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- Artigo Secundário 3
Encontro discutiu iniciativas de qualificação e promoção de cooperativas no mercado global
A 2ª reunião do Conselho da Câmara de Comércio Brasileira (Brazilian Chamber of Commerce), da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), realizada na última quinta-feira (17), contou com a participação de Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB. O encontro reuniu representantes de mais de 27 entidades e organizações de diferentes setores para discutir parcerias estratégicas e ações que visam estimular a internacionalização de pequenas e médias empresas, especialmente as cooperativas.
A pauta abordou o papel das instituições no processo de aumento da competitividade do Brasil no mercado internacional, bem como a promoção e a inclusão de pequenos negócios, produtores rurais e agroindústrias no cenário global. Débora Ingrisano destacou a relevância do cooperativismo brasileiro nesse contexto e apresentou dados que reforçam o impacto positivo das cooperativas na economia e na geração de empregos. "O cooperativismo tem se mostrado um impulsionador estratégico para as exportações do Brasil. Em 2023, o movimento atingiu US$ 8,4 bilhões em exportações, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Esses dados representam 2,5% da pauta exportadora nacional, mas há oportunidades para expandir ainda mais esse impacto, especialmente ao se focar em cooperativas menores e em produtos de maior valor agregado", disse.
Um dos principais projetos apresentados por Débora foi o PEIEX Coop, uma iniciativa do Sistema OCB em parceria com a Apex-Brasil que capacitou 50 cooperativas exportadoras e beneficiou cerca de 60 mil famílias brasileiras. Débora ressaltou a importância de diversificar as exportações no modelo de negócios, que atualmente estão concentradas em grandes coops de commodities, como soja e carne de aves. "Há um grande potencial de mercado para cooperativas de menor porte, que podem exportar produtos mais elaborados, como café, polpa de frutas, castanhas, chocolate e artesanato, agregando maior valor à pauta exportadora", afirmou. Ela lembrou ainda que, a partir do legado do PEIEX Coop, o Sistema OCB continuará atuando na qualificação de cooperativas para exportação com o lançamento da primeira turma de capacitação com metodologia própria previsto para o início do 1º semestre de 2025.
Também foi discutido o papel do Sistema OCB no apoio à internacionalização de cooperativas, com foco em dois pilares principais: a promoção comercial e a qualificação para exportação. Com base em seu profundo conhecimento sobre o modelo de negócios cooperativo, Débora explicou que o Sistema OCB estruturou um programa de negócios voltado para o mercado internacional, que inclui a atualização do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras e a oferta de serviços de assessoria internacional. A gerente enfatizou que, além de ações de capacitação, as cooperativas brasileiras possuem, à disposição, subsídios para participação em feiras internacionais, o que facilita a promoção de seus produtos no exterior.
O coordenador de Relações Internacionais da CACB, Maurício Manfré, falou sobre a importância da colaboração entre as entidades. “Para que possamos realmente impulsionar o comércio exterior e fortalecer o empreendedorismo no Brasil, é importante pensar em uma ferramenta que possa permitir que as empresas acessem facilmente os programas e oportunidades disponíveis, com um ambiente propício para a cooperação e o crescimento econômico. A colaboração entre a Câmara de Comércio Brasileira e a OCB é um passo importante nessa direção, pois unimos forças para promover a internacionalização das empresas brasileiras”, declarou.
Outro destaque foi a discussão sobre o Projeto Agro.BR, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que visa aumentar a presença de produtos agropecuários brasileiros no mercado internacional. Nesse contexto, Débora reformou a importância de cooperativas e agroindústrias de pequeno porte se qualificarem para exportar, tendo em vista as oportunidades oferecidas pelos programas.
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- Artigo Secundário 2
Dados apontam redução da pobreza e fortalecimento de economias locais com incremento no PIB, empregos e agropecuária
O mundo comemora nesta quinta-feira (17) o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), organizações capazes de transformar a vida de milhares de pessoas e que se destacam por ser uma alternativa mais inclusiva e democrática em relação às instituições financeiras tradicionais. Reconhecidas por promover o desenvolvimento econômico local, gerar empregos e fomentar a sustentabilidade, elas conquistam cada vez mais a atenção e o respeito dos brasileiros.
E, para reforçar ainda mais os impactos econômicos e sociais das cooperativas de crédito, o Sistema OCB aproveita o DICC para divulgar os mais recentes resultados de um estudo realizado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe) e apoio do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco) que reuniu dados de 2018 a 2023 para mensurar, com precisão, a relevância do segmento no Brasil. O estudo mostra que a presença das cooperativas de crédito gera um aumento expressivo no PIB per capita dos municípios onde estão localizadas, na criação de empregos e na arrecadação tributária, além de impulsionar o agronegócio e reduzir a pobreza.
“As cooperativas de crédito oferecem diferenciais expressivos e que precisam ser amplamente divulgados. Elas contribuem para o crescimento da renda e da atividade econômica, promovem pequenos negócios, criam empregos e melhoram as condições de vida de seus cooperados e das comunidades à sua volta, gerando um ciclo positivo que se espalha para outras variáveis, como arrecadação tributária e exportações. É um ciclo virtuoso de prosperidade”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Os números não deixam dúvidas: as cooperativas de crédito são protagonistas no desenvolvimento econômico sustentável e na inclusão financeira. Em termos de PIB per capita, os municípios que contam com cooperativas de crédito registraram um incremento de R$ 3.852 por habitante, equivalente a 10% da média nacional de 2021. A geração de empregos foi outro destaque, com 25,3 novos postos de trabalho por mil habitantes, equivalente a 15,1% acima da média nacional. No empreendedorismo, o crescimento apontado é de mais 3,2 estabelecimentos por mil habitantes (15,6% da média nacional).
A arrecadação tributária também foi diretamente impactada. Nos municípios com a presença de cooperativas de crédito, a arrecadação municipal apresenta um aumento de R$ 48,10 por habitante (8,7% da média nacional do ano de 2022), e a arrecadação federal de R$ 506,60 por habitante (17,1% da média nacional). No comércio exterior, o valor das exportações tem um incremento de US$ 544,40 por habitante, representando 44,4% a mais do que a média nacional. O saldo comercial, por sua vez, apresenta uma elevação de US$ 491,40 por habitante, o que equivale a 62,5% da média nacional.
No Agro, os efeitos também são significativos. Quando analisada a produção agrícola, verifica-se um incremento de R$ 466,30 por hectare, superando em 23,3% a média de 2022, enquanto a produtividade agrícola por área plantada aumenta em R$ 1.371 por hectare. Quando analisada a variável de rebanho de suínos, por exemplo, percebe-se um incremento em 72,3 cabeças por mil hectares (28,1% acima da média). Já no de galináceos, são 3.469 cabeças por mil hectares (36,8% acima da média).
Além dos impactos econômicos, as cooperativas de crédito têm sido fundamentais para a redução da pobreza e a inclusão financeira. Nos municípios com essas instituições, verifica-se uma redução de 20,5 famílias por mil habitantes no Cadastro Único e de 24,8 famílias no Programa Bolsa Família, evidenciando seu papel na transformação social. Outro resultado que merece atenção diz respeito ao número de matrículas e de concluintes no Ensino Superior. Municípios com a presença de cooperativas de crédito apresentam 3,2 matrículas a mais por mil habitantes (24,1% da média nacional) e de mais 0,22 concluintes (13% da média).
O efeito multiplicador do crédito cooperativo também é expressivo. Cada R$ 1,00 de crédito concedido gera R$ 2,56 em atividade econômica, R$ 1,17 em valor adicionado e R$ 0,50 na massa salarial. Além disso, para cada R$ 1 milhão em crédito, 22,8 novos empregos são criados, fortalecendo ainda mais o mercado de trabalho e promovendo o bem-estar econômico das regiões atendidas.
O estudo utilizou metodologias robustas como Diferenças-em-Diferenças e Matriz Insumo-Produto para analisar os impactos das cooperativas de crédito. Os dados utilizados têm como base o Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, o Anuário do Cooperativismo Brasileiro e outras informações coletadas pela Fipe.
Com 17,3 milhões de associados e mais de 750 cooperativas em operação, as cooperativas de crédito brasileiras formam a maior rede de atendimento físico do país, com 9,8 mil unidades de atendimento. Em 368 municípios elas são, inclusive, a única instituição financeira disponível. O setor gera, ainda, mais de 112 mil empregos diretos.
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Programa promove formação e aperfeiçoamento de dirigentes cooperativistas
O Sistema OCB lançou o Programa de Certificação de Conselheiros de Sociedades Cooperativas. O objetivo da iniciativa é certificar cooperados que desejam exercer cargos nos conselhos de administração ou fiscal, assegurando a profissionalização e o aperfeiçoamento dos dirigentes das cooperativas.
A certificação de conselheiros oferece inúmeros benefícios para as cooperativas, incluindo a garantia de que os profissionais possuem os conhecimentos técnicos essenciais para suas funções. Além disso, ela aumenta a competitividade das cooperativas, preparando-as melhor para enfrentar os desafios do mercado, e promove o aperfeiçoamento contínuo, incentivando a formação e o aprimoramento das competências de governança dos conselheiros.
A relevância do tema foi explicitada no 15o Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), por meio de definição de uma diretriz estratégica geral: Promover a formação, o aprimoramento das competências de governança e a certificação dos conselheiros, com ênfase no direcionamento estratégico.
Para o Sistema OCB, esse é um processo fundamental para fortalecer a governança das cooperativas brasileiras, e reflete o compromisso com a excelência e a sustentabilidade no setor. "Com essa iniciativa, a entidade garante que seus dirigentes estejam preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado atual", afirma a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano.
O programa oferece exames contínuos, permitindo que os interessados busquem a qualificação a qualquer momento. A certificação é válida por quatro anos, podendo ser renovada por meio da realização de novo exame ou participando de eventos de formação específicos oferecidos pelo Sescoop.
Para auxiliar os candidatos, o Sescoop disponibiliza um curso preparatório na plataforma CapacitaCoop, em que se abordam os seguintes temas: cooperativismo, governança, negócios, gestão financeira, contabilidade e compliance, e integridade.
O Programa de Certificação de Conselheiros conta com a parceria da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que atua como parceiro certificador juntamente ao Sistema OCB. As questões da prova são elaboradas pela equipe da FGV e as provas são ofertadas na plataforma da instituição, podendo ser realizadas de forma presencial nos centros de testes vinculados à FGV ou na forma remota diretamente pela plataforma.
A primeira prova oficial acontece em 27 de setembro, e a partir daí estará permanentemente disponível a todos os interessados. Para mais informações, acesse o Regulamento da Certificação de Conselheiros. Para se inscrever, clique aqui.
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Programa impulsiona a competitividade de cooperativas brasileiras no mercado global
O Sistema OCB e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil) realizaram, nesta quinta-feira (22), o evento de encerramento do PEIEX Coop. A iniciativa busca fortalecer as cooperativas brasileiras para que aumentem sua capacidade de exportação. Com uma metodologia especialmente adaptada para esse modelo de negócios, o programa oferece qualificação e suporte técnico por meio de seu núcleo, que atende cooperativas em todo o Brasil e facilita o acesso ao mercado internacional de forma planejada e segura.
Desde dezembro de 2022 até julho de 2024, 50 cooperativas foram qualificadas pelo PEIEX, com suporte técnico durante quatro meses, o que resultou em avanços nos processos de exportação de todas elas, que vão desde produtores de café (30%) até fruticultores (26%) e representam 56% dos produtos exportados. As regiões Norte e Nordeste abrigam a maior parte dessas cooperativas (36%), enquanto a maioria dos participantes está localizada no Sudeste (39%). Em 2023, 95 cooperativas foram apoiadas pela Apex-Brasil, das quais 81 foram exportadoras e representam 2,5% do total das exportações brasileiras no ano.
Pamella Lima, coordenadora de negócios do Sistema OCB, destacou a importância de mostrar que a exportação não é um privilégio exclusivo das grandes empresas. "Nós entendemos que exportação não é só coisa para os grandes, é para os pequenos e médios também. Para isso, é necessário preparação, qualificação e organização. Exportar é possível para todas as cooperativas, pois agrega valor, diversifica, traz benefícios para o cooperado e para a comunidade em que está inserida", declarou.
Para Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, o encerramento deste ciclo não é apenas um fim, mas o início de novas oportunidades. "As próximas ações incluem o mapeamento de exportações, a criação de um catálogo de cooperativas exportadoras, e a oferta de assessoria internacional sob demanda. Além disso, já está programada uma segunda turma de qualificação, que começará em fevereiro de 2025, com a participação de mais 20 cooperativas".
Os resultados do PEIEX foram notáveis. Mais de 61 mil cooperados foram impactados pelo programa, com uma média de 1.200 cooperados beneficiados por cooperativa. Além disso, 97% das cooperativas se sentem mais preparadas para exportar após a qualificação, e 58% implementaram novas iniciativas a partir do programa.
Clarissa Alves Furtado, gerente de competitividade da Apex-Brasil, expressou o entusiasmo da organização em trabalhar com as cooperativas. "A Apex gosta muito da parceria que faz com cooperativas, queremos ter sempre mais coops como parceiras. Sabemos do potencial que esse modelo de negócio possui para gerar emprego e renda", disse.
Por sua vez, a coordenadora de competitividade da Apex-Brasil, Rita de Cássia da Silva, ressaltou o marco que este momento representa. "As cooperativas param para pensar numa estratégia de internacionalização e, no fim desse ciclo de qualificação do PEIEX, é o momento de comemorar. Cooperativas são originadas de um desafio, e passar por esse ciclo de qualificação é dar início a uma jornada de sucesso", celebrou.
O Sistema OCB reiterou ainda, o compromisso em ofertar ações de suporte às exportações. “A partir de uma diretriz estratégica aprovada no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), orientaremos nossa atuação para aumentar o número de coops exportadoras buscando diversificar e agregar novas oportunidades no mercado internacional. Este trabalho será desenvolvido de forma próxima e articulada com as Organizações Estaduais (OCEs)”, completou Pamella.
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Em parceria com Apex-Brasil, objetivo da iniciativa é abrir novas oportunidades de comércio
Com base no compromisso de aumentar a participação das cooperativas brasileiras no mercado internacional, o Sistema OCB iniciou, no último dia 08, o Mapeamento de Exportação do Coop, uma iniciativa estratégica alinhada com as diretrizes estabelecidas no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC). Em parceria com a Apex-Brasil, e por meio de um Acordo de Cooperação Técnica vigente, o objetivo é abrir novos mercados e promover a internacionalização das cooperativas, especialmente nos segmentos agropecuários e de artesanato. A coleta de dados segue até o dia 09 de setembro.
O mapeamento visa identificar o perfil exportador, as potencialidades e as necessidades de suporte, com organização de informações estratégicas que dão orientação à oferta de serviços de apoio à internacionalização. Com os dados obtidos, o Sistema OCB poderá direcionar melhor seus esforços e, também, fornecer insumos valiosos para que a Apex-Brasil possa otimizar o apoio às coops registradas. Essa esquematização irá contribuir para a atualização do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras, que poderá fortalecer ainda mais a presença do cooperativismo do país no cenário global.
Para a analista de Negócios da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas, Jéssica Dias, o mapeamento é uma forma de compreender o potencial exportador das cooperativas brasileiras e identificar as áreas onde elas mais precisam de ajuda. "Esse processo nos permite a abertura de novos panoramas e mais competitividade para nossas cooperativas. A parceria com a Apex-Brasil nos ajuda na construção do sucesso dessa ação", afirmou.
O processo é confidencial e conduzido em parceria com uma consultoria especializada, a TM20, que garante a precisão e segurança das informações coletadas. O mapeamento conta com três etapas. Na primeira, denominada como Atualização da base, as cooperativas devem preencher este formulário online, para inserção de informações básicas sobre produtos e potencial exportador das cooperativas. Na segunda etapa serão realizadas entrevistas em profundidade para identificar os diferentes graus de maturidade exportadora dos participantes. Já na terceira, será feita uma pesquisa quantitativa para identificar pontos fortes e desafios enfrentados pelas cooperativas na exportação.
Não deixe de inscrever sua cooperativa. Esta é uma oportunidade única de influenciar a formulação de serviços de suporte que beneficiarão a sua coop! Apenas as que preencherem o mapeamento farão parte do catálogo de coops exportadoras.
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Evento resultou em mais de 1,4 milhões em expectativas de negócios para as participantes
A maior conferência de negócios do setor de alimentos e bebidas da América Latina e Caribe, LAC Flavors, realizada entre os dias 4 e 6 de junho, em Manaus, destacou a diversidade gastronômica da região como um atrativo para compradores internacionais. Em sua 12ª edição, o evento ofereceu um ambiente propício para o crescimento e o desenvolvimento das Pequenas e Micro Empresas (PMEs) do setor
O evento, organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o apoio da ApexBrasil, contou com a participação do Sistema OCB e de diversas cooperativas brasileiras dos estados do Amazonas, Amapá, Espírito Santo e Minas Gerais, que tiveram a oportunidade de participar das rodadas de negócios. Os produtos comercializados incluíram mel, café, guaraná e cacau, que despertaram grande interesse. O resultado somou US$ 1.446.500,00 em expectativa de negócios.
Agrofruit, Coopfam, Coopemapi, Lacoop, Amazonbai e Natercoop foram as cooperativas participantes. Elas destacaram a força e a qualidade dos produtos brasileiros no mercado internacional, sublinhando a importância de feiras que promovem o comércio e a exportação. O evento atraiu mais de 120 compradores internacionais e 350 fornecedores da região, que participaram de reuniões de negócios individuais e workshops de capacitação. Segundo a organização da LAC Flavors, aproximadamente 3 mil reuniões de negócios foram realizadas durante o evento.
Jessica Dias, analista de Negócios do Sistema OCB, ressaltou o sucesso da participação das cooperativas no evento. Para ela, a presença amplia as oportunidades de mercado e também fortalece a imagem do cooperativismo brasileiro no cenário global. "A participação das coops na LAC Flavors foi muito positiva. O excelente resultado obtido demonstra a importância da participação em eventos de promoção comercial, sobretudo em rodadas de negócios internacionais. Essas oportunidades são cruciais para a diversificação de mercados e maior rentabilidade para as cooperativas, pois possibilitam alcançar melhores preços de venda e, consequentemente, maior retorno financeiro para o cooperado," afirmou.
Para o presidente da Agrofrut, Antonio Carlos Monteiro Fonseca, a participação na LAC Flavors foi extremamente positiva. “Nos reunimos com seis empresas e três delas geraram conversas que devem gerar negócios a Bolívia, Colombia, Guatemala e Alemanha. A perspectiva com o país europeu, por exemplo, é muito boa em termos de volume. As tratativas já estão bastante avançadas. Falta apenas verificar questões de logística. Com outras três empresas, conseguimos a promessa de ter nossos produtos inseridos em seus catálogos, o que pode gerar outras negociações futuras”, declarou.
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Programa foca na melhoria de gestão e mercado das cooperativas
NegóciosCoop, iniciativa idealizada pelo Sistema OCB Nacional, voltado para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras. Ao todo, 19 estados estiveram representados no evento, que teve como foco principal a absorção da metodologia proposta para apoiar as cooperativas em um posicionamento organizado, sólido e sustentável, bem como aumentar suas oportunidades de negócios. O treinamento consolida o compromisso com o fortalecimento das cooperativas e reforça a rede de colaboração entre as Organizações Estaduais (OCEs) e a Unidade Nacional. O Espírito Santo recebeu, entre os dias 18 e 21 de junho, a capacitação do Programa
A coordenadora de Negócios do Sistema OCB, Pâmella Lima, explica que o NegóciosCoop oferece uma imersão dividida entre teoria e prática. "Na parte teórica, os participantes foram introduzidos à metodologia do programa, sendo possível entender a origem e todo o processo envolvido no diagnóstico. Já na parte prática, visitas foram realizadas em três cooperativas, proporcionando aos grupos que observassem diretamente como aplicar os conhecimentos adquiridos", disse.
As cooperativas que receberam a aplicação do Diagnóstico de Negócios foram a Coopervidas, em Piúma; a Coopram, em Domingos Martins; e a Clac, em Alfredo Chaves. Um dos pontos centrais foi a demonstração de como o diagnóstico completo dos negócios das cooperativas participantes é feito e aplicado. A partir desse raio-X, são oferecidas consultorias e instruções específicas para melhorar a organização mercadológica das cooperativas, bem como promover a organização interna nos temas planejamento, organização do quadro social, produção, produto, publicidade, financeiro e gestão de vendas.
Pâmella acredita que os participantes puderam entender a importância do apoio estadual para a implementação efetiva do programa em suas regiões. "Nos próximos meses, os estados que estiveram presentes poderão aplicar os conhecimentos adquiridos, replicando o programa e fortalecendo suas próprias cooperativas", Completou.
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Feira é a maior vitrine de negócios para alimentos orgânicos e naturais da América Latina
Bio Brazil Fair 2024, maior feira de alimentos orgânicos e naturais da América Latina, realizada entre os dias 12 e 15 de junho no centro de exposições Distrito Anhembi, em São Paulo. O objetivo do evento é funcionar como uma plataforma para empreender novas iniciativas de negociações, gerar oportunidades de networking com fornecedores, distribuidores e importadores, e ampliar a visibilidade de produtos brasileiros, além de divulgar as tendências e inovações na indústria alimentar. O Sistema OCB participa com estande institucional da 18ª edição da
A participação do Sistema OCB na Bio Brazil faz parte da estratégia da coordenação de Negócios da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas, que tem como diretriz apoiar as cooperativas na inserção em mercados, para que possam vender mais e melhor, de forma sustentável. Segundo Pamella Lima, coordenadora de Negócios da entidade, “participar da Bio Brazil é muito importante, pois reforça a atuação sistêmica do cooperativismo na divulgação de produtos com marca coop, bem como o apoio para as cooperativas com a representação institucional e negócios nesses eventos comerciais”.
A última edição da Bio Brazil comprovou o crescimento do mercado brasileiro de alimentos saudáveis que, atualmente, estima movimentar cerca de R$ 180 bilhões por ano no país e tem nas feiras como a Bio Brazil sua principal vitrine de negócios. Em 2023, a feira contou com 730 expositores, mais de 1,4 mil marcas e mais de 100 horas de conteúdo de palestras e seminários, atraindo 52 mil visitantes de todos os estados brasileiros e de 30 países, entre varejistas, atacadistas, distribuidores, profissionais das diversas áreas da saúde, empresários, cooperativas, produtores e consumidores finais. Para a edição de 2024, a estimativa da Bio Brazil é gerar ainda mais oportunidades de contatos e negócios.
Oito cooperativas estão participando do estande institucional do Sistema OCB, denominado Cooperativas do Brasil – SomosCoop. Elas representam diferentes estados, reforçando a força da diversidade do cooperativismo no Acre, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Roraima e Rio Grande do Sul. Os produtos expostos e comercializados incluem arroz orgânico, chocolates, castanha-do-Brasil, mel, lácteos e cafés.
Segundo Jean Fernandes, analista de Negócios do Sistema OCB, o estande impulsiona a divulgação e imagem dos produtos com a marca do coop. “Além disso, a pluralidade da feira Bio Brazil gera inúmeras oportunidades de contatos com potenciais compradores e parceiros institucionais, bem como a prospecção de novos negócios e realização de venda de produtos”.
Para Glaucia Maria, cooperada da Coopiatã, cooperativa baiana localizada na Chapada Diamantina e que produz café, a participação na feira gera muitas oportunidades. Ela percebeu que, nos primeiros dois dias, o público visitante que buscou conhecer os cafés da cooperativa foi de empresários da rede hoteleira, empórios e consumidores finais com interesse no bebida. “E temos o diferencial do apoio oferecido pelo Sistema OCB com o estande preparado e organizado para pudéssemos realizar a degustação de cafés junto aos visitantes”, declarou.
Gustavo Zimermann, presidente da cooperativa gaúcha Cooperav, também destacou os resultados positivos da presença na feira. “É a primeira vez que a cooperativa participa de um evento comercial com a proporção de marcas e produtos da Bio Brazil. É muito gratificante e os primeiros dois dias da feira já foram muito produtivos, com a realização de diversos contatos com empórios de produtos orgânicos e com parceiros comerciais que a cooperativa já possui e vieram na feira para realizar reuniões”.
Confira a lista das ooperativas expositoras no estande do Sistema OCB da Bio Brazil:
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Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre Ltda (Cooperacre)
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Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi)
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Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado Espírito Santo (Cafesul)
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Cooperativa de Cafes Especiais e Agropecuaria de Piata (Coopiatã)
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Cooperativa de Produção eDesenvolvimento do Povo Indígena Paiter Suruí (Coopaiter)
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Cooperativa dos Produtores Orgânicos de Reforma Agrária de Viamão (Coperav)
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Sistema OCB participa de evento para apresentar plano de ações para fortalecimento do segmento
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (5), do evento de apresentação do plano de ação do projeto Fortalecimento da Cadeia de Reciclagem do DF, realizado durante o encontro do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços - Câmara de Reciclagem do Sistema OCDF. A gerente-geral, Fabíola Nader Motta, representou a unidade nacional e falou sobre a importância do papel desempenhado pelo segmento. “A reciclagem vai muito além da promoção de um meio ambiente saudável. Ela é responsável também por transformar realidades e garantir desenvolvimento socioeconômico para os catadores e catadoras que atuam na coleta”, destacou.
A gerente lembrou que as cooperativas de reciclagem vem se consolidando cada vez mais no país e que o Distrito Federal é um dos protagonistas no incentivo e fortalecimento do setor. “O Sistema OCB congrega atualmente 97 cooperativas que reúnem mais de 4 mil catadores de materiais recicláveis. Elas figuram como possibilidade de trabalho formal para esses agentes, com um ambiente de maior salubridade e equipamentos de proteção individual, além de permitir ganho de escala produtiva. Por isso, valorizamos e entendemos a importância de um ambiente favorável para o seu desenvolvimento como vem sendo trabalhado pelo Sistema OCDF”, acrescentou.
Segundo ela, as parcerias são muito importantes para o alcance dos objetivos e os resultados do projeto Fortalecimento da Cadeia de Reciclagem no DF, implementado em conjunto com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Ministério de Integração Regional (MIDR) são prova de como os esforços conjuntos podem fortalecer ainda mais o segmento. “Nesse sentido, o Programa NegóciosCoop para a Reciclagem - iniciativa concebida pelo Sistema OCB - tem ampla aderência ao trabalho desenvolvido. Nele, trabalharemos em cinco pilares: quadro social, produção, gestão, agregação de valor e mercado”, explicou.
A gerente ressaltou que assim como no projeto de Fortalecimento das Cooperativas, que contou com ações de consultoria e tutoria, diagnóstico, aplicação de ferramentas de gestão, análise de viabilidade e prospecção de novos mercados, além de organização do quadro social, o Programa NegóciosCoop utiliza uma abordagem participativa e imersiva para capacitar as cooperativas de reciclagem no aprimoramento das vendas e na garantia da sustentabilidade econômica, financeira e ambiental de suas atividades.
O presidente do Sistema OCDF, Remy Gorga Neto, salientou que a parte inicial do projeto identificou pontos significativos e que o plano de ação que começará a ser implementado a partir de agora, com certeza, trará resultados ainda mais positivos. “O estudo avaliou toda a cadeia de reciclagem do DF para verificar o que poderia ser feito em termos de verticalização e outras soluções que possam agregar valor ao processo. Foram várias etapas que contaram, inclusive, com visitas a outros países para troca de experiências. Agora, chegou a hora de implementar as soluções propostas”, declarou.
Ainda durante o evento, membros das cooperativas de reciclagem participaram de uma oficina promovida pelo Sistema OCDF, momento em que puderam compartilhar suas experiências e priorizar os trabalhos que pretendem realizar durante o ano.
O Projeto Fortalecimento da Cadeia de Reciclagem do DF é realizado desde 2022. Nos últimos dois anos, foram realizadas várias atividades com foco no diagnóstico e no desenvolvimento econômico e organizacional das cooperativas de reciclagem do DF. Estudo e orientações sobre estrutura física mínima para operação, captação de recursos, boas práticas no mercado, programa de desenvolvimento de cooperado, entre outros temas, compuseram os produtos entregues e as atividades realizadas com estas cooperativas. A última etapa do Projeto foi a elaboração e apresentação do plano de ação.
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Oportunidades de negócios geraram resultados promissores para as cooperativas
Anuga Brazil 2024, aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, em São Paulo. A feira é um dos eventos mais importantes do setor de alimentos e bebidas das Américas, sendo reconhecida por buscar um caminho alimentar sustentável e justo, com uma vasta comunidade nacional e internacional da indústria alimentícia. O evento proporciona um espaço de negociações que geram oportunidades de networking com fornecedores, distribuidores e importadores, além de contribuir para debates sobre as potencialidades do setor e a divulgação de tendências e inovações nos ramos de alimentos e bebidas. A
A participação nessa feira faz parte da estratégia da Coordenação de Negócios do Sistema OCB que visa apoiar as cooperativas para que elas possam vender mais e melhor, de forma sustentável, e ampliando as possibilidades de comercialização no mercado nacional.
Com o objetivo de capacitar as cooperativas para que aproveitassem ao máximo essa oportunidade, a Coordenação de Negócios realizou reuniões coletivas preparatórias com os representantes das cooperativas expositoras e elaborou folders comerciais para impulsionar a divulgação dos produtos expostos na feira.
Durante os três dias de evento, foram realizadas rodadas de negócios coordenadas pela Broggini, uma empresa que presta assistência personalizada e soluções para desenvolver e implementar planos de expansão internacional, na América e na Europa e pela ApexBrasil.
O Sistema OCB marcou presença em um estande que contou com a participação de 12 cooperativas que expuseram a diversidade e a qualidade dos seus produtos. As cooperativas apresentaram mercadorias alimentícias, desde vinhos e espumantes até carnes suínas e bovinas, passando por produtos lácteos, açaí, chocolates, doces, cafés e mel. A entidade ainda apresentou suas estratégias de representação do cooperativismo, com destaque para o Programa de Negócios, voltado para tornar o modelo cooperativista mais competitivo, dentro e fora do Brasil.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, ressaltou a importância da presença das cooperativas na Anuga Brazil como uma oportunidade valiosa para destacar o trabalho e os produtos do cooperativismo. "Muitas vezes, as cooperativas não possuem recursos para participar de eventos de grande porte e, por isso, é papel do Sistema OCB garantir visibilidade aos seus produtos", explicou. Para ela, ficou evidente que o alcance da feira eleva as cooperativas a um novo patamar. "Preparamos as cooperativas, oferecemos suporte logístico, orientação educativa e apoio financeiro para que, ao longo do evento, todas pudessem participar de negociações produtivas", afirmou.
Para Jean Fernandes, analista de Negócios do Sistema OCB, a participação na feira gerou diversas experiências positivas e oportunidades para as cooperativas participantes. "Conseguimos divulgar as histórias e os produtos das coops, além de promover a degustação de produtos para o público visitante, prospectar novos negócios, bem como atrair potenciais compradores". Ele explicou que foi possível mapear parcerias com outras instituições e que, durante os três dias de feira, as coops participaram de 60 reuniões na rodada de negócios com empresas nacionais e internacionais.
André Badaró, diretor comercial da cooperativa Amazonbai (AP), disse que as conexões estabelecidas possibilitaram o agendamento de encontros e abriram novas oportunidades para firmar contratos e negociações com grandes indústrias. "Essas novas relações vão fazer toda diferença no nosso faturamento. A partir de contratos fixos para a compra dos nossos insumos, com empresas de altíssimas relevância, conseguimos atuar em espaços de consumo cada vez maiores".
Já o gestor de torrefação da Cocapec (SP), ressaltou que a presença na feira foi muito positiva, com a participação da cooperativa em sete rodadas de negócios. "Fechamos parcerias com representantes, fornecedores e clientes. O apoio do Sistema OCB para nos trazer foi essencial para que a gente possa dar mais um passo no nosso processo comercial e produtivo", declarou.
Por sua vez, Roberto Calza, gerente da Cotripal (RS), assegurou que a feira foi uma surpresa positiva e que as suas expectativas foram superadas. Para ele, a cooperativa conseguiu alcançar o público que procura, além de elevar seus produtos a nível nacional. "A participação foi ótima. Conseguimos entrar em um mercado que ainda não estávamos ativos, na região Sudeste. Aqui, fechamos parcerias com clientes específicos, com uma assertividade que traz muito potencial para nossa cooperativa. Conseguimos muitos parceiros em novos patamares".
Confira as cooperativas que participaram da feira:
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Cotripal (RS);
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Cooperlad (BA);
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Vinícola Aurora (RS);
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Nova Aliança (RS);
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Camta (PA);
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Coopatrans (PA);
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Sanjo (SC);
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Coopernova (MT);
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Cocapec (SP);
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Amazonbai (AP);
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Natercoop (ES);
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Coopemapi (MG)
Saiba Mais:
Ação será realizada na sede da ApexBrasil, em Brasília, nos dias 16 e 17 de maio.
aqui. O custeio com deslocamento e hospedagem é de responsabilidade das cooperativas selecionadas. Na busca por impulsionar as exportações do cooperativismo brasileiro, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizará o Exporta Mais Brasil Cooperativas, a primeira rodada de negócios presencial exclusiva para o cooperativismo. A ação conta com o apoio do Sistema OCB e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). As rodadas ocorrerão nos dias 16 e 17 de maio, na sede da ApexBrasil, em Brasília, e as inscrições estão abertas para cooperativas de todo o Brasil interessadas em participar. Inscreva-se
Para o evento, a ApexBrasil trará à mesa de negociações dez compradores internacionais, representando majoritariamente redes de varejo estrangeiras, que vão se reunir com as cooperativas selecionadas. São 30 vagas destinadas a cooperativas do ramo agropecuário, focadas na comercialização de alimentos e bebidas. Cooperativas de agricultura familiar, que tenham liderança feminina e/ou já tenham sido capacitadas para exportação receberão pontuação extra no ranqueamento. O objetivo da ação é fortalecer os laços comerciais e abrir novos mercados para os produtos do cooperativismo brasileiro. O Exporta Mais Cooperativas faz parte do Acordo de Cooperação Técnica entre a Agência e o Sistema OCB.
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, destacou que o acordo é fundamental para aumentar a presença das cooperativas brasileiras no mercado internacional. “Os estudos reforçam que as empresas exportadoras, em média, pagam salários maiores, contratam mais e usam uma proporção maior de trabalhadores com ensino superior em relação às empresas não-exportadoras. Nesse sentido, apoiar a inserção de nossas cooperativas no mercado internacional pode trazer oportunidades de melhoria de renda. E, no nosso modelo de negócios, isso significa que esses recursos serão divididos entre cooperados, colaborando para o crescimento de suas comunidades locais e melhorando a qualidade de vida”.
Em anos anteriores, a ApexBrasil já organizou duas edições de rodadas de negócios exclusivas para cooperativas, na modalidade online, que resultaram US$ 2,6 milhões em negócios para as participantes. Na primeira, foram 14 cooperativas participantes, gerando US$ 1,3 milhão em negócios. Na segunda, foram 10 cooperativas e outros US$ 1,3 milhão em negócios gerados.
PEIEX Coop
O Exporta Mais Brasil Cooperativas marca os avanços das atividades do Programa de Qualificação para a Exportação da Agência específico para cooperativas, denominado PEIEX Coop, uma parceria entre ApexBrasil e OCB. Até agosto deste ano, o PEIEX Coop pretende capacitar até 50 cooperativas, das quais 45 já estão atualmente em processo de capacitação. Essas cooperativas receberão pontuação adicional para a participação no evento.
Para participar de feiras e missões organizadas pela ApexBrasil, as cooperativas já recebem pontuação adicional. Projetos da Agência para fomento das exportações compatíveis com a floresta, como a Mesa Executiva de Exportação de Castanha do Brasil e o Exporta Mais Amazônia, já contam com grande participação de coops.
Em 2023, as cooperativas apoiadas pela ApexBrasil exportaram diretamente US$ 8,4 bilhões (excluindo exportações via comerciais exportadoras). Em alguns segmentos específicos, como leite condensado, a participação das cooperativas chegou a representar 71% do total exportado pelo Brasil.
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Banco quer impulsionar projetos de cooperação com foco na Região Amazônica
O Sistema OCB e o Sicoob se reuniram, nesta quarta-feira (13), com o BID-Invest, braço do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID), para discutir potenciais parcerias para a captação de recursos para financiamento de projetos de inclusão financeira no Brasil, especialmente na Região Amazônica. Participaram do encontro pela Casa do Cooperativismo, o presidente. Márcio Lopes de Freitas, a gerente-geral. Fabíola Nader Motta. e o coordenador de Relações Internacionais. João Marcos Silva Martins. Terence Gallagher, diretor de Inclusão Financeira, e Marcia Faria, oficial de Investimentos, representaram o BID-Invest. Luiz Edson Feltrim, superintendente do Instituto Sicoob para o Desenvolvimento Sustentável também esteve presente.
Terence e Marcia afirmaram que o banco tem interesse em investir nas coops brasileiras para proporcionar acesso a mais conhecimento técnico e infraestrutura. A ideia, segundo eles, é colaborar por meio da Rede Financeira para a Amazônia. O Sicoob já integra a rede e, recentemente, os representantes do BID estiveram em Rondônia para visitar o Sicoob Credip e avaliar a realização de parcerias com a instituição.
De acordo com o presidente Márcio, o BID-Invest pode ser um grande aliado para o desenvolvimento das cooperativas, especialmente as localizadas na Região Amazônica. “O financiamento robusto promovido pelo Banco pode alavancar as ações em curso na Casa do Cooperativismo, por meio do Programa ESGCoop. Estamos animados em avançar na discussão dessa parceria estratégica para o desenvolvimento de projetos de cooperação”, declarou.
No Ramo Crédito, o Sicredi também possui parceria com o BID. O sistema recebeu um investimento de US$ 80 milhões destinados a empréstimos para pequenas empresas lideradas por mulheres. A Cresol, por sua vez, recebeu uma comitiva do banco que pôde conhecer o projeto da cooperativa sobre sustentabilidade ambiental desenvolvido na Amazônia.
O BID-Invest, concentra seus esforços na parceria com entidades privadas e foi criado com o objetivo de investir e impulsionar o desenvolvimento da América Latina e Caribe, promovendo colaborações estratégicas com cooperativas e outros agentes econômicos.
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Capacitação realizada em Brasília contou com a participação de representantes de 17 Organizações Estaduais
Programa NegóciosCoop de 2024. No total, 42 representantes de 17 Organizações Estaduais (OCEs) participaram do evento em Brasília, que teve como objetivo, orientar a aplicação do programa em suas regiões. Em junho, um novo ciclo será realizado para contemplar os demais estados. Entre os dias 5 e 8 de março, o Sistema OCB realizou o primeiro ciclo de treinamento imersivo do
O diagnóstico proposto pelo NegóciosCoop conta com uma avaliação detalhada que mapeia as potencialidades e as deficiências das cooperativas, a partir da análise de cinco pilares: Organização social; Produção; Gestão; Valor Agregado; Verticalização de Cadeia e Mercado.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou que o treinamento foi importante para comprovar a aplicabilidade da metodologia de diagnóstico proposta pelo NegóciosCoop. “O que mais ouvimos durante o treinamento foi que o diagnóstico faz sentido e pode ser utilizado tanto pelos estados quanto pelas cooperativas, mesmo as pequenas e que ainda estão na fase de sobrevivência”, afirmou.
Para a gerente, o reconhecimento da aplicabilidade da metodologia desenvolvida pelo Programa NegóciosCoop e o entusiasmo dos participantes gera a credibilidade necessária para a continuidade da iniciativa. “Nos faz acreditar que ela será aplicada com cada vez mais frequência para gerar esse movimento de apoio às cooperativas que é focado na proximidade e na escuta ativa. Também nos deixa um recado importante sobre o quanto é necessário que a unidade nacional e as organizações estaduais estejam cada vez mais perto das cooperativas para, de fato, conseguir levá-las cada vez mais longe”, completou.
Marcelo Avlis, tesoureiro da Coopermista - Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do DF, foi um dos participantes que considerou a experiência extremamente positiva. "O aprendizado foi imenso, superou expectativas. Montar um quadro sobre a história da minha cooperativa e relembrar todo o caminho até aqui, foi emocionante e mostrou possibilidades novas para os negócios”, declarou.
Já Carlos Eduardo Matos Santos, coordenador de Desenvolvimento de Cooperativas da OCB/GO, disse que o programa NegóciosCoop é transformador. “Traz a perspectiva de um novo tempo para as nossas cooperativas. Um novo tempo revolucionário e que nos permite aumentar nossas expectativas de levar mais dignidade às pessoas, bem como de bater a meta de R$ 1 tri de prosperidade para o nosso movimento”, destacou.
O Programa NegóciosCoop contempla diagnóstico, seguido de consultorias, instrutorias e capacitações destinadas a organização interna da cooperativa, além do fornecimento de oportunidades de acesso a mercados, como feiras, missões e rodadas de negócios. Em 2023, ano de sua implantação, foram percorridos mais de 25 mil quilômetros de avião, carro e barco que somaram 1.276 horas de consultorias e capacitações em seis estados da Região Norte.
Agora, em 2024 o NegóciosCoop entrou na fase escala, que consiste em sua implementação em todas as OCEs. O público-alvo do diagnóstico realizado são pequenas cooperativas do ramo agropecuário (até 15 milhões de faturamento), especialmente as da agricultura familiar e extrativistas, além das que atuam no segmento do artesanato.
O Programa NegóciosCoop busca fortalecer a organização interna das cooperativas. Com o programa, as elas têm acesso a soluções direcionadas para aumentar o faturamento e a competitividade e, ainda, aprimorar a organização do quadro social, processos de produção, alinhamento estratégico da marca e melhoria da comunicação com os cooperados.
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- Cooperativas de artesanato constituem Câmara Temática
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Países buscam impulsionar modelo de negócios do movimento na América Latina
Em busca de fortalecer uma relação sólida e estratégica com as organizações cooperativistas do Mercosul, nesta terça-feira (06), o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins, se reuniu com a Confederação de Cooperativas Rurais do Paraguai (Concopar) e a Federação de Cooperativas de Crédito do Paraguai (Fecoac). “O Paraguai se destaca por ter um movimento robusto, com 22% de seu mercado financeiro composto por cooperativas e mais de 50% das exportações agropecuárias provenientes de cooperativas do setor”, destacou João Martins.
Durante os encontros, o coordenador entregou convites para que os representantes das entidades participem do 15º Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC), que será realizado entre os dias 13 e 17 de maio, em Brasília. O evento contará com um fórum específico para convidados internacionais e debater o papel do cooperativismo na agenda internacional de sustentabilidade e desenvolvimento.
A troca entre o Sistema OCB e as entidades de representação das coops paraguaias é constante. Em 2022 e 2023, o Brasil recebeu comitivas de líderes de cooperativas de crédito do Paraguai, coordenadas pela Fecoac, que conheceram cooperativas do Paraná e do Rio Grande do Sul e, ainda, o Sistema Cresol. Em contrapartida, representantes brasileiros tiveram a oportunidade de visitar cooperativas no Paraguai, enriquecendo o conhecimento sobre diferentes modelos e práticas.
A intercooperação entre o Brasil e o Paraguai também se reflete, conforme ressalta João Martins, no âmbito econômico. “O principal fornecedor das cooperativas brasileiras é o Paraguai. O país vizinho é a principal origem das importações das coops.. Além disso, há uma atuação destacada nas regiões de fronteira, a exemplo da Lar Cooperativa (PR), que desenvolve atividades nesse contexto desde a década de 80, em parceria com diversas cooperativas e fornecedores locais”, explicou.
O coordenador também lembrou que o Paraguai lidera diversas organizações internacionais do cooperativismo, como o Comitê de Mulheres Cooperativistas e o Comitê de Jovens das Américas, além de presidir a Rede Americana de Cooperativas Agropecuárias. “Também atuamos em conjunto com o país na Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM). Essa liderança reforça o papel de destaque do país na promoção e no desenvolvimento do cooperativismo na América Latina e relevância de mantermos contato constante com as instituições de representação do movimento no país”, concluiu.
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Delegação foi recebida pelo Sistema OCB, que estreitou possibilidades de relações comerciais
O Sistema OCB recebeu, entre os dias 23 e 26 de fevereiro, uma comitiva de delegados da All-China, a Federação Chinesa de Cooperativas de Abastecimento e Marketing (ACFSMC). Durante visita aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a delegação liderada pelo vice-presidente da organização, Zenhong Cai, conheceu cooperativas dos Ramos Agro, Crédito e Saúde, encontrou dirigentes das Organizações Estaduais e estabeleceu contatos para relações comerciais mais diretas entre coops dos dois países.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, recebeu a comitiva em São Paulo e destacou a importância do encontro. “Receber a All-China no Brasil foi uma oportunidade única. Trata-se de uma das mais importantes organizações de representação cooperativista no mundo e, também, de uma parceira relevante no âmbito da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Apresentar o nosso movimento e conhecer as particularidades do cooperativismo chinês traz novas experiências para as coops brasileiras e abre as portas para o desenvolvimento de projetos de cooperação concretos”, afirmou.
Em São Paulo, a visita começou na sede da Ocesp. O superintendente Aramis Moutinho Júnior conversou com o grupo e detalhou as principais características do coop no estado. A delegação também conheceu a sede da Coplacana – Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo, e da Uniodonto Campinas. Na Coplacana, o diretor de Negócios, Roberto Rossi, e o diretor Administrativo, Marcos Farhat, fizeram a apresentação institucionais da coop e discutiram o desenvolvimento de projetos conjuntos com a All-China. A estrutura e os números da Uniodonto Campinas foram detalhados pelo presidente Vladimir Borin.
Já no Rio de Janeiro, o grupo esteve na sede do Sistema OCB/RJ, onde um retrato do cooperativismo carioca foi apresentado pelo presidente, Vinicius Mesquista, e pelos superintendentes, Abdul Nasser e Jorge Lobo. Outras duas visitas foram realizadas na Unicred Coalisão e na Central Sicoob Unimais Rio. Na primeira, foram detalhados os trabalhos, números gerais e cobertura nacional da cooperativa. O grupo foi recebido pelo diretor de Risco e Compliance, Marcius Braz, e pelo diretor de Estratégia e Negócios, Vinicius Lancelotti. Além de entender a atuação da Unicred, os representantes da All-China também falaram sobre a experiência chinesa no cooperativismo de crédito.
O diretor-executivo do Sicoob Cecremef, Carlos Soares, acompanhou o grupo na Central Sicoob Unimais Rio. Na oportunidade, foram destacados os números nacionais e regionais do sistema cooperativo de crédito, além de indicadores de sua atuação no Rio de Janeiro. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, também se conectou virtualmente para conversar com a comitiva chinesa e anfitriões. Ele reforçou que o cooperativismo brasileiro está à disposição para cooperar. “Não podemos deixar de destacar a relevância da All-China no cenário mundial e a importância que esta parceria tem para levar nossos produtos e serviços ainda mais longe”, disse.
A delegação da All-China considerou a oportunidade e as visitas realizadas muito produtivas e positivas. De acordo com Zenhong Cai, foi possível esclarecer dúvidas importantes sobre o coop brasileiro, estabelecer contatos significativos e discutir projetos de cooperação relevantes para ambos os lados. Ainda segundo ele, foi particularmente gratificante entender as similaridades entre o cooperativismo de crédito brasileiro e chinês, além de conhecer ruas e paisagens cariocas.
Criada em 1954, a All-china é a principal organização de representação e fomento das cooperativas chinesas. A Federação congrega 432 mil cooperativas que geram três milhões de empregos no país. Em 2023, a movimentação financeira de seu ecossistema somou mais de US$ 1 trilhão. A All-China também possui assento no Conselho Administrativo da ACI e, atualmente, ocupa a vice-presidência da ACI Ásia Pacífico, órgão regional da entidade. Importante parceira política e principal destino comercial do Brasil, a China importou, em 2022, US$ 1,6 bi de cooperativas brasileiras.
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Etapa em Brasília contou com visitas técnicas e troca de experiências
O Sistema OCB deu início, nesta segunda -feira (26), à primeira etapa do Projeto Conhecer para Cooperar – Ramo Crédito, que visa apresentar as melhores práticas do cooperativismo de crédito no país, assim como experiências internacionais, para promover maior conhecimento sobre o modelo de negócios e propiciar maior aproximação entre o segmento e o poder público. Esta é a segunda edição do projeto. A primeira foi realizada entre os anos de 2012 e 2014, sob o nome Prospecção de boas práticas e aprendizagem experiencial em cooperativismo de crédito, e inspirou avanços significativos para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), a exemplo da Lei Complementar 196/22, que atualizou a legislação vigente, e a constiuição do fundo garantidor.
“Este é um projeto notável que leva ao avanço do SNCC, a partir de um relacionamento de confiança. O aprendizado e a troca de conhecimentos que ele oferece alavanca a formação de redes de debates e de oportunidades fundamentais para aprimorar a base normativa e o processo de funcionamento do cooperativismo de crédito como um todo. Não tenho dúvidas de que essa segunda edição será um sucesso e trará resultados significativos novamente. Com a primeira, aprendemos tanto que conseguimos superar os modelos internacionais que eram, então, nossos exemplos”, afirmou o diretor do Banco Central, Ailton Aquino, que integrou a equipe da primeira edição.
Para o presidente Márcio Lopes de Freitas, o Conhecer para Cooperar tem como principal mérito mostrar in loco a atuação do cooperativismo crédito e os benefícios que ele proporciona em suas comunidades. “É muito gratificante estar aqui enquanto representante do cooperativismo brasileiro. Essa iniciativa aproxima a teoria da prática para ressaltar o impacto gerado pelo coop de crédito no dia a dia do cooperado e de todos à sua volta. Ele alavanca uma rede de relacionamentos importante para criar um ambiente de fomento que se transforma em referência para garantir as melhorias necessárias ao segmento”, ressaltou.
Servidores do Banco Central do Brasil (BCB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e dos ministérios da Agricultura (Mapa) e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); representantes dos sistemas cooperativos, das cooperativas independentes e do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop); e integrantes do GT Executivo do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco), compõem o grupo que participa da segunda edição do Conhecer para Cooperar.
A primeira etapa, realizada em Brasília, contou com visitas à sede da Casa do Cooperativismo, ao Centro Cooperativo Sicoob (CCS), ao FGCoop e à Cooperforte, cooperativa de crédito independente. O projeto terá sete etapas a serem executadas até 2026 e que passarão pelas cinco regiões do Brasil e, ainda, no Canadá e Alemanha. A próxima será realizada entre os dias 11 e 15 de março, com troca de experiências em cooperativas de crédito da Região Sul.
Casa do Cooperativismo
A gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, detalhou a estrutura e as atividades desenvolvidas pela entidade, destacou números do movimento no Brasil e no mundo e abordou a importância do modelo de negócios. “O cooperativismo é o que as pessoas procuram na atualidade. Elas talvez ainda não saibam identificar essa realidade, mas, a partir de uma correlação com o consumidor contemporâneo, conseguimos identificar vários pontos de intercessão”, destacou.
Fabíola lembrou que o consumidor contemporâneo é crítico, busca valores humanos nos produtos e serviços que adquire, substitui a posse pelo uso, se preocupa com a sustentabilidade e quer conhecer a história por traz do processo de produção. “Todas essas características levam a questão do propósito que rege a existência do negócio. E o cooperativismo é, por natureza, um modelo de negócios com propósito. Está em seus princípios, o comércio justo, a economia colaborativa, o empoderamento criativo, o consumo responsável. Em resumo, o poder do coletivo que leva à prosperidade do negócio, das pessoas e das comunidades”.
A gerente-geral também falou sobre a importância do trabalho de representação institucional desenvolvido pelo Sistema OCB em defesa do cooperativismo junto aos Três Poderes, e sobre o movimento SomosCoop, que tem como objetivo tornar o modelo de negócios mais conhecido e reconhecido pela sociedade. “Todo o nosso trabalho tem como objetivo final esse reconhecimento. Quanto mais conseguirmos demonstrar os benefícios desse modelo de negócios, mais os aprimoramentos alcançamos”, complementou.
Centro Cooperativo Sicoob (CCS)
Um sistema formado por 14 centrais, 335 cooperativas singulares e 7,7 milhões de cooperados. A estrutura do Sicoob, que conta ainda com 4.609 unidades em sua rede de atendimento, o que garante presença em 42% dos municípios brasileiros, foi apresentada por Marco Aurélio Almada, diretor-presidente do sistema. Na visita ao CCS, os participantes do projeto também conheceram a história do cooperativismo de crédito no mundo e no Brasil, bem como os detalhes da evolução do SNCC. Em sua fala, Almada buscou responder quais são as principais diferenças entre as cooperativas e as instituições financeiras tradicionais. “O cooperativismo gerencia e alinha interesses. Não é controlado pelo capital. Ou seja, 50% mais um não é nada. É uma sociedade de pessoas e, como tal, busca a maximização do retorno para seus sócios e não do lucro. Alavancamos o sócio como indivíduo e temos compromisso com o desenvolvimento do cooperado. Além disso, não dependemos do Estado, mas somos um agente de política pública virtuoso, que está sempre presente, tantos nos bons momentos quanto nos difíceis”, descreveu.
Para ele, o projeto Conhecer para Cooperar é fundamental para que o cooperativismo possa entregar o seu melhor à sociedade. “Temos a ambição de fazer e desenvolver mais, mas não conseguimos sozinhos. Sem a colaboração e o entendimento do poder público, sem a regulamentação correta, a abordagem e a supervisão adequadas, ficamos aquém do que é possível. Então, essa iniciativa é fundamental para reunir esse conjunto de pessoas de diferentes frentes que querem a mesma coisa, ou seja, um país melhor. É uma oportunidade única, que diferencia o Brasil de outros países. Essa abertura com o poder público é fantástica”, considerou.
FGCoop
A visita ao Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) reservou momentos esclarecedores sobre o histórico, estrutura e processo de funcionamento da entidade. Criado em 2014 e regulado pelo Banco Central, o fundo tem como diferencial, de acordo com o diretor-executivo Adriano Ricci, uma atuação preventiva e próxima de seus associados. “Nossa missão é proteger os depósitos, mas sempre desejamos que ela não se concretize, uma vez que somos acionados apenas em caso de problemas insolúveis. O que realmente importa é contribuir para que as cooperativas de crédito e os bancos cooperativos mantenham-se íntegros e em plena saúde financeira. Por isso, prevenir é sempre fundamental”, afirmou.
Atualmente, o FGCoop mantém em sua carteira de associados dois bancos cooperados, quatro confederações, 30 centrais e 615 cooperativas singulares. O patrimônio social supera os R$ 4 bi e o percentual de cobertura é de 52%. “Formamos uma rede integrada de proteção. Para isso, realizamos um monitoramento constante da situação de cada associado para evitar a ocorrência de problemas extremos, que possam ocasionar a intervenção ou liquidação extrajudicial. Nesse processo, confiança é a palavra-chave. Melhorar e merecer essa confiança é a base sobre a qual buscamos construir um sistema sólido e em contínuo crescimento”, acrescentou Ricci.
O presidente do fundo, Luiz Antônio de Araújo, falou sobre a importância do Conhecer para Cooperar. “Historicamente, o cooperativismo de crédito sempre teve três grandes desafios. Dois já foram superados com a criação de um normativo adequado e do FGCoop. O terceiro, que é ser mais conhecido e reconhecido pela sociedade ainda permanece. Projetos como esse são fundamentais para alcançarmos mais esse objetivo. É preciso que o brasileiro conheça e saiba como funciona uma cooperativa de crédito para poder aproveitar efetivamente os benefícios que ela oferece”, salientou.
Cooperforte
As particularidades e desafios das cooperativas de crédito singulares independentes (não filiadas a centrais) foram temas abordados durante a visita a Cooperforte – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo de Funcionários de Instituições Financeiras Federais. Kedson Macedo, diretor-executivo de Relacionamento Interno, detalhou o cenário atual do segmento no Brasil. “Das 771 cooperativas de crédito singulares existentes hoje, 212 são independentes que somam em ativos totais mais de R$ 20 bi. A representação desse grupo no SNCC, também em ativos totais, é de 3,2%”, explicou. Entre os principais desafios do segmento, Kedson citou a transformação digital e a intercooperação.
Fundada há 40 anos, a Cooperforte congrega 151 mil associados e soma R$ 3,2 bil em ativos totais. “Nossa atuação é baseada em ajuda mútua, equidade e solidariedade. Nosso modelo é muito simples e nossos associados recorrem aos serviços sempre no formato virtual. Os produtos oferecidos são voltados para a concessão de diferentes tipos de crédito e possibilidades de investimentos. Para 2024, nosso foco será disponibilizar os serviços de conta corrente”, destacou o diretor-presidente, Edson Machado Monteiro.
Para ele, aproximar o cooperativismo de crédito do poder público, como propõe o Conhecer para Cooperar, é fundamental. “Mostrar nos benefícios desse modelo de negócios para as mais diversas instâncias, para reguladores e autoridades que formulam as políticas públicas contribui para aprimoramento das atividades e permite que alcancemos resultados cada vez mais significativos”.
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Aulas são baseadas no padrão Craft, reconhecido por sua abordagem de devida deligência
O Sistema OCB, em parceria com a Aliança pela Mineração Responsável (ARM), iniciou, nessa terça-feira (20), o Curso CRAFT - Critérios de Rastreabilidade Mineral e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo, com ênfase na cadeia do ouro. As aulas se baseiam no padrão Craft, reconhecido internacionalmente por sua abordagem de devida diligência, estabelecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em formato virtual, e disponível por meio da plataforma Capacitacoop, o curso tem como objetivo nivelar o conhecimento de técnicos que apoiam as cooperativas minerais a promover práticas responsáveis no garimpo.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, participou do evento de abertura do curso e informou que a entidade desenvolve um trabalho constante na busca de soluções que garantam melhorias em prol do Setor Mineral. "Estamos abertos para pensar na melhor forma de avançar com segurança na atuação das cooperativas minerais. O conteúdo do curso, inclusive, agrega na atividade de todas as cooperativas que atuam nesse setor", afirmou.
O público-alvo do curso engloba dirigentes e técnicos das cooperativas minerais e prestadores de serviços, mas também há participação de entidades representativas, universidades e órgãos governamentais ligados ao setor. A iniciativa visa não apenas melhorar as práticas e processos na cadeia mineral, mas também contribuir para um mercado mais responsável e seguro no Brasil. “A participação de técnicos e especialistas, juntamente com representantes do governo, compradores de ouro e joalherias, é fundamental para ampliar o conhecimento e estabelecer padrões éticos e legais na exploração mineral”, explicou o analista técnico do Sistema OCB, Alex Macedo.
As aulas serão ministradas às terças e quintas-feiras, até o dia 29 de março, com divisão em quatro módulos, que incluem aprendizagem colaborativa, estudos de casos e aplicação prática das ferramentas compartilhadas. Os participantes poderão aprofundar o conhecimento por meio de trabalhos em grupo e de interações com os professores especializados. Também serão realizadas avaliações para entrega dos certificados ao final do curso.
Gilson Camboim, coordenador nacional do cooperativismo mineral do Sistema OCB, ressaltou a importância de garantir segurança aos clientes e às cooperativas, além de promover uma atividade dentro dos padrões pré-estabelecidos. Ele espera bons resultados a partir do curso. "A expectativa é muito boa. O intuito é proteger os consumidores e as cooperativas no desenvolvimento de uma atividade legal de exploração”, destacou.
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Aulas abordam boas práticas de extração para dirigentes e técnicos
O Sistema OCB, em parceria com a Aliança pela Mineração Responsável (ARM), anuncia a abertura das pré-inscrições para o Curso CRAFT - Critérios de Rastreabilidade Mineral e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo. As aulas são direcionadas prioritariamente a técnicos e dirigentes de cooperativas minerais, com o intuito de aprimorar os conhecimentos sobre rastreabilidade mineral, com ênfase ao ouro, além de estratégias de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Na mineração, 71 cooperativas, com mais de 66 mil garimpeiros cooperados e 242 funcionários são representadas pelo Sistema OCB. As cooperativas prestam assessoria e oferece orientação aos garimpeiros sobre as melhores práticas de extração mineral. Em 2022, o setor faturou R$ 1,3 bilhões e recolheu R$ 41,6 milhões em royalties (CFEM) aos cofres públicos.
A união entre o Sistema OCB e a ARM, uma iniciativa global, nascida na Colômbia, representa um esforço de aprimorar os mecanismos de controle e rastreabilidade na origem dos bens minerais brasileiros, bem como, ampliar a responsabilidade da cadeia mineral tendo como marco referências internacionais.
A parceria entre o Sistema OCB e a ARM envolve trazer para o país uma importante referência internacional de Devida Diligência (Due Diligence), adequada a realidade da pequena mineração, ou seja, o Código CRAFT. Após processo de parametrização que contou com a colaboração de mais de 50 pessoas de 20 organizações governamentais, da iniciativa privada e da academia, iniciaremos em 20 de fevereiro o Curso Virtual CRAFT – Critérios de Rastreabilidade Mineral e Prevenção a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo.
O intuito é criar uma rede nacional de especialistas capacitados para avançar em desafios existentes no país relacionados à rastreabilidade e gestão, bem como mitigação de riscos de lavagem de ativos e financiamento ao terrorismo. O público-alvo serão dirigentes e técnicos das cooperativas minerais, prestadores de serviços, entidades representativas, universidades e órgãos governamentais ligados ao setor. As aulas serão virtuais e realizadas por meio da Plataforma de Educação a Distância (EAD) do Sistema OCB - CapacitaCoop, com o acompanhamento pedagógico de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp.
O curso acontece de 20 de fevereiro a 29 de março e a pré-inscrição pode ser feita até o próximo dia 9 de fevereiro. Após essa etapa, os participantes serão selecionados e contatados pela comissão organizadora, a partir da aprovação ao perfil desejado para o treinamento.
Novo normativo entra em vigência em janeiro de 2024
O Sistema OCB realizou, nos dias 4 e 11 de dezembro, duas turmas de capacitação do novo Regulamento de Licitações e Compras do Sescooop (novo RLC). O treinamento foi oferecido aos profissionais que atuam nas contratações de bens e serviços das Organizações Estaduais (OCEs) e também na Unidade Nacional, para detalhar as nuances do novo normativo e esclarecer as principais dúvidas em relação à sua operacionalização.
A primeira turma contou com a participação de 210 profissionais. O método adotado foi o expositivo, com abordagem para os principais mudanças registradas no novo RLC. Também foi criado um fórum na plataforma Colaborativa para que os participantes pudessem registar suas dúvidas. “Dedicamos a capacitação da segunda turma, que contou com a participação de 170 pessoas, a responder cada uma das perguntas enviadas e oferecer reflexões em relação aos processos de contratatação das OCEs”, explicou Felícia Borges, gerente de Licitações e Compras do Sescoop.
A gerente também informou que o processo de capacitação terá continuidade em 2024 para que todas as unidades estaduais possam receber o auxílio necessário à implantação do novo normativo. “Estamos desenvolvendo tool kits para operacionalização, preparando uma versão comentada da norma, um manual e alguns modelos de termos de referência e editais. A ideia é que estejamos todos preparados para que o novo RLC seja integralmente adotado a partir do início da sua vigência, no próximo dia 02 de janeiro de 2024”, completou.
Reunião contou com a participação de parlamentares e representantes da Infracoop
O Sistema OCB e a Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop) se reuniram com Alexandra Sales e Diego Lourenço, da Secretaria Executiva, e Igor Ribeiro, da Secretaria de Energia Elétrica, do Ministério de Minas e Enegia (MME), nesta quarta-feira (13), para reforçar os pleitos de interesse do Ramo Infraestrutura. O deputados Heitor Schuch (PSB/RS) também estava presente, enquanto o deputado Vitor Lippi (PSDB/SP) foi representado pela assessora Raquel Gontijo. O encontro tratou sobre os diversos desafios que as cooperativas do segmento enfrentam principalmente com a questão do paralelismo de redes que ocorrem nas cooperativas autorizadas.
O principal tema da reunião foi o processo de regularização das cooperativas de distribuição que categorizou 14 delas como autorizadas e 52 como permissionárias. Foi ressaltado que as cooperativas autorizadas não foram designadas como agentes de distribuição, mas sim como consumidores rurais e que, por isso, enfrentam restrições de atendimento, limitando-se ao meio rural e potência de até 112,5 KVA. A limitação, de acordo com o Sistema OCB e a Infracoop, acarreta problemas sérios relacionados a conflitos de atuação, incluindo a sobreposição de áreas e redes de distribuição de energia elétrica devido ao paralelismo de redes.
Para as entidades, a prática de transferir para uma concessionária uma unidade de consumidor que aumentou sua carga para potências acima de 112,5 kVA ou se transformou em uma empresa, não se sustenta técnica ou economicamente, explicaram os representantes da Infracoop. Por isso, foi solicitada a permissão para que essas cooperativas possam ser reclassificadas como permissionárias, visando resolver integralmente os problemas decorrentes do paralelismo e migração dos cooperados para a concessionária.
A revisão do processo é considerada primordial, uma vez que a área de atendimento das cooperativas autorizadas pode ser tomada por redes de distribuição da concessionária, o que resultaria em condições de insegurança técnica, riscos para a segurança pessoal e implicações jurídicas desnecessárias. "Quando discutimos a permissão para que as cooperativas autorizadas atendam à qualquer público, abrimos caminho para um futuro mais sustentável e desenvolvido para esse setor", disse a gerente-geral de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia. Ela explicou que a revisão do enquadramento representa uma abertura de oportunidades que podem impulsionar o crescimento do Ramo.
A revisão no limite de potência da agroindústria foi mais um item tratado na reunião. De acordo com Thayná Cortês, analista técnica do Sistema OCB, o desenvolvimento contínuo do meio rural tem impulsionado uma crescente demanda por energia elétrica e a eletrificação desempenha um papel crucial na implementação de tecnologias agrícolas avançadas no processamento de produtos locais e no acesso a serviços essenciais que contribuem para o progresso socioeconômico das comunidades rurais. Para ela, o atendimento a essa demanda emergente é vital para assegurar um desenvolvimento sustentável e equitativo nas áreas rurais e as cooperativas possuem capacidade para atender essa demanda com qualidade e expertise.
Ainda segundo ela, a atual limitação prevê uma realidade de produção agrícola desatualizada diante das demandas crescentes dos produtores rurais. “Essa limitação traz prejuízos aos agricultores que, quando ultrapassam o patamar, são classificados como indústrias e ficam sujeitos às obrigações e ônus inerentes à essa categoria. Por isso, propomos a revisão do limite de 112,5 kVA para unidades consumidoras classificadas como indústria rural. Precisamos considerar a evolução das agroindústrias para aumentar a produção e a produtividade", destacou.
O deputado Heitor Schuch pontuou que as cooperativas desempenham um papel crucial ao fornecer acesso à energia elétrica em áreas remotas, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico e melhorando a qualidade de vida das comunidades agrícolas. “Além disso, elas promovem a autossuficiência energética e fortalecem a resiliência das regiões rurais”, complementou. .
Também foi apresentado, como sugestão, uma modificação na regulamentação sobre a comercialização de energia para viabilizar que cooperativas permissionárias com mercado próprio inferior a 1000 GWh/ano (atualmente fixado em 500 GWh/ano) possam adquirir energia elétrica por meio de um processo de licitação pública conduzido pela própria permissionária. De acordo com as entidades, o processo de licitação conduzido pela cooperativa é mais simplificado em comparação com os leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Além disso, foi sugerida a elaboração de uma nova portaria para reincorporar a distribuição de energia elétrica no âmbito do REIDI, uma vez que a legislação que normatizou os termos do processo excluiu a possibilidade de enquadrar a distribuição de energia elétrica no REIDI. Paralelamente, sugeriu-se a viabilidade de introduzir um programa dedicado ao aprimoramento das infraestruturas elétricas rurais, abrangendo a conversão de redes monofásicas e trifásicas. Foi proposto a criação de um programa inspirado no modelo do "Luz para Todos", com a incorporação de financiamentos que ofereçam condições de juros menores e mais atrativos para impulsionar os investimentos.