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Destaques

REPRESENTAÇÃO
12/09/2025
Sistema OCB e Iphan alinham cooperação sobre patrimônio e cultura
Encontro discutiu preservação cultural e reconhecimento do coop como expressão imaterial A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, se reuniu nesta sexta-feira (12) com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, para fortalecer a aproximação institucional entre as duas entidades. O encontro teve como foco a valorização do cooperativismo como patrimônio cultural imaterial, além de temas relacionados à preservação, licenciamento ambiental e cooperação técnica. A reunião ocorreu em um momento estratégico para o cooperativismo. Em 2025, declarado pela ONU como Ano Internacional das Cooperativas, o Sistema OCB busca consolidar a identidade do movimento não apenas como força econômica, mas também como prática cultural capaz de preservar tradições, fomentar desenvolvimento sustentável e fortalecer comunidades em todo o país. Durante o diálogo, foi destacada a solicitação formal já protocolada junto ao Iphan para o registro do cooperativismo como patrimônio cultural imaterial. A medida pretende reconhecer o papel das cooperativas como guardiãs de saberes e práticas que fazem parte da história e da diversidade cultural brasileira. Para Tania, o encontro marcou um passo importante na integração das agendas das duas instituições. “Queremos que o cooperativismo seja reconhecido tanto pela sua relevância econômica, como por ser expressão cultural viva, que preserva tradições, fortalece comunidades e contribui para com a identidade brasileira”, afirmou. Ela destacou ainda que a parceria com o Iphan abre novas possibilidades de atuação conjunta. “As cooperativas estão presentes em todo o território nacional, convivendo com comunidades tradicionais e com a diversidade cultural do país. Essa capilaridade nos coloca em posição de colaborar com inventários, apoiar práticas de preservação e valorizar expressões imateriais ligadas ao nosso modelo de cooperação”, completou. Saiba Mais: Sistema OCB participa de reunião do Comitê Interministerial do Clima Cooperativismo de crédito realiza I Encontro Jurídico no Sistema OCB V Seminário Jurídico destaca conquistas e desafios do cooperativismo
EVENTOS
11/09/2025
Painéis do Seminário Jurídico debatem regimes específicos
Setores financeiro, saúde e agro discutiram impactos da tributação no cooperativismo
Encerrando a programação do V Seminário Jurídico do Sistema OCB, que ocorreu nesta terça (9), três painéis simultâneos reuniram especialistas, dirigentes e tributaristas para debater como os regimes específicos da Reforma Tributária vão impactar diretamente o cooperativismo nos setores de crédito, saúde e agropecuário. A proposta foi trazer um olhar prático sobre a Lei Complementar já aprovada e abrir espaço para a troca de experiências entre advogados, assessores jurídicos, contadores de cooperativas e das OCEs e acadêmicos da área.
Os debates aconteceram em um momento crucial, já que a transição para o novo modelo de tributação sobre o consumo começa a ganhar forma. Para o Sistema OCB, acompanhar cada detalhe dessa implementação é essencial para assegurar que as especificidades do ato cooperativo sejam preservadas e que as cooperativas mantenham sua competitividade em relação aos demais agentes de mercado.
Instituições financeiras
No painel sobre instituições financeiras, o debate foi conduzido pelo superintendente jurídico do Sicredi, Evandro Kotz, e contou com a exposição de Hélio de Mello, auditor fiscal da Receita Federal e membro titular do GT-3 do PAT-RTC. Hélio destacou os desafios globais de tributar serviços financeiros, especialmente aqueles remunerados por margem, como no crédito bancário. “Diferenciar os juros puros da remuneração de serviços é fundamental para evitar distorções e garantir neutralidade ao sistema”, afirmou.
O auditor lembrou que, embora a maioria dos países adote o modelo de isenção, o Brasil avançou ao rejeitar essa alternativa. A isenção, segundo ele, gera graves distorções econômicas, como a sobretributação do crédito empresarial e a subtributação do crédito ao consumo. “Optamos por uma solução mais próxima do que já conhecemos com o PIS/Cofins, o que preserva segurança jurídica e garante continuidade”, explicou. Para ele, ainda que não seja um modelo perfeito, o caminho escolhido oferece mais previsibilidade às instituições financeiras, incluindo as cooperativas de crédito.
A relevância do tema ficou clara nas perguntas dos participantes, que trouxeram preocupações sobre como a regulamentação poderá afetar a neutralidade do ato cooperativo e a competitividade das cooperativas de crédito em relação aos bancos. Kotz destacou o papel desses espaços de diálogo. “Estamos todos aprendendo juntos nesse processo. O que importa é garantir que as especificidades do cooperativismo estejam sempre no centro das soluções construídas”, afirmou.
Custos assistenciais
O setor de saúde também esteve em pauta, com moderação do advogado tributarista João Muzzi e palestra do Doutor André Branco, da Uniodonto. O grupo discutiu os efeitos da nova tributação sobre os custos assistenciais e a sustentabilidade das cooperativas médicas. André Branco destacou que o princípio da não tributação de determinadas atividades cooperativas já é reconhecido há anos, mas sua aplicação ainda gera controvérsias. “O grande desafio é lidar com a complexidade regulatória, que muitas vezes cria obstáculos práticos para que os direitos constitucionais das cooperativas sejam plenamente aplicados”, avaliou.
Ele lembrou que as cooperativas operadoras de planos de saúde já enfrentam um ambiente desafiador, com custos crescentes e a necessidade de manter a lógica mutualista no atendimento. Nesse contexto, segundo ele, a Reforma Tributária pode trazer tanto riscos quanto oportunidades. “Assim como navegar sem mapa em uma cidade desconhecida, lidar com leis tributárias pouco claras pode levar cooperativas a erros caros. Precisamos de clareza para seguir em frente”, reforçou. Os debates conduzidos pelo Doutor João Muzzi ressaltaram a importância de a agenda política e jurídica se manter atenta, para evitar que o novo modelo crie custos adicionais que possam comprometer a sustentabilidade das cooperativas médicas.
Produtor rural contribuinte e não contribuinte
Já o painel sobre o setor agropecuário foi moderado por Rogério Croscato, coordenador jurídico da Ocepar, e teve apresentações dos advogados tributaristas Doutor Fábio Calcini e Doutor Marcelo Jabour. O foco esteve na operacionalização da alíquota zero entre cooperados contribuintes e não contribuintes e as cooperativas e nos impactos da transição para o IVA. Os especialistas lembraram que o agronegócio brasileiro é altamente competitivo no mercado internacional e não pode ser prejudicado por uma tributação mal calibrada.
“A reforma tributária é um verdadeiro quebra-cabeça coletivo. Se uma peça não encaixar, todo o sistema pode perder equilíbrio”, afirmou Calcini, ao comentar a necessidade de regulamentações claras e de transição suave para as novas regras. Jabour complementou destacando a importância de preparar produtores e cooperativas para o novo cenário. “As mudanças exigirão ajustes contábeis, adaptação de estratégias e, sobretudo, proximidade ainda maior entre cooperativas e seus associados, para garantir conformidade e competitividade”, disse.
Visão unificada
Ao final dos debates, os participantes se reuniram novamente no plenário para a conclusão e compartilhamento dos painéis simultâneos, momento conduzido pela assessora jurídica do Sistema OCB, Ana Paula Ramos. Ela destacou que a divisão em salas paralelas buscou aprofundar a especialização, atendendo tanto profissionais jurídicos quanto contábeis dos oito ramos do cooperativismo, e que o retorno ao plenário foi essencial para reunir visões distintas em uma lógica única. “O cooperativismo se rege por uma lógica societária própria, que impacta todas as demais dimensões, inclusive a tributária. Por isso, é fundamental que todos compreendam as discussões em sua totalidade”, reforçou.
Ana Paula também registrou agradecimento especial aos moderadores que, segundo ela, “desde 2019 vêm se dedicando integralmente ao estudo das questões tributárias do cooperativismo, construindo de forma coletiva soluções para garantir segurança jurídica e sustentabilidade às cooperativas”. Em sua fala, enfatizou a importância da participação ativa de cooperativas na base, das Organizações Estaduais (OCEs) e do Sistema OCB nacional no processo que resultou na aprovação da reforma. “Se não foi a reforma sonhada, foi a possível, construída com diálogo e protagonismo do cooperativismo”, complementou.
Síntese
O encontro foi encerrado com a síntese das contribuições apresentadas nos três painéis, seguida de um sorteio de livros jurídicos entre os participantes. A atmosfera final foi de reconhecimento mútuo pelo esforço coletivo que envolveu dirigentes, advogados, técnicos e cooperativas de todo o país. Como destacou Ana Paula, o trabalho não termina com a aprovação da lei. “Temos ainda um longo caminho na regulamentação. Mas o cooperativismo está pronto para seguir unido, vigilante e colaborativo, honrando sua essência e seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.”
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EVENTOS
10/09/2025
Cooperativismo de crédito realiza I Encontro Jurídico no Sistema OCB
Debates trataram de sigilo, citação eletrônica, fraudes e impactos da inteligência artificial
O Sistema OCB recebeu, nesta quarta-feira (10), dirigentes, advogados e especialistas para o I Encontro Jurídico Intersistêmico das Cooperativas de Crédito, um evento criado para alinhar estratégias, aprofundar debates técnicos e antecipar tendências que impactam diretamente o setor. Com cerca de 125 participantes de diferentes instituições, entre eles representantes do Sicredi, Sicoob, Unicred, Cresol, Ailos, Cooperativas independentes, FGCoop e do próprio Sistema OCB, o encontro mostrou a diversidade e a representatividade do setor.
A abertura ficou por conta da superintendente da entidade, Tania Zanella, que relembrou o esforço coletivo para garantir a inclusão do cooperativismo de crédito na Reforma Tributária. “Foram 45 dias intensos de trabalho. Cada ponto, cada vírgula importava”, contou. Para ela, a conquista foi resultado da união e da atuação sistêmica do movimento. “No projeto original, o Ramo Crédito estava fora. Avançamos porque nos mantivemos alinhados e soubemos defender nosso modelo de negócios. Essa vitória mostra a força do cooperativismo”, acrescentou.
Tania também lembrou a importância de não perder de vista a essência cooperativa, destacando uma frase que considera inspiradora: “Aproximem-se cada vez mais do modelo cooperativo, porque é nele que vocês fazem a diferença. Isso deve ser seguido como nosso norte”, afirmou. Ao encerrar, fez questão de agradecer às equipes envolvidas na organização do encontro.
Novo layout da quebra de sigilo (IN BCB 636/2025)
O evento seguiu com uma série de painéis que abordaram temas centrais para o futuro das cooperativas de crédito. Carlos Eduardo e Denis Carvalho, representantes do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central, apresentaram a IN BCB 636/2025, que redefine o layout da quebra de sigilo bancário e exige atenção redobrada das instituições. O painel foi conduzida por Ricardo Senra (superintendente jurídico do Centro Cooperativo do Sicoob) e contou com a análise e provocações do debatedor Rodrigo Marques, do Sicoob, que destacou pontos de atenção para a aplicação prática da norma.
Citação Eletrônica
O juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Adriano da Silva Araújo, discutiu os impactos e riscos da citação eletrônica. O painel foi moderado por Mayara Schramm Strube (gerente jurídica da Ailos), com participação de Andressa Gudde, gerente jurídica da Sicredi, e Fernando Arndt, coordenador jurídico da Ailos, que trouxeram a perspectiva das cooperativas sobre os desafios da digitalização nos processos judiciais.
Tribunais Superiores
A atuação estratégica nos Tribunais Superiores foi o tema do debate mediado por Ana Paula Ramos, assessora jurídica do Sistema OCB. Os advogados Fabiano Jantalia (Jantalia Advogados), João Caetano Muzzi Filho (BMAS Advogados) e Stella Castro (Demarest Advogados) compartilharam experiências da atuação em Brasília e reforçaram a importância de consolidar entendimentos favoráveis ao cooperativismo de crédito nos tribunais.
Fraudes financeiras
A exposição da advogada Camilla Jimene (Opice Blum Advogados) trouxe ao centro da discussão o aumento das fraudes financeiras, golpes digitais e riscos em jogos online. A mediação ficou a cargo de Vinícius Lima Marques, assessor jurídico da Unicred, e Sandreia Dorr, gerente institucional da Cresol. O debate foi enriquecido ainda pela análise de Marco Túlio de Rose (advogado e fundador da De Rose Advogados), que reforçou a necessidade de protocolos internos e treinamentos preventivos.
Inteligência Artificial
Já o advogado Fabrício da Mota (Serur Advogados) apresentou reflexões sobre os impactos da inteligência artificial no direito e nas decisões judiciais, destacando mudanças já em curso no sistema de justiça. O painel contou com moderação de Taíse Ribeiro, consultora jurídica da FGCoop, e Jefferson Thomé, gerente jurídico na Cooperforte, além da contribuição de Edson Rodrigues, superintendente-executivo de TI do Sicoob, que trouxe a visão prática de como a tecnologia pode ser aplicada ao ambiente das cooperativas de crédito.
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EVENTOS
10/09/2025
Inscrições para o 8ª EBPC encerram em 03 de outubro
Encontro discute futuro do cooperativismo com integração entre teoria e prática
As inscrições para a 8ª edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) vão até 03 de outubro, por meio do formulário disponível no site do evento. Pesquisadores, gestores de cooperativas, dirigentes e profissionais do setor têm a oportunidade de participar de um dos principais espaços de debate e troca de conhecimento sobre cooperativismo no país.
O EBPC consolidou-se como um evento essencial para fortalecer a integração entre teoria e prática, incentivando a produção e a disseminação de conhecimento científico aplicado ao cooperativismo. A edição deste ano tem como tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, e será realizada de forma presencial entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília.
O evento promove debates sobre pesquisas acadêmicas e experiências práticas, contribuindo para a geração de novas abordagens e soluções aos desafios enfrentados pelo setor. Além de apresentar estudos que aprimorem a eficácia e a eficiência dos processos cooperativos, o EBPC oferece um ambiente de troca de experiências e avaliação de boas práticas, fortalecendo a formação de redes de colaboração entre pesquisadores e profissionais.
“O EBPC é uma oportunidade única de integrar pesquisa, prática e inovação no cooperativismo brasileiro, fomentando debates que fortalecem todo o setor”, destaca Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Confira a programação completa:
06/10 (segunda-feira)
14h00 – 17h00 | Credenciamento
17h00 – 19h00 | Abertura oficial
19h00 – 21h00 | Momento Integração
07/10 (terça-feira)
08h00 – 10h00 | Painel 1 – Impacto social das cooperativas: qual prosperidade para redução de iniquidades?
10h00 – 10h30 | Coffee Break
10h30 – 12h30 | Painel 2 – O crescimento das cooperativas e os desafios à manutenção da sua identidade
12h30 – 13h30 | Almoço
13h30 – 15h30 | Painel 3 – Cooperativismo e Meio Ambiente: estratégias para um futuro sustentável
15h30 – 16h00 | Coffee Break
16h00 – 18h00 | Sessão 1 – Apresentação de Trabalhos
08/10 (quarta-feira)
08h30 – 10h00 | Mesa de discussão – O cooperativismo e as pesquisas do futuro
10h00 – 10h30 | Coffee Break
10h30 – 12h30 | Sessão 2 – Apresentação de Trabalhos
12h30 – 13h30 | Almoço
13h30 – 15h30 | Sessão 3 – Apresentação de Trabalhos
15h30 – 16h00 | Coffee Break
16h00 – 17h30 | Encerramento
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Sistema OCB leva debate sobre IA ao Encontro Elas Pelo Coop BA
Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

REPRESENTAÇÃO
12/09/2025
Sistema OCB e Iphan alinham cooperação sobre patrimônio e cultura
Encontro discutiu preservação cultural e reconhecimento do coop como expressão imaterial
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, se reuniu nesta sexta-feira (12) com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, para fortalecer a aproximação institucional entre as duas entidades. O encontro teve como foco a valorização do cooperativismo como patrimônio cultural imaterial, além de temas relacionados à preservação, licenciamento ambiental e cooperação técnica.
A reunião ocorreu em um momento estratégico para o cooperativismo. Em 2025, declarado pela ONU como Ano Internacional das Cooperativas, o Sistema OCB busca consolidar a identidade do movimento não apenas como força econômica, mas também como prática cultural capaz de preservar tradições, fomentar desenvolvimento sustentável e fortalecer comunidades em todo o país.
Durante o diálogo, foi destacada a solicitação formal já protocolada junto ao Iphan para o registro do cooperativismo como patrimônio cultural imaterial. A medida pretende reconhecer o papel das cooperativas como guardiãs de saberes e práticas que fazem parte da história e da diversidade cultural brasileira.
Para Tania, o encontro marcou um passo importante na integração das agendas das duas instituições. “Queremos que o cooperativismo seja reconhecido tanto pela sua relevância econômica, como por ser expressão cultural viva, que preserva tradições, fortalece comunidades e contribui para com a identidade brasileira”, afirmou.
Ela destacou ainda que a parceria com o Iphan abre novas possibilidades de atuação conjunta. “As cooperativas estão presentes em todo o território nacional, convivendo com comunidades tradicionais e com a diversidade cultural do país. Essa capilaridade nos coloca em posição de colaborar com inventários, apoiar práticas de preservação e valorizar expressões imateriais ligadas ao nosso modelo de cooperação”, completou.
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REPRESENTAÇÃO
12/09/2025
Sistema OCB participa de reunião do Comitê Interministerial do Clima
Evento discutiu atuação das Câmaras Consultivas; sociedade civil pode enviar contribuições
A necessidade de ampliar a articulação entre governo e sociedade civil no enfrentamento da crise climática foi o foco da Reunião das Câmaras Consultivas do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), realizada nesta quinta-feira (11), em Brasília. O encontro reuniu representantes de ministérios, estados, municípios, especialistas e organizações da sociedade civil, entre elas o Sistema OCB, que contou com a participação da analista de Meio Ambiente, Laís Nara Castro, membro titular da Câmara de Participação Social (CPS).
Criado como principal instância de coordenação da política climática no país, o CIM tem a responsabilidade de articular ações interministeriais, monitorar políticas e supervisionar a implementação do Plano Clima, instrumento que orienta a execução da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). As Câmaras Consultivas funcionam como espaços técnicos de diálogo e formulação de propostas sobre adaptação, mitigação, financiamento, transição justa e instrumentos econômicos.
Para Lais, o envolvimento do cooperativismo reforça o papel das cooperativas como agentes ativos da agenda ambiental. “As cooperativas estão diretamente conectadas aos territórios e já desenvolvem inúmeras práticas sustentáveis, tanto no campo quanto nos centros urbanos. A Câmara de Participação Social é um espaço estratégico para mostrar esses resultados, dialogar com o governo e contribuir para políticas climáticas inclusivas, eficazes e conectadas à realidade local”, afirmou.
Mesa de abertura e debates Membros da Câmara de Participação Social
A programação teve início com uma mesa de abertura dedicada a discutir o papel das Câmaras Consultivas na gestão do Plano Clima e no processamento de suas agendas. Participaram da sessão representantes da Casa Civil, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e os coordenadores de cada câmara – Sérgio Xavier (Participação Social), Moacyr Cunha de Araújo Filho (Assessoramento Científico) e Robson Monteiro (Articulação Interfederativa).
Construção de agendas
Durante a tarde, os grupos se reuniram separadamente para discutir suas agendas de trabalho. Entre os pontos abordados estiveram as pautas prioritárias a serem tratadas no âmbito das câmaras; as expectativas de resultados para o primeiro mandato; a necessidade de integração com outras instâncias do CIM; a definição de próximos passos para a dinâmica de funcionamento; e o tipo de apoio administrativo e técnico necessário para garantir a efetividade das ações.
O encerramento do encontro foi realizado em plenária, com o compartilhamento das principais conclusões das três câmaras consultivas.
Avanços na governança climática
A reestruturação da política climática no Brasil passa pelo fortalecimento do federalismo climático, conceito que valoriza a diversidade territorial e reconhece o papel de estados e municípios na implementação de políticas. Nesse cenário, a participação da sociedade civil organizada, por meio da CPS, é considerada essencial para garantir que diferentes setores da economia e comunidades tenham voz nos processos decisórios.
Segundo Lais, o cooperativismo pode contribuir de maneira prática com o Plano Clima. “ Nossa atuação na câmara busca justamente dar visibilidade ao modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo praticado pelas cooperativas, além de incluí-las e potencializá-las na implementação do Plano Clima”, completou.
A expectativa é que o trabalho das câmaras resulte em recomendações concretas para orientar o governo federal sendo a CPS um elo estratégico entre o governo e a sociedade, ampliando a participação da sociedade civil e exercendo um papel de engajamento dos atores no Plano Clima.
CIM e suas Câmaras Consultivas
Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM): principal instância de coordenação da política climática no Brasil, responsável por articular ações entre ministérios, monitorar políticas e supervisionar o Plano Clima.
Câmaras Consultivas: funcionam como órgãos técnicos de assessoramento, divididas em três frentes:
Câmara de Participação Social (CPS): conecta governo e sociedade civil, promovendo engajamento no Plano Clima.
Câmara de Assessoramento Científico (CAC): reúne especialistas para subsidiar decisões com base em evidências.
Câmara de Articulação Interfederativa (CAI): aproxima União, estados e municípios, fortalecendo a governança multinível.
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Inscrições para o 8ª EBPC encerram em 03 de outubro
REPRESENTAÇÃO
Debate no Congresso expõe riscos da tributação sobre LCAs e LCIs
Audiência sobre a MP 1.303/2025 trouxe alertas de risco ao financiamento do agro e da habitação
O Congresso Nacional realizou, nesta quarta (03), audiência pública para discutir a Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que altera a tributação de aplicações financeiras e aumenta Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Entre os pontos mais polêmicos da proposta está a criação de uma alíquota de 5% sobre os rendimentos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Imobiliário (LCI), hoje isentos. O cooperativismo tem manifestado preocupações em relação à proposta por entender que a medida desconsidera a importância estratégica desses instrumentos para o desenvolvimento econômico e social.
Durante a audiência, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chamou atenção para os riscos que a MP pode trazer ao mercado de debêntures incentivadas, instrumento que hoje exerce papel crucial no financiamento da Carlos Moura/Agência Senado infraestrutura no país. Segundo a instituição, esse mecanismo movimentou cerca de R$ 135 bilhões em emissões em 2024, sendo responsável por atrair investidores privados e aliviar a dependência de recursos públicos.
A superintendente do banco, Luciene Machado, destacou que o BNDES participou com aproximadamente 20% desse volume, mas que o avanço só foi possível pela entrada de novos atores no ecossistema financeiro. “Alterar as condições desse instrumento pode comprometer três funções fundamentais que o banco exerce: a estruturação de projetos, o financiamento de longo prazo e a coordenação das ofertas no mercado de capitais. Estamos falando de uma ferramenta que viabiliza investimentos bilionários em setores como saneamento e energia, com reflexos diretos na qualidade dos serviços públicos”, afirmou.
Encarecimento dos empréstimos para produtores
As LCAs e LCIs são instrumentos fundamentais para financiar a agropecuária e o setor imobiliário, respectivamente. Dados apresentados em nota publicada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) indicam que os estoques de LCA somam R$ 559,9 bilhões, sendo que pelo menos R$ 280 bilhões são reaplicados no financiamento rural, dos quais R$ 140 bilhões compõem o crédito rural obrigatório. Com a nova tributação, especialistas alertam para a perda de atratividade dos títulos, redução de emissões e encarecimento dos empréstimos para produtores.
Para a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a medida impacta diretamente o cooperativismo. “As cooperativas de crédito têm papel decisivo no financiamento da agropecuária, especialmente em regiões onde os bancos tradicionais não chegam. Ao tributar esses títulos, o governo reduz a capacidade do cooperativismo em oferecer crédito acessível ao produtor rural, o que pode comprometer todo o ciclo produtivo”, explicou.
Ainda segundo ela, a medida também pode afetar negativamente o mercado imobiliário, dificultando o acesso da população ao crédito habitacional de longo prazo. “O cooperativismo é responsável por levar crédito para comunidades inteiras. Quando a tributação aumenta, quem paga a conta é o cidadão na ponta, seja o agricultor ou a família que sonha com a casa própria”, acrescentou.
Insegurança tributária
Além das LCAs e LCIs, a MP 1.303 traz uma série de mudanças que preocupam diferentes setores da economia, como a elevação da alíquota do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP), de 15% para 20%, e a majoração da CSLL para instituições financeiras. Também foram incluídas restrições à compensação de créditos de PIS e Cofins, o que, segundo juristas, pode gerar insegurança e aumentar a litigiosidade tributária.
A comissão mista deve realizar novas audiências até o fim de agosto e ouvir representantes do Ministério da Fazenda, de entidades setoriais e do mercado financeiro. O prazo final para votação da MP no Congresso é 9 de outubro. Até lá, o Sistema OCB, em articulação com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), continuará mobilizado para sensibilizar parlamentares sobre os riscos da proposta.
“O debate precisa ser feito com responsabilidade e transparência. O que está em jogo não é apenas a arrecadação, mas a manutenção de instrumentos que sustentam a produção agrícola, a habitação e a infraestrutura do país. O cooperativismo seguirá atuando para que essas especificidades sejam respeitadas”, reforçou Tania Zanella.
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03/09/2025

REPRESENTAÇÃO
Projeto que corrige cobrança da TCFA avança para o Senado
Sistema OCB atuou pela aprovação em todas as etapas da tramitação e celebra resultado
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta terça-feira (02), por 249 a 120 votos, o recurso que tentava levar à deliberação em Plenário o Projeto de Lei 10.273/2018, que altera a incidência da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA). Com a decisão, a proposta segue para análise direta ao Senado Federal.
O texto, de autoria do deputado Jerônimo Goergen (RS), já havia sido aprovado em caráter conclusivo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, em abril de 2024. No entanto, um recurso apresentado por parlamentares da base do governo solicitava que a matéria fosse analisada também pelo Plenário, o que atrasou a tramitação. Após meses de espera, o recurso foi finalmente pautado e rejeitado pela maioria dos parlamentares.
A proposição busca adequar a TCFA à realidade legislativa e econômica atual. A taxa foi instituída em 2000 e, ao longo dos Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados anos, passou por mudanças que aumentaram consideravelmente o seu impacto financeiro sobre empresas e cooperativas. Desde 2015, com a Lei 13.196, os valores atribuídos foram majorados de forma significativa, gerando distorções na cobrança, já que incidem sobre o faturamento total das organizações, independentemente da parcela das atividades que efetivamente causem impacto ambiental. Além disso, a cobrança é feita de forma individualizada por filial, o que amplia ainda mais o custo.
O PL 10.273/2018 propõe medidas para corrigir essas distorções, como delimitar a incidência da taxa às atividades licenciadas pela União, esclarecer que o contribuinte é a pessoa física ou jurídica responsável pelas atividades (independentemente do número de filiais) e atualizar os critérios de porte econômico para enquadramento do valor devido. Também prevê ajustes na lista de atividades sujeitas à cobrança, de modo a evitar sobreposição e insegurança jurídica.
Atuação do cooperativismo
O tema integra a Agenda Institucional do Cooperativismo e contou com intensa mobilização do Sistema OCB junto ao Congresso Nacional. Ao longo de toda a tramitação, a entidade defendeu que a atualização da TCFA é fundamental para garantir mais justiça na cobrança, sem comprometer a sustentabilidade ambiental nem a competitividade das atividades produtivas.
Segundo a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a vitória no Plenário representa um passo decisivo para corrigir distorções que há anos penalizam as cooperativas. “Sempre defendemos a necessidade de um modelo mais equilibrado e justo para a cobrança da TCFA. A rejeição do recurso no Plenário confirma a legitimidade do texto aprovado nas comissões e permite que o Senado avance na análise de um tema estratégico para a produção sustentável no Brasil”, afirmou.
Tania destacou ainda o impacto econômico da taxa sobre as cooperativas, especialmente no setor agropecuário, onde a multiplicidade de filiais amplia de forma desproporcional o valor devido. “A proposta não elimina a taxa, nem diminui a importância da fiscalização ambiental, mas corrige falhas que elevavam o custo de forma desproporcional. Isso significa garantir mais segurança jurídica, reduzir a carga desnecessária e permitir que as cooperativas continuem investindo em sustentabilidade e inovação”, completou.
Próximos passos
Com a rejeição do recurso, o projeto agora segue para o Senado Federal. Caso aprovado, retornará à Câmara apenas em caso de alterações. O Sistema OCB seguirá acompanhando de perto a tramitação e dialogando com os senadores para que o texto avance com celeridade.
Para o relator da proposta na CCJC, deputado Covatti Filho (RS), a medida é necessária para dar racionalidade ao modelo de cobrança da TCFA. Ele destacou o apoio da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), especialmente dos deputados Pedro Lupion (PR) e Sérgio Souza (PR), que atuaram ativamente pela aprovação do texto.
Relevância para a produção
A correção das distorções na TCFA é considerada estratégica para o setor produtivo. Hoje, os valores cobrados representam um incremento significativo nos custos operacionais das cooperativas e de milhares de empresas em todo o país. Ao delimitar a taxa apenas às atividades efetivamente fiscalizadas pela União, o PL 10.273/2018 busca evitar sobreposição de competências com estados e municípios e assegurar que a cobrança tenha correspondência real com a atividade desenvolvida.
Para o cooperativismo, a aprovação definitiva do projeto representará um avanço na busca por um ambiente regulatório mais justo e moderno. “Seguiremos atuando no Senado com a mesma dedicação. A proposta é boa para o país, porque fortalece a produção sustentável sem criar barreiras desnecessárias. O cooperativismo acredita que esse equilíbrio é essencial para o desenvolvimento”, concluiu Tania Zanella.
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03/09/2025

REPRESENTAÇÃO
CCJC aprova projeto que reconhece cooperativismo como cultura nacional
Proposta do deputado Arnaldo Jardim segue para votação no Plenário da Câmara dos Deputados
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (3), o Projeto de Lei 357/2025, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que reconhece o cooperativismo como manifestação da cultura nacional. A iniciativa, apresentada no contexto do Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela ONU em 2025, marca um passo histórico no fortalecimento da identidade cooperativista no Brasil.
O texto aprovado determina que compete ao Estado garantir a livre atividade, apoiar e estimular o cooperativismo, em consonância com o artigo 174, §2º da Constituição Federal. Com a decisão da CCJ, a proposta segue para análise do Plenário da Câmara dos Deputados.
Uma conquista simbólica e concreta
Ao defender o projeto, Arnaldo Jardim destacou que a medida é mais que um reconhecimento simbólico, pois consolida o papel das cooperativas na história e no desenvolvimento do país. “O cooperativismo é parte da cultura brasileira. Ele está no Vinicius Loures/Câmara dos Deputados campo, nas cidades, nas cooperativas de crédito, de saúde, de transporte, em tantas áreas que impactam diretamente a vida das pessoas. Ao reconhecermos o cooperativismo como manifestação cultural, estamos valorizando um modelo que une tradição, modernidade e compromisso social”, afirmou.
O parlamentar também ressaltou que a aprovação na CCJ é um marco para as comemorações do Ano Internacional das Cooperativas. “O mundo olha para o cooperativismo em 2025 como uma resposta para os desafios globais. O Brasil não poderia ficar de fora desse movimento. Esse projeto reafirma que o cooperativismo é parte de nossa identidade nacional”, completou.
Força do movimento no Brasil
De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025, o movimento reúne atualmente 4,3 mil cooperativas, presentes em mais de 3,6 mil municípios e soma 25,8 milhões de cooperados, além de gerar 578 mil empregos diretos. Os números mostram a amplitude e a força econômica e social do modelo, que contribui de forma decisiva para o desenvolvimento local e para a redução das desigualdades.
As cooperativas atuam em setores estratégicos da economia, como agropecuário, saúde, crédito, transporte, consumo, energia, turismo e serviços, além de oferecer respostas concretas a crises econômicas e sociais. Um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que municípios com cooperativas apresentam, em média, aumento de R$ 5,1 mil no PIB per capita, evidenciando o impacto positivo da presença cooperativista nas comunidades.
Apoio do Sistema OCB
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comemorou a aprovação do projeto e ressaltou o significado do reconhecimento. “Ver o cooperativismo reconhecido como manifestação da cultura nacional é um motivo de orgulho para todos nós. Não se trata apenas de um modelo de negócios, mas de um jeito de viver e empreender coletivamente, que valoriza pessoas, comunidades e territórios. Esse reconhecimento ajuda a consolidar ainda mais o espaço do cooperativismo na sociedade brasileira”, disse.
Ele lembrou que o cooperativismo já é protegido pela Constituição Federal, que prevê apoio e estímulo ao setor, mas que o PL 357/2025 reforça o papel histórico e cultural do movimento. “Esse projeto traz uma dimensão simbólica que é muito importante. Ele mostra que o cooperativismo é parte da identidade do país, assim como tantas outras manifestações culturais que nos orgulham. Isso fortalece o diálogo com a sociedade e aumenta a compreensão sobre a relevância do nosso modelo”, afirmou.
Futuro inclusivo e sustentável
Além do aspecto cultural, o PL 357/2025 reforça o papel das cooperativas como instrumento de desenvolvimento sustentável e inclusão. Hoje, o movimento já promove emprego, renda e inovação em diferentes setores, sempre com base em princípios como gestão democrática, intercooperação e compromisso com a comunidade.
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03/09/2025

REPRESENTAÇÃO
Últimos dias: inscrições do Prêmio ApexBrasil vão até o dia 7
Premiação reconhece empresas, cooperativas e startups que ampliam presença no mercado externo
A internacionalização de produtos e serviços brasileiros está no centro da segunda edição do Prêmio ApexBrasil, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em parceria com a revista Exame. As inscrições, que são gratuitas, seguem abertas até o dia 7 de setembro, e podem ser feitas no site oficial da premiação.
O reconhecimento contempla empresas, cooperativas, startups, entidades setoriais, comerciais exportadoras e fundos de investimento que têm contribuído para ampliar a presença do Brasil no mercado global e atrair novos investimentos estratégicos.
Ao todo, a iniciativa reúne 18 categorias e abrange desde segmentos tradicionais, como indústria, serviços e agronegócio, até áreas ligadas à inovação, diversidade, sustentabilidade, sociobiodiversidade e promoção digital. Também reconhece cooperativas que se consolidam como agentes relevantes na geração de inclusão produtiva e desenvolvimento regional.
Para o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, a premiação vai além da entrega de troféus: trata-se de uma forma de valorizar iniciativas que projetam o potencial brasileiro mundo afora. “O Prêmio ApexBrasil reconhece empresas e instituições que acreditam no Brasil e que, ao competir internacionalmente, contribuem para a geração de empregos, renda e desenvolvimento sustentável”, destacou.
Representando o cooperativismo, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, reforça a importância da presença do movimento na premiação. “É muito importante ver o cooperativismo reconhecido entre as categorias do Prêmio ApexBrasil. As cooperativas têm mostrado que podem competir internacionalmente sem abrir mão da inclusão social e do desenvolvimento regional”, afirmou.
As cooperativas exportadoras são comprometidas com os padrões internacionais de qualidade, a origem rastreável de seus produtos e o desenvolvimento sustentável.
Podem participar organizações de diferentes portes, desde micro e pequenas empresas até grandes corporações, desde que tenham realizado iniciativas de internacionalização no período de janeiro de 2024 a junho de 2025. Cada categoria possui critérios próprios de avaliação e as inscrições podem ser feitas em mais de uma modalidade, mediante o preenchimento de formulários específicos.
A cerimônia de entrega do prêmio está prevista para acontecer em dezembro, em São Paulo, reunindo representantes do governo, lideranças empresariais, investidores, startups, cooperativas e entidades parceiras. O evento promete ser também um espaço de networking, com possibilidades de estabelecer novas parcerias e ampliar oportunidades de negócios para os participantes.
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03/09/2025

REPRESENTAÇÃO
Sistema OCB destaca força do cooperativismo na Nova Brasil FM
Entrevista abordou reconhecimento da ONU em 2025 como Ano Internacional das Cooperativas
O cooperativismo brasileiro ganhou espaço especial na mídia nacional com a participação da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, no programa Mesa para Dois, da Nova Brasil FM, apresentado por Bárbara Lins. A entrevista integrou a coluna Cooperforte, que semanalmente traz reflexões sobre a contribuição das cooperativas para a sociedade.
Nesta edição, o destaque foi o Ano Internacional das Cooperativas 2025, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Débora lembrou que esta é a segunda vez que a ONU reconhece o modelo como essencial para a agenda global de desenvolvimento sustentável — a primeira ocorreu em 2012. “É um reconhecimento raro e muito significativo. Desde 1957, a ONU declara anos temáticos e, nesses quase 70 anos, apenas o cooperativismo foi escolhido duas vezes. Isso mostra a relevância e o impacto do nosso movimento no mundo”, explicou.
Débora ressaltou que um dos diferenciais das cooperativas é a capacidade de comprovar impacto positivo nas comunidades onde atuam. “Hoje estamos presentes em oito ramos, com 44 segmentos econômicos distintos. Essa versatilidade nos torna um modelo único, capaz de atender desde o crédito e a saúde até a produção agropecuária e o consumo. Nosso crescimento está ligado justamente à capacidade de gerar valor coletivo e melhorar a vida das pessoas”, afirmou.
Ela também lembrou que o cooperativismo tem como base a gestão democrática, com foco nas pessoas. “Ao contrário de empresas tradicionais, que são criadas para dar lucro a acionistas, as cooperativas são formadas por pessoas e geridas por pessoas. O objetivo é o benefício comum, e isso faz toda a diferença”, completou.
Ao comentar os dados mais recentes do movimento, Débora salientou que o modelo já é uma realidade consolidada no Brasil, com 4,3 mil cooperativas em atividade, 25,8 milhões de cooperados e mais de 578 mil empregos diretos. “Esses números colocam o país entre os maiores movimentos cooperativistas do mundo. Temos 21 cooperativas listadas entre as 300 maiores do planeta. Isso mostra nossa força econômica e também a nossa capacidade de equilibrar crescimento com inclusão social”.
Para ela, esse protagonismo traduz o verdadeiro diferencial do modelo. “Tem uma frase meio famosa que diz ‘primeiro a gente faz crescer o bolo, depois a gente divide’. Eu não gosto dessa frase. E as pessoas que não têm a oportunidade de esperar esse bolo crescer? No cooperativismo conseguimos fazer o bolo crescer e dividir ao mesmo tempo”, concluiu Débora, reforçando que o movimento segue construindo um futuro mais justo e sustentável para todos.
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02/09/2025

REPRESENTAÇÃO
Audiência no Senado debate Plano Clima e alerta para riscos ao agro
Sistema OCB defendeu transparência e justiça na distribuição das metas de redução de emissões
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal promoveu, nesta quarta-feira (27), audiência pública para discutir os impactos do Plano Clima, política nacional que orientará as ações do Brasil no enfrentamento às mudanças climáticas até 2035. O debate reuniu representantes de órgãos governamentais, do setor produtivo e de entidades da sociedade civil, incluindo a participação de Leonardo Papp, consultor ambiental do Sistema OCB.
Elaborado pelo governo federal, o Plano Clima está estruturado em propostas setoriais e temáticas que definem compromissos de mitigação e adaptação, em consonância com as metas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris. O país se comprometeu a reduzir em 53% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030 e a alcançar a neutralidade climática até 2050.
No entanto, a proposta de Plano Setorial de Agricultura e Pecuária tem gerado preocupação entre especialistas e representantes do setor produtivo. Isso porque atribui ao agro a maior parcela de responsabilidade pelas reduções de emissões — até 54% do total —, enquanto outros segmentos, como o de energia, chegam a ter permissões para ampliar emissões em até 44% no mesmo período.
Segundo Leonardo Papp, essa desproporção ameaça a credibilidade e a efetividade da política. “Está no DNA do cooperativismo contribuir com o Brasil em sua prosperidade econômica, social e ambiental. O setor agropecuário é parte da solução climática, mas o Plano Setorial, da forma como está desenhado, acaba tratando-o como culpado”, afirmou.
O consultor do Sistema OCB chamou atenção para dois pontos centrais. O primeiro diz respeito à inclusão, no balanço do agro, de emissões que não são de responsabilidade direta do setor, mas de políticas públicas governamentais. “Não podemos admitir que os produtores sejam responsabilizados por situações que fogem ao seu controle. Isso distorce os dados e amplia artificialmente a participação do setor nas metas”, criticou.
O segundo ponto destacado foi a previsão de redução até mesmo da chamada “supressão legal” da vegetação — desmatamentos permitidos pela legislação — sem que haja garantias de instrumentos de incentivo, compensação ou recursos suficientes para apoiar o produtor rural. “Se queremos avançar, é fundamental que os instrumentos de valorização cheguem até quem preserva e mantém ativos ambientais dentro de sua propriedade. Do contrário, criamos obrigações sem oferecer condições reais para cumpri-las”, alertou Leonardo.
O consultor ainda defendeu maior transparência no processo de elaboração do Plano Clima. Ele citou o uso de bases de dados não oficiais. Para ele, “qualquer compromisso internacional precisa estar ancorado em informações oficiais e auditáveis. Só assim teremos confiança e legitimidade para avançar”.
Outro aspecto considerado essencial é a participação do Congresso Nacional na discussão e validação do Plano. Apesar de tratar de compromissos internacionais e de impor metas relevantes ao patrimônio nacional, o texto foi elaborado, conforme afirmou Papp, sem a presença efetiva do Legislativo. “Não é adequado que tamanhas responsabilidades sejam assumidas sem a devida deliberação democrática. O Parlamento precisa estar no centro desse debate”, reforçou.
Ao final, Papp defendeu a criação de um plano setorial específico para tratar do desmatamento, dado o peso que o tema representa no cenário nacional e internacional. “Esse é um desafio que precisa ser tratado com a seriedade que merece, de forma separada e transparente, sem sobrecarregar injustamente um único setor econômico”, disse.
A audiência pública contou também com representantes da Casa Civil, do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Embrapa e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O Sistema OCB tem atuado de forma articulada com as Frentes Parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA), e com outras entidades do setor produtivo, para garantir que o Plano Clima seja justo, equilibrado e baseado em dados oficiais. Dentre as propostas prioritárias, estão a participação democrática, a valorização do agro como parte da solução climática e a criação e implementação de instrumentos econômicos verdes que apoiem os produtores no cumprimento das metas.
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27/08/2025

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

INOVAÇÃO
04/09/2025
InovaCoop lança área dedicada ao uso da Inteligência Artificial
Nova seção reúne conteúdo e facilita acesso de cooperativas a ferramentas e casos de sucesso
A inteligência artificial (IA) já faz parte da rotina de diversas cooperativas brasileiras e agora ganhou um espaço exclusivo no InovaCoop. A plataforma de inovação do cooperativismo lançou a aba Saiba Mais IA, que reúne conteúdos acessíveis e práticos para apoiar cooperativas de todos os ramos na adoção dessa tecnologia.
O novo espaço chega para facilitar a vida de dirigentes, colaboradores e cooperados interessados em entender como aplicar a IA em processos, serviços e estratégias de negócios. Nele é possível encontrar desde guias básicos até materiais mais avançados sobre temas como engenharia de prompt, governança de dados, uso de ferramentas gratuitas e pagas, além de vídeos explicativos.
Segundo Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, a iniciativa tem como objetivo democratizar o acesso ao conhecimento. “A inteligência artificial não é uma solução mágica. Ela gera bons resultados quando está alinhada ao propósito da cooperativa e apoiada em dados estruturados. O Saiba Mais IA foi pensado justamente para oferecer conteúdos claros, práticos e úteis, que ajudem as cooperativas a avançarem nessa jornada de forma estratégica”, afirma.
Casos inspiradores
A nova aba também apresenta exemplos concretos do uso da inteligência artificial no cooperativismo. Um dos destaques é a Unimed Grande Florianópolis, que implementou o Robô Laura, sistema de IA capaz de monitorar em tempo integral sinais vitais de pacientes. A tecnologia identifica riscos de sepse em tempo real, permitindo respostas rápidas e aumentando a segurança do atendimento hospitalar.
No agro, a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, utiliza inteligência artificial para classificar cafés especiais. O sistema garante precisão na avaliação dos grãos, valoriza a produção dos cooperados e fortalece a competitividade no mercado internacional.
Já no crédito, cooperativas começam a explorar soluções de IA para análise de riscos e atendimento ao cooperado, abrindo caminho para serviços mais personalizados e ágeis.
“O cooperativismo tem a preocupação de beneficiar a todos. Quando uma cooperativa adota IA, busca não apenas melhorar processos, mas entregar soluções que impactam positivamente a vida dos cooperados e das comunidades”, destaca Guilherme.
Jornada coletiva
Além de guias e cases, o Saiba Mais IA traz e-books sobre dados e governança, tema fundamental para o uso responsável da tecnologia. A proposta é estimular reflexões e oferecer ferramentas que preparem as cooperativas para aproveitar ao máximo as soluções disponíveis.
A ideia é que cada cooperativa, independentemente do ramo ou porte, encontre recursos para iniciar ou aprofundar sua jornada com inteligência artificial. “O movimento é claro: a IA tende a se tornar cada vez mais presente e acessível. As cooperativas têm todas as condições de liderar esse processo com responsabilidade e impacto social. O Saiba Mais IA é um convite para darmos juntos os próximos passos nessa transformação”, conclui Guilherme
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INOVAÇÃO
01/09/2025
ConecteCoop: conheça novo jogo sobre o cooperativismo
Com dinâmicas interativas, game aproximou sociedade do cooperativismo durante o Dia C
O cooperativismo brasileiro ganhou, no último sábado (30), uma ferramenta inédita para se aproximar ainda mais da sociedade: o ConecteCoop, game virtual desenvolvido pelo Sistema OCB para apresentar, de forma lúdica e interativa, os princípios e a força transformadora das cooperativas. A aplicação ocorreu durante o Dia de Cooperar (Dia C), iniciativa que mobiliza cooperativas de todo o Brasil em ações de voluntariado e solidariedade.
A escolha do Dia C para a estreia não foi por acaso. O evento reúne um público diversificado, com pessoas que, muitas vezes, ainda não conhecem o movimento cooperativista. Nesse contexto, o game se mostrou uma porta de entrada criativa e acessível para despertar o interesse de diferentes gerações pelo tema.
A fase piloto
O ConecteCoop foi testado em duas localidades: Campo Grande (MS) e Brasília (DF). Em Campo Grande, a dinâmica aconteceu no Poliesportivo Mamede Assem José, na Vila Almeida, reunindo 41 jogadores. Já em Brasília, a experiência foi realizada no estacionamento do Fórum de Planaltina, com a participação de 109 pessoas.
Ao todo, 150 participantes experimentaram o jogo, interagindo com a proposta de construir uma rede de conexões e descobrir, na prática, como o cooperativismo se fortalece pela soma de esforços.
No game, cada jogador assume um personagem que precisa conquistar cooperados virtuais ao longo de sua jornada. A cada desafio cumprido, a rede cresce, simbolizando como a colaboração gera impacto coletivo e amplia resultados. De forma simples e divertida, o público pôde entender a lógica da cooperação e os benefícios do modelo.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, o piloto confirmou que o game tem potencial de se tornar uma ferramenta estratégica para a comunicação do movimento.
“O ConecteCoop mostra que é possível explicar o cooperativismo de forma leve e envolvente. O piloto nos mostrou que o game tem potencial para ser utilizado em diferentes eventos e espaços, ajudando a atrair novos públicos para conhecer a nossa forma de organização”, avaliou.
Apoio das OCEs
A realização do piloto contou com o apoio das Organizações das Cooperativas Estaduais de Mato Grosso do Sul (OCB/MS) e do Distrito Federal (OCB/DF), que mobilizaram equipes e voluntários para viabilizar as ações. A parceria foi fundamental para garantir a estrutura, o engajamento e a receptividade local.
Inovação e futuro
O lançamento do ConecteCoop faz parte de uma estratégia mais ampla do Sistema OCB de investir em ferramentas inovadoras de aproximação com a sociedade. A ideia é que o game seja utilizado em grandes eventos, escolas, feiras, encontros comunitários e ambientes digitais, fortalecendo a presença do cooperativismo em diferentes espaços.
“Estamos sempre em busca de novas formas de dialogar com a sociedade. O ConecteCoop é mais uma prova de que o cooperativismo tem linguagem atual e pode se conectar com diferentes gerações”, concluiu Guilherme.
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INOVAÇÃO
Sistema OCB apoia internacionalização do empreendedorismo feminino
Evento promovido pela ApexBrasil reforça importância de impulsionar negócios liderados por mulheres
O Sistema OCB marcou presença no evento Mulheres e Negócios Internacionais – Territórios, promovido pela ApexBrasil no dia 10 de junho, em Salvador (BA). A ação teve como foco a capacitação, inspiração e conexão de mulheres empreendedoras com o mercado internacional e se insere no âmbito do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa que integra também a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino.
Representando o cooperativismo, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/BA, Jussiara Lessa, acompanhou a programação que contou com painéis, oficinas e apresentações de cases de sucesso protagonizados por mulheres de diferentes perfis, setores e faixas etárias. Segundo ela, o evento foi uma demonstração concreta de como a atuação em rede e o apoio institucional podem abrir portas para o empreendedorismo feminino no Brasil.
“Ficou evidente o quanto a parceria entre instituições como a ApexBrasil, Sebrae e Sistema OCB pode impulsionar mulheres empreendedoras — inclusive cooperadas — a expandirem seus negócios para o mercado internacional. Já temos cooperativas lideradas por mulheres com produtos de excelência e esse tipo de articulação fortalece caminhos para a exportação”, destacou Jussiara.
Durante o evento, foram apresentados exemplos como o da startup baiana EcoCiclo, criadora de absorventes biodegradáveis, e da empresa Latitude 13 Cafés Especiais, liderada por mulheres e responsável pela produção de cafés premiados cultivados na Chapada Diamantina. Muitos dos relatos destacaram a importância da formação empreendedora por meio de iniciativas como o curso Empretec, ofertado pelo Sebrae, e o apoio de políticas públicas que integram raça, gênero e desenvolvimento regional.
O evento também foi um espaço de escuta e acolhimento de diferentes trajetórias femininas, reforçando o valor da representatividade. Mulheres que começaram com poucos recursos, mas com muita determinação, dividiram o palco com empreendedoras consolidadas, em um ambiente de aprendizado mútuo.
O encontro contou com o apoio dos ministérios do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), das Mulheres, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Banco do Brasil, Correios e Sepromi, entre outros parceiros.
A atuação do Sistema OCB no evento também reforça uma das diretrizes do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a ApexBrasil. O ACT prevê, entre suas prioridades, o fortalecimento de iniciativas voltadas à igualdade de gênero, com foco especial no estímulo à internacionalização de negócios liderados por mulheres. Com essa diretriz, a parceria tem buscado ampliar a presença feminina nas ações de promoção comercial internacional, abrindo novas oportunidades para que cooperativas lideradas por mulheres possam alcançar mercados estrangeiros.
Por meio desse acordo, o Sistema OCB e a ApexBrasil têm somado esforços para garantir que mais cooperativas, especialmente aquelas protagonizadas por mulheres, tenham acesso às ferramentas, capacitações e ações estratégicas voltadas à exportação. A presença no evento realizado em Salvador reflete esse compromisso com a inclusão produtiva e com a promoção de um cooperativismo cada vez mais diverso e competitivo, alinhado à agenda ESG e às políticas públicas de desenvolvimento sustentável com recorte de gênero.
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17/06/2025

INOVAÇÃO
8ª EBPC incentiva pesquisa acadêmica como motor do cooperativismo
Edição 2025 busca ampliar debate sobre contribuição do setor para o desenvolvimento sustentável
O Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) chega à sua 8ª edição e reafirma o papel essencial no avanço das pesquisas sobre o cooperativismo no Brasil. Com o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, o evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília, e está com chamada aberta para submissão de trabalhos e iniciação científica até o dia 1º de junho.
Desde 2010, o EBPC tem se consolidado como o principal espaço de diálogo entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e os agentes de fomento ao setor. É um ambiente que valoriza o cooperativismo como um campo de estudo estratégico, multidisciplinar e profundamente conectado com os desafios contemporâneos da sociedade.
“Mais do que um evento científico, o EBPC é um espaço de construção coletiva de saberes. A cada edição, vemos crescer o interesse da academia pelo cooperativismo, o que demonstra a potência do setor como objeto de estudo e ação. Este ano, com o tema alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, vamos aprofundar o debate sobre o impacto do modelo cooperativista no desenvolvimento sustentável do país”, destaca Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
A oportunidade reforça o compromisso do EBPC com o fortalecimento da produção acadêmica qualificada e com o reconhecimento dos pesquisadores dedicados ao tema.
Os trabalhos devem se enquadrar em um dos cinco eixos temáticos:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Além da visibilidade científica, os trabalhos aprovados e apresentados no 8º EBPC serão convidados a participar do processo de Fast Track, um fluxo prioritário de publicação em revistas científicas renomadas. A participação deverá respeitar os critérios definidos por cada publicação (serão divulgadas em breve) e o aceite será facultado ao aceite dos autores. Para esta edição as revistas habilitadas são: .
Revista de Gestão e Organizações Cooperativas - RGC (UFSM) - ISSN 2359-0432
Brazilian Administration Review - BAR (ANPAD) - ISSN 1807-7692
Contabilidade Vista & Revista (UFMG) - ISSN 0103-734
Administração Pública e Gestão Social (UFV) - ISSN 2175-5787
Pesquisadores, estudantes e profissionais engajados na construção de um setor mais robusto e sustentável são convidados a contribuir com o evento. Submeta seu artigo científico ou de iniciação científica até 01 de junho no site do evento.
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17/04/2025

INOVAÇÃO
Sistema OCB estimula cultura de inovação com protagonismo coletivo
Programa de Ideias reúne colaboradores em jornada de colaboração e experimentação
Com o objetivo de estimular o pensamento criativo, fortalecer a cultura da inovação e impulsionar soluções com alto impacto institucional, o Sistema OCB promoveu, no dia 10 de abril, o workshop Como Gerar Boas Ideias, que reuniu cerca de 55 colaboradores em um encontro virtual conduzido pela especialista em transformação cultural e inovação, Mari Barbosa, parceira da ACE Cortex, consultoria de negócios.
A ação marcou o início do Programa de Ideias, iniciativa estratégica da entidade voltada à promoção da inovação de forma colaborativa e contínua entre os times da organização. Mais do que uma capacitação, o workshop foi um convite à experimentação. “Foi uma demonstração prática de como a inovação pode ser acessível a todos. Ver colaboradores de diferentes áreas realizando trocas e construindo juntos ideias que podem fazer a diferença no dia a dia do Sistema OCB é extremamente motivador”, declarou Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Para Hellen Beck, analista de inovação, o engajamento dos participantes foi inspirador. “Estou muito empolgada com o que estamos construindo juntos! O Programa de Ideias é uma grande oportunidade para colocarmos em prática nosso potencial criativo e, mais do que isso, para inovarmos de forma coletiva e com propósito, assim como o cooperativismo”, afirmou.
Durante a atividade, os participantes foram provocados a refletir sobre os conceitos de inovação, valor e impacto, a partir da compreensão de que boas ideias surgem da combinação entre desejo, viabilidade e execução. Por meio de dinâmicas práticas, o grupo foi incentivado a enxergar problemas sob novas perspectivas, relacionar desafios institucionais com oportunidades de inovação, e transformar insights em propostas concretas para submissão ao programa.
Segundo Mari Barbosa, iniciativas como a do Sistema OCB representam um importante passo para democratizar a inovação dentro das instituições. “Inovar não é algo distante, mas uma responsabilidade conjunta. Intraempreender é, acima de tudo, olhar para os desafios do dia a dia com curiosidade, colaboração e provocação”, disse. Para ela, “foi encantador ver esse comportamento durante o workshop, com cada participante contribuindo, escutando e sonhando um futuro de alto impacto para o Sistema OCB”, destacou.
Ao longo do encontro, temas como colaboração entre áreas, escuta ativa, construção coletiva e a conexão entre propósito e inovação permearam os exercícios propostos. As ideias apresentadas pelos participantes serão, agora, organizadas e inscritas no programa, que prevê novas etapas ao longo do ano para seleção, desenvolvimento e implantação das sugestões mais promissoras.
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14/04/2025

INOVAÇÃO
Consórcio internacional aponta caminhos para o cooperativismo digital
Fórum anuncia conferência sobre inteligência artificial e apresenta novos bolsistas
Na última terça-feira (01), foi realizada a primeira reunião oficial do Consórcio de Cooperativismo de Plataforma, uma iniciativa internacional que reúne pesquisadores, organizações e lideranças cooperativistas para discutir os rumos da economia de plataformas colaborativas e seus impactos sobre o futuro do cooperativismo.
Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, afirmou que a entidade é parceira do projeto e reforça seu compromisso com a inovação e com o acompanhamento das transformações que moldam os novos modelos de organização econômica e social. “Estamos atentos às mudanças na economia digital porque sabemos que elas impactam diretamente os modelos de organização produtiva e social e, por isso, queremos que o cooperativismo esteja na linha de frente desse futuro”, disse.
Sob a liderança de Trebor Scholz, professor e pesquisador reconhecido globalmente por seus estudos sobre cooperativismo digital, o consórcio atua como um fórum permanente de articulação, produção de conhecimento e construção de alternativas cooperativas para o universo das plataformas digitais. A iniciativa é apoiada pelo Institute for the Cooperative Digital Economy (ICDE), entidade independente voltada à pesquisa sobre os impactos da economia de plataformas colaborativas e cooperativas.
Durante a reunião, foram apresentados os novos bolsistas do ICDE, entre eles dois pesquisadores brasileiros que se destacaram internacionalmente por seus trabalhos sobre cooperativismo digital, economia solidária e tecnologias inclusivas.
O pós-doutor Kenzo Seto, atualmente na Faculdade de Direito de Yale, com doutorado em Comunicação pela UFRJ, estuda infraestruturas digitais descentralizadas e cooperativas de plataforma no Brasil e na Argentina. O foco de sua pesquisa está na soberania digital e na democracia econômica, que conecta direito, tecnologia e teoria política a partir de uma base de ativismo e organização coletiva entre trabalhadores da tecnologia.
Já Lila Gaudêncio, bolsista de Gates Cambridge e doutoranda na Universidade de Cambridge, dedica sua pesquisa à análise da plataforma E-dinheiro, do Brasil. Seu trabalho investiga como moedas comunitárias digitais podem transformar as finanças solidárias, promover governança cooperativa e democratizar a participação econômica por meio de fintechs orientadas por valores cooperativistas.
Para Guilherme Cost, acompanhar, de perto, o avanço da economia de plataformas colaborativas é fundamental para o futuro do cooperativismo brasileiro. “Essas transformações nos ajudam a antecipar mudanças, adaptar modelos de negócio e explorar novas formas de cooperação, tanto por meio da adoção de tecnologias quanto pelo surgimento de cooperativas inovadoras, mais conectadas com os desafios e oportunidades do nosso tempo”.
Durante a reunião, também foi anunciada a realização da primeira conferência global sobre Cooperativismo e Inteligência Artificial. Batizado de Cooperative AI, o evento será realizado entre os dias 11 e 14 de novembro, em Istambul (Turquia), e reunirá especialistas, cooperativistas e desenvolvedores de tecnologia para discutir os potenciais e os riscos da IA sob a ótica dos valores cooperativos.
A proposta é aprofundar o debate sobre como a inteligência artificial pode ser incorporada de forma ética, democrática e inclusiva no ambiente das cooperativas, promovendo ganhos de eficiência e inovação sem abrir mão da autonomia e da participação coletiva que são a base do modelo cooperativista.
Mais informações em podem ser encontradas no site do Consórcio
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Inscrições abertas para o 8º EBPC
Sistema OCB marca presença no Inova Cooperar 2025
08/04/2025

INOVAÇÃO
Inscrições abertas para o 8º EBPC
Evento reunirá pesquisadores do setor para debater avanços e desafios do coop
Estão abertas, nesta quinta-feira (20), as submissões de trabalhos para o 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), que neste ano trará o tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro.
Realizado pela primeira vez em 2010, o EBPC tem se consolidado como um dos principais espaços nacionais para a troca de conhecimento entre a academia, as cooperativas, os órgãos de representação e fomento, bem como demais interessados no cooperativismo. Ao longo de suas sete edições anteriores, o evento tem desempenhado um papel importante na disseminação de estudos e boas práticas voltadas ao fortalecimento do setor.
O evento será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília e reunirá pesquisadores, gestores de cooperativas, profissionais do sistema de aprendizagem e representantes do setor para debater os avanços e desafios do cooperativismo no Brasil.
Para Guilherme Souza Costa, o EBPC proporciona um debate enriquecedor sobre o futuro do cooperativismo. “A cada edição, o evento fortalece a troca de conhecimento e impulsiona novas perspectivas para o setor, evidenciando o cooperativismo como terreno fértil de pesquisa para toda a academia. Com o tema deste ano alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, aprofundamos o entendimento sobre o impacto e as oportunidades do cooperativismo no Brasil, com estímulo às pesquisas que contribuam para seu desenvolvimento sustentável”, disse.
Este ano, os trabalhos submetidos devem estar alinhados a um dos cinco eixos temáticos do evento:
Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo;
Educação, Inovação e Diversidade;
Governança e Gestão;
Contabilidade, Finanças e Desempenho;
Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais.
Os interessados podem submeter seus trabalhos até o dia 1º de junho. Os autores das 50 melhores pesquisas receberão apoio de custeio de deslocamento e hospedagem para participação presencial no evento.
Para mais informações sobre o evento, instruções para submissão de trabalhos e regras detalhadas, acesse os links:
Instruções gerais, áreas temáticas e detalhes do evento
Regras para submissãoSaiba Mais:
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21/03/2025

INOVAÇÃO
Sistema OCB oferece capacitação sobre fontes de fomento para região amazonense
Workshop promoveu imersão com dinâmicas práticas e relatos de boas práticas de sucesso
O Sistema OCB, em parceria com o Sistema OCB/AM, promoveu, entre os dias 30 e 31 de janeiro, uma imersão com o tema Fontes de Fomento para Inovação. O evento, realizado em Manaus, foi dividido em dois momentos: o primeiro, dedicado à equipe da Organização Estadual e, o segundo, voltado para 12 cooperativas e 34 cooperados locais.
O gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB Nacional, Guilherme Costa, explicou que a inovação só se materializa quando há recursos que permitem viabilizar boas ideias. “Esse workshop foi fundamental para empoderar as cooperativas, além de mostrar caminhos práticos para acessar as fontes de fomento e transformar seus projetos em realidade”, afirmou.
A imersão teve como objetivo capacitar os participantes para identificar e acessar diferentes fontes de financiamento e apoio à inovação, em formatos públicos e privados. Além disso, buscou desenvolver competências para a elaboração de projetos estruturados, com foco na captação de recursos.
Os participantes foram conduzidos por uma dinâmica dividida em duas etapas complementares. Começou com uma apresentação expositiva, que abordou as principais fontes de fomento disponíveis e destacou as oportunidades que podem ser aproveitadas pelas cooperativas. E seguiu com um treinamento prático, com realização de atividades voltadas para a construção de projetos aptos para submissão em editais de fomento.
No segundo dia, o evento também contou com relatos de boas práticas de cooperativas que já tiveram sucesso na captação de recursos, como a Copamart e a Copasa, que compartilharam suas experiências sobre o acesso às fontes de financiamento, enquanto a Unicred e o Sicoob Amazônia destacaram oportunidades de crédito específicas para cooperativas.
A superintendente do Sistema OCB/AM, Cláudia Sampaio, ressaltou que a capacitação foi um grande aprendizado. Ela destacou as oportunidades disponíveis para orientar as cooperativas no desenvolvimento de projetos inovadores por meio das diversas opções de fomento existentes. “As cooperativas que participaram saíram motivadas a desenvolver soluções utilizando as ferramentas apresentadas. O evento foi importante para o desenvolvimento do cooperativismo amazonense”, declarou.
O workshop buscou ainda sensibilizar as cooperativas da região amazônica sobre a importância do fomento à inovação e ampliou as possibilidades de acesso a recursos estratégicos. O analista de inovação do Sistema OCB, Eduardo Sampaio, destacou que a oportunidade foi excelente para que as cooperativas da região aprendessem mais sobre o tema. “Ficou evidente que os participantes saíram mais confiantes para construir projetos estruturados e aptos a captar recursos, além de ampliar as oportunidades de crescimento e inovação”, disse.
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04/02/2025

Todos os ramos
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Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

NEGÓCIOS
20/08/2025
CapacitaCoop: Novo curso prepara cooperativas para Reforma Tributária
Capacitação gratuita e online oferece orientação sobre adaptações fiscais
O Sistema OCB lançou o curso Reforma Tributária do Consumo para Cooperativas, disponível na plataforma CapacitaCoop. Gratuito e 100% online, o conteúdo foi desenvolvido para apoiar dirigentes, conselheiros fiscais, gestores tributários, auditores e contadores de cooperativas na compreensão das mudanças promovidas pela Reforma Tributária no Brasil.
O curso aborda a parte geral da reforma, com foco na tributação sobre o consumo e apresenta orientações sobre como as cooperativas podem se adaptar ao novo regime. A trilha de aprendizagem inclui vídeos explicativos, podcasts temáticos, atividades e e-books complementares.
Segundo a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, o tema exige atenção redobrada do setor. “A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro em décadas. Nosso objetivo é oferecer uma capacitação acessível, didática e consistente, que ajude as cooperativas a entenderem o impacto das mudanças e a se prepararem de forma estruturada para a transição”, afirmou.
A estrutura do curso contempla seis módulos principais: introdução à Reforma Tributária; alterações na tributação sobre o consumo; impactos operacionais e econômicos para as cooperativas; período de transição; apuração, recolhimento e declaração dos novos tributos; e compensação ou ressarcimento dos tributos substituídos.
Ao concluir os estudos e alcançar 70% de aproveitamento na avaliação de aprendizagem, o participante terá acesso ao certificado digital. O conteúdo foi elaborado com linguagem acessível, rigor técnico e foco em soluções práticas.
Clara também reforça a importância da mobilização das cooperativas: “Este é o momento de se antecipar. Quanto mais cedo dirigentes e gestores compreenderem as novas regras, mais preparados estaremos para manter a competitividade e o equilíbrio econômico do setor”, completou.
Além do curso geral, o Sistema OCB prepara a disponibilização de módulos específicos por ramos do cooperativismo, que serão lançados em uma segunda fase.
Como parte das ações de orientação técnica, o Sistema OCB publicou materiais específicos sobre a Reforma Tributária no boletim Panorama Coop Tributário. Duas edições já foram disponibilizadas, sendo a mais recente em 14 de agosto. Novas publicações estão previstas para os próximos meses, com análises detalhadas e foco nos impactos práticos da reforma para o cooperativismo.
Prepare sua coop para a Reforma Tributária, inscreva-se já e acompanhe o Panorama Coop.
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NEGÓCIOS
14/07/2025
Sistema OCB debate fortalecimento do crédito cooperativo com o MIDR
Diálogo mira expansão da participação das cooperativas de crédito nos Fundos Constitucionais de Financiamento
O Sistema OCB deu mais um passo estratégico para ampliar a presença e a contribuição do cooperativismo de crédito nas políticas públicas de desenvolvimento regional. Em reunião nesta segunda-feira (14), com o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Corrêa Tavares, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, apresentou as propostas construídas pelo setor para otimizar o uso dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCFs).
O encontro teve como objetivo alinhar agendas e reforçar o papel do cooperativismo como parceiro estratégico da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para Tania Zanella, a atuação do setor é essencial para ampliar o alcance dos recursos públicos a comunidades e municípios das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
“Levamos ao ministério uma contribuição técnica que nasce da experiência prática das nossas cooperativas de crédito, que já operam os recursos dos fundos e conhecem de perto as necessidades das regiões. É uma pauta construída a várias mãos, com a participação dos principais sistemas cooperativos e das nossas organizações estaduais”, destacou Tania.
Atualmente, as cooperativas de crédito desempenham um papel crescente nos repasses dos Fundos Constitucionais. Dados apresentados durante a reunião mostram que, entre 2019 e 2024, a cobertura municipal do cooperativismo passou de 25,6% para 42,4% no Norte e de 59,3% para 78,8% no Centro-Oeste. Esse avanço se deve, em grande parte, ao aumento significativo da participação direta do sistema nos repasses, o que ampliou a inclusão financeira em áreas antes desassistidas.
Agenda propositiva
Entre os principais pontos discutidos com o secretário Eduardo Tavares, estão o reconhecimento formal do cooperativismo de crédito como parceiro estratégico da PNDR, a realização de um evento institucional no MIDR para entrega das propostas do setor, e o convite para participação do Sistema OCB nas reuniões dos Conselhos Deliberativos (Sudene, Sudam e Sudeco).
“O cooperativismo está pronto para contribuir ainda mais com o desenvolvimento regional. Nossas propostas visam melhorar a governança, dar mais previsibilidade e eficiência aos repasses e garantir equidade nas condições de acesso aos recursos”, explicou a superintendente.
O secretário Eduardo Tavares reconheceu o potencial transformador do setor e se mostrou receptivo às pautas apresentadas. Segundo ele, a integração do cooperativismo às políticas públicas pode ampliar o impacto social e econômico dos fundos.
As propostas apresentadas ao MIDR trazem medidas voltadas aos eixos legislativo e regulatório, com foco na melhoria da operacionalização dos fundos e na ampliação da participação do cooperativismo no planejamento e execução das políticas públicas. “A união de esforços entre bancos administradores e cooperativas é fundamental para otimizar os recursos e garantir que eles cheguem a quem mais precisa. Nosso compromisso é com uma política de desenvolvimento regional mais eficiente e inclusiva”, concluiu Tania.
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NEGÓCIOS
Programa ESGCoop leva Solução Eficiência Energética à Cotripal no RS
Equipe técnica realizou diagnóstico para otimizar o consumo de energia e reduzir emissões de GEE na cooperativa
A Cotripal, cooperativa agro com sede em Panambi (RS), recebeu entre os dias 24 e 27 de junho a visita técnica do Programa ESGCoop – Solução Eficiência Energética, iniciativa coordenada pelo Sistema OCB em parceria com a OCERGS. A ação integra a terceira fase da Solução e contou com um detalhado mapeamento de oportunidades para aprimorar a gestão do consumo de energia, reduzir emissões de gases de efeito estufa e otimizar custos operacionais.
A visita incluiu uma programação intensa: reuniões iniciais com a diretoria para apresentação da metodologia, inspeções técnicas no frigorífico e no complexo de varejo – que engloba supermercado, açougue, restaurante e magazine – e, por fim, um encontro final para compartilhar impressões preliminares do diagnóstico. Todas as atividades foram acompanhadas de perto pela equipe de engenharia da Cotripal, que participou ativamente das discussões e levantamento de dados.
“Ao aplicar esse diagnóstico, estamos contribuindo para que a Cotripal avance na eficiência energética e se fortaleça enquanto agente de transformação ambiental e social. Essa é uma das formas de o cooperativismo demonstrar seu compromisso com as agendas globais de sustentabilidade”, destacou Laís Nara Castro, analista de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Para Thiago dos Santos, gerente de engenharia da Cotripal, o trabalho já está gerando reflexões importantes para a cooperativa. “Apesar de estarmos na fase de levantamento e sem o diagnóstico final, já percebemos a seriedade e o rigor técnico da consultoria. A eficiência energética vai além do aspecto econômico; está ligada ao nosso compromisso com a sustentabilidade e com os valores do cooperativismo”, afirmou.
O gerente ressaltou ainda que o apoio da equipe técnica da consultoria Stride conseguiu envolver todos os setores da cooperativa e trouxe uma abordagem organizada e prática. “O apoio do Sistema OCB e do Sistema Ocergs nos dá segurança para implementar melhorias efetivas. Essa parceria agrega muito valor e nos permite enxergar oportunidades que, no dia a dia, poderiam passar despercebidas”, completou Thiago.
O diagnóstico realizado na Cotripal é parte de um movimento mais amplo de apoio às cooperativas brasileiras na busca por uma gestão mais eficiente e alinhada às boas práticas ambientais. A Solução Eficiência Energética, que faz parte do Programa ESGCoop, já conta com a participação de 15 cooperativas em diferentes estados brasileiros. A proposta é que, a partir dessas análises técnicas, sejam elaborados planos de ação com soluções de curto, médio e longo prazos.
“Essa etapa presencial é essencial porque permite identificar, in loco, como cada cooperativa pode reduzir desperdícios, modernizar processos e avançar no uso consciente de recursos naturais. Estamos falando de ganhos ambientais, mas também de eficiência operacional e redução de custos, o que reforça o papel do cooperativismo como protagonista do desenvolvimento sustentável”, explicou Laís.
A iniciativa se alinha diretamente ao compromisso do cooperativismo com a Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à energia limpa e acessível, ação contra as mudanças climáticas e consumo responsável.
“Estamos confiantes de que o diagnóstico final nos trará insights valiosos e propostas viáveis, que poderão ser incorporadas de forma estratégica ao nosso planejamento. Isso reforça nossa responsabilidade ambiental e o cuidado com os recursos naturais, além de garantir mais eficiência para nossos processos internos”, concluiu Thiago.
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03/07/2025

NEGÓCIOS
Cooperativismo avança em indicadores ESG e soluções sociais com foco no impacto
Sistema OCB promove encontros estratégicos para fortalecer práticas sustentáveis e inclusivas
Nos dias 24 e 25 de junho, o Sistema OCB promoveu dois encontros estratégicos para incentivar a construção de uma sociedade mais sustentável, inclusiva e inovadora. As reuniões do Grupo de Trabalho ESGCoop e da Câmara Temática Social reuniram representantes de cooperativas, organizações estaduais do Sistema OCB, sistemas organizados e especialistas para avançar na construção de indicadores ESG e no fortalecimento das soluções sociais do movimento.
No dia 24, foi realizada a reunião presencial do Grupo de Trabalho ESGCoop, com foco na construção dos indicadores específicos para o Ramo Saúde. Participaram integrantes das Organizações Estaduais (OCEs) (Ocemg, Ocesp, Ocesc e Ocepar), dos sistemas Unimed e Uniodonto, além de cooperativas convidadas especialmente para compor um grupo de especialistas: Uniodonto Manaus, Coopanest-CE, Unimed Federação Minas, Unimed Campo Grande, Unimed Londrina, Uniodonto Campinas, Unimed Nacional, Unimed FESP, Unimed Fortaleza, COOENF/PR, Unimed do Brasil, Uniodonto do Brasil, Fencom, CoopCare (DF) e Uniodonto Porto Alegre.
A agenda deu continuidade ao processo iniciado com uma reunião online preparatória, no dia 13 de junho, e teve como objetivo avaliar, com base em metodologia especializada, os indicadores que melhor representam o desempenho ESG das cooperativas de saúde. Além disso, o encontro marcou a participação de diversas cooperativas que integraram o GT ESGCoop pela primeira vez, fortalecendo a representatividade e a diversidade de experiências no debate.
Jacqueline Oliveira Estevan, diretora de Governança, Risco e Compliance, da Uniodonto Campinas, destacou a aplicação prática dos debates. “A gente pôde olhar na prática, no operacional, e trazer isso para o dia a dia. É você pegar o ESG e colocar ali na operação. O resultado disso para as cooperativas vai ser gigante”.
Para Luis Antônio Schmidt, gerente geral do Sistema Ocesp, o ponto forte da construção coletiva está na legitimidade do processo. “Esse trabalho só tem relevância porque foi construído a várias mãos. O envolvimento direto das cooperativas, com apoio das unidades estaduais e do Sistema OCB, torna o resultado mais concreto e aplicável”, afirmou.
O grupo já havia concluído os indicadores universais — válidos para todos os ramos — e os indicadores específicos do crédito. O próximo passo será a validação e homologação, até agosto de 2025, da lista final de indicadores ESG para o Ramo Saúde.
Soluções sociais
Já no dia 25, a 3ª reunião presencial da Câmara Temática Social reuniu representantes das OCEs (Ocemg, Ocesp, Ocergs e Ocepar), além de integrantes de sistemas organizados como Sicoob Confederação, Fundação Sicredi, Ailos, Cresol, Infracoop, Unicred e Unimed do Brasil. O encontro teve como foco promover o diálogo e a construção coletiva em torno das soluções sociais alinhadas à Agenda ESG.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, deu início às atividades apresentando as soluções sociais e a conexão entre as ações do diagnóstico ESGCoop e os projetos de impacto social. Ela ressaltou que essas iniciativas são parte essencial do modelo de negócios cooperativista e respondem de forma concreta às demandas da sociedade. “As soluções sociais não são ações paralelas — elas estão no centro do modelo de negócios do cooperativismo. São projetos que nascem da base, com propósito claro de transformar realidades, gerar inclusão e desenvolver comunidades”, declarou.
A especialista em Diversidade Cultural e Inclusão Gisele Gomes ministrou a palestra ID&E como infraestrutura de inovação, Gisele provocou reflexões sobre o uso de dados e evidências para fortalecer soluções sociais mais eficazes e orientadas à realidade das comunidades, destacando o potencial transformador da informação bem estruturada.
A Câmara Temática Social atua como um espaço estratégico para fortalecer e disseminar práticas de impacto social no cooperativismo. Ao reunir representantes de diferentes ramos, amplia o alcance das discussões e incentiva a criação de soluções intercooperativas para o desenvolvimento sustentável.
Ainda segundo Débora, a realização articulada desses dois encontros evidencia o compromisso do Sistema OCB com uma atuação integrada nas dimensões econômica, social e ambiental do cooperativismo. “Consolidar indicadores ESG e potencializar as soluções sociais é posicionar as cooperativas como protagonistas de um modelo de desenvolvimento mais justo, responsável e transformador”, complementou.
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27/06/2025

NEGÓCIOS
Parceria CIEE e Sistema OCB fortalece formação de jovens aprendizes
Proposta atende diretrizes do Ministério do Trabalho e reforça papel do cooperativismo na inclusão produtiva da juventude
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) firmaram uma parceria estratégica para incluir o cooperativismo nos programas de formação da aprendizagem profissional, conforme previsto na Portaria 3.872/2023 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Com base no artigo 18 da normativa, que determina a abordagem de conteúdos sobre cooperativismo e empreendedorismo autogestionário com foco na juventude, o Sistema OCB, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), desenvolveu um material didático completo e adaptável para jovens aprendizes. A iniciativa visa apoiar entidades formadoras, como o próprio CIEE, no cumprimento da legislação e, sobretudo, na formação cidadã e profissional de adolescentes e jovens.
O conteúdo foi elaborado para uso em diferentes modalidades (presencial, híbrida e à distância), com cargas horárias flexíveis entre 8 e 16 horas. As apostilas dos aprendizes combinam teoria e prática em uma linguagem acessível e preparada para promover competências técnicas, sociais e colaborativas. Já os guias dos instrutores oferecem suporte pedagógico completo, com orientações para aplicação dos conteúdos em sala de aula e no ambiente virtual.
Além disso, foi criado um guia exclusivo para as entidades formadoras, que apresenta as possibilidades de uso do material. A parceria também contempla sugestões de cursos e vídeos da CapacitaCoop, plataforma de ensino EAD do Sistema OCB, que podem ser incorporados aos programas permanentes de capacitação de instrutores, conforme exige o artigo 10 da Portaria.
“Acreditamos que o cooperativismo é uma poderosa ferramenta de transformação social, especialmente para os jovens em fase de iniciação profissional. Com essa parceria, estamos ajudando a construir um futuro mais colaborativo, justo e sustentável”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
“A parceria com o Sescoop reforça o compromisso do CIEE em oferecer conteúdos de qualidade aos aprendizes. O cooperativismo é um tema fundamental e crucial para o desenvolvimento econômico e social do país e passar esse conhecimento para a juventude é imprescindível”, ressalta Elaine Bancalá, gerente Nacional de Aprendizagem do CIEE.
A ação também reforça o compromisso das instituições com a qualificação profissional da juventude brasileira e com a disseminação dos princípios cooperativistas como alternativa viável e promissora de geração de renda, inclusão produtiva e protagonismo juvenil.
O cooperativismo emprega, segundo o Anuário do Cooperativismo 2024, mais de 550 mil pessoas em todo o Brasil e as perspectivas de crescimento são expressivas. São 23,4 milhões de cooperados que geraram R$ 692 milhões em movimentação financeira em 2023. Com o desafio BRC 1 TRI, o objetivo até 2027, é chegar a 30 milhões de cooperados e R$ 1 trilhão em movimentação.
O CIEE, por sua vez, tem 61 anos de atuação e é a maior ONG de inclusão social e empregabilidade jovem da América Latina dedicada à capacitação profissional de jovens e adolescentes. A instituição, responsável pela inserção de 7 milhões de brasileiros no mundo do trabalho, mantém uma série de ações socioassistenciais voltada à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações prioritárias.
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26/06/2025

NEGÓCIOS
Cooperativas ganham destaque na Naturaltech 2025
Maior feira de alimentos naturais da América Latina reuniu 800 expositores e 1,7 mil marcas
O cooperativismo brasileiro marcou presença na 19ª edição da Naturaltech & Bio Brazil Fair, realizada entre os dias 11 e 14 de junho, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Considerada a maior feira de alimentos naturais, orgânicos e saudáveis da América Latina, a Naturaltech reuniu mais de 800 expositores e 1,7 mil marcas, com expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes ao longo do evento.
Pelo segundo ano consecutivo, o Sistema OCB participou da Naturaltech com o estande institucional SomosCoop – Cooperativas do Brasil, reforçando o compromisso com a promoção de negócios, visibilidade de marca e acesso a mercados estratégicos. A ação foi coordenada pela área de Negócios da entidade, que busca fortalecer a presença cooperativista em segmentos promissores da economia.
“O cooperativismo tem muito a contribuir com o mercado de produtos naturais, e eventos como esse são fundamentais para mostrar a qualidade, a diversidade e o potencial comercial das nossas cooperativas. A Naturaltech é um espaço estratégico para ampliar conexões, gerar negócios e promover a marca cooperativista no cenário nacional e internacional”, destacou Jean Fernandes, analista da Coordenação de Negócios do Sistema OCB.
Participaram da feira 12 cooperativas de diferentes estados brasileiros (BA, ES, MG, PA, PR, RS, SC e SP), com produtos que vão de cafés especiais a sucos, vinhos, espumantes, doces, queijos, mel e frutas nativas. O estande recebeu grande fluxo de consumidores, distribuidores, redes varejistas e representantes de food service, com destaque para negociações com grandes players como Sam's Club, Outback e rede Zeferino.
A engenheira de alimentos Leidiane Vieira, da Cooperlad (BA), destacou a importância da participação na Naturaltech. “Foi uma oportunidade grandiosa para nós. Fizemos contatos com compradores, apresentamos amostras de polpas de frutas e projetamos a criação de um centro de distribuição em São Paulo. Isso representa mais trabalho, renda e desenvolvimento para nossos cooperados”.
Carlos Lima, presidente da CONAP (MG), celebrou os resultados obtidos durante a feira. “Tivemos a chance de dialogar com redes varejistas, exportadores e consumidores que valorizam um produto diferenciado. Essa interação direta reforça a importância de investir na apresentação, na padronização e na expansão da presença dos nossos produtos no mercado nacional e internacional”, declarou.
Para Eliane Lopes, da Cooperativa Vinícola Nova Aliança (RS), a Naturaltech foi estratégica. “Levamos nossa missão junto com nossos produtos. Estabelecemos contatos com distribuidores e exportadores, recebemos feedback positivo e saímos com importantes insights para o desenvolvimento de novos produtos”.
Já Giulia Castellani, do setor comercial da CAISP (SP), reforçou o impacto institucional da presença no evento. “Participar de uma feira dessa magnitude fortalece nossa marca e nos conecta com consumidores, varejistas e potenciais parceiros. O apoio da OCB tem sido essencial para nosso posicionamento no mercado”.
A participação também foi comemorada por Alysson Kaiper, da Sanjo (SC). “Tivemos a visita de clientes estratégicos e potenciais novos parceiros. A estrutura e o suporte da OCB nos permitiram mostrar a força da nossa cooperativa. Esperamos estar nas próximas edições”, salientou.
As cooperativas participantes foram: Cafesul, Amazoncoop, Cocamar, Witmarsum, Nova Aliança, CCGL, Vinícola Aurora, Sanjo, Coopafasb Caisp, Conap e Cooperlad.
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Sistema OCB lança rodada internacional de negócios para coops de café
Carimbo SomosCoop inspira engajamento e escolha consciente
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18/06/2025

NEGÓCIOS
Sistema OCB lança rodada internacional de negócios para coops de café
Evento coordenado pela área de Negócios será realizado em Belo Horizonte no dia 4 de novembro
Com o objetivo de ampliar a presença internacional das cooperativas brasileiras e gerar novas oportunidades comerciais no mercado externo, o Sistema OCB realizará, no dia 4 de novembro de 2025, em Belo Horizonte (MG), a 1ª Rodada de Negócios Internacional para Cooperativas Produtoras de Café. A iniciativa integra o Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional e acontecerá na véspera da abertura da Semana Internacional do Café (SIC), um dos maiores eventos do setor no país.
A rodada contará com uma estrutura completa de apoio às cooperativas selecionadas, incluindo consultoria especializada para prospecção de compradores internacionais, sessões de preparação, tradução durante as negociações e custeio de passagem aérea para um representante por cooperativa. Serão até 15 cooperativas escolhidas para participar da ação, com base nos critérios definidos no regulamento da chamada. As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho, por meio de formulário.
Segundo Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, a iniciativa marca um avanço importante na estratégia de internacionalização do cooperativismo agropecuário. “Essa rodada representa uma grande oportunidade para as cooperativas que desejam exportar e se posicionar no mercado internacional. É um espaço estratégico para gerar negócios, ampliar conexões e mostrar a força e a qualidade do café cooperativista brasileiro”, destacou.
A proposta pretende conectar diretamente as cooperativas com compradores internacionais alinhados com a sua oferta de produtos, promovendo a geração de negócios e a inserção do cooperativismo no mercado global. Além disso, as cooperativas participantes terão acesso a sessões preparatórias com foco em formatação de proposta comercial, precificação para exportação e estratégias de negociação internacional.
“Queremos que nossas cooperativas estejam cada vez mais preparadas para acessar o mercado externo com segurança, qualidade e profissionalismo. Essa rodada internacional foi pensada para oferecer suporte real às cooperativas, desde a preparação até o momento da negociação”, reforçou Débora.
O Programa NegóciosCoop – Mercado Internacional é uma das frentes de atuação do Sistema OCB voltadas ao fortalecimento da competitividade das cooperativas brasileiras. Por meio de soluções como Qualificação para Exportação e Promoção Internacional, o programa oferece formação técnica, apoio logístico e oportunidades reais de negócios em feiras, missões e rodadas comerciais.
Podem participar da seleção cooperativas agropecuárias produtoras de café, regularmente registradas no Sistema OCB, que atendam aos critérios mínimos de elegibilidade — como ter material promocional em inglês, certificações de qualidade, café beneficiado (torrado, moído ou em cápsulas) e participação em programas de qualificação do Sistema OCB. A presença de mulheres em cargos de liderança e o domínio do inglês pelo representante indicado também contam pontos no processo seletivo.
As cooperativas interessadas devem estar atentas aos prazos e às responsabilidades previstas no regulamento. Após a seleção, será necessário assinar o termo de compromisso, participar das sessões preparatórias e apresentar documentação de viagem para prestação de contas.
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18/06/2025

NEGÓCIOS
Semana de Competitividade inspira coops com inovação e propósito
Evento reuniu cerca de 800 comunicadores em três dias de imersão e troca estratégica
Durante três dias intensos, Brasília foi o ponto de encontro de comunicadores, lideranças, influenciadores e entusiastas do cooperativismo que participaram da Semana de Competitividade 2025, promovida pelo Sistema OCB. O evento reuniu cerca de 800 participantes em uma jornada de conhecimento, inspiração e conexão, com foco em fortalecer a identidade, a comunicação e a inovação das cooperativas brasileiras.
A programação da Semanafoi estruturada para oferecer uma experiência imersiva, prática e estratégica. Foram 30 palestras, quatro trilhas temáticas, quatro labs e uma experiência gamificada, que mobilizaram os participantes em torno de temas centrais para o futuro do movimento cooperativista.
A abertura oficial ficou por conta do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que ressaltou a importância da comunicação como ferramenta de transformação e competitividade para o setor. “Vamos comunicar em rede, com estratégia, emoção e coragem. Juntos, vamos mostrar ao Brasil e ao mundo porque as cooperativas constroem um mundo melhor. A nossa capacidade de transformação é enorme”, declarou.
Logo após, um painel sobre comunicação com propósito, mediado por Glenda Kozlowski, reuniu influenciadores que já participaram de ações anteriores com o SomosCoop como Dani Colombo, Mari Kruger e Betto Auge. “Estamos falando de emoção, de propósito real. Comunicação com propósito não é uma tendência, é uma necessidade para que as marcas cooperativas façam sentido na vida das pessoas”, destacou Dani Colombo.
Glenda aproveitou para anunciar a estreia da 4ª temporada da websérie SomosCoop na EstradaSomosCoop na Estrada, que leva o público a uma jornada audiovisual por sete estados do Norte e Nordeste, revelando como o cooperativismo transforma vidas mesmo em contextos de escassez e desigualdade. Os episódios retratam histórias reais de inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento protagonizadas por cooperativas locais.
A programação também contou com a plenária SomosCoop: o movimento que conecta e transforma, conduzida pela gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, que apresentou os próximos passos da campanha nacional do cooperativismo e o carimbo SomosCoop — ferramenta que fortalece a identidade visual do movimento.
A gerente resumiu o sentimento que impulsionou o evento. “O Ano Internacional das Cooperativas declarado pela ONU, foi a oportunidade perfeita para a gente juntar a nossa força e falar do cooperativismo, levar o cooperativismo cada vez mais longe, mais próximo da sociedade, das pessoas que procuram escolhas conscientes”, destacou. “A gente conseguiu se reunir, trocar boas práticas, discutir, avaliar esse futuro e, o mais importante de tudo, alinhar uma comunicação conjunta e mostrar que juntos somos mais fortes.”
Fechando as plenárias do primeiro dia, o designer e especialista em branding, Fred Gelli, trouxe a provocação: qual é a vantagem competitiva que só o cooperativismo tem? Para ele, o propósito é o maior diferencial das cooperativas e deve estar no centro de toda construção de marca. “O que move as pessoas não é o produto. É o porquê. E o cooperativismo tem isso como essência. É nisso que está o seu maior valor”, afirmou Gelli.
Conteúdo estruturado
A programação da Semana foi organizada em quatro trilhas temáticas simultâneas, que refletiram os principais desafios e oportunidades da comunicação no cooperativismo:
Planejamento e Dados: explorou inteligência estratégica, métricas, IA e tendências de mercado;
Branding: abordou identidade, storytelling e construção de marcas cooperativas fortes;
Comunicação Institucional: debateu reputação, imprensa, media training e fidelização;
Marketing: trouxe insights sobre segmentação, marketing de relacionamento e economia da atenção.
As trilhas aconteceram ao longo de todo o segundo dia e permitiram que os participantes circulassem entre temas de interesse, aprofundando conhecimentos e compartilhando experiências com especialistas e colegas de outras cooperativas.
Complementando a parte teórica, quatro labs práticos promoveram oficinas e atividades aplicadas sobre temas como comunicação digital, ativação do carimbo coop, design de campanhas e estratégias de engajamento. Os participantes vivenciaram dinâmicas de cocriação e resolveram desafios reais, com apoio de especialistas em cada tema.
No lab de Comunicação Institucional, simulações de entrevistas e atividades de gestão de crise ajudaram as cooperativas a estruturarem planos eficazes e prepararem seus porta-vozes. Já nos labs de Branding e Marketing, os grupos trabalharam o posicionamento de marca, a identificação de públicos e estratégias de engajamento com base em dados e tendências de consumo. No lab de Planejamento e Dados, por sua vez, o destaque foi o uso de indicadores reais como base para a estratégia.
Caminhos que seguem
O último dia da Semana de Competitividade foi marcado por reflexões estratégicas e anúncios importantes para o futuro da comunicação no cooperativismo. Um dos destaques foi a plenária Comunicar para cooperar: estratégias que conectam pessoas e negócios, mediada por Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB. O painel marcou também o lançamento do livro Comunicação e Marketing no CooperativismoComunicação e Marketing no Cooperativismo, uma publicação inédita com artigos, orientações práticas e cases inspiradores de cooperativas. Samara provocou o público ao lembrar que, sem comunicação clara e estratégica, o cooperativismo não consegue mostrar ao mundo a sua verdadeira força transformadora.
Ao lado de especialistas como Patrícia Marins, Samira Cardoso e Renan Silvestre, o painel discutiu gestão de reputação, marketing analítico, publicidade eficaz e o uso inteligente de dados. Os convidados reforçaram que comunicar também é cooperar — e que, ao dominar a linguagem da conexão e da estratégia, as cooperativas ganham espaço no imaginário social. O recado foi claro: comunicação precisa de propósito, planejamento e dados para gerar impacto real.
Durante o encerramento, a superintendente Tania Zanella anunciou o lançamento da Rede Comunica Coop, uma iniciativa que inaugura uma nova fase de conexão entre comunicadores das cooperativas de todo o Brasil. A proposta é transformar o grupo criado durante o evento em uma comunidade ativa e permanente, dedicada ao compartilhamento de experiências, boas práticas e estratégias de comunicação. A rede será organizada pelas Organizações Estaduais (OCEs), e funcionará como um espaço de aprendizado contínuo, troca de ideias e articulação nacional das ações de comunicação cooperativista.
Outra novidade apresentada durante a Semana de Competitividade foi a trilha Comunicação e Marketing no Cooperativismo, da plataforma CapacitaCoop. Gratuita, on-line e certificada, ela reúne oito temas voltados para profissionais de comunicação e marketing das cooperativas, com foco em desafios reais do setor. Com carga horária total de 36 horas, os conteúdos abordam desde fundamentos do marketing até temas como branding, análise de mercado, comunicação de crise e definição de OKRs.
O evento contou ainda com um experiência gamificada e dinâmica que convidou os participantes a completarem dez ativações espalhadas pelo espaço para conquistar selos e trocar por brindes na loja temática. Com propostas interativas e educativas, as ativações abordaram temas como o Ano Internacional das Cooperativas, COP30, CapacitaCoop, Carimbo SomosCoop, Sala Sensorial e muito mais.
Compromisso com a sustentabilidade
Por fim, o evento se destacou por ações concretas de sustentabilidade e inclusão. Desde o credenciamento, os participantes puderam calcular a pegada de carbono individual de suas viagens, promovendo a conscientização sobre o impacto ambiental dos deslocamentos. Todas as emissões do evento — cerca de 213 toneladas de carbono equivalente — foram integralmente neutralizadas por meio do Programa REDD+Vale do Jari.
Além disso, medidas como a coleta seletiva, a redução de materiais impressos e o uso de alternativas digitais e reutilizáveis reforçaram o cuidado com os resíduos e o uso responsável dos recursos. “Com essa ação, mostramos que o compromisso do cooperativismo com a sustentabilidade vai além do discurso. É uma prática concreta, conectada com a agenda global e com as futuras gerações”, reforçou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Participação e impacto
A Semana de Competitividade foi marcada ainda por momentos de grande inspiração e conteúdo de alto impacto. A Raissa Costa, do Sicoob Central Norte, resumiu a emoção de participar: “Foi uma experiência extraordinária. Três dias de imersão e eu nunca imaginei que estaria vivendo esse momento. Foi único.”
Para Vanessa Zandonade, da Coopermota (SP), o evento foi uma demonstração da força coletiva do cooperativismo: “Estamos com 800 pessoas reunidas para falar sobre comunicação e cooperativismo. A gente percebe a grandeza do que fazemos e o quanto temos potência para transformar realidades — não só das cooperativas, mas das comunidades onde estamos inseridos.”
O gestor de Comunicação da Comunicoop (RJ), Paulo Montenegro, elogiou o fato de a Semana de Competitividade ter como tema a comunicação cooperativa. “Foi muito importante vivenciar essa dimensão do nosso movimento e explorar todas as suas nuances com tanta profundidade”.
“Foi um evento muito completo. As plenárias, trilhas, ativações e estandes trouxeram aprendizados valiosos. A Sala Sensorial, por exemplo, foi uma experiência única para mim. Percebi o quanto é importante não ficarmos apenas no discurso, mas transformar essas reflexões em ações práticas. Saio daqui com uma bagagem muito positiva, com informação, conhecimento e motivação para ajudar a propagar ainda mais o cooperativismo”, completou Maria Lidiane, da Coomarca (SC).
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16/06/2025

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
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Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

ESG
01/09/2025
Programa NegóciosCoop impulsiona avanços em oito cooperativas do DF
Cooperativas de reciclagem concluem ciclo piloto e recebem certificados durante a II CIRSOL
Oito cooperativas de reciclagem do Distrito Federal celebraram, na quinta-feira (28), a conclusão do ciclo piloto do Programa NegóciosCoop, iniciativa do Sistema OCB voltada ao fortalecimento da gestão e do desenvolvimento de negócios cooperativos. A formatura foi realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, durante a II Conferência Internacional de Resíduos Sólidos e Saneamento (CIRSOL), um dos mais relevantes encontros internacionais do setor.
O evento contou com a presença de representantes do Sistema OCB Nacional, do presidente da OCB/DF, Remy Gorga Neto, e da Coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Samara Sousa de Lima. A programação incluiu a apresentação da evolução das cooperativas pela equipe da Mapa Consultoria,a entrega dos certificados às cooperativas.
Participaram do ciclo as cooperativas Cooperdife, Coopere, Coorace, Ecolimpo, Plasferro, Recicle a Vida, Recicla Mais Brasil e Rede Alternativa. Cada uma trilhou seu caminho de evolução ao longo do programa, mas todas encerraram o percurso com avanços na organização, gestão e sustentabilidade de seus negócios.
Pilares
O Diagnóstico de Negócios é estruturado em cinco pilares — organização social, produção, gestão, verticalização da cadeia e mercado — e tem como objetivo fortalecer as cooperativas como empreendimentos sustentáveis, capazes de gerar impacto econômico e social positivo. Durante 12 meses, as cooperativas passaram por diagnósticos, módulos de capacitação e mentorias que resultaram em avanços consistentes.
Os dados comprovam essa evolução. De forma geral, as cooperativas registraram maior engajamento de cooperados em assembleias e reuniões, melhorias na gestão e governança, além de fortalecimento da comunicação interna e externa. Houve também conquistas em termos de parcerias estratégicas e editais, além de aumento de receitas médias e da renda dos cooperados.
Entre os destaques, uma das cooperativas saltou de uma média de 6,1 para 8,8 no diagnóstico final. Nesse período, ampliou em 12% a comercialização, em 40% as parcerias e em 33% a renda média dos cooperados, que passou de R$ 1.500 para R$ 2.000. A receita média também cresceu 15%, de R$ 93 mil para R$ 107 mil. Outra cooperativa, já bem estruturada, avançou de 9,0 para 9,4 no diagnóstico, com ênfase no pilar de organização social. Sua receita média aumentou em 40%, saltando de R$ 499 mil para R$ 699 mil.
Para Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, os resultados demonstram o impacto positivo da solução. “O Programa NegóciosCoop mostrou que, quando as cooperativas se dedicam ao processo, os ganhos aparecem em todas as frentes. Observamos melhorias de gestão, fortalecimento de lideranças e resultados econômicos expressivos. Isso dá sustentabilidade ao negócio e valoriza o trabalho dos cooperados”, destacou.
Ainda segundo a gerente, mesmo diante de desafios, como limitações estruturais e mudanças contratuais na coleta seletiva que afetaram a comercialização de materiais, o programa conseguiu gerar avanços concretos. “Entre eles, está a criação de fundo de reserva, atualização de estatutos, formalização de regimentos internos e melhorias físicas nos espaços de trabalho”, acrescentou.
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ESG
29/08/2025
ESGCoop: Cresol Baser conclui diagnóstico de eficiência energética
Projeto piloto aponta oportunidades de economia, inovação e sustentabilidade para a cooperativa
A Cresol Baser acaba de concluir a terceira etapa do projeto piloto de diagnóstico de eficiência energética, iniciativa do Programa ESGCoop em parceria com o Sistema OCB. O trabalho realizado em agosto identificou oportunidades concretas de otimização no consumo de energia, reforçando o papel estratégico do cooperativismo na promoção de práticas sustentáveis, inovadoras e alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Durante o levantamento, técnicos avaliaram o desempenho energético das instalações da cooperativa e apontaram aspectos que já colocam a Cresol em posição de destaque no setor, como a utilização de tecnologias de ponta em climatização e automação predial. O relatório também detalhou potenciais ganhos com a implementação de gestão de performance, manutenção preditiva e planejamento energético de longo prazo, além da análise de alternativas como autogeração de energia e migração para o mercado livre.
Para o presidente da Central Cresol Baser e do Cresol Instituto, Alzimiro Thomé, a iniciativa fortalece a missão da cooperativa. “O projeto de eficiência energética é estratégico para a Cresol porque une sustentabilidade, viabilidade financeira, inovação e impacto ambiental. A conclusão desta etapa mostra, na prática, como é possível reduzir custos, fortalecer comunidades e gerar benefícios diretos para os cooperados. Seguimos confiantes na implementação do plano de ação, que vai consolidar ainda mais esse compromisso”, afirmou.
Segundo o gerente do Cresol Instituto, Itamar Vodzicki, a expansão da cooperativa é acompanhada de um olhar voltado para a sustentabilidade. “A Cresol Baser atua em 16 estados brasileiros e segue com planos de expansão. Atualmente, são 487 agências de relacionamento e mais de 476 mil cooperados.”
Já para a gerente administrativa da cooperativa, Cíntia Caroline da Silva, os resultados obtidos reforçam a importância de integrar inovação e responsabilidade socioambiental. “O projeto piloto foi extremamente produtivo e trouxe insights valiosos para aprimorarmos nossos processos. A análise detalhada nos mostrou oportunidades reais de economia e otimização do consumo, sempre alinhada à sustentabilidade e à responsabilidade socioambiental. Essa iniciativa reforça a estratégia da Cresol em buscar soluções inovadoras que, além de reduzir custos operacionais, contribuem para um futuro mais consciente e eficiente.”
O diagnóstico foi realizado em um momento estratégico para a Cresol, que se posiciona como referência em inovação sustentável no cooperativismo de crédito. A análise apontou que, embora a cooperativa já opere com processos padronizados e estáveis, há espaço para ganhos significativos ao incorporar novas métricas de consumo energético, explorar a autogeração e investir em tecnologias complementares, como sistemas de carregamento para veículos elétricos.
De acordo com Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, a experiência da Cresol Baser tem caráter inspirador para outras cooperativas. “Ela demonstra como o diagnóstico se torna um instrumento estratégico de gestão e inovação. E mostra, na prática, que o cooperativismo pode ser referência em sustentabilidade e no uso inteligente de recursos. Cada etapa concluída representa um avanço para a cooperativa e também para todo o movimento, que reforça sua contribuição direta para os ODS e para a construção de um futuro mais responsável e eficiente”,
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ESG
Cooperativas têm a chance de brilhar na COP30: inscreva-se já
Participe da conferência do clima e leve iniciativas de boas práticas sustentávais ao mundo
O cooperativismo brasileiro tem uma oportunidade inédita de mostrar sua força e inovação no cenário climático internacional. Em 2025, Belém (PA) será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), e o Sistema OCB abriu as inscrições para que cooperativas do país participem de painéis temáticos durante a conferência.
A iniciativa busca destacar o impacto positivo do modelo de negócios em questões como adaptação às mudanças climáticas, mitigação de riscos e desenvolvimento sustentável nos territórios. “É uma chance única de levar experiências concretas e resultados mensuráveis para uma plateia internacional, reforçando o papel das cooperativas como protagonistas da agenda climática”, afirma Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Por isso, segundo ela, a entidade está convocando todas as cooperativas que já desenvolvem soluções climáticas a participarem. “Queremos mostrar que nosso setor entrega resultados reais que transformam comunidades e territórios”, acrescenta.
Temas e requisitos para participação
A chamada é aberta a cooperativas de todos os ramos que apresentem projetos com impacto climático positivo. Entre os temas elegíveis estão agricultura de baixo carbono, bioeconomia, energia renovável, financiamento climático e iniciativas de adaptação e mitigação de riscos.
Para se inscrever, as cooperativas devem estar regulares junto ao Sistema OCB e comprovar que suas ações têm impacto mensurável, potencial de replicabilidade e conexão com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os projetos selecionados serão apresentados em painéis organizados pelo Sistema OCB, em espaços de alto nível de interlocução na COP30.
Prazos e inscrição
As cooperativas interessadas devem se inscrever até 8 de setembro, por meio de formulário eletrônico disponível no site Coop na COP30. A participação presencial em Belém será necessária entre 10 e 21 de novembro de 2025.
Uma comissão técnica independente fará a avaliação das propostas com base em critérios como inovação, impacto, alinhamento estratégico e participação em programas do Sistema OCB, como ESGCoop e soluções climáticas. O objetivo é garantir diversidade, representatividade e qualidade na presença do cooperativismo brasileiro na conferência.
Com o fim do prazo se aproximando, o Sistema OCB reforça a importância de que as cooperativas aproveitem essa chance de colocar o país no centro do debate global sobre mudanças climáticas. “É hora de mostrar ao mundo que o cooperativismo tem soluções concretas e inovadoras. Queremos ver nossas experiências ganhando destaque na COP30”, finaliza Tania Zanella.
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29/08/2025

ESG
ESGCoop: Sicoob UniCentro Br avança em eficiência energética
Coop recebeu análise que aponta soluções para reduzir custos e ampliar sustentabilidade
Com 33 anos de história e atuação em cinco estados brasileiros, o Sicoob UniCentro Br deu mais um passo em sua agenda de sustentabilidade ao receber o diagnóstico de eficiência energética do Programa ESGCoop, iniciativa coordenada pelo Sistema OCB que apoia cooperativas de diferentes ramos na adoção de práticas ambientais, sociais e de governança.
O estudo foi aplicado em agências e no centro administrativo da cooperativa, em Goiânia (GO), e mapeou diversas oportunidades de redução no consumo de energia elétrica, sobretudo nos sistemas de iluminação e climatização. Entre as medidas recomendadas estão a instalação de LEDs dimerizáveis, sensores de luminosidade, uso de free cooling em períodos noturnos, automação de persianas, fechamento automático de portas e padronização da temperatura dos ambientes em 23°C.
Além de ajustes técnicos, o diagnóstico também propôs ações de gestão contínua da energia, como a criação de um manual interno, capacitação permanente de colaboradores e a formação de uma Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE).
Segundo o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, os resultados do estudo demonstram um grande potencial de impacto positivo:
“O diagnóstico mostra que o Sicoob UniCentro Br está diante de uma grande oportunidade de economia e sustentabilidade. Com medidas relativamente simples — como ajuste de iluminação, climatização, manutenção preditiva e capacitação de equipes — a cooperativa poderá reduzir custos, melhorar o conforto dos ambientes e fortalecer sua imagem como referência em responsabilidade socioambiental no cooperativismo financeiro”, destacou.
A avaliação contou também com o acompanhamento da Confebras, entidade nacional que representa o cooperativismo de crédito. Para Luciana Alencar, coordenadora de Educação e Projetos da confederação, a experiência reforça o papel do setor em liderar transformações sustentáveis: “O futuro do cooperativismo de crédito se constrói com sustentabilidade e inovação. Pequenas mudanças de cultura podem gerar grandes impactos. A eficiência energética vai além da redução de custos: promove ambientes mais saudáveis, fortalece práticas alinhadas ao ESG e impulsiona um movimento mais competitivo e responsável”, afirmou.
No Sicoob UniCentro Br, as medidas de eficiência energética complementam iniciativas já em curso, como a construção do Parque Fotovoltaico Geraldo Mendonça, uma usina solar 100% digital que garantiu, em apenas dois meses de operação, uma redução de 73% nos custos totais de energia e evitou a emissão de mais de 50 toneladas de gás carbônico.
De acordo com o diretor operacional da cooperativa, Charles Campanha, a gestão sustentável da energia já é parte da identidade da instituição: “No cooperativismo financeiro, promover boas práticas de gestão sustentável desse recurso é determinante para a competitividade. Com a implementação das soluções apresentadas pela consultoria, vislumbramos impactos ainda mais positivos, não somente em nossa redução de custo, mas também no nosso compromisso com um futuro mais sustentável para as comunidades nas quais atuamos”, ressaltou.
Na avaliação do presidente do Sicoob UniCentro Br, Diogo Mafia, o engajamento dos colaboradores será decisivo para consolidar os resultados: “Eficiência energética não é apenas economia, mas um compromisso com a inovação e a responsabilidade socioambiental. Ao adotar as medidas sugeridas, ampliamos o conforto dos ambientes, prolongamos a vida útil dos equipamentos e reforçamos nossa cultura de gestão responsável dos recursos. Mais do que resultados financeiros, essas ações refletem o compromisso do Sicoob UniCentro Br com os princípios do cooperativismo e com os pilares do Programa ESGCoop”, destacou.
Com mais de 115 mil cooperados e R$ 9,9 bilhões em ativos, o Sicoob UniCentro Br mostra que sustentabilidade e competitividade podem caminhar juntas. A expectativa é de que, com a execução das medidas apontadas pelo diagnóstico, a cooperativa fortaleça ainda mais sua posição como referência nacional em inovação e responsabilidade no sistema cooperativista de crédito.
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22/08/2025

ESG
Integrada recebe diagnóstico de eficiência energética do ESGCoop
Ação do Sistema OCB e Ocepar aponta oportunidades de economia e sustentabilidade
A Integrada Cooperativa Agroindustrial, uma das maiores do Paraná, acaba de dar um passo estratégico em sua jornada de sustentabilidade. Entre os dias 12 e 15 de agosto, a Unidade Industrial de Milho (UIM), em Andirá (PR), recebeu o diagnóstico da Solução Eficiência Energética, iniciativa do Programa ESGCoop, promovido pelo Sistema OCB em parceria com o Sistema Ocepar e a consultoria Stride.
O objetivo foi identificar oportunidades para reduzir custos, otimizar processos e fortalecer a gestão ambiental da cooperativa. O trabalho envolveu entrevistas com operadores, análise documental, medições técnicas e estudo detalhado de processos críticos como caldeiras, uso de biomassa florestal, consumo de energia elétrica, sistemas de ar comprimido e reaproveitamento de biogás. No último dia, os resultados foram apresentados à alta gestão, ao setor de sustentabilidade e à equipe de planejamento estratégico da Integrada, para garantir alinhamento institucional à implementação das recomendações.
Segundo Ana Lúcia Almeida Maia, coordenadora de Sustentabilidade da Integrada, a iniciativa chegou em um momento essencial para a cooperativa. “A pauta da eficiência energética é indispensável para a longevidade da sustentabilidade dentro das cooperativas. O mapeamento nos dá uma visão clara das oportunidades de melhoria em toda a rede de maquinários e processos. Esse material é riquíssimo, porque não se limita à economia: ele potencializa a performance dos equipamentos e nos ajuda a pensar em padronização e gestão por indicadores. É uma iniciativa que faz todo o sentido, alinhada ao nosso compromisso com a perenidade do sistema cooperativista.”
Para Silcio Krinski, coordenador de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar, a metodologia aplicada superou as expectativas. “Imaginávamos uma análise restrita a motores e consumo de energia elétrica. Mas o diagnóstico foi muito além, revisando processos da cadeia de produção e identificando gaps em áreas como no uso de biomassa, tratamento de efluentes e aproveitamento de biogás. Ficou claro que é possível reduzir custos e, ao mesmo tempo, reforçar nossa imagem sustentável perante clientes, parceiros e sociedade. O sucesso desse piloto mostra que é hora de expandirmos essa prática para outras unidades.”
O gerente industrial da Integrada, Cleverson Navarro Alves, também destacou os resultados do trabalho. “A consultoria foi conduzida com alto nível técnico, identificando ganhos imediatos e estruturando um plano de ação com recomendações de curto, médio e longo prazo. Além do aspecto operacional, a eficiência que buscamos está diretamente ligada aos princípios ESG: produzir mais com menos, reduzir o consumo de recursos naturais e gerar impacto ambiental cada vez menor. Isso fortalece nossa gestão e amplia nossa competitividade no mercado.”
Com mais de 13,5 mil cooperados e presença em 50 municípios do Paraná e São Paulo, a Integrada consolida uma agenda de sustentabilidade robusta. O Relatório de Sustentabilidade 2023/2024 já havia destacado conquistas como a certificação ISO 14001 e a adoção de projetos de circularidade, bioinsumos e redução de emissões. A aplicação da Solução Eficiência Energética representa, agora, um desdobramento prático dessa estratégia, e conecta inovação com responsabilidade ambiental ao dia a dia das operações.
A Solução Eficiência Energética é uma das frentes do Programa ESGCoop, do Sistema OCB, que tem como objetivo apoiar as cooperativas na construção de modelos de gestão mais alinhados às boas práticas ambientais, sociais e de governança. “Além de diagnósticos técnicos e planos de ação sob medida, a iniciativa garante acompanhamento especializado para que as melhorias sejam implementadas de forma estruturada, ampliando a competitividade e reforçando o protagonismo do cooperativismo brasileiro na agenda climática”, destacou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
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19/08/2025

ESG
Cocatrel adere ao ESGCoop e avança na gestão energética e sustentável
Diagnóstico do Sistema OCB indica melhorias no uso de energia para reduzir impacto ambiental
A busca por eficiência e sustentabilidade está cada vez mais presente na estratégia das cooperativas brasileiras. Um exemplo concreto dessa transformação é a Cocatrel, cooperativa agropecuária com sede em Três Pontas (MG), que acaba de receber a Solução Eficiência Energética, do Programa ESGCoop, iniciativa do Sistema OCB em parceria com as unidades estaduais e consultorias especializadas.
O diagnóstico, realizado entre os dias 5 e 7 de agosto, envolveu representantes da Unidade Nacional da OCB, da Ocemg e da consultoria Stride, além de contar com participação ativa da alta liderança da cooperativa. Logo na chegada, a equipe foi recebida pelo presidente, Jacques Fagundes Miari; Vice-presidente, Luiz Eduardo Vilela de Rezende; e diretor de operações da Cocatrel, Alcione korte, além de engenheiros e gestores de diversas áreas, demonstrando o alinhamento institucional com o tema.
Para Thayná Côrtes, analista do Ramo Infraestrutura do Sistema OCB, a receptividade e o engajamento da Cocatrel foram destaques da missão. “Foi muito interessante perceber que a cooperativa já tinha várias ideias e iniciativas em andamento voltadas à eficiência energética. A Solução veio para somar: ajudar a organizar essas ideias, trazer novas possibilidades e apontar caminhos concretos. A equipe da Cocatrel está realmente engajada, com vontade de estudar, entender e implementar melhorias reais”, afirmou.
Impacto positivo
A Cocatrel já realiza algumas ações importantes na área, como a compra de energia no mercado livre, buscando opções mais sustentáveis e econômicas, além de investimentos em usinas fotovoltaicas. A cooperativa também já vinha estudando a troca de empilhadeiras a gás por elétricas e melhorias nos sistemas de contenção de pó gerado no beneficiamento do café — um dos grandes desafios operacionais do setor.
Segundo o vice-presidente do conselho de administração da Cocatrel, Luiz Eduardo Vilela de Resende, a parceria com o Programa ESGCoop contribui diretamente para alinhar os objetivos econômicos e ambientais da cooperativa. “Trabalhar com eficiência energética é algo estratégico, especialmente dentro da agenda ESG, que prioriza economia, sustentabilidade e impacto positivo. A parceria com o Sistema OCB e a consultoria especializada nos permite enxergar com mais clareza onde estão os gargalos e como podemos evoluir. Estamos orgulhosos de fazer parte dessa iniciativa.”
O projeto também reforça o protagonismo da Ocemg no apoio à sustentabilidade do cooperativismo mineiro. Para Thiago Machado, analista de Educação e Desenvolvimento Sustentável da organização, os benefícios da solução vão além da redução de custos. “A Solução Eficiência Energética melhora a competitividade, libera recursos para novos investimentos e fortalece o compromisso socioambiental das cooperativas. No caso específico das cooperativas de café, por exemplo, contribui ainda para otimizar processos como secagem, beneficiamento e armazenagem, garantindo mais qualidade e menos desperdício”, declarou.
De acordo com Thiago, exemplos práticos incluem a modernização de motores e sistemas de iluminação, o que reduz o consumo de energia e evita cobranças por demanda ociosa ou ultrapassada. “Eficiência energética significa produzir o mesmo resultado — ou melhor — com menos energia. Eliminar desperdícios e ajustar processos para consumir só o necessário, sem perder qualidade ou produtividade”, complementou
Boas práticas
A Solução Eficiência Energética é uma das frentes de atuação do Programa ESGCoop, que busca apoiar as cooperativas brasileiras na construção de modelos de gestão mais alinhados às boas práticas ambientais, sociais e de governança. A iniciativa oferece diagnósticos técnicos, planos de ação sob medida e apoio especializado na implementação das melhorias identificadas.
Além de reduzir custos e emissões, o projeto também fortalece o posicionamento das cooperativas diante do mercado internacional, que valoriza cada vez mais organizações com práticas sustentáveis e compromisso climático.
Com mais de 9 mil cooperados e um faturamento de R$ 3,3 bilhões no último exercício, a Cocatrel reforça, com essa adesão, sua visão de futuro. O diagnóstico realizado é apenas o primeiro passo de uma jornada de transformação, que inclui ações de curto, médio e longo prazo. “São iniciativas que não se implementam da noite para o dia, mas o mais importante é perceber que há um comprometimento real da cooperativa em estudar, planejar e fazer acontecer”, concluiu Thyaná Côrtes.
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08/08/2025

ESG
Cooperativas brasileiras ganham destaque no GHG Protocol 2025
Evento reconheceu avanços na medição e gestão de emissões de gases de efeito estufa
O Programa GHG Protocol realizou, em São Paulo, seu evento anual do Ciclo 2025, destacando o protagonismo crescente das cooperativas brasileiras na agenda climática. Ao todo, 29 cooperativas publicaram inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
O encontro apresentou um panorama da evolução da medição de emissões no Brasil, que em 2025 alcançou 1,3 mil inventários publicados, um recorde histórico desde o início da série em 2008. A divulgação desses dados, de caráter voluntário, indica que cada vez mais organizações estão incorporando práticas de gestão ambiental e alinhando suas operações a metas de descarbonização e ESG.
Solução Neutralidade Carbono impulsiona o setor
A presença das cooperativas no evento é resultado direto do Projeto Neutralidade de Carbono, iniciativa conduzida pelo Sistema OCB desde 2024, como parte do Programa ESGCoop. A Solução incentiva cooperativas a medir e gerenciar suas emissões, dando o primeiro passo para a neutralidade de carbono.
Na fase piloto do projeto, participaram a CCPR/MG, a Cooproeste/BA e a Witmarsum/PR, que conquistaram o selo prata já no primeiro ciclo — um avanço significativo para organizações que ainda estavam iniciando a mensuração de emissões. Atualmente, a Solução apoia 18 cooperativas em seus processos de descarbonização, com foco na elaboração do inventário de emissões, publicação no Registro Público de Emissões e na entrega de um relatório com oportunidades concretas de descarbonização.
Para Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, o projeto marca uma mudança de cultura dentro do cooperativismo. “O inventário de emissões oferece às cooperativas uma visão estratégica dos seus impactos e abre caminho para ações de redução e compensação de carbono, alinhando o setor às demandas ambientais e de mercado.”
Segundo ele, o reconhecimento no GHG Protocol fortalece a imagem das cooperativas e amplia a confiança de parceiros e consumidores em relação ao compromisso ambiental do setor.
O que é o GHG Protocol
O GHG Protocol é a principal metodologia mundial para contabilizar emissões de gases de efeito estufa, desenvolvida em parceria pelo World Resources Institute (WRI) e o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). No Brasil, o programa é conduzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) desde 2008 e oferece ferramentas gratuitas para que organizações calculem, publiquem e gerenciem suas emissões.
A plataforma Registro Público de Emissões reúne todos os inventários publicados. No início da série histórica, apenas 23 empresas haviam divulgado seus dados. Em 2025, o número atingiu 1,3 mil inventários, de 674 organizações, um recorde. As emissões de escopo 3, relacionadas à cadeia de valor das empresas, continuam sendo o maior desafio, respondendo por mais de 1 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente.
Vozes do cooperativismo: experiências e aprendizados no GHG Protocol
Após o evento, os representantes das cooperativas participantes compartilharam suas impressões sobre a importância da iniciativa para o fortalecimento da sustentabilidade no setor.
Segundo Francimar Duarte, assessora de sustentabilidade da COMIGO, o evento marcou um momento importante para a cooperativa. “Este foi o primeiro ano em que realizamos nosso inventário de emissões com registro público. Participar do evento nos permitiu compartilhar aprendizados, ouvir experiências e reforçar nosso compromisso com a gestão ambiental.”
Para Alzimiro Thomé, presidente do Cresol Instituto, o encontro foi estratégico para fortalecer o planejamento sustentável da rede. “Foi excelente estar conectado às boas práticas e aprimorar a Estratégia de Sustentabilidade da Cresol. A conquista do Selo Prata nos motiva a seguir firmes no fortalecimento da nossa agenda ESG.”
Juliana Cristina Knopka, analista de Sustentabilidade da Ailos, também destacou a importância da troca entre as instituições presentes. “Foi uma oportunidade valiosa para aprofundar os conhecimentos, compartilhar desafios e reafirmar nosso compromisso com a agenda ambiental. E, claro, celebrar nosso primeiro inventário registrado.”
Ana Paula Maciel, analista ambiental da Copacol, ressaltou o papel fundamental do apoio técnico recebido pelo projeto. “Sem esse incentivo, talvez não tivéssemos conseguido fazer o inventário este ano. Foi essencial para sairmos do zero. O cooperativismo precisa conhecer suas emissões para planejar o futuro. Agora, nosso foco é desdobrar essas ações dentro dos processos da cooperativa e fortalecer a descarbonização de forma integrada.”
Orildo Germano Belegante, presidente da Coasa, reforçou o engajamento da cooperativa com práticas sustentáveis. “Foi uma honra participar do projeto. Estamos comprometidos com uma gestão mais sustentável, tanto internamente quanto junto aos nossos agricultores. Esse trabalho é essencial para construirmos uma sociedade e um ambiente melhores.”
“Foi uma honra contribuir com essa discussão tão relevante. Iniciativas como esta fortalecem a conscientização e promovem ações efetivas em prol de um planeta mais sustentável. Saímos motivados a seguir colaborando para a mitigação dos impactos ambientais.” concluiu Mauro Marquiotti, presidente da Unicred União.
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30/07/2025

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

SABER COOPERAR
05/09/2025
Cooperativas protagonizam ação climática e contribuem para o ODS 13
As cooperativas brasileiras estão comprometidas com o enfrentamento das mudanças climáticas por meio de projetos que aliam desenvolvimento econômico e social a práticas sustentáveis e à busca pela neutralidade de carbono. No campo e nas cidades, com o uso de energias renováveis, manejo sustentável do solo e reaproveitamento de resíduos agrícolas, o coop mostra que é possível gerar resultados com menos emissões de gases de efeito estufa, contribuindo diretamente para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, que convoca a comunidade global a agir contra a mudança do clima.
Um exemplo dessa atuação é a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha (Coocafé), de Minas Gerais, que reúne 500 produtores cooperados em mais de 100 municípios. Referência em assistência técnica e produção sustentável, desde 2022 a coop desenvolve um projeto que a colocou na vanguarda da ação climática no estado: a transformação da palha do café em biochar.
Esse material é como um carvão biológico que retém o carbono no solo, evitando a emissão de gases de efeito estufa. Na tecnologia adotada pela Coocafé em parceria com a startup NetZero, a palha do café passa pelo processo de pirólise (queima controlada em ambiente com pouco ou nenhum oxigênio), que captura e estabiliza o carbono presente na biomassa, evitando que ele retorne à atmosfera em forma de dióxido de carbono (CO₂). Quando incorporado ao solo, o biochar pode reter carbono por centenas de anos, atuando como uma solução eficiente no combate às mudanças climáticas.
Além do benefício climático, o biochar é um fertilizante de alta performance, com efeitos positivos para a retenção de água e nutrientes. Em média, o uso do biochar no solo aumenta de 20% a 30% a produtividade do café. “A produção de biochar oferece soluções sustentáveis para o reaproveitamento de resíduos da atividade agropecuária, reduzindo impactos ambientais antes causados por destinações inadequadas. Com isso, promove uma transição para modelos mais regenerativos e de baixo carbono no campo”, explica o diretor presidente da Coocafé, Fernando Cerqueira.
Em outra iniciativa alinhada ao ODS 13, a cooperativa mineira entrou para o Mercado Livre de Energia, um ambiente que permite ao consumidor escolher seus fornecedores de eletricidade e negociar condições mais vantajosas. Com a migração de algumas unidades operacionais para esse modelo, a Coocafé passou a utilizar energia limpa e certificada em parte de produção, o que já evitou a emissão de mil toneladas de CO₂ na atmosfera.
“Além dos ganhos econômicos e da previsibilidade de custos, essa decisão estratégica viabiliza o uso de energia de fonte renovável, o que contribui diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a transição energética no setor agropecuário”, destaca Cerqueira.
As ações de responsabilidade socioambiental da coop mineira também incluem o recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos para descarte correto e o projeto Escola no Campo, que ensina boas práticas agrícolas e consciência ambiental para estudantes do Ensino Fundamental de escolas da região há mais de 20 anos. “Essas iniciativas refletem o compromisso da Coocafé com os princípios do cooperativismo, especialmente o interesse pela comunidade, a educação contínua e a busca por um desenvolvimento rural mais justo e ambientalmente equilibrado”, resume o presidente da coop.
Fazendas sustentáveis
Em um dos estados com maior tradição agropecuária do Brasil, o Paraná, o cooperativismo também se destaca por produzir com sustentabilidade para reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor, contribuindo diretamente para o ODS 13.
A Frísia, cooperativa mais antiga do estado – que completou 100 anos em agosto – mostra que tradição e inovação andam juntas quando o foco é a mitigação das mudanças climáticas. A coop adota práticas de agricultura de baixo carbono, promove a preservação de áreas nativas e programas de gestão sustentável de resíduos. As ações não apenas reduzem a pegada ambiental da produção, como também fortalecem a economia local e garantem acesso a mercados com exigências ambientais.
Uma das técnicas adotadas pelos cooperados da Frísia é o plantio direto, tipo de manejo em que a semeadura é feita na palha da cultura anterior, sem a necessidade de queimar a área nem de revolvimento do solo, reduzindo a liberação de CO₂. A incorporação da matéria orgânica também mantém a umidade e beneficia a nutrição das plantas, gerando impactos positivos na produtividade. Segundo o gerente de Sustentabilidade e Energias da Cooperativa Frísia, Francis Dalton, a iniciativa faz parte de um conjunto de ações da Frísia para uma agricultura de baixo carbono.
“Nosso objetivo é produzir mais alimentos em uma mesma área, eliminando a necessidade de desmatamento e preservando nossas Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais. Isso não só evita o aumento das emissões de gases de efeito estufa associadas à conversão de terras, mas também reforça o papel do agronegócio como parte da solução climática”, afirma.
As ações climáticas da cooperativa paranaense também incluem projetos de gestão sustentável de resíduos, transformação de dejetos de animais em biocombustíveis, geração de energia limpa e reflorestamento. No programa Fazenda Sustentável Frísia, a coop oferece uma plataforma de serviços de orientação técnica para boas práticas ambientais. As propriedades são avaliadas com base em critérios de sustentabilidade, por meio de módulos, e enquadradas em diferentes níveis, em um processo contínuo de melhora e aumento da competitividade.
“O Fazenda Sustentável garante o atendimento a requisitos legais, a implementação de boas práticas agropecuárias e, consequentemente, a agregação de valor aos produtos, promovendo uma produção mais resiliente e menos impactante”, detalha o gestor.
O Coop na COP30
Em novembro, a atuação do cooperativismo no combate ao aquecimento global estará em destaque na 30º Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. Pela primeira vez realizado no Brasil, o evento reunirá governos, cientistas e representantes da sociedade civil para discutir novas maneiras de enfrentar e financiar a mitigação e adaptação aos efeitos da mudança do clima.
O cooperativismo brasileiro irá se apresentar como parte da solução para a crise climática, destacando o papel do segmento para a segurança alimentar e energética, o fortalecimento da bioeconomia e uso sustentável dos recursos naturais.
“A COP30 será um evento histórico para o coop, não apenas por ser o primeiro realizado na Amazônia, mas também por coincidir com o Ano Internacional das Cooperativas. É a oportunidade perfeita para mostrar ao mundo como o cooperativismo pode oferecer soluções práticas para proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável”, destaca a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.
O coop terá um pavilhão na COP30, em que os participantes poderão conhecer experiências reais de sustentabilidade nas cooperativas, destacando seu compromisso com a neutralidade de carbono.
Saiba mais sobre a participação do cooperativismo na COP30.

SABER COOPERAR
28/08/2025
Do café à Amazônia, cooperativas promovem uso sustentável dos ecossistemas terrestres
Você sabia que as abelhas podem aumentar a produtividade do café? Quando a polinização dos cafezais é feita por elas, a taxa de frutificação aumenta e nascem mais grãos, numa relação que demonstra como o cuidado com a biodiversidade tem impactos sistêmicos, inclusive para as pessoas e a economia. Em Minas Gerais, uma cooperativa decidiu investir na sinergia entre as abelhas e o café para produzir mais e melhor e contribuir com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 15, meta da Organização das Nações Unidas (ONU) para proteção dos ecossistemas terrestres.
O projeto da Sicredi Conexão – que atua no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas – nasceu da necessidade de 30 famílias de agricultores familiares de Santa Rita do Sapucaí (MG), que queriam ampliar sua produção de café sem ter que expandir a área plantada nem afetar o meio ambiente.
Em parceria com a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Serra dos Borges, a cooperativa de crédito financiou a implantação de colmeias de abelhas sem ferrão próximo aos cafezais. O projeto também inclui o plantio de árvores nativas no entorno e o reflorestamento em áreas de nascentes para proteção das águas.
De flor em flor, as abelhas aumentaram a produtividade e a qualidade do café dos pequenos produtores e ainda geraram outra fonte de renda para as famílias, que passaram a vender mel e derivados. Além dos cafezais, a flora nativa foi beneficiada pelo trabalho de polinização das abelhas e a região ficou mais rica em biodiversidade. Em 2024, a iniciativa foi reconhecida no Prêmio SomosCoop Melhores do Ano com o 3º lugar na categoria Desenvolvimento Ambiental.
O projeto faz parte do Fundo de Promoção ao Desenvolvimento Regional da Sicredi Conexão, que destina parte dos resultados da cooperativa para ações de impacto socioambiental nas comunidades onde atua. “Nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento social, humano, ambiental e econômico dos associados e da sociedade. Como pré-requisito, esses projetos devem estar alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU”, explica o gerente de Relacionamento da Sicredi Conexão, Fernando Buriol.
Além da cooperação entre abelhas e cafezais, a cooperativa de crédito desenvolve diversos projetos com propósito social e ambiental, como o Propriedade Sustentável, que promove capacitação e apoio técnico para melhorar a gestão de propriedades, evitar a degradação do solo e incentivar o uso consciente dos recursos naturais.
“Em outra iniciativa, no programa Movimento Voluntariado, colaboradores da Sicredi Conexão incentivam em seus municípios ações que promovem a preservação do meio ambiente, como por exemplo, limpeza de vias públicas e reflorestamento com árvores nativas”, completou Buriol.
Cooperação ambiental na Amazônia
Umas das metas do ODS 15 é promover o uso e a gestão sustentável das florestas como estratégia de conservação dos ecossistemas terrestres. As comunidades tradicionais são grandes aliadas para essa tarefa, porque vivem em meio às árvores nativas e dependem da biodiversidade para garantir o sustento de suas famílias.
Em uma das regiões mais preservadas da Amazônia brasileira, a Cooperativa Agroextrativista do Mapiá e Médio Purus (Cooperar) tem mostrado que é possível produzir de forma sustentável e com manutenção da floresta em pé.
A coop reúne 161 cooperados da população ribeirinha da Vila Céu do Mapiá, localizada na Floresta Nacional do Purus, no município de Pauini (AM). Fundada em 2003, a Cooperar produz cacau nativo, castanha do Brasil, óleos, manteigas vegetais, pastas, frutos desidratados e faz o processamento de madeiras tropicais. Além de gerar renda para os extrativistas, o trabalho da cooperativa consolida cadeias produtivas da região com respeito à natureza, aos saberes tradicionais e à economia da floresta.
“A Cooperar incentiva práticas sustentáveis de manejo florestal, conservação dos ecossistemas e valorização da biodiversidade amazônica. Ao apoiar o extrativismo tradicional e sustentável, evitamos o desmatamento e garantimos que os recursos sejam utilizados de forma equilibrada e regenerativa”, destaca a diretora comercial da coop, Maria Carolina Farias.
Os produtos comercializados pela Cooperar são livres de aditivos químicos e refletem o compromisso com a saúde das pessoas e com o equilíbrio do meio ambiente. A cooperativa também é engajada em iniciativas que promovem o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, como a capacitação em boas práticas agrícolas, rastreabilidade dos produtos e valorização dos sistemas agroextrativistas tradicionais.
“Em um contexto global de busca soluções para produzir de forma sustentável e enfrentar a crise climática, as cooperativas mostram, na prática, como estão construindo um mundo melhor com o uso consciente dos recursos naturais, valorização de cadeias produtivas inclusivas e promoção da bioeconomia como estratégia de desenvolvimento”, destaca a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.
SABER COOPERAR
Como as cooperativas constroem um mundo melhor?
O cooperativismo é um modelo reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) por sua capacidade de promover desenvolvimento econômico com responsabilidade social e respeito ao meio ambiente. Essa atuação está diretamente conectada aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma série de metas para construir um mundo mais justo e próspero até 2030. Descubra no infográfico interativo como as cooperativas contribuem para cada ODS.
28/08/2025

SABER COOPERAR
Cooperativa gaúcha transforma comunidades com trabalho e inclusão
No começo da década de 1980, comunidades da periferia da Zona Sul de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, enfrentavam um problema social grave: o alto índice de desemprego, que agravava a desigualdade social na região. Contudo, diante da falta de oportunidades, os moradores começaram a buscar novos caminhos para geração de trabalho e renda e, inspirados em experiências cooperativistas que ganhavam força na Argentina, no Uruguai e no Chile, decidiram criar a própria cooperativa.
Dessa união, nasceu a Cooperativa de Trabalho, Produção e Comercialização dos Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa), que completou 40 anos em julho, e tem transformado a realidade econômica e social da capital gaúcha com emprego, inclusão e dignidade.
A coop reúne 3,8 mil cooperados, que prestam serviços de limpeza e conservação para clientes públicos e privados, como shoppings centers, escritórios, consultórios, indústrias, condomínios comerciais e residenciais. Em 2024, esse trabalho resultou em R$ 201,4 milhões de faturamento, colocando a Cootravipa entre as três maiores do país em seu ramo de atuação, segundo o Sistema OCB.
“Por meio do cooperativismo de trabalho, contribuímos para reduzir desigualdades, gerar renda, fortalecer comunidades e cuidar do meio ambiente. Nossa atuação alia inclusão social com prestação de serviços de qualidade para a cidade, sempre buscando soluções inovadoras, sustentáveis e humanas”, conta a presidente da Cootravipa, Imanjara de Paula.
Ao longo de sua trajetória, a Cootravipa vem provando que é possível conciliar impacto econômico, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Com foco nas pessoas, a coop impulsiona a presença de mulheres em cargos de liderança e investe na capacitação dos profissionais para que eles possam ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.
Inovação cooperativista
A Cootravipa também é reconhecida pela oferta de serviços inovadores. Um deles é o Dronecoop, de limpeza de fachadas com uso de drones, aliando tecnologia e segurança para os colaboradores. Com os equipamentos, é possível alcançar grandes alturas sem a necessidade de andaimes ou estruturas complexas, reduzindo riscos para os trabalhadores e otimizando o tempo de execução.
Além de um bom exemplo de uso da tecnologia, a iniciativa também impulsiona a qualificação profissional dos cooperados, que passam por treinamento técnico para operar os drones, abrindo novas perspectivas profissionais. “Com soluções como essa, promovemos trabalho digno e desenvolvimento urbano sustentável”, ressalta a gestora da Cootravipa.
Impacto ampliado
Além dos cooperados, o trabalho da coop impacta diretamente mais de 10 mil pessoas de Porto Alegre, com projetos de empreendedorismo e educação ambiental. No programa Empreender para Crescer, a cooperativa capacita moradores de comunidades periféricas de Porto Alegre para que elas possam ter seus negócios e garantir renda para as suas famílias.
Já o Coleta Tri é uma solução tecnológica desenvolvida pela Cootravipa para otimizar a coleta seletiva de grandes geradores de resíduos recicláveis, como condomínios, supermercados, empresas e centros comerciais. Por meio de um aplicativo, os clientes podem agendar a retirada dos resíduos e acompanhar o processo em tempo real.
“Seja na limpeza urbana, na conservação de espaços públicos, na formação dos cooperados ou na implantação de tecnologias, cada ação da Cootravipa busca construir uma sociedade mais justa, resiliente e cooperativa, alinhada com os princípios da Agenda 2030”, acrescenta a presidente da cooperativa.
Conheça mais histórias transformadoras do cooperativismo na série SomosCoop na Estrada. Os episódios estão disponíveis no Youtube do Somoscoop.
15/08/2025

SABER COOPERAR
Cooperativas estimulam consumo sustentável e cuidam do meio ambiente
Da palha do tucumã, uma palmeira nativa da Amazônia, mãos habilidosas produzem biojoias, cestos e mandalas, transformando um saber ancestral em fonte de renda e fortalecendo a economia de comunidades tradicionais de Santarém, no Oeste do Pará. O trabalho é realizado por cooperados da Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (Turiarte), que tem promovido o desenvolvimento sustentável na região com artesanato responsável e turismo de base comunitária.
Com 178 cooperados, a atuação da cooperativa impacta mais de mil pessoas de 12 comunidades e aldeias da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e é um exemplo de como o cooperativismo brasileiro tem contribuído para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12. Definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a meta global visa garantir o consumo e produção responsáveis para reduzir o desperdício de recursos naturais, incentivar a economia circular e estimular escolhas mais conscientes.
Mais do que peças de beleza singular, os produtos da Turiarte carregam histórias de sustentabilidade, preservação da floresta e valorização cultural. Ao transformar matéria-prima natural em arte com responsabilidade ambiental e social, a coop mostra que é possível aliar desenvolvimento e conservação da Amazônia.
“Nossa produção é feita totalmente em harmonia com a natureza. O artesão colhe de forma sustentável a fibra do tucumanzeiro e o tingimento da palha também é natural. Ele consegue produzir o artesanato sem precisar desmatar ou derrubar árvore alguma. Pelo contrário, nosso trabalho preserva o meio ambiente. Na etiqueta de cada peça, destacamos o nome da comunidade na qual foi feito o artesanato, então a gente traz essa valorização da produção local também”, destaca a diretora Presidente da Turiarte, Natália Dias.
A cooperativa paraense se estabeleceu no mercado com um posicionamento sustentável e alinhada ao consumo consciente, inclusive vendendo seus produtos para lojistas e instituições que defendem esses valores. Em sintonia com o ODS 12, a influência positiva se estende aos compradores e turistas que visitam as comunidades, criando um ciclo de conscientização e mudança de comportamento com relação à preservação da natureza.
“Nossa atuação sustentável também está no turismo de base comunitária, pois quando a pessoa vai até a comunidade, ela vê ali as pessoas em harmonia com a natureza e o consumo consciente. Então a gente acaba sensibilizando o visitante para não jogar lixo na rua, para manter um ecossistema mais vivo também. A floresta é o nosso lar, temos esse papel de cuidar e também de levar informações para quem nos visita”, ressalta a gestora.
Os impactos econômicos e sociais da Turiarte são visíveis nas comunidades. As mulheres artesãs cooperadas, por exemplo, hoje conseguem manter o sustento da casa, comprar material escolar para os filhos e contribuir com a alimentação, melhorando a qualidade de vida de suas famílias.
Além da garantia de renda digna e da preservação da floresta em pé, a cooperativa tem alcançado outro resultado de impacto para as comunidades locais: a manutenção dos jovens na região, por causa das oportunidades de trabalho e desenvolvimento. “Temos conseguido gerar renda dentro das comunidades, então eles não precisam deixar suas famílias para ir para áreas urbanas. É mais um reflexo do fortalecimento da economia local e da melhoria de vida dos cooperados”, afirma Natália Dias.
Cultura e consumo consciente
Em Natal, uma cooperativa criada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) também tem colocado o ODS 12 em prática mostrando que a reutilização é uma ferramenta para economizar recursos naturais e espalhar conhecimento.
Criada em 1977, a Livraria Cooperativa Cultural - CoopCult organiza feiras literárias e comercializa obras a preços acessíveis, em um trabalho que já ultrapassou os muros da universidade e se tornou referência na região.
“Um livro é considerado uma tecnologia absolutamente ecológica: você leva para todos os lugares, não quebra, não faz uso de energia elétrica”, compara a presidente do Conselho Administrativo da CoopCult, Wani Fernandes.
A cooperativa potiguar tem um acervo de 22 mil títulos, abrangendo as mais diversas áreas do conhecimento, e conta com uma rede parceira de 28 editoras nacionais. Com 2.983 cooperados, a coop reúne professores, alunos e técnicos administrativos das redes pública e privada de ensino do Rio Grande do Norte, além do público em geral.
Diariamente, cerca de 100 a 200 pessoas circulam pela livraria cooperativa em busca de livros, artigos de papelaria, serviços de copiadora e uma pausa para o café. Além disso, a CoopCult realiza eventos como lançamentos de livros, encontros mensais de clube de leitura, reuniões temáticas e concertos. Na programação anual, também são realizadas edições de Feiras do Livro e Festivais de Cultura por meio da cooperação com outras instituições de educação no estado.
A Livraria Cooperativa Cultural também contribui para a economia circular com o repasse de obras de seu acervo para a criação de bibliotecas ou renovação de algumas já consolidadas, como a da Cooperativa Educacional de Natal. Em outra iniciativa de consumo responsável, a CoopCult criou, no ano passado, o Projeto Livro Sustentável.
“O cliente doa livros e recebe um voucher para adquirir novos exemplares na nossa livraria, assim também estamos contribuindo para uma maior democratização do acesso ao livro”, afirma Wani Fernandes.
Para o próximo ano, a cooperativa cultural planeja a reestruturação do Projeto Biblioteca Itinerante, que tem como premissa o reuso e circulação de livros entre a comunidade leitora. “Esse projeto teve início em 2020, na época percorremos quatro cooperativas fazendo circular um box contendo livros da área do cooperativismo e de literatura em geral. A ideia é que ele possa ser retomado em breve”, adianta a gestora.
Cooperação para o consumidor do futuro
A produção sustentável é um tema que vem ganhando espaço entre as novas gerações de consumidores, cada vez mais atentos a empresas e organizações que atuam com valores, propósito e responsabilidade socioambiental. Para as cooperativas, essa agenda já faz parte do cotidiano e é colocada em prática em negócios que têm foco nas pessoas e compromisso com as comunidades e o meio ambiente.
“Conscientizar, racionalizar, reciclar e reutilizar não são apenas boas práticas, são estratégias vitais para garantir a sustentabilidade do planeta. Isso exige a articulação entre governos, empresas, cooperativas e consumidores, com políticas públicas eficazes, investimentos em inovação e uma mudança de mentalidade em toda a sociedade”, explica o analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Carlos Magno.
Com esse compromisso, as coops ajudam a preservar recursos naturais, conservar a biodiversidade, gerenciar corretamente os resíduos e promover o uso responsável de energia e água. “As cooperativas têm desempenhado um papel cada vez mais relevante no país na redução de resíduos e na promoção de políticas verdes, por meio de projetos concretos, programas estruturados e parcerias com foco em sustentabilidade”, ressalta o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
Impulso sustentável
Para apoiar as cooperativas brasileiras a adotar práticas de produção e consumo responsáveis, alinhadas ao ODS 12 e outras metas da ONU, o Sistema OCB tem desenvolvido um conjunto de ações integradas, conheça algumas:
Solução Neutralidade de Carbono: envolve 18 cooperativas de diferentes ramos, que juntas somam mais de 236 mil cooperados e 31 mil empregados. A iniciativa inclui consultoria especializada para inventariar emissões de gases de efeito estufa e identificar oportunidades de descarbonização.
Solução de Eficiência Energética: voltada à transição energética e ao uso de fontes renováveis (solar, eólica e biomassa), já beneficia 15 cooperativas, com impacto direto sobre 1,2 milhão de cooperados e mais de 71 mil empregados.
Programa de Negócios: fortalece mais de 100 cooperativas em 23 unidades da federação, especialmente aquelas ligadas à agricultura familiar, reciclagem e artesanato. O programa oferece apoio em organização interna, consultorias, capacitações e acesso a mercados.
15/08/2025

SABER COOPERAR
Com sustentabilidade e inclusão, cooperativas garantem energia limpa em várias partes do Brasil
Já pensou em utilizar energia solar? Se você mora em uma grande cidade, a instalação dos equipamentos para gerar eletricidade a partir da luz do sol pode ser complexa — especialmente em apartamentos ou imóveis alugados. Mas as cooperativas estão mudando esse cenário, garantindo o acesso de brasileiros de várias partes do país à energia fotovoltaica, com economia na conta de luz e contribuição para um futuro mais sustentável.
Com exemplos em várias partes do país, o cooperativismo brasileiro tem desempenhado um papel fundamental para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, meta definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas as pessoas.
No Paraná, a Cogecom, uma cooperativa criada em Curitiba, em 2017, tem se destacado como referência nacional no setor de energia limpa e atualmente atende a cerca de 50 mil cooperados. A coop atua no modelo de geração compartilhada, em que a energia é produzida de forma descentralizada em usinas renováveis parceiras, localizadas no interior do estado ou zonas rurais.
A eletricidade ingressa no sistema interligado e gera um crédito equivalente na conta de luz do cooperado, que continua recebendo o serviço de uma distribuidora convencional, mas com descontos que chegam até 20%.
“Mais do que economizar, o cooperado se posiciona como agente de transformação. Além disso, a escolha pela energia cooperativa é um ato de responsabilidade coletiva diante das mudanças climáticas”, destaca a gerente de Marketing da Cogecom, Cleide Marchi.
Com o lema “Energia para todos”, a cooperativa tem cerca de 2 mil usinas solares e hidrelétricas parceiras e atua em oito estados brasileiros, em um total de 450 megawatts (MW) de potência instalada.
“Já geramos mais de R$ 30 milhões em economia para os cooperados, resultado da produção de mais de 350 milhões de kWh em energia renovável”, destaca Cleide Marchi. O impacto ambiental da atuação da Cogecom também impressiona: mais de 28 mil toneladas de dióxido de carbono (CO²) foram neutralizadas graças à geração de energia de fontes renováveis.
A coop paranaense é um exemplo do compromisso das cooperativas brasileiras de energia – que integram o ramo Infraestrutura – com a construção de uma matriz energética mais diversificada e sustentável, permitindo que mais pessoas tenham acesso a fontes renováveis com qualidade e preço justo.
“A presença cooperativista não apenas democratiza o acesso à energia limpa, como também fortalece um sistema elétrico mais descentralizado, eficiente e justo, ao mesmo tempo em que contribui para a economia local”, ressalta a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.
Energia limpa e sustentabilidade
Do outro lado do país, no pequeno município de Vale do Paraíso, em Rondônia, a Cooperativa Familiar de Energia Solar e Soluções Sustentáveis (Coopfass), fundada em 2021, gera energia solar para 20 famílias de cooperados. A inovação tem transformado a comunidade de 6 mil habitantes e impulsionado outras soluções sustentáveis.
Tudo começou quando algumas famílias da região começaram a buscar alternativas para reduzir os gastos com a conta de luz. Juntas, elas conseguiram comprar e instalar um sistema para geração compartilhada de energia solar fotovoltaica.
“Nesse modelo, chamado de prossumidor, os cooperados são tanto consumidores quanto produtores de energia solar fotovoltaica por meio de um investimento em conjunto na infraestrutura. Cada cooperado investe na proporção de seu consumo e recebe proporcional à geração total da energia injetada”, explica a diretora técnica administrativa da cooperativa, Regina Rocha.
Com geração e distribuição de 2,5 Megawatt/hora por mês, em média, a cooperativa tem viabilizado a redução de até 40% na conta de luz dos cooperados. O uso da energia solar no lugar de outras fontes menos renováveis já evitou a emissão de 57 toneladas de dióxido de carbono (CO²), gás que agrava as mudanças climáticas.
“A diversificação de fontes de energia é fundamental para aumentar a segurança energética e garantir um futuro mais sustentável. Aqui na Coopfass temos uma fonte de energia acessível, confiável e moderna. A vantagem para o associado se traduz em ganho econômico, com redução na conta de luz, e coletivo, com a contribuição para o planeta”, destaca a diretora.
Além de gerar energia limpa, a cooperativa também promove iniciativas de reflorestamento com espécies nativas, projetos de educação ecológica e ambiental em escolas públicas da cidade e de recuperação de nascentes. Segundo Regina, o objetivo é conscientizar a comunidade sobre os benefícios ambientais e econômicos da energia limpa e de ações sustentáveis, com informações claras e acessíveis.
“Sabemos que a energia impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Participar da transição para energias renováveis é um investimento em um futuro mais saudável, para a construção de uma economia mais resiliente. Queremos que a transição para fontes de energia renovável ocorra de forma justa para todos”, acrescenta a gestora.
Cooperação para o ODS 7
Assim como a Cogecom e a Coopsfass, em várias partes do país, as cooperativas garantem energia em regiões rurais ou afastadas dos grandes centros urbanos, ampliam o alcance à energia limpa, promovem inclusão energética e reduzem as desigualdades no acesso a serviços básicos. Ao investir em fontes renováveis e incentivar o consumo consciente, as cooperativas também tornam possível uma transição energética justa, fortalecendo comunidades e contribuindo ativamente para a mitigação das mudanças climáticas.
“Ao unir pessoas com o mesmo objetivo, o modelo cooperativo reduz custos, gera impacto ambiental positivo e cria uma nova consciência de consumo energético. A energia do futuro está sendo construída agora, de forma compartilhada, participativa e solidária”, acrescenta Fabíola Nader Motta.
Pioneirismo no Nordeste
Em João Pessoa (PB), a Coopsolar, primeira cooperativa de energia renovável do Nordeste, também está ampliando o acesso à eletricidade de fonte solar por meio da geração compartilhada. A coop paraibana tem dez unidades geradoras fotovoltaicas, instaladas na Região Metropolitana de João Pessoa e no interior do estado, e atende a 127 cooperados.
A Coopsolar oferece duas possibilidades de participação: o cooperado pode investir na usina ou optar apenas pela locação dos ativos de geração. Em ambos, os cooperados têm benefícios diretos na conta de luz – com economia de até 15% por mês, além de dar sua contribuição para o meio ambiente.
“Este modelo surgiu como forma de atender uma maior quantidade de consumidores pela viabilidade”, explica o diretor-presidente da cooperativa, Eduardo Braz. “Abrir novos caminhos é sempre um desafio, mas nossa experiência cooperativista tem trazido resultados muito positivos. A energia produzida nas nossas dez unidades geradoras durante um ano equivale à redução de 332 toneladas de CO², ou à preservação de 1.326 árvores”, compara.
Energia cooperativa
O cooperativismo brasileiro tem intensificado esforços no desenvolvimento de projetos de energia renovável para mitigar as mudanças climáticas e promover um futuro mais sustentável. Em 2024, 906 coops do país produziram sua própria energia, representando 22% de todo o setor, segundo dados do AnuárioCoop 2025.
Elas reúnem 4.914 empreendimentos de geração – a maioria fotovoltaica – e somam 550,4 MW de potência instalada. Os projetos cooperativistas já estão presentes em todas as regiões brasileiras, operando em mais de 650 municípios e promovendo o uso de energias renováveis.
Há cooperativas que geram a própria energia em todos os ramos, com destaque para o de infraestrutura, que representa 73,84% da energia gerada por cooperativas no Brasil; e o agropecuário, setor em que o custo da eletricidade tem grande impacto sobre os negócios.
Além de garantir benefícios econômicos com a redução de gastos com a conta de luz, a energia cooperativa também fomenta investimentos locais e democratiza o acesso à energia, assegurando transparência nos custos e o empoderamento dos cooperados.
07/08/2025

SABER COOPERAR
Cooperativas constroem cidades mais sustentáveis e inclusivas
Na maior cidade do país, uma cooperativa recicla diariamente cerca de 700 quilos de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, como celulares, computadores e eletrodomésticos, garantindo a separação de materiais que podem voltar a ser utilizados e a destinação correta da parte não reciclável. A quantidade de material processado e o impacto socioambiental fazem da Cooperativa de Trabalho, Produção, Reciclagem e Gestão de Resíduos Sólidos (Coopermiti) uma referência nacional de gestão do chamado lixo eletrônico.
Pioneira no Brasil a firmar um convênio com um órgão público para gerenciar esse tipo de resíduos, a coop atua desde 2009 em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Entre os serviços prestados, a Coopermiti recebe materiais por entrega voluntária, agenda coleta e recolhe em pontos de entrega oficiais. Os resíduos passam por uma triagem e seguem para reciclagem, reutilização, reforma para doação ou descarte correto.
O trabalho realizado pela cooperativa paulistana está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 – Cidades e comunidades sustentáveis, uma das metas da Organização das Nações Unidas (ONU) para construir um mundo mais justo e próspero até 2030.
Com 29 cooperados, a Coopermiti já gerenciou mais de 7 mil toneladas de lixo eletrônico e recebeu ou coletou mais de 18 mil equipamentos em 16 anos de atuação. Ao reciclar o lixo eletrônico, a cooperativa contribui para aumentar o ciclo de vida dos recursos já retirados da natureza, evitando novas extrações e dando destino adequado a resíduos que poderiam contaminar o solo ou as águas.
“Somos um projeto socioambiental que, por meio da reciclagem, gera trabalho, renda e capacitação, além de promover a educação ambiental e a cultura”, destaca o diretor presidente da cooperativa, Alex Luiz Pereira.
Para ampliar sua atuação para uma cidade mais sustentável, a coop desenvolve projetos ambientais com escolas e presta consultoria e assessoria para instituições interessadas em descartar corretamente o lixo eletrônico. Uma das iniciativas que mais chama a atenção é um museu itinerante de antiguidades tecnológicas, criado para ensinar às novas gerações um pouco da história do consumo de bens eletroeletrônicos e cultura digital. O acervo inclui máquinas de escrever, telefones, computadores, videogames antigos e outros aparelhos que contam a trajetória da digitalização no país.
“O museu é sempre bem recebido. Em cada exposição em escolas, eventos, empresas e feiras, as pessoas sentem uma atração e uma certa nostalgia pelos itens que tiveram em casa ou na casa dos avós e outros que já utilizaram para brincar, como os videogames, e aqueles que usaram no trabalho, como os computadores”, conta Pereira.
Cooperativas e o impacto ambiental e social
Assim como a Coopermiti, diversas cooperativas pelo Brasil também trabalham para tornar as cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, contribuindo diretamente para o ODS 11.
Na gestão de resíduos sólidos, por exemplo, as coops lideram a coleta seletiva e a logística reversa no país, por meio do trabalho de milhares de agentes de reciclagem que encontraram no cooperativismo uma oportunidade para entrar no mercado formal. Em conjunto com associações de catadores, as cooperativas foram responsáveis pela coleta de 1,68 milhão de toneladas de resíduos recicláveis em 2023, de acordo com o Anuário da Reciclagem 2024.
Além de organizar e sistematizar o processo de reciclagem no país, gerando números positivos para a coleta seletiva em território nacional, outro resultado direto desse trabalho é o impacto no planeta para as gerações futuras. Com a reciclagem, as atividades dos catadores em 2023 evitaram o uso de 6,2 milhões de MegaWatt/hora de energia; 11,7 milhões de árvores; 17,2 bilhões de litros de água; e 328,7 mil toneladas de petróleo, segundo dados do mesmo levantamento.
A reunião desses profissionais em cooperativas também gera formalização, emprego digno e distribuição das sobras para os catadores, trazendo qualidade de vida para cada cooperado que muitas vezes se encontrava em situação de vulnerabilidade antes de se associar. Em 2023, por exemplo, as organizações de catadores obtiveram um faturamento de R$ 1,36 bilhão com a venda dos materiais para reciclagem.
Um exemplo dessa atuação vem de Rio Verde (GO), onde a Coop-Recicla promove a reciclagem de cerca de 210 toneladas de resíduos por mês, colaborando com a destinação correta do lixo gerado pelos 238 mil habitantes da cidade.
Com 40 cooperados, a cooperativa é responsável pela coleta seletiva e separação dos materiais recicláveis, reduzindo a quantidade de lixo nos aterros sanitários e melhorando a qualidade ambiental da região. A destinação correta de resíduos evita a contaminação do solo e da água e reduz a emissão de gases de efeito estufa, o que torna a cidade mais resiliente frente às mudanças climáticas.
“Além disso, geramos trabalho digno e renda para os cooperados, promovendo inclusão social e valorização dos catadores. Esses trabalhadores, antes muitas vezes informais, agora têm acesso a uma fonte estável de renda e melhores condições de trabalho”, ressalta o presidente da Coop-Recicla, Divino Teles.
Por meio da intercooperação com outras cooperativas da cidade, a Coop-Recicla também tem promovido a capacitação e a inclusão financeira de seus cooperados, com impactos para a economia local. “A intercooperação com a Comigo, o Sicoob Empresarial, o Sicredi e o apoio da Prefeitura de Rio Verde fortalece a estrutura da cooperativa, amplia seu alcance e garante apoio técnico e financeiro para novos projetos”, afirma o gestor.
A atuação da coop é tão valorizada pelos rioverdenses que a comunidade se mobilizou em uma rifa para apoiar a compra do caminhão para coleta seletiva da Coop-Recicla. O próximo passo é ampliar a atuação na região e instalar filiais em outras cidades do sudoeste goiano, como Chapadão do Céu e Piranhas.
Sementes para o futuro
As cooperativas brasileiras também têm contribuído para o ODS 11 com iniciativas para tornar as cidades e comunidades mais inclusivas. No Rio Grande do Sul, a Cotrijal, uma das maiores cooperativas agropecuárias do estado, tem transformado a realidade de pessoas com deficiência em um projeto que combina preservação ambiental e inclusão.
No Viveiro da Cidadania, em Passo Fundo, 54 colaboradores com deficiências intelectuais ou múltiplas produzem mudas de árvores nativas para reflorestar áreas degradadas nas fazendas de cooperados. A oportunidade garante carteira assinada, salário, participação nos resultados e outros benefícios, e, principalmente, cidadania.
Desde a criação do viveiro, em 2019, mais de 42 mil mudas já foram distribuídas e a expectativa é chegar a 25 hectares reflorestados até o fim deste ano. “Aqui eles desenvolvem atividades de coleta de sementes, preparo germinativo, plantio e manutenção de mudas de árvores nativas em uma estrutura física toda adaptada e acessível, construída pela Cotrijal ao lado da sede da APAE [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais] de Passo Fundo”, explica a coordenadora do Viveiro de Cidadania, Maria Carolina Rovani.
Além dos colaboradores do viveiro, a Cotrijal emprega mais 127 pessoas com deficiência em vários setores, como a auxiliar de produção Laiziane Mendes, que se orgulha de ser cooperativista. “As pessoas diziam que eu nunca ia conseguir trabalhar, mas eu consegui! Coisas que eu nem imaginava fazer, agora estou fazendo. Eu tenho capacidade para trabalhar”, comemora.
Sua colega de trabalho, Aléxia Soares Damo, sente orgulho por pagar a faculdade de Pedagogia com o salário que recebe na Cotrijal. “É um sentimento muito bom a gente ter o próprio dinheiro”, conta, entusiasmada.
A coordenadora de Meio Ambiente da Cotrijal, Deisi Sebastiani, afirma que a coop contribui para o desenvolvimento de comunidades rurais e urbanas mais sustentáveis, inclusivas e resilientes com o fortalecimento da economia local, manutenção de famílias no campo e geração de emprego e renda. Além disso, promove práticas agrícolas sustentáveis entre seus 17 mil cooperados, disponibiliza infraestrutura e serviços que beneficiam a comunidade e fomenta a cultura de cooperação e solidariedade.
“Promovemos o trabalho coletivo e o desenvolvimento humano, valores que fortalecem o tecido social das comunidades onde estamos inseridos, tornando-as mais participativas, organizadas e preparadas para enfrentar desafios coletivos”, afirma.
30/07/2025

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

LGPD
26/06/2025
Videomonitoramento e proteção de dados
A presença de câmeras de segurança tem sido cada vez mais frequente em todos os lugares, inclusive nas cooperativas, que, evidentemente, se preocupam com a segurança de seus ambientes.

LGPD
29/05/2025
Agentes de Tratamento de Pequeno Porte
Todas as organizações, sem exceção, devem cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
LGPD
Gestão de terceiros e LGPD
A proteção de dados pessoais não se limita apenas ao ambiente interno da cooperativa.
18/04/2025

LGPD
Cuidados com Dispositivos Móveis
Os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes em nossas rotinas de trabalho. Hoje, nossos celulares são ferramentas indispensáveis, essenciais para contato com cooperados, clientes, colaboradores e parceiros.Mas temos de lembrar que os dispositivos móveis estão expostos a ameaças de segurança que podem comprometer dados pessoais e informações confidenciais. Não é à toa que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) fala muito em segurança, embora não nos diga quais medidas tomar para alcançá-la.Confira algumas das boas práticas em segurança de dispositivos móveis.
1. Mantenha Tudo Atualizado
Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos devem ser mantidos atualizados. Atualizações não só adicionam novos recursos, mas também corrigem falhas de segurança. Sempre que uma vulnerabilidade é descoberta, os desenvolvedores correm para lançar uma atualização que a corrija. Se você deixa as atualizações do seu dispositivo em segundo plano, o seu dispositivo pode ser comprometido.
2. Bloqueio de tela
Além das ameaças que vem por meio da internet, também temos de pensar na segurança física do seu dispositivo. Isso começa no bloqueio de tela. Use algum método de bloqueio, de preferência uma senha. Essa é a sua primeira linha de defesa contra acessos não autorizados, especialmente em caso de perda ou roubo do dispositivo. Importante! Configure seu dispositivo para que ele seja automaticamente bloqueado após um período de inatividade.
3. Instale Apenas Aplicativos Oficiais
Evite colocar seu dispositivo em risco com aplicativos de fontes duvidosas. É recomendado baixar apps apenas das lojas oficiais (Google Play Store ou App Store). Se o dispositivo for corporativo, sempre consulte a equipe de TI antes de instalar novos aplicativos.
4. Remova Aplicativos Não Utilizados
Cada aplicativo instalado em seu dispositivo pode trazer consigo riscos e vulnerabilidades próprias. Muitos aplicativos pedem permissões excessivas ou não são mais atualizados, o que aumenta a superfície de ataque do seu dispositivo. Por isso, remova aplicativos que você não usa.
5. Cuidado com Redes Wi-Fi Públicas
Usar redes públicas de Wi-Fi, por exemplo, em restaurantes ou cafeterias, aumenta os riscos de segurança do seu dispositivo. Pessoas com acesso à mesma rede que você tem maior chance de interceptar informações e de comprometer o seu aparelho. Caso não tenha acesso a uma rede confiável, priorize o acesso à internet por dados móveis e evite ao máximo usar redes públicas.
6. Rastreamento de Dispositivo
Ative funções de localização remota em seu dispositivo. Ferramentas como "Encontrar Meu iPhone" (para iOS) ou "Encontre Meu Dispositivo" (para Android) permitem rastrear seu celular e bloquear o acesso em caso de roubo ou perda. Assim, mesmo que o dispositivo seja perdido, você terá a chance de proteger suas informações à distância.
7. Antivírus
A instalação de um antivírus no seu dispositivo móvel é recomendada para a proteção contra malwares. Ele oferece uma camada extra de segurança, especialmente quando você baixa aplicativos ou navega na internet. A proteção adicional pode prevenir ataques e manter seu aparelho mais seguro.
Não esqueça
A segurança dos dispositivos móveis da sua cooperativa depende das suas ações. Se você adotar as práticas indicadas acima, você diminuirá dramaticamente os riscos.Gostou do tema? Nos acompanhe e fique por dentro das melhores práticas em Segurança da Informação.
24/03/2025

LGPD
Avança a fiscalização do uso de dados pessoais no Brasil
O tratamento de dados pessoais, apesar de essencial para as atividades de qualquer cooperativa, é um risco crescente. As ações de fiscalização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) têm se intensificado, e as organizações que não cumprirem com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estão sujeitas a multas expressivas e sanções administrativas. Confira os recentes movimentos da ANPD:
1️⃣ Coleta da Íris
Uma empresa estrangeira chamada Tools for Humanity têm coletado imagens da íris de brasileiros, em troca de compensações financeiras. A ANPD determinou a suspensão dessas compensações pela entrega das imagens, visto que o incentivo financeiro pode ser prejudicial ao livre consentimento. Ocorre que o consentimento para o tratamento de dados pessoais deve ser dado livremente, e não em troca de vantagem financeira. Agravando a situação, a íris é um dado biométrico, considerado dado pessoal sensível pela LGPD, de modo que seu tratamento exige cuidados adicionais.
Saiba mais clicando aqui.
Para as cooperativas, essa ação da ANPD reforça a necessidade de cuidados específicos quando o tratamento de dados pessoais se justifica no consentimento. Há formas específicas de coletar o consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento. Além disso, as cooperativas devem estar atentas que o tratamento de dados pessoais sensíveis exige cuidados redobrados e análises detalhadas dos riscos envolvidos no seu tratamento.
2️⃣ Redes de Farmácia
Em outro caso, a ANPD concluiu a fiscalização de redes de farmácias e exigiu ajustes como, por exemplo, facilitar o acesso dos titulares a informações sobre o tratamento dos seus dados. As farmácias também deverão entregar diversos documentos à Autoridade. Por ter identificado irregularidades, a ANPD também instaurou processo administrativo sancionador a fim de investigar a possibilidade de venda de perfis de consumo a partir do histórico de compras nas farmácias.
Saiba mais clicando aqui.
Para as cooperativas, fica a lição de que dados pessoais devem ser tratados sempre com transparência e a partir de objetivos legítimos. Documentar as operações de tratamento de dados pessoais e adotar medidas efetivas de transparência é essencial para que a cooperativa se mantenha em conformidade com a lei.
3️⃣ Reconhecimento facial em estádios
A ANPD também está fiscalizando o uso de sistemas de reconhecimento facial por 23 clubes de futebol, que usam a tecnologia para a venda de ingressos e controle de entrada nos estádios. O reconhecimento facial depende do cadastro da biometria facial, que é um dado pessoal sensível. Por isso, seu tratamento exige uma série de cuidados especiais.
Saiba mais clicando aqui.
As cooperativas também usam dados pessoais sensíveis. Mesmo que a biometria não seja utilizada, informações de saúde, etnia ou eventual filiação sindical são dados pessoais sensíveis, e o tratamento deve ser realizado a partir de fundamentos legais específicos.
Vamos com calma!
Se a sua cooperativa tem dúvidas, não se preocupe. Cada uma dessas iniciativas da ANPD envolve novas tecnologias e complexidades. Além disso, aplicar a legislação de proteção de dados pessoais no contexto dessas tecnologias requer uma cautela ainda maior.
O importante é saber que a ANPD está vigilante em relação às organizações que utilizam dados pessoais, incluindo as cooperativas. Acompanhe nossas publicações para manter sua organização informada e preparada.
26/02/2025

LGPD
A importância do programa de conformidade com a LGPD nas cooperativas
A proteção de dados pessoais e a segurança das informações são cada vez mais relevantes diante do aumento de fraudes digitais. Com cada vez mais serviços e transações acontecendo no ambiente digital, garantir a privacidade e segurança das informações passou a ser uma necessidade estratégica para as cooperativas e para todo o tipo de organização.
Não é à toa que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), em parceria com as autoridades de proteção de dados da França (CNIL) e da Coreia do Sul (PIPC), elaborou um mangá educativo para conscientizar jovens sobre a importância da proteção de dados. O material, disponível aqui, mostra como boas práticas podem evitar riscos no ambiente digital. Além disso, o SERPRO lançou uma HQ educativa, que aborda privacidade e segurança da informação de forma acessível e lúdica. Saiba mais clicando neste link.
O que isso significa para as cooperativas?
Cooperativas lidam com grande volume de dados pessoais, incluindo informações cadastrais e financeiras, além de dados pessoais sensíveis de seus colaboradores, cooperados e diversas informações confidenciais. Além de empregar todos os meios para proteger os dados pessoais, as cooperativas também precisam mostrar à ANPD, que seguem a LGPD e que adotam uma série de controles de privacidade e de segurança.
Um programa de conformidade com a LGPD permite:
✅ Reduzir riscos de fraudes, vazamentos e uso indevido de dados;
✅ Fortalecer a confiança dos cooperados e clientes;
✅ Demonstrar conformidade, a fim de prevenir sanções administrativas e processos judiciais.
Como funciona um Programa de Conformidade com a LGPD?
A implementação de um programa eficaz é um trabalho complexo, e envolve uma série de medidas multidisciplinares que afetam toda a cooperativa. Abaixo, algumas das tarefas mais importantes que compõem o Programa de Conformidade:
1️⃣ Mapeamento de dados: Identificação de todas as atividades da cooperativa que envolvem dados pessoais, incluindo sua coleta, uso e armazenamento.
2️⃣ Nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados (DPO): Responsável pela coordenação do Programa de Conformidade, sendo sua nomeação uma imposição da Lei.
3️⃣ Definição de políticas internas: Elaboração de diversas Políticas e Normas Internas para adequar a conduta dos envolvidos à Lei, de forma que deverão seguir diversas regras sobre privacidade e segurança no seu dia a dia.
4️⃣ Treinamento da equipe: Conscientização sobre proteção de dados e segurança, com a adoção de boas práticas internacionalmente reconhecidas para conservar a privacidade dos titulares dos dados usados pela cooperativa.
5️⃣ Criação de canais de atendimento: Meios de comunicação específicos, nos termos da LGPD, para que os titulares dos dados pessoais possam exercer seus direitos.
6️⃣ Medidas de privacidade e segurança: Tecnologias e práticas para prevenir incidentes de segurança e manter a confidencialidade das informações críticas para a cooperativa.
Saiba mais:
Em Como se adequar à LGPD? As cooperativas têm à disposição um modelo de projeto de adequação à LGPD dividido em 05 (cinco) etapas.
Não se esqueça!
Adequar-se à LGPD vai além do cumprimento legal – é um diferencial para as cooperativas. Um Programa de Conformidade eficaz minimiza riscos, fortalece a transparência e garante privacidade e segurança.
Quer saber mais? Nos acompanhe e fique sempre por dentro das informações mais relevantes sobre proteção de dados pessoais e segurança da informação.
06/02/2025

LGPD
A ANPD começou a fiscalizar 20 grandes empresas
A ANPD começou a fiscalizar 20 grandes empresas que não cumpriram as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
07/01/2025

LGPD
O uso de senhas fortes
A gestão de senhas é um desafio comum e recorrente. As cooperativas precisam provavelmente de acesso a inúmeros sistemas, cada um exigindo uma senha diferente. Lembrar-se de todas elas e manter a sua confidencialidade pode ser uma tarefa árdua, especialmente quando elas seguem padrões complexos.
Apesar dessas dificuldades, manter em segurança as senhas de acesso utilizadas é fundamental. Acontece que o ambiente digital é constantemente ameaçado por organizações criminosas e indivíduos mal-intencionados, que estão sempre renovando as suas técnicas para acessar os dados pessoais e informações relevantes das cooperativas. Se a sua cooperativa pensa que nunca será alvo de um ataque cibernético, lhe convidamos a refletir sobre este ponto. Dados pessoais e informações comerciais têm grande valor, e são negociadas por somas consideráveis em mercados paralelos.
Como se prevenir?
Com tantas ameaças, é essencial que as cooperativas revejam periodicamente as suas práticas na escolha e gestão de senhas. As boas práticas recomendadas há alguns anos podem já não ser mais suficientes atualmente. Abaixo, estão algumas das mais importantes orientações atualizadas, em acordo com as recentes boas práticas internacionais:
Opte por senhas longas
Em vez de focar em senhas excessivamente complexas com números e caracteres especiais, recomenda-se priorizar o comprimento. Uma prática moderna é utilizar uma frase inteira, que faça sentido apenas para o usuário.
Quanto maior a senha, maior a segurança. Idealmente, as senhas devem ter, no mínimo, 15 caracteres. Pode parecer excessivo, mas uma senha longa é muito mais fácil de lembrar do que uma senha complexa.
Adapte-se às limitações dos sistemas
Alguns sistemas podem não aceitar senhas muito longas. Nesse caso, ainda vale a recomendação tradicional: inclua uma combinação de números, caracteres especiais e letras maiúsculas e minúsculas para aumentar a segurança.
Habilite o duplo fator de autenticação (2FA)
Sempre que possível, ative o duplo fator de autenticação. Esta funcionalidade adiciona uma camada extra de segurança, exigindo um segundo método de verificação além da senha, como um código gerado por aplicativos como o Microsoft Authenticator.
Também é possível a utilização de reconhecimento da face ou da digital. Entretanto, estes métodos exigem uma atenção especial das cooperativas e o envolvimento dos Encarregados pelo tratamento de dados pessoais é de extrema importância.
Evite trocas desnecessárias
Há pouco tempo, era recomendada a troca periódica de senhas. Hoje, notou-se que mudar de senha acaba incentivando práticas muito perigosas, como o armazenamento das credenciais em planilhas de acesso amplo, o que deve ser evitado.
Assim, as novas recomendações rejeitam a alteração programada de senhas. O foco deve se dar em senhas seguras, especialmente no seu comprimento. Reserve a troca de senhas para situações específicas, como o desligamento de um colaborador que conta com acesso a sistemas críticos.
Utilize um gerenciador de senhas
Para simplificar a gestão de diversas senhas, considere o uso de um gerenciador de senhas. Eles armazenam todas as senhas em um local especial e muito seguro. Essas ferramentas podem até preencher automaticamente as suas credenciais nas telas de acesso a sistemas.
No entanto, é crucial que a senha de acesso ao gerenciador seja extremamente forte e que o duplo fator de autenticação também seja habilitado para proteger o acesso. Alguns exemplos de gerenciadores disponíveis no mercado incluem LastPass, 1Password e Proton Pass.
Nunca reutilize senhas
Vazamentos de credenciais são relativamente comuns. Quando uma das suas senhas é comprometida em um incidente de segurança de determinada plataforma ou sistema, agentes maliciosos irão verificar se você reaproveitou essa senha em algum outro sistema.
Por isso, o uso da mesma senha em mais de um sistema deve ser evitado e desestimulado pelas cooperativas.
Atenção!
Colaboradores, cooperados e clientes das cooperativas devem ser conscientizados acerca dos riscos do uso de senhas com 7 caracteres ou menos, independentemente da complexidade. Tecnologias avançadas já permitem a quebra de segurança de senhas tão curtas com relativa facilidade.
Não se esqueça...
A segurança da informação é uma responsabilidade coletiva. A colaboração de todos é essencial para garantir a integridade do ambiente digital das cooperativas.
12/12/2024

Todos os ramos
Agropecuário
Consumo
Crédito
Infraestrutura
Saúde
Seguros
Trabalho, Produção de Bens e Serviços
Transporte

EVENTOS
11/09/2025
Painéis do Seminário Jurídico debatem regimes específicos
Setores financeiro, saúde e agro discutiram impactos da tributação no cooperativismo
Encerrando a programação do V Seminário Jurídico do Sistema OCB, que ocorreu nesta terça (9), três painéis simultâneos reuniram especialistas, dirigentes e tributaristas para debater como os regimes específicos da Reforma Tributária vão impactar diretamente o cooperativismo nos setores de crédito, saúde e agropecuário. A proposta foi trazer um olhar prático sobre a Lei Complementar já aprovada e abrir espaço para a troca de experiências entre advogados, assessores jurídicos, contadores de cooperativas e das OCEs e acadêmicos da área.
Os debates aconteceram em um momento crucial, já que a transição para o novo modelo de tributação sobre o consumo começa a ganhar forma. Para o Sistema OCB, acompanhar cada detalhe dessa implementação é essencial para assegurar que as especificidades do ato cooperativo sejam preservadas e que as cooperativas mantenham sua competitividade em relação aos demais agentes de mercado.
Instituições financeiras
No painel sobre instituições financeiras, o debate foi conduzido pelo superintendente jurídico do Sicredi, Evandro Kotz, e contou com a exposição de Hélio de Mello, auditor fiscal da Receita Federal e membro titular do GT-3 do PAT-RTC. Hélio destacou os desafios globais de tributar serviços financeiros, especialmente aqueles remunerados por margem, como no crédito bancário. “Diferenciar os juros puros da remuneração de serviços é fundamental para evitar distorções e garantir neutralidade ao sistema”, afirmou.
O auditor lembrou que, embora a maioria dos países adote o modelo de isenção, o Brasil avançou ao rejeitar essa alternativa. A isenção, segundo ele, gera graves distorções econômicas, como a sobretributação do crédito empresarial e a subtributação do crédito ao consumo. “Optamos por uma solução mais próxima do que já conhecemos com o PIS/Cofins, o que preserva segurança jurídica e garante continuidade”, explicou. Para ele, ainda que não seja um modelo perfeito, o caminho escolhido oferece mais previsibilidade às instituições financeiras, incluindo as cooperativas de crédito.
A relevância do tema ficou clara nas perguntas dos participantes, que trouxeram preocupações sobre como a regulamentação poderá afetar a neutralidade do ato cooperativo e a competitividade das cooperativas de crédito em relação aos bancos. Kotz destacou o papel desses espaços de diálogo. “Estamos todos aprendendo juntos nesse processo. O que importa é garantir que as especificidades do cooperativismo estejam sempre no centro das soluções construídas”, afirmou.
Custos assistenciais
O setor de saúde também esteve em pauta, com moderação do advogado tributarista João Muzzi e palestra do Doutor André Branco, da Uniodonto. O grupo discutiu os efeitos da nova tributação sobre os custos assistenciais e a sustentabilidade das cooperativas médicas. André Branco destacou que o princípio da não tributação de determinadas atividades cooperativas já é reconhecido há anos, mas sua aplicação ainda gera controvérsias. “O grande desafio é lidar com a complexidade regulatória, que muitas vezes cria obstáculos práticos para que os direitos constitucionais das cooperativas sejam plenamente aplicados”, avaliou.
Ele lembrou que as cooperativas operadoras de planos de saúde já enfrentam um ambiente desafiador, com custos crescentes e a necessidade de manter a lógica mutualista no atendimento. Nesse contexto, segundo ele, a Reforma Tributária pode trazer tanto riscos quanto oportunidades. “Assim como navegar sem mapa em uma cidade desconhecida, lidar com leis tributárias pouco claras pode levar cooperativas a erros caros. Precisamos de clareza para seguir em frente”, reforçou. Os debates conduzidos pelo Doutor João Muzzi ressaltaram a importância de a agenda política e jurídica se manter atenta, para evitar que o novo modelo crie custos adicionais que possam comprometer a sustentabilidade das cooperativas médicas.
Produtor rural contribuinte e não contribuinte
Já o painel sobre o setor agropecuário foi moderado por Rogério Croscato, coordenador jurídico da Ocepar, e teve apresentações dos advogados tributaristas Doutor Fábio Calcini e Doutor Marcelo Jabour. O foco esteve na operacionalização da alíquota zero entre cooperados contribuintes e não contribuintes e as cooperativas e nos impactos da transição para o IVA. Os especialistas lembraram que o agronegócio brasileiro é altamente competitivo no mercado internacional e não pode ser prejudicado por uma tributação mal calibrada.
“A reforma tributária é um verdadeiro quebra-cabeça coletivo. Se uma peça não encaixar, todo o sistema pode perder equilíbrio”, afirmou Calcini, ao comentar a necessidade de regulamentações claras e de transição suave para as novas regras. Jabour complementou destacando a importância de preparar produtores e cooperativas para o novo cenário. “As mudanças exigirão ajustes contábeis, adaptação de estratégias e, sobretudo, proximidade ainda maior entre cooperativas e seus associados, para garantir conformidade e competitividade”, disse.
Visão unificada
Ao final dos debates, os participantes se reuniram novamente no plenário para a conclusão e compartilhamento dos painéis simultâneos, momento conduzido pela assessora jurídica do Sistema OCB, Ana Paula Ramos. Ela destacou que a divisão em salas paralelas buscou aprofundar a especialização, atendendo tanto profissionais jurídicos quanto contábeis dos oito ramos do cooperativismo, e que o retorno ao plenário foi essencial para reunir visões distintas em uma lógica única. “O cooperativismo se rege por uma lógica societária própria, que impacta todas as demais dimensões, inclusive a tributária. Por isso, é fundamental que todos compreendam as discussões em sua totalidade”, reforçou.
Ana Paula também registrou agradecimento especial aos moderadores que, segundo ela, “desde 2019 vêm se dedicando integralmente ao estudo das questões tributárias do cooperativismo, construindo de forma coletiva soluções para garantir segurança jurídica e sustentabilidade às cooperativas”. Em sua fala, enfatizou a importância da participação ativa de cooperativas na base, das Organizações Estaduais (OCEs) e do Sistema OCB nacional no processo que resultou na aprovação da reforma. “Se não foi a reforma sonhada, foi a possível, construída com diálogo e protagonismo do cooperativismo”, complementou.
Síntese
O encontro foi encerrado com a síntese das contribuições apresentadas nos três painéis, seguida de um sorteio de livros jurídicos entre os participantes. A atmosfera final foi de reconhecimento mútuo pelo esforço coletivo que envolveu dirigentes, advogados, técnicos e cooperativas de todo o país. Como destacou Ana Paula, o trabalho não termina com a aprovação da lei. “Temos ainda um longo caminho na regulamentação. Mas o cooperativismo está pronto para seguir unido, vigilante e colaborativo, honrando sua essência e seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.”
Saiba Mais:
V Seminário Jurídico destaca conquistas e desafios do cooperativismo
V Seminário Jurídico: seguros e reforma tributária são destaques
Inscrições para o 8ª EBPC encerram em 03 de outubro

EVENTOS
10/09/2025
Cooperativismo de crédito realiza I Encontro Jurídico no Sistema OCB
Debates trataram de sigilo, citação eletrônica, fraudes e impactos da inteligência artificial
O Sistema OCB recebeu, nesta quarta-feira (10), dirigentes, advogados e especialistas para o I Encontro Jurídico Intersistêmico das Cooperativas de Crédito, um evento criado para alinhar estratégias, aprofundar debates técnicos e antecipar tendências que impactam diretamente o setor. Com cerca de 125 participantes de diferentes instituições, entre eles representantes do Sicredi, Sicoob, Unicred, Cresol, Ailos, Cooperativas independentes, FGCoop e do próprio Sistema OCB, o encontro mostrou a diversidade e a representatividade do setor.
A abertura ficou por conta da superintendente da entidade, Tania Zanella, que relembrou o esforço coletivo para garantir a inclusão do cooperativismo de crédito na Reforma Tributária. “Foram 45 dias intensos de trabalho. Cada ponto, cada vírgula importava”, contou. Para ela, a conquista foi resultado da união e da atuação sistêmica do movimento. “No projeto original, o Ramo Crédito estava fora. Avançamos porque nos mantivemos alinhados e soubemos defender nosso modelo de negócios. Essa vitória mostra a força do cooperativismo”, acrescentou.
Tania também lembrou a importância de não perder de vista a essência cooperativa, destacando uma frase que considera inspiradora: “Aproximem-se cada vez mais do modelo cooperativo, porque é nele que vocês fazem a diferença. Isso deve ser seguido como nosso norte”, afirmou. Ao encerrar, fez questão de agradecer às equipes envolvidas na organização do encontro.
Novo layout da quebra de sigilo (IN BCB 636/2025)
O evento seguiu com uma série de painéis que abordaram temas centrais para o futuro das cooperativas de crédito. Carlos Eduardo e Denis Carvalho, representantes do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central, apresentaram a IN BCB 636/2025, que redefine o layout da quebra de sigilo bancário e exige atenção redobrada das instituições. O painel foi conduzida por Ricardo Senra (superintendente jurídico do Centro Cooperativo do Sicoob) e contou com a análise e provocações do debatedor Rodrigo Marques, do Sicoob, que destacou pontos de atenção para a aplicação prática da norma.
Citação Eletrônica
O juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Adriano da Silva Araújo, discutiu os impactos e riscos da citação eletrônica. O painel foi moderado por Mayara Schramm Strube (gerente jurídica da Ailos), com participação de Andressa Gudde, gerente jurídica da Sicredi, e Fernando Arndt, coordenador jurídico da Ailos, que trouxeram a perspectiva das cooperativas sobre os desafios da digitalização nos processos judiciais.
Tribunais Superiores
A atuação estratégica nos Tribunais Superiores foi o tema do debate mediado por Ana Paula Ramos, assessora jurídica do Sistema OCB. Os advogados Fabiano Jantalia (Jantalia Advogados), João Caetano Muzzi Filho (BMAS Advogados) e Stella Castro (Demarest Advogados) compartilharam experiências da atuação em Brasília e reforçaram a importância de consolidar entendimentos favoráveis ao cooperativismo de crédito nos tribunais.
Fraudes financeiras
A exposição da advogada Camilla Jimene (Opice Blum Advogados) trouxe ao centro da discussão o aumento das fraudes financeiras, golpes digitais e riscos em jogos online. A mediação ficou a cargo de Vinícius Lima Marques, assessor jurídico da Unicred, e Sandreia Dorr, gerente institucional da Cresol. O debate foi enriquecido ainda pela análise de Marco Túlio de Rose (advogado e fundador da De Rose Advogados), que reforçou a necessidade de protocolos internos e treinamentos preventivos.
Inteligência Artificial
Já o advogado Fabrício da Mota (Serur Advogados) apresentou reflexões sobre os impactos da inteligência artificial no direito e nas decisões judiciais, destacando mudanças já em curso no sistema de justiça. O painel contou com moderação de Taíse Ribeiro, consultora jurídica da FGCoop, e Jefferson Thomé, gerente jurídico na Cooperforte, além da contribuição de Edson Rodrigues, superintendente-executivo de TI do Sicoob, que trouxe a visão prática de como a tecnologia pode ser aplicada ao ambiente das cooperativas de crédito.
Saiba Mais:
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Debate no Congresso expõe riscos da tributação sobre LCAs e LCIs
EVENTOS
Inscrições para o 8ª EBPC encerram em 03 de outubro
Encontro discute futuro do cooperativismo com integração entre teoria e prática
As inscrições para a 8ª edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) vão até 03 de outubro, por meio do formulário disponível no site do evento. Pesquisadores, gestores de cooperativas, dirigentes e profissionais do setor têm a oportunidade de participar de um dos principais espaços de debate e troca de conhecimento sobre cooperativismo no país.
O EBPC consolidou-se como um evento essencial para fortalecer a integração entre teoria e prática, incentivando a produção e a disseminação de conhecimento científico aplicado ao cooperativismo. A edição deste ano tem como tema Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro, e será realizada de forma presencial entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília.
O evento promove debates sobre pesquisas acadêmicas e experiências práticas, contribuindo para a geração de novas abordagens e soluções aos desafios enfrentados pelo setor. Além de apresentar estudos que aprimorem a eficácia e a eficiência dos processos cooperativos, o EBPC oferece um ambiente de troca de experiências e avaliação de boas práticas, fortalecendo a formação de redes de colaboração entre pesquisadores e profissionais.
“O EBPC é uma oportunidade única de integrar pesquisa, prática e inovação no cooperativismo brasileiro, fomentando debates que fortalecem todo o setor”, destaca Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Confira a programação completa:
06/10 (segunda-feira)
14h00 – 17h00 | Credenciamento
17h00 – 19h00 | Abertura oficial
19h00 – 21h00 | Momento Integração
07/10 (terça-feira)
08h00 – 10h00 | Painel 1 – Impacto social das cooperativas: qual prosperidade para redução de iniquidades?
10h00 – 10h30 | Coffee Break
10h30 – 12h30 | Painel 2 – O crescimento das cooperativas e os desafios à manutenção da sua identidade
12h30 – 13h30 | Almoço
13h30 – 15h30 | Painel 3 – Cooperativismo e Meio Ambiente: estratégias para um futuro sustentável
15h30 – 16h00 | Coffee Break
16h00 – 18h00 | Sessão 1 – Apresentação de Trabalhos
08/10 (quarta-feira)
08h30 – 10h00 | Mesa de discussão – O cooperativismo e as pesquisas do futuro
10h00 – 10h30 | Coffee Break
10h30 – 12h30 | Sessão 2 – Apresentação de Trabalhos
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EVENTOS
V Seminário Jurídico: seguros e reforma tributária são destaques
Evento discutiu governança, regimes específicos e desafios das novas legislações
O V Seminário Jurídico do Sistema OCB, realizado nesta terça-feira (9), trouxe ao centro do debate os aspectos jurídicos e societários das cooperativas de seguros, além de um amplo painel sobre os impactos da reforma tributária no cooperativismo. Juristas, autoridades da Receita Federal e dos governos federal e estaduais apresentaram análises sobre governança, regimes específicos e inovações que estão sendo implementadas com a nova legislação.
Seguros
A advogada e consultora jurídica, Angélica Carlini, destacou que a atividade securitária tem total afinidade com os princípios cooperativistas, por estar baseada em solidariedade e mutualismo. Ela explicou que a Lei Complementar nº 213/2025 estabeleceu novas exigências de governança para cooperativas que atuarão nesse segmento, incluindo conselhos de administração, diretorias e conselhos fiscais, lembrando que a regulamentação dessas exigências deverá ser proporcional ao porte e à complexidade das operações. “No seguro, dois pontos exigem máxima transparência: a subscrição de riscos e a regulação de sinistros. Sem governança adequada, esses processos não se sustentam”, ressaltou.
Na mesma linha, o diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Carlos Roberto Alves de Queiroz, reforçou a confiança da autarquia no papel do cooperativismo dentro do mercado segurador. “O cooperativismo mostrou estar preparado para assumir uma função relevante na sociedade, e a Susep está convicta de que ele terá protagonismo no setor. A Lei Complementar 213 trouxe dispositivos importantes para garantir solvência e segurança, e vejo que o aspecto de conduta de mercado será uma contribuição essencial da comunidade jurídica cooperativista”, afirmou.
Reforma Tributária
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, trouxe uma abordagem técnica sobre a incidência do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Ele explicou que a neutralidade tributária é um princípio que precisa ser respeitado, evitando que o uso da cooperativa seja desincentivado. “O conceito é que o imposto não deve prejudicar ou favorecer formas específicas de organização econômica. O desafio é aplicar isso em um sistema onde parte dos cooperados não está no regime regular de débito e crédito, o que gera complexidade”, apontou.
Em seguida, José Evande Carvalho Araújo, consultor da Câmara dos Deputados, apresentou um panorama histórico das tentativas de reforma desde 1988 até a aprovação da Emenda Constitucional 132/2023. Ele elencou críticas ao sistema atual, como carga elevada, regressividade e guerra fiscal, e mostrou como o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) moderno busca simplificar, ampliar a base de incidência e reduzir litígios.
Na visão de Vanessa Canado, coordenadora do Núcleo de Tributação do Insper, essa mudança tem ligação direta com o contencioso das cooperativas: 67% das decisões judiciais analisadas tratam de tributos que serão substituídos pela nova sistemática. “Um bom desenho legal do IVA é essencial para reduzir disputas e dar segurança jurídica ao setor”, observou.
O auditor fiscal da Receita Federal, Fernando Mombelli detalhou o regime específico das sociedades cooperativas previsto na legislação. Ele lembrou que a Constituição exige tratamento adequado ao ato cooperativo, e que a lei complementar recente permite aplicar alíquota zero em operações entre cooperados e cooperativas, assegurando neutralidade.
Split Paymentt
No período da tarde, o evento contou com a participação de Sheyne Leal, integrante do Grupo de Trabalho do Split Payment no Programa de Assessoramento Técnico à Implementação da Reforma da Tributação do Consumo (PAT-RTC). A especialista explicou o funcionamento dessa metodologia de pagamento, que será central na operacionalização do novo sistema de tributação do consumo no Brasil.
Segundo ela, o Split Payment tem como base a Lei Complementar nº 214/2025, que determina como os débitos do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) serão pagos. O modelo exige que o valor da operação seja automaticamente fracionado, garantindo transparência e rastreabilidade no recolhimento dos tributos.
O processo envolve diretamente fornecedor e adquirente: enquanto a transação é realizada, a parcela correspondente aos impostos é separada e destinada ao Comitê Gestor do IBS e à Receita Federal. Para isso, de acordo com Sheyne, estão previstas três modalidades de aplicação: a inteligente, em que o contribuinte informa os valores e eventuais excessos são ajustados em até três dias úteis; a superinteligente, em que o próprio governo calcula os valores, levando em conta créditos e pagamentos anteriores; e a simplificada, que utiliza percentuais pré-estabelecidos sobre a transação.
A implementação do modelo será gradual, começando pelas operações business-to-business (B2B) e em caráter opcional. Para a especialista, um dos pontos mais desafiadores será a integração dos sistemas de pagamento — como boleto, Pix e TED — ao mecanismo de divisão automática dos tributos.
Ela destacou ainda os princípios que orientam a adoção do Split Payment, como a necessidade de minimizar impactos financeiros, assegurar a fluidez no caixa das empresas e reduzir riscos operacionais. “A proposta é modernizar a arrecadação sem comprometer a atividade econômica, trazendo mais segurança jurídica para todos os envolvidos”, afirmou.
Painéis simultâneos
Encerrando a programação, o seminário promoveu três painéis simultâneos, cada um dedicado a um setor específico: instituições financeiras, operadoras de saúde e agropecuário.
No painel de instituições financeiras, advogados e dirigentes de cooperativas de crédito discutiram como os regimes específicos previstos na lei complementar dialogam com a atuação dessas entidades, em especial no que se refere à neutralidade do ato cooperativo e à competitividade das cooperativas de crédito.
O debate sobre operadoras de saúde reuniu especialistas em direito tributário e representantes de cooperativas de saúde. O grupo analisou como o novo sistema de tributação pode impactar os custos assistenciais, a sustentabilidade do modelo e a preservação da lógica mutualista na prestação de serviços de saúde.
Já o painel do setor agropecuário, que contou com tributaristas e especialistas, teve como foco a operacionalização da alíquota zero nas operações entre cooperados e cooperativas, a transição para o IVA e os desafios para manter a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário global.
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EVENTOS
Tania Zanella reforça inclusão e liderança feminina no coop
Superintendente do Sistema OCB ressaltou desafios e oportunidades presentes no movimento
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou, nesta terça-feira (9), do 20º Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, um dos eventos mais tradicionais do calendário cooperativista catarinense. Promovido pelo Sistema Ocesc, o encontro reuniu mais de 1,2 mil mulheres de 48 cooperativas nos dias 9 e 10 de setembro.
A edição de 2025 é considerada especial, uma vez que marca duas décadas de uma iniciativa que tem contribuído para fortalecer a participação feminina no movimento cooperativista. O tema escolhido, Raízes fortes, asas livres, simboliza a Foto: Cassius Souza ligação das mulheres com os valores do cooperativismo, ao mesmo tempo em que reforça a autonomia, a leveza e a inspiração que elas espalham nos diversos ramos de atividade.
A programação inclui palestras, apresentações artísticas e culturais, rodas de conversa e momentos de convivência. Entre os destaques do primeiro dia, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, ministrou a palestra Cooperativismo: desafios e oportunidades. Primeira mulher a ocupar o cargo de superintendente da entidade, Tania compartilhou dados sobre a força do cooperativismo no Brasil e no mundo, além de refletir sobre o papel das lideranças femininas no futuro do setor.
Inicialmente, ela destacou que o cooperativismo brasileiro já reúne 25,8 milhões de cooperados e gera 578 mil empregos diretos, com movimentação financeira acima de R$ 757 bilhões em 2024. “Esses números mostram que somos parte fundamental da economia e da vida das pessoas. Mas, ainda mais importante, é lembrar que por trás de cada indicador estão histórias de trabalho coletivo, de inclusão e de impacto positivo nas comunidades”, afirmou.
Segundo Tania, ampliar a presença feminina em cargos de decisão é um dos grandes desafios do movimento. “As mulheres já representam uma parcela expressiva da base cooperativista, mas precisamos avançar na ocupação de espaços estratégicos. Isso não é apenas uma questão de justiça social, mas de competitividade. Diversidade gera inovação e resultados mais sustentáveis”, ressaltou.
A superintendente lembrou ainda que o Sistema OCB tem desenvolvido iniciativas específicas para promover a inclusão, diversidade e equidade, como os comitê Elas pelo Coop. “O que queremos é que cada mulher cooperativista se reconheça como parte essencial dessa jornada. Nossos comitês e programas são ferramentas para abrir portas, mas o verdadeiro protagonismo acontece quando cada uma se sente capaz de transformar sua realidade e o da sua comunidade”, disse.
Para Tania, o simbolismo de celebrar 20 anos do encontro é um chamado para o futuro. “Estamos aqui para honrar as raízes, mas também para abrir caminho para novas gerações de mulheres no cooperativismo. Esse é um movimento que não para de crescer, e as mulheres têm muito a contribuir para que ele seja cada vez mais forte, justo e inovador”, concluiu.
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EVENTOS
V Seminário Jurídico destaca conquistas e desafios do cooperativismo
Participantes discutem caminhos para ampliar proteção e garantir equilíbrio jurídico das cooperativas
O V Seminário Jurídico do Sistema OCB reúne nesta terça-feira (9), em Brasília, advogados, contadores e especialistas de todo o país para debater os principais avanços e desafios do cooperativismo nos campos jurídico e tributário. A abertura foi conduzida pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que destacou a importância do encontro como um fórum de alto nível para consolidar conhecimentos e fortalecer a segurança jurídica das cooperativas brasileiras. “Quero agradecer a todos os participantes e palestrantes que se dedicam a construir esse ambiente de troca e aprendizado. É assim que fortalecemos o nosso modelo de negócio, criando bases sólidas para o futuro”, afirmou.
O presidente destacou três pontos centrais que estarão no foco do seminário: a regulamentação do ramo de seguros, os avanços alcançados com a Reforma Tributária e a consolidação da rede de profissionais que atuam na área jurídica e contábil do movimento. Segundo ele, a criação do ramo Seguros é uma oportunidade única de ampliar o acesso da população a esse tipo de serviço. “Estamos muito atentos ao processo regulatório, em diálogo com a Susep e nossos consultores, para que esse novo ramo nasça bem estruturado e seja capaz de cumprir sua missão de maneira responsável. O seguro cooperativo pode ser uma ferramenta essencial para ampliar a proteção da população, mas precisa nascer com qualidade e inteligência”, reforçou.
Márcio também destacou a conquista recente do reconhecimento do ato cooperativo no âmbito da Reforma Tributária. Ele lembrou que, após décadas de debate, a nova legislação trouxe maior segurança ao modelo, resultado de um esforço conjunto de todo o movimento. “Alcançamos maturidade no diálogo com a Receita Federal e com a equipe responsável pela Reforma. Ainda temos regulamentações a enfrentar, mas conquistamos um marco que traz justiça e equilíbrio para as nossas operações”, avaliou.
Por fim, o presidente reforçou a importância de o seminário contribuir para a formação de uma rede nacional de excelência jurídica e contábil. “O cooperativismo já movimenta uma economia trilionária e reúne mais de 25 milhões de cooperados. Precisamos construir inteligência, procedimentos acertados e uma comunicação mais clara sobre o nosso modelo de negócios. O futuro do cooperativismo depende dessa união”, concluiu.
Palestra magna: recuperação judicial e a exclusão do ato cooperativo
Logo após a abertura, o evento recebeu a palestra magna do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que abordou um tema de grande relevância: a exclusão dos atos cooperativos dos processos de recuperação judicial.
Segundo Cueva, três fundamentos principais justificam essa exclusão. O primeiro é a natureza jurídica diferenciada: a cooperativa de crédito não atua como banco tradicional, mas em uma lógica em que os associados são, ao mesmo tempo, donos e usuários da instituição. O segundo é a proteção do sistema cooperativo: submeter os créditos de uma cooperativa à recuperação judicial significaria transferir o prejuízo para todo o conjunto de cooperados, o que distorceria a lógica do modelo. O terceiro ponto é a coerência legislativa e constitucional: o ato cooperativo é protegido pela Constituição Federal e pela Lei 5.764/1971, que há mais de 50 anos estabelece suas particularidades.
“A exclusão dos atos cooperativos da recuperação judicial não é um privilégio, mas uma consequência da própria natureza do sistema. Esse entendimento garante segurança para que as cooperativas sigam cumprindo seu papel econômico e social sem comprometer a proteção de seus associados”, afirmou o ministro.
Com uma programação intensa ao longo do dia, o V Seminário Jurídico segue com debates sobre regime tributário, split payment, aspectos societários e painéis específicos sobre cooperativismo financeiro, de saúde e agropecuário.
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EVENTOS
Sistema OCB leva debate sobre IA ao Encontro Elas Pelo Coop BA
XIV Encontro Elas Pelo Coop BA teve como foco em inovação e formação feminina
Na última sexta-feira (5), mulheres cooperativistas da Bahia se reuniram em Salvador para o XIV Encontro de Mulheres Cooperativistas – Elas Pelo Coop BA. Realizado pelo Sistema Oceb, em parceria com o Comitê Elas Pelo Coop BA, o evento teve como objetivo capacitar lideranças femininas e dar continuidade ao planejamento estratégico construído coletivamente em 2024.
O evento contou com aproximadamente 100 participantes, e a programação combinou reflexões sobre o papel das mulheres no setor e temas de inovação, com destaque para a palestra sobre Inteligência Artificial (IA), ministrada por Rodrigo Rangel, analista de estudos econômicos do Sistema OCB.
IA como aliada da produtividade
Com o tema Inteligência Artificial e seu potencial para produtividade, Rodrigo apresentou conceitos básicos, desmistificou ideias equivocadas e trouxe exemplos práticos de uso das ferramentas digitais. Ele explicou como a IA pode apoiar tanto processos internos das cooperativas quanto estratégias de comunicação e marketing.
Segundo ele, compreender e dominar a interação com essas tecnologias já se tornou uma competência essencial. “A Inteligência Artificial não substitui as pessoas, mas potencializa aquelas que sabem usá-la. É uma ferramenta que amplia nossa capacidade de análise, de criação e de tomada de decisão”, afirmou.
A palestra abordou desde mitos e verdades sobre a IA até as diferenças entre machine learning e IA generativa, além de exemplos de aplicações no cotidiano das organizações. Rodrigo também explicou como funcionam os prompts – comandos que direcionam as respostas da IA – e deu dicas para torná-los mais eficientes.
“Um bom prompt é como uma boa pergunta: quanto mais claro e contextualizado, mais assertiva será a resposta. É isso que torna a IA uma parceira estratégica, seja para elaborar um plano de ação, resumir informações complexas ou gerar insights de mercado”, destacou.
Além do debate sobre inovação, o encontro deu continuidade à execução do planejamento do Comitê de Mulheres, elaborado em 2024 a partir de uma ampla escuta das cooperativistas baianas. O documento prevê ações de capacitação, promoção de lideranças e fortalecimento da rede de apoio entre mulheres.
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EVENTOS
Sistema OCB destaca inovação e propósito no CoopCE 2025
Debates abordaram ainda sustentabilidade e desafios para o futuro do cooperativismo no Ceará
O Sistema OCB teve papel de destaque no 2º Encontro Cooperativo Cearense – CoopCE 2025, realizado em Fortaleza, nesta sexta (5). O evento, promovido pelo Sistema OCB/CE, reuniu dirigentes, cooperados e parceiros institucionais sob o tema O Cooperativismo que o Ceará Precisa.
Com a presença de Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação, e Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, o Sistema OCB contribuiu com reflexões estratégicas sobre os rumos do setor. A participação aconteceu em dois dos três painéis temáticos que nortearam a programação.
Inovação como motor de transformação
No painel Inovação e futuro: o cooperativismo como protagonista da transformação, Guilherme destacou que as cooperativas brasileiras já reconhecem a inovação como prioridade, mas ainda enfrentam desafios para estruturar processos e ampliar resultados.
Segundo ele, a transformação digital, a inteligência estratégica e a capacidade de adaptação a megatendências como inteligência artificial, economia circular e diversidade são fundamentais para garantir competitividade. “A inovação precisa ser entendida não apenas como tecnologia, mas como cultura organizacional, capaz de gerar impacto econômico e social de longo prazo. O cooperativismo tem tudo para liderar essa agenda no Brasil”, afirmou.
Ele também compartilhou dados da Pesquisa de Inovação do Cooperativismo Brasileiro 2024, que mostram que 84% das cooperativas consideram inovação um tema muito importante e 79% já incluem a prática em seus planejamentos estratégicos.
Propósito e identidade como diferenciais
Já no painel Cooperativismo com propósito: sustentabilidade, diversidade e identidade, Débora Ingrisano ressaltou que a identidade cooperativista é, por si só, um compromisso com a Agenda ESG e com o desenvolvimento sustentável.
“Uma organização sustentável é aquela que se preocupa com o presente sem comprometer as gerações futuras. Isso significa ser economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa. O cooperativismo já comprova, por indicadores concretos, que conseguimos equilibrar essas três dimensões. Somos um movimento com mais de 25 milhões de cooperados e que administra cerca de R$ 800 milhões, mostrando que é possível unir propósito, impacto social e solidez econômica”, destacou Débora.
A gerente também lembrou que 2025 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o papel estratégico do movimento para enfrentar desigualdades e propor alternativas econômicas mais justas.
O CoopCE 2025 contou ainda com a palestra magna de Marcio Callage, diretor de Marketing da Vulcabras, e com a participação de Robson Mafioletti, superintendente do Sistema Ocepar, que conduziu o painel de encerramento com reflexões sobre o futuro do cooperativismo no Ceará.
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