Marketing com propósito engaja e converte
- Artigo Secundário 3
Trilha mostra como marcas cooperativas podem se destacar com estratégia e autenticidade
A trilha Marketing – Divulgar, engajar e converter oferecida no segundo dia da Semana de Competitividade 2025 reuniu especialistas com trajetórias sólidas para discutir como as marcas cooperativas podem se destacar em um cenário de excesso de informação e escassez de atenção.
A abertura ficou por conta de Ricardo Dias, CEO da Adventures, que explorou o tema Fale com quem importa: estratégias de segmentação de públicos e canais. Com base na chamada ‘economia da atenção’, Ricardo mostrou que a dinâmica do consumo mudou profundamente. “Hoje, os influenciadores organizam públicos e criam marcas do zero com engajamento massivo. O segredo é parar de interromper e começar a entreter”, afirmou. Ele destacou ainda que a construção de comunidades se tornou a base para o crescimento de novas marcas e que segmentar deixou de ser uma questão técnica e passou a ser uma questão de sobrevivência.
Em seguida, Giuliana Tranquilini, professora e colunista da StartSe University, trouxe uma perspectiva inovadora com o tema Collab de marca: oportunidade de intercooperação? A palestra apresentou o conceito de colaboração como ferramenta de inovação e ampliação de impacto, com foco em parcerias entre marcas com valores complementares. “Quando a comunicação colabora, o impacto multiplica. Uma história contada a muitas vozes tem mais alcance, mais memória e mais poder de transformação”, ressaltou. Giuliana provocou os participantes a pensar em campanhas colaborativas entre cooperativas, como forma de crescer com propósito e dividir protagonismo.
A cofundadora da Layer-Up, Samira Cardoso, por sua vez, assumiu o palco com o tema Comunicação que vende, abordando estratégias para posicionamento de marca e conversão de clientes. “Se sua marca não está clara para você, ela não estará clara para ninguém. Vender começa antes do produto, começa na percepção”, defendeu. Samira reforçou que o alinhamento entre discurso, experiência e entrega é o que gera credibilidade, confiança e, consequentemente, vendas.
À tarde, a trilha seguiu com a CEO da Sympla, Tereza Santos, falando sobre Marketing de relacionamento: como criar conexões duradouras. Tereza compartilhou sua experiência com grandes públicos e plataformas digitais e destacou o poder do encantamento. “Satisfazer é atender às expectativas. Encantar é superá-las. E encantamento não vem de scripts: vem da escuta real, da personalização e do cuidado genuíno”, disse. Para ela, a conexão emocional é o diferencial competitivo mais sustentável que uma marca pode ter.
O painel Conectando pessoas, criando movimentos, reuniu Claudio Halley, superintendente de estratégia e gestão do Sicoob, e João Gustavo Clark, superintendente de marketing e growth do Sicredi. A conversa abordou como a comunicação pode mobilizar, engajar e fortalecer vínculos dentro e fora das cooperativas. “O cooperativismo já é um movimento por natureza. A comunicação só precisa dar voz e visibilidade a isso”, destacou Halley. Clark reforçou: “mais do que campanhas, criamos jornadas de pertencimento. O marketing precisa ser tão cooperativo quanto o modelo que representa”.
Encerrando a trilha, Beatriz Guarezi, sócia da Bits to Brands, abordou ‘a crise da atenção’ e provocou o público com dados e reflexões sobre o comportamento digital. “Vivemos um paradoxo: nunca estivemos tão conectados e tão distraídos. Capturar atenção hoje é criar relevância, contexto e propósito — e isso exige consistência e criatividade em múltiplos canais”, afirmou. Para Beatriz, as marcas precisam parar de competir por cliques e começar a disputar significado.