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 Comitê de Jovens Geração C se reúne para discutir inclusão e inovação

Geração C discute inclusão e inovação no cooperativismo

Encontro reafirmou o compromisso dos jovens com o futuro do movimento

 Comitê de Jovens Geração C se reúne para discutir inclusão e inovação Comitê de Jovens Geração C se reúne para discutir inclusão e inovaçãoNesta quinta-feira (04), o Comitê de Jovens Geração C realizou a primeira reunião do ano para discutir estratégias de fortalecimento, engajamento e inovação no cooperativismo. O encontro tratou sobre o compromisso dos jovens com o futuro do movimento, as dinâmicas que irão acontecer no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e, também, sobre o lançamento do Manual Geração C de Implantação e Funcionamento de Comitês de Jovens em Cooperativas, desenvolvido para ser um instrumento essencial de fortalecimento da presença e participação da juventude nas cooperativas brasileiras. 

O manual oferece diversas orientações práticas para a criação e a operação eficaz de comitês, e visa capacitar e entregar ferramentas e recursos necessários para impulsionar a inovação, promover a inclusão e construir um futuro mais dinâmico e sustentável para o movimento cooperativista.

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, destacou a importância do trabalho contínuo realizado pelo colegiado criado em 2019, após o 14º CBC. "As cooperativas precisam de jovens e do engajamento de vocês tanto nos quadros sociais como nos de liderança. Vocês possuem o potencial de impulsionar discussões muito importantes para o nosso movimento", afirmou. 

Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, reforçou a necessidade do apoio de todos os jovens para expandir o alcance do comitê. "Inclusão, diversidade e equidade estão no centro de nossas discussões e acreditamos que vocês são as peças essenciais para o desenvolvimento de soluções nesses pontos", disse. 

Durante a reunião, também foi definida uma nova estratégia de registro de ações realizadas pelo grupo. O objetivo é aprimorar o compartilhamento das informações. Além disso, o encontro abriu espaço para parabenizar os concluintes do treinamento Jornada de Formação Jovem Liderança ofertado por meio da plataforma Capacitacoop.

 

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Representantes do Sistema OCB e da Coprel em reuniões para defender conectividade no campo

Sistema OCB atua pelo avanço da pauta de conectividade no campo

Entidade realiza diversas reuniões para pleitear apoio ao PL 1.303/2022

 

Representantes do Sistema OCB e da Coprel em reuniões para defender aprovação do PL 1.303/22Representantes do Sistema OCB e da Coprel em reuniões para defender aprovação do PL 1.303/22O Sistema OCB coordenou uma série de reuniões entre os dias 1º e 5 de abril para apresentar o papel do cooperativismo nas políticas de conectividade rural e reforçar a importância do avanço do Projeto de Lei (PL) 1.303/2022, que visa assegurar a prestação de serviços de telecomunicações por cooperativas. “O cooperativismo já leva internet de qualidade a aproximadamente 70 mil pessoas no interior do país, porém com um modelo adaptado que encarece o serviço para o consumidor final. Com a aprovação do projeto, o cooperativismo se consolidará como uma ferramenta plena de inclusão digital, alcançando lugares que as estruturas tradicionais ainda não atendem”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. 

Os encontros foram realizados na Secretaria de Telecomunicações e na Consultoria Jurídica do Ministério das Comunicações (MCOM); na Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); no Departamento de Produção Sustentável e Irrigação da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa); no gabinete do Senador Luiz Carlos Heinze (RS); e na liderança do governo no Senado. 

O presidente do Sistema OCB defende que o projeto de lei das cooperativas de telecom vai ao encontro da demanda por um agro cada vez mais moderno e sustentável. “As nossas cadeias de produção e consumo são cada vez mais digitais e os produtores rurais necessitam da internet, desde as questões mais cotidianas, como para comunicação, trabalho, educação e emissão de nota eletrônica. Além disso, a conectividade é essencial para o aumento da produtividade e da sustentabilidade no campo, por meio da digitalização da produção, a agricultura de precisão, e acesso a assistência técnica e extensão rural (Ater)”.

Tendo esses desafios em vista, o Sistema OCB tem atuado em prol da universalização e da acessibilidade da conectividade no campo, que conta cada vez mais com opções tecnológicas e que exigem o acesso à internet para otimizar a produção. ”Ao permitir que as cooperativas prestem serviços de telecomunicações como tefonia e banda larga móvel ou fixa, abre-se um leque de oportunidades para sanar os entraves provocados pela falta de conectividade em áreas rurais”, defende Freitas. 

Além de representantes do Sistema OCB, os encontros contaram com a participação da Coprel, referência na prestação dos serviços de conectividade. Atualmente, a cooperativa atende 44 municípios do Rio Grande do Sul, com conexões urbanas e rurais. Dos 58 mil cooperados, 14,5 mil são atendidos, além de outros 33,6 mil não cooperados. Projetos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação (Fust) preveem ainda, a construção de 410,8 km de fibra ótica para levar conectividade a 58 escolas do estado, beneficiando 4.730 alunos, além de outros 82,1 km para atender mais duas áreas urbanas e uma comunidade rural. 

Segundo Luís Fernando Volpato, facilitador da Coprel Telecom, a aprovação do PL 1.303/2022 é fundamental para que a empresa possa aprimorar a prestação dos serviços. “É uma medida importante para nós porque poderemos atuar direto como cooperativa, reduzindo custos e com mais acesso a linhas de financiamento apoiadas pelo governo para a prestação do serviço em áreas rurais ou localidades distantes e sem conectividade”, afirmou. 

Para poder prestar o serviço, a Coprel precisou abrir uma empresa limitada. “Isso encarece os custos para o cooperados, que acabam sofrendo dupla tributação. Com a aprovação do PL, além de podermos atender dentro da nossa vocação natural, que é a do cooperativismo, também podemos investir em projetos de intercooperação com outros ramos de cooperativas, como o do agro, por exemplo”, acrescentou Volpato.  

O PL 1.303/2022 aguarda análise da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), para depois seguir para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), também no Senado, em caráter terminativo, antes de seguir para sanção presidencial. A proposta é de autoria, deputado Evair Vieira de Melo (ES), diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).  

 

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 Capa da publicação elaborada pelo Sistema OCB sobre a participação de cooperativas no FNDCT

Publicação defende participação de cooperativas no FNDCT

Impactos positivos do movimento no desenvolvimento científico e tecnológico do país são detalhados

 

 Capa da publicação elaborada pelo Sistema OCB sobre a participação de cooperativas no FNDCT Capa da publicação elaborada pelo Sistema OCB sobre a participação de cooperativas no FNDCTO Sistema OCB encaminhou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) a publicação Acesso ao FNDCT por cooperativas: impulsionando o desenvolvimento tecnológico do Brasil. O documento é uma iniciativa da entidade para subsidiar o governo federal, em especial os órgãos gestores do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), nos debates sobre a possibilidade de o cooperativismo ser reconhecido como instrumento de impulsionamento das políticas públicas de financiamento da inovação e do desenvolvimento científico e tecnológico do país. 

“As cooperativas, em seus diversos ramos de atuação, têm impacto significativo para o progresso da ciência, da tecnologia e da inovação. Sua abordagem colaborativa, focada na comunidade e no compromisso com o desenvolvimento sustentável, as tornam parceiras ideais para impulsionar o progresso científico e tecnológico, beneficiando não apenas seus membros, mas a sociedade como um todo. Por isso, entendemos como fundamental o reconhecimento e o apoio às iniciativas que elas empreendem nesse sentido”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. 

Atualmente, existe uma interpretação por parte de instituições como a Finep, de que as cooperativas são impedidas de acessar os recursos do FNDCT por não estarem incluídas no rol de beneficiários estabelecidos pela legislação normativa que rege esses fundos. O Sistema OCB entende, no entanto, que o arcabouço jurídico do FNDCT tem objetivos que se encaixam com os dos cooperativismo, em especial no que diz respeito à busca pelo desenvolvimento econômico e social. 

“Entendemos que não existem motivos para impedir as cooperativas de financiarem seus projetos de inovação por meio do fundo. Embora não empresariais, elas atuam em níveis de excelência e contribuem, de forma efetiva, para o crescimento do país e a melhoria da qualidade de vida de seus associados e comunidades atendidas”, acrescenta o presidente Márcio. 

A publicação foi elaborada pelo Sistema OCB, após a realização de reuniões institucionais com a Finep para tratar do tema. Em seu conteúdo, são apresentadas a importância do cooperativismo para a economia do país; a importância do acesso das cooperativas aos recursos do FNDCT; e os impactos que as restrições impostas atualmente ocasionam. Além disso, o documento traz um capítulo especial sobre o Agro 4.0 e a atuação das cooperativas como ferramentas de acesso às novas tecnologias aos cooperados, com apresentação de cases concretos que comprovam as ações realizadas. 

Além da Finep e do Ministério da Agricultura, o objetivo do Sistema OCB é entregar a publicação também para outros órgãos do governo que possam contribuir para que as demandas das cooperativas para acesso ao fundo sejam atendidas. Uma reunião com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já está em articulação. 

Confira a publicação na íntegra em https://in.coop.br/Acesso-ao-FNDCT-por-Cooperativas

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 Reunião com Dnit para solicitar liberação de transporte noturno de grãos

DNIT avalia liberação de transporte noturno de grãos

Sistema OCB discutiu demanda que irá atender necessidades do setor agrícola 

 

 Reunião com Dnit para solicitar liberação de transporte noturno de grãos Reunião com DNIT para solicitar liberação de transporte noturno de grãosNa quarta-feira (27), o Sistema OCB se reuniu com a Coordenação Geral de Operações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), especificamente na área de Autorização Especial de Trânsito. O objetivo do encontro foi discutir uma demanda da Cooperativa Agroindustrial Coamo, que solicitou uma avaliação acerca da liberação de trânsito noturno para o transporte de grãos de soja em cadeias logísticas curtas, no estado de Mato Grosso do Sul, próximo à cidade de Dourados.

A reunião foi um passo representativo para a busca por soluções que atendam às necessidades do setor agrícola da região e, ao mesmo tempo, garantam a segurança e a sustentabilidade das operações de transporte. A Coamo apresentou a viabilidade técnica da liberação de trânsito noturno e, também, os impactos e benefícios associados à medida em relação aos aspectos ambientais, econômicos e sociais.

Durante a discussão, o gerente de Transportes e Veículos da Coamo, Rodolpho Coletti, detalhou o potencial de eficiência do transporte de grãos demandado, bem como uma melhora para a economia regional e para a sociedade. "A liberação do trânsito noturno trará uma melhora significativa não apenas para a eficiência cooperativa, mas também para a economia da nossa comunidade", disse. 

Para Tiago Barros, analista técnico da gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, essa aproximação com o DNIT é importante para o cooperativismo agropecuário e de transporte, tendo em vista as demandas de ambos os ramos. "Com esse contato, conseguimos tratar sobre o gerenciamento e a execução de programas e ações de interesse do cooperativismo, além de trabalhar na edição de atos normativos relativos aos temas que são de interesse ", afirmou.

O coordenador do DNIT, Alberto Elias Maluf, ouviu atentamente a proposta apresentada pelo Sistema OCB e pela Coamo. Ele demonstrou receptividade à demanda e se comprometeu a analisar com atenção. "Estamos abertos ao diálogo e empenhados em buscar alternativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a segurança viária em nossas estradas", declarou. 

O coordenador da área de Autorização Especial de Trânsito (AET) no DNIT, Fernando Carneiro, também participou da reunião. 


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 Ministro Carlos Fávaro discute propostas do cooperativismo para o Plano Safra 2024/25
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Sistema OCB apresenta propostas para o Plano Safra 2024/25

Ministro Carlos Fávaro defende o  cooperativismo como meio para o desenvolvimento nacional

 

 Ministro Carlos Fávaro discute propostas do cooperativismo para o Plano Safra 2024/25 Ministro Carlos Fávaro discute propostas do cooperativismo para o Plano Safra 2024/25A Casa do Cooperativismo recebeu o Ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, nesta quarta-feira (27), para uma importante reunião de apresentação das propostas do cooperativismo quanto ao Plano Safra 2024/25. O encontro teve como objetivo evidenciar alternativas que podem contribuir para a ampliação do desenvolvimento dos setores agrícola e pecuário brasileiro.  O montante total sugerido é de R$ 558 bilhões, o maior da história até o momento 

Para Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, o momento foi importante para a construção um ambiente ainda mais próspero no meio rural brasileiro, em que o cooperativismo representa a maior mola propulsora. "Discutimos ideias e apresentamos demandas para entender como os recursos devem ser distribuídos. As sugestões desse ano são pensadas em prol da continuidade de um trabalho que vem sendo feito com o intuito de desenvolver, cada vez mais, o agro brasileiro", disse. 

Carlos Fávaro se declarou um cooperativista convicto e fez elogios ao Sistema OCB por auxiliar na elaboração do Plano Safra. "Isso não tem preço. É um trabalho conjunto que oferece alternativas para que possamos ter resultados cada vez mais efetivos na nossa política agrícola. Sair da teoria e se conectar com a prática é poder compreender quais são os gargalos", afirmou.

O ministro ressaltou ainda que o governo tem um planejamento para diminuir as desigualdades e considerou que não existe nenhum modelo mais eficiente para isso que o do cooperativismo. "Na medida que conseguirmos avançar com toda a estrutura que vocês possuem, com toda a capacidade de organização e oportunidades transformadoras que o cooperativismo oferece, conseguiremos reduzir os abismos que separam as regiões do Brasil e avançar rumo à prosperidade nacional".

Para Neri Geller, secretário de Política Agrícola, o debate acrescenta muito ao agronegócio brasileiro. "Discutimos o Plano Safra, as linhas de investimento e custeio. Esse é um fórum adequado para o alinhamento necessário e também para que possamos reconquistar e recolocar o orçamento que a agricultura tanto precisa". 

Luiz Roberto Baggio, coordenador nacional do Ramo Agro do Sistema OCB, salientou que o papel do Ministério da Agricultura é fundamental para o progresso do cooperativismo no Brasil. Para ele, as cooperativas trabalham com empenho e potencializam os efeitos do Plano Safra. "Essa discussão antecipada é muito importante para que nosso diálogo com o Mapa dê viabilidade a nossa lavoura e pecuária. As cooperativas possuem um efeito multiplicador de renda regional muito poderoso. Por isso, precisamos desses recursos para que possamos aumentar a nossa capacidade de produção e e diminuir os riscos", destacou. 

João José Prieto, coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, apresentou as principais propostas para o próximo Plano Safra. Para ele, os objetivos do planejamento são importantes e possuem justificativa técnica. "Estudamos e elaboramos uma proposta para o que o Ministério possa ter os subsídios necessários para atender nossas demandas", explicou. 

Entre as principais propostas apresentadas para o próximo Plano Safra, se destacam: 

  • A ampliação dos limites de contratação por tomador;

  • O aumento do volume de recursos disponíveis;

  • A manutenção da atual arquitetura do crédito rural;

  • A redução das taxas de juros; e

  • O estabelecimento de um percentual mínimo de Declaração de Aptidão (DAP) e Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) para acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

As propostas preveem uma elevação do percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios de depósitos à vista de 30% para 34%. Além disso, foi sugerido manter o percentual de direcionamento dos recursos captados na poupança rural em 65% e elevar o direcionamento dos recursos captados através da letra de crédito do agronegócio (LCA) de 50% para 60%.

O Sistema OCB também apresentou alternativas para o aumento de recursos destinados à equalização das taxas de juros, garantia de orçamento suficiente para os mecanismos de gestão de riscos agropecuários (PSR, Proagro, PEP e Pepro) e, ainda, fortalecimento do programa de subvenção ao seguro rural (PSR), com a alocação de R$ 3 bilhões de reais. 

Outras propostas incluem o fortalecimento do cooperativismo de crédito e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como instrumentos-chave da política agrícola; o fomento ao acesso das cooperativas agropecuárias aos programas de promoção de sustentabilidade ambiental e a ampliação do acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf.

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 Sessão deliberativa da CCJC aprova incentivos fiscais para a reciclagem

CCJC aprova incentivos fiscais para reciclagem

Proposta zera incidência do Pis e Cofins sobre as atividades do setor

 

 Sessão deliberativa da CCJC aprova incentivos fiscais para a reciclagem Sessão deliberativa da CCJC aprova incentivos fiscais para a reciclagemA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (27), o Projeto de Lei 1.800/2021. A proposta garante incidência zero do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre as atividades de reciclagem e faz parte da pauta prioritária do Sistema OCB, estabelecida na Agenda Institucional do Cooperativismo. O projeto tramita em caráter conclusivo e, se não houver recurso para votação em Plenário, segue para análise do Senado Federal. 

De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a aprovação é um reconhecimento da importância desses profissionais para a sociedade. “O retorno dos incentivos fiscais aos catadores e catadoras de resíduos é uma medida justa e muito importante para esses profissionais. Os impactos positivos do reaproveitamento de resíduos sólidos e da destinação correta dos orgânicos já são conhecidos e reconhecidos.”, afirmou. 

A proposição foi motivada a partir de decisões que envolvem a chamada Lei do Bem (11.196/2005) que garantiu, em dois dispositivos (Artigo 47 e 48), os incentivos aos catadores de materiais recicláveis. Em 2021, no entanto, um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade dos artigos. 

Desde então, o Sistema OCB vem atuando para reverter a decisão e garantir a isenção de pagamento dos tributos. Estudo elaborado pela entidade verificou que, antes da suspensão, os catadores pagavam uma média de R$ 48 em tributos mensais e, após, o valor supera os R$ 200. “Esse aumento impacta diretamente a renda dos catadores”, explica o analista técnico Alex Macedo. Atualmente, o sistema congrega 103 cooperativas de reciclagem que reúnem mais de 3 mil catadores. Elas atuam, principalmente, nos recicláveis secos recuperados de papel e papelão, plásticos, metais e vidros.

O projeto foi apresentado pelo deputado Domingos Sávio (MG), coordenador do Ramo Crédito na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). O deputado Evair Vieira de Melo (ES), secretário-geral do colegiado, aprimorou o texto em seu relatório substitutivo na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).  

Para o deputado Thiago de Joaldo (SE), também membro da Frencoop e relator da proposta na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), o impacto positivo da medida é inquestionável. “A indústria de reciclagem exerce papel fundamental para o alcance dos objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), sobretudo por propiciar a destinação adequada dos materiais. Os instrumentos e diretrizes previstos almejam a melhoria da qualidade de vida e de trabalho dos catadores de materiais recicláveis, proporcionando a sua emancipação enquanto seres de direito e dignidade. É inquestionável o impacto ambiental positivo decorrente do exercício dessa atividade e a utilização de mecanismos que possam salvaguardar esse modelo de negócio”, declarou. 

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Reunião da Câmara Temática do Segmento Habitacional comreúne representantes do segmento no paísde cooperativas em todo o país

Câmara Temática define estratégias para o cooperativismo habitacional

Encontro reuniu representantes do setor para elaborar plano de trabalho para 2024 

 

Reunião da Câmara Temática do Segmento Habitacional comreúne  representantes do segmento no paísde cooperativas em todo o paísReunião da Câmara Temática do Segmento Habitacional comreúne representantes do segmento no paísde cooperativas em todo o paísNa última sexta-feira (22), aconteceu a terceira reunião da Câmara Temática do Segmento Habitacional, promovida pelo Sistema OCB. Com o objetivo de consolidar ideias e propostas, o evento reuniu 18 representantes do setor e, durante o encontro, foram abordadas questões relevantes para o segmento, incluindo o trabalho de representação institucional realizado pelo Sistema OCB. Além disso, foi apresentado o diagnóstico do cenário atual e o plano de trabalho para 2024.

O principal assunto foi o Conselho das Cidades (ConCidades), um órgão colegiado, deliberativo e consultivo, que faz parte do Ministério das Cidades e trata sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU). O ConCidades conta com cinco comitês técnicos que subsidiam debates e promovem articulação com órgãos promotores de estudos, propostas e tecnologias relacionadas às políticas públicas. Dentre eles, o Comitê Técnico de Habitação, conta com a presença, entre seus membros, do analista de Relações Governamentais do Sistema OCB, João Pinheiro Valadares Penna. Já o Comitê Técnico de Mobilidade Urbana, tem como representante  Marco Antônio, arquiteto e urbanista que colabora com a entidade. 

No ano passado, o Comitê Técnico de Habitação discutiu a possibilidade de abertura de novas linhas de financiamento, como a ampliação das possibilidades de inclusão de imóveis para habitação de interesse social (HIS); o aprimoramento dos programas e ações empreendidas; e o trabalho social. Thayná Côrtes, analista do Sistema OCB, explicou que, dentre as diversas perspectivas de atuação, o CT vai incluir o cooperativismo como uma alternativa para a organização de projetos coletivos, com base na integração do Minha Casa Minha Vida (MCMV) com as demais políticas públicas. "O Sistema OCB entende que não basta somente construir uma casa. É preciso garantir também segurança, saúde e educação. O intuito da nossa proposta é integrar outras áreas e outros segmentos ao programa, bem como com o marco regulatório do cooperativismo", afirmou.

A Câmara também vai mobilizar, junto às Organizações Estaduais (OCEs), a missão de participação do movimento na 6ª Conferência das Cidades, com a presença de cooperativas desde as fases municipais, passando pelas estaduais até chegar a nacional. Para Marco Antônio, que trabalha no Concidades, o segmento habitacional é muito importante no que diz respeito ao trabalho feito com as pessoas. "É uma atividade diferente da que uma incorporadora faz quando conduz uma construção. Ela não lida com os moradores como o cooperativismo faz. Dentro do movimento, os moradores se reúnem e constroem um resultado social mais positivo", afirmou.

O diagnóstico apresentado analisou o histórico do segmento para identificar desafios e oportunidades e, também, mapear os problemas enfrentados pelas cooperativas. O documento, direcionado às cooperativas habitacionais e OCEs, tem como objetivo pensar e promover soluções eficazes para os problemas enfrentados no setor habitacional brasileiro. De acordo com o estudo, foi possível concluir que o maior empecilho do segmento será enfrentar o Ministério Público para questionar as jurisprudências que prejudicam as coops de habitação e, a maior oportunidade, será alcançar outras linhas do Programa Minha Casa Minha Vida. 

 

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 Reunião da Câmara Temática da Reciclagem reuniu representantes do segmento no país
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Câmara Temática da Reciclagem elege nova coordenação

Reunião também definiu temas a serem trabalhados pelo grupo em 2024

 

 Reunião da Câmara Temática da Reciclagem reuniu representantes do segmento no paísReunião da Câmara Temática da Reciclagem com representantes do segmento no paísA Câmara Temática da Reciclagem realizou, nesta segunda-feira (25), reunião para eleger sua nova coordenação e definir o plano de trabalho de 2024. Um dos principais temas abordados foi a questão previdenciária que envolve os profissionais do segmento. Um estudo coordenado pelo Sistema OCB apresentou um resumo de como as contribuições afetam nos ganhos dos catadores e catadoras que atuam no mercado por meio de cooperativas. 

Hugo Andrade, coordenador de Ramos do Sistema OCB, fez a abertura da reunião e destacou a importância dos temas previstos na pauta. “Temos trabalhado com muito afinco para que as cooperativas do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, em especial as de reciclagem, se fortaleçam cada vez mais. A definição do plano de ações é primordial para direcionar os caminhos que vamos seguir nesse sentido”, afirmou. 

Antes de iniciar a eleição da nova diretoria, o analista técnico institucional, Alex Macedo, fez um resumo do cenário do segmento na atualidade. “Temos um total de 103 cooperativas de reciclagem registradas junto ao Sistema OCB, conforme dados do Anuário do Cooperativismo 2023. Os estados com maior concentração dessas organizações são o Distrito Federal, com 33, Goiás e Pará, com 16 cada. São mais de 2 mil cooperados e um faturamento superior a R$ 81 milhões/ano”, ressaltou. 

Débora Ribeiro Baía, presidente da Concaves - Cooperativa de Trabalhadores de Materiais Recicláveis do Pará, foi eleita a nova coordenadora da Câmara e substituirá Cleusimar de Andrade no cargo pelos próximos dois anos. “Meu desejo é o de contribuir ativamente para que consigamos aprimorar cada vez mais as condições de trabalho dos nossos cooperados e espero, de coração, atender às expectativas dos colegas que me escolheram para essa importante missão”, declarou. 

Sobre o plano de trabalho para 2024, as principais pautas apresentadas envolvem temas como a aposentadoria especial para catadores e catadoras; a aprovação de incentivos tributários para a categoria; a efetivação do Programa Pró-Catador; a implementação de políticas para efetivar os créditos da reciclagem; e a inclusão dos catadores e catadoras em programas habitacionais. Também foram inseridos outros pontos como o aprimoramento de fundos como o Favorecicle e o Pró-Recicle e a ampliação das linhas de crédito. 

A parte final da reunião foi reservada para a apresentação do projeto piloto do Programa de Negócios que o Sistema OCB está desenvolvendo especialmente para o segmento da reciclagem. A iniciativa trabalha com pilares básicos como regularidade jurídica e documental, melhoria de gestão e processos produtivos, e identidade cooperativa. O piloto está sendo desenvolvido com a participação de cooperativas do Distrito Federal e Goiás e o objetivo é estender seus benefícios para todo o país. 

 

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 Evento busca impulsionar liderança feminina

Sistema OCB participa de evento para impulsionar liderança feminina

Promovido pelo BID, encontro debateu desafios e oportunidades dos cargos de chefia

 

 Evento busca impulsionar lideranças femininas Evento busca impulsionar lideranças femininasNesta quinta-feira (21), o Sistema OCB esteve presente no evento Impulsionando Trajetórias: Mulheres Líderes no Brasil, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (ApexBrasil). A versão em português do curso Mulheres na Liderança: Potencialize sua Habilidade e Impulsione a Mudança foi lançada durante o encontro com o objetivo de promover uma plataforma para a troca de experiências entre líderes femininas de todo o país.

Os desafios e as oportunidades para a liderança de mulheres nos setores público e privado foram alguns dos temas abordados. O evento também explorou práticas e estratégias adotadas por elas  para acelerar a igualdade de gênero.

A iniciativa teve como base um recente estudo do BID, que revela a sub-representação das mulheres nos níveis mais altos da função executiva em diversos setores da América Latina e do Caribe. De acordo com a pesquisa, em uma amostra de 15 países da região, as mulheres ocupam apenas 23,6% dos cargos de nível 1 na hierarquia, enquanto representam 44,2% dos cargos de nível 4, o que deixa em evidência a desigualdade de gênero nas posições de liderança.

O curso é gratuito e seu conteúdo foi pensado para capacitar mulheres que buscam desenvolver suas habilidades de lideranca e impulsionar mudanças positivas em suas organizações e na sociedade.  Com cerca de quatro horas aula semanais, o treinamento pode ser concluído em dez semanas.

 

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Participantes da reflexão de estratégias para as cooperativas educacionais

Cooperativas Educacionais discutem estratégias para fortalecer o segmento

Encontro consolidou plano de trabalho para os próximos dois anos

 

Tania Zanella participa da abertura do terceiro encontro de Reflexão Estratégica das Cooperativas EducacionaisTania Zanella participa da abertura do terceiro encontro de Reflexão Estratégica das Cooperativas EducacionaisAconteceu, nesta quinta-feira (21), a terceira reunião de Reflexão Estratégica das Cooperativas Educacionais, na Casa do Cooperativismo, em Brasília. O encontro contou com a participação de 18 representantes de diversas regiões do Brasil, selecionados nas reuniões anteriores e teve como propósito consolidar as ideias e propostas debatidas. Com os resultados, foi elaborado um plano de ações para o biênio 2024/25. Também foi trabalhada a criação de uma identidade específica do segmento, com destaque para sua importância e contribuição social.

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, ressaltou que o cooperativismo constantemente  busca por alternativas e oportunidades para se desenvolver e crescer ainda mais. "Estamos comprometidos em minimizar os impactos causados pela pandemia nas cooperativas e em colaborar para impulsionar o crescimento e desenvolvimento esperado nos Ramos de Consumo e Trabalho, Produção de Bens e Serviços, que desenvolvem pessoas por meio de uma educação significativa", afirmou.

Hugo Andrade, coordenador de Ramos do Sistema OCB, salientou que a ideia da última fase dos encontros reflexivos foi priorizar ações e definir responsabilidades que irão fazer parte do Plano de Trabalho para os próximos dois anos. "Noso objetivo é fortalecer o segmento educacional. Juntos com a Câmara Temática de Pais e Professores, as Unidades Estaduais e a unidade nacional, vamos trabalhar em prol de um segmento mais robusto  e com maior representatividade", disse.

Analista do Sistema Ocemg, Fabrício Figueiredo foi um dos representantes presentes e considerou o evento uma oportunidade para profissionalizar, ainda mais, o segmento. Ele informou que, em Minas Gerais, todas as cooperativas educacionais se reuniram para elaborar um relatório a partir do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) para identificar os principais gargalos do setor no estado. "Nosso papel é entender as demandas que precisam da nossa atenção e ouvir a nossa base. Com esse parâmetro, temos esperança de que essa ação dará bons frutos, com direcionamento e melhoria na gestão das nossas cooperativas,", explicou.

Para Fabrício Pacheco, coordenador nacional do segmento educacional, consolidar posicionamento e refletir de forma estratégica, são caminhos importantes para atingir uma perspectiva positiva e nacionalizada para as cooperativas na área . "O objetivo maior é dar continuidade ao que está sendo conversado hoje. O segmento educacional precisa ser melhor alavancado até porque ele é a base que norteia os demais ramos", afirmou.

Por sua vez, Márcia Behnke, presidente da Cooplem Idiomas, entende que conhecer a realidade das cooperativas educacionais do Brasil, em todas as regiões, enriquece a definição de estratégias a serem adotadas. "Temos problemas em comum e estamos fazendo um levantamento de quais as oportunidades podem ser buscadas para tornar o nosso segmento maior e mais produtivo. Saber o que acontece em outras cooperativas e quais são os desafios enfrentados e suas possíveis soluções é construtivo para melhorar o nosso negócio".

Beatriz Antonelli, presidente da Coopeg, considerou o apoio do Sistema OCB significativo para que as cooperativas educacionais garantam uma representação política adequada. "Precisamos da força que recebemos da unidade nacional. Isso muda a nossa relação perante o país e nos ajuda a buscar o reconhecimento que o segmento merece".

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Reunião para tratar sobre demandas e preocupações do cooperativismo em relação ao Plano Safra 2024/25 com Neri Geller
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Plano Safra é tema de reunião com secretário de Política Agrícola

Demandas do cooperativismo foram destacadas pelo presidente do Sistema OCB

 

Reunião para tratar sobre demandas e preocupações do cooperativismo em relação ao Plano Safra 2024/25 com Neri Geller Reunião discute demandas do cooperativismo para o Plano Safra 2024/25As principais demandas e preocupações do cooperativismo em relação ao Plano Safra 2024/25 foram temas de reunião institucional realizada na Casa do Cooperativismo, nesta quinta-feira (21), com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Neri Geller, além dos diretores de Crédito Rural, Wilson Vaz de Araújo; de Comercialização, José Maria dos Anjos; e de Gestão de Riscos, Jônatas Jovio Pulquério. O encontro contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, da superintendente Tania Zanella, e da gerente-geral, Fabíola Nader Motta. 

Márcio Freitas ressaltou a importância da pauta apresentada pelo movimento cooperativista para a formulação de um plano agrícola e pecuário mais equânime. “Lembramos sempre que nossas cooperativas são responsáveis por 54% a originação agrícola e pela distribuição de 64% dos insumos para a agricultura. Nosso movimento gera mais que desenvolvimento econômico, gera prosperidade. Então, precisamos de um Plano Safra que dê condições para nossos negócios fluírem. A política agrícola é fundamental nesse sentido”, disse.

Especificamente para no que diz respeito à Política Agrícola, o debate se concentrou nas demandas de ampliação das linhas de crédito e de acesso ao seguro rural. Também foi ressaltada a importância das condições e dos percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras e do orçamento federal direcionado à equalização das taxas de juros. Outro ponto abordado foi a garantia de preços mínimos para o Trigo, com base nos prêmios para o Escoamento do Produto (PEP) e Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro)

Neri Geller reafirmou o compromisso da secretaria em contemplar as prioridades do cooperativismo no novo Plano Safra. Ele lembrou, no entanto, que a proposta é trabalhada em conjunto entre ministérios do governo e que o principal debate ainda está em torno da dotação orcamentária que será disponibilizada para o ciclo 2024/2025. “Reconhecemos a importância das cooperativas na agropecuária brasileira e o quanto a temática do financiamento é fundamental para a continuidade de suas atividades”, declarou. 

A entrega oficial das demandas do cooperativismo para o novo Plano Safra será realizada ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em reunião agendada para a próxima quarta-feira (27). 

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 Deputado Alceu Moreira, autor da proposta que regulamenta o uso dos campos de altitude. Foto: Viniicus Loures/CD

Uso dos campos de altitude por produtores rurais é aprovado na CCJC

Proposta garante segurança jurídica ao produtor

 

 Deputado Alceu Moreira, autor da proposta que regulamenta o uso dos campos de altitude. Foto: Viniicus Loures/CD Deputado Alceu Moreira, autor da proposta que regulamenta o uso dos campos de altitude. Foto: Viniicus Loures/CDO Projeto de Lei  (PL) 364/2019, que oferece um tratamento específico para a vegetação nativa dos Campos de Altitude associados ou abrangidos pelo Bioma Mata Atlântica, de modo que haja proteção, mas também a possibilidade de utilização pelos produtores rurais, foi aprovado nesta quarta-feira (20), pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.  A proposta promove alterações pontuais no Código Florestal (Lei 12.651/12) e garante maior segurança jurídica ao produtor, ao  explicitar que as regras de regularização ambiental do Código se aplicam para todo o país. Não havendo recursos, a matéria segue para o Senado Federal.

Autor do projeto, o senador Alceu Moreira (RS), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou que a exploração tradicional já realizada nos campos de altitude tem garantido o desenvolvimento sustentável das regiões em que ocorre, pois mantém boa parte dos atributos naturais desses ecossistemas. “O projeto visa estabelecer um tratamento específico para a vegetação nativa desses locais, mantendo a proteção necessária, mas também permitindo o seu uso de forma produtiva. A criação extensiva de gado, por exemplo, evita o adensamento das árvores e ajuda a manter estável a estrutura e a diversidade da vegetação campestre”, disse. 

Os campos de altitude, atualmente considerados pela legislação como ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica, são formações naturais propícias ao desenvolvimento de atividades agrossilvipastoril, em especial na região Sul do País. Essas formações são ocupadas e exploradas por agricultores e pecuaristas como forma de garantir o sustento, ao mesmo tempo que prestam significativa contribuição para a produção de alimentos.

O texto aprovado é o substitutivo apresentado pelo relator da proposta na CCJC, deputado Lucas Redecker (RS) que promoveu alterações na proposta original para aprimorar a medida. Ele defendeu a continuidade do uso dessas áreas para a atividade agrária. “Não há nexo nenhum em nós mantermos uma área que já é utilizada pelo homem como uma área proibida para a agricultura. Falo de áreas onde já existe o manejo do homem passando com a sua lida de campo, com a criação de gado, com a criação de outros animais, com a construção de cercas e de currais, com a construção de estruturas para armazenamento de alimentação. Enfim, esses campos já são utilizados, já existe ação humana”, destacou. 

Conforme a proposta, nos imóveis rurais com formações de vegetação nativa predominantemente não florestais, tais como os campos gerais, os campos de altitude e os campos nativos, será considerada ocupação antrópica a atividade agrossilvipastoril preexistente a 22 de julho de 2008, ainda que não tenha sido feita a conversão da vegetação nativa, caracterizando-se tais locais como área rural consolidada.

O substitutivo estabelece, ainda, que as disposições relativas à regularização ambiental de imóveis rurais previstas no Código Florestal podem abranger fatos anteriores à edição da lei, inclusive no que se refere à utilização produtiva de áreas rurais consolidadas, às Áreas de Preservação Permanente (APP), à Reserva Legal (RL) e às áreas de uso restrito.

 

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CCJC vota pela manutenção da condição de segurado especial para cooperados. Foto: Bruno Spada/CD

Segurado especial: aprovado texto que garante condição para cooperados

Medida prevista no PL 488/2011 segue para o Senado

 

 CCJC vota pela manutenção da condição de segurado especial para cooperados. Foto: Bruno Spada/CD CCJC vota pela manutenção da condição de segurado especial para cooperados. Foto: Bruno Spada/CDA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (19), a redação final do Projeto de Lei (PL) 488/2011, que garante a manutenção da condição de segurado especial da Previdência Social aos associados de cooperativas, exceto as de trabalho. A matéria tramitou em caráter conclusivo pelas comissões da Câmara e segue agora para nova análise do Senado, já que sofreu alterações aprovadas pelos deputados. 

Segundo o deputado Carlos Veras (PE), relator do projeto na CCJC, a redação final da proposta corrige um equívoco de 2021 e garante aos agricultores familiares um direito que já era assegurado anteriormente. “Não corrigir esse equívoco é praticamente acabar com as cooperativas, com as associações. Isso porque, atualmente, só de se associar a uma cooperativa o agricultor familiar perde a configuração de segurado especial. A aprovação desse projeto é, portanto, muito importante para assegurar um direito inequívoco desses produtores”, afirmou durante a votação de seu parecer, em dezembro de 2023. 

A Lei Geral do Cooperativismo ( 5.764/1971) compreende que a cooperativa, em razão da sua natureza própria, segue um modelo societário com forte presença do trabalho colaborativo e do esforço conjunto. A Lei exige que a composição dos conselhos de administração e fiscal seja feita exclusivamente por associados eleitos em assembleia geral, o que não os descaracteriza como segurados especiais, uma vez que esse exercício não implica no desempenho concomitante de mais de uma atividade remunerada. 

Por isso, o Sistema OCB atuou para que a proposta fosse aprovada. “Os integrantes do conselho de administração e do conselho fiscal, necessariamente, são oriundos do quadro social da cooperativa. O fato de estarem participando dos órgãos de gestão e governança de seus respectivos negócios não justifica a descaracterização da condição de segurado especial. Ficamos muito felizes com a compreensão dos legisladores para essa realidade e por respeitarem as especificidades do nosso modelo de negócios”, ressaltou o presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas.

Relator da matéria na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e coordenador do Ramo Saúde na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o deputado Pedro Westphalen (RS) lembra que, atualmente, as Leis 8.212/91 e 8.213/91, que tratam do Regime Geral da Previdência Social, garantem a não descaracterização da condição de segurado especial apenas aos associados em cooperativas agropecuárias ou de crédito rural. 

“O texto aprovado estabelece nova hipótese de manutenção dessa condição, que corresponde ao exercício de atividade remunerada como membro da administração, do conselho fiscal ou de outros órgãos de cooperativa rural ou de pescadores artesanais da qual seja associado, desde que o exercício dessa atividade não exceda o período de quatro anos”, disse.

Ainda segundo o parlamentar, o projeto não implica em aumento ou diminuição da receita e da despesa pública. “A proposta amplia o leque de possibilidades para a manutenção da qualidade de segurado especial ou de se tornar um. No entanto, isso não quer dizer que elas acarretem repercussão direta ou indireta na receita ou despesa pública” explicou.


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Deputada Marussa Boldrin, relatora do PL 5.174, defende o Paten em Plenário

Câmara aprova Programa de Aceleração da Transição Energética 

Paten busca impulsionar investimentos em infraestrutura sustentável e inovação tecnológica

 

Deputado Arnaldo Jardim em discurso sobre o PatenDeputado Arnaldo Jardim em discurso sobre o PatenO Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (19), o texto base do Projeto de Lei (PL) 5.174/23, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). A medida, proposta pelo deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), busca fomentar o financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável, principalmente os voltados para infraestrutura e inovação tecnológica. 

A medida também prioriza projetos relacionados ao desenvolvimento de combustíveis renováveis, expansão de energia solar, eólica e de biomassa, além da substituição de matrizes energéticas por fontes renováveis. Segundo o parlamentar, o projeto incentiva investimentos produtivos em áreas estratégicas, especialmente no setor agropecuário. "Não há país desenvolvido sem uma matriz energética eficiente, e este projeto contribui significativamente para o desenvolvimento do setor agro do Brasil”, destacou.

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a aprovação da proposta é um passo importante em prol do fortalecimento de uma economia cada vez mais sustentável no Brasil. "O Paten reflete o compromisso do cooperativismo com a inovação e a preservação ambiental, além de abrir novas oportunidades para que possamos continuar trabalhando por um futuro mais verde”, afirmou. 

Ainda segundo ele, para o cooperativismo medida contribui ainda com a instituição de políticas de incentivo para pesquisa tecnológica, infraestrutura e produção de energia limpa. “Além disso, possibilita que créditos tributários e precatórios de pessoas jurídicas sirvam de garantia para investimentos em projetos de transição energética com taxas de juros mais atrativas”, completou. Deputada Marussa Boldrin, relatora do PL 5.174, defende o Paten em PlenárioDeputada Marussa Boldrin, relatora do PL 5.174, defende o Paten em Plenário

Já a deputada Marussa Boldrin (GO), relatora do projeto e membro da diretoria da Frencoop, considerou que o Paten alinha o Brasil com as iniciativas globais de transição energética, ao promover projetos sustentáveis e investir em tecnologias verdes. “Vamos impulsionar a pesquisa e a criação de fontes de energia renováveis, além de contribuir para uma transição mais rápida das fontes poluidoras para fontes limpas e renováveis".

 

 

 

 

 

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 Tania Zanella discute fundos constitucionais com a senadora Margareth Buzetti

Sistema OCB se reúne com a senadora Margareth Buzetti

Encontro abordou repasse de recursos dos fundos constitucionais de financiamento

 

 Tania Zanella discute fundos constitucionais com a senadora Margareth Buzetti Tania Zanella discute fundos constitucionais com a senadora Margareth BuzettiNesta quarta-feira (20), o Sistema OCB esteve reunido com a senadora Margareth Buzetti (MT) para tratar sobre as demandas do movimento ao Projeto de Lei (PL) 5.187/2019, que aprimora as regras de repasse de recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento. A senadora é relatora da proposta na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) e se prontificou a ouvir os pleitos do cooperativismo para que as especificidades do modelo de negócios também possam ser consideradas na nova legislação. 

Para Buzetti, os pleitos apresentados são meritórios e, por isso, devem ser apoiados. “Entendemos que quanto mais instituições financeiras puderem trabalhar com os recursos, mais pessoas serão beneficiadas. Por isso, apoiamos o pleito das cooperativas e vamos trabalhar para inclui-lo no projeto”, afirmou. 

A proposta em análise determina que 40% dos recursos anuais dos fundos de financiamento regional sejam distribuídos para outros bancos, além dos designados como administradores dos valores. O objetivo é a expansão da oferta de crédito. Atualmente, apenas os próprios bancos administradores possuem autorização para repassar os recursos para outras instituições financeiras.

Caso aprovada, a medida afetará os fundos constitucionais de financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO). Cada um desses fundos é gerido por uma instituição financeira específica: o FNO pelo Banco da Amazônia, o FNE pelo Banco do Nordeste e o FCO pelo Banco do Brasil.

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, explicou que o repasse dos fundos por cooperativas merece ser aprimorado para garantir, entre outros benefícios, mais recursos aos pequenos e médios empreendedores. “As cooperativas de crédito são importantes agentes de inclusão financeira. Elas também promovem o balizamento das taxas de juros e tarifas nas praças onde concorrem com outros modelos de instituições financeiras. Por isso, é imprescindível que o projeto contemple questão relacionadas à participação efetiva delas no repasse dos recursos desses fundos”, destacou.

Ainda segundo ela, outro ponto que reforça que as cooperativas podem contribuir para que o fundo constitucional cumpra seu papel, é que elas estão presentes – de forma física – em diferentes regiões do país, inclusive em localidades mais longínquas e interioranas. “Em muitos municípios, a cooperativa é a única instituição provedora de soluções financeiras”, defendeu.

Proposto pelo senador Irajá (TO), membro da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o PL altera a Lei 7.827/1989, que regulamentou os fundos de financiamento criados pela Constituição de 1988. Para ele, a maior capilaridade na oferta de crédito promove "a melhoria das condições de acesso aos benefícios do crédito subsidiado, principalmente por parte dos agentes econômicos de micro e pequeno porte".

A CDR é a segunda comissão a analisar o projeto e terá a palavra final sobre ele. O texto só irá a Plenário se houver recurso. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já emitiu parecer favorável, sem emendas. 

 

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Frente Parlamentar do Cooperativismo se reúne para tratar sobre pautas prioritárias para 2024
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Sistema OCB e Frencoop alinham pautas prioritárias

Encontro tratou sobre desafios tributários e regulatórios no cenário político

 

Arnaldo Jardim e Márcio Lopes de Freitas lideram reunião com a Frencoop Arnaldo Jardim e Márcio Lopes de Freitas lideram reunião com a Frencoop Nesta quarta-feira (20), o Sistema OCB realizou um café da manhã para os parlamentares da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Durante o encontro, foram discutidos temas prioritários para o cooperativismo, com destaque para a Reforma Tributária e a ampliação da participação das cooperativas no mercado de seguros. "O desenvolvimento do cooperativismo acontece, muitas vezes, dentro do Congresso Nacional. É lá que conseguimos construir um futuro com ajustes e transformações que promovem o crescimento do nosso modelo de negócios", destacou o do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ao enfatizar a importância da parceria entre a frente e a Casa do Cooperativismo. 

Presidente da Frencoop, o deputado Arnaldo Jardim (SP), reiterou o apoio dos parlamentares membros do colegiado e ressaltou a necessidade de priorizar as pautas estratégicas do movimento. "Unir nossas forças em defesa do cooperativismo é assumir, entre tantos outros, o desafio de acompanhar a regulamentação da Reforma Tributária e ir em busca de uma legislação que favoreça a participação das cooperativas no mercado de seguros ", declarou.

Coordenador tributário da Frencoop, o deputado Vitor Lippi (SP), ressaltou os resultados econômicos positivos que o cooperativismo traz para o Brasil . "O movimento é muito grande quanto se trata da geração de empregos, distribuição de renda e desenvolvimento das comunidades. Por isso, a relevância de garantirmos um ambiente propício para o seu crescimento e fortalecimento. Ao fazermos isso, contribuímos também para o avanço socioeconômico do país" 

Já o deputado Pedro Westphalen (RS), coordenador do Ramo de Saúde na Frencoop, abordou a necessidade de uma maior participação do segmento nas tomadas de decisões políticas. "Com mais participação, podemos garantir que as políticas públicas estejam alinhadas com as demandas e as realidades do setor. Só assim conseguiremos desenvolver um ambiente favorável para um desenvolvimento ainda maior das cooperativas de saúde. Essa é uma estratégia essencial para promover o crescimento e a consolidação desse ramo", alegou. 

Frente Parlamentar do Cooperativismo se reúne para tratar sobre pautas prioritárias para 2024Frente Parlamentar do Cooperativismo se reúne para tratar sobre pautas prioritárias para 2024O deputado Helder Salomão (ES) enfatizou a necessidade de ampliar ainda mais a participação da Frencoop no Congresso Nacional. Por sua vez, a deputada Geovania de Sá (SC) salientou a Reforma Tributária como a principal pauta da Frencoop para combater a bi-tributação no modelo de negócio cooperativista. Por fim, o deputado Sérgio Souza (PR) assegurou que estará atento à regulamentação da pauta tributária, a fim de garantir que o bolso do cooperado não seja afetado. 

Além deles, os deputados Cobalchini (SC), Marussa Boldrin (GO), Zé Silva (MG), Zé Vitor (MG), Alceu Moreira (RS), Gisela Simona (MT), Evair de Melo (ES) e Tião Medeiros (PR) estiverem presentes na reunião.

 

 

 

 

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Representantes do Sistema OCB e ANTT se reúnem para tratar sobre transportes de cargas e de passageiros

Sistema OCB e ANTT deliberam sobre desafios do Ramo Transporte

Reunião abordou legislações e iniciativas em defesa do setor 

 

Representantes do Sistema OCB e ANTT se reúnem para tratar sobre transporte de cargas e de passageirosRepresentantes do Sistema OCB e ANTT se reúnem para tratar sobre transporte de cargas e de passageirosRepresentantes do Sistema OCB se reuniram, nesta terça-feira (19), com o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Sampaio, para discutir pautas relacionadas ao transporte rodoviário de cargas e de passageiros e, também, temas que afetam diretamente as cooperativas do Ramo Transporte.  "Tivemos a oportunidade de dialogar abertamente sobre as atuais demandas e desafios enfrentados pelo segmento", destacou a superintendente da entidade, Tania Zanella. 

Evaldo Moreira Matos, coordenador nacional do Conselho Consultivo do Ramo Transporte do Sistema OCB, também salientou a oportunidade ímpar que a reunião representou. “Conseguimos expor as dificuldades enfrentadas pelas nossas cooperativas, especialmente no que diz respeito à compreensão das especificidades do nosso modelo de negócios e à resolução de gargalos existentes", declarou. 

Um dos pontos abordados foi o Acordo de Cooperação Técnica firmado com Confederação Nacional do Cooperativismo (CNCoop), que propõe a elaboração de um estudo de viabilidade técnica e econômica sobre o papel das Cooperativas de Transporte de Cargas (CTC) na prestação de serviços do segmento ao e-commerce. A iniciativa visa aprofundar o entendimento sobre a contribuição das cooperativas e, para isso, ficou definido que a agência irá realizar uma visita técnica a alguma plataforma de e-commerce que hoje cooperativas de transporte operam, para compreender a lógica de operações e demandas, bem como identificar as possíveis formas de regulação dessas operações. 

A Lei 14.599/2023 foi outro tema tratado, principalmente no que diz respeito ao Art. 13-B, que veda o desconto de taxas administrativas e seguros sob valor do frete. O Sistema OCB questionou a posição da agência sobre esse dispositivo, com o intuito de esclarecer a situação e possível insegurança jurídica que ele pode acarretar para as cooperativas. “Não está claro se a cooperativa poderá descontar essas taxas dos cooperados, o que sempre foi a forma de atuação até então. Precisamos de um posicionamento sobre essa questão para entender o posicionamento da agência reguladora sobre essa temática”, explicou Tania. Guilherme Sampaio sugeriu que seja feita uma consulta formal a agência para esclarecer a dúvida de forma mais efetiva. 

Também foi discutida a presença de cooperativas de transporte de carga sem registro no Sistema OCB, mas ativas no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas Digital (RNTRC). Uma lista com a relação dessas cooperativas foi encaminhada à Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (Suroc) para questionar as ações e prazos estabelecidos pela agência para mitigar a situação. “Entendemos que esse é um tema relevante e que exige atenção por parte da ANTT para evitar irregularidades na prestação dos serviços”, esclareceu o coordenador Evaldo Matos. 

As especificidades do cooperativismo de transporte foram apresentadas junto com um pedido para aproximação com à Superintendência de Transporte de Passageiros, com o objetivo de estruturar ações conjuntas em prol do desenvolvimento das cooperativas que fazem o transporte de passageiros. Sobre este assunto, Guilherme Sampaio se colocou à disposição para entender as demandas específicas do segmento e colaborar para uma melhor regulação do assunto. "Iremos buscar soluções que possam contribuir para atender as necessidades do setor e promover um ambiente regulatório mais adequado e favorável ao seu desenvolvimento", afirmou. 

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Deputado Arnaldo Jardim se reúnem para tratar temas ambientais que impactam o cooperativismo

Presidente da Frencoop debate pautas ambientais

Reunião abordou temas importantes com impactos para o cooperativismo

 

Representantes do Sistema OCB e deputado Arnaldo Jardim se reúnem para tratar temas ambientais que impactam o cooperativismo Deputado Arnaldo Jardim em reunião para tratar sobre temas ambientais que impactam o cooperativismo O deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), participou nesta terça-feira (19) de reunião com a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, para debater pautas ambientais que trazem impactos às atividades do movimento. Foram abordados temas como o Regulamento Anti-Desflorestação, editado pela União Europeia em 2023, a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), e a utilização do defensivo Tiametoxam em produções agrícolas. “Vamos atuar para estreitar o diálogo com os órgãos ambientais federais (MMA e Ibama), a fim de levar a preocupação das cooperativas em relação a esses temas e buscar alternativas para um solução conjunta”, afirmou o deputado após o encontro. 

Com a edição do Regulamento Anti-Desflorestação da UE, os exportadores brasileiros estão sendo demandados a cumprir uma série de critérios ambientais. Um deles é a comprovação do atendimento da legislação nacional (brasileira). A certificadora tem solicitado dados acerca do CAR para comparar imagens do cadastro com imagens de satélite atuais, para verificar se a legislação está sendo atendida. O problema é que na maioria dessas propriedades o CAR ainda não foi analisado pelo órgão ambiental, enquanto outras fazem parte do Programa de Regularização Ambiental (PRA), ainda em cumprimento.

“Entendemos, sob a perspectiva estritamente jurídica, que as propriedades nessa situação  estão atendendo o Código Florestal, uma vez que há dispositivo estabelecendo que, até o término do prazo de adesão ao PRA, é autorizada a continuidade das atividades desenvolvidas nas áreas. Já sob a perspectiva política, nos parece viável construir um entendimento com os órgãos ambientais”, explicou Tania. Segundo ela, a construção de um parecer jurídico para abordar o tema e contribuir para a construção do convencimento do representante da certificadora é também um dos encaminhamentos sugeridos. 

Sobre a TCFA, a superintendente lembrou que, recentemente, a Procuradoria do Ibama se manifestou sobre sua aplicação, gerando o entendimento de que a cobrança da taxa seja feita com base no faturamento global (de toda a empresa ou cooperativa) e não apenas o das filiais correspondentes, prática que representar aumento do valor individualmente cobrado. Por isso, Tania solcitou apoio da Frencoop para priorizar a aprovação do PL 10.273, que trata da adequação de incidência da TCFA, em tramitação na CCJC em caráter conclusivo. 

Já sobre o uso de pesticidas à base do ingrediente ativo Tiametoxan, a preocupação tem base em comunicado do Ibama, que se manifestou contrário à sua aplicação na produção agrícola. “Há, no entanto, uma insegurança no que diz respeito à possibilidade de fornecimento de produtos já adquiridos e estocados pelas cooperativas antes do comunicado”, informou a superintendente. Segundo ela, o entendimento do Sistema OCB é de que as cooperativas agropecuárias com estoque de produtos poderão distribui-los até o seu esgotamento. “Questionamos ainda em fevereiro a Diretoria de Qualidade Ambiental (Diqua) do Ibama sobre essa questão, mas até o momento, ainda não obtivemos resposta”, completou Tania. 

 

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 Sessão plenária do TCU decide pela participação de cooperativa de transporte em licitação. Foto: TCU

TCU decide pela participação de cooperativa de transporte em licitação

Reconhecimento representa avanço para o setor

 Sessão plenária do TCU decide pela participação de cooperativa de transporte em licitação. Foto: TCU Sessão plenária do TCU decide pela participação de cooperativa de transporte em licitação. Foto: TCUEm sessão plenária realizada no último dia 06, o Tribunal de Contas da União (TCU) reforçou mais uma vez a legalidade da participação de sociedades cooperativas em processos licitatórios. Embora nenhuma cooperativa do Ramo Transporte tenha se credenciado para participar do edital objeto do julgamento, o órgão reconheceu a legitimidade da presença do modelo societário no edital e garantiu sua participação em futuros credenciamentos com fundamento na legislação vigente aplicável.

Ana Paula Andrade Ramos, assessora jurídica da unidade nacional do Sistema OCB, destacou a importância da decisão. “Ela é fruto do contexto jurídico em que se inserem as cooperativas, que cada vez mais aponta para a superação do preconceito generalizado com o modelo societário. Ela também abre mais espaço para a liberdade econômica e de organização das atividades produtivas em cooperativas, com geração de renda, trabalho e dignidade”, afirmou.

A representação julgada tratou de possíveis irregularidades ocorridas em pregão eletrônico para prestação de serviços comuns de transporte de pessoas, pequenos volumes e documentos não postais, a serviço da Caixa Econômica Federal. A prestação dos serviços ocorreria por meio de locação de veículos com motoristas, combustível e demais insumos, para atendimento nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, com valor estimado em mais de R$ 32,5 milhões.

A empresa representante pediu a suspensão cautelar do certame ou impedimento da contratação, sem oitiva da parte contrária, com base em três possíveis irregularidades. A primeira seria a ausência de parcelamento do objeto, uma vez que os serviços seriam prestados em diversos estados. Também apontou a permissão indevida da participação de cooperativas, alegando que a prestação do serviços tem atributos inerentes a relações empregatícias, como a pessoalidade, a subordinação e a supervisão dos motoristas. Já a terceira irregularidade seria a falta de estimativa da quantidade ou do percentual máximo de viagens interestaduais, com prejuízo à elaboração da proposta de preços.

A Caixa Econômica Federal afirmou não se justificar a imposição de restrição à participação de cooperativas em seu edital. Segundo a instituição, a qualidade dos serviços não seria comprometida e aumentaria a competitividade do certame, trazendo ao conglomerado Caixa preços mais vantajosos e melhor qualidade nos serviços prestados. Declarou ainda não haver o que se falar em subordinação entre motoristas e a cooperativa, nem daqueles em relação à Caixa, pois o objeto da licitação vai além da mera contratação de mão de obra de motorista, incluindo o aluguel dos veículos e todos os custos relacionados (combustíveis, manutenções, lavagens, seguros, licenciamentos e outros). 

Com base nos esclarecimentos prestados pela Caixa, a Unidade de Auditoria Especializada em Contratações do TCU (AudContratações) considerou plausível apenas a ausência de parcelamento do objeto e rejeitou as alegações acerca da participação de cooperativas e dimensionamento das viagens interestaduais. Em seu voto, o ministro relator do processo, Marcos Bemquerer, ratificou o entendimento da AudContratações especialmente para afastar a alegação da inadequada permissão da participação de cooperativas.

No entendimento do relator, o objeto licitado é compatível com a prestação de serviço na modalidade cooperada, conforme consolidado pelo próprio Tribunal na 4ª edição da publicação Licitações e Contratos – Orientações Jurisprudenciais do TCU, bem como em decisão judicial favorável a participação de cooperativas em edital da Caixa, proferida pela 8ª Vara Federal de Porto Alegre, no Mandado de Segurança 5017270-08.2021.4.04.7100/RS. Ainda de acordo com o ministro, a Caixa teve o cuidado de excetuar em seu edital, para as cooperativas, o cumprimento das obrigações trabalhistas, exigindo documentação específica para a sua habilitação jurídica. "Além disso, a cláusula editalícia impugnada não trouxe prejuízo, pois não houve credenciamento de cooperativas para participar do certame”, afirmou.

Os demais ministros presentes na sessão plenária acompanharam o voto do ministro relator e concluíram que não há plausibilidade jurídica na suposta permissão indevida da participação de cooperativas, uma vez que a prestação do serviços teria atributos inerentes a relações empregatícias, como a pessoalidade, a subordinação e a supervisão dos motorista, pois está em desacordo com o disposto no art. 4º, inciso II, e art. 5º da Lei 12.690/2012 (Lei das Cooperativas de Trabalho), bem como na Súmula TCU 281.

O art. 4º, II, parte final, da Lei 12.690/2012 veda a existência de relação de emprego entre cooperativas de serviços e cooperados. Por sua vez, o art. 5º da mesma Lei estabelece que a cooperativa não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada. Nessa linha, a Súmula TCU 281 dispõe que “é vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo modo como é usualmente executado no mercado em geral, houver necessidade de subordinação jurídica entre o obreiro e o contratado, bem como de pessoalidade e habitualidade”.

Conheça o processo relacionado no julgamento: TC-031.312/2022-4


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 Câmara Temática das Cooperativas Minerais se reúne para definir plano de trabalho e estratégias para o segmento

CT das Cooperativas Minerais discute estratégias para fortalecimento do setor

Encontro tratou sobre rastreabilidade do ouro, transparência e sustentabilidade  

 

Câmara Temática das Cooperativas Minerais se reúne para definir plano de trabalho e estratégias para o segmentoNesta segunda-feira (18), a Câmara Temática das Cooperativas Minerais do Sistema OCB realizou encontro com a participação de representantes das Organizações Estaduais (OCEs) e de líderes regionais do setor. Foram discutidas pautas que buscam fortalecer, consolidar e impulsionar o segmento no Brasil. Entre os temas, estiveram as prioridades estratégicas planejadas para o período de 2024 a 2026, bem como o Plano de Trabalho para este ano. O objetivo foi esclarecer e oferecer orientações às cooperativas, com alinhamento de objetivos estratégicos do movimento e, ainda, identificação das oportunidades de desenvolvimento e crescimento. 

Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, enfatizou a importância do trabalho colaborativo e estratégico da entidade para abordar questões desafiadoras como a rastreabilidade do ouro e a garantia do devido reconhecimento às cooperativas minerais. "O Sistema OCB está se consolidando, cada vez mais, como uma instituição que contribui para esse debate tão complexo e, é essencial que a Câmara Temática continue trabalhando de forma alinhada e com visão estratégica. Dessa forma, a nossa representação continuará coesa e avançando. Juntos, conseguimos identificar as melhores formas de atuação e representação diante do Poder Público", afirmou. 

O coordenador nacional da Câmara Temática das Cooperativas Minerais, Gilson Camboim, também ressaltou o compromisso do Sistema OCB com as cooperativas minerais. "O trabalho realizado contribui significativamente para o crescimento e aprimoramento das coops que atuam com mineração. O empenho em promover iniciativas que beneficiam o segmento e, ainda, criam um ambiente propício para o seu desenvolvimento precisa ser reconhecido”, disse. Para ele, a união de forças entre todos os envolvidos nessa cadeia de produção é essencial para superar desafios e alcançar novos patamares. "É notável o esforço conjunto para garantir um cenário favorável. É essencial continuarmos juntos para impulsionar o progresso do segmento", acrescentou.

Já Alex Macedo, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, reforçou o trabalho de interlocução feito com o Poder Executivo, em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) e com a Agência Nacional de Mineração (ANM). Ele explicou que a proximidade e o trabalho de articulação com esses órgãos são fundamentais para garantir um ambiente regulatório favorável ao segmento. "O trabalho em prol da promoção de políticas públicas que atendam às nossas necessidades contribui para o desenvolvimento sustentável e para a geração de benefícios às comunidades envolvidas", declarou. 

O grupo também abordou a representação perante o Congresso Nacional, tendo em vista o acompanhamento dos Projetos de Lei que interessam ao segmento, como o PL 836/2021, que regulamenta a comercialização de ouro no Brasil e sobre o Projeto de Rastreabilidade, feito em parceria com a ARM. 

As discussões trataram ainda sobre questões de rastreabilidade na procedência dos bens minerais, bem como sobre a gestão e governança das cooperativas, sob a perspectiva da implementação de políticas de integridade que favoreçam o controle desses bens. O objetivo é garantir a transparência e a confiabilidade das operações e, ainda, promover responsabilidade socioambiental, contribuindo para a sustentabilidade do negócio.

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