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Nova lei de seguros fortalece cooperativas e amplia acesso ao mercado
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Nova lei de seguros fortalece cooperativas e amplia acesso ao mercado

Seminário promovido pelo Sistema OCB debate o impacto da Lei Complementar 213/2025 e abre caminho para mercado mais inclusivo e competitivo

Parlamentares, presidente do Sistema OCB e representantes da Susep participaram da realização do Seminário de Seguros da Casa do CooperativismoParlamentares, presidente do Sistema OCB e representantes da Susep participaram da realização do Seminário de Seguros da Casa do CooperativismoO debate sobre os desafios e oportunidades do cooperativismo de seguros no Brasil foi tema do seminário Cooperativismo de Seguros: um novo capítulo para o coop, nesta quarta-feira (19), promovido pelo Sistema OCB. Em um momento marcado pela entrada em vigor da Lei Complementar (LC) 213/2025, o evento reuniu especialistas, autoridades e líderes do setor para destacar o papel transformador das cooperativas no desenvolvimento econômico e social do país.

A mesa de abertura contou com a presença de lideranças do setor, como os deputados federais Vinicius Carvalho (SP), Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e  Reginaldo Lopes (MG), além do superintendente de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani. 

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a criação do Ramo Seguros representa um avanço significativo para o cooperativismo brasileiro. Ele afirmou que a nova legislação proporciona um ambiente regulatório seguro e propício para que as cooperativas atuem com solidez nesse segmento, além de oferecer serviço de qualidade e acessível aos cooperados. “Agora, o desafio é construir um modelo sustentável e eficiente, aproveitando o respaldo institucional e a base parlamentar que ajudaram a viabilizar essa conquista”, disse. 

“Hoje, oficialmente, o Sistema OCB acolhe o cooperativismo de seguros e, esse, é um momento de cautela técnica, mas também de uma oportunidade extraordinária. A Casa do Cooperativismo está pronta para ordenar e catalisar esse processo, com a garantia de consolidar um cooperativismo de seguros sólido e acessível aos 30 milhões de cooperados que teremos até 2027”, completou Márcio. 

Superintendente da Susep, Alessandro OctavianiSuperintendente da Susep, Alessandro OctavianiPor sua vez, Alessandro Octaviani ressaltou que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos no mercado de seguros, evidenciados por tragédias como a do Rio Grande do Sul, na qual o prejuízo estimado superou, em muito, a cobertura oferecida pelas seguradoras. Para ele, essa lacuna evidencia a necessidade de um modelo mais inclusivo e abrangente. “A SUSEP reconhece o papel do cooperativismo na democratização do acesso aos seguros e reforça seu compromisso com uma regulação equilibrada, que fortaleça o setor e atenda às demandas de uma economia diversa e em constante transformação”, declarou.

Octaviani reforçou que o cooperativismo é um modelo de negócio que gera e distribui riqueza de forma extremamente efetiva. “Nosso compromisso é construir uma regulação parceira, porque o futuro do Brasil passa pelo futuro do cooperativismo. Precisamos oferecer produtos que agreguem valor e preencham as lacunas do mercado de seguros”. 

Deputado Arnaldo JardimDeputado Arnaldo JardimO deputado Arnaldo Jardim afirmou que o avanço do cooperativismo de seguros exige diálogo permanente entre o setor e os órgãos reguladores. Ele lembrou que a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) está comprometida em garantir segurança jurídica e transparência nesse processo para permitir que as cooperativas cresçam com qualidade e responsabilidade. “A regulação bem estruturada fortalecerá o movimento e possibilitará sua expansão com bases sólidas e benefícios não apenas aos cooperados, mas à economia do país como um todo”.

Jardim destacou ainda que o Brasil possui todas as ferramentas para prosperar. “Vamos crescer com a devida atenção e com garantia de segurança para que o setor avance com inovação, estabilidade jurídica e regras claras. A Frencoop apoia essa regulação e está pronta para colaborar nessa etapa”, comemorou.

A nova legislação estabelece regras claras para o funcionamento das cooperativas de seguros ao proporcionar um ambiente regulatório seguro com atuação em diversos segmentos do mercado. As cooperativas já podem oferecer produtos como seguros de vida, patrimoniais e veiculares, o que gera ampliação  da concorrência e democratização  ao acesso aos serviços de seguros no Brasil.

A LC 213/2025 trouxe alterações significativas ao Decreto-Lei 73/1966, que regula o setor de seguros no Brasil. Até então, as cooperativas estavam restritas a atuar apenas nos segmentos de seguro de saúde, de acidente de trabalho e agrícola. Com a nova legislação, elas passam a operar em quase todos os ramos, com exceção de previdência privada e de capitalização aberta.

A abertura do setor foi fruto de um longo debate, impulsionado pelo crescimento das associações de proteção veicular criadas para atender nichos desassistidos, como motoristas de aplicativos e proprietários de veículos antigos. No entanto, a ausência de regulamentação levou muitas dessas entidades a serem investigadas pela Susep e diversos outros órgãos, o que intensificou a celeridade para a consolidação de um arcabouço legal mais adequado.

Impacto positivo 

Seminário de seguros aconteceu no auditório do Sistema OCBSeminário de seguros aconteceu no auditório do Sistema OCB

A professora Angélica Carlini explicou que o mutualismo é um pilar essencial do mercado de seguros e precisa ser bem compreendido para garantir a sustentabilidade das cooperativas que atuarão nesse setor. “O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para ampliar a cultura de seguros entre seus cidadãos e produtores rurais. Para que as cooperativas tenham sucesso, é fundamental capacitar lideranças, colaboradores e cooperados, além de tornar os seguros mais acessíveis e compreensíveis, para que sejam percebidos como um valor agregado e não apenas como um custo”.

Ela também ressaltou que sustentabilidade e solvência em um fundo mutual exigem estudos rigorosos de risco e análises estatísticas detalhadas. “O desafio do cooperativismo de seguros será estruturar produtos que atendam às necessidades dos cooperados, com distribuição acessível e contratos claros”, concluiu.

Como relator da LC 213/25, o deputado Vinicius Carvalho falou sobre a regulamentação da lei. “Foi fruto de uma construção coletiva entre a sociedade civil e o parlamento, que atendeu a demanda crescente do setor. O reconhecimento legal, a partir de agora, garante um ambiente seguro para a operação das cooperativas e oferece proteção aos consumidores, bem como estabilidade ao mercado. A aprovação expressiva da lei reflete a maturidade do debate e o entendimento de que o cooperativismo pode desempenhar um papel fundamental no setor de seguros”. 

“Uma lei nasce de uma necessidade da sociedade. O projeto das cooperativas de seguros começou em 2015 e só foi possível porque houve participação ativa do movimento. O Parlamento reconheceu a importância dessa regulamentação para garantir um crescimento sustentável e estruturado”, completou o deputado. 

O consultor da Federação Internacional de Seguros Cooperativos e Mútuos (ICMIF), entidade setorial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Edwar Potter, trouxe a visão de que cooperativas de seguros fazem parte de um movimento global que alia economia solidária e serviços financeiros sustentáveis. “Diferente das seguradoras tradicionais, as cooperativas possuem um compromisso com a equidade e o benefício de seus associados, além de dar prioridade à autogestão e a distribuição justa dos recursos.” Ele destacou que o desafio é estruturar modelos sólidos, baseados na intercooperação e no entendimento profundo do mercado, com competitividade e viabilidade econômicas do setor. 

“As seguradoras cooperativas e mútuas já representam US$10 trilhões em ativos no mundo. Para fortalecer esse modelo no Brasil, é essencial criar alianças entre cooperativas, desenvolver produtos personalizados e educar os cooperados sobre seguros”, finalizou Potter. 

Desafios e perspectivas

Embora a lei já esteja em vigor, a regulamentação ainda está em fase de discussão. Os principais desafios incluem a definição de regras proporcionais ao porte das cooperativas, as exigências de capital mínimo para operação e a questão das multas aplicadas às associações de proteção veicular.

O presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas, compartilhou sua experiência e destacou a inspiração por trás da empresa. “A trajetória da Seguros Unimed demonstra que é possível aliar eficiência econômica ao compromisso com os cooperados. Nossa história reforça que as cooperativas podem oferecer soluções sólidas e sustentáveis, para manter o equilíbrio entre solidez financeira, responsabilidade social e atendimento às necessidades dos associados”. 

Carlos Queiroz, diretor de Supervisão Comercial e Seguros da Susep, salientou que a sanção da LC 213/25 é um divisor de águas para o mercado segurador brasileiro. “Esse novo marco regulatório estabelece diretrizes mais claras, introduz princípios inovadores e abre espaços para novos modelos econômicos no setor. Para o cooperativismo, essa mudança representa uma oportunidade histórica de crescimento e consolidação. Agora, cabe à SUSEP o papel de garantir uma regulação eficiente e uma supervisão que fortaleça esse novo panorama”.

ENS e Sistema OCB assinam memorando para capacitação ENS e Sistema OCB assinam memorando para capacitação Para fortalecer o setor, um memorando de entendimento foi assinado com a Escola de Negócios e Seguros (ENS), para capacitar dirigentes e interessados em criar cooperativas de seguro. O presidente da ENS, Lucas Vergílio, acredita que a lei aprovada consolida uma base jurídica moderna e inclusiva para o setor. ”Estamos diante de uma transformação sem precedentes no mercado segurador. O desafio, daqui pra frente, é garantir um ambiente de capacitação que proporcione um caminho promissor para os próximos anos do cooperativismo”, disse. 

Impacto no Mercado de Seguros

A entrada das cooperativas no mercado de seguros promete aumentar a concorrência, reduzir preços e ampliar a cobertura no Brasil. Atualmente, apenas 30% da frota de veículos e menos de 10% das residências estão seguradas. "Com uma regulação moderna, o Brasil se alinha às melhores práticas internacionais e abre espaço para um setor mais inclusivo e competitivo", destacou Márcio Lopes de Freitas.

Ao final do evento, Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, lembrou que a construção da LC 2131/25 foi um processo coletivo e estratégico, fruto do esforço conjunto de parlamentares, cooperativistas, especialistas e equipe técnica do Sistema OCB. “Durante anos, foi preciso dialogar, esclarecer e mostrar o potencial do cooperativismo para o setor de seguros. Criamos um plano de ação estruturado que garantirá acolhimento às cooperativas, que serão capacitadas e apoiadas para sua consolidação no mercado. Com iniciativas voltadas à comunicação, capacitação, regulação e articulação institucional, o cooperativismo está pronto para protagonizar essa nova fase do setor segurador no Brasil”, concluiu. 


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Projeto de Lei reconhece o coop como manifestação cultural nacional

Projeto de Lei reconhece o coop como manifestação cultural nacional

Proposta apresentada pelo deputado Arnaldo Jardim destaca papel essencial do modelo de negócios

 

Em uma iniciativa que busca valorizar e prestigiar o movimento cooperativista, o deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), apresentou o Projeto de Lei (PL) 357/2025, que reconhece o cooperativismo como manifestação da cultura nacional. A proposta, alinhada ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pelas Nações Unidas para 2025 com o tema Cooperativas constroem um mundo melhor, destaca o papel essencial do modelo de negócios no desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

O projeto enfatiza que o cooperativismo é uma forma de empreender coletivamente, presente em diversos setores da economia, como agropecuária, saúde, serviços financeiros, educação, geração de energia, transporte, consumo e turismo. Além disso, o texto ressalta o impacto positivo das cooperativas nas comunidades. Estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revela que a presença de cooperativas eleva o PIB per capita em uma média de R$ 5,1 mil nos municípios onde atuam. A solidez do modelo também é evidente: 2.405 cooperativas têm mais de 20 anos de atuação, demonstrando sua capacidade de promover benefícios econômicos, sociais e trabalhistas de longo prazo.

Para o deputado Arnaldo Jardim, a relevância da proposta é inegável. "O cooperativismo é uma força transformadora que promove inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento. Reconhecê-lo como parte da nossa cultura é um passo importante para valorizar e fortalecer esse modelo de negócio que beneficia milhões de brasileiros. Com o apoio dos parlamentares, essa iniciativa pode marcar um novo capítulo na trajetória do cooperativismo brasileiro, consolidando-o como um pilar essencial para um futuro mais justo e sustentável", afirmou. 

A proposta está em sintonia com a Constituição Federal, que, no artigo 174, § 2º, estabelece o dever do Estado de apoiar e estimular o cooperativismo. “Ao reconhecer o cooperativismo como manifestação cultural, o projeto não apenas enaltece sua história e conquistas, mas também reforça o compromisso com um modelo que prioriza as pessoas, a gestão democrática e a eficiência econômica”, acrescentou o parlamentar. 

"Este projeto de lei é um reconhecimento merecido ao papel fundamental que as cooperativas desempenham na economia e na sociedade brasileira. É uma oportunidade para destacar a importância do cooperativismo e incentivar ainda mais seu crescimento e impacto positivo. A celebração do modelo de negócios por sua integridade, competitividade e capacidade de trazer prosperidade às pessoas em todo o mundo é, com certeza, meritória”, declarou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. 

 

Expressão

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, o Brasil conta com 4.509 cooperativas, distribuídas em mais de 3.624 municípios. O movimento reúne 23,4 milhões de cooperados e gera mais de 550 mil empregos. Além disso, em 2023, o cooperativismo brasileiro gerou R$ 692 bilhões em ingressos, o equivalente ao faturamento nas empresas tradicionais. Esses números refletem a força do cooperativismo como motor de inclusão, sustentabilidade e prosperidade.

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Comissão do Senado aprova exigência de padrões equivalentes para produtos importados

Medida garante igualdade de condições para produtores nacionais e evita barreiras comerciais injustas

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (18), o substitutivo da senadora Tereza Cristina (MS) ao Projeto de Lei 2.088/2023, de autoria do senador Zequinha Marinho (PA). 

A proposta cria mecanismos para garantir condições justas de concorrência para os produtos brasileiros no comércio internacional, e permite ao país reagir a barreiras impostas por outras nações ou blocos econômicos que prejudiquem a competitividade nacional. O projeto segue agora para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativa.

Senadora Terezaa Cristina (MS) / Foto: Saulo Cruz - Agência SenadoSenadora Terezaa Cristina (MS) / Foto: Saulo Cruz - Agência SenadoEntre seus principais objetivos, a proposta protege os setores produtivos brasileiros de exigências desproporcionais e evita medidas protecionistas disfarçadas de normas ambientais ou trabalhistas, especialmente diante das regras cada vez mais rígidas da União Europeia. "Durante a elaboração desta lei, concluímos que seu escopo deveria ser mais amplo, abrangendo, além da questão ambiental, aspectos sociais e trabalhistas. A ideia é criar uma legislação que nos permita enfrentar desafios fiscais impostos por outros países", explicou a senadora Tereza Cristina.

O texto aprovado estabelece que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) poderá adotar contramedidas contra países ou blocos econômicos que imponham barreiras de forma protecionista, e prejudiquem a competitividade dos produtos brasileiros. 

O senador Zequinha Marinho ressaltou que a proposta impede que produtos estrangeiros ingressem no Brasil sem atender aos mesmos padrões exigidos dos produtores nacionais. "Não é justo que nossos agricultores e indústrias tenham que cumprir regras rígidas, enquanto produtos de fora chegam ao mercado sem as mesmas obrigações", afirmou.

Para evitar retaliações comerciais, o substitutivo apresentado por Tereza Cristina enquadra a questão no âmbito da política de defesa comercial, que se alinha às normas da Organização Mundial do Comércio (OMC). Antes da aplicação de qualquer medida, o Ministério das Relações Exteriores deverá buscar soluções diplomáticas.

O projeto também prevê a realização de consultas públicas com os setores envolvidos e a definição de prazos para a análise de cada caso. Se um país ou bloco econômico descumprir acordos comerciais ou impuser padrões que impactem negativamente o Brasil, as contramedidas poderão ser adotadas.

O Sistema OCB tem apoiado a matéria junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) dada sua urgência e relevância no enfrentamento dos desafios impostos por outros países aos produtos brasileiros. "Estamos correndo com essa pauta, pois o momento exige urgência. O Brasil precisa ter mecanismos para proteger seus produtores sem ferir acordos internacionais", destacou Tereza Cristina, vice-presidente da Frencoop.

 

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AGE aprova criação do novo Ramo Seguros
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AGE aprova criação do novo Ramo Seguros

Decisão histórica amplia atuação das cooperativas e competitividade de mercado

A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada nesta terça-feira (18), em Brasília, no auditório do Sistema OCB, deliberou e aprovou a criação do Ramo Seguros, após a sanção da Lei 213/25, que permitirá a participação mais ampla das cooperativas no mercado segurador. 

O propósito é promover o cooperativismo de seguros no Brasil, com ampliação ao acesso da população a seguros de maneira mais justa e acessível. A criação do Ramo não apenas fortalece o setor, mas também gera impactos socioeconômicos positivos, democratiza o acesso ao segmento e cria uma nova frente para as cooperativas no Brasil.

“A criação do Ramo Seguros reforça o reconhecimento do Sistema OCB em relação à relevância do tema e marca um momento histórico para o cooperativismo brasileiro. Com a aprovação da lei, abrimos um novo caminho para que as cooperativas possam atuar no mercado segurador de forma justa e acessível. Nossa conquista fortalece o setor e amplia o acesso da população a seguros mais inclusivos, além de promover impacto socioeconômico positivo para milhões de brasileiros”, disse. 

A partir de agora, as cooperativas poderão atuar em diversos segmentos de seguros privados, com normas regulatórias proporcionais ao modelo cooperativo e adequadas à sua forma societária. O processo de sanção da lei foi resultado de um longo trabalho de articulação e mobilização do Sistema OCB, bem como de outros atores estratégicos do setor, com o objetivo de ampliar o portfólio de seguros e possibilitar uma atuação mais robusta das cooperativas. 

A nova legislação prevê a organização das cooperativas de seguros em diferentes níveis e, ainda, oferece a possibilidade de que as cooperativas de crédito possam operar com seguradoras constituídas por sociedades anônimas ou com cooperativas de seguros.

Entre os benefícios da aprovação da lei estão a segurança jurídica para as coops que ingressarem no mercado, uma regulamentação e fiscalização mais adequadas e proporcionais, além da possibilidade de redução nos preços dos seguros já existentes.

A formalização de um novo setor promete ampliar o mercado com a meta de torná-lo mais acessível e competitivo a um maior número de brasileiros, além da capacidade de operação da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

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Sistema OCB realiza 56ª AGO e projeta avanços para 2025
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Sistema OCB realiza 56ª AGO e projeta avanços para 2025

Evento celebrou conquistas legislativas e definiu estratégias para o futuro do coop 

O Sistema OCB realizou, nesta terça-feira (18), a 56ª Assembleia Geral Ordinária (AGO), no auditório da entidade, em Brasília. O evento reuniu dirigentes das Organizações Estaduais (OCEs) para aprovação das ações e contas referentes ao exercício de 2024, além de validar o plano de trabalho e o orçamento para 2025.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou a relevância do cooperativismo para os tempos atuais, com destaque para a necessidade de compreender o panorama geopolítico global. Segundo ele, é essencial adotar decisões estratégicas que preparem o setor para os desafios e oportunidades do cenário internacional.

Presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de FreitasPresidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas"Dada a seriedade e especificidade do nosso modelo de negócios, abordaremos cada tema de forma detalhada. Além disso, a conjuntura mundial será um ponto central de discussão, pois entender esse contexto é fundamental para tomarmos decisões mais estratégicas. Espero que esta AGO contribua para enriquecer e direcionar nossas ações com ainda mais precisão", afirmou Márcio.

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella apresentou os resultados de 2024, com destaque para a realização do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que reuniu aproximadamente 3 mil lideranças cooperativistas de todo o país. Durante o encontro, foram discutidos os rumos do movimento e consolidado um planejamento estratégico para os próximos cinco anos. O Congresso se destacou como um espaço de construção coletiva, no qual os participantes definiram 100 diretrizes estratégicas para fortalecer o cooperativismo até 2030, das quais 25 foram eleitas prioritárias.

Os eixos temáticos que orientaram as discussões foram comunicação, cultura cooperativista, ESG (ambiental, social e governança), intercooperação, inovação, negócios e representação institucional. A participação ativa das cooperativas garantiu o alinhamento de estratégias que fortalecem a identidade do setor e promovem um modelo de negócios sustentável e competitivo. Com base nessas diretrizes, o Sistema OCB elaborou um plano de ação para assegurar que o cooperativismo continue a impulsionar o desenvolvimento econômico e social nos próximos anos.

Conquistas

O ano de 2024 também foi marcado pela intensa atuação do Sistema OCB na regulamentação da Reforma Tributária. O Sistema OCB mobilizou mais de 10 mil lideranças cooperativistas, que promove uma articulação estratégica junto à Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e outras entidades representativas. Foram realizadas 286 reuniões com representantes do Governo Federal e mais de 14 mil ações, entre e-mails, ofícios e publicações, sempre em defesa do adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo.

Como resultado desse esforço coletivo, foi sancionada a Lei Complementar (LC) 214/2025, que garante conquistas importantes para o setor, como a não incidência de impostos sobre fundos, reservas e sobras, a não cumulatividade para cooperativas singulares e centrais, a dedução integral de honorários médicos e odontológicos, alíquota zero na destinação de bens e serviços do cooperado para a cooperativa e ao produtor rural não contribuinte, além da possibilidade de acumular mais de um regime especia,l específico ou favorecido.

Além disso, o trabalho do Sistema OCB conseguiu êxito em outras políticas públicas fundamentais para o setor, como a  Lei Complementar (LC) 213/2025, que amplia a atuação das cooperativas no mercado de seguros; a Lei 15.072/2024, que garante a condição de segurado especial para cooperados que atuam em atividades rurais; a Lei 14.993/2024, que regulamenta o combustível do futuro e incentiva a produção de biocombustíveis como diesel verde e biometano; a regulamentação da LC 130/2009, que moderniza o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo; a Lei 15.103/2024, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN) e facilita o acesso ao crédito para projetos sustentáveis; a Lei 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil; a Lei 14.973/2024, que prorroga o prazo para reoneração da folha de pagamentos e a Lei 15.070/2024, que cria o Marco Legal dos Bioinsumos, com incentivo à inovação no agronegócio cooperativista.

Além do trabalho no Legislativo e no Executivo, o Sistema OCB também atuou no Judiciário, com participação, como amicus curiae, em 12 processos no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que as decisões da Corte considerassem as especificidades do cooperativismo.

Internacionalização

O mapeamento das exportações cooperativistas identificou oportunidades internacionais, que resultaram na qualificação de 50 cooperativas no Programa PEIEX, em parceria com a ApexBrasil, e na participação de 290 cooperativas na solução Cooperativas nas Compras Públicas, com o mapeamento de mais de 30 mil editais.

 

O Sistema OCB também marcou presença nos principais debates internacionais e participou de dois painéis na COP29, do Fórum Multilateral do G20, do workshop internacional da UNDESA/ONU e do lançamento do Ano Internacional das Cooperativas na ONU.

Comunicação 

A Pesquisa Nacional de Imagem do Cooperativismo trouxe dados relevantes para fortalecer o movimento no Brasil. De acordo com a pesquisa, 77% dos entrevistados mencionaram espontaneamente ao menos uma cooperativa, e 63% afirmaram que o fato de um produto ser cooperativo influencia positivamente sua decisão de compra.

As campanhas SomosCoop ampliaram significativamente o alcance da marca cooperativista, com mais de 22 milhões de impactos em rádio, 41 milhões nas redes sociais e 7 milhões de visualizações na 3ª temporada da websérie SomosCoop na Estrada.

A busca por dados precisos também foi uma prioridade em 2024, com alcance de 92% de preenchimento das informações obrigatórias do Anuário do Cooperativismo Brasileiro. Além disso, foram publicados dois estudos em parceria com a FIPE, com destaque para o impacto positivo das cooperativas na economia e nas comunidades onde atuam.

Segundo o Anuário 2024, o setor conta com 23,45 milhões de cooperados, movimenta R$692 bilhões em faturamento, gera mais de 550 mil empregos diretos e está presente em 1.398 municípios com 4.509 cooperativas. No mercado internacional, o cooperativismo brasileiro mostra sua força e realizou negócios que somaram US$8,3 bilhões.

Perspectivas 

Superintendente do Sistema OCB, Tania ZanellaSuperintendente do Sistema OCB, Tania ZanellaA superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, apresentou também o Planejamento Estratégico de 2025-2030, desenvolvido no 15º CBC, com destaque para as prioridades e principais entregas para o fortalecimento do cooperativismo no Brasil. 

Para 2025, os eixos centrais incluem o fortalecimento da defesa institucional e da representação política, a atuação no aperfeiçoamento do marco regulatório e das políticas públicas, o estímulo a negócios e à inovação, além da promoção da imagem do cooperativismo. 

"O cooperativismo brasileiro desempenha um papel essencial no desenvolvimento socioeconômico do país, e nosso planejamento para 2025 reflete esse compromisso. Precisamos ampliar nossa presença institucional, fortalecer a defesa política e regulatória e, sobretudo, consolidar o cooperativismo como um modelo de negócios cada vez mais inovador, sustentável e competitivo. Estamos prontos para avançar e garantir que as cooperativas continuem crescendo e transformando vidas", afirmou Tania Zanella.

 

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Seminário debate rumos do cooperativismo de seguros no Brasil
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Seminário debate rumos do cooperativismo de seguros no Brasil

Evento inédito promovido pelo Sistema OCB abordará oportunidades e desafios do segmento

 

O Sistema OCB promove na próxima quarta-feira (19) o seminário Cooperativismo de Seguros: um novo capítulo para o coop. O evento será realizado das 9h às 12h30 na sede da entidade em Brasília e reunirá especialistas, autoridades e líderes do setor para debater as oportunidades e desafios do cooperativismo de seguros no Brasil, destacando seu papel transformador no desenvolvimento econômico e social do país. O evento também será transmitido ao vivo pelo canal Youtube do Sistema. 

“A inserção das cooperativas no mercado de seguros abre novas perspectivas de crescimento para o movimento, mas também reforça nossa capacidade de preencher lacunas deixadas pelas seguradoras tradicionais, impulsionando a economia e promovendo inclusão social”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB. Para ele, “a modernização do setor, aliada a uma governança robusta e a práticas de gestão inovadoras, poderá gerar ganhos expressivos, como a criação de empregos e a ampliação da proteção securitária para milhares de brasileiros”.

A realização do seminário se dá em um contexto de intensas transformações no setor, impulsionadas pela entrada em vigor da Lei Complementar 213/2025. A nova legislação estabelece regras claras e cria um ambiente jurídico seguro para as cooperativas de seguros, ao ampliar o acesso e democratizar os serviços . Ao definir critérios precisos para a atuação dessas instituições, a lei possibilita que as cooperativas se adaptem rapidamente aos requisitos dos órgãos reguladores, como a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), e promova  uma operação sustentável e competitiva no mercado.

Com a expectativa de diversificar a oferta de produtos – incluindo seguros agrícolas, de vida e patrimonial – o seminário também abordará a importância de estimular a concorrência saudável no setor. A iniciativa visa, além de discutir as mudanças trazidas pela nova regulamentação, promover o intercâmbio de experiências bem-sucedidas de cooperativas que já atuam em segmentos tradicionais, como crédito, saúde, agropecuária e energia. Esse movimento tem o potencial de preencher lacunas deixadas pelas seguradoras convencionais, sobretudo em regiões e segmentos historicamente desassistidos.

Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, desta a importância do seminário. “Estamos entusiasmados com o potencial transformador do cooperativismo de seguros. Este seminário representa uma oportunidade única para aprofundarmos o debate sobre como as novas regulamentações podem ampliar o acesso e promover a inclusão no setor, beneficiando tanto as cooperativas quanto os consumidores”, declara. Ainda segundo ela, essa visão reforça o compromisso da entidade em fomentar o diálogo entre reguladores, cooperativas e o mercado, elemento fundamental para o fortalecimento e a inovação no setor de seguros.

Durante o seminário, os participantes terão a oportunidade de discutir aspectos técnicos e estratégicos, como a definição das normas contábeis específicas para as cooperativas seguradoras e os desafios de estruturar um modelo de governança moderno e robusto. O encontro também promoverá um diálogo direto com os órgãos reguladores, visando garantir que a transição para esse novo modelo seja eficiente e benéfica para todo o setor.

Com uma programação rica em debates e troca de experiências, o evento promete ser um marco no cenário do cooperativismo de seguros, contribuindo para a consolidação de um modelo mais inclusivo, inovador e alinhado às demandas do mercado contemporâneo. Confira:

 

PROGRAMAÇÃO 

 

  • 09h – Mesa de Abertura

A abertura do seminário contará com a presença de autoridades do setor, como o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, os deputados federais Vinicius Carvalho (SP) e Arnaldo Jardim (SP), e o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani.

  • 09h30 – O panorama do setor de seguros no Brasil: desafios e oportunidades

A  advogada e docente Angelica Carlini apresentará um panorama detalhado do setor de seguros, discutindo os desafios enfrentados e as oportunidades que se abrem para as cooperativas nesse contexto.

  • 10h10 – O cooperativismo de seguros no mundo

Edward Potter, consultor da Worldwise Civil Society Consultancy e ex-diretor executivo da ICMIF/Américas, trará uma visão internacional sobre o cooperativismo de seguros, boas práticas e tendências globais que podem ser aplicadas no Brasil.

  • 10h50 – A experiência e a inspiração da Seguros Unimed

Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, compartilhará a trajetória de sucesso da cooperativa, referência no mercado de seguros e inspiração para outras organizações seguirem o modelo cooperativo.

  • 11h15 – LC 213/2025: regulamentação e próximos passos

Carlos Queiroz, diretor de Supervisão Prudencial e Resseguros da Susep, falará sobre a nova regulamentação que promete transformar o setor de seguros no Brasil, seus impactos e próximos passos para sua implementação.

  • 12h05 – Apresentação Escola de Negócios e Seguros (ENS) e assinatura de memorando de entendimentos

O seminário também contará com a apresentação da Escola de Negócios e Seguros (ENS) e a assinatura de um memorando de entendimentos que fortalece a educação e a formação no setor de seguros cooperativo.

  • 12h30 – Encerramento

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GT Licitações realiza primeira reunião ordinária de 2025 
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GT Licitações realiza primeira reunião ordinária de 2025 

Encontro discutiu estratégias para garantir participação das cooperativas em contratações públicas 

A primeira reunião ordinária do Grupo de Trabalho sobre Participação de Cooperativas em Licitações do Sistema OCB aconteceu nesta segunda-feira (11). O encontro reuniu advogados das Organizações Estaduais (OCEs) do Espírito Santo, São Paulo, Amapá, Minas Gerais e Acre, além da assessora jurídica, Ana Paula Andrade Ramos e de advogados da entidade nacional. 

O foco central do GT foi a análise de estratégias processuais para reverter a vedação ilegal à participação de cooperativas em licitações públicas. A discussão considerou os impactos e riscos de uma atuação jurídica mais ostensiva em defesa do cooperativismo de trabalho, tendo como objetivo a correção histórica dessa restrição vista como indevida. 

Ao apresentar o estudo de estratégias processuais elaborado pelo Sistema OCB, Ana Paula destacou a importância de um olhar transversal para o cooperativismo. “Temos enfrentado essa questão há bastante tempo, especialmente no que se refere às cooperativas de trabalho, que sofrem mais restrições”, explicou.  

Para ela, no entanto, quando se consideram as ações conduzidas pelo Sistema OCB, que representa os sete ramos de atividades, é preciso levar em conta soluções que beneficiem o movimento como um todo. “Ainda que a discussão esteja mais concentrada no Ramo Trabalho, há cooperativas de outros segmentos que também são prejudicadas. Esse foi o nosso ponto de atenção ao analisar estratégias jurídicas para garantir que o cooperativismo tenha um tratamento justo e adequado nas licitações públicas”, ressaltou. 

Além disso, o grupo recebeu atualizações sobre temas relevantes, como a atuação institucional em relação ao parecer jurídico emitido pela Advocacia-Geral da União (AGU) para contratação de serviços continuados, com dedicação exclusiva de mão de obra e considerado ultrapassado, especialmente em razão dos recentes entendimentos do TCU sobre a participação de cooperativas em licitações; os impactos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre terceirização e a regulamentação da Lei das Cooperativas de Trabalho (Lei nº 12.690/2012). 

Em relação ao parecer da AGU, Ana explicou que ele foi publicado em fevereiro de 2023, e que o documento afirmou, de forma retrograda e equivocada, que o artigo 16 da nova Lei de Licitações não prejudica a vigência do Termo de Conciliação firmado entre o MPT e AGU firmado em 2002, especialmente em relação a contratação de serviços continuados, com dedicação exclusiva de mão de obra. 

O GT Licitações foi criado em 2016 e se dedica, de forma voluntária, a buscar soluções para os desafios enfrentados pelas cooperativas, especialmente as prestadoras de serviços, no acesso às contratações públicas. 

Tendo em vista que essa pauta é uma das prioridades da Agenda Institucional do Cooperativismo, o grupo mantém uma atuação constante junto aos Três Poderes e, entre as ações conduzidas, estão a atualização e a elaboração de materiais de orientação para cooperativas indevidamente impedidas de participar de licitações, como modelos de defesa administrativa e judicial, além de um banco de jurisprudência favorável ao setor. 

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Câmara Temática do Leite busca atuação mais estratégica
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Câmara Temática do Leite busca atuação mais estratégica

Prioridades como competitividade das cooperativas foi um dos temas da primeira reunião de 2025

A Câmara Temática do Leite do Sistema OCB se reuniu, nesta segunda-feira (24), para dar início a uma nova fase de atuação.  A reunião contou com a participação dos representantes das Organizações Estaduais que enviaram indicações para a composição da Câmara e discutiram temas prioritários para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite no Brasil. O encontro também reafirmou o compromisso do Sistema OCB em promover um ambiente favorável para o crescimento e a competitividade das cooperativas do setor.

A abertura foi conduzida pela superintendente da entidade nacional, Tania Zanella, que destacou a remodelagem da Câmara para torná-la mais dinâmica e assertiva. Ela também apresentou um panorama sobre a conjuntura política e as negociações envolvendo o próximo Plano Safra. "A cadeia produtiva do leite tem um papel socioeconômico essencial para o cooperativismo e para o Brasil. Nosso objetivo é estruturar um trabalho eficiente, alinhado às necessidades das cooperativas e do setor agropecuário", afirmou.

Fernando Pinheiro, analista técnico institucional da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, detalhou a nova estrutura de funcionamento da Câmara. Ele explicou sua integração com o Conselho Consultivo do Ramo Agropecuário e reforçou a importância da participação ativa das OCEs. Ele também destacou que o grupo será um suporte estratégico para as ações do Sistema OCB voltadas ao setor lácteo, com objetivo de consolidar o posicionamento da cadeia produtiva dentro do cooperativismo agropecuário.

“A reunião foi muito importante para o desenvolvimento de um grupo destinado a apoiar o desenvolvimento das coops, com um formato mais assertivo e integrado às ações do Sistema OCB e do Conselho Consultivo do Ramo Agropecuário. As OCEs precisam indicar, formalmente, seus representantes e participar dos trabalhos”, disse Fernando. 

Entre os principais temas discutidos e priorizados pelos participantes estiveram a Reforma Tributária, a regulamentação e normatização da cadeia produtiva do leite, o autocontrole na inspeção por análise de risco, a gestão de risco financeiro no mercado de lácteos e o fortalecimento do Plano Safra para o setor. 

Marcelo Candiotto, presidente da Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR), enfatizou que a Reforma Tributária e o Plano Safra são essenciais para a sustentabilidade das cooperativas, pois impactam diretamente nos custos produtivos e na competitividade do setor. “A reativação da Câmara do Leite pela OCB é uma oportunidade de ampliar a discussão sobre as políticas voltadas à produção da bebida em nível nacional”, afirmou. 

Ao final da reunião, Candiotto foi indicado como coordenador da CT e representante do grupo na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). “Trabalharei ativamente para fortalecer o cooperativismo e promover o desenvolvimento dos produtores rurais. Faremos um trabalho diferenciado junto à OCB”, acrescentou.  

Foram definidas ainda as próximas reuniões ordinárias da Câmara para os dias 22 de maio e 22 de setembro, com pauta inicial focada na Reforma Tributária e nos Indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).

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Tania Zanella toma posse como presidente do IPA
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Tania Zanella toma posse como presidente do IPA

Nova diretoria buscará unicidade do setor agrícola a partir do diálogo e da cooperação

 

Tania Zanella em seu discurso de posse no IPATania Zanella em seu discurso de posse no IPATania Zanella tomou posse nesta segunda-feira (24) como presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA). A superintendente do Sistema OCB foi eleita por unanimidade em dezembro, durante assembleia geral realizada em Brasília com as entidades que compõem o instituto, para o biênio 2025/2026. “Nosso Instituto tem uma história e uma importância consolidada para o agronegócio brasileiro, que transcende o nome de quem o lidera. Por isso, me comprometo a levar o IPA para onde todos nós queremos chegar: à sustentabilidade do nosso instituto, o que só pode acontecer a partir de uma profissionalização cada vez maior da gestão. Porque pessoas vão e vêm, mas os processos precisam permanecer”, afirmou a nova presidente em seu discurso.

A eleição da superintendente representa uma conquista significativa para o cooperativismo brasileiro, que é responsável por mais de 50% dos grãos produzidos no país, e marca o início de uma gestão que promete fortalecer o diálogo e a cooperação no setor agropecuário. “Tania assume essa responsabilidade com uma capacidade de gestão e articulação que muito nos orgulha. Sua liderança e seu perfil conciliador contribuem para a construção de unidade”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Uma das principais metas da nova gestão será em torno da unicidade do setor agrícola. “O IPA precisa ser robusto, maduro e cada vez mais independente de interesses passageiros. Ele precisa continuar sendo a instituição técnica e consultiva que entrega valor real e concreto para a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e para todos os produtores que representamos. Costumo dizer que nossa missão é proporcionar a melhor base técnica possível para a FPA fazer o que faz de melhor: defender os interesses de um setor forte, pujante e inovador, que alia produtividade com sustentabilidade, e hoje responde por cerca de ¼ do PIB brasileiro”, acrescentou Tania.

A nova presidente também enfatizou que sua gestão terá como pilares o diálogo e a cooperação. Segundo ela, em 2025, os trabalhos do IPA estarão direcionados para três eixos estratégicos: sustentabilidade, com foco na COP30 e na regulação do mercado de carbono; financiamento, com a estruturação de novas estratégias para o Plano Safra, seguro agrícola e alternativas de financiamento no mercado privado, como fundos vinculados ao Fiagro; e mercado internacional, para garantir que o agro brasileiro se mantenha competitivo e consiga ampliar sua participação no mercado global. “Nada disso será fácil. Mas também nunca fomos daqueles que escolhem o caminho mais simples. Estamos aqui para fazer história. E faremos”, completou.

Membros da nova diretoria do IPA com o deputado Arnaldo JardimMembros da nova diretoria do IPA com o deputado Arnaldo JardimO novo Conselho de Administração do Instituto Pensar Agro conta também com Fabrício Morais Rosa, diretor executivo da Aprosoja como 1º vice-presidente e Sérgio Luís Bortolozzo, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) como vice-presidente secretário. O ex-presidente do Instituto, Nilson Leitão, consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA), passa a ocupar a vaga de vice-presidente tesoureiro, enquanto Roberto Ignácio Betancourt, diretor executivo da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) será o 2º vice-presidente tesoureiro.

O Conselho Fiscal, por sua vez, é formado pelos titulares Gustavo Beduschi (Viva Lácteos), Glauber Silveira da Silva (Abramilho) e Paulo Sérgio de Marco Leal (Feplana), além dos suplentes André Luís de Freitas (Abia), Gabriel Garcia Cid (ABCZ) e Cloriado Roberto Levero (Abisolo).

Tania integra a diretoria do IPA desde a sua criação, em 2011. Formada em Direito, trabalha há mais de 15 anos para o fortalecimento do movimento cooperativista no Brasil e foi a primeira mulher a ocupar os cargos de gerente-geral e superintendente do Sistema OCB, posição que assumiu em setembro de 2021. Tania também é membro do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e, em 2021, foi reconhecida como uma das 100 mulheres mais poderosas do agronegócio brasileiro pela Revista Forbes. É pioneira em muitas instâncias do cooperativismo e atua diariamente para garantir maior participação feminina em posições de liderança.

 

Reconhecimento

Pedro Lupion (PR), presidente da FPA e diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), exaltou o poder de articulação do agro brasileiro e o suporte que o IPA oferece aos parlamentares. “Quero desejar à Tania e toda a diretoria toda a sorte do mundo, todo sucesso. Que a gente consiga fazer essa parceria com FPA ser cada dia mais forte, cada dia mais contundente e cada dia com mais resultados. Acho que esse é o objetivo de todos nós aqui, ter resultados positivos para o nosso agro, para os nossos produtores e para cada um dos segmentos e setores que o IPA representa”.

O presidente da Frencoop e vice-presidente da FPA, deputado Arnaldo Jardim (SP), destacou a força que a nova diretoria representa para o agro. “Não há como ignorar a sensibilidade feminina encarnada na Tania, a disposição de unidade que vocês constituíram nessa diretoria, o compromisso do setor reiterado nos eixos de trabalho propostos.  Imaginamos um ano de dificuldades econômicas e teremos que ter firmeza e consistência na defesa das demandas do nosso agro. E para que conquistemos o resultado que almejamos, a palavra é unidade”.

O deputado Alceu Moreira (RS) prestou homenagem a Tania, enfatizando que presidir um instituto que reúne tantas entidades com interesses diversos é uma missão para poucos. “Gerir o IPA é muitas vezes uma tarefa bastante delicada, mas você, com certeza, saberá lidar com ela”, declarou. Já a deputada Ana Paula Leão (MG) não escondeu a alegria de acompanhar a presença de uma mulher na presidência do Instituto. “Tenho certeza de que você vai dar o seu melhor e fazer muito mais do que a gente imagina. Parabéns e, desde já, muito obrigada por nos representar”.

Para o deputado Evair de Melo (ES), é fundamental ressaltar a importância que o IPA tem nas entregas completas para o agro brasileiro. “A chegada da Tania com certeza fortifica ainda mais o trabalho frente ao Congresso Nacional, porque além dos compromissos com o agro, no setor produtivo, ela traz toda a vivência das cooperativas. É um presente para nós”, declarou.

Diretor executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, afirmou que o momento é de muito otimismo. “A Tania é nossa grande amiga, aliada de longa data, e agora, com a sua presidência, teremos novas oportunidades para os desafios com infraestrutura, regime tributário, meio ambiente e outros. Ela está dedicada a isso e nós, como entidades setoriais, somos aliados de primeira hora. Juntos, com certeza, vamos continuar evoluindo”.

O novo 1º vice-presidente do IPA, Fabrício Morais Rosa, diretor executivo da Aprosoja Brasil lembrou que a entidade é única no mundo em sua capacidade de construir inteligência política. “E, nesse contexto, ter uma mulher na presidência com a experiência da Tania traz uma visão profissional, inteligente, que vai melhorar ainda mais a gestão. Vai manter nosso instituto como referência não só para o Brasil, mas também para o mundo, como uma entidade que apresenta resultados efetivos para a cadeia agropecuária”.  

 

Representação

O IPA, criado em 2011, é uma organização sem fins lucrativos formada por 58 entidades do setor agropecuário que tem como objetivo defender os interesses da agricultura e prestar assessoria técnica à FPA. A entidade atua como ponte entre a cadeia produtiva rural e os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e promove o debate de pautas do setor, além de apoiar tecnicamente ações no Congresso Nacional e fomentar a transparência e o diálogo com a sociedade para ampliar a compreensão sobre temas estratégicos da agropecuária brasileira.

Entre suas principais atividades, destacam-se a realização de estudos técnicos, a produção de dados estratégicos, a análise de propostas legislativas e a formulação de políticas públicas que refletem as demandas do setor. Ao longo de sua trajetória, o Instituto tem contribuído significativamente para a construção de um ambiente mais favorável ao agronegócio brasileiro, abordando questões como sustentabilidade, inovação e crescimento econômico. Sua atuação contribui para posicionar o Brasil como líder no fornecimento de alimentos e insumos de qualidade para o mundo, reafirmando o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do país.

 

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Olimpíada de Bem Público 2025 destaca o coop como agente de mudança 

Olimpíada de Bem Público 2025 destaca o coop como agente de mudança 

Competição aborda desafios sociais e modelo de negócios como solução 

A Olimpíada de Bem Público (OBP) realizará a sua 5ª edição este ano, com um tema especialmente relevante: Cooperação em prol do Bem Público: caminho e inspiração para transformação na sociedade. Inspirada pelo reconhecimento da ONU ao Ano Internacional do Cooperativismo, a iniciativa busca engajar jovens de todo o país na reflexão sobre a importância da cooperação e do movimento para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável. 

Promovida pela Escola de Políticas Públicas e Governo (EPPG) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e com apoio de diversas instituições, como o Sistema OCB, a olimpíada incentiva o protagonismo de jovens ao convidar estudantes do ensino médio a desenvolver redações sobre desafios sociais e ambientais. O objetivo é estimular a criação de soluções inovadoras e coletivas para a promoção e preservação dos bens públicos.  

Ao destacar o modelo de negócios cooperativista como uma ferramenta de transformação, solidariedade e responsabilidade social, o tema da olimpíada deste ano reforça como cooperar é uma forma eficiente de construir soluções coletivas e sustentáveis, além de cumprir seu papel na adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. 

Em sua última edição, realizada em 2024, a olimpíada registrou mais de 2 mil inscrições, que envolveu estudantes de 25 estados e do Distrito Federal. Em 2025, a competição contará com uma etapa estadual e outra nacional. 

A premiação da olimpíada contempla bolsas de estudo integrais e parciais na FGV-EPPG, além de computadores, tablets, medalhas e certificados digitais de participação. Com inscrições a partir de abril deste ano, a iniciativa busca levar o cooperativismo e seus valores às escolas de ensino médio em todo o país, com o intuito de ampliar seu alcance e incentivar mais jovens a se envolverem com o bem público por meio da cooperação. 

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Cooperativismo amplia presença em Fórum climático da ONU 
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Cooperativismo amplia presença em Fórum climático da ONU 

Reunião destaca desenvolvimento sustentável e debate novas oportunidades de cooperação 

Representantes do Sistema OCB participaram de reunião estratégica, realizada na segunda-feira (17), com representantes do Fórum Ciência-Política-Negócios das Nações Unidas sobre o Clima (UNSPBF). O encontro discutiu iniciativas para fortalecer o diálogo intersetorial e ampliar a presença do cooperativismo na agenda climática global por meio de novas oportunidades de cooperação. 

O objetivo foi reforçar o intuito de posicionar o cooperativismo brasileiro no cenário internacional como contribuinte ativo para soluções sustentáveis e inovadoras que beneficiem tanto o meio ambiente quanto as comunidades cooperativistas. A Casa do Cooperativismo foi representada por João Pinheiro Penna, coordenador de Relações Internacionais, e pelo trainee Enzo Ramos. Pelo UNSPBF, participaram Shereen Zorba, secretária-executiva, e William Thornton, responsável por parcerias estratégicas no fórum.  

João Penna acredita que a aproximação institucional com o UNSPBF é fundamental para fortalecer a representação internacional do movimento. “Aproveitamos a posição do Brasil como anfitrião da COP30 e o marco do Ano Internacional das Cooperativas em 2025, declarado pela ONU, e estamos trabalhando, sem medir esforços, para consolidar nossa presença nas discussões climáticas, bem como para fortalecer parcerias com entidades e atores estratégicos”, disse. 

A conexão entre as instituições teve início durante a imersão pré-COP29, realizada no ano passado, quando Shereen Zorba acompanhou de perto a atuação das cooperativas na agenda ambiental. A partir dessa experiência, o Sistema OCB recebeu convite para estreitar laços com o fórum e explorar novas frentes de atuação conjunta. 

O UNSPBF é um órgão global de articulação criado pela Assembleia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (UNEA) em 2017, com o objetivo de conectar a academia, tomadores de decisão de governos nacionais e o setor privado para o avanço da agenda climática. Suas atividades incluem a promoção de eventos temáticos, publicações conjuntas e discussões de alto nível, em que as recomendações são direcionadas à UNEA e ao Fórum Político de Alto-Nível das Nações Unidas. 

Atualmente, o fórum conta com mais de 3.500 interlocutores, como organizações nacionais e internacionais, empresas, ONGs e representantes governamentais. Entre seus principais temas de atuação estão a geração e distribuição de dados, desenvolvimento de cidades sustentáveis, promoção de startups, ação climática e produção sustentável de alimentos. 


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Novo diretor do Bacen visita Sistema OCB e reforça parceria
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Novo diretor do Bacen visita Sistema OCB e reforça parceria

Encontro destacou importância do diálogo para avanços no cooperativismo financeiro

O novo diretor de Regulação do Banco Central do Brasil (Dinor), Gilneu Vivan, acompanhado de seu chefe de gabinete, Ricardo Harris, visitou o Sistema OCB, em Brasília, nesta segunda-feira (17), para sua primeira reunião com a Casa do Cooperativismo. O presidente Márcio Lopes de Freitas, recebeu os representantes do Bacen em um encontro que reforçou a parceria entre a autoridade reguladora e o cooperativismo brasileiro.

Márcio acredita que a relação de diálogo e cooperação entre as entidades é fundamental. Para ele, esse alinhamento permite que o segmento continue crescendo de forma sólida, sustentável e cada vez mais acessível aos brasileiros. “Seguiremos trabalhando juntos para fortalecer ainda mais esse modelo que promove inclusão financeira , desenvolvimento econômico e prosperidade", afirmou.

Durante a reunião, foi destacada a importância da interlocução entre o cooperativismo e a autoridade reguladora e supervisora do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Essa relação é respaldada pelo Acordo de Cooperação firmado em 2010 entre as instituições, e tem possibilitado avanços significativos para o setor e para a sociedade como um todo.

Um dos exemplos mais notáveis desse alinhamento é o elevado grau de maturidade do arcabouço regulatório do SNCC. O desenvolvimento é resultado de um processo de atualização intenso, conduzido por meio da cooperação entre o Banco e o Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito do Sistema OCB.

Ao final, o Bacen se colocou à disposição para dar continuidade ao diálogo com o setor em interesses que convergem com as competências legais, a fim de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade.


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Aneel discute modernização tarifária a partir de Sandbox Tarifário
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Aneel discute modernização tarifária a partir de Sandbox Tarifário

Workshop aborda impacto da abertura de mercado livre e comportamento do consumidor no setor

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANeel) promoveu, nesta quinta-feira (13), o workshop online Modernização Tarifária no Brasil. O evento apresentou projetos de Sandbox Tarifário, incluindo o que está sendo desenvolvido pelas cooperativas de energia Coprel, Cerbranorte, Certaja e Certel.

A iniciativa, com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), tem como objetivo compreender o comportamento dos consumidores diante da abertura do Mercado Livre de Energia para a baixa tensão, prevista para 2028. Para isso, serão analisadas variáveis como fontes de energia e precificação.

Inspirado no conceito de Sandbox da tecnologia, que permite a experimentação em um ambiente seguro e controlado, o projeto possibilita que consumidores de baixa tensão simulem a contratação de energia elétrica no Mercado Livre. Essa abordagem facilita a exploração de diferentes produtos e tarifas, além de promover maior transparência e compreensão sobre a composição das faturas e opções disponíveis no mercado.

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que o projeto conta com total apoio da diretoria colegiada da agência. "Nosso objetivo é revolucionar a forma de cálculo da tarifa de consumo, viabilizando, ainda mais, o crescimento do país por meio da energia elétrica, com menor dependência de combustíveis fósseis", afirmou.

A analista técnico-institucional do Sistema OCB, Thayná Côrtes, destacou a relevância estratégica do projeto para as cooperativas permissionárias e para o setor elétrico brasileiro. Para ela, mais do que testar o comportamento dos cooperados diante da abertura do mercado livre, as cooperativas estão construindo conhecimento essencial para garantir um futuro mais eficiente, competitivo e sustentável. "Além de gerar dados concretos que dão embasamento às inovações e contribuem para o aprimoramento da regulação, o projeto fortalece a atuação do Sistema OCB na defesa político-institucional do cooperativismo", disse.

Juliana Marise, analista de projetos do Sescoop Nacional, enfatizou que este é o primeiro projeto aprovado do Ramo Infraestrutura, sendo um marco para o cooperativismo. Ela ressalta que o Sescoop tem um papel essencial na viabilização de projetos como esse, que fortalecem o cooperativismo "Essa iniciativa abre caminho para que outras cooperativas do setor desenvolvam suas próprias soluções inovadoras. Esse tipo de trabalho impulsiona a inovação e gera conhecimento estratégico para o futuro das cooperativas e de seus cooperados", pontuou.

Para o superintendente da Infracoop, José Zordan, “o projeto de Sandbox Tarifário das Cooperativas Permissionárias, além de gerar benefícios que as Cooperativas irão angariar,,tem a importante participação financeira do Sescoop e o reconhecimento e a receptividade da Agência Nacional Reguladora do Setor Elétrico, a Aneel”.

Por sua vez, Jânio Stefanello, presidente da Infracoop, declarou que o projeto se destaca como um passo fundamental para a modernização do mercado de energia no Brasil, especialmente para os consumidores de baixa tensão. Para ele, com essa iniciativa, o cooperativismo reafirma seu papel estratégico na construção de um futuro energético mais eficiente, competitivo e sustentável. “Por meio da simulação da jornada do cooperado no Mercado Livre de Energia, o estudo permite avaliar fatores como tarifas diferenciadas, fidelização e qualidade dos serviços, oferecendo um modelo inovador que poderá ser replicado por cooperativas e concessionárias em todo o país”.

 



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Coops brasileiras compõem CM50: nova rede mundial de líderes

Coops brasileiras compõem CM50: nova rede mundial de líderes

Grupo tem objetivo de impulsionar crescimento e presença das cooperativas no cenário global

No dia 22 de janeiro, foi realizado a primeira reunião do Círculo de Liderança de Cooperativas e Mutuais (CM50), que reuniu 35 líderes cooperativistas e mutualistas de diversas partes do mundo. Entre os participantes, estavam vários representantes da lista do World Cooperative Monitor (WCM), que consolidaram um esforço da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para ampliar a representação do cooperativismo no mercado global.

A missão do CM50 é fortalecer a visibilidade das cooperativas e mútuas, além de atuar como um catalisador para o crescimento e a inovação no setor. A primeira meta do grupo é apresentar uma carta e um plano de compromisso durante a segunda Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social (CMDS2), que ocorrerá entre os dias 4 e 6 de novembro, em Doha, no Catar. O evento vai marcar o encerramento do Ano Internacional das Cooperativas 2025 (AIC2025) e será aproveitado para impulsionar uma nova agenda de colaboração global.

Objetivos e Estratégias

Os líderes do Círculo de Liderança irão defender o modelo de negócios cooperativo e mutualista a nível mundial, evidenciando a sua capacidade de acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para isso, a rede estabeleceu quatro grandes frentes de atuação:

  • Fomentar o crescimento e a inovação a partir da criação de uma rede global de lideranças cooperativistas e mutualistas, com a promoção de boas práticas, inovação e parcerias estratégicas para o desenvolvimento do setor;

  • Promover compromissos nacionais com o incentivo de governos e apoio à expansão das cooperativas e mutualistas, com inspiração em experiências como a promessa do Reino Unido de dobrar seu setor cooperativo;

  • Influenciar a política mundial com a utilização da plataforma da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social para posicionar o cooperativismo como uma solução chave para os desafios globais;

  • Reforçar as cooperativas como agentes de transformação para destacar as contribuições essenciais das cooperativas para a Agenda 2030, além de defender um futuro mais justo e sustentável impulsionado pelo modelo cooperativo.

 

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Sistema OCB participa de lançamento do Plano de Escoamento da Safra 2025
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Sistema OCB participa de lançamento do Plano de Escoamento da Safra 2025

Governo anunciou investimentos de R$ 7,1 bilhões para melhorias em infraestutura e logística

 

Ministro Carlos Fávaro durante seu discurso. Foto: Antônio Cruz/Agência BrasilMinistro Carlos Fávaro apresenta detalhes do plano. Foto: Antônio Cruz/Agência BrasilO agronegócio brasileiro segue batendo recordes de produção e exportação, mas enfrenta desafios estruturais que limitam seu pleno potencial competitivo. Entre os principais gargalos estão a capacidade de armazenagem e a eficiência logística no escoamento da safra. Para enfrentar esses desafios, o governo federal anunciou, nesta quarta-feira (5), um pacote de investimentos no valor de R$ 7,1 bilhões voltado para obras e melhorias na infraestrutura de rodovias, ferrovias e portos.

A superintendente do Sistema OCB e presidente eleita do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella, participou da cerimônia de lançamento do Plano de Escoamento da Safra 2025, e destacou a importância das medidas que podem representar um avanço significativo para o setor. “Com a projeção de crescimento da produção agropecuária brasileira, é fundamental que os investimentos em logística acompanhem esse avanço”, declarou.

Ainda segundo ela, “o escoamento eficiente da safra é um fator decisivo para que o Brasil continue consolidando sua posição de liderança no comércio global. Políticas públicas que impulsionem a infraestrutura logística contribuem para que o cooperativismo agropecuário e todo o setor produtivo possa operar com mais eficiência e competitividade”.

A cerimônia foi coordenada pelos ministros da Agricultura (Mapa), Carlos Fávaro; dos Transportes, Renan Filho; e dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Eles apresentaram os principais números da produção e exportação brasileiras de grãos, carnes, frutas e outras culturas, assim como o potencial de crescimento e os desafios para garantir o armazenamento e escoamento da safra. A projeção para a safra 2024/2025 é de 1.250 milhões de toneladas, sendo 322 milhões apenas em grãos.

Os investimentos anunciados incluem melhorias e duplicações estratégicas de rodovias e ferrovias, com destaque para a reestruturação das malhas do Arco Norte, que abrange os estados do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Maranhão, e a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO). Para isso, serão investidos R$ 4,5 bilhões, um aumento de 25% em relação a 2024.

No caso dos portos, o investimento previsto é de R$ 1,7 bilhão e, em hidrovias, cerca de R$ 900 milhões. Também serão trabalhadas concessões portuárias que somam R$ 20 bilhões. A modernização do agro prevê, ainda, o reforço do Sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) e a digitalização completa dos processos da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O objetivo, segundo Fávaro, é garantir mais eficiência e segurança no comércio exterior.

Além disso, está prevista a realização de nove leilões de concessões rodoviárias e um ferroviário em 2025, ampliando a participação do setor privado no desenvolvimento da infraestrutura nacional.

 

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COP30: Agricultura reúne entidades para alinhar ações
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COP30: Agricultura reúne entidades para alinhar ações

 

Ministério propôs construção conjunta de narrativa para defender o setor

 

COP30: Agricultura reúne entidades para alinhar açõesA superintendente do Sistema OCB e presidente eleita do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella, participou nesta terça-feira (4) de reunião realizada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) para alinhamento das ações da pasta para a COP30. O encontro contou a presença de 59 representantes de 41 organizações do agronegócio que compõem o IPA. “Foi um momento importante para ouvir como o ministério está se estruturando para receber o agro brasileiro durante a COP30. A avaliação das entidades foi muito positiva porque o ministro Carlos Fávaro deixou claro que o setor terá presença garantida e que ele será enaltecido com dados que comprovam sua sustentabilidade no país”.

Carlos Fávaro reforçou o compromisso do ministério em defender o agronegócio brasileiro e de gerar mobilização contra ataques e informações distorcidas e/ou equivocadas. De acordo com Tania, a ideia defendida pelo ministro é não permitir calúnias e ofensas contra o agro brasileiro e ter sempre em mãos formas de demonstrar o trabalho responsável desenvolvido pelos produtores do país. “Ele propôs a construção conjunta desse discurso de forma colaborativa, para que possamos ampliar a importância do setor e transformar riscos em oportunidades”, explicou.

A reunião contou com uma apresentação técnica da Embrapa e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo sobre etapas e compromissos dos envolvidos, e o conjunto de ações que estarão sob coordenação do Mapa e do Ministério de Relações Exteriores, com foco em temas, estruturas integradas, roteiro de eventos preparatórios no Brasil e no exterior. O foco será a defesa da sustentabilidade, com a divulgação de boas práticas, transparência nas informações e promoção da imagem positiva do país.

Ainda segundo Tania, a proposta discutida é fazer com que a COP30 seja em favor do agro brasileiro, utilizando a ciência, as boas práticas e a diversidade de ações já desenvolvidas pelo setor em favor da preservação do meio ambiente e do aumento da produtividade de forma sustentável. “Para o cooperativismo agro, será uma oportunidade única, uma vez que a já atua com foco no combate às mudanças climática e terá muito para contribuir”, concluiu.

Confira no infográfico abaixo mais detalhes sobre as ações previstas pelo Sistema OCB na COP30:

 

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Sistema OCB destaca oportunidades com início dos trabalhos legislativos
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Sistema OCB destaca oportunidades com início dos trabalhos legislativos

Presença de parlamentares alinhados ao movimento colabora para diálogo com Senado e Câmara

O Congresso Nacional deu início aos trabalhos legislativos de 2025 com a eleição das novas Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, realizada no último sábado (1º). Para o biênio, cada Casa elegeu seus presidentes, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes, que irão compor a estrutura responsável por conduzir os debates e as deliberações do cenário político nos próximos anos.

Na Câmara dos Deputados, o deputado Hugo Motta (PB) foi eleito presidente. O parlamentar assumiu o cargo com o compromisso de dar continuidade aos trabalhos legislativos em um período marcado por desafios e demandas da sociedade brasileira.

A nova composição da Mesa Diretora inclui Altineu Côrtes (RJ) na 1ª vice-presidência, Elmar Nascimento (BA) na 2ª vice-presidência; Carlos Veras (PE) como 1º secretário; Lula da Fonte (PE) na 2ª secretaria; Delegada Katarina (SE) na 3ª secretaria; e Sérgio Souza (PR) como 4º secretário.

O deputado paranaense Sérgio Souzaé vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e dará continuidade ao seu papel de relevância na defesa das pautas do movimento. Já o deputado Paulo Foletto (ES), coordenador de Assuntos Sociais da Frencoop, ocupará a 2ª suplência da Mesa, o que reforça a representatividade do cooperativismo na Casa.

Para Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, o início dos trabalhos legislativos representa uma oportunidade para fortalecer ainda mais o diálogo entre o Poder Legislativo e o cooperativismo. “A presença de parlamentares comprometidos com nossas pautas estratégicas, como Sérgio Souza e Paulo Foletto, por exemplo, reforça a importância do movimento para o desenvolvimento sustentável do Brasil. O Sistema OCB seguirá atuando de forma proativa para avançar em projetos que beneficiem as cooperativas e a sociedade como um todo”, destacou.

Davi Alcolumbre (AP) comandará o Senado Federal. Ele retorna ao cargo que ocupou entre 2019 e 2021. A Mesa Diretora conta com Eduardo Gomes (TO) como 1º vice-presidente; Humberto Costa (PE) na 2ª vice-presidência; Daniella Ribeiro (PB) como 1ª secretária; Confúcio Moura (RO) como 2º secretário; Ana Paula Lobato (MA) na 3ª secretaria; e Laércio Oliveira (SE) como 4º secretário. A composição das comissões permanentes do Senado, que realizam a análise de proposições legislativas, será definida nos próximos dias.

Com a nova configuração do Congresso, o Sistema OCB, junto à Frencoop, concentra esforços na tramitação de pautas prioritárias para o cooperativismo em 2025, como o Projeto de Lei 815/2022, que trata da reorganização de cooperativas, e o PL 1.303/2022, voltado à ampliação da conectividade no campo por meio de cooperativas. Além disso, também será foco a apresentação e tramitação de Projeto de Lei de autoria do deputado Arnaldo Jardim (SP), que reconhece o cooperativismo como manifestação da cultura nacional e reforça sua importância para o desenvolvimento econômico e social do país.


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