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Reunião e assembleia da ACI tem protagonismo brasileiro em Manchester

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Eventos destacaram atuação estratégica do Brasil na agenda internacional do cooperativismo 

Reunião e assembleia da ACI tem protagonismo brasileiro em Manchester Nesta quarta-feira (02), os olhos do cooperativismo brasileiro se voltaram para Manchester, no Reino Unido, onde o Sistema OCB representou o país na Reunião do Conselho e na Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). A delegação brasileira foi composta por Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, e João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema. Em uma jornada marcada por articulação estratégica, a equipe apresentou pautas relevantes para a agenda global do setor e reforçou a presença brasileira nos principais espaços de decisão do movimento cooperativista. 

O dia começou com a Reunião do Conselho da ACI, que reuniu lideranças de diversos países. Durante o encontro, Fabíola apresentou a programação da próxima reunião do colegiado, que será realizada em Brasília nos dias 11 e 12 de novembro. Também compartilhou a iniciativa brasileira de propor um posicionamento conjunto da ACI para a COP30, que acontecerá em Belém do Pará. A proposta será discutida ao longo dos próximos meses e levada à votação na reunião de novembro, no Brasil. 

“Estar aqui em Manchester é, para nós, mais do que participar de uma reunião institucional. É representar o cooperativismo brasileiro com consistência, sugerindo propostas relevantes e contribuindo para o fortalecimento do movimento no mundo. A futura COP30 em Belém será uma oportunidade única para mostrar a força do modelo cooperativista frente aos desafios climáticos, e estamos construindo essa agenda desde já com os parceiros internacionais”, afirmou Fabíola. 

Outro destaque da reunião foi a oficialização da próxima Assembleia Geral eleitoral da ACI, marcada para setembro de 2026, no Panamá. Ainda no âmbito da governança, foi formado o comitê eleitoral que conduzirá o processo sucessório da direção da ACI no próximo ano.  

Uma situação preocupante no Equador esteve na pauta: a recente aprovação de uma lei que obriga grandes cooperativas de crédito do país a se transformarem em bancos. A ACI prepara um posicionamento oficial sobre o tema, a ser encaminhado ao governo equatoriano, como forma de defender a autonomia e a identidade do modelo cooperativo. 

Noa período da tarde, a Assembleia Geral reuniu os representantes das organizações associadas à ACI. O Sistema OCB, como de praxe, representou os seis membrosReunião e assembleia da ACI tem protagonismo brasileiro em Manchester brasileiros da coalizão nacional e exerceu os 25 votos permitidos por país. A reunião aprovou importantes temas da agenda institucional da Aliança, como o plano estratégico 2026–2030, alterações nos estatutos e no regulamento interno, e o orçamento anual para 2025.  

O plano estratégico aprovado pela ACI, batizado de Practice, Promote and Protect, orientará os próximos cinco anos de atuação global da organização. A proposta foi construída a partir de amplas consultas regionais e tem como eixos principais as pessoas, os dados, o advocacy, as finanças e o futuro do cooperativismo. O plano será a base para iniciativas em todo o mundo, alinhando ações à reta final da Agenda 2030 da ONU. 

Na avaliação de João Penna, o momento é simbólico. “A ACI tem avançado muito em sua governança, estratégia e articulação política global. Ver o Brasil inserido nesse processo, contribuindo com pautas concretas, como a COP30, e recebendo uma reunião do Conselho este ano, é reflexo da nossa credibilidade internacional. O cooperativismo brasileiro é visto como referência”, ressaltou. 

Outro ponto relevante foi a apresentação do relatório financeiro da organização. Após um déficit de € 389 mil em 2023, a ACI registrou um superávit de € 249 mil em 2024, reflexo da retomada de eventos globais, como a Conferência Internacional na Índia, e de parcerias estratégicas, como a renovação do acordo com a Comissão Europeia, no programa FPA II. 

O relatório do diretor-geral também destacou projetos inovadores, como o desenvolvimento da Coop Cloud — plataforma digital cooperativa que integrará serviços e ferramentas para membros da ACI, incluindo soluções em gestão, agricultura regenerativa, créditos de carbono e inteligência artificial. 

A aprovação de alterações nos estatutos e no regulamento interno incluiu medidas para fortalecer a liderança feminina na ACI, como a incorporação de critérios de paridade de gênero nas regras eleitorais. “A representatividade é um valor intrínseco ao cooperativismo. Ver a ACI se movimentando para refletir essa diversidade também nas estruturas de poder é um passo essencial”, apontou Fabíola. 

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