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Painel do 15º CBC debateu importância da cultura organizacional como diferencial no mercado
A essência do movimento cooperativista e as formas de enaltecer e perpetuar essa cultura, a partir de valores como solidariedade, democracia e responsabilidade social, foram o principal foco do painel Identidade Cooperativa: preservando o nosso diferencial. Promovido pela sala temática de Cultura Cooperativista durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, o debate abordou em que medida essa cultura contribui para gerar vantagem competitiva para as cooperativas e sua relação com a capacidade de inovação e adaptação do negócio.
Os convidados para o painel foram Sonja NovKovic, diretora do International Centre for Co-operative Management, e Tiago Schmidt, presidente da Sicredi Pioneira. A mediação ficou sob a responsabilidade de Camila Luconi, consultora de Transformação no Sicredi.
Sonja iniciou sua fala com um desafio aos participantes. Ela perguntou quantos deles conseguiriam listar, de cabeça, os sete princípios e os dez valores do cooperativismo. A resposta foi parcialmente positiva para os princípios, mas bastante restrita para os valores. Ela lembrou, então, o quanto esses pontos são importantes na formação da cultura cooperativista.
Segundo Sonja, a cultura organizacional é um dos pilares fundamentais que delineiam o ambiente e o funcionamento de uma organização. “Ela é composta por princípios, valores e crenças que definem a identidade e a maneira como os integrantes de uma organização interagem entre si e com o ambiente externo. Reúne ainda, hábitos, costumes e comportamentos dos colaboradores que impactam diretamente em sua produtividade”, afirmou.
A palestrante também destacou que o mundo moderno, muitas vezes, coloca a identidade organizacional sob ameaça, em razão do que classificou como isoformismo, ou seja, a semelhança entre entre propostas de diferentes realidades. “A transformações por imitação de formas, estruturas e processos pode tornar as organizações muito parecidas uma com as outras. O diferencial do cooperativismo está no propósito do modelo de negócios adotado, mas que, muitas vezes, é pouco conhecido ou compreendido”, acrescentou.
Nesse sentido, Tiago Schmidt salientou a importância da educação para o fortalecimento da cultura cooperativista. “A identidade não existe sem educação em seu sentido mais amplo, aquele que inclui experiências e vivências práticas. É preciso entender como e porque o cooperativismo é e tem os valores e princípios que defende. Seus propósitos econômicos e sociais precisam ser amplamente conhecidos”, ressaltou.
Para Tiago, os propósitos econômicos costumam ser mais divulgados por ser mais simples apresentar os dados positivos que o cooperativismo registra no desenvolvimento das comunidades onde está presente e, consequentemente, no país. “Os sociais, no entanto, também são muito importantes para o fortalecimento da nossa cultura. Por isso, precisamos trazer mais pessoas para conversar sobre eles e mostrar o quão diverso, inclusivo e benéfico é nosso modelo de negócios”, completou.
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Detalhes sobre as normas que envolvem o ato cooperativo foram especificados por especialistas
A regulamentação do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na Reforma Tributária, em tramitação no Congresso Nacional, também foi tema do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC). Na sala temática de Representação, os desafios para que as especificidades do modelo de negócios sejam consideradas na norma foram abordados no painel A Reforma Tributária e o futuro do país, que contou com apresentações de Camila Cavalcanti, diretora de Programa na Secretaria Especial da Reforma Tributária; Roni Pertenson Bernardino Filho, assessor do gabinete da Secretaria Especial da Receita Federal; e João Caetano Muzzi, advogado tributarista. A jornalista Natalia Godoy foi a mediadora.
Camila falou sobre o processo de construção, estágio atual e próximos passos da reforma. Segundo ela, a necessidade de rever a tributação sobre o consumo foi identificada ainda durante a Constituinte, em 1988, e esse processo se intensificou a partir de 2019 com a apresentação da Proposta de Emenda à Constituição 45/2019, que no final de 2023 se transformou na Emenda Constitucional número 132. “Trata-se de uma mudança realmente revolucionária, que vai transformar as bases da tributação sobre o consumo atual, tornando-a mais simples, transparente e neutra”, afirmou.
A expectativa agora, segundo ela, é de que a proposta de regulamentação apresentada pelo Executivo para a Reforma Tributária seja votada na Câmara dos Deputados até o final do presente semestre e, no Senado Federal, até o final do ano. “É um calendário ousado, mas que reflete o prazo ideal para iniciarmos os testes e implementação das novas medidas a partir de 2026 como prevê a emenda”, explicou. Camila também enfatizou o papel do Sistema OCB na inclusão dos dispositivos que tratam do ato cooperativo na norma constitucional. É preciso reconhecer o trabalho realizado pela entidade na defesa das demandas que envolvem os interesses das cooperativas”, concluiu.
Roni Peterson abordou de forma resumida a proposta de regulamentação da Reforma Tributária, apresentado no projeto em discussão em relação ao cooperativismo. Ele afirmou que o tema foi um dos primeiros a entrar na pauta da receita e um dos últimos a serem definidos em razão da complexidade envolvida. “O importante é ressaltar que fizemos uma tentativa muito sincera para trazer uma regra geral e capaz de alcançar todos os ramos e atividades desenvolvidas pelas cooperativas. E, também, destacar nossa disposição ao diálogo para que continuemos construindo uma solução coletiva”, declarou.
João Caetano Muzzi, por sua vez, destacou as características do modelo societário cooperativista e a importância da compreensão das especificidades dele para a construção de uma norma realmente assertiva e eficaz. “O cooperativismo é um modelo societário que faz distribuição de dinheiro, riqueza, renda e oportunidades sem fins lucrativos. Isso significa que todos os resultados são transferidos para o cooperado. Por isso, o que discutimos é a definição de onde o ato cooperativo deve ser tributado, ou seja, onde se fixa a riqueza, o que acontece na figura do cooperado e não da cooperativa. A consideração dessas especificidades é fundamental e o ponto mais sensível na regulamentação da reforma”, argumentou.
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Congressistas contribuíram para moldar um movimento mais sustentável e inovador
O 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) reuniu 3 mil pessoas entre dirigentes e cooperados, de 14 a 16 de maio, em Brasília. Durante os três dias, foram discutidos e definidos os rumos do cooperativismo no Brasil para os próximos cinco anos. O evento promoveu palestras, debates e votações que resultaram em diretrizes estratégicas norteadoras para o futuro do coop.
O primeiro dia de congresso contou com a presença do especialista em inovação, Salim Ismail, e sua palestra Liderança Exponencial. Reconhecido no mundo todo por suas análises sobre o impacto da tecnologia nos tempos modernos, Salim incentivou os congressistas a adotarem uma abordagem proativa em relação à inovação e a transformação digital. Sua apresentação abordou as mudanças disruptivas que estão moldando o futuro dos negócios e da sociedade. "Nossa era exige adaptação e uma mentalidade de inovação contínua. As cooperativas possuem a oportunidade única de liderar essa mudança, a partir do poder da tecnologia para impulsionar um futuro mais colaborativo e sustentável", salientou.
A superintendente Tania Zanella compartilhou os resultados e avanços do cooperativismo desde a última edição do congresso. Ela ressaltou o impacto positivo que as cooperativas geram em diversos setores, desde a economia até o desenvolvimento social. Sua apresentação evidenciou não apenas os resultados alcançados, mas também o compromisso contínuo do cooperativismo em promover um futuro mais próspero e inclusivo para todos. "Nossa jornada até aqui reflete nossa missão, força e resiliência diante dos desafios. Cada conquista é fruto da nossa determinação em construir um futuro mais promissor para as cooperativas e para o Brasil", disse.
O lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo 2024 foi um marco. Com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, parlamentares e ministros, o momento consolidou o compromisso do setor com seu desenvolvimento contínuo e também ressaltou sua relevância para a economia nacional e o bem-estar da sociedade. Com discursos inspiradores e compromissos renovados, os líderes políticos e cooperativistas puderam confirmar a importância do modelo de negócios como uma força que colabora para a construção de um país mais justo, equitativo e próspero.
No segundo dia do CBC, a futurista Amy Webb trouxe análises e previsões sobre o impacto da tecnologia na sociedade, nos negócios e na vida cotidiana. Ela apresentou a palestra Cenas do Futuro e destacou as tendências emergentes e os desafios que as cooperativas podem enfrentar em um mundo cada vez mais digital e interconectado. "Precisamos pensar no futuro com diversos cenários possíveis, não como um destino fixo. O cooperativismo tem a oportunidade de moldar essas perspectivas e promover a inovação e a sustentabilidade em um mundo cada vez mais conectado", declarou.
A escritora e pensadora digital Martha Gabriel lançou seu novo livro O Futuro é Coop durante o CBC e explorou a importância do cooperativismo como modelo de negócios capaz de enfrentar os desafios da atualidade, construindo um futuro mais sustentável e inclusivo. A obra, que compartilha o mesmo título de sua palestra, faz uma análise profunda sobre como a essência do movimento pode transformar vidas e comunidades, a partir da inovação econômica e social. "É um modelo capaz de se adaptar às necessidades e aos desafios do futuro. Pode ser a melhor maneira para construir um mundo mais justo e equilibrado", destacou.
No mesmo dia, também foram abertas as dez salas temáticas, em que os participantes puderam participar de painéis importantes e debater pautas sobre Comunicação, Cultura cooperativista, ESG, Inovação, Intercooperação, Negócios e Representação. As sessões consolidaram a aprovação de 100 diretrizes estratégicas, das quais 25 foram escolhidas para nortear o planejamento estratégico do movimento para o período de 2025 a 2030.
O último dia do CBC começou com a priorização das propostas, onde os congressistas votaram as mais importantes para o cooperativismo. Essas diretrizes foram escolhidas com base em critérios de impacto e urgência, e as duas mais votadas, de cada tema, foram destacadas como prioritárias, além das cinco mais votadas independentemente do tema.
A palestra de Fred Gelli, co-fundador e diretor de criação da Tátil Design de Ideias, fechou a programação do evento com chave de ouro. Em sua apresentação O Que Somos? Construindo Futuros a Partir do Nosso Lugar de Potência, ele discutiu a necessidade de reinventar a maneira como nos relacionamos com a realidade e o papel do design em moldar um futuro mais sustentável e cooperativo. Ele destacou a importância de o cooperativismo ser mais contundente na divulgação do seu valor e expressão.
Já o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez a fala de encerramento do congresso com um discurso inspirador. Ele destacou a evolução e a coesão da entidade e ressaltou o papel de cada líder, cooperado e dirigente na construção de um futuro promissor. "O futuro começou a ser desenhado e os detalhes estão na nossa mão. Precisamos cooperar para realizarmos juntos. Só precisamos de coragem para inovar e construir o processo em comunidade, como o sistema que somos", concluiu.
Em meio às enchentes que assolaram o estado, os gaúchos não puderam estar presentes no 15º CBC. Por isso, a superintendente Tania Zanella fez uma homenagem à única representante do Rio Grande do Sul, Larissa Zambiasi. Tania destacou a força e o potencial do cooperativismo da região e reforçou o compromisso de todo o coop em ajudar na reconstrução do estado.
O fechamento oficial do evento ficou por conta do grupo Batuque Salubre, da Escola de Artes Unimed BH, que trouxe uma apresentação vibrante e envolvente com tambores e ritmos variados, deixando todos os presentes energizados e inspirados.
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Encontro reuniu representantes da unidade nacional e das organizações estaduais do Sistema OCB
O Sistema OCB realizou, nesta sexta-feira (17), sua Oficina de Planejamento Estratégico. O encontro contou com a participação de mais de 100 representantes da unidade nacional e das Organizações Estaduais (OCEs) e colheu subsídios para o desdobramento das diretrizes priorizadas no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), para compor as estratégias de atuação das entidades. A identidade organizacional do Sistema OCB, incluindo sua visão e missão também foi abordada durante a oficina.
“Demos hoje mais um importante passo para a construção do futuro do cooperativismo nos próximos cinco anos. Após três dias de trabalho intenso e a participação efetiva dos cooperados na definição das principais diretrizes para o nosso movimento, começamos agora essa nova etapa que vai nortear os trabalhos das nossas entidades de representação, que são responsáveis por orientar e acompanhar a implementação efetiva e eficaz das ações”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Para a gerente -geral do Sescoop, Karla Oliveira, realizar a oficina logo após o término do CBC também é estratégico. “Foi um momento super importante de reflexão sobre nossa identidade sistêmica e o nosso papel para apoiar o desenvolvimento das cooperativas, com foco nas diretrizes estabelecidas por elas”, declarou.
A continuidade do trabalho desenvolvido no encontro acontece no dia 11 de junho, quando os representantes se reúnem novamente, em formato virtual, para a apresentação do planejamento estratégico sugerido para o ciclo 2025-2030.
Frederico Azevedo, superintendente da OCB/MT disse que a discussão das diretrizes aprovadas no CBC foi relevante para criar uma integração entre dirigentes, lideranças e equipes quanto a delimitação de missão, visão e desdobramento das estratégias. “O Sistema OCB foi muito feliz no direcionamento da oficina e os resultados serão proveitosos para o cooperativismo brasileiro”, destacou.
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Palestra abordou importância do movimento para reinventar relacionamento com a realidade
O último palestrante do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), foi Fred Gelli, co-fundador e diretor de criação da Tátil Design de Ideias. Nessa quinta-feira (16), ele se apresentou com o tema O que somos? Construindo futuros a partir do nosso lugar de potência, e trouxe sua visão sobre o papel do design e do cooperativismo na construção de um futuro melhor.
Logo de início, Fred questionou qual futuro queremos construir em um mundo marcado por catástrofes ambientais, guerras, adversidades econômicas, problemas estruturais, desigualdade social e crises democráticas. Ele pontuou que, há muito tempo, a maneira de consumir do ser humano gera muitos problemas devido ao excesso. "Estamos vivendo tempos nunca antes experimentados e estamos vendo nossa criatividade ser desafiada. Precisamos reinventar a maneira como nos relacionamos com a realidade", afirmou.
Uma das ideias centrais da apresentação foi uma análise acerca da capacidade humana de intuir e imaginar o futuro, como sendo o que nos diferencia de outras espécies. Fred observou que, enquanto a maioria das espécies avança muito pouco, os seres humanos evoluem rapidamente, de forma cooperativa e em uma evolução conjunta. "O que faz a gente cooperar? O propósito. Por isso, diante do desafio evolutivo, temos que redesenhar tudo: produtos, serviços e modo de vida", alertou.
Ele enfatizou a importância das cooperativas e organizações em concentrar suas maiores competências para gerar impacto positivo no mundo. Para ele, o cooperativismo pode servir de inspiração até mesmo para a evolução do modo de consumir, através da descentralização, geração de valor e equilíbrio entre competição e cooperação. "Cada marca precisa encontrar seu lugar de potência e entender quais competências possui para gerar resultados positivos no mundo. Quando uma marca é bem gerenciada, gera um valor incrível", explicou.
Ele também abordou a importância do branding e do design para o sucesso de uma marca. "Marca é percepção. Branding é a parte subjetiva, onde está a visão, a missão. Acontece que as pessoas se relacionam com a expressão de uma marca, e é aí que entra o design. Os elementos desse aspecto são fundamentais para dar coerência ao que está sendo oferecido para os clientes".
Fred Gelli destacou ainda que o movimento cooperativista precisa ser mais contundente na demonstração de seu valor em suas expressões. "O cooperativismo tem a força de um propósito em comum. É preciso mostrar isso com mais intensidade, divulgar isso de forma mais didática e mais ampla. O SomosCoop é um bom começo para fortalecer a imagem do movimento. A marca é um ativo poderoso ppara conseguir a conexão com o propósito das pessoas", acrescentou.
Para ele, o 15º CBC foi um chamado para que dirigentes e cooperados repensem suas abordagens aos desafios contemporâneos, utilizando o cooperativismo como uma poderosa ferramenta para construir um futuro mais justo, equitativo e sustentável para todos. “Somos a soma de nossas potências. Eu sou coop, nós SomosCoop”, concluiu.
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Último dia de evento traçou um caminho próspero para o cooperativismo
Nesta quinta-feira (16), o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) chegou ao final após um dia repleto de emoções, decisões estratégicas e visões para o futuro. O evento, que reuniu cerca de três mil líderes cooperativistas de todo o país, fechou suas portas com uma série de momentos marcantes.
Já no início do dia, a superintendente Tania Zanella fez uma homenagem emocionante às vítimas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul e convidou a única representante do estado gaúcho, Larissa Zambiasi, membro do Comitê de Jovens Geração C, para subir ao palco e simbolizar a força e o potencial do cooperativismo na região Sul. "Nosso movimento tem, na sua essência, a cooperação e a união. Agora, mais do que nunca, queremos estar ao lado dos gaúchos na reconstrução das cidades e das vidas dessas pessoas. Sabemos que, juntos, podemos transformar essa dor em força e recomeço. Queremos reforçar que você não está sozinha, nenhum gaúcho está. O movimento cooperativista está aqui para apoiar, reconstruir e fortalecer cada comunidade atingida", disse.
A programação foi marcada, principalmente, pela priorização das diretrizes estratégicas que vão guiar o movimento no período de 2025 a 2030. Das 100 diretrizes votadas pelos congressistas, 25 foram escolhidas para nortear o planejamento. As propostas foram avaliadas com base em critérios de impacto e urgência, e as duas com maior pontuação, para cada tema, foram consideradas prioritárias, além das cinco mais votadas após a escolha das vinte primeiras, independente do tema. Os eixos abordados foram Comunicação, Cultura cooperativista, ESG, Inovação, Intercooperação e Negócios.
Fred Gelli, co-fundador e diretor de criação da Tátil Design de Ideias, apresentou a palestra Qual futuro queremos construir? e abordou os desafios contemporâneos enfrentados pela sociedade, como catástrofes ambientais, crises no capitalismo, desigualdade social e democracia em crise. Ele fez uma provocação criativa: reinventar a maneira como nos relacionamos com a realidade. Para Fred, antigamente, as decisões eram tomadas por nós, mas hoje, a tecnologia, muitas vezes, assume esse papel. "A capacidade humana de imaginar e cooperar é essencial para a evolução. O cooperativismo, com seu propósito, deve ser uma marca de inovação. É preciso expandir o conceito do coop e fazer o mundo entender que essa é uma ferramenta poderosa de transformação", afirmou.
Após um vídeo que percorreu a história do Sistema OCB e, emocionado com a magnitude do evento, o presidente Márcio Lopes de Freitas, encerrou o CBC com um discurso inspirador. "É bonito ver o esforço e dedicação de todos os envolvidos. Durante esses três dias, conseguimos reforçar que o nosso movimento é fruto de uma construção coesa e próspera", expressou. Ele relembrou a época em que se engajou no coop e desejou que a teia de cooperativas se tornasse um Sistema. "Agora, somos uma rede organizada, alinhada e democrática. Precisamos continuar nos superando, cada vez mais, com coragem e ousadia. O futuro já começou e só precisamos desenhar os detalhes. É só cooperar e seguir nesse processo. Todos juntos", concluiu.
O encerramento do 15º CBC reservou ainda mais uma surpresa para os participantes: um espetáculo vibrante e cheio de energia proporcionado pelo grupo Batuque Salubre, da Escola de Artes Unimed BH. Com uma levada contagiante de tambores, o grupo misturou samba, reggae, maracatu, funk e outros ritmos para fechar o evento com alegria e uma atmosfera de pura festa e cooperação.
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Futuro do cooperativismo: 15º CBC define 25 diretrizes estratégicas
Propostas foram priorizadas para os próximos cinco anos e buscam fortalecer ainda mais o movimento
No último dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), nesta quinta-feira (16), os congressistas desempenharam um papel fundamental na construção do futuro do coop brasileiro. Com a priorização das diretrizes estratégicas, foi possível delinear os próximos cinco anos de ação do movimento. Dentre as 100 propostas priorizadas durante as sessões temáticas e de debates durante o segundo dia, 25 foram escolhidas para orientar o planejamento estratégico do Sistema OCB para o período de 2025 a 2030.
A escolha das diretrizes prioritárias foi baseada em dois critérios-chave: impacto e urgência. O primeiro focou na capacidade que uma diretriz possui de promover o aumento da competitividade das cooperativas e do cooperativismo como um todo e, o segundo, no indicativo do quanto é imediata e prioritária sua implementação.
Com a condução da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, e do consultor da Falconi, Rodrigo Rodrigues, os congressistas votaram de forma democrática, atribuindo notas de 1 a 5, de acordo com suas prioridades, ao grupo de dez propostas por tema definidas no segundo dia. Foram escolhidas, então, duas propostas de cada. Outras cinco foram eleitas por terem sido as mais votadas entre as restantes, independente do tema.
Esse processo, inclusivo e participativo, refletiu o compromisso do movimento em envolver seus membros na definição de metas e diretrizes para o futuro. As pontuações foram determinadas de acordo com cada critério e com destaque para as duas com mais pontos em cada tema trabalhado durante o congresso. Em todas as áreas, as diretrizes foram definidas com base nas palestras e debates realizados também durante o segundo dia do congresso.
Na área de Comunicação, os congressistas destacaram a importância de um alinhamento do discurso para atingir todos os públicos de forma eficaz, acessível e inclusiva, bem como a realização de ações de sensibilização e engajamento da comunidade escolar.
Já as relacionadas à Cultura Cooperativista visam a difusão do cooperativismo na educação formal brasileira em todos os níveis e a promoção da formação de lideranças como promotores e multiplicadores dos princípios e benefícios oferecidos pelo movimento.
No âmbito do ESG (Ambiental, Social e de Governança), foram delineadas diretrizes para comunicar à sociedade os impactos positivos das ações ambientais realizadas pelas cooperativas; promover a educação ambiental dos cooperados e colaboradores; aprimorar as qualificações das lideranças em gestão e tomada de decisão baseada em dados; promover a sucessão nas cooperativas; e realizar estudos que demonstrem os benefícios e impactos que a presença das cooperativas garantem para o desenvolvimento social das comunidades onde estão inseridas.
O tema da Inovação destacou a necessidade de aumentar a disseminação das soluções oferecidas pelo Sistema OCB e de promover a prática da intercooperação como ferramenta para potencializar novas ideias e reduzir custos com tecnologia nas cooperativas.
Para a Intercooperação, as estratégias incluem a capacitação de lideranças e equipes para desenvolver uma mentalidade orientada às necessidades dos clientes, com foco na agregação de valor; a expansão do uso de novas tecnologias para gerar automação, ganho de eficiência e crescimento dos negócios; e a promoção de ações de educação e conscientização que destaquem os benefícios econômicos e sociais do cooperativismo como modelo de negócios estável.
No campo dos Negócios, o foco ficou em ampliar a conscientização para o consumo dos produtos e serviços oferecidos pelas cooperativas dentro do ecossistema do movimento e na realização de eventos para fortalecer a intercooperação entre os diferentes ramos de atividades e cooperativas.
E, por fim, as definições do campo Representação ressaltaram a importância de ampliar o relacionamento com os Três Poderes, incluindo o Ministério Público e os Tribunais de Contas; de defender soluções para a transformação digital e as fontes de financiamento das cooperativas; de reforçar as fontes orçamentárias e linhas de crédito para todos os segmentos do movimento; e de atuar junto ao governo federal para adequar a tributação do INSS do cooperado autônomo.
VINTE E CINCO DIRETRIZES ESTRATÉGICAS |
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Comunicação |
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Definir públicos estratégicos, selecionar canais de comunicação e adaptar a linguagem para atingir todos os públicos de forma eficaz, acessível e inclusiva. |
Promover ações de sensibilização e engajamento da comunidade escolar e da sociedade em geral sobre os princípios benefícios do cooperativismo, por meio de eventos, campanhas educativas e programas de educação continuada. |
Cultura Cooperativista |
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Difundir o cooperativismo na educação formal brasileira em todos os níveis (do ensino básico ao técnico e superior), por meio de parcerias com a escolas, universidades e órgãos educacionais. |
Promover a formação das lideranças cooperativistas para fortalecer o seu papel como promotoras e multiplicadoras da cultura cooperativista dentro de suas organizações e no movimento. |
ESG Ambiental |
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Comunicar à sociedade brasileira e internacional os impactos positivos das ações ambientais realizadas pelas cooperativas. |
Promover educação ambiental dos cooperados e colaboradores para conscientizar e orientar as práticas das cooperativas. |
ESG Gestão |
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Aprimorar as qualificações das lideranças e cooperados em gestão, fortalecendo as habilidades e conhecimentos para promoção de uma gestão eficaz, estratégica e orientada para resultados. |
Promover programas de incentivo para uma maior participação de jovens e mulheres na gestão da cooperativa. |
ESG Governança |
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Capacitar os dirigentes a fim de garantir uma cultura de tomada de decisão baseada em dados |
Promover a sucessão nas cooperativas, com diretrizes claras e aplicáveis, de forma a garantir a perenidade e a sustentabilidade dos negócios. |
ESG Social |
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Investir no desenvolvimento profissional e educacional dos cooperados e colaboradores, oferecendo oportunidades de aprendizado contínuo, programa de capacitação e incentivos para o aprimoramento de habilidades visando promover o crescimento pessoal e profissional de todos |
Realizar estudos que demonstrem os benefícios e impactos positivos da presença das cooperativas no desenvolvimento social das comunidades onde estão inseridas. |
Inovação |
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Promover a prática da intercooperação como ferramenta para potencializar a inovação e reduzir custos com tecnologias nas cooperativas. |
Promover uma maior disseminação das soluções em inovação e tecnologia disponibilizadas pelo Sistema OCB para as cooperativas. |
Intercooperação |
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Ampliar a conscientização para o consumo dos produtos e serviços das cooperativas dentro do próprio sistema cooperativista. |
Promover eventos, encontros, feiras, intercâmbios e fóruns para fortalecimento da intercooperação entre diferentes ramos e cooperativas. |
Negócios |
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Capacitar lideranças e equipes cooperativas para desenvolver uma mentalidade orientada para as necessidades dos clientes e/ou cooperados, com foco na agregação de valor. |
Expandir o uso de novas tecnologias e inovação, como inteligência artificial, pelas cooperativas para gerar automações, ganho de eficiência e impulsionar o crescimento dos negócios. |
Promover a prática da intercooperação como ferramenta para potencializar os negócios das cooperativas. |
Promover ações de educação e conscientização tanto para os cooperados quanto para as comunidades em geral, destacando os benefícios econômicos e sociais do cooperativismo como modelo de negócio estável. |
Representação |
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Ampliar o relacionamento entre o sistema cooperativista e os três poderes, incluindo o Ministério Público e os tribunais de contas, na construção de legislações e políticas públicas de interesse do cooperativismo em âmbito estadual e nacional. |
Atuar junto ao Governo Federal para adequar a tributação do INSS de cooperado autônomo. |
Atuar pela defesa do ato cooperativo nas legislações, normativos tributários e decisões judiciais. |
Fortalecimento da Lei 5.764/71, com a modernização de dispositivos que ampliem a transformação digital e as fontes de financiamento das cooperativas. |
Reforçar fontes orçamentárias e adequar linhas de crédito oficiais para todos os segmentos de cooperativismo, garantindo a continuidade das atuais políticas de fomento ao modelo de negócio cooperativista. |
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Congressistas começaram a definir principais diretrizes do coop para os próximos cinco anos
O segundo dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), realizado nesta quarta-feira (15), foi marcado por palestras inspiradoras e discussões estratégicas sobre o futuro do cooperativismo. Para iniciar os trabalhos, a futurista Amy Webb comandou a palestra Cenas do Futuro, que trouxe uma visão sobre o impacto da tecnologia na sociedade e nos negócios. Reconhecida por suas análises e previsões precisas, ela instigou os participantes a repensarem o papel da tecnologia nas organizações cooperativas.
Logo em seguida, a escritora Martha Gabriel abordou o tema O futuro é coop, título de seu último, livro lançado durante o evento. Ela destacou os desafios sociais, econômicos e ambientais enfrentados pelo mundo contemporâneo e o papel fundamental das cooperativas na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.
Além das palestras, ainda no períodos da manhã, os congressistas participaram de palestras com temas específicos apresentadas nas dez salas temáticas do envento, que abordaram questões essenciais para o cooperativismo envolvendo temas como Comunicação, Cultura Cooperativista, ESG, Inovação, Intercooperação, Negócios e Representação.
O período da tarde foi reservado para os debates e início da priorização das diretrizes estratégicas que vão guiar o movimento coop nos próximos anos. Os debates sobre Comunicação destacaram a importância de promover o verdadeiro significado do cooperativismo e sua relevância para a economia e sociedade, além de explorar estratégias para reforçar a marca SomosCoop e difundir o modelo de negócios.
Em Cultura Cooperativista, os participantes debateram sobre a essência do movimento e como enaltecer e perpetuar essa cultura, a partir de valores como solidariedade, democracia e responsabilidade social. Dividida em quatro subtemas, a temática ESG foi abordada como um imperativo para garantir que os critérios para avaliar o desempenho e a responsabilidade das cooperativas em questões ambientais, sociais gestão e governança.
A Intercooperação foi discutida como um desafio constante para o setor, explorando oportunidades comerciais e trocas de conhecimento entre cooperativas. Já na sala de Negócios, o enfoque foram as estratégias que podem colaborar com a prosperidade das cooperativas em um ambiente econômico dinâmico, enquanto a Representação abordou o papel do cooperativismo e a necessidade de aproximação com os Três Poderes.
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Autora reforçou que o modelo de negócios pode construir um mundo mais justo e resiliente
Para falar sobre a combinação entre cooperativismo e futuro, a escritora e uma das principais pensadoras digitais do Brasil, Martha Gabriel, apresentou a palestra O futuro é coop, nesta quarta-feira (15), segundo dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC). O tema também é título de seu mais novo livro, lançado durante o evento e entregue aos participantes como uma surpresa especial oferecida pelo Sistema OCB. Ela detalhou perspectivas e análises, com uma abordagem abrangente sobre o impacto humano crescente no planeta e os desequilíbrios sociais, econômicos e ambientais resultantes desse cenário.
De acordo com Martha, a sustentabilidade é a chave para enfrentar todos os obstáculos já previstos. Ela ressaltou que a cooperação é um caminho que possui uma força singular, que promove inclusão, diversidade e renda. "É necessário somar responsabilidade social, proteção ambiental e sucesso econômico. Dentro desse contexto, as cooperativas já emergem como protagonistas e oferecem um modelo equilibrado de impacto nas dimensões econômica, social e ambiental", afirmou.
A escritora também destacou as limitações enfrentadas pelo cooperativismo, como a influência reduzida, se comparada com a de grandes empresas. "É muito urgente e necessário que o movimento esteja engajado em compartilhar sua identidade, reputação e credibilidade. É preciso comunicar, de forma eficaz, para construir confiança e enfrentar os desafios que o futuro trará", disse.
Segundo ela, o cooperativismo precisa ser difundido como um modelo de negócios capaz de moldar um futuro mais inclusivo, equitativo e sustentável. "O coop não é apenas uma opção viável, mas sim o caminho para uma economia verdadeiramente justa e preocupada com o meio ambiente e a sociedade", afirmou.
O livro também explora o poder que o cooperativismo tem de transformar vidas e comunidades. Como Martha explicou durante a palestra, os princípios do movimento podem ser uma base fundamental para que os desafios modernos sejam mitigados. "É um modelo de negócios capaz de inovar e se adaptar às necessidades e aos desafios do futuro. Com base na democracia e sendo fiel ao bem-estar social e à sustentabilidade ambiental, as cooperativas sobrevivem e, além disso, prosperam como um modelo poderoso para o futuro da inovação econômica e social", explicou.
Ao analisar a era digital, Martha citou, ainda, a aceleração tecnológica, mudanças nos comportamentos de consumo e nas relações de trabalho que apontam para a substituição do capitalismo de acionistas pelo de stakeholders, impulsionado pelas preocupações ambientais, sociais e de governança (ESG). Baseada no zeitgeist do século XXI, a autora destacou que enquanto a tecnologia oferece possibilidades extraordinárias, também traz consigo ameaças de destruição e alienação constantes que precisam estar sempre em perspectiva para não serem ignoradas.
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Especialista em tendências tecnológicas compartilhou tendências e perspectivas para o futuro
Para abrir o segundo dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), nesta quarta-feira (15), os participantes assistiram à palestra Cenas do Futuro, com a especialista em tendências tecnológicas Amy Webb. Reconhecida por desafiar as convenções e incentivar as pessoas a pensarem criticamente sobre o futuro que estão construindo por meio da tecnologia e seus possíveis impactos na sociedade, nos negócios e na vida cotidiana, ela compartilhou insights sobre como antecipar, se preparar e prosperar na era da disrupção.
Ao iniciar sua apresentação, Amy destacou o Brasil como um país em constante evolução, especialmente nos setores em que as cooperativas estão presentes e desempenham papel fundamental, como agro e crédito. "É importante reconhecer os sinais de mudança que estão surgindo e explorar maneiras de gerar valor e alcançar novos níveis de excelência em setores que já possuem um enorme potencial de alcance e desenvolvimento", disse.
Para ela, o futuro já está acontecendo no agronegócio, por exemplo. "Existe a necessidade de ressaltar e mapear novos valores para deixar os cooperados prontos para os novos desafios e oportunidades que vão chegar", afirmou. E, em seguida, destacou a urgência de entender as mudanças em curso e o que significam não apenas para as cooperativas, mas também para o país e para a sociedade como um todo.
Amy questionou os participantes e pediu que todos considerassem, verdadeiramente, o cooperativismo como uma ferramenta que pode liderar o futuro, a partir de uma abordagem colaborativa e centrada nas necessidades da comunidade. "Espero que todos os cooperativistas presentes no 15º CBC se tornem agentes ativos na construção de um futuro mais promissor e sustentável".
Ao final, Amy reforçou que o CBC proporciona uma visão mais clara das oportunidades e desafios que aguardam o cooperativismo no futuro. "Esse espaço está aberto para que todos possam compreender e discutir a melhor maneira de aproveitar o papel socioeconômico do cooperativismo", concluiu.
Amy Webb é autora de best-sellers como Os sinais estão falando: por que a margem de hoje é o mainstream de amanhã", no qual explora como identificar e interpretar os sinais de mudança que moldarão nosso futuro. Seu relatório de tendências de futuro Tech Trends Report é baixado por milhões de pessoas, está na 17ª edição e traz centenas de previsões em tecnologia discutidas no mundo todo.
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Durante a palestra, ele falou sobre a importância de acompanhar transformações digitais
Durante o primeiro dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), na terça-feira (14), os participantes foram impactados pela palestra de Salim Ismail, um empreendedor no campo da inovação exponencial, reconhecido por sua capacidade de identificar oportunidades e transformar organizações para enfrentar os desafios do mundo moderno. Com boas reflexões e baseado no tema Crescimento Exponencial através da prontidão em IA, ele fez provocações aos congressistas para que pudessem refletir sobre o papel da tecnologia e sua influência dentro de instituições, corporações e entidades.
Salim deu início à sua apresentação com um desafio para todos: repensar. Ele afirmou que, após sua palestra, a forma como cada um percebe a tecnologia nunca mais seria a mesma. "O crescimento exponencial, característico das novas tecnologias, muitas vezes escapa à percepção humana e nos surpreende", disse. Para ele, a todo tempo, testemunhamos uma revolução tecnológica sem precedentes. "Nunca antes na história da humanidade tivemos acesso a tecnologias tão disruptivas e transformadoras. Desde avanços na neurociência até a nanotecnologia, passando pela computação, medicina e inteligência artificial, estamos presenciando um verdadeiro tsunami de inovação", afirmou.
Uma das metáforas utilizadas por Salim para ilustrar essa transformação foi a fotografia. Para ele, enquanto a fotografia captura um momento específico no tempo, a inteligência captura uma infinidade de informações constantemente, num único minuto. "O desafio reside exatamente na capacidade humana de lidar com essa avalanche de dados e adaptar nossas organizações a esse novo cenário".
O empreendedor explicou que, em um mundo cada vez mais dominado pela inteligência artificial, é importante que as organizações se preparem e se encaixem a essa realidade. "O futuro pertence às organizações que conseguem abraçar a cooperação e a colaboração", salientou. Para ele, o cooperativismo tem um papel fundamental a desempenhar nessa nova era digital, que é fornecer o ambiente ideal para a inovação e a adaptação.
Ao final, Salim convidou os participantes a olharem para suas estratégias e a adotarem uma abordagem cada vez mais proativa em relação à tecnologia e à inovação. Ele salientou que é importante que todos compreendam o ritmo acelerado das mudanças e a necessidade de se preparar para um ajuste mais rápido. "As organizações que abraçam a inovação possuem maior probabilidade de prosperar em um mundo que evolui de forma constante", concluiu.
Saiba Mais:
- Márcio Lopes de Freitas abre o 15º CBC com mensagem inspiradora
- Agenda Institucional prioriza regulamentação da Reforma Tributária
- 15º CBC: papel do Sistema OCB no fortalecimento do coop é reconhecido
Tania Zanella destacou conquistas e iniciativas adotadas desde o último congresso, há cinco anos
No primeiro dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), os participantes assistiram à palestra da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella. Em sua apresentação, ela abordou os principais resultados alcançados desde o último CBC, com uma visão abrangente do progresso e dos desafios enfrentados pelo cooperativismo nos últimos anos.
Um dos aspectos destacados foi o empenho do Sistema OCB no fortalecimento dos sete ramos do movimento, por meio da disseminação dos conhecimentos e estímulo ao modelo de negócios. "Cartilhas e orientações buscaram capacitar os cooperativistas e promover uma gestão mais eficiente e transparente. Conseguimos implementar fóruns de debate e projetos nas Organizações Estaduais, o que proporcionou um ambiente propício para a troca de experiências e o estabelecimento de parcerias estratégicas", disse Tania.
A representação política e institucional do cooperativismo, tanto em âmbito nacional quanto internacional, também foi um ponto relevante. O Sistema OCB esteve presente em fóruns de grandes entidades como ONU, Mercosul, G20, BRICS, OMC, OIT e COP, além de ter participado ativamente de iniciativas em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que conta com 285 deputados e 40 senadores engajados na defesa das demandas cooperativistas e é o 3ª maior colegiado do Congresso Nacional.
Na esfera legislativa, foram acompanhados mais de 5 mil projetos de lei de interesse do coop, enquanto no Poder Executivo foram realizadas cerca de 1,5 mil reuniões. Além disso, a superintendente pontuou que foram mapeados mais de 14 mil normativos de interesse das cooperativas no Diário Oficial da União (DOU), comprovando o compromisso da entidade com a defesa dos interesses do setor em todas as instâncias do poder público.
"Além desses âmbitos, também participamos de 21 processos como amicus curiae no Judiciário e fizemos o acompanhamento de mais de 70 mil decisões nos tribunais superiores. Conquistamos importantes marcos regulatórios e tivemos avanços significativos em políticas públicas, como a inclusão de dispositivo sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no texto da Reforma Tributária, a atualização da legislação do cooperativismo de crédito, o reconhecimento da categoria de cooperativas de transporte de cargas e a segurança jurídica para as coops no mercado de planos de saúde", lembrou.
Tania fez da sua apresentação um momento inspirador para os congressistas, com uma visão abrangente do panorama atual e das perspectivas futuras do movimento brasileiro. Com um histórico de realizações e conquistas significativas, ela reafirmou o compromisso do Sistema OCB em ser uma ferramenta que trabalha em prol do desenvolvimento econômico e social do país.
Quanto ao campo de estudos e conhecimentos sobre o mercado coop, ela citou os cursos e as análises de tendências de mercado que as cooperativas podem acessar para obter informações relevantes que reforçam e consolidam a identificação de boas oportunidades de negócios. "Por meio da solução NegóciosCoop, conseguimos dar suporte em áreas como a participação em feiras, rodadas de negócios e planos que são muito importantes para a visibilidade das nossas coops", explicou.
Além disso, a superintendente reforçou o desempenho do Sistema OCB na promoção da internacionalização das cooperativas brasileiras, por meio de parcerias estratégicas com entidades como a ApexBrasil e a realização de feiras, missões comerciais e rodadas de negócios internacionais. "Essas iniciativas visam ampliar as oportunidades de negócios no mercado global e promover o intercâmbio de conhecimentos e boas práticas entre diferentes países".
Tania também apresentou o MarketCoop, o novo marketplace das cooperativas. O projeto está em fase piloto com 20 lojas de cooperativas e tem como objetivo promover os produtos e serviços do movimento tanto para a sociedade quanto entre as próprias coops. Para ela, a iniciativa é uma ferramenta essencial de expansão de negócios e cria uma vitrine que conecta produtores e consumidores dentro do ecossistema cooperativo. "Essa plataforma digital foi criada para fortalecer o comércio cooperativista e para facilitar a visibilidade e a comercialização de produtos variados", explicou.
A superintendente falou sobre a importância da intercooperação. Ela destacou que esse aspecto é fundamental para o fortalecimento do movimento e que diversas iniciativas estão sendo implementadas para promover o intercâmbio de conhecimentos e boas práticas. "Buscamos realizar missões nacionais e internacionais, que permitem a troca de experiências e a aprendizagem mútua entre cooperativas de diferentes regiões e países. Duas edições da Semana de Competitividade foram realizadas e iniciativas estaduais também desempenham um papel importante. Além disso, programas como o Brasil Mais Cooperativo, em parceria com o governo federal, promovem o apadrinhamento de cooperativas", relacionou. Ela citou ainda as feiras e rodadas de negócios conjuntas que fortalecem ainda mais a intercooperação e incentivam a colaboração e o crescimento sustentável do setor cooperativista.
No que diz respeito ao fortalecimento da representatividade e da participação política das cooperativas, ficou claro que a organização estimula a participação dos jovens e das mulheres no movimento. Comitês como o Geração C e o Elas pelo Coop, frutos de diretrizes priorizadas no 14º CBC, foram apresentados como duas formas de contribuição para a formação de futuras lideranças e a promoção de inclusão e diversidade dentro das cooperativas brasileiras.
Por fim, Tania ressaltou o compromisso das cooperativas brasileiras com a sustentabilidade e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) trabalhados nos últimos anos. "É evidente que iniciativas como o Dia C, por exemplo, que beneficiou mais de 15,8 milhões de pessoas em 4 anos de campanha, é uma ação de sucesso. Também precisamos lembrar dos mais de 700 milhões de impactos que tivemos com o programa SomosCoop. Isso reforça o comprometimento que o movimento tem com a promoção do bem-estar social e o desenvolvimento sustentável do país", concluiu.
SomosCoop na Estrada
Ao final da palestra, uma surpresa aguardava os participantes. Glenda Kozlowski, jornalista e apresentadora, surgiu no palco para anunciar o lançamento da terceira temporada da websérie SomosCoop na Estrada, apresentado por ela. Glenda interagiu com Tania e a plateia e destacou detalhes dos novos episódios que prometem trazer muita emoção com cases que mostram como o cooperativismo transforma realidades. A apresentadora fez questão de ressaltar que o cooperativismo é a solução do nosso país. Para ela, o movimento tem muito poder de transformação. "O coop ensina. Quem conhece o movimento, aprende muito, como eu aprendi. Desde a primeira temporada, eu escutei muitas pessoas e conheci muitas histórias e, então, pude ver com meus próprios olhos que cooperar é a melhor maneira de mudar realidades".
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Vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirma que vai trabalhar pela preservação do ato cooperativo
Agenda Institucional do Cooperativismo 2024, documento que apresenta as políticas públicas, projetos de leis e decisões judiciais mais relevantes para impulsionar o desenvolvimento do movimento no país. O lançamento fez parte da programação do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e contou com a participação de autoridades como o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; os ministros do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França; e da Previdência Social, Carlos Lupi; além de parlamentares e senadores que compõem a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O Sistema OCB divulgou nesta terça-feira (14), a
Em seu discurso, o presidente Márcio Lopes de Freitas destacou a importância da representação institucional coordenada pelo Sistema OCB. “É com muito orgulho que vejo que o cooperativismo construiu um relacionamento sólido e de confiança com os Três Poderes da República, que transcende a política partidária e sobrevive a qualquer mudança eleitoral. Esse é um reflexo da força, da relevância e do poder de articulação das nossas cooperativas. Nossa primeira prioridade, além de muitas outras, é concluir a regulamentação do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, que ainda enfrenta desafios com a legislação brasileira”.
Ele também salientou a importância da agenda institucional para que o movimento alcance suas metas, em especial, o Desafio BRC 1 Tri, que prevê o aumento da movimentação financeira para R$ 1 trilhão e do número de cooperados para 30 milhões. “Um ambiente político e regulatório favorável é fundamental para conseguirmos atender às demandas de políticas públicas e ações governamentais que impulsionam ainda mais o cooperativismo enquanto modelo econômico que contribui para o desenvolvimento do país”, acrescentou.
O principal tema da agenda de 2024, conforme anunciou o presidente, é o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na regulamentação da Reforma Tributária (PLP 68/2024 e PLP 58/2024) em tramitação no Congresso Nacional. A inclusão de dispositivo aprovada no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, representou uma conquista histórica para o movimento, com a previsão de um regime específico para as cooperativas. A definição das hipóteses de não incidência de tributação ao ato cooperativo, para assegurar a justiça tributária ao modelo de negócio, no entanto, ainda será definida em Lei Complementar, assim como o regime de aproveitamento de crédito das etapas anteriores da cadeia produtiva em que a cooperativa fizer parte.
“Por isso, é fundamental que cada uma das autoridades aqui presentes entenda e reconheça a singularidade do cooperativismo e considere as especificidades das cooperativas no contexto de regulamentação em curso. As cooperativas não são apenas mais um modelo de negócio. Elas são organizações baseadas em solidariedade e interesse coletivo, com impactos profundos nas comunidades onde atuam. A adequação fiscal às particularidades do modelo econômico cooperativo é necessária para manter a sustentabilidade e a competitividade de seus produtos e serviços. Uma regra tributária que não diferencie o ato cooperativo de uma operação comercial típica não apenas falha em reconhecer nossa essência, mas também ameaça a nossa continuidade”, concluiu o presidente.
O vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou seu compromisso com a regulamentação do adequado tratamento tributário para as cooperativas. Ele enfatizou que é realmente necessário garantir um ambiente legal propício ao desenvolvimento do modelo de negócios. "Acredito nos princípios e valores do movimento, e reconheço que fortalecer as cooperativas é uma responsabilidade compartilhada por toda a sociedade", disse. Para ele, a competitividade é essencial, e o cooperativismo é uma ferramenta poderosa que une os pequenos produtores, o que permite uma escalada e uma concorrência mais eficaz nos diversos nichos de mercado. “Por isso, vamos trabalhar para que o ato cooperativo seja preservado na regulamentação da reforma tributária”, completou;
Em seguida, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, relembrou seus primeiros contatos com o movimento, há mais de 20 anos, quando o cooperativismo já trabalhava em busca de uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais humana. "Sou testemunha da obstinação do movimento e do amor à causa. Essa é a maior vitória do coop", afirmou. Lupi acredita que o futuro da sociedade é o cooperativismo, que funciona como uma alavanca do progresso. "É como uma peça fundamental. Não é mais o futuro, é o presente do mundo moderno", concluiu.
Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, professor emérito da FGV e cooperativista, iniciou sua fala com destaque à urgência de reforçar valores como a democracia e a paz na sociedade contemporânea. Ele destacou a necessidade de encontrar mais líderes com visão estratégica que promovam o bem-estar e se preocupem com segurança alimentar, mudanças climáticas e desigualdades sociais. "O cooperativismo tem esses líderes. O movimento é uma ferramenta poderosa para disseminar a paz no mundo, sendo o partido da humanidade, da paz e da democracia. O sistema que construímos é um instrumento que permite mais humanidade, mais democracia e, possivelmente, a paz", disse.
Como presidente da Frencoop, o deputado Arnaldo Jardim (SP) salientou que o cooperativismo faz a diferença e impulsiona o país para frente. Ele reforçou que ao lado de representantes de todos os cantos do país, de todas as regiões e estados, a terceira maior frente parlamentar do Congresso luta para construir convergências em prol do movimento "Enfrentamos os desafios do Legislativo e apoiamos o que as bases estão realizando nas cidades e regiões produtivas. Quando somos confrontados, sabemos o quanto as cooperativas estão fazendo”.
O deputado reafirmou o empenho da Frencoop com o marco regulatório para permitir que as cooperativas atuem no setor de seguros, que atualmente é extremamente concentrado no Brasil. "Por meio da intercooperação conseguiremos avanços significativos para o país. Fazemos uma soma de esforços em prol do desenvolvimento, e o cooperativismo se destaca por sua preocupação com a sustentabilidade ambiental, que não é apenas um discurso, mas sim, uma prática concreta, evidenciada por iniciativas sociais e pela delegação de responsabilidades em todos os níveis. Nosso movimento é uma força transformadora e inclusiva", acrescentou.
Por sua vez, o presidente da FPA, Pedro Lupion (PR), destacou que o cooperativismo é a essência da solidariedade e da fraternidade. Para ele, o movimento não é apenas um braço do setor agropecuário, mas também é importante para toda a economia brasileira. "Juntamente com a OCB, a FPA busca dar destaque e relevância às cooperativas que geram empregos e colaboram com o desenvolvimento de diversas regiões". Ele ressaltou que regulamentar o ato cooperativo é crucial para diferenciar a tributação aos cooperados e cooperativas, beneficiando uma maior competitividade e mais sustentabilidade. "É fundamental que o Brasil conheça melhor o cooperativismo e reconheça seus impactos positivos na geração de renda e oportunidades para a população", relatou.
Além da regulamentação da Reforma Tributária, a Agenda Institucional também prioriza outros temas, como a aprovação da proposta que amplia a participação das cooperativas no mercado de seguros (PL 519/18); maior segurança jurídica para as cooperativas participarem de processos de licitação; aumento de volume de recursos do Crédito Rural; e valorização das cooperativas de infraestrutura na política de conectividade no campo (PL 1.303/22).
Saiba Mais:
- Márcio Lopes de Freitas abre o 15º CBC com mensagem inspiradora
- Sistema OCB defende regime tributário específico para cooperativas
- Participação do coop no mercado de seguros é tema de reunião
- Sistema OCB atua pelo avanço da pauta de conectividade no campo
Comprometimento com os valores do cooperativismo são renovados
Começou o maior evento do cooperativismo do mundo! A cerimônia de abertura do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) aconteceu na tarde desta terça-feira (14), sob a liderança do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. O início do Congresso foi marcado por um momento de solidariedade ao Rio Grande do Sul, que enfrenta enchentes e dificuldades devido às mudanças climáticas. Márcio convocou os congressistas para colaborarem com a ação Coopera RS – juntos, vamos reconstruir o Rio Grande do Sul, organizada pelo Sistema OCB e o Sistema Ocergs, que angaria fundos e ajuda para a reconstrução do estado gaúcho.
Um manifesto emocionante foi exibido e, em seguida, o presidente deixou sua mensagem de compromisso com o movimento e com a promoção de valores como solidariedade, democracia e sustentabilidade. "Precisamos unificar nosso olhar para o futuro e mirar um mesmo horizonte. Temos que trabalhar juntos para construir um caminho estratégico e planejado para os próximos anos. O cooperativismo é um modelo de negócios de sucesso, que gera resultados e está, cada vez mais, se profissionalizando, avançando e cumprindo suas tarefas socioeconômicas. Temos espaço para nos desenvolvermos ainda mais, com muita aceitação das novas gerações e com as respostas que a sociedade busca, atualmente", disse.
Ele acrescentou que é preciso ser ousado para imaginar o futuro do movimento no Brasil. "A coragem vai nos fazer inovar e ajudar na consolidação do protagonismo que merecemos. É preciso ousar para mostrar ao povo brasileiro que tudo o que fazemos e tudo que ainda queremos fazer leva desenvolvimento aos quatro cantos do país". Márcio também citou a meta do desafio BRC 1 Tri, que busca atingir R$ 1 trilhão em prosperidade para o povo brasileiro e 30 milhões de cooperados até 2027. "Nós sabemos onde queremos chegar e acreditamos nos valores que nos trouxeram até aqui. Crescemos até mesmo em tempos de crise e vamos construir um futuro cada vez mais próspero para o Brasil e todos os brasileiros. Por isso, a importância desse congresso e da presença de todos vocês aqui. Nossa união é a força que nos move e nos levará cada vez mais longe" completou.
Em seguida, a presidente da Aliança Cooperativa Internacional das Américas (ACI Américas), Graciela Fernández, falou sobre o atual momento do cooperativismo na América Latina. Para ela, é preciso ter consciência de que o princípio central do coop está sendo cumprido no 15º CBC, a democracia. "A transformação é feita a partir de representantes, suas comunidades e, consequentemente, o planeta muda. Por isso, as deliberações são tão importantes. É tempo de construir um futuro mais cooperativo".
Para Ariel Guarco, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), no decorrer dos últimos anos, o cooperativismo conseguiu transformar muitas coisas no planeta. Ele acredita que é possível construir um caminho em que esse modelo de negócios seja o futuro do planeta. "Nossas comunidades possuem as respostas que o mundo precisa. O coop é uma língua falada em vários idiomas e atravessa culturas, mas ainda não é um idioma comum. Somos a maior inovação da era moderna e não podemos perder nossas identidades, valores e princípios. Eles são a resposta para as desigualdades sociais enfrentadas no mundo moderno", concluiu.
A abertura do CBC seguiu com a palestra Liderança Exponencial, comandada por Salim Ismail, futurista e empreendedor no campo da inovação. Ele abordou os princípios fundamentais que impulsionam organizações de alto impacto e liderança visionária. Para ele, grandes empresas estão sempre focadas em velocidade, eficiência e previsibilidade, enquanto o mundo precisa de pensamento coletivo "A velocidade das inovações é incessante, uma metamorfose. Precisamos nos preparar e adaptar nossas organizações. O futuro precisa de cooperativas, que possuem visão estratégica e social, que pensam de forma comunitária", declarou.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, deu continuidade a programação com a apresentação dos principais resultados alcançados pelo cooperativismo brasileiro desde a realização do último CBC, em 2019. Sua fala representou um momento inspirador para os congressistas, com uma visão abrangente do panorama atual e das perspectivas futuras do movimento. Com um histórico de realizações e conquistas significativas, ela reafirmou o compromisso do Sistema OCB em ser uma ferramenta que trabalha em prol do desenvolvimento econômico e social do país.
"Desde o 14º CBC, estamos vendo os resultados extraordinários que o movimento tem alcançado, com geração de mais empregos, promoção do desenvolvimento sustentável e fortalecimento dos laços sociais em todo o Brasil. Estamos comprometidos em continuar impulsionando essa poderosa força para o bem. Queremos mais cooperados capacitados e mais mudanças positivas em nossa sociedade. A partir do trabalho de representação do Sistema OCB, seguiremos unindo forças para alcançar mais avanços em prol de um futuro mais justo para todos", afirmou.
SomosCoop na Estrada, a jornalista Glenda Kozlowski lançou a terceira temporada da websérie. Para ela, o cooperativismo é a solução do país e do mundo. "Se não espalharmos o significado do coop, vamos estar em falta com a sociedade. Escutei muitas histórias e conheci muitas pessoas que são a prova da mudança que o movimento faz", declarou. Como estrela do
O primeiro dia do CBC contou ainda com o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo 2024, que reúne as pautas prioritárias do movimento junto aos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Neste ano, a agenda tem como tema prioritário o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na regulamentação da Reforma Tributária (PLP 68/2024 e PLP 58/2024) em tramitação no Congresso Nacional, além de propostas para a ampliação da participação das cooperativas no mercado de seguros (PL 519/18); para garantir maior segurança jurídica para as cooperativas que participam de processos de licitação; para o aumento de volume de recursos do Crédito Rural; e para a valorização das cooperativas de infraestrutura na política de conectividade no campo (PL 1.303/22).
"O cooperativismo é agregador. Gera prosperidade e bem-estar. Nossa agenda institucional pede para o Executivo e o Legislativo uma atenção para que o adequado tratamento tributário seja regulamentado de uma vez por todas na Reforma Tributária. Dentre outras, essa é nossa maior prioridade. Queremos construir um futuro que depende de alinhamentos importantes para cumprir nossos propósitos", destacou o presidente Márcio.
Além das palestras, os participantes do CBC tiveram a oportunidade de conhecer melhor as ações e as soluções ofertadas pelo Sistema OCB às cooperativas por meio de experiências práticas oferecidas nos mais diversos estandes distribuídos no local do evento. Na Sala Sensorial, o exercício ofereceu aprendizados significativos sobre a importância da inclusão e da diversidade. Já na Jornada de Soluções, foi possível percorrer diversas ativações com detalhes dos programas AvaliaCoop, CapacitaCoop, ESGCoop, InovaCoop, NegóciosCoop, RepresentaCoop e SouCoop.
O estande do SomosCoop, por sua vez, fez os congressistas viajarem por um túnel do tempo com destaque para as iniciativas desenvolvidas em prol da divulgação e fomento dos propósitos do cooperativismo e sua força como modelo de negócios. Quem concluiu a experiência recebeu ao final um prêmio surpresa. Outro destaque é o estande onde é possível medir quanto cada pessoa emite, em média, de carbono. O objetivo dessa ativação foi conscientizar sobre a importância da economia verde e a mitigação dos gases de efeito estufa.
Confira o vídeo do manifesto:
Saiba Mais:
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Agenda Institucional prioriza regulamentação da Reforma Tributária
Créditos serão revertidos para projeto de conservação na floresta amazônica
Os dias 14 a 16 de maio prometem ser um marco para os movimentos cooperativistas, uma vez que líderes, especialistas e cooperados estarão reunidos no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), maior evento do movimento no mundo. Além de definir as diretrizes estratégicas que vão guiar as ações do modelo de negócios no ciclo 2025-2030, o evento deste ano também se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental, com a certificação como neutro em carbono. O selo atesta que as emissões, que totalizaram 721 toneladas de CO2 foram efetivamente neutralizadas por meio do financiamento de um projeto de conservação na floresta amazônica brasileira.
Os créditos serão revertidos para o Projeto REDD+ Rio Preto Jacundá, que busca promover impactos sociais e ambientais positivos na região, através da geração e comercialização de créditos de carbono. A renda proveniente do processo é reinvestida na comunidade, financiando projetos que incluem a construção de infraestrutura comunitária, acesso à educação e cultura, e cuidados de saúde essenciais por meio de visitas de médicos.
Além do compromisso com a neutralidade das emissões de carbono, o CBC contará com uma ativação que visa aumentar a conscientização sobre a importância da mitigação dos gases de efeito estufa. Trata-se de uma plataforma interativa de cálculo de emissões que estará disponível no local, permitindo que os participantes avaliem, individualmente, sua pegada de carbono. A iniciativa busca capacitar os participantes a entenderem e se engajarem ativamente com o conceito de neutralidade de carbono.
“Os participantes terão a oportunidade de interagir com esta plataforma e obter insights sobre seus impactos individuais. As emissões calculadas serão acompanhadas por uma mensagem afirmando que as emissões do evento já foram compensadas, juntamente com informações concretas sobre o Projeto REDD+ Rio Preto Jacundá”, explica Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Alex lembra também que o cooperativismo se preocupa e busca a neutralidade de carbono no exercício de suas atividades constantemente."Com essa iniciativa, o CBC demonstra o compromisso do movimento com a responsabilidade ambiental e o bem-estar de toda a sociedade, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e com a conscientização ambiental”, completa.
Certificação
A certificação obtida para o evento exige a quantificação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) geradas, desde a organização até a desmontagem. As emissões que não podem ser totalmente eliminadas são neutralizadas por meio do investimento em projetos de compensação de carbono, como é o caso do projeto REDD+ Rio Preto Jacundá.
A prática de neutralizar as emissões por meio da compra de créditos é reconhecida internacionalmente como um esforço significativo para reduzir a pegada de carbono de uma empresa. Quando uma empresa é carbono neutro, significa que ela compensa as emissões de gases de efeito estufa associadas às suas operações.
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Estudantes conheceram modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), localizada no Pará. O evento foi uma parceria do Sistema OCB com o Instituto Rio Branco. Na última quinta-feira (09), os alunos recém-ingressos na academia de formação do corpo diplomático brasileiro fizeram uma visita para conhecer a
A jornada começou em Belém do Pará e seguiu até Quatro Bocas, onde está sediada a Camta. A turma foi recebida pelo presidente Alberto Oppata, que contou a história da cooperativa, fundada em 1931 por imigrantes japoneses que buscavam refúgio da guerra. No início, o foco da produção era a pimenta do reino e, atualmente, a coop é reconhecida nacional e internacionalmente pela comercialização de produtos amazônicos, como a castanha-do-Brasil, o dendê, o cacau e o açaí.
Durante a visitação, os futuros diplomatas puderam conhecer o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta), um modelo de desenvolvimento sustentável implementado pela cooperativa. O sistema integra a produção e a conservação ambiental, e se tornou uma referência global no campo da sustentabilidade. Também estiveram na matriz da cooperativa e exploraram as áreas de produção, além de experimentarem os produtos locais, desde os chocolates até os açaís.
Após a experiência nas plantações, o grupo desfrutou de um almoço na Associação Cultural de Tomé-Açu e, em seguida, foi à agroindústria da Camta, que apresentou o processo desde a criação de polpas até o armazenamento dos produtos. Já na Casa do Cooperado, tiveram a chance de adquirir os produtos locais.
O trainee de relações internacionais do Sistema OCB, Enzo Ramos, acompanhou a comitiva e afirmou que a visita foi uma oportunidade de apresentar o cooperativismo na prática. "Mostrar para os futuros representantes do Brasil como o impacto do coop é positivo, é como comprovar que esse modelo de negócios funciona. A Camta é um exemplo vivo do potencial de desenvolvimento econômico e social oferecido pelo movimento, além de gerar renda para seus cooperados e colaborar com o progresso da comunidade", disse.
Para Felipe Morelli, terceiro secretário da turma do Instituto Rio Branco, conhecer a cooperativa ampliou a visão do grupo quanto. "A produção da cooperativa fortalece o produtor, consolida o desenvolvimento sustentável e aumenta os ganhos para o Brasil. Hoje sabemos que um futuro melhor para o país envolve a cooperação do pequeno e médio produtores, com coordenação de cooperativas e de organizações de âmbito nacional", afirmou.
Saiba Mais:
Deliberações impactam setores da economia e desenvolvimento socioambiental
Na última sessão de vetos do Congresso Nacional, realizada nesta quinta-feira (09), foram apreciados diversos itens de relevância para o cooperativismo brasileiro. Os resultados das deliberações geram desdobramentos que podem afetar os setores-chave da economia e do meio ambiente. Em um acordo feito entre o governo federal e a oposição, o Plenário derrubou a maior parte dos vetos do presidente Lula à Lei do Orçamento de 2024, o que aumenta o valor das emendas das comissões permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
No que concerne ao Veto nº 45/2023, aposto ao PL 2.757/2022, que trata sobre a regularização fundiária na Amazônia, a decisão foi marcada pela rejeição dos itens de 1 a 9, o que vai garantir maior segurança jurídica e regularização fundiária de diversas famílias rurais que já possuem o título do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No entanto, o item 10 não foi apreciado e será objeto de análise na próxima sessão, prevista para ocorrer ainda em maio, no dia 28, às vésperas do feriado de Corpus Christi.
Outro veto que possui grande destaque para o cooperativismo é o 47/2023, que aborda a flexibilização de registro dos pesticidas e que teve como resultado a rejeição dos itens de 1 a 8, que incluem a reanálise dos riscos, entre outros pontos. O que está proposto é a centralização de reavaliação de ingredientes ativos usados na agricultura no Ministério da Agricultura, além da continuidade do registro de produtos que já estão passando por um processo de reanálise. Os itens de 9 a 17 também serão objeto de análise na próxima sessão, podendo ocorrer a continuidade do debate sobre a regulamentação e o uso desses produtos, que levam em consideração os impactos ambientais e de saúde pública.
Outro importante item analisado foi o veto 64/2022, que trata da estrutura da Agência Nacional de Mineração (ANM) e recebeu rejeição para os itens 3 a 13 e 46 a 47. Já os itens 1, 2, 14 a 53 e 45 foram mantidos e incluem o Congresso Nacional no processo de aprovação de exportação pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) de minérios nucleares e derivados.
Além disso, foram mantidos os vetos que tratavam do acesso às informações fiscais de pessoas jurídicas ou físicas, com o intuito de leiloar bens e equipamentos encontrados ou apreendidos em decorrência de atividade de mineração ilegal. Vale destacar que o Sistema OCB se posicionou pela derrubada dos dispositivos referentes ao artigo 13, que foram rejeitados pelos Congressistas. Ainda entre os vetos, ficam mantidos os que impediram a equiparação das carreiras às de agências reguladoras e também a movimentação de servidores entre as agências.
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Iniciativa visa incluir permissão para operação com condição subsidiada do Pronampe
O Sistema OCB emitiu nota técnica nesta sexta-feira (10) para solicitar a reedição da Medida Provisória (MP) 1.216/2024, publicada pelo governo federal com ações de apoio à população e organizações impactadas pelo desastre climático no Rio Grande do Sul. Entre outros pontos, a medida determina a transferência de R$ 2 bilhões para subvenção de juros, via Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), mas apenas o Banco do Brasil e a Caixa Econômica podem operar com as condições subsidiadas.
A entidade considera a medida extremamente meritória, mas considera discriminatória a exclusão das cooperativas da subvenção do Pronampe. “As cooperativas de crédito estão presentes em 98% dos municípios do Rio Grande do Sul, sendo a única instituição financeira fisicamente presente em 141 deles, o que representa 28% do total. Ou seja, em praticamente (1/3) um terço dos municípios gaúchos, a única instituição financeira fisicamente presente é uma cooperativa de crédito”, afirma a nota.
O documento também ressalta que, apenas no estado, as cooperativas de crédito são responsáveis, atualmente (data-base março/24), por uma carteira de Pronampe no valor total de $1,1 bilhão de reais, com de mais de 31 mil contratos firmados, sem contar os que têm relação com outra instituição financeira que não as oficiais.
Para o Sistema OCB, a restrição dificulta o acesso a esses recursos por pequenos empresários do estado, que precisarão buscar outra instituição para solicitar os recursos, além de criar uma profunda assimetria entre os agentes financeiros. “Obrigar essas pessoas a terem que se deslocar a outras localidades, é penalizar ainda mais o povo gaúcho. Por isso, entendemos que estender a medida para as demais instituições financeiras, incluídas as cooperativas de crédito, além de aumentar a capilaridade, viabilizará também maior competitividade nas ofertas dos créditos”, defende a nota.
Confira a íntegra da nota em https://in.coop.br/NT-MP_1216.
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Documento é uma fonte de informação que promove o modelo de negócios
O AnuárioCoop é uma publicação elaborada pelo Sistema OCB, e reúne dados oficiais do cooperativismo brasileiro. O objetivo é subsidiar a atuação política e institucional em defesa do movimento, com uma base sólida para a formulação de estratégias destinadas à conquista de leis e políticas públicas que favoreçam o seu crescimento. Além disso, o anuário também reforça a potência do coop como um modelo econômico sustentável, que promove relevância e impacto positivo na sociedade.
Para Márcio Lopes de Freitas, as informações são como um impulso para o setor. "A partir do que recebemos, é possível projetar estratégias que fortalecem o movimento e, também, é uma forma de comprovar a força e a expressividade que temos no Brasil", disse.
O documento é uma fonte de informação para a imprensa, pesquisadores, governo, parlamentares e outros organismos públicos e privados. Por isso, é muito importante que todas as cooperativas preencham o formulário até o dia 14 de junho. Essa é a melhor oportunidade para que as coops contribuam com seus números precisos e atualizados. A forma de preenchimento dos dados é simplificada e acessível, sendo realizada por meio do sistema eletrônico de registro e cadastro de cooperativas, o SouCoop.
Para Igor Vianna, responsável pelo registro e cadastro no Sistema OCB, a plataforma permite que todas as informações necessárias e detalhadas sobre cada coop sejam colocadas à disposição e, assim, é possível construir um recorte abrangente do cooperativismo brasileiro. "O envio dos dados serve como base para a defesa, a garantia da competitividade e a promoção do modelo cooperativo, de forma que se torne cada vez mais possível oferecer serviços especializados que atendam às necessidades das coops", afirmou.
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Campanha arrecada fundos em corrente de solidariedade para salvar e preservar vidas
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas têm deixado um rastro de danos significativos em várias regiões do estado. Milhares de famílias foram afetadas, casas destruídas, estradas ficaram intransitáveis e muitas áreas estão alagadas. As previsões mostram que os temporais devem continuar por mais alguns dias e a população precisa de toda a ajuda possível para superar esse momento de grande tristeza e perdas.
Por isso, o Sistema OCB se une a corrente humanitária que se formou em todo o país para convidar cooperativas e cooperados a concentrarem esforços em torno das ações de arrecadação em andamento, coordenadas pelo Sistema Ocergs. Nesse momento de necessidade, é fundamental que a solidariedade e a força do coletivo prevaleçam.
“Em momentos como esse, o cooperativismo sabe mais do que ninguém o diferencial da força do coletivo. Por isso, precisamos nos unir e ajudar no que for possível. Convidamos os cooperativistas de todo o Brasil a apoiarem o Rio Grande do Sul. Ações concretas e práticas são fundamentais e urgentes para tentar diminuir ao máximo o sofrimento da nossa gente no estado”, destaca o presidente Márcio Lopes de Freitas.
Esta é a maior enchente do estado desde 1941. O governo local decretou estado de calamidade, situação reconhecida também pelo governo federal. A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas gaúchas em risco de elevação das águas acima da cota de inundação. As principais medidas de emergência visam resgatar pessoas e preservar vidas.
Há várias formas de ajudar:
Doações em dinheiro: recursos são necessários para que instituições credenciadas e confiáveis possam oferecer auxílio às vítimas de forma eficaz e imediata. Os valores doados são utilizados para a compra de alimentos, água, produtos de higiene, saúde e outros itens essenciais.
Voluntariado: Caso você more no Rio Grande do Sul, tenha tempo e disposição, pode se voluntariar para ajudar na distribuição de alimentos, na limpeza das áreas atingidas ou em outras atividades de apoio às vítimas.
Divulgação: Compartilhar informações sobre as campanhas de arrecadação de recursos e formas de ajudar nas redes sociais ou em outros meios de comunicação também é uma maneira simples, mas poderosa, de contribuir para a mobilização de um número maior de pessoal em prol das vítimas.
Para contribuir com qualquer valor, o cooperativismo criou contas exclusivas e separadas por propósitos. Confira:
- Doações de alimentos e bebida. A Fecoagro vai organizar o envio:
Chave Pix:
Favorecido: Fecoagro
- Medicamentos e material médico hospitalar. O Instituto Unimed RS está centralizando a doação:
Chave Pix: 08.969.474/0001-58
Favorecido: Instituto Unimed RS
- Reconstrução e outras necessidades emergenciais. As cooperativas de crédito vão direcionar os recursos para estes fins:
Chave Pix:
Favorecido: Fundação Sicredi
Chave Pix: 07.147.834/0001-73
Favorecido: Instituito Sicoob Para o Desenvolvimento Sustentável
Chave Pix: 24.103.717/0001-27
Favorecido: Associação dos Funcionários da Cresol (ADFC)
Chave Pix:
Favorecido: Instituto Unicred Geração
- Doações diretamente para o Rio Grande do Sul
As cooperativas interessadas em enviar doações diretamente para o Rio Grande do Sul também têm uma forma de ajudar. Existe uma rede de cooperativas que estão organizando a logística em quatro pontos da região sul do país para recebimento de donativos via área e terrestre. Para esses casos, entre em contato com o número (54) 99643-0358 para combinar logística, despacho e armazenamento.
Doe e salve vidas!