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Internacionalização é tema de reunião da Câmara de Comércio Brasileira

  • Artigo Secundário 3

Encontro discutiu iniciativas de qualificação e promoção de cooperativas no mercado global

 

A 2ª reunião do Conselho da Câmara de Comércio Brasileira (Brazilian Chamber of Commerce), da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), realizada na última quinta-feira (17), contou com a participação de Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB. O encontro reuniu representantes de mais de 27 entidades e organizações de diferentes setores para discutir parcerias estratégicas e ações que visam estimular a internacionalização de pequenas e médias empresas, especialmente as cooperativas. 

A pauta abordou o papel das instituições no processo de aumento da competitividade do Brasil no mercado internacional, bem como a promoção e a inclusão de pequenos negócios, produtores rurais e agroindústrias no cenário global. Débora Ingrisano destacou a relevância do cooperativismo brasileiro nesse contexto e apresentou dados que reforçam o impacto positivo das cooperativas na economia e na geração de empregos. "O cooperativismo tem se mostrado um impulsionador estratégico para as exportações do Brasil. Em 2023, o movimento atingiu US$ 8,4 bilhões em exportações, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Esses dados representam 2,5% da pauta exportadora nacional, mas há oportunidades para expandir ainda mais esse impacto, especialmente ao se focar em cooperativas menores e em produtos de maior valor agregado", disse. 

Um dos principais projetos apresentados por Débora foi o PEIEX Coop, uma iniciativa do Sistema OCB em parceria com a Apex-Brasil que capacitou 50 cooperativas exportadoras e beneficiou cerca de 60 mil famílias brasileiras. Débora ressaltou a importância de diversificar as exportações no modelo de negócios, que atualmente estão concentradas em grandes coops de commodities, como soja e carne de aves. "Há um grande potencial de mercado para cooperativas de menor porte, que podem exportar produtos mais elaborados, como café, polpa de frutas, castanhas, chocolate e artesanato, agregando maior valor à pauta exportadora", afirmou. Ela lembrou ainda que, a partir do legado do PEIEX Coop, o Sistema OCB continuará atuando na qualificação de cooperativas para exportação com o lançamento da primeira turma de capacitação com metodologia própria previsto para o início do 1º semestre de 2025. 

Também foi discutido o papel do Sistema OCB no apoio à internacionalização de cooperativas, com foco em dois pilares principais: a promoção comercial e a qualificação para exportação. Com base em seu profundo conhecimento sobre o modelo de negócios cooperativo, Débora explicou que o Sistema OCB estruturou um programa de negócios voltado para o mercado internacional, que inclui a atualização do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras e a oferta de serviços de assessoria internacional. A gerente enfatizou que, além de ações de capacitação, as cooperativas brasileiras possuem, à disposição, subsídios para participação em feiras internacionais, o que facilita a promoção de seus produtos no exterior.

O coordenador de Relações Internacionais da CACB, Maurício Manfré, falou sobre a importância da colaboração entre as entidades. “Para que possamos realmente impulsionar o comércio exterior e fortalecer o empreendedorismo no Brasil, é importante pensar em uma ferramenta que possa permitir que as empresas acessem facilmente os programas e oportunidades disponíveis, com um ambiente propício para a cooperação e o crescimento econômico. A colaboração entre a Câmara de Comércio Brasileira e a OCB é um passo importante nessa direção, pois unimos forças para promover a internacionalização das empresas brasileiras”, declarou.

Outro destaque foi a discussão sobre o Projeto Agro.BR, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que visa aumentar a presença de produtos agropecuários brasileiros no mercado internacional. Nesse contexto, Débora reformou a importância de cooperativas e agroindústrias de pequeno porte se qualificarem para exportar, tendo em vista as oportunidades oferecidas pelos programas.

 

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