comercializa obras a preços acessíveis, em um trabalho que já ultrapassou os muros da universidade e se tornou referência na região.
“Um livro é considerado uma tecnologia absolutamente ecológica: você leva para todos os lugares, não quebra, não faz uso de energia elétrica”, compara a presidente do Conselho Administrativo da CoopCult, Wani Fernandes.
A cooperativa potiguar tem um acervo de 22 mil títulos, abrangendo as mais diversas áreas do conhecimento, e conta com uma rede parceira de 28 editoras nacionais. Com 2.983 cooperados, a coop reúne professores, alunos e técnicos administrativos das redes pública e privada de ensino do Rio Grande do Norte, além do público em geral.
Diariamente, cerca de 100 a 200 pessoas circulam pela livraria cooperativa em busca de livros, artigos de papelaria, serviços de copiadora e uma pausa para o café. Além disso, a CoopCult realiza eventos como lançamentos de livros, encontros mensais de clube de leitura, reuniões temáticas e concertos. Na programação anual, também são realizadas edições de Feiras do Livro e Festivais de Cultura por meio da cooperação com outras instituições de educação no estado.
A Livraria Cooperativa Cultural também contribui para a economia circular com o repasse de obras de seu acervo para a criação de bibliotecas ou renovação de algumas já consolidadas, como a da Cooperativa Educacional de Natal. Em outra iniciativa de consumo responsável, a CoopCult criou, no ano passado, o Projeto Livro Sustentável.
“O cliente doa livros e recebe um voucher para adquirir novos exemplares na nossa livraria, assim também estamos contribuindo para uma maior democratização do acesso ao livro”, afirma Wani Fernandes.
Para o próximo ano, a cooperativa cultural planeja a reestruturação do Projeto Biblioteca Itinerante, que tem como premissa o reuso e circulação de livros entre a comunidade leitora. “Esse projeto teve início em 2020, na época percorremos quatro cooperativas fazendo circular um box contendo livros da área do cooperativismo e de literatura em geral. A ideia é que ele possa ser retomado em breve”, adianta a gestora.
Cooperação para o consumidor do futuro
A produção sustentável é um tema que vem ganhando espaço entre as novas gerações de consumidores, cada vez mais atentos a empresas e organizações que atuam com valores, propósito e responsabilidade socioambiental. Para as cooperativas, essa agenda já faz parte do cotidiano e é colocada em prática em negócios que têm foco nas pessoas e compromisso com as comunidades e o meio ambiente.
“Conscientizar, racionalizar, reciclar e reutilizar não são apenas boas práticas, são estratégias vitais para garantir a sustentabilidade do planeta. Isso exige a articulação entre governos, empresas, cooperativas e consumidores, com políticas públicas eficazes, investimentos em inovação e uma mudança de mentalidade em toda a sociedade”, explica o analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Carlos Magno.
Com esse compromisso, as coops ajudam a preservar recursos naturais, conservar a biodiversidade, gerenciar corretamente os resíduos e promover o uso responsável de energia e água. “As cooperativas têm desempenhado um papel cada vez mais relevante no país na redução de resíduos e na promoção de políticas verdes, por meio de projetos concretos, programas estruturados e parcerias com foco em sustentabilidade”, ressalta o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
Impulso sustentável
Para apoiar as cooperativas brasileiras a adotar práticas de produção e consumo responsáveis, alinhadas ao ODS 12 e outras metas da ONU, o Sistema OCB tem desenvolvido um conjunto de ações integradas, conheça algumas:
Solução Neutralidade de Carbono: envolve 18 cooperativas de diferentes ramos, que juntas somam mais de 236 mil cooperados e 31 mil empregados. A iniciativa inclui consultoria especializada para inventariar emissões de gases de efeito estufa e identificar oportunidades de descarbonização.
Solução de Eficiência Energética: voltada à transição energética e ao uso de fontes renováveis (solar, eólica e biomassa), já beneficia 15 cooperativas, com impacto direto sobre 1,2 milhão de cooperados e mais de 71 mil empregados.
Programa de Negócios: fortalece mais de 100 cooperativas em 23 unidades da federação, especialmente aquelas ligadas à agricultura familiar, reciclagem e artesanato. O programa oferece apoio em organização interna, consultorias, capacitações e acesso a mercados.
15/08/2025

SABER COOPERAR
Com sustentabilidade e inclusão, cooperativas garantem energia limpa em várias partes do Brasil
Já pensou em utilizar energia solar? Se você mora em uma grande cidade, a instalação dos equipamentos para gerar eletricidade a partir da luz do sol pode ser complexa — especialmente em apartamentos ou imóveis alugados. Mas as cooperativas estão mudando esse cenário, garantindo o acesso de brasileiros de várias partes do país à energia fotovoltaica, com economia na conta de luz e contribuição para um futuro mais sustentável.
Com exemplos em várias partes do país, o cooperativismo brasileiro tem desempenhado um papel fundamental para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, meta definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas as pessoas.
No Paraná, a Cogecom, uma cooperativa criada em Curitiba, em 2017, tem se destacado como referência nacional no setor de energia limpa e atualmente atende a cerca de 50 mil cooperados. A coop atua no modelo de geração compartilhada, em que a energia é produzida de forma descentralizada em usinas renováveis parceiras, localizadas no interior do estado ou zonas rurais.
A eletricidade ingressa no sistema interligado e gera um crédito equivalente na conta de luz do cooperado, que continua recebendo o serviço de uma distribuidora convencional, mas com descontos que chegam até 20%.
“Mais do que economizar, o cooperado se posiciona como agente de transformação. Além disso, a escolha pela energia cooperativa é um ato de responsabilidade coletiva diante das mudanças climáticas”, destaca a gerente de Marketing da Cogecom, Cleide Marchi.
Com o lema “Energia para todos”, a cooperativa tem cerca de 2 mil usinas solares e hidrelétricas parceiras e atua em oito estados brasileiros, em um total de 450 megawatts (MW) de potência instalada.
“Já geramos mais de R$ 30 milhões em economia para os cooperados, resultado da produção de mais de 350 milhões de kWh em energia renovável”, destaca Cleide Marchi. O impacto ambiental da atuação da Cogecom também impressiona: mais de 28 mil toneladas de dióxido de carbono (CO²) foram neutralizadas graças à geração de energia de fontes renováveis.
A coop paranaense é um exemplo do compromisso das cooperativas brasileiras de energia – que integram o ramo Infraestrutura – com a construção de uma matriz energética mais diversificada e sustentável, permitindo que mais pessoas tenham acesso a fontes renováveis com qualidade e preço justo.
“A presença cooperativista não apenas democratiza o acesso à energia limpa, como também fortalece um sistema elétrico mais descentralizado, eficiente e justo, ao mesmo tempo em que contribui para a economia local”, ressalta a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.
Energia limpa e sustentabilidade
Do outro lado do país, no pequeno município de Vale do Paraíso, em Rondônia, a Cooperativa Familiar de Energia Solar e Soluções Sustentáveis (Coopfass), fundada em 2021, gera energia solar para 20 famílias de cooperados. A inovação tem transformado a comunidade de 6 mil habitantes e impulsionado outras soluções sustentáveis.
Tudo começou quando algumas famílias da região começaram a buscar alternativas para reduzir os gastos com a conta de luz. Juntas, elas conseguiram comprar e instalar um sistema para geração compartilhada de energia solar fotovoltaica.
“Nesse modelo, chamado de prossumidor, os cooperados são tanto consumidores quanto produtores de energia solar fotovoltaica por meio de um investimento em conjunto na infraestrutura. Cada cooperado investe na proporção de seu consumo e recebe proporcional à geração total da energia injetada”, explica a diretora técnica administrativa da cooperativa, Regina Rocha.
Com geração e distribuição de 2,5 Megawatt/hora por mês, em média, a cooperativa tem viabilizado a redução de até 40% na conta de luz dos cooperados. O uso da energia solar no lugar de outras fontes menos renováveis já evitou a emissão de 57 toneladas de dióxido de carbono (CO²), gás que agrava as mudanças climáticas.
“A diversificação de fontes de energia é fundamental para aumentar a segurança energética e garantir um futuro mais sustentável. Aqui na Coopfass temos uma fonte de energia acessível, confiável e moderna. A vantagem para o associado se traduz em ganho econômico, com redução na conta de luz, e coletivo, com a contribuição para o planeta”, destaca a diretora.
Além de gerar energia limpa, a cooperativa também promove iniciativas de reflorestamento com espécies nativas, projetos de educação ecológica e ambiental em escolas públicas da cidade e de recuperação de nascentes. Segundo Regina, o objetivo é conscientizar a comunidade sobre os benefícios ambientais e econômicos da energia limpa e de ações sustentáveis, com informações claras e acessíveis.
“Sabemos que a energia impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Participar da transição para energias renováveis é um investimento em um futuro mais saudável, para a construção de uma economia mais resiliente. Queremos que a transição para fontes de energia renovável ocorra de forma justa para todos”, acrescenta a gestora.
Cooperação para o ODS 7
Assim como a Cogecom e a Coopsfass, em várias partes do país, as cooperativas garantem energia em regiões rurais ou afastadas dos grandes centros urbanos, ampliam o alcance à energia limpa, promovem inclusão energética e reduzem as desigualdades no acesso a serviços básicos. Ao investir em fontes renováveis e incentivar o consumo consciente, as cooperativas também tornam possível uma transição energética justa, fortalecendo comunidades e contribuindo ativamente para a mitigação das mudanças climáticas.
“Ao unir pessoas com o mesmo objetivo, o modelo cooperativo reduz custos, gera impacto ambiental positivo e cria uma nova consciência de consumo energético. A energia do futuro está sendo construída agora, de forma compartilhada, participativa e solidária”, acrescenta Fabíola Nader Motta.
Pioneirismo no Nordeste
Em João Pessoa (PB), a Coopsolar, primeira cooperativa de energia renovável do Nordeste, também está ampliando o acesso à eletricidade de fonte solar por meio da geração compartilhada. A coop paraibana tem dez unidades geradoras fotovoltaicas, instaladas na Região Metropolitana de João Pessoa e no interior do estado, e atende a 127 cooperados.
A Coopsolar oferece duas possibilidades de participação: o cooperado pode investir na usina ou optar apenas pela locação dos ativos de geração. Em ambos, os cooperados têm benefícios diretos na conta de luz – com economia de até 15% por mês, além de dar sua contribuição para o meio ambiente.
“Este modelo surgiu como forma de atender uma maior quantidade de consumidores pela viabilidade”, explica o diretor-presidente da cooperativa, Eduardo Braz. “Abrir novos caminhos é sempre um desafio, mas nossa experiência cooperativista tem trazido resultados muito positivos. A energia produzida nas nossas dez unidades geradoras durante um ano equivale à redução de 332 toneladas de CO², ou à preservação de 1.326 árvores”, compara.
Energia cooperativa
O cooperativismo brasileiro tem intensificado esforços no desenvolvimento de projetos de energia renovável para mitigar as mudanças climáticas e promover um futuro mais sustentável. Em 2024, 906 coops do país produziram sua própria energia, representando 22% de todo o setor, segundo dados do AnuárioCoop 2025.
Elas reúnem 4.914 empreendimentos de geração – a maioria fotovoltaica – e somam 550,4 MW de potência instalada. Os projetos cooperativistas já estão presentes em todas as regiões brasileiras, operando em mais de 650 municípios e promovendo o uso de energias renováveis.
Há cooperativas que geram a própria energia em todos os ramos, com destaque para o de infraestrutura, que representa 73,84% da energia gerada por cooperativas no Brasil; e o agropecuário, setor em que o custo da eletricidade tem grande impacto sobre os negócios.
Além de garantir benefícios econômicos com a redução de gastos com a conta de luz, a energia cooperativa também fomenta investimentos locais e democratiza o acesso à energia, assegurando transparência nos custos e o empoderamento dos cooperados.
07/08/2025

SABER COOPERAR
Cooperativas constroem cidades mais sustentáveis e inclusivas
Na maior cidade do país, uma cooperativa recicla diariamente cerca de 700 quilos de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, como celulares, computadores e eletrodomésticos, garantindo a separação de materiais que podem voltar a ser utilizados e a destinação correta da parte não reciclável. A quantidade de material processado e o impacto socioambiental fazem da Cooperativa de Trabalho, Produção, Reciclagem e Gestão de Resíduos Sólidos (Coopermiti) uma referência nacional de gestão do chamado lixo eletrônico.
Pioneira no Brasil a firmar um convênio com um órgão público para gerenciar esse tipo de resíduos, a coop atua desde 2009 em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Entre os serviços prestados, a Coopermiti recebe materiais por entrega voluntária, agenda coleta e recolhe em pontos de entrega oficiais. Os resíduos passam por uma triagem e seguem para reciclagem, reutilização, reforma para doação ou descarte correto.
O trabalho realizado pela cooperativa paulistana está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 – Cidades e comunidades sustentáveis, uma das metas da Organização das Nações Unidas (ONU) para construir um mundo mais justo e próspero até 2030.
Com 29 cooperados, a Coopermiti já gerenciou mais de 7 mil toneladas de lixo eletrônico e recebeu ou coletou mais de 18 mil equipamentos em 16 anos de atuação. Ao reciclar o lixo eletrônico, a cooperativa contribui para aumentar o ciclo de vida dos recursos já retirados da natureza, evitando novas extrações e dando destino adequado a resíduos que poderiam contaminar o solo ou as águas.
“Somos um projeto socioambiental que, por meio da reciclagem, gera trabalho, renda e capacitação, além de promover a educação ambiental e a cultura”, destaca o diretor presidente da cooperativa, Alex Luiz Pereira.
Para ampliar sua atuação para uma cidade mais sustentável, a coop desenvolve projetos ambientais com escolas e presta consultoria e assessoria para instituições interessadas em descartar corretamente o lixo eletrônico. Uma das iniciativas que mais chama a atenção é um museu itinerante de antiguidades tecnológicas, criado para ensinar às novas gerações um pouco da história do consumo de bens eletroeletrônicos e cultura digital. O acervo inclui máquinas de escrever, telefones, computadores, videogames antigos e outros aparelhos que contam a trajetória da digitalização no país.
“O museu é sempre bem recebido. Em cada exposição em escolas, eventos, empresas e feiras, as pessoas sentem uma atração e uma certa nostalgia pelos itens que tiveram em casa ou na casa dos avós e outros que já utilizaram para brincar, como os videogames, e aqueles que usaram no trabalho, como os computadores”, conta Pereira.
Cooperativas e o impacto ambiental e social
Assim como a Coopermiti, diversas cooperativas pelo Brasil também trabalham para tornar as cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, contribuindo diretamente para o ODS 11.
Na gestão de resíduos sólidos, por exemplo, as coops lideram a coleta seletiva e a logística reversa no país, por meio do trabalho de milhares de agentes de reciclagem que encontraram no cooperativismo uma oportunidade para entrar no mercado formal. Em conjunto com associações de catadores, as cooperativas foram responsáveis pela coleta de 1,68 milhão de toneladas de resíduos recicláveis em 2023, de acordo com o Anuário da Reciclagem 2024.
Além de organizar e sistematizar o processo de reciclagem no país, gerando números positivos para a coleta seletiva em território nacional, outro resultado direto desse trabalho é o impacto no planeta para as gerações futuras. Com a reciclagem, as atividades dos catadores em 2023 evitaram o uso de 6,2 milhões de MegaWatt/hora de energia; 11,7 milhões de árvores; 17,2 bilhões de litros de água; e 328,7 mil toneladas de petróleo, segundo dados do mesmo levantamento.
A reunião desses profissionais em cooperativas também gera formalização, emprego digno e distribuição das sobras para os catadores, trazendo qualidade de vida para cada cooperado que muitas vezes se encontrava em situação de vulnerabilidade antes de se associar. Em 2023, por exemplo, as organizações de catadores obtiveram um faturamento de R$ 1,36 bilhão com a venda dos materiais para reciclagem.
Um exemplo dessa atuação vem de Rio Verde (GO), onde a Coop-Recicla promove a reciclagem de cerca de 210 toneladas de resíduos por mês, colaborando com a destinação correta do lixo gerado pelos 238 mil habitantes da cidade.
Com 40 cooperados, a cooperativa é responsável pela coleta seletiva e separação dos materiais recicláveis, reduzindo a quantidade de lixo nos aterros sanitários e melhorando a qualidade ambiental da região. A destinação correta de resíduos evita a contaminação do solo e da água e reduz a emissão de gases de efeito estufa, o que torna a cidade mais resiliente frente às mudanças climáticas.
“Além disso, geramos trabalho digno e renda para os cooperados, promovendo inclusão social e valorização dos catadores. Esses trabalhadores, antes muitas vezes informais, agora têm acesso a uma fonte estável de renda e melhores condições de trabalho”, ressalta o presidente da Coop-Recicla, Divino Teles.
Por meio da intercooperação com outras cooperativas da cidade, a Coop-Recicla também tem promovido a capacitação e a inclusão financeira de seus cooperados, com impactos para a economia local. “A intercooperação com a Comigo, o Sicoob Empresarial, o Sicredi e o apoio da Prefeitura de Rio Verde fortalece a estrutura da cooperativa, amplia seu alcance e garante apoio técnico e financeiro para novos projetos”, afirma o gestor.
A atuação da coop é tão valorizada pelos rioverdenses que a comunidade se mobilizou em uma rifa para apoiar a compra do caminhão para coleta seletiva da Coop-Recicla. O próximo passo é ampliar a atuação na região e instalar filiais em outras cidades do sudoeste goiano, como Chapadão do Céu e Piranhas.
Sementes para o futuro
As cooperativas brasileiras também têm contribuído para o ODS 11 com iniciativas para tornar as cidades e comunidades mais inclusivas. No Rio Grande do Sul, a Cotrijal, uma das maiores cooperativas agropecuárias do estado, tem transformado a realidade de pessoas com deficiência em um projeto que combina preservação ambiental e inclusão.
No Viveiro da Cidadania, em Passo Fundo, 54 colaboradores com deficiências intelectuais ou múltiplas produzem mudas de árvores nativas para reflorestar áreas degradadas nas fazendas de cooperados. A oportunidade garante carteira assinada, salário, participação nos resultados e outros benefícios, e, principalmente, cidadania.
Desde a criação do viveiro, em 2019, mais de 42 mil mudas já foram distribuídas e a expectativa é chegar a 25 hectares reflorestados até o fim deste ano. “Aqui eles desenvolvem atividades de coleta de sementes, preparo germinativo, plantio e manutenção de mudas de árvores nativas em uma estrutura física toda adaptada e acessível, construída pela Cotrijal ao lado da sede da APAE [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais] de Passo Fundo”, explica a coordenadora do Viveiro de Cidadania, Maria Carolina Rovani.
Além dos colaboradores do viveiro, a Cotrijal emprega mais 127 pessoas com deficiência em vários setores, como a auxiliar de produção Laiziane Mendes, que se orgulha de ser cooperativista. “As pessoas diziam que eu nunca ia conseguir trabalhar, mas eu consegui! Coisas que eu nem imaginava fazer, agora estou fazendo. Eu tenho capacidade para trabalhar”, comemora.
Sua colega de trabalho, Aléxia Soares Damo, sente orgulho por pagar a faculdade de Pedagogia com o salário que recebe na Cotrijal. “É um sentimento muito bom a gente ter o próprio dinheiro”, conta, entusiasmada.
A coordenadora de Meio Ambiente da Cotrijal, Deisi Sebastiani, afirma que a coop contribui para o desenvolvimento de comunidades rurais e urbanas mais sustentáveis, inclusivas e resilientes com o fortalecimento da economia local, manutenção de famílias no campo e geração de emprego e renda. Além disso, promove práticas agrícolas sustentáveis entre seus 17 mil cooperados, disponibiliza infraestrutura e serviços que beneficiam a comunidade e fomenta a cultura de cooperação e solidariedade.
“Promovemos o trabalho coletivo e o desenvolvimento humano, valores que fortalecem o tecido social das comunidades onde estamos inseridos, tornando-as mais participativas, organizadas e preparadas para enfrentar desafios coletivos”, afirma.
30/07/2025

SABER COOPERAR
Cooperativas ajudam a reduzir desigualdades com trabalho, renda e inclusão
Todos os dias, o coop transforma a vida de milhares de pessoas, no Brasil e no mundo. Ao fazer isso, contribuímos com um dos mais importantes objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU: reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles (ODS 10). Entre as muitas histórias que podemos contar sobre o assunto, uma se destaca por ter dado oportunidade a um dos públicos mais vulneráveis da nossa sociedade: pessoas em situação de rua.
Tudo começou em 2020, logo no início da pandemia de Covid-19. As ruas ficaram vazias e quem lá vivia ficou ainda mais exposto não só ao vírus, mas à fome e ao desamparo. Preocupada com a situação, a Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte passou a produzir lanches para levar para essa população. Sete deles foram inclusive contratados para produzir o alimento e, com isso, passaram a receber uma renda fixa todo mês. O valor, apesar de pequeno, foi suficiente para lhes devolver a dignidade e acendeu neles o desejo de mudar de vida.
Com o fim da crise sanitária, já conscientes da importância de trabalhar para garantir o próprio sustento, eles decidiram empreender. Com o apoio do Sistema Ocemg — entidade de representação do coop mineiras —, eles montaram a primeira do estado formada por pessoas em situação de rua: a Cooperativa de Trabalho Solidário Sabor do Canto,
“Na minha vida, tudo mudou depois da cooperativa”, disse, emocionada, Fabiana Cristina Fernandes, presidente da Sabor do Canto. “Meus filhos estão mais próximos de mim, e pude dar a eles coisas que nunca tive. Hoje, eles têm uma cama para dormir, uma televisão em casa... Tudo isso foi possível com o dinheiro da cooperativa. Antes, a gente dormia em colchão no chão, até em papelão. Hoje, graças a Deus, temos uma cama."
CIDADANIA
Ao criar oportunidades de trabalho e renda para quem mais precisa, as cooperativas têm facilitado a entrada de pessoas em situação de vulnerabilidade no mercado formal, ajudando a construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Hoje, todos os cooperados da Sabor do Canto têm uma casa para morar e uma renda fixa mensal superior a um salário-mínimo para se manter. Eles continuam trabalhando com a produção de alimentos, mas diversificaram a produção.
“No começo, a gente produzia lanches para pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente nos Centros Pop da capital mineira, que compravam diretamente da cooperativa”, recorda Fabiana. “Recentemente, o contrato com a Prefeitura acabou e passamos a oferecer serviços de coffee break, catering e kit lanches”.
A Sabor do Canto também comercializa biscoitos de leite ninho e queijadinha à granel em uma lojinha no Mercado Novo, um reduto da cultura mineira no coração de Belo Horizonte. Mais recentemente, entrou para uma plataforma de delivery onde vende marmitas e sanduíches.
“Quando nos tornamos uma cooperativa, passamos a ser mais respeitados”, constata Silas César de Oliveira, um dos cooperados. “Antes, éramos vistos apenas como pessoas que vinham da rua, sem grandes perspectivas. Hoje, somos pessoas com documentos, coisa que não tínhamos antes, e já fizemos até cursos profissionalizantes. A verdade é que somos empreendedores, e as pessoas começaram a nos enxergar de uma forma diferente. Isso fez toda a diferença na nossa autoestima e nas portas que se abriram para nós.”
Vale destacar: além dos benefícios diretos para os cooperados, uma pesquisas realizada pelo Sistema OCB em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) comprova: a presença de uma cooperativa melhora os indicadores sociais e econômicos das cidades onde elas atuam, com mais emprego e renda e fortalecimento dos negócios locais.
De acordo com o estudo, municípios com cooperativas registram um incremento médio de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, 18% a mais que a média nacional. Além disso, há 28,4 empregos a mais por 10 mil habitantes nessas cidades.
PROSPERIDADE NO CAMPO
Em Carnaubal, no interior do Ceará, a Cooperativa Agropecuária dos Agricultores Familiares da Região Norte do Ceará (Coopenort) tem ajudado a transformar uma das áreas mais pobres do estado com o lema “Cooperando para crescer”. Criada em 2019, a coop é referência em produção sustentável e impacto social, com resultados que unem segurança alimentar, inclusão produtiva e redução de desigualdades.
Juntos, os 54 agricultores familiares cooperados produzem e comercializam frutas, verduras e hortaliças frescas, além de polpa de frutas. Os produtos chegam a 80 cidades do Ceará e do Piauí, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região. Em quatro anos, os números são expressivos: o faturamento da Coopenort passou de R$ 465 mil em 2020 para R$ 12,6 bilhões em 2024, refletindo a eficiência da gestão e planejamento estratégico.
“Hoje o sistema cooperativista é o único modelo de negócio que consegue equiparar os pequenos com os grandes, tudo isso com base na união de forças de pessoas que querem empreender, evoluir e competir com os grandes comerciantes e produtores. Este é o modelo de trabalho do futuro, com pessoas que querem mudar de vida e se unem em prol desse objetivo”, destaca o diretor presidente da Coopenort, Daniel Sousa.
Para garantir suporte aos produtores, a cooperativa comercializa adubos e irrigadores e oferece assistência técnica especializada – da escolha das sementes ao manejo do solo. Com base nos princípios ESG, de sustentabilidade ambiental, social e governança, a Coopenort também realiza projetos para a comunidade, ampliando os benefícios para além dos cooperados. Entre as iniciativas, estão palestras sobre educação ambiental em escolas da região e ações de reflorestamento. “Trabalhamos juntos para semear esperança e colher prosperidade, isso é cooperativismo”, resume Sousa.
17/07/2025

SABER COOPERAR
Sistema OCB e ANM debatem regulamentação da lavra garimpeira
Reunião abordou ajustes na Resolução 208/2025 e propostas para garantir segurança jurídica e continuidade produtiva do setor
O Sistema OCB se reuniu nesta terça-feira (15) com o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa, para discutir temas prioritários para o cooperativismo mineral. Entre os principais pontos, estiveram em pauta a regulamentação da Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) e os impactos da Resolução ANM nº 208/2025 nas operações das cooperativas.
O Sistema OCB representa atualmente 82 cooperativas minerais em todo o país, reunindo mais de 38 mil garimpeiros cooperados. Em 2024, essas cooperativas possuíam 656 títulos minerários em produção, comercializaram 6,9 milhões de toneladas de minérios e recolheram R$ 34,8 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).
Durante o encontro, a entidade se dispôs a apresentar uma proposta unificada das cooperativas minerais em resposta à Resolução 208/2025, que estabeleceu novos limites máximos para áreas de PLG e reforçou a importância do fortalecimento do diálogo com a agência, por meio de um acordo de cooperação técnica que segue em tramitação dentro da mesma. Segundo a gerente geral Fabíola Nader Motta, a assinatura do acordo é importante para formalizar a parceria entre as entidades, e promover o alinhamento de objetivos e a troca de conhecimentos.
Com relação a resolução, a analista técnica institucional do sistema OCB, Letícia Monteiro, juntamente com o coordenador nacional da câmara temática das cooperativas minerais, Gilson Camboim, ressaltaram que a norma, como está, pode comprometer a operação de cooperativas que atuam em diversas substâncias minerais, como ouro, diamante, quartzo e calcário. “É fundamental que a regulamentação considere as especificidades do modelo cooperativista e garanta segurança jurídica para que as cooperativas possam continuar gerando trabalho, renda e inclusão social em várias regiões do Brasil”, destacou Letícia.
Aprimoramentos
A reunião debateu temas importantes para a consolidação de uma proposta a ser apresentada pelo Sistema OCB solicitando ajustes na resolução, incluindo:
Preservação das dimensões de áreas requeridas antes da publicação da norma.
Modelo de transição justa, evitando impactos abruptos na operação das cooperativas.
Estabelecimento de um canal de diálogo para compartilhamento de informações relevantes para o fortalecimento do cooperativismo.
Ainda de acordo com Fabíola, o objetivo é garantir que o setor continue atuando com competitividade. “Queremos avançar em soluções conjuntas com a ANM, construindo um ambiente regulatório justo e eficiente para as cooperativas que atuam na mineração. Acreditamos que o diálogo institucional é o caminho mais assertivo para alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental”, reforçou.
Outros temas estratégicos
Além da PLG, o Sistema OCB levou à ANM preocupações sobre a morosidade nos processos de certificação do Processo Kimberley, essencial para a comercialização legal de diamantes, a agência apresentou formas para que as cooperativas alcancem a celeridade neste processo. O diretor-geral Mauro Sousa destacou a importância do cooperativismo no setor mineral e se mostrou aberto ao diálogo para buscar soluções equilibradas.
Relevância
O cooperativismo mineral tem papel relevante na economia e no desenvolvimento regional, especialmente em áreas remotas do país. Além de promover a inclusão social de milhares de garimpeiros, as cooperativas contribuem com a arrecadação de tributos e a formalização de atividades tradicionais.
“Trabalhamos para que as cooperativas minerais continuem sendo protagonistas de um modelo produtivo sustentável e responsável. É essencial que o marco regulatório reconheça essa contribuição e não crie obstáculos desproporcionais ao setor”, concluiu a gerente-geral do Sistema OCB.
Saiba Mais:
Cooperativismo leva voz do Brasil a fórum sobre dados ambientais
Sistema OCB se reúne com ministérios para ampliar emprego e renda
Conselho do Ramo Transporte debate avanços e estratégias para o setor
15/07/2025

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

LGPD
26/06/2025
Videomonitoramento e proteção de dados
A presença de câmeras de segurança tem sido cada vez mais frequente em todos os lugares, inclusive nas cooperativas, que, evidentemente, se preocupam com a segurança de seus ambientes.

LGPD
29/05/2025
Agentes de Tratamento de Pequeno Porte
Todas as organizações, sem exceção, devem cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
LGPD
Gestão de terceiros e LGPD
A proteção de dados pessoais não se limita apenas ao ambiente interno da cooperativa.
18/04/2025

LGPD
Cuidados com Dispositivos Móveis
Os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes em nossas rotinas de trabalho. Hoje, nossos celulares são ferramentas indispensáveis, essenciais para contato com cooperados, clientes, colaboradores e parceiros.Mas temos de lembrar que os dispositivos móveis estão expostos a ameaças de segurança que podem comprometer dados pessoais e informações confidenciais. Não é à toa que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) fala muito em segurança, embora não nos diga quais medidas tomar para alcançá-la.Confira algumas das boas práticas em segurança de dispositivos móveis.
1. Mantenha Tudo Atualizado
Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos devem ser mantidos atualizados. Atualizações não só adicionam novos recursos, mas também corrigem falhas de segurança. Sempre que uma vulnerabilidade é descoberta, os desenvolvedores correm para lançar uma atualização que a corrija. Se você deixa as atualizações do seu dispositivo em segundo plano, o seu dispositivo pode ser comprometido.
2. Bloqueio de tela
Além das ameaças que vem por meio da internet, também temos de pensar na segurança física do seu dispositivo. Isso começa no bloqueio de tela. Use algum método de bloqueio, de preferência uma senha. Essa é a sua primeira linha de defesa contra acessos não autorizados, especialmente em caso de perda ou roubo do dispositivo. Importante! Configure seu dispositivo para que ele seja automaticamente bloqueado após um período de inatividade.
3. Instale Apenas Aplicativos Oficiais
Evite colocar seu dispositivo em risco com aplicativos de fontes duvidosas. É recomendado baixar apps apenas das lojas oficiais (Google Play Store ou App Store). Se o dispositivo for corporativo, sempre consulte a equipe de TI antes de instalar novos aplicativos.
4. Remova Aplicativos Não Utilizados
Cada aplicativo instalado em seu dispositivo pode trazer consigo riscos e vulnerabilidades próprias. Muitos aplicativos pedem permissões excessivas ou não são mais atualizados, o que aumenta a superfície de ataque do seu dispositivo. Por isso, remova aplicativos que você não usa.
5. Cuidado com Redes Wi-Fi Públicas
Usar redes públicas de Wi-Fi, por exemplo, em restaurantes ou cafeterias, aumenta os riscos de segurança do seu dispositivo. Pessoas com acesso à mesma rede que você tem maior chance de interceptar informações e de comprometer o seu aparelho. Caso não tenha acesso a uma rede confiável, priorize o acesso à internet por dados móveis e evite ao máximo usar redes públicas.
6. Rastreamento de Dispositivo
Ative funções de localização remota em seu dispositivo. Ferramentas como "Encontrar Meu iPhone" (para iOS) ou "Encontre Meu Dispositivo" (para Android) permitem rastrear seu celular e bloquear o acesso em caso de roubo ou perda. Assim, mesmo que o dispositivo seja perdido, você terá a chance de proteger suas informações à distância.
7. Antivírus
A instalação de um antivírus no seu dispositivo móvel é recomendada para a proteção contra malwares. Ele oferece uma camada extra de segurança, especialmente quando você baixa aplicativos ou navega na internet. A proteção adicional pode prevenir ataques e manter seu aparelho mais seguro.
Não esqueça
A segurança dos dispositivos móveis da sua cooperativa depende das suas ações. Se você adotar as práticas indicadas acima, você diminuirá dramaticamente os riscos.Gostou do tema? Nos acompanhe e fique por dentro das melhores práticas em Segurança da Informação.
24/03/2025

LGPD
Avança a fiscalização do uso de dados pessoais no Brasil
O tratamento de dados pessoais, apesar de essencial para as atividades de qualquer cooperativa, é um risco crescente. As ações de fiscalização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) têm se intensificado, e as organizações que não cumprirem com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estão sujeitas a multas expressivas e sanções administrativas. Confira os recentes movimentos da ANPD:
1️⃣ Coleta da Íris
Uma empresa estrangeira chamada Tools for Humanity têm coletado imagens da íris de brasileiros, em troca de compensações financeiras. A ANPD determinou a suspensão dessas compensações pela entrega das imagens, visto que o incentivo financeiro pode ser prejudicial ao livre consentimento. Ocorre que o consentimento para o tratamento de dados pessoais deve ser dado livremente, e não em troca de vantagem financeira. Agravando a situação, a íris é um dado biométrico, considerado dado pessoal sensível pela LGPD, de modo que seu tratamento exige cuidados adicionais.
Saiba mais clicando aqui.
Para as cooperativas, essa ação da ANPD reforça a necessidade de cuidados específicos quando o tratamento de dados pessoais se justifica no consentimento. Há formas específicas de coletar o consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento. Além disso, as cooperativas devem estar atentas que o tratamento de dados pessoais sensíveis exige cuidados redobrados e análises detalhadas dos riscos envolvidos no seu tratamento.
2️⃣ Redes de Farmácia
Em outro caso, a ANPD concluiu a fiscalização de redes de farmácias e exigiu ajustes como, por exemplo, facilitar o acesso dos titulares a informações sobre o tratamento dos seus dados. As farmácias também deverão entregar diversos documentos à Autoridade. Por ter identificado irregularidades, a ANPD também instaurou processo administrativo sancionador a fim de investigar a possibilidade de venda de perfis de consumo a partir do histórico de compras nas farmácias.
Saiba mais clicando aqui.
Para as cooperativas, fica a lição de que dados pessoais devem ser tratados sempre com transparência e a partir de objetivos legítimos. Documentar as operações de tratamento de dados pessoais e adotar medidas efetivas de transparência é essencial para que a cooperativa se mantenha em conformidade com a lei.
3️⃣ Reconhecimento facial em estádios
A ANPD também está fiscalizando o uso de sistemas de reconhecimento facial por 23 clubes de futebol, que usam a tecnologia para a venda de ingressos e controle de entrada nos estádios. O reconhecimento facial depende do cadastro da biometria facial, que é um dado pessoal sensível. Por isso, seu tratamento exige uma série de cuidados especiais.
Saiba mais clicando aqui.
As cooperativas também usam dados pessoais sensíveis. Mesmo que a biometria não seja utilizada, informações de saúde, etnia ou eventual filiação sindical são dados pessoais sensíveis, e o tratamento deve ser realizado a partir de fundamentos legais específicos.
Vamos com calma!
Se a sua cooperativa tem dúvidas, não se preocupe. Cada uma dessas iniciativas da ANPD envolve novas tecnologias e complexidades. Além disso, aplicar a legislação de proteção de dados pessoais no contexto dessas tecnologias requer uma cautela ainda maior.
O importante é saber que a ANPD está vigilante em relação às organizações que utilizam dados pessoais, incluindo as cooperativas. Acompanhe nossas publicações para manter sua organização informada e preparada.
26/02/2025

LGPD
A importância do programa de conformidade com a LGPD nas cooperativas
A proteção de dados pessoais e a segurança das informações são cada vez mais relevantes diante do aumento de fraudes digitais. Com cada vez mais serviços e transações acontecendo no ambiente digital, garantir a privacidade e segurança das informações passou a ser uma necessidade estratégica para as cooperativas e para todo o tipo de organização.
Não é à toa que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), em parceria com as autoridades de proteção de dados da França (CNIL) e da Coreia do Sul (PIPC), elaborou um mangá educativo para conscientizar jovens sobre a importância da proteção de dados. O material, disponível aqui, mostra como boas práticas podem evitar riscos no ambiente digital. Além disso, o SERPRO lançou uma HQ educativa, que aborda privacidade e segurança da informação de forma acessível e lúdica. Saiba mais clicando neste link.
O que isso significa para as cooperativas?
Cooperativas lidam com grande volume de dados pessoais, incluindo informações cadastrais e financeiras, além de dados pessoais sensíveis de seus colaboradores, cooperados e diversas informações confidenciais. Além de empregar todos os meios para proteger os dados pessoais, as cooperativas também precisam mostrar à ANPD, que seguem a LGPD e que adotam uma série de controles de privacidade e de segurança.
Um programa de conformidade com a LGPD permite:
✅ Reduzir riscos de fraudes, vazamentos e uso indevido de dados;
✅ Fortalecer a confiança dos cooperados e clientes;
✅ Demonstrar conformidade, a fim de prevenir sanções administrativas e processos judiciais.
Como funciona um Programa de Conformidade com a LGPD?
A implementação de um programa eficaz é um trabalho complexo, e envolve uma série de medidas multidisciplinares que afetam toda a cooperativa. Abaixo, algumas das tarefas mais importantes que compõem o Programa de Conformidade:
1️⃣ Mapeamento de dados: Identificação de todas as atividades da cooperativa que envolvem dados pessoais, incluindo sua coleta, uso e armazenamento.
2️⃣ Nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados (DPO): Responsável pela coordenação do Programa de Conformidade, sendo sua nomeação uma imposição da Lei.
3️⃣ Definição de políticas internas: Elaboração de diversas Políticas e Normas Internas para adequar a conduta dos envolvidos à Lei, de forma que deverão seguir diversas regras sobre privacidade e segurança no seu dia a dia.
4️⃣ Treinamento da equipe: Conscientização sobre proteção de dados e segurança, com a adoção de boas práticas internacionalmente reconhecidas para conservar a privacidade dos titulares dos dados usados pela cooperativa.
5️⃣ Criação de canais de atendimento: Meios de comunicação específicos, nos termos da LGPD, para que os titulares dos dados pessoais possam exercer seus direitos.
6️⃣ Medidas de privacidade e segurança: Tecnologias e práticas para prevenir incidentes de segurança e manter a confidencialidade das informações críticas para a cooperativa.
Saiba mais:
Em Como se adequar à LGPD? As cooperativas têm à disposição um modelo de projeto de adequação à LGPD dividido em 05 (cinco) etapas.
Não se esqueça!
Adequar-se à LGPD vai além do cumprimento legal – é um diferencial para as cooperativas. Um Programa de Conformidade eficaz minimiza riscos, fortalece a transparência e garante privacidade e segurança.
Quer saber mais? Nos acompanhe e fique sempre por dentro das informações mais relevantes sobre proteção de dados pessoais e segurança da informação.
06/02/2025

LGPD
A ANPD começou a fiscalizar 20 grandes empresas
A ANPD começou a fiscalizar 20 grandes empresas que não cumpriram as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
07/01/2025

LGPD
O uso de senhas fortes
A gestão de senhas é um desafio comum e recorrente. As cooperativas precisam provavelmente de acesso a inúmeros sistemas, cada um exigindo uma senha diferente. Lembrar-se de todas elas e manter a sua confidencialidade pode ser uma tarefa árdua, especialmente quando elas seguem padrões complexos.
Apesar dessas dificuldades, manter em segurança as senhas de acesso utilizadas é fundamental. Acontece que o ambiente digital é constantemente ameaçado por organizações criminosas e indivíduos mal-intencionados, que estão sempre renovando as suas técnicas para acessar os dados pessoais e informações relevantes das cooperativas. Se a sua cooperativa pensa que nunca será alvo de um ataque cibernético, lhe convidamos a refletir sobre este ponto. Dados pessoais e informações comerciais têm grande valor, e são negociadas por somas consideráveis em mercados paralelos.
Como se prevenir?
Com tantas ameaças, é essencial que as cooperativas revejam periodicamente as suas práticas na escolha e gestão de senhas. As boas práticas recomendadas há alguns anos podem já não ser mais suficientes atualmente. Abaixo, estão algumas das mais importantes orientações atualizadas, em acordo com as recentes boas práticas internacionais:
Opte por senhas longas
Em vez de focar em senhas excessivamente complexas com números e caracteres especiais, recomenda-se priorizar o comprimento. Uma prática moderna é utilizar uma frase inteira, que faça sentido apenas para o usuário.
Quanto maior a senha, maior a segurança. Idealmente, as senhas devem ter, no mínimo, 15 caracteres. Pode parecer excessivo, mas uma senha longa é muito mais fácil de lembrar do que uma senha complexa.
Adapte-se às limitações dos sistemas
Alguns sistemas podem não aceitar senhas muito longas. Nesse caso, ainda vale a recomendação tradicional: inclua uma combinação de números, caracteres especiais e letras maiúsculas e minúsculas para aumentar a segurança.
Habilite o duplo fator de autenticação (2FA)
Sempre que possível, ative o duplo fator de autenticação. Esta funcionalidade adiciona uma camada extra de segurança, exigindo um segundo método de verificação além da senha, como um código gerado por aplicativos como o Microsoft Authenticator.
Também é possível a utilização de reconhecimento da face ou da digital. Entretanto, estes métodos exigem uma atenção especial das cooperativas e o envolvimento dos Encarregados pelo tratamento de dados pessoais é de extrema importância.
Evite trocas desnecessárias
Há pouco tempo, era recomendada a troca periódica de senhas. Hoje, notou-se que mudar de senha acaba incentivando práticas muito perigosas, como o armazenamento das credenciais em planilhas de acesso amplo, o que deve ser evitado.
Assim, as novas recomendações rejeitam a alteração programada de senhas. O foco deve se dar em senhas seguras, especialmente no seu comprimento. Reserve a troca de senhas para situações específicas, como o desligamento de um colaborador que conta com acesso a sistemas críticos.
Utilize um gerenciador de senhas
Para simplificar a gestão de diversas senhas, considere o uso de um gerenciador de senhas. Eles armazenam todas as senhas em um local especial e muito seguro. Essas ferramentas podem até preencher automaticamente as suas credenciais nas telas de acesso a sistemas.
No entanto, é crucial que a senha de acesso ao gerenciador seja extremamente forte e que o duplo fator de autenticação também seja habilitado para proteger o acesso. Alguns exemplos de gerenciadores disponíveis no mercado incluem LastPass, 1Password e Proton Pass.
Nunca reutilize senhas
Vazamentos de credenciais são relativamente comuns. Quando uma das suas senhas é comprometida em um incidente de segurança de determinada plataforma ou sistema, agentes maliciosos irão verificar se você reaproveitou essa senha em algum outro sistema.
Por isso, o uso da mesma senha em mais de um sistema deve ser evitado e desestimulado pelas cooperativas.
Atenção!
Colaboradores, cooperados e clientes das cooperativas devem ser conscientizados acerca dos riscos do uso de senhas com 7 caracteres ou menos, independentemente da complexidade. Tecnologias avançadas já permitem a quebra de segurança de senhas tão curtas com relativa facilidade.
Não se esqueça...
A segurança da informação é uma responsabilidade coletiva. A colaboração de todos é essencial para garantir a integridade do ambiente digital das cooperativas.
12/12/2024

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

EVENTOS
21/08/2025
Fórum das Confederações debate agenda estratégica do setor produtivo
Lideranças nacionais alinham propostas conjuntas para fortalecer economia e sustentabilidade
A defesa da competitividade, do emprego e do desenvolvimento sustentável esteve no centro das discussões do Fórum das Confederações, realizado nesta quarta-feira (20), em Brasília. O encontro, sediado na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), reuniu presidentes de seis entidades representativas do setor produtivo nacional.
Participaram da agenda Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB; José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac; João Martins, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Vander Costa, presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT); e Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O grupo reforçou a importância do alinhamento institucional para a construção de propostas conjuntas, capazes de fortalecer a economia brasileira e ampliar a geração de oportunidades.
Na avaliação das lideranças, o Fórum das Confederações tem se consolidado como um espaço de articulação estratégica. “O Fórum das Confederações é reconhecido como espaço de diálogo e alinhamento estratégico entre os diferentes setores representados pelas entidades nacionais. A cada reunião, reafirmamos o papel do colegiado de articulação institucional e de busca por soluções conjuntas, contribuindo para levar a voz dos setores produtivos do Brasil a um debate cada vez maior”, afirmou José Roberto Tadros.
Representando o cooperativismo, o presidente Márcio destacou que a atuação conjunta amplia a capacidade de defesa dos interesses nacionais. “O cooperativismo se soma a esse esforço coletivo, trazendo a experiência de um modelo que está presente em diversos segmentos da economia e que tem na geração de empregos, renda e desenvolvimento regional sua principal marca. Estar nesse fórum é garantir que a voz das cooperativas também contribua para a construção de um Brasil mais competitivo e sustentável”, afirmou o presidente.
Entre os temas em debate, ganharam destaque propostas voltadas à modernização da legislação, ao estímulo à inovação e à criação de condições mais favoráveis às empresas brasileiras. Também foi apresentado o evento CNC Global Voices, que contará com a participação de palestrantes internacionais renomados, como os economistas Paul Michael Romer, Prêmio Nobel de 2018, e James Robison, Prêmio Nobel de 2024.
Saiba Mais:
STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB
CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária
Sistema OCB discute fortalecimento do Plano ABC

EVENTOS
20/08/2025
BNDES Mais Perto de Você leva financiamento às cooperativas do Amazonas
Sistema OCB amplia acesso a soluções de crédito no estado
O Sistema OCB e a OCB/AM, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Sebrae e a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), promoveram nesta quarta-feira (20) a edição amazonense do BNDES Mais Perto de Você. A iniciativa reuniu cooperativas e empresários locais interessados em ampliar o acesso a soluções de crédito e financiamento para impulsionar negócios e fortalecer o desenvolvimento sustentável na região.
A ação integra o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre o Sistema OCB e o BNDES, que tem como objetivo aproximar o banco das cooperativas brasileiras e ampliar o alcance de linhas de crédito mais inclusivas, voltadas tanto para capital de giro e aquisição de equipamentos quanto para investimentos em inovação, eficiência energética e sustentabilidade.
“Compartilhando as possibilidades oferecidas pelo banco, acreditamos que podemos avançar em novos projetos de financiamento e impulsionar diferentes setores do Amazonas. Queremos fomentar novos negócios no estado, de forma que o BNDES siga cumprindo sua missão de promover o desenvolvimento econômico e socioambiental”, destacou Arthur Rezende Pinto, chefe do Departamento de Relacionamento do BNDES.
Cooperativismo no centro da agenda
No Amazonas, onde o cooperativismo está presente em setores como crédito, agropecuária, saúde, transporte e consumo, a aproximação com o BNDES representa mais oportunidades de investimento e competitividade.
“Graças à essa parceria conseguimos ampliar as oportunidades de financiamento para as nossas cooperativas. Isso significa mais desenvolvimento para o estado, geração de emprego e renda para os amazonenses e fortalecimento de um modelo econômico que alia crescimento com inclusão social e sustentabilidade”, afirmou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB .
Preparação para a COP30
O ciclo BNDES Mais Perto de Você também integra a preparação do banco para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). Até lá, o BNDES pretende percorrer todos os estados da Amazônia Legal, para promover o diálogo com empreendedores e cooperativas sobre linhas de crédito e financiamento climático.
Desde 2024, o projeto já passou por 11 capitais brasileiras, consolidando-se como um espaço de aproximação entre instituições financeiras, cooperativas e empresas de diferentes portes. No Amazonas, o encontro reafirmou a importância da união entre setor público e privado para promover um desenvolvimento econômico alinhado aos desafios socioambientais da região.
“Esse evento em Manaus é mais um passo dentro do ACT que temos com o BNDES. Nosso compromisso é garantir que as cooperativas tenham acesso facilitado ao crédito e possam se preparar para o futuro com mais competitividade e sustentabilidade”, concluiu Tania.
Saiba Mais:
Sistema OCB discute fortalecimento do Plano ABC
STF confirma constitucionalidade da exigência de registro de cooperativas na OCB
Sistema OCB debate com Mapa reabertura de mercados e tarifas dos EUA
EVENTOS
Sistema OCB promove 1º encontro presencial do Time de Planejamento
Evento reforça integração nacional e fortalece a gestão estratégica das OCEs
O Sistema OCB abriu, nesta terça-feira (19), em Brasília, o primeiro encontro presencial do Time de Planejamento, grupo que reúne representantes das Organizações Estaduais de Cooperativas (OCEs) e da Unidade Nacional com foco em gestão estratégica. O evento, coordenado pela Gerência de Planejamento, marca o novo ciclo do Plano Estratégico 2025-2030 e transforma o alinhamento institucional em ações concretas para fortalecer o cooperativismo em todo o país.
Na abertura, a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, destacou a importância do momento como espaço de integração e visão de futuro. “Estamos aqui para aprender uns com os outros, cocriar soluções e reforçar a gestão estratégica. Nosso desafio é transformar dados em conhecimento, e conhecimento em capacidade de ação. O cooperativismo brasileiro conta com a nossa conexão e disposição para evoluir sempre”, afirmou.
O Time de Planejamento nasceu como uma comunidade colaborativa no WhatsApp, criada pela OCB Nacional, e hoje conta com 146 integrantes. O grupo já realizou dois encontros virtuais, mas este é o primeiro em formato presencial, que reúne 63 representantes das OCEs e cerca de 15 da Unidade Nacional. Até o fim do ano, está previsto mais um encontro on-line.
Ao longo de dois dias, os participantes terão uma programação intensa que combina oficinas práticas, dinâmicas e momentos de troca de experiências. Entre os destaques, está a aplicação do Guia Prático para o Desdobramento da Estratégia do Sistema OCB, ferramenta que orienta as OCEs na adaptação do Plano Estratégico nacional às realidades locais e promove alinhamento, inovação e impacto.
O primeiro dia é marcado pela apresentação do Guia e por uma palestra sobre gestão da estratégia, além de dinâmicas voltadas à implementação. Já o segundo, se concentra no aprofundamento das práticas, na consolidação das atividades coletivas e em uma roda de conversa para troca de experiências e boas práticas.
Para Fabíola, cada participante tem um papel essencial nesse processo. “Cada voz aqui importa. Cada ideia pode se transformar em ação concreta para fortalecer o Sistema como um todo. É a partir desse engajamento que conseguimos prever cenários, nos preparar e agir antes, em vez de apenas reagir”, ressaltou.
Segundo o gerente de planejamento, Fábio Estorti, “o encontro contribuirá para consolidar uma rotina sistêmica de gestão da estratégia, com práticas de monitoramento, avaliação e compartilhamento de aprendizados. Dessa forma, cada OCE pode levar para seu contexto local iniciativas alinhadas, adaptadas às suas necessidades, o que assegura coerência e, ao mesmo tempo, identidade própria”.
Para os participantes, trata-se de um espaço para criar referências, trocar experiências e fortalecer a integração nacional. “O Sistema OCB é um só corpo, com diferentes realidades em cada estado. Nossa força está na capacidade de agir conectados”, concluiu Fabíola.
Saiba Mais:
Coops rumo à COP30: seleções abertas para painéis temáticos
Prêmio ABDE-BID abre inscrições com categoria exclusiva do coop
Banco Central: Sistema OCB reforça temas de interesse do Ramo Crédito
19/08/2025

EVENTOS
Coops rumo à COP30: seleções abertas para painéis temáticos
Chamadas vão escolher cooperativas para os painéis temáticos; protagonismo climático é destaque
O maior evento climático do planeta será palco para mostrar ao mundo a força transformadora do cooperativismo brasileiro. Em 2025, a cidade de Belém (PA) sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), e o Sistema OCB acaba de lançar o edital que vai selecionar cooperativas para representar o setor em diferentes espaços da conferência. A iniciativa reforça o compromisso do movimento com a transição climática justa e oferece às cooperativas a chance de dar visibilidade internacional a suas soluções sustentáveis.
O regulamento completo para a participação em painéis temáticos do cooperativismo, promovido pelo Sistema OCB na programação oficial da COP30, estão disponíveis aqui.
“É a primeira vez que o cooperativismo brasileiro terá uma presença tão estruturada na COP. Queremos mostrar, com dados, experiências e resultados, como as cooperativas já são protagonistas na adaptação e mitigação climática, além de oferecerem alternativas concretas de desenvolvimento territorial sustentável”, destacou Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Painéis Temáticos: experiências de todos os ramos
A chamada é aberta a cooperativas de todos os ramos, desde que desenvolvam iniciativas com impacto climático positivo alinhadas aos eixos do Manifesto do Cooperativismo para a COP30. Entre os temas elegíveis estão agricultura de baixo carbono, bioeconomia, energia limpa, financiamento climático e soluções de adaptação e mitigação de riscos.
As cooperativas interessadas devem estar regulares junto ao Sistema OCB e apresentar iniciativas comprovadas, com potencial de replicabilidade, impacto mensurável e conexão com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os projetos selecionados serão apresentados ao público internacional e brasileiro durante a conferência, em painéis organizados pelo Sistema OCB em espaços de alto nível de interlocução.
“Essa é uma oportunidade única de mostrar ao mundo que o cooperativismo é solução real. A COP30 não é apenas um espaço de fala: é uma vitrine de credibilidade. Por isso, estamos buscando cases que tenham inovação, impacto e resultados concretos”, reforça Tania.
Inscrições e prazos
As inscrições devem ser feitas por meio de formulário eletrônico, disponível no site Coop na COP30. As cooperativas deverão apresentar iniciativas e ter disponibilidade para a participação presencial em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. A data final para envio das propostas é em 8 de setembro.
A seleção será feita por uma comissão técnica independente, que avaliará as iniciativas com base em critérios objetivos, como inovação, impacto, alinhamento estratégico e participação em programas do Sistema OCB (como ESGCoop e soluções climáticas). “Queremos garantir uma presença diversa, representativa e qualificada do cooperativismo brasileiro na COP30. É hora de ocuparmos esse espaço com a força que temos na prática e no território”, finaliza Tania.
Saiba Mais:
Cooperativas ganham destaque na Naturaltech 2025
Sistema OCB lança rodada internacional de negócios para coops de café
Cooperativismo brasileiro apresenta manifesto para a COP30
18/08/2025

EVENTOS
Inclusão e Sucessão em Foco: Oficina capacita Líderes do Futuro e atuais
Programa fortalece habilidades humanas e estratégicas de quem quer liderar com propósito
Dois dias de reflexões profundas, vivências transformadoras e trocas significativas marcaram a Oficina da Solução Futuras Lideranças, promovida pelo Sistema OCB nacional e capixaba. Voltada a líderes cooperativistas em diferentes estágios da jornada de desenvolvimento, a atividade integrou diferentes gerações, unindo jovens em formação e lideranças experientes comprometidos com a diversidade, inclusão e sustentabilidade.
A oficina integra a jornada prática do módulo Perenidade e Sustentabilidade da Cooperativa: Entendendo a Diversidade, Equidade e Inclusão, que compõe o programa nacional Futuras Lideranças. A proposta é preparar líderes mais conscientes, conectadas com os desafios contemporâneos da gestão de pessoas e da governança nas cooperativas.
No primeiro dia, a oficina foi dirigida para os líderes inclusivos: dirigentes e gestores que atuam como mentores dos jovens participantes. O segundo dia foi voltado os jovens selecionados por meio edital para participar da Solução Futuras Lideranças.
Para Janine Durand, educadora e instrutora da HSM, o trabalho realizado ultrapassa o desenvolvimento de competências. “Estamos aqui para alargar o olhar, abrir espaço para a diversidade real e pensar quais mudanças precisamos provocar em nós e nos ambientes que ocupamos. O cooperativismo já nasce da potência das pessoas — nosso papel é ampliar essa potência para que caibam todas as vozes, ideias e histórias.”
Segundo Janine, pensar em sucessão não é só preparar um nome para assumir um cargo, mas construir espaços mais humanos, plurais e preparados para lidar com a complexidade do mundo atual. “A liderança cooperativista precisa ser consciente, ética, empática e propositiva. Essa jornada é um convite à transformação pessoal e institucional”, completou.
Transformações reais e compartilhadas
Para os participantes, o programa tem representado uma virada de chave — tanto na forma de se perceber como líder quanto na maneira de lidar com desafios cotidianos nas cooperativas.
O coordenador de Desenvolvimento Humano e Social da OCB/ES, Marcos Vinicius Martins dos Passos, ressaltou que o programa é uma ferramenta estratégica para preparar as novas gerações. “Com o programa Futuras Lideranças, nosso objetivo é preparar jovens cooperativistas para os desafios contemporâneos do cooperativismo, fortalecendo sua confiança e segurança para assumirem posições de liderança e conduzirem suas cooperativas rumo ao futuro. Nesta semana, avançamos para o quarto módulo, que trouxe reflexões profundas sobre ‘Diversidade, democracia e quebra de paradigmas’. Esses temas são fundamentais para a formação de lideranças conscientes, capazes de ouvir com atenção, compreender diferentes perspectivas e promover ambientes de trabalho mais empáticos, inclusivos e eficazes. Estamos formando líderes preparados para transformar o cooperativismo com sensibilidade, visão e propósito.”
“Estou no cooperativismo há 35 anos, mas aqui estou revendo vários conceitos. Tive que ter coragem para abrir minha mente. Coisas que eu achava normais, percebi que não são. E isso muda tudo: muda como eu lidero e como posso apoiar minha equipe a crescer”, contou Darinete Buss Nascimento, gerente de agência no Sicoob Coopermais no ES.
Hugo Pimentel Comarela, do Sicoob Sul Serrano, também compartilhou os impactos da formação. “O programa me ajuda a ser uma metamorfose. Se alguém conversou comigo no início, vai perceber que hoje sou uma pessoa diferente. As ferramentas, os estudos e a mentoria me ajudam a lidar melhor com conflitos e inspirar a equipe. É uma mudança constante.”
A analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira, destacou que a Solução Futuras Lideranças é estratégica para a sustentabilidade do cooperativismo: “A proposta é apoiar a sucessão, identificar talentos diversos e formar lideranças alinhadas à agenda ESG. Isso passa por inclusão, diversidade e equidade — elementos centrais para a perenidade dos negócios e das relações.”
Formação baseada em estratégia e valores
A Solução Futuras Lideranças foi construída de forma colaborativa entre 2022 e 2023, inspirada nas experiências dos projetos Somos Líderes e Semeando Futuros, além das contribuições de um Grupo de Trabalho formado por representantes das OCEs. O objetivo foi desenvolver uma proposta nacional voltada para enfrentar os desafios da Sucessão na Gestão para Perenidade das Instituições Cooperativistas.
A solução está alinhada com as Diretrizes do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que apontaram a sucessão, a governança e a diversidade como pilares para o futuro do setor.
Saiba Mais:
B3 sedia evento nacional em homenagem ao cooperativismo
Bora Cooperar? 27 histórias mostram como o coop muda vidas no Brasil
Jovens assumem protagonismo no cooperativismo brasileiro
15/08/2025

EVENTOS
Portas Abertas: Sicoob SC/RS conhece atuação do Sistema OCB
Visita integra ações do Programa Sinergia, que premia boas práticas em sustentabilidade
As cooperativas premiadas pelo Programa Sinergia, do Sicoob SC/RS, estiveram nesta quinta-feira (14), na sede do Sistema OCB para uma imersão sobre a atuação estratégica da entidade na defesa e no fortalecimento do cooperativismo brasileiro. A visita fez parte da agenda nacional organizada pela Confebras, com atividades em instituições de referência do setor, e reuniu cerca de 30 lideranças cooperativistas.
Durante sua apresentação, o coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, fez um panorama amplo do cooperativismo no Brasil e no mundo, e destacou a importância do Sistema OCB para promover maior competitividade para as cooperativas. Hoje, são mais de 3 milhões de cooperativas no mundo, que reúnem mais de 1 bilhão de cooperados — o equivalente a 12% da população mundial — e geram 280 milhões de empregos. No Brasil, o setor movimenta R$ 757,9 bilhões por ano e tem forte presença em áreas estratégicas: responde por 53% da produção nacional de grãos, 25% da capacidade de armazenamento do país, 38% da saúde suplementar e transporta 450 milhões de toneladas de cargas anualmente.
Para encerrar, o coordenador ressaltou a importância da participação do cooperativismo na COP30, em 2025, e o reconhecimento da ONU ao declarar 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. “Temos uma oportunidade única de mostrar ao mundo que o cooperativismo brasileiro é inovador, competitivo e comprometido com o desenvolvimento sustentável”, concluiu.
Força do cooperativismo de crédito
Em seguida, a analista de relações institucionais do Ramo Crédito, Feulga Reis, falou sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), que já reúne 21,3 milhões de cooperados, 10.220 pontos de atendimento e ativos totais de R$ 885,3 bilhões. “O cooperativismo de crédito está presente em 469 municípios onde não há outra instituição financeira, garantindo inclusão e desenvolvimento. É um segmento sólido, competitivo e com forte impacto econômico e social”, declarou.
Feulga apresentou dados que mostram o diferencial do modelo: municípios com cooperativas de crédito têm PIB per capita 10% maior, taxa de emprego formal 15% superior e massa salarial 23% mais elevada que a média. Além disso, registram redução significativa na vulnerabilidade social, com menos famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Ele também destacou iniciativas estratégicas, como o Projeto Conhecer para Cooperar, que promove intercâmbio de experiências com sistemas cooperativos no Brasil e no exterior, e as ações conjuntas com o Banco Central para promover um ambiente regulatório adequado para o cooperativismo de crédito.
Intercooperação e reconhecimento
O Programa Sinergia reconhece e premia as cooperativas do Sicoob SC/RS que mais se destacam em ações de relacionamento com o cooperado e em práticas de sustentabilidade. Para as lideranças presentes, a troca de experiências em Brasília ampliou a visão sobre o papel estratégico da representação e pode inspirar novas iniciativas para fortalecer o vínculo com os associados e a comunidade.
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EVENTOS
Sistema OCB acompanha anúncio da MP Brasil Soberano no Planalto
Medida busca mitigar impactos do tarifaço dos EUA e entidade avalia efeitos no agro
O Sistema OCB acompanhou, nesta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto, a cerimônia de assinatura da Medida Provisória Brasil Soberano (MP1.309/2025), anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como resposta ao aumento de até 50% nas tarifas de importação aplicadas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A Medida foi publicada no período da tarde.
O chamado tarifaço entrou em vigor no último dia 6 de agosto. Os principais setores afetados incluem cadeias produtivas relevantes para o cooperativismo brasileiro, como proteína animal (peixes e carnes), lácteos, mel, frutas frescas e processadas, além de grãos e derivados. Segmentos industriais ligados ao agro, como máquinas e equipamentos, também estão entre os mais atingidos, dada a dependência de parte de suas vendas para o mercado dos Estados Unidos.
A Medida Provisória estabelece um conjunto inicial de medidas para mitigar os prejuízos, entre elas uma linha de crédito de R$ 30 bilhões voltada a empresas atingidas pela decisão norte-americana. Além do crédito, o pacote inclui a ampliação de compras governamentais — com foco em gêneros alimentícios que seriam exportados — para abastecer programas sociais, e uma estratégia de abertura de novos mercados para reduzir a dependência comercial em relação aos EUA.
Segundo o presidente Lula, o valor inicial poderá ser reforçado, caso necessário, para garantir a manutenção de empregos e da atividade produtiva. A atenção será especial às pequenas e médias empresas com maior dependência do mercado norte-americano, que exportam produtos como tilápia, mel, frutas e itens industrializados.
O plano de contingência inclui, ainda, a possibilidade de acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e de aplicar a chamada Lei da Reciprocidade (15.122/2025), avaliando eventuais medidas que o Brasil poderá adotar em contrapartida. O presidente também ressaltou que o diálogo com os EUA seguirá aberto.
Para o Sistema OCB, a MP Brasil Soberano é um movimento relevante diante do cenário de instabilidade gerado pelo tarifaço e será analisada com atenção para mensurar seus efeitos sobre o agronegócio cooperativo.
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EVENTOS
Prêmio ABDE-BID abre inscrições com categoria exclusiva do coop
Premiação reconhece artigos sobre cooperativismo de crédito e desenvolvimento
O Prêmio ABDE-BID de Artigos de Desenvolvimento, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Sistema OCB, chega à sua 11ª edição. A iniciativa reafirma seu papel como uma das mais importantes iniciativas de valorização da produção acadêmica e técnica voltada ao desenvolvimento sustentável no Brasil. Com inscrições abertas de 13 de agosto a 12 de outubro de 2025, a premiação contempla três categorias, incluindo uma exclusiva voltada ao desenvolvimento e cooperativismo de crédito.
Desde 2017, o Sistema OCB é parceiro do prêmio, mantendo essa categoria específica como forma de incentivar a reflexão qualificada sobre o papel das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no fortalecimento das economias locais. O objetivo é criar conexões entre o setor cooperativista, a academia e o Sistema Nacional de Fomento (SNF), gerando conhecimento aplicado e inspirando políticas públicas mais efetivas.
Categoria 3: Desenvolvimento e Cooperativismo de Crédito
A categoria exclusiva do Sistema OCB em 2025 vai priorizar trabalhos que abordem temas emergentes e estratégicos para o setor, como:
Inovação e transformação digital;
Intercooperação e parcerias estratégicas;
ESG e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);
Bioeconomia aplicada ao crédito cooperativo;
Participação ativa das cooperativas em políticas públicas.
Além da categoria dedicada ao cooperativismo de crédito, o Prêmio conta com outras duas frentes temáticas: Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável, Inclusivo e Inovativo e Promoção da Bioeconomia como Estratégia de Desenvolvimento. Juntas, as três categorias contemplam assuntos estratégicos para o futuro do país.
Sinergia com outras iniciativas
A participação no Prêmio ABDE-BID se soma a um conjunto de ações estruturantes de fomento à pesquisa em cooperativismo já conduzidas pelo Sistema OCB.
Entre elas está o Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), realizado bienalmente, que se consolidou como um espaço de excelência para o debate científico sobre o cooperativismo. “A conexão entre o EBPC e o Prêmio ABDE-BID amplia o alcance e a visibilidade das pesquisas, além de reconhecer o trabalho de pesquisadores que contribuem para o aprimoramento das cooperativas”, afirma Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Outra iniciativa complementa as chamadas públicas de apoio à pesquisa em cooperativismo, uma parceria entre Sescoop e CNPq que, desde 2019, financiam projetos dedicados à geração de conhecimento estratégico para o movimento. O Prêmio ABDE-BID atua como vitrine e espaço de valorização para os resultados dessas pesquisas, reforçando a cultura de inovação, avaliação de impacto e disseminação de boas práticas.
Cronograma do Prêmio ABDE-BID 2025
Envio dos trabalhos: 13/08 a 12/10/2025
Avaliação da banca: 13/10 a 10/11/2025
Divulgação dos vencedores: 14/11/2025
Entrega da premiação: 02/12/2025
Os interessados devem submeter seus artigos pelo site oficial da ABDE. Podem participar pesquisadores, professores, estudantes, técnicos e profissionais de diferentes áreas que tenham interesse em discutir e propor soluções para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil a partir da perspectiva do cooperativismo de crédito.
Reconhecimento e impacto
Além de ampliar a visibilidade dos autores e de suas pesquisas, o Prêmio ABDE-BID fortalece a integração entre teoria e prática. Ao estimular estudos aplicados, a premiação contribui para que as cooperativas aprimorem seus modelos de gestão, inovem em seus produtos e serviços e reforcem seu compromisso com o desenvolvimento regional.
Se você pesquisa ou atua na área de cooperativismo de crédito, essa é a oportunidade de mostrar seu trabalho, contribuir para o avanço do setor e fazer parte dessa rede de transformação. Inscreva-se!
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