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Segunda fase da campanha SomosCoop traz um case inédito por dia em agosto
Durante todo o mês de agosto, o Sistema OCB vai apresentar 27 histórias reais de cooperativas, uma de cada estado brasileiro, na segunda fase da Campanha SomosCoop. A ação evidencia como o modelo de negócios cooperativista gera oportunidades, fortalece comunidades e transforma a vida das pessoas, mostrando na prática o impacto da cooperação no país.
O Brasil que coopera
Os vídeos capturam histórias diversas: cooperativas que impulsionam a economia local, profissionais da saúde e da educação que se unem para oferecer serviços de qualidade, agricultores familiares que encontraram na união uma forma de crescer de forma sustentável, e empreendimentos coletivos que valorizam a cultura e geram oportunidades.
Para Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, o objetivo dessa fase é tornar visível o impacto real do cooperativismo na vida das pessoas.
“Queremos mostrar na prática como ele transforma realidades. Cada história apresentada é uma prova de que, quando cooperamos, todos prosperam”, destaca.
No primeiro semestre, o SomosCoop lançou a fase inicial da campanha, com forte apelo inspiracional, convidando a sociedade a refletir sobre os impactos da cooperação com o mote Bora Cooperar por um mundo melhor?.
Agora, o movimento avança para o momento de evidenciar resultados concretos. A cada episódio, o público vai conhecer pessoas que encontraram no cooperativismo soluções para desafios econômicos e sociais, reforçando que a cooperação é um modelo de negócios que coloca as pessoas no centro das decisões.
Sustentabilidade
E vem mais por aí! A terceira fase da campanha já está em preparação e vai mostrar como as cooperativas transformam seus valores em ações que impactam positivamente o planeta e as comunidades.
O foco será em práticas ligadas à sustentabilidade e ao ESG, em sintonia com a agenda global e com a proximidade da COP30, reforçando que cooperar também é um caminho para construir um futuro melhor.
Essas histórias também conectam a campanha aos números do AnuárioCoop 2025, lançado nesta quinta-feira (31) pelo Sistema OCB, que mostra a força do cooperativismo brasileiro: mais de 25,8 milhões de cooperados, presença em 64% do território nacional e atuação em oito ramos de atividade, que vão do agro à saúde, passando por crédito, transporte, infraestrutura, seguros, trabalho e consumo.
“A campanha une dados e emoção. O anuário mostra a dimensão do cooperativismo no Brasil, e as histórias traduzem isso em rostos, ações e impactos reais nas comunidades”, reforça Samara.
Interação
O público poderá acompanhar diariamente os episódios em formatos curtos e envolventes, pensados para mostrar o cotidiano das cooperativas e como elas impactam positivamente a vida de milhões de brasileiros. Além de assistir, quem acompanha o movimento poderá compartilhar as histórias e ampliar a mensagem da campanha.
“O cooperativismo é feito por pessoas e para pessoas. Quando mostramos histórias reais, aproximamos o público e convidamos cada brasileiro a fazer parte dessa transformação. Esse é o espírito do ‘Bora Cooperar’”, conclui Samara Araújo.
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Encontro reuniu jovens latino-americanos e caribenhos para debater desenvolvimento social
O cooperativismo brasileiro teve papel de destaque no Encontro Regional das Américas do Fórum Internacional Nós, a Juventude (IFWY), realizado em São Paulo nos dias 28 e 29 de julho. O evento foi promovido pelo Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD) em parceria com a ACI Américas, e integra uma iniciativa global que busca mobilizar jovens para propor soluções aos desafios do século XXI, com foco em desenvolvimento sustentável, inclusão social e inovação.
O encontro reuniu jovens da América Latina e do Caribe, em uma programação intensa de debates, oficinas e grupos de trabalho, resultando na Declaração Regional das Américas, documento que sintetiza as principais demandas e propostas da juventude da região. Este texto fará parte de um posicionamento global a ser apresentado na Conferência Mundial do IFWY, que ocorrerá em outubro, em Seul, na Coreia do Sul, reunindo contribuições das quatro regiões participantes — Américas, Europa, África e Ásia-Pacífico.
Com o tema Nosso futuro sustentável: paz e cooperação, o fórum incentiva que jovens de 18 a 35 anos levem suas ideias transformadoras a espaços estratégicos de decisão. Além de consolidar um documento oficial, o IFWY atua como plataforma de liderança juvenil, com potencial de repercutir em agendas internacionais como a 2ª Cúpula Social da ONU, G20 e COP30.
Cooperativismo brasileiro em destaque
O Sistema OCB participou do evento em duas frentes: como representante institucional, fortalecendo o vínculo do cooperativismo brasileiro com a ACI Américas, e como mobilizador de jovens brasileiros, que vivenciaram a experiência de construir políticas e propostas em escala internacional.
Jovens do Brasil participaram do processo seletivo com projetos inovadores em áreas como justiça social, desenvolvimento sustentável, inclusão financeira e educação cooperativa. Após análise técnica e votação pública, 12 jovens foram escolhidos para representar o país no encontro regional. Durante dois dias de atividades, eles integraram grupos de trabalho e plenárias, contribuindo diretamente para o conteúdo da Declaração das Américas, que expressa a visão da juventude sobre trabalho decente, integração regional, economia social e solidária, educação inclusiva e ação climática.
Para o presidente da ACI Américas, José Alves, a etapa brasileira do fórum refletiu o poder de mobilização e influência da juventude na construção de agendas transformadoras. “A juventude das Américas demonstra aqui sua capacidade de articulação e visão de futuro. Este encontro vai muito além da troca de experiências, é um espaço onde ideias se tornam propostas concretas, capazes de influenciar fóruns globais. O cooperativismo, com sua essência solidária, é um instrumento poderoso para transformar essas ideias em ações reais e duradouras”, declarou.
Voz da juventude
O grande resultado do encontro foi a Declaração Regional das Américas, que consolida os pleitos e propostas da juventude latino-americana e caribenha. O documento traz recomendações sobre políticas públicas e práticas sociais que reforçam a importância da cooperação internacional, da sustentabilidade e da inclusão de jovens em processos decisórios.
Cada uma das quatro regiões do IFWY apresentará uma declaração semelhante. Na conferência global em Seul, os textos serão consolidados em uma Declaração Mundial da Juventude, que servirá de referência para agências da ONU, governos e organizações internacionais, demonstrando que os jovens não apenas querem ser ouvidos, mas estão prontos para liderar mudanças concretas.
A participação no IFWY permitiu que jovens brasileiros compartilhassem experiências vividas em cooperativas e conhecessem realidades de outros países, fortalecendo uma rede internacional de liderança juvenil. Para muitos, representar o Brasil em um fórum global foi uma oportunidade de aprendizado e também de orgulho pelo cooperativismo nacional.
Para Luiza Cascaes, analista de Marketing e Planejamento, o evento foi uma experiência de crescimento pessoal e profissional. “Foram dias de muito aprendizado e networking. Ver jovens que não conheciam o cooperativismo saindo encantados e perceber tanto engajamento foi inspirador”.
A conexão em torno de um mesmo propósito marcou a experiência de Thereza Raquel, analista de Relações Governamentais. “Apesar das diferenças culturais, o cooperativismo nos une e nos faz acreditar que é possível construir um futuro melhor juntos”.
Com olhar voltado à inovação, Eduardo Sampaio, analista de Inovação, destacou o impacto prático do encontro. “Co-criamos ideias e propostas que podem influenciar políticas públicas e estratégias para o futuro. A juventude está pronta para transformar”.
Para Yann Teixeira, analista Tributário, o fórum foi um exemplo de cooperação global. “Suplantamos diferenças culturais e linguísticas para criar propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável, mostrando que os valores cooperativistas podem inspirar ações transformadoras em escala local e global”.
Já Pedro Garcia, analista de Licitações e Compras, definiu o encontro como um marco. “O que mais me marcou foi a potência do trabalho coletivo. A juventude está preparada para liderar processos de mudança, e este fórum mostrou que há instituições dispostas a apostar no nosso protagonismo. Saí inspirado e comprometido em transformar essas ideias em ações reais”.
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Cresce participação no movimento que já congrega 12% da população do país
Mais de 25 milhões de brasileiros já escolheram o cooperativismo como caminho para empreender, crescer e transformar realidades. O Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025, divulgado pelo Sistema OCB nesta quinta-feira (31), mostra que o número de cooperados atingiu a marca histórica de 25,8 milhões em 2024, o que representa 12,14% da população do país. Trata-se de um crescimento de 66% nos últimos cinco anos, um reflexo direto da confiança da sociedade em um modelo de negócios que alia desenvolvimento econômico, inclusão social e sustentabilidade.
O Anuário revela uma expansão consistente em praticamente todos os indicadores do setor. As 4.384 cooperativas registradas no país geraram 578 mil empregos diretos em 2024, com um crescimento de 5% em relação ao ano anterior — percentual que supera a taxa de crescimento da força de trabalho nacional, que foi de 1,4% no período, segundo dados do IBGE. Com presença em 3.586 municípios, as cooperativas seguem como protagonistas do desenvolvimento regional, oferecendo soluções concretas nas áreas de crédito, saúde, transporte, agricultura, consumo, infraestrutura, trabalho e serviços.
O desempenho econômico do cooperativismo também impressiona. Os ingressos do setor somaram R$ 757,9 bilhões no ano, um aumento de 9,5% em relação a 2023 — crescimento quase três vezes superior à alta do PIB nacional no mesmo intervalo. As cooperativas distribuíram R$ 51,4 bilhões em sobras, valor 32% maior que o registrado no ano anterior, e aplicaram R$ 41,5 bilhões no pagamento de salários e encargos, alta de 30,9%. Desde 2019, esses valores mais que dobraram, refletindo o crescimento da força de trabalho e o investimento contínuo na valorização das pessoas.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, os números reforçam a vocação do cooperativismo para gerar prosperidade compartilhada e oportunidades reais para milhões de brasileiros. “O AnuárioCoop mostra que o cooperativismo segue como uma das principais forças motrizes da economia brasileira. Estamos presentes em todos os estados, promovendo desenvolvimento com justiça social e compromisso com as pessoas. Esses resultados são fruto de um modelo de negócios que une competitividade e sustentabilidade”, afirma.
A edição de 2025 do Anuário também revela avanços importantes na inclusão. As mulheres já representam 52% do quadro de empregados nas cooperativas, consolidando uma tendência positiva de maior equidade. Entre os cooperados, 42% são mulheres, número que vem crescendo gradualmente e reflete o protagonismo feminino nas decisões e nos resultados do setor.
No campo, as 1.172 cooperativas agropecuárias continuam sendo uma potência. Elas respondem por mais da metade da produção nacional de grãos e fibras no Brasil. Em 2024, geraram R$ 438 bilhões em ingressos e R$ 30 bilhões em sobras. Segundo o presidente Márcio, “o cooperativismo agropecuário segue fazendo o que faz de melhor: cultivando desenvolvimento e colhendo prosperidade mesmo em momentos de incerteza. As cooperativas do ramo mais uma vez apresentaram suas virtudes, levando escala, infraestrutura e assistência técnica ao campo, com foco na perenidade dos negócios dos cooperados”.
Outros ramos também se destacaram em 2024. As cooperativas de crédito consolidaram-se como a maior rede física de atendimento financeiro do Brasil, com 10.220 pontos de atendimento e presença exclusiva em 469 municípios, promovendo a inclusão bancária e o acesso ao crédito em regiões muitas vezes esquecidas pelo sistema tradicional. No setor de saúde, 16 das 18 operadoras médico-hospitalares com nota máxima da ANS são cooperativas Unimed, reforçando a excelência do modelo cooperativista na saúde suplementar. Já no Ramo Infraestrutura, as cooperativas permanecem entre as 20 distribuidoras de energia elétrica mais bem avaliadas do país, de acordo com o índice de satisfação da Aneel.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Costa, ao reunir e organizar os principais dados do setor, o AnuárioCoop se firma como uma ferramenta estratégica de gestão, representação e comunicação. “Essa publicação é uma base sólida para decisões que fortalecem o cooperativismo como política pública e como escolha de vida para milhões de brasileiros. A informação é um dos nossos maiores ativos para crescer com propósito”, ressalta.
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Com programação diversa, evento busca fortalecer redes produtivas e políticas públicas
O Encontro do Cooperativismo Alagoano (Encoopal) 2025 ocorre nesta terça-feira (22), no Palácio República dos Palmares, em Maceió, com uma programação dedicada ao fortalecimento do setor no estado. Realizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), o evento tem como tema Cooperativas: promovendo soluções inclusivas e sustentáveis por um mundo melhor e reúne representantes de cooperativas, gestores públicos e lideranças nacionais.
A solenidade de abertura contou com apresentações culturais e a participação de autoridades, entre elas a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella. Em sua fala, Tania destacou o papel estratégico do cooperativismo na construção de uma economia mais justa e resiliente. “O cooperativismo é uma força capaz de transformar comunidades. Mais do que números e indicadores, falamos de pessoas que se unem para gerar oportunidades, reduzir desigualdades e cuidar do meio ambiente. É isso que nos move e nos permite ser parte ativa das soluções que o mundo precisa”, afirmou.
A programação do Encoopal inclui palestras temáticas, rodas de conversa e relatos de experiências bem-sucedidas no estado, além de debates sobre políticas públicas para o setor. Segundo o secretário executivo do Cooperativismo em Alagoas, Benedito Júnior, o evento é um espaço de diálogo e construção coletiva. “Estamos investindo no fortalecimento das redes produtivas com base na agroecologia e no protagonismo das cooperativas da agricultura familiar. O Encoopal é um território de formação e escuta ativa para consolidar o cooperativismo como motor do desenvolvimento sustentável”, disse.
Tania também reforçou o momento histórico vivido pelo setor com o Ano Internacional das Cooperativas. “Este é um marco que amplia nossa visibilidade no Brasil e no mundo. Queremos aproveitar essa oportunidade para mostrar como as cooperativas brasileiras já entregam soluções concretas para os desafios globais, seja no campo, na saúde, no crédito ou em tantos outros segmentos onde atuamos”, pontuou.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 4,5 mil cooperativas, que reúnem 23,4 milhões de cooperados e gera cerca de 550 mil empregos diretos. Em Alagoas, o modelo tem se destacado pelo impacto positivo em comunidades rurais e urbanas, fortalecendo cadeias produtivas e promovendo inclusão financeira e social.
O Encoopal 2025 segue ao longo do dia com painéis voltados à promoção de boas práticas, integração institucional e celebração das conquistas do cooperativismo em Alagoas.
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Evento reuniu lideranças de 60 países para debater inovação, inclusão e futuro do coop de crédito
Clara Maffia durante sua fala na WCUC 2025Entre os dias 14 e 16 de julho, Estocolmo, na Suécia, sediou a 20ª edição da Conferência Mundial de Cooperativas de Crédito (WCUC 2025), promovida pelo World Council of Credit Unions (WOCCU). O evento, considerado o principal encontro global do cooperativismo de crédito, reuniu mais de 1,8 mil participantes de cerca de 60 países, incluindo lideranças cooperativistas, autoridades regulatórias e especialistas em inovação, sustentabilidade e inclusão financeira.
O Sistema OCB foi representado pela gerente de Relações Institucionais, Clara Pedroso Maffia, que conduziu uma sessão no dia 16 de julho com o tema Colaboração Pacífica: Como política e crescimento caminham juntos. A apresentação de Clara trouxe reflexões sobre o papel das cooperativas de crédito no Brasil e sua capacidade de dialogar com políticas públicas para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável.
Durante sua participação, Clara abordou a importância de políticas públicas alinhadas ao cooperativismo, destacando o modelo brasileiro como um exemplo de equilíbrio entre solidez financeira e impacto social. “As cooperativas de crédito brasileiras têm mostrado como é possível crescer de forma sustentável, mantendo os princípios de cooperação e a proximidade com os cooperados”, afirmou.
A gerente também destacou que o trabalho unificado pelo Sistema OCB, como representante máximo do cooperativismo no Brasil, tem contribuído fortemente para a construção de um ambiente normativo e regulatório favorável ao desenvolvimento das cooperativas e para que elas possam desempenhar melhor seu papel de inclusão financeira. “A lei que atualizaram o Sistema Financeiro de Crédito Cooperativo (SFCC) é um exemplo importante dessa atuação, descreveu.
Para Clara, o evento foi uma oportunidade estratégica de elevar o protagonismo do cooperativismo de crédito brasileiro no cenário internacional. “Ao trazer nossa experiência em governança, tecnologia e inclusão financeira, mostramos que o cooperativismo brasileiro tem muito a oferecer e tem sido reconhecido globalmente”, ressaltou.
Ela também ressaltou que o tema O Futuro é Cooperativo, escolhido pela conferência para celebrar as duas décadas de realização do evento, reflete o momento de transformação e resiliência pelo qual passa o setor. “Participar desta edição em Estocolmo, principalmente em ano tão simbólico para o cooperativismo, com a declaração de Ano Internacional das Cooperativas pela ONU, reforça nosso compromisso com uma agenda global baseada na confiança e na inovação”, completou a dirigente.
A programação incluiu momentos marcantes, como a tradicional cerimônia das bandeiras, que celebrou a diversidade dos países participantes, e a divulgação da nova estratégia trienal do WOCCU, com foco em ampliar o advocacy internacional junto a organismos como a ONU, o G20 e o Comitê de Basileia.
O Brasil se destacou em diversos momentos. Representantes de cooperativas brasileiras compartilharam cases sobre o uso de inteligência artificial, inclusão financeira e programas de educação para jovens. Para Clara Maffia, essas trocas fortalecem o movimento. “O Brasil apresentou soluções que unem tradição e tecnologia, desde o uso de IA para otimizar o atendimento até projetos sociais que levam educação financeira a milhares de pessoas. Esses cases mostram como o cooperativismo pode ser uma ferramenta poderosa de transformação”, afirmou.
Além dos debates, as sessões Connect & Collaborate possibilitaram o encontro entre profissionais de cooperativas de diferentes continentes para compartilhar experiências sobre cibersegurança, compliance e inclusão digital.
A conferência também valorizou o investimento em novas lideranças e diversidade. Iniciativas como o Global Women’s Leadership Network (GWLN) e o Young Credit Union Professionals (YCUP) deram espaço a jovens e mulheres de diferentes países, incluindo o Brasil, que receberam reconhecimento por projetos de impacto social e inovação.
A WCUC 2025 destacou ainda a necessidade de o movimento cooperativista se posicionar de forma estratégica em debates internacionais e ampliar sua presença nos fóruns globais. “A participação na WCUC 2025 nos conecta ao que há de mais atual no cooperativismo de crédito. Saímos com ideias e parcerias que podem fortalecer ainda mais o modelo brasileiro, tanto no campo regulatório quanto em inovação tecnológica”, concluiu Clara Maffia.
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Evento em Nova Iorque mostrou como cooperativas transformam economias e comunidades
Fabíola em pronunciamento no evento da ONUO Sistema OCB marcou presença em um importante espaço de diálogo internacional promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, foi uma das painelistas do evento paralelo do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (HLPF), realizado em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas, nesta sexta-feira (18), em Nova York.
Sob o tema Cooperativas: promovendo a justiça social, o trabalho digno e a democracia econômica, o encontro reuniu lideranças cooperativistas das Américas, representantes de governos e organismos internacionais para compartilhar experiências e debater soluções para reduzir desigualdades e fomentar o desenvolvimento sustentável.
Durante sua participação no painel Trabalho decente e economia do cuidado, Fabíola destacou o protagonismo das cooperativas brasileiras na geração de empregos, no fortalecimento de políticas públicas inclusivas e no enfrentamento dos desafios da agenda climática. “O cooperativismo é, por essência, um modelo de desenvolvimento que coloca as pessoas no centro, promovendo oportunidades de trabalho digno, inclusão social e desenvolvimento sustentável nos territórios onde atua”, afirmou.
Fabíola apresentou os dados do estudo conduzido pelo Sistema OCB em parceria com Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe), que evidenciam o impacto positivo das cooperativas na economia brasileira. “A presença de uma cooperativa em uma cidade eleva em mil dólares o PIB per capita local. Além disso, cada real investido em produtos e serviços cooperativos gera R$ 1,65 em produção econômica”, explicou. “Esses números comprovam que as cooperativas geram empregos, movimentam o comércio e aumentam as exportações, promovendo prosperidade urbana e rural”, acrescentou.
A gerente-geral também ressaltou o momento estratégico para o setor, com proclamação do Ano Internacional das Cooperativas e a realização da COP30 no Brasil em novembro. “Essa é uma oportunidade única para demonstrar a capacidade do nosso modelo de negócios para responder às emergências climáticas e promover um modelo econômico inclusivo, democrático e sustentável. Queremos que mais países adotem políticas que permitam às cooperativas expandirem seu potencial transformador”, disse.
Manifesto para a COP 30
Durante sua fala, a gerente-geral apresentou o Manifesto do Cooperativismo para a COP 30, elaborado a partir de uma ampla escuta junto a lideranças do setor. O documento, disponível em três idiomas, propõe cinco eixos estratégicos para o fortalecimento do cooperativismo na agenda climática: Segurança alimentar e agricultura de baixo carbono; Acesso ao financiamento climático para comunidades; Transição energética justa e inclusiva; Bioeconomia como vetor de desenvolvimento sustentável; e Adaptação e resiliência climática.
Entre as iniciativas destacadas pela gerente-geral estiveram o Programa ESGCoop, que apoia cooperativas com diagnósticos, capacitações e consultorias em sustentabilidade como as soluções Neutralidade de carbono e Eficiência energética e o Programa NegóciosCoop, voltado para ampliar a presença dos produtos cooperativos nos mercados nacional e internacional, especialmente as de pequeno porte da agricultura familiar, artesanato e reciclagem.
“Já temos iniciativas reais que sustentam essas propostas e pedimos a inclusão do cooperativismo nos planos climáticos nacionais, no acesso ao financiamento internacional e nos diálogos que vão moldar a nova governança global. Juntos, queremos garantir que a voz cooperativista seja ouvida e o nosso movimento, fortalecido. O verde precisa ser reconhecido como valor econômico e social. E o cooperativismo é o caminho para viabilizar essa transição com justiça e participação”, concluiu Fabíola.
Papel estratégico
Representando o governo brasileiro, o embaixador Norberto Moretti destacou o papel estratégico das cooperativas na promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo. Ele ressaltou que o país vem avançando em políticas públicas de apoio ao setor. “O governo brasileiro está comprometido com o fortalecimento do marco legal e institucional de apoio ao cooperativismo. As cooperativas estão no centro dos esforços para reduzir a pobreza rural e fortalecer as economias locais”, afirmou.
O evento foi organizado pela Missão Permanente do Chile junto à ONU e pelo Escritório Regional das Américas da Aliança Cooperativa Internacional (ACI-Américas). A iniciativa buscou fortalecer o intercâmbio entre cooperativas, governos e o sistema ONU, além de propor recomendações para políticas públicas voltadas à justiça social, trabalho decente e democracia econômica.
Representantes do Uruguai, Paraguai, Equador e Estados Unidos também compartilharam experiências sobre como o modelo cooperativo contribui para reduzir desigualdades e estimular o crescimento econômico local. O painel reforçou ainda a importância da economia do cuidado, com destaque para a resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que reconhece o papel das cooperativas na promoção da igualdade de gênero e acesso a serviços de qualidade.
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Regimento da Comissão foi aprovado em reunião no Ministério do Trabalho e Emprego
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sediou, nesta quinta-feira (17), a primeira reunião da Comissão Organizadora Nacional (CON) da 2ª Conferência Nacional do Trabalho. O encontro marcou o início oficial da organização da conferência, que será realizada em março de 2026, em São Paulo. O Sistema OCB, por meio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), tem participação ativa na CON, com assento titular na bancada dos empregadores.
Coordenado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o encontro teve como pauta principal a aprovação do regimento interno da Comissão, que será publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União. A CON é de caráter tripartite e reúne representantes do governo federal, das centrais sindicais e das confederações de empregadores.
Durante a reunião, também foi definido o calendário das conferências estaduais e distrital, que ocorrerão entre os dias 15 de setembro e 12 de dezembro de 2025. Essas etapas preparatórias vão subsidiar os debates da fase nacional, prevista para a segunda semana de março de 2026.
Para o coordenador de relações trabalhistas e sindicais da CNCoop, Bruno Vasconcelos, o clima de cooperação entre os membros da Comissão reforça a importância da construção coletiva. “A transparência e o diálogo permanente, buscando sempre o consenso, serão fundamentais para que a etapa nacional tenha bons debates em prol do aprimoramento das relações de trabalho”, afirmou.
A participação do Sistema OCB na CON é estratégica para garantir que os interesses do setor cooperativista estejam representados nas discussões que impactam diretamente as relações de trabalho no país.
A Conferência Nacional do Trabalho reunirá cerca de 700 delegados de todo o Brasil para discutir políticas públicas de emprego e trabalho decente. O evento visa desenvolver diretrizes que impactem as políticas públicas do trabalho e o programa geral de governo relacionado ao mundo do trabalho.
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Projeto reduz burocracia, valoriza protagonismo dos estados e garante equilíbrio entre produção e proteção ambiental
Deputado Zé Vitor foi o relator do licenciamento ambiental. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosO Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (16), o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021), que estabelece um novo marco legal para o tema no Brasil. O texto busca tornar o processo de licenciamento mais eficiente, racional e seguro para o setor produtivo, ao mesmo tempo em que reforça o compromisso com a preservação ambiental. A proposta segue agora para sanção do presidente da República, que tem prazo de 15 dias úteis para sancionar ou vetar o projeto, no todo ou em partes
Entre os avanços, o projeto reconhece o papel de destaque dos estados na condução do licenciamento ambiental, evitando a centralização excessiva na União e garantindo que as peculiaridades regionais sejam consideradas. Também padroniza modalidades de licença e critérios para concessão, conferindo previsibilidade e segurança jurídica aos empreendedores.
Para o Sistema OCB, a modernização da legislação atende a uma demanda histórica do cooperativismo e de outros segmentos produtivos, ao reduzir entraves burocráticos e estimular investimentos em diferentes áreas da economia. “Esse novo marco traz equilíbrio e clareza ao processo de licenciamento ambiental. Ele permite que a atividade produtiva continue gerando emprego e renda, respeite as especificidades de cada região e garanta a proteção ao meio ambiente”, avalia Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agro (IPA).
O relator do projeto na Câmara, deputado Zé Vitor (MG), coordenador de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Frencoop, destacou o caráter histórico da aprovação e a importância de uma legislação unificada para o licenciamento ambiental no país: “Depois de 21 anos de debates no Congresso, construímos um texto equilibrado e que dá mais racionalidade ao processo de licenciamento, sem abrir mão da proteção ambiental. Nosso objetivo é criar uma lei geral clara, que respeite as especificidades regionais e valorize a autonomia de estados e municípios.”
Ele também reforçou o papel do Parlamento na definição das normas: “É o Legislativo quem deve estabelecer as regras, ouvindo as diferentes áreas do governo e da sociedade. Essa proposta traz mais segurança jurídica para todos e fortalece a responsabilidade compartilhada na preservação ambiental.”
Mais eficiência e menos sobreposição
O texto aprovado também aprimora a forma de participação das chamadas “autoridades envolvidas”, ao mitigar sobreposições de atuação entre órgãos públicos e evitar que o licenciamento ambiental seja sobrecarregado por temas alheios à área ambiental. Além disso, traz mais segurança para os servidores responsáveis pela concessão das licenças, protegendo-os de punições indevidas decorrentes de entendimentos técnicos adotados com base na legislação vigente.
Além disso, o projeto traz dispositivos específicos que dialogam diretamente com atividades realizadas por cooperativas:
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Mineração: a atividade passa a ser contemplada nas novas regras, evitando a criação de normas isoladas para o setor, o que poderia gerar insegurança jurídica.
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Produção agropecuária primária: quando já submetidas a outras formas de controle do poder público, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), essas atividades não estarão sujeitas a licenciamento ambiental adicional.
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Transportes e logística: obras de infraestrutura ganham regras diferenciadas. Manutenções e melhorias em empreendimentos já existentes poderão ser realizadas sem a necessidade de novo licenciamento, enquanto obras estratégicas terão modalidades próprias para análise ambiental.
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Cadeia agroindustrial: o texto ratifica formas menos burocráticas de licenciamento, como a licença por adesão e compromisso e a licença única, simplificando processos para agroindústrias cooperativistas.
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Crédito: estabelece critérios mais claros sobre a responsabilidade ambiental de financiadores, evitando que cooperativas de crédito sejam responsabilizadas por danos ambientais provocados pelas atividades financiadas.
Para Tania, o impacto é positivo para o cooperativismo principalmente porque o ele atua em ramos estratégicos. “Um licenciamento mais ágil e seguro é fundamental para destravar projetos importantes e acelerar o desenvolvimento sustentável em diversas regiões do país”, destaca. E acrescenta: “a nova lei moderniza um sistema que, há anos, era apontado como um dos principais gargalos para o crescimento econômico. Trata-se de um avanço que permitirá conciliar o desenvolvimento produtivo com os cuidados ambientais, dentro de uma lógica mais moderna e eficiente”.
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Texto substitutivo aprovado pela comissão especial segue para votação no Plenário da Câmara
A Comissão Especial da Câmara dos Deputados destinada a avaliar a proposta de reforma do Imposto de Renda (IR) aprovou, nesta quarta-feira (16), o parecer ao Projeto de Lei (PL) 1.087/2025. O texto, relatado pelo deputado Arthur Lira (AL), institui novas regras de tributação para pessoas físicas e jurídicas, além de prever uma tributação mínima para rendas mais altas.
Com a aprovação no colegiado, a matéria será remetida para análise do Plenário da Câmara dos Deputados. A expectativa é de que a deliberação ocorra no segundo semestre, após o recesso parlamentar. Entre os pontos do parecer aprovado destacamos a exclusão da tributação mínima do IR sobre lucros e dividendos apurados até 31 de dezembro de 2025, mesmo que sejam distribuídos posteriormente, e a previsão de um redutor da tributação mínima, considerando o imposto já pago por pessoas físicas e jurídicas.
Em meio ao debate sobre o projeto, o Sistema OCB atuou para garantir ajustes importantes ao texto, como resguardar a atividade agropecuária cooperativista. Graças à articulação da entidade e de outras organizações do setor, o substitutivo aprovado trouxe um esclarecimento relevante: o conceito de rendimentos do produtor rural deverá considerar o resultado apurado conforme a Lei nº 8.023/1990, evitando interpretações que poderiam gerar impactos negativos ao segmento.
Segundo a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, o movimento cooperativista se mantém atento a todas as discussões sobre a reforma tributária e vem acompanhando de perto os desdobramentos do PL 1.087/2025. “Trabalhamos para que a legislação tributária reconheça as especificidades do cooperativismo. Nosso foco é mitigar riscos e contribuir com soluções que preservem a competitividade do setor”, afirmou.
O Sistema OCB também tem dialogado com parlamentares e autoridades para garantir que o ambiente regulatório leve em consideração a importância socioeconômica das cooperativas no Brasil. A proposta do Executivo busca, por um lado, reduzir o imposto devido nas bases de cálculo mensal e anual para contribuintes de baixa e média renda e, por outro, instituir uma tributação mínima sobre pessoas físicas com rendas elevadas. Entre as principais mudanças, destacam-se:
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Isenção do IR para contribuintes com rendimentos mensais de até R$ 5 mil;
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Redução Parcial do IR com rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350
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Tributação mínima de IR sobre lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas acima de determinados patamares;
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Tributação de 10% sobre dividendos enviados ao exterior.
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Previsão de redutor da tributação mínima do IR considerando a tributação tanto na pessoa física quanto na pessoa jurídica
O debate na comissão especial foi marcado por posicionamentos diversos, com argumentos favoráveis à progressividade do sistema e ressalvas quanto ao impacto da tributação de dividendos sobre investimentos e a geração de empregos.
Tania reforçou que o Sistema OCB continuará acompanhando a tramitação da proposta até sua análise final. “Seguiremos atentos para garantir que a reforma do Imposto de Renda não traga distorções ou prejuízos às cooperativas”, pontuou.
A expectativa é que o projeto seja votado pelo Plenário da Câmara no segundo semestre. Caso seja aprovado, seguirá para apreciação do Senado Federal antes do envio para sanção pelo presidente da República.
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Comissão mista inicia análise da medida que trata da tributação de aplicações financeiras, ativos virtuais e aumento da CSLL
Renan Calheiros será o relator da MP. Foto: Carlos Moura/Agência SenadoO Congresso Nacional instalou, nesta terça-feira (15), a comissão mista responsável por analisar a Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que altera regras de tributação sobre aplicações financeiras, ativos virtuais e aumenta a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A medida, enviada pelo Executivo em junho, visa compensar a revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A comissão será presidida pelo senador Renan Calheiros (AL) e terá como relator o deputado Carlos Zarattini (SP).
Durante a reunião de instalação, foram agendadas quatro audiências públicas para o mês de agosto, com o objetivo de aprofundar o debate sobre os principais pontos da MP. A primeira, marcada para o dia 7, contará com a presença de um representante do Ministério da Fazenda. Os demais encontros abordarão temas como tributação de ativos hoje isentos, o aumento da CSLL, a taxação sobre apostas e a situação do seguro-defeso de pescadores.
A MP precisa ser aprovada pela comissão mista e, posteriormente, pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado até o dia 9 de outubro, prazo final para sua validade. Nesse sentido, o Sistema OCB e a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) acompanham com atenção a tramitação da proposta e têm atuado para minimizar impactos negativos sobre o ambiente de negócios das cooperativas brasileiras.
“O cooperativismo não pode ser penalizado por medidas que desconsideram as particularidades do setor. A MP traz pontos sensíveis que afetam diretamente o crédito rural, o mercado imobiliário e a competitividade das cooperativas de crédito”, afirma o presidente Márcio Lopes de Freitas.
A atuação conjunta do Sistema OCB e da Frencoop já resultou, anteriormente, na assinatura de um manifesto contra decretos presidenciais que previam o aumento do IOF, o que elevaria significativamente os custos de crédito, câmbio e seguros para o setor. “O cooperativismo é responsável por grande parte do financiamento do agronegócio, por exemplo. Qualquer medida que reduza sua capacidade de atuar pode ter efeitos graves sobre a economia real, especialmente nas regiões onde as instituições tradicionais não chegam”, reforça o presidente Márcio.
O Sistema OCB continuará acompanhando as audiências públicas sobre a MP e dialogando com os parlamentares da comissão mista para garantir que oas especificidades e a importância estratégica do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do país sejam respeitadas
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Doze jovens vão representar o movimento no fórum internacional “Nós, a Juventude”
O cooperativismo brasileiro terá uma participação especial em um dos mais importantes eventos internacionais voltados à juventude em 2025. O Sistema OCB, em parceria com a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), organiza o evento regional do Fórum Internacional Nós, a Juventude (IFWY, na sigla em inglês), promovido pelo Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD). A iniciativa é uma oportunidade inédita para jovens engajados no movimento ampliarem seu protagonismo em discussões globais sobre desenvolvimento sustentável, inclusão e inovação social.
Com o tema Nosso futuro sustentável: paz e cooperação, o fórum reúne jovens de 18 a 35 anos em diferentes regiões do mundo para debater soluções transformadoras para os desafios do século XXI. A etapa regional das Américas acontece entre julho e setembro e antecede a conferência global marcada para outubro, em Seul, na Coreia do Sul.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou o significado da participação brasileira no evento. “Acreditamos no potencial dos jovens para liderar mudanças sociais significativas. Essa é uma oportunidade para que nossos representantes compartilhem o que o cooperativismo tem feito pelo desenvolvimento humano e também para que tragam novas ideias que possam inspirar nossas cooperativas em todo o país”, afirmou.
O Nós, a Juventude é estruturado em três etapas: os Diálogos Regionais, que mobilizam jovens líderes em cada continente; a Conferência Global, que reunirá os mais votados e selecionados pelos comitês técnicos; e, por fim, a indicação de embaixadores juvenis para representar o fórum em agendas internacionais como a COP30 e as cúpulas da ONU.
Brasil em destaque
Mais de 50 jovens brasileiros participaram da etapa de seleção com propostas inovadoras em áreas como justiça social, desenvolvimento sustentável, inclusão financeira e educação cooperativa. Além da votação pública online, o comitê organizador considerou critérios como equilíbrio regional e de gênero, diversidade de temas, engajamento nas redes e alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Ao final do processo, doze jovens foram escolhidos para representar o Brasil no evento regional:
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Luiza Cascaes
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Thereza Silva
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Pedro Garcia
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Rodolfo Jordão
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Arthur Nery
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Eduardo Sampaio
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Yann Teixeira
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Larissa Lima de Souza
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Luísa Beatriz de Oli
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Marcio Caldo Moreira
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Nicol Manuela García
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Renato Zancan
A seleção é motivo de orgulho para o movimento cooperativista nacional, que tem trabalhado para incentivar a participação juvenil e o fortalecimento de lideranças capazes de construir um futuro mais justo e sustentável. “O esforço coletivo já colocou o cooperativismo nos holofotes internacionais. Seguiremos acompanhando e apoiando os jovens que desejam transformar suas ideias em ações concretas”, concluiu Márcio.
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Artigo sobre sustentabilidade financeira em cooperativas de saúde é reconhecido em evento no Canadá
O cooperativismo brasileiro conquistou destaque na 5ª Conferência Mundial de Pesquisa da Aliança Cooperativa Internacional (ICA CCR Global Research Conference 2025), realizada entre os dias 8 e 11 de julho, em Montreal, Canadá. O Sistema OCB foi premiado na categoria Noel Juban – Best Paper on SSE and Health (Noel Juban - Melhor Artigo em Economia Social e Solidária e Saúde) com o artigo Forecasting Financial Distress in Brazilian Healthcare Cooperatives: A Regularized Logit Approach (Prevendo Insolvência em Cooperativas de Saúde Brasileiras), de autoria dos analistas da entidade, Thiago Victorino, Arthur Nery e Rodrigo Rangel.
O evento, promovido no contexto do Ano Internacional das Cooperativas 2025, teve como tema central Intercooperação para nossos futuros comuns, reunindo pesquisadores, educadores, profissionais do setor cooperativo e formuladores de políticas de diversos países. Foram mais de 17 eixos temáticos, incluindo economia circular, inovação, governança e comunidades de energia renovável, com o objetivo de explorar o papel das cooperativas na construção de sociedades mais justas e sustentáveis.
O prêmio recebido pelo Sistema OCB reconhece a excelência em pesquisas que integram a economia social e solidária (SSE) e a saúde. A entrega foi feita por Sonja Novkovic, professora da Universidade de Saint Mary (Canadá) e uma das mais respeitadas especialistas em economia cooperativa no mundo.
Inovação aplicada ao cooperativismo
O artigo premiado apresenta um modelo de previsão de insolvência para cooperativas de saúde suplementar no Brasil. O setor, que atende 18,9 milhões de beneficiários e é fortemente representado por cooperativas, carecia de estudos específicos sobre riscos financeiros e sustentabilidade.
Utilizando uma abordagem econométrica inédita no campo cooperativista brasileiro, os autores aplicaram a técnica de regressão logística regularizada (Lasso) com dados financeiros da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os resultados permitem identificar com maior precisão fatores de risco, como altos níveis de endividamento ou ineficiências operacionais, que podem comprometer a saúde financeira das cooperativas.
“Este prêmio mostra que o cooperativismo brasileiro não é apenas protagonista em inclusão social e desenvolvimento econômico, mas também está produzindo conhecimento técnico de ponta, capaz de dialogar com as principais referências acadêmicas e institucionais do mundo”, afirmou Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Contribuição para a sustentabilidade do setor
Segundo Guilherme, o reconhecimento internacional reforça o compromisso do Sistema OCB em subsidiar o trabalho das cooperativas com dados e ferramentas inovadoras. “Nosso objetivo é apoiar as cooperativas com inteligência estratégica para que elas se mantenham sólidas e sustentáveis ao longo do tempo. Estudos como este ampliam nossa capacidade de antecipar riscos e propor soluções que fortalecem o setor e garantem serviços de qualidade para milhões de brasileiros”, destacou o gerente.
O trabalho também sinaliza caminhos para futuras pesquisas ao integrar estatística avançada e desafios práticos enfrentados pelo cooperativismo de saúde no Brasil. Para os autores, a aplicação do modelo pode servir como base para políticas de gestão de riscos e apoio técnico às cooperativas.
Destaque no cenário internacional
Além do prêmio recebido pelo Sistema OCB, a conferência destacou outras iniciativas inovadoras nas áreas de economia social e solidária, educação e sustentabilidade. Foram quatro prêmios distribuídos, sendo dois voltados a estudantes de pós-graduação e dois para pesquisadores seniores.
O prêmio Noel Juban – Best Paper on SSE and Health leva o nome de um renomado especialista em saúde pública e defensor da economia solidária nos sistemas de saúde. O reconhecimento homenageia trabalhos que contribuem para reduzir desigualdades e fortalecer soluções de cuidados comunitários.
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Reunião abordou desdobramentos da missão à China e desafios em licitações
O Conselho Consultivo do Ramo Transporte realizou, nesta quarta-feira (3), reunião para tratar de temas estratégicos para o desenvolvimento do setor. O encontro abordou desde a regulamentação do cooperativismo de seguros até os desdobramentos da missão técnica à China e os desafios enfrentados por cooperativas em licitações públicas. O objetivo foi alinhar a atuação do Sistema OCB com as demandas do ramo e fortalecer o papel das cooperativas do setor no mercado.
O primeiro tema em pauta foi o cooperativismo de seguros, o 8º ramo do cooperativismo criado este ano. A equipe técnica do Sistema OCB apresentou aos conselheiros o andamento das discussões junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) para regulamentação do segmento. Também foram expostos o plano de ação sistêmico e reflexões sobre as possibilidades de integração entre o ramo transporte e o de seguros.
“Nosso intuito foi provocar uma reflexão sobre como o cooperativismo de transporte pode, no futuro, se beneficiar e atuar de forma integrada ao ramo de seguros. Apresentamos o nosso planejamento e ouvimos as contribuições dos conselheiros para pensar estratégias conjuntas”, destacou Tiago Barros, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB.
Outro ponto de destaque foi a apresentação dos resultados da Missão de Estudos do Ramo Transporte à China, realizada em maio deste ano. A iniciativa reuniu representantes de 13 estados brasileiros em visitas técnicas, reuniões institucionais e imersões em tecnologia e mobilidade. Entre os desdobramentos, já há cooperativas em processo de importação de equipamentos como câmeras de identificação facial e caminhões elétricos, além de articulações para aquisição coletiva de pneus.
“O que vimos após a missão à China é um movimento concreto das cooperativas para transformar o aprendizado em oportunidades comerciais. Há cooperativas buscando importações conjuntas e até o desenvolvimento de produtos com marca própria”, acrescentou Evaldo Matos, coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Transporte.
Durante o encontro, a equipe técnica também apresentou os resultados preliminares da 1ª Pesquisa sobre a Participação de Cooperativas em Licitações Públicas. O levantamento revelou dados importantes sobre os desafios enfrentados pelo setor para acessar certames públicos e reforçou a necessidade de atuação institucional para ampliar a representatividade das cooperativas.
Entre as demais demandas discutidas estiveram situações envolvendo a relação entre cooperado e cooperativa, questões ligadas a produção do cooperado, dentre outros aspectos. Para aprofundar o debate, o colegiado aprovou a criação de um grupo de trabalho que analisará os casos e proporá encaminhamentos.
Houve ainda alinhamento sobre a agenda com o Sest/Senat para tratar do atendimento a cooperados em alguns estados e a necessidade de abrir diálogo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre aplicação de multas a cooperativas.
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Reconhecimento ao coop foi feito durante solenidade que celebrou trajetória da unidade de pesquisa
A Embrapa Cerrados celebrou, nesta quinta-feira (3), 50 anos de contribuições à ciência e ao desenvolvimento sustentável no Brasil. Durante a solenidade, realizada no auditório Wenceslau Goedert, em Planaltina (DF), o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi homenageado pelo trabalho conjunto entre o cooperativismo e a Embrapa ao longo de décadas. A cerimônia contou com a participação de autoridades, pesquisadores, técnicos, produtores rurais e representantes de instituições parceiras.
“Essa homenagem é um reconhecimento ao papel que o cooperativismo desempenha no fortalecimento do agronegócio sustentável. As cooperativas brasileiras sempre acreditaram na pesquisa e na inovação como caminhos para transformar comunidades e promover o desenvolvimento”, afirmou o presidente.
Ele também reforçou o compromisso do cooperativismo com a pesquisa agropecuária e o desenvolvimento sustentável. “Acreditamos que ciência, tecnologia e cooperação são os pilares para garantir alimento de qualidade, renda no campo e preservação ambiental. O cooperativismo seguirá de mãos dadas com a Embrapa para levar soluções inovadoras aos produtores brasileiros”.
A unidade da Embrapa Cerrados, referência em soluções para o bioma, destacou durante o evento a importância das parcerias nacionais para o avanço tecnológico e para garantir o equilíbrio entre produção agrícola e preservação ambiental. “Celebrar 50 anos da Embrapa Cerrados é lembrar que nenhum avanço acontece sozinho. Essa trajetória só foi possível porque tivemos parceiros como o Sistema OCB, que multiplicam o conhecimento e levam a ciência para o campo”, declarou Sebastião Pedro da Silva Neto, chefe-geral da unidade.
“Temos orgulho de dizer que o cooperativismo é um dos pilares desse esforço conjunto. Seguiremos juntos para que os próximos 50 anos da Embrapa Cerrados sejam ainda mais transformadores para o Brasil”, acrescentou o presidente do Sistema OCB.
A sustentabilidade na agropecuária brasileira é alcançada com o uso de práticas sustentáveis para as quais a Embrapa Cerrados tem contribuído, como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), a recuperação de pastagens degradadas, a economia circular, o Sistema Plantio Direto, rastreabilidade, manejo da água e da irrigação, bioenergia, manejo integrado de pragas, a Fixação Biológica de Nitrogênio e o tratamento de resíduos, entre outras. As tecnologias adotadas pela entidade estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.
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Eventos destacaram atuação estratégica do Brasil na agenda internacional do cooperativismo
Nesta quarta-feira (02), os olhos do cooperativismo brasileiro se voltaram para Manchester, no Reino Unido, onde o Sistema OCB representou o país na Reunião do Conselho e na Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). A delegação brasileira foi composta por Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, e João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema. Em uma jornada marcada por articulação estratégica, a equipe apresentou pautas relevantes para a agenda global do setor e reforçou a presença brasileira nos principais espaços de decisão do movimento cooperativista.
O dia começou com a Reunião do Conselho da ACI, que reuniu lideranças de diversos países. Durante o encontro, Fabíola apresentou a programação da próxima reunião do colegiado, que será realizada em Brasília nos dias 11 e 12 de novembro. Também compartilhou a iniciativa brasileira de propor um posicionamento conjunto da ACI para a COP30, que acontecerá em Belém do Pará. A proposta será discutida ao longo dos próximos meses e levada à votação na reunião de novembro, no Brasil.
“Estar aqui em Manchester é, para nós, mais do que participar de uma reunião institucional. É representar o cooperativismo brasileiro com consistência, sugerindo propostas relevantes e contribuindo para o fortalecimento do movimento no mundo. A futura COP30 em Belém será uma oportunidade única para mostrar a força do modelo cooperativista frente aos desafios climáticos, e estamos construindo essa agenda desde já com os parceiros internacionais”, afirmou Fabíola.
Outro destaque da reunião foi a oficialização da próxima Assembleia Geral eleitoral da ACI, marcada para setembro de 2026, no Panamá. Ainda no âmbito da governança, foi formado o comitê eleitoral que conduzirá o processo sucessório da direção da ACI no próximo ano.
Uma situação preocupante no Equador esteve na pauta: a recente aprovação de uma lei que obriga grandes cooperativas de crédito do país a se transformarem em bancos. A ACI prepara um posicionamento oficial sobre o tema, a ser encaminhado ao governo equatoriano, como forma de defender a autonomia e a identidade do modelo cooperativo.
Noa período da tarde, a Assembleia Geral reuniu os representantes das organizações associadas à ACI. O Sistema OCB, como de praxe, representou os seis membros brasileiros da coalizão nacional e exerceu os 25 votos permitidos por país. A reunião aprovou importantes temas da agenda institucional da Aliança, como o plano estratégico 2026–2030, alterações nos estatutos e no regulamento interno, e o orçamento anual para 2025.
O plano estratégico aprovado pela ACI, batizado de Practice, Promote and Protect, orientará os próximos cinco anos de atuação global da organização. A proposta foi construída a partir de amplas consultas regionais e tem como eixos principais as pessoas, os dados, o advocacy, as finanças e o futuro do cooperativismo. O plano será a base para iniciativas em todo o mundo, alinhando ações à reta final da Agenda 2030 da ONU.
Na avaliação de João Penna, o momento é simbólico. “A ACI tem avançado muito em sua governança, estratégia e articulação política global. Ver o Brasil inserido nesse processo, contribuindo com pautas concretas, como a COP30, e recebendo uma reunião do Conselho este ano, é reflexo da nossa credibilidade internacional. O cooperativismo brasileiro é visto como referência”, ressaltou.
Outro ponto relevante foi a apresentação do relatório financeiro da organização. Após um déficit de € 389 mil em 2023, a ACI registrou um superávit de € 249 mil em 2024, reflexo da retomada de eventos globais, como a Conferência Internacional na Índia, e de parcerias estratégicas, como a renovação do acordo com a Comissão Europeia, no programa FPA II.
O relatório do diretor-geral também destacou projetos inovadores, como o desenvolvimento da Coop Cloud — plataforma digital cooperativa que integrará serviços e ferramentas para membros da ACI, incluindo soluções em gestão, agricultura regenerativa, créditos de carbono e inteligência artificial.
A aprovação de alterações nos estatutos e no regulamento interno incluiu medidas para fortalecer a liderança feminina na ACI, como a incorporação de critérios de paridade de gênero nas regras eleitorais. “A representatividade é um valor intrínseco ao cooperativismo. Ver a ACI se movimentando para refletir essa diversidade também nas estruturas de poder é um passo essencial”, apontou Fabíola.
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Tania Zanella entregou sugestões baseadas nos princípios do movimento
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, e representantes do cooperativismo brasileiro participaram nesta segunda-feira (23/6) de uma importante reunião com a diretoria da Superintendência de Seguros Privados (Susep), em São Paulo. O encontro teve como foco a entrega oficial de contribuições do cooperativismo brasileiro para regulamentar a atuação de cooperativas no mercado de seguros, conforme previsto na recém-sancionada Lei Complementar nº 213/2025.
Durante a reunião, Tania conduziu uma apresentação institucional sobre o modelo cooperativista e seus impactos positivos no desenvolvimento econômico e social do país. As contribuições entregues à Susep foram construídas pelo Sistema OCB com base em princípios fundamentais do cooperativismo — como autogestão, mutualidade, participação econômica dos associados, governança democrática e transparência — alinhados às exigências prudenciais e de solvência do Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).
“O cooperativismo brasileiro tem um histórico de compromisso com a inclusão, a eficiência e o desenvolvimento regional. Estamos diante de uma oportunidade histórica de promover inclusão securitária por meio de uma solução genuinamente coletiva, solidária e eficiente”, afirmou Tania Zanella. Ela ainda destacou que o modelo cooperativo pode ampliar o acesso da população a produtos de proteção financeira, especialmente em territórios onde há menor densidade econômica, mas forte presença de cooperativas.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, também enfatizou o caráter inovador e inclusivo da proposta. “Construímos sugestões que respeitam a natureza jurídica e os valores do cooperativismo, sem abrir mão da segurança, do equilíbrio de mercado e da confiança que o setor de seguros exige. O objetivo é oferecer alternativas viáveis e responsáveis para a proteção dos cooperados e de suas comunidades”, explicou.
A Susep atendeu o cooperativismo com cordialidade e destacou a importância de regulamentar a nova modalidade com base no diálogo, na inovação e na proporcionalidade regulatória. O superintendente da autarquia, Alessandro Octaviani, acompanhado de sua equipe técnica e diretores, reforçou o compromisso institucional com a construção de uma norma que ofereça segurança jurídica, equilíbrio concorrencial e robustez institucional às novas entidades cooperativas seguradoras.
A partir da reunião, o Sistema OCB seguirá acompanhando de perto o andamento técnico da regulamentação no âmbito da Susep. A entidade também se compromete em promover debates públicos, eventos técnicos e a produzir estudos comparativos com experiências internacionais de sucesso, especialmente em países onde o mutualismo e o cooperativismo de seguros já estão consolidados.
Sobre a LC 213/2025
Sancionada em janeiro de 2025, a Lei Complementar 213 cria o marco legal para o ingresso das cooperativas no mercado de seguros, mediante autorização específica da Susep. A nova legislação reconhece expressamente a possibilidade de constituição de cooperativas seguradoras, representando um avanço inédito para o setor e abrindo espaço para soluções desenvolvidas, geridas e controladas diretamente pelos próprios cooperados.
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Ações durante a Semana de Competitividade mostram a força da identidade cooperativista
Durante a Semana de Competitividade 2025, realizada pelo Sistema OCB entre os dias 9 e 11 de junho, o protagonismo da marca cooperativista esteve em destaque. Por meio de ações imersivas e interativas, os mais de 800 participantes, responsáveis pela comunicação das cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs), puderam entender melhor a importância do carimbo SomosCoop, que identifica produtos e serviços de cooperativas comprometidas com os valores do movimento. Além disso, o evento marcou o lançamento do teaser da Campanha Nacional de Comunicação de 2026, que trará como mote um convite direto à sociedade: Escolha o Coop.
Presente em produtos do cotidiano, como os frios da AuroraCoop (SC), ou os queijos e iogurtes da Coopatos (MG), o carimbo SomosCoop vai muito além de uma identidade visual. Ele representa a força de um modelo de negócios que promove inclusão, equidade, desenvolvimento local e sustentabilidade. “O carimbo é uma forma de mostrar, com orgulho, que aquele produto ou serviço faz parte de algo maior: o cooperativismo. Ele conecta propósito, qualidade e impacto social”, resume Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB.
Para apresentar o carimbo de forma lúdica e engajadora, o estande Espaço Cooperação ofereceu aos participantes da Semana de Competitividade uma experiência interativa com uma vitrine de produtos do cooperativismo. Entre os destaques estavam os cafés da Copama, Cocapec e Cafesul, entre outras; doces da Coopfam; leite e iogurtes da Cooperrita; queijos, manteiga e outros derivados do leite da Santa Clara; arroz, feijão e outros grãos da Coagro; e muitos outros produtos, todos com o carimbo SomosCoop estampado em suas embalagens.
Já a ativação SomosCoop testou os conhecimentos dos participantes sobre o uso do carimbo por meio de um quiz interativo. Ao mesmo tempo em que eles respondiam o quanto o carimbo é utilizado em suas cooperativas, a ativação os incentivou a levar para as suas bases a importância de mostrar à sociedade o diferencial dos produtos oferecidos por organizações com propósito, um dos princípios do cooperativismo.
Além disso, os participantes puderam produzir fotos a partir de um carimbo instagramável e postar em suas redes sociais (para garantir o selo da ativação). Estruturas representativas dos Ramos Saúde, com posto de hidratação, e Crédito, com um caixa eletrônico e um jogo de memória interativo também fizeram parte do espaço reservado ao SomosCoop. Um mercadinho expôs produtos de cooperativas que utilizam o carimbo SomosCoop e os demais ramos foram representados em displays, mobiliários e totens. Para completar, quem passou pelo local também pode levar mockups dos seus respectivos espaços de interesse para implantar na comunicação de suas cooperativas.
A websérie SomosCoop na Estrada que também divulga a marca do cooperativismo contou com uma ativação exclusiva. O veículo utilizado pela apresentadora Glenda Koslowski estacionou próximo ao plenário do evento e atraiu os participantes para acompanhar uma de suas viagens com a ajuda de óculos de realidade virtual. O primeiro episódio da quarta temporada da websérie foi lançado na abertura da Semana de Competitividade e já está disponível no canal oficial e no Youtube do SomosCoop.
A SomosCoop Pop-up Store, por sua vez, foi uma das ativações mais movimentadas. O espaço funcionou como ponto de troca para quem participou da experiência gamificada da Semana de Competitividade com ativações que garantiram selos para a escolha de brindes especiais como bonés, camisetas, chaveiros, meias, toalhas de praia, fones de ouvido e outros produtos.
Escolha o Coop
Outro ponto alto foi a exibição do teaser da nova campanha nacional de comunicação 2026, durante a plenária apresentada pela gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, que fez um apanhado geral sobre a trajetória da estratégia de comunicação do movimento SomosCoop. A nova campanha trará uma abordagem ainda mais direta ao público consumidor.
Com o mote Escolha o Coop, a ideia é incentivar a sociedade a optar, de forma consciente, pelos produtos e serviços de cooperativas. A proposta reforça o papel das coops como agentes de transformação positiva nos territórios em que atuam. “A nova campanha vai dar um passo adiante ao posicionar o cooperativismo como uma escolha viável, ética e desejável. Queremos que as pessoas saibam que, ao escolher o Coop, estão escolhendo um Brasil mais justo e colaborativo”, afirmou Fabíola.
Com essas ações, o Sistema OCB reforça seu compromisso em valorizar e dar visibilidade à identidade cooperativista, fortalecendo a marca do movimento e incentivando que cada vez mais cooperativas adotem o carimbo SomosCoop em seus produtos, embalagens, serviços e comunicações institucionais.
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Evento promoveu ações concretas com foco ambiental e acessível
A Semana de Competitividade 2025 chegou ao fim deixando não só aprendizados técnicos e estratégicos, mas também um forte recado: o cooperativismo brasileiro está comprometido com a sustentabilidade e a inclusão em todas as suas ações. O evento foi cuidadosamente planejado para minimizar impactos ambientais e garantir acessibilidade para todos os participantes.
Logo no credenciamento, os visitantes puderam informar como se deslocaram até Brasília, calcular e compensar a pegada de carbono individual da viagem, seja por avião ou carro. A ação destacou o impacto ambiental de deslocamentos e reforçou a importância de também cuidar do impacto das cooperativas. “Ao mostrar o impacto ambiental das nossas escolhas e compensar as emissões, incentivamos as cooperativas, via Solução Neutralidade de Carbono, a inventariarem e adotarem práticas para a redução de suas emissões”, explicou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Todas as emissões de carbono geradas durante a Semana de Competitividade — aproximadamente 213 toneladas de carbono equivalente — foram totalmente neutralizadas por meio do Programa REDD+Vale do Jari, uma parceria entre a Ambipar Environment e o Grupo Jari. “Com essa ação, mostramos que o compromisso do cooperativismo com a sustentabilidade vai além do discurso. É uma prática concreta, conectada com a agenda global e com as futuras gerações”, reforçou Alex.
A iniciativa atua na preservação da Amazônia, com foco em conservação florestal, desenvolvimento socioeconômico e geração de renda sustentável, beneficiando diretamente 124 famílias em 13 comunidades. Também protege mais de 343 espécies de fauna, incluindo algumas ameaçadas, e contribui com a redução anual de cerca de 124 mil toneladas de carbono equivalente.
A gestão de resíduos também recebeu atenção especial. A organização garantiu a instalação de pontos de coleta seletiva e a destinação correta de recicláveis como papel, plástico e metal. Além disso, foram adotadas medidas para reduzir o uso de materiais impressos e plásticos descartáveis, priorizando alternativas digitais e reutilizáveis.
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Evento no Paraná reconheceu a liderança feminina no cooperativismo brasileiro
O compromisso do cooperativismo com a diversidade, a equidade e a inclusão ganhou mais um importante reconhecimento na última sexta-feira (13), em Curitiba (PR), durante a entrega do Prêmio Diversidade & Inclusão – Mais Admirados 2025, promovido pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, foi uma das homenageadas da edição, em razão de sua trajetória e pioneirismo como primeira mulher à frente da superintendência do Sistema OCB.
Tania não pôde estar presente no evento, mas enviou uma mensagem em vídeo. A placa de homenagem foi recebida por Divani de Souza, analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, que também representou a organização na programação do Fórum de Diversidade, Equidade e Inclusão, promovido pelo Sistema Ocepar e pela ABTD. “Recebo essa homenagem com profunda gratidão, mas sobretudo com senso de responsabilidade. Ser mulher em posição de liderança dentro do cooperativismo é representar muitas outras mulheres que contribuem para o desenvolvimento do setor todos os dias. Nosso compromisso é coletivo e contínuo”, afirmou Tania em sua mensagem de agradecimento.
O evento reuniu cerca de 70 participantes de 17 cooperativas do Paraná, dos ramos Agropecuário, Crédito e Saúde. A proposta teve como objetivo promover um ambiente de troca de experiências, aprendizados e boas práticas sobre diversidade e inclusão nas cooperativas.
Durante sua participação no fórum, Divani ministrou a palestra Inclusão, diversidade e equidade: entenda como tratar esses temas dentro da sua cooperativa, em que ressaltou a urgência de ações concretas e estruturadas no setor. Citando uma frase da Superintendente Tania Zanella Divani reiterou que “É preciso ter coragem para colocar a mão na massa e promover a verdadeira mudança”. Falar sobre diversidade não é mais suficiente — é hora de transformar esse discurso em atitudes e políticas permanentes”, afirmou. Sua fala repercutiu fortemente entre os participantes.
O Fórum também contou com painéis e palestras de nomes importantes da pauta no Brasil, como Ricardo Sales, fundador da Mais Diversidade, e Rodrigo Vianna, CEO da Mappit Talenses Group. Eles abordaram a importância da governança inclusiva, da liderança diversa e dos impactos positivos de ambientes de trabalho mais equitativos e reiteraram que este é um tema de direitos humanos e também uma agenda de negócios.
A programação ainda incluiu discussões sobre cultura organizacional, inovação, e apresentação de cases de sucesso, como o da YDUQS, além de experiências compartilhadas por cooperativas como Frísia, Unimed Curitiba e Central Sicredi — referências em práticas de inclusão no cooperativismo paranaense.
A presença do Sistema OCB no evento reforçou o alinhamento da entidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial os de igualdade de gênero (ODS 5), trabalho decente (ODS 8) e redução das desigualdades (ODS 10). “O cooperativismo é, por natureza, um modelo que valoriza as pessoas. E quando ampliamos essa valorização para a equidade de gênero, de raça, de origem, estamos fortalecendo nossa identidade e preparando o setor para os desafios do futuro”, destacou Tania.
“Queremos inspirar as cooperativas a construírem seus próprios caminhos, sempre com escuta ativa, empatia e ações que deem resultado. Não há desenvolvimento sustentável sem inclusão verdadeira”, completou Divani.
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Reconhecido pela ONU, cooperativismo foi tema central em estande interativo do evento
A Semana de Competitividade 2025, promovida pelo Sistema OCB, aconteceu entre os dias 9 e 11 de junho, em Brasília, e reuniu comunicadores cooperativistas, especialistas e influenciadores para discutir a importância da comunicação estratégica no fortalecimento das cooperativas brasileiras. O evento reuniu cerca de 800 representantes do movimento em todo o Brasil.
Entre os espaços de destaque para quem participou esteve o estande dedicado ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU para 2025. A iniciativa chamou a atenção do público ao divulgar o vídeo manifesto produzido pelo Sistema OCB e abordar o papel do cooperativismo como resposta a desafios globais, como inclusão social, desenvolvimento sustentável e transformação econômica. O vídeo destaca o cooperativismo como uma força capaz de transformar vidas e comunidades por meio de princípios como solidariedade, democracia e autogestão.
De acordo com João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, o reconhecimento da ONU marca a segunda vez em que a organização destaca o protagonismo das cooperativas no enfrentamento de crises mundiais — a primeira foi em 2012, após a crise de 2008, e agora, novamente, após os impactos da pandemia. “Esse reconhecimento reforça que o cooperativismo é um modelo de negócios viável e essencial para responder aos problemas atuais da sociedade”, afirmou.
O estande também proporcionou uma experiência interativa ao público. Os visitantes receberam pulseiras temáticas e puderam tirar fotos personalizadas, impressas na hora, com as hashtags #SemanaCoop e #SomosCoop, incentivando o engajamento nas redes sociais. A réplica de um púlpito no estande permitiu que os participantes também simulassem discursos em defesa do cooperativismo e tirassem fotos como representantes oficiais do movimento.
A ativação fez parte da experiência gamificada oferecida pela Semana de Competitividade para que os participantes pudessem conhecer mais sobre as soluções e ações desenvolvidas pelo Sistema OCB para as cooperativas. A publicação das fotos no púlpito em perfis de redes sociais com as hashtags do evento também garantiu brindes especiais aos que visitaram o estande.
Um dos principais objetivos da ação foi preparar o setor para ampliar sua participação na COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA). “Estamos aproveitando o Ano Internacional das Cooperativas como ferramenta estratégica para garantir um espaço exclusivo do cooperativismo na COP30”, destacou Penna. Segundo ele, essa visibilidade internacional é uma oportunidade única de influenciar políticas públicas e marcos regulatórios em favor do movimento.