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Artigo sobre sustentabilidade financeira em cooperativas de saúde é reconhecido em evento no Canadá
O cooperativismo brasileiro conquistou destaque na 5ª Conferência Mundial de Pesquisa da Aliança Cooperativa Internacional (ICA CCR Global Research Conference 2025), realizada entre os dias 8 e 11 de julho, em Montreal, Canadá. O Sistema OCB foi premiado na categoria Noel Juban – Best Paper on SSE and Health (Noel Juban - Melhor Artigo em Economia Social e Solidária e Saúde) com o artigo Forecasting Financial Distress in Brazilian Healthcare Cooperatives: A Regularized Logit Approach (Prevendo Insolvência em Cooperativas de Saúde Brasileiras), de autoria dos analistas da entidade, Thiago Victorino, Arthur Nery e Rodrigo Rangel.
O evento, promovido no contexto do Ano Internacional das Cooperativas 2025, teve como tema central Intercooperação para nossos futuros comuns, reunindo pesquisadores, educadores, profissionais do setor cooperativo e formuladores de políticas de diversos países. Foram mais de 17 eixos temáticos, incluindo economia circular, inovação, governança e comunidades de energia renovável, com o objetivo de explorar o papel das cooperativas na construção de sociedades mais justas e sustentáveis.
O prêmio recebido pelo Sistema OCB reconhece a excelência em pesquisas que integram a economia social e solidária (SSE) e a saúde. A entrega foi feita por Sonja Novkovic, professora da Universidade de Saint Mary (Canadá) e uma das mais respeitadas especialistas em economia cooperativa no mundo.
Inovação aplicada ao cooperativismo
O artigo premiado apresenta um modelo de previsão de insolvência para cooperativas de saúde suplementar no Brasil. O setor, que atende 18,9 milhões de beneficiários e é fortemente representado por cooperativas, carecia de estudos específicos sobre riscos financeiros e sustentabilidade.
Utilizando uma abordagem econométrica inédita no campo cooperativista brasileiro, os autores aplicaram a técnica de regressão logística regularizada (Lasso) com dados financeiros da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os resultados permitem identificar com maior precisão fatores de risco, como altos níveis de endividamento ou ineficiências operacionais, que podem comprometer a saúde financeira das cooperativas.
“Este prêmio mostra que o cooperativismo brasileiro não é apenas protagonista em inclusão social e desenvolvimento econômico, mas também está produzindo conhecimento técnico de ponta, capaz de dialogar com as principais referências acadêmicas e institucionais do mundo”, afirmou Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB.
Contribuição para a sustentabilidade do setor
Segundo Guilherme, o reconhecimento internacional reforça o compromisso do Sistema OCB em subsidiar o trabalho das cooperativas com dados e ferramentas inovadoras. “Nosso objetivo é apoiar as cooperativas com inteligência estratégica para que elas se mantenham sólidas e sustentáveis ao longo do tempo. Estudos como este ampliam nossa capacidade de antecipar riscos e propor soluções que fortalecem o setor e garantem serviços de qualidade para milhões de brasileiros”, destacou o gerente.
O trabalho também sinaliza caminhos para futuras pesquisas ao integrar estatística avançada e desafios práticos enfrentados pelo cooperativismo de saúde no Brasil. Para os autores, a aplicação do modelo pode servir como base para políticas de gestão de riscos e apoio técnico às cooperativas.
Destaque no cenário internacional
Além do prêmio recebido pelo Sistema OCB, a conferência destacou outras iniciativas inovadoras nas áreas de economia social e solidária, educação e sustentabilidade. Foram quatro prêmios distribuídos, sendo dois voltados a estudantes de pós-graduação e dois para pesquisadores seniores.
O prêmio Noel Juban – Best Paper on SSE and Health leva o nome de um renomado especialista em saúde pública e defensor da economia solidária nos sistemas de saúde. O reconhecimento homenageia trabalhos que contribuem para reduzir desigualdades e fortalecer soluções de cuidados comunitários.
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Reunião abordou desdobramentos da missão à China e desafios em licitações
O Conselho Consultivo do Ramo Transporte realizou, nesta quarta-feira (3), reunião para tratar de temas estratégicos para o desenvolvimento do setor. O encontro abordou desde a regulamentação do cooperativismo de seguros até os desdobramentos da missão técnica à China e os desafios enfrentados por cooperativas em licitações públicas. O objetivo foi alinhar a atuação do Sistema OCB com as demandas do ramo e fortalecer o papel das cooperativas do setor no mercado.
O primeiro tema em pauta foi o cooperativismo de seguros, o 8º ramo do cooperativismo criado este ano. A equipe técnica do Sistema OCB apresentou aos conselheiros o andamento das discussões junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) para regulamentação do segmento. Também foram expostos o plano de ação sistêmico e reflexões sobre as possibilidades de integração entre o ramo transporte e o de seguros.
“Nosso intuito foi provocar uma reflexão sobre como o cooperativismo de transporte pode, no futuro, se beneficiar e atuar de forma integrada ao ramo de seguros. Apresentamos o nosso planejamento e ouvimos as contribuições dos conselheiros para pensar estratégias conjuntas”, destacou Tiago Barros, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB.
Outro ponto de destaque foi a apresentação dos resultados da Missão de Estudos do Ramo Transporte à China, realizada em maio deste ano. A iniciativa reuniu representantes de 13 estados brasileiros em visitas técnicas, reuniões institucionais e imersões em tecnologia e mobilidade. Entre os desdobramentos, já há cooperativas em processo de importação de equipamentos como câmeras de identificação facial e caminhões elétricos, além de articulações para aquisição coletiva de pneus.
“O que vimos após a missão à China é um movimento concreto das cooperativas para transformar o aprendizado em oportunidades comerciais. Há cooperativas buscando importações conjuntas e até o desenvolvimento de produtos com marca própria”, acrescentou Evaldo Matos, coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Transporte.
Durante o encontro, a equipe técnica também apresentou os resultados preliminares da 1ª Pesquisa sobre a Participação de Cooperativas em Licitações Públicas. O levantamento revelou dados importantes sobre os desafios enfrentados pelo setor para acessar certames públicos e reforçou a necessidade de atuação institucional para ampliar a representatividade das cooperativas.
Entre as demais demandas discutidas estiveram situações envolvendo a relação entre cooperado e cooperativa, questões ligadas a produção do cooperado, dentre outros aspectos. Para aprofundar o debate, o colegiado aprovou a criação de um grupo de trabalho que analisará os casos e proporá encaminhamentos.
Houve ainda alinhamento sobre a agenda com o Sest/Senat para tratar do atendimento a cooperados em alguns estados e a necessidade de abrir diálogo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre aplicação de multas a cooperativas.
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Reconhecimento ao coop foi feito durante solenidade que celebrou trajetória da unidade de pesquisa
A Embrapa Cerrados celebrou, nesta quinta-feira (3), 50 anos de contribuições à ciência e ao desenvolvimento sustentável no Brasil. Durante a solenidade, realizada no auditório Wenceslau Goedert, em Planaltina (DF), o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi homenageado pelo trabalho conjunto entre o cooperativismo e a Embrapa ao longo de décadas. A cerimônia contou com a participação de autoridades, pesquisadores, técnicos, produtores rurais e representantes de instituições parceiras.
“Essa homenagem é um reconhecimento ao papel que o cooperativismo desempenha no fortalecimento do agronegócio sustentável. As cooperativas brasileiras sempre acreditaram na pesquisa e na inovação como caminhos para transformar comunidades e promover o desenvolvimento”, afirmou o presidente.
Ele também reforçou o compromisso do cooperativismo com a pesquisa agropecuária e o desenvolvimento sustentável. “Acreditamos que ciência, tecnologia e cooperação são os pilares para garantir alimento de qualidade, renda no campo e preservação ambiental. O cooperativismo seguirá de mãos dadas com a Embrapa para levar soluções inovadoras aos produtores brasileiros”.
A unidade da Embrapa Cerrados, referência em soluções para o bioma, destacou durante o evento a importância das parcerias nacionais para o avanço tecnológico e para garantir o equilíbrio entre produção agrícola e preservação ambiental. “Celebrar 50 anos da Embrapa Cerrados é lembrar que nenhum avanço acontece sozinho. Essa trajetória só foi possível porque tivemos parceiros como o Sistema OCB, que multiplicam o conhecimento e levam a ciência para o campo”, declarou Sebastião Pedro da Silva Neto, chefe-geral da unidade.
“Temos orgulho de dizer que o cooperativismo é um dos pilares desse esforço conjunto. Seguiremos juntos para que os próximos 50 anos da Embrapa Cerrados sejam ainda mais transformadores para o Brasil”, acrescentou o presidente do Sistema OCB.
A sustentabilidade na agropecuária brasileira é alcançada com o uso de práticas sustentáveis para as quais a Embrapa Cerrados tem contribuído, como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), a recuperação de pastagens degradadas, a economia circular, o Sistema Plantio Direto, rastreabilidade, manejo da água e da irrigação, bioenergia, manejo integrado de pragas, a Fixação Biológica de Nitrogênio e o tratamento de resíduos, entre outras. As tecnologias adotadas pela entidade estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.
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Eventos destacaram atuação estratégica do Brasil na agenda internacional do cooperativismo
Nesta quarta-feira (02), os olhos do cooperativismo brasileiro se voltaram para Manchester, no Reino Unido, onde o Sistema OCB representou o país na Reunião do Conselho e na Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). A delegação brasileira foi composta por Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, e João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema. Em uma jornada marcada por articulação estratégica, a equipe apresentou pautas relevantes para a agenda global do setor e reforçou a presença brasileira nos principais espaços de decisão do movimento cooperativista.
O dia começou com a Reunião do Conselho da ACI, que reuniu lideranças de diversos países. Durante o encontro, Fabíola apresentou a programação da próxima reunião do colegiado, que será realizada em Brasília nos dias 11 e 12 de novembro. Também compartilhou a iniciativa brasileira de propor um posicionamento conjunto da ACI para a COP30, que acontecerá em Belém do Pará. A proposta será discutida ao longo dos próximos meses e levada à votação na reunião de novembro, no Brasil.
“Estar aqui em Manchester é, para nós, mais do que participar de uma reunião institucional. É representar o cooperativismo brasileiro com consistência, sugerindo propostas relevantes e contribuindo para o fortalecimento do movimento no mundo. A futura COP30 em Belém será uma oportunidade única para mostrar a força do modelo cooperativista frente aos desafios climáticos, e estamos construindo essa agenda desde já com os parceiros internacionais”, afirmou Fabíola.
Outro destaque da reunião foi a oficialização da próxima Assembleia Geral eleitoral da ACI, marcada para setembro de 2026, no Panamá. Ainda no âmbito da governança, foi formado o comitê eleitoral que conduzirá o processo sucessório da direção da ACI no próximo ano.
Uma situação preocupante no Equador esteve na pauta: a recente aprovação de uma lei que obriga grandes cooperativas de crédito do país a se transformarem em bancos. A ACI prepara um posicionamento oficial sobre o tema, a ser encaminhado ao governo equatoriano, como forma de defender a autonomia e a identidade do modelo cooperativo.
Noa período da tarde, a Assembleia Geral reuniu os representantes das organizações associadas à ACI. O Sistema OCB, como de praxe, representou os seis membros brasileiros da coalizão nacional e exerceu os 25 votos permitidos por país. A reunião aprovou importantes temas da agenda institucional da Aliança, como o plano estratégico 2026–2030, alterações nos estatutos e no regulamento interno, e o orçamento anual para 2025.
O plano estratégico aprovado pela ACI, batizado de Practice, Promote and Protect, orientará os próximos cinco anos de atuação global da organização. A proposta foi construída a partir de amplas consultas regionais e tem como eixos principais as pessoas, os dados, o advocacy, as finanças e o futuro do cooperativismo. O plano será a base para iniciativas em todo o mundo, alinhando ações à reta final da Agenda 2030 da ONU.
Na avaliação de João Penna, o momento é simbólico. “A ACI tem avançado muito em sua governança, estratégia e articulação política global. Ver o Brasil inserido nesse processo, contribuindo com pautas concretas, como a COP30, e recebendo uma reunião do Conselho este ano, é reflexo da nossa credibilidade internacional. O cooperativismo brasileiro é visto como referência”, ressaltou.
Outro ponto relevante foi a apresentação do relatório financeiro da organização. Após um déficit de € 389 mil em 2023, a ACI registrou um superávit de € 249 mil em 2024, reflexo da retomada de eventos globais, como a Conferência Internacional na Índia, e de parcerias estratégicas, como a renovação do acordo com a Comissão Europeia, no programa FPA II.
O relatório do diretor-geral também destacou projetos inovadores, como o desenvolvimento da Coop Cloud — plataforma digital cooperativa que integrará serviços e ferramentas para membros da ACI, incluindo soluções em gestão, agricultura regenerativa, créditos de carbono e inteligência artificial.
A aprovação de alterações nos estatutos e no regulamento interno incluiu medidas para fortalecer a liderança feminina na ACI, como a incorporação de critérios de paridade de gênero nas regras eleitorais. “A representatividade é um valor intrínseco ao cooperativismo. Ver a ACI se movimentando para refletir essa diversidade também nas estruturas de poder é um passo essencial”, apontou Fabíola.
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Tania Zanella entregou sugestões baseadas nos princípios do movimento
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, e representantes do cooperativismo brasileiro participaram nesta segunda-feira (23/6) de uma importante reunião com a diretoria da Superintendência de Seguros Privados (Susep), em São Paulo. O encontro teve como foco a entrega oficial de contribuições do cooperativismo brasileiro para regulamentar a atuação de cooperativas no mercado de seguros, conforme previsto na recém-sancionada Lei Complementar nº 213/2025.
Durante a reunião, Tania conduziu uma apresentação institucional sobre o modelo cooperativista e seus impactos positivos no desenvolvimento econômico e social do país. As contribuições entregues à Susep foram construídas pelo Sistema OCB com base em princípios fundamentais do cooperativismo — como autogestão, mutualidade, participação econômica dos associados, governança democrática e transparência — alinhados às exigências prudenciais e de solvência do Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).
“O cooperativismo brasileiro tem um histórico de compromisso com a inclusão, a eficiência e o desenvolvimento regional. Estamos diante de uma oportunidade histórica de promover inclusão securitária por meio de uma solução genuinamente coletiva, solidária e eficiente”, afirmou Tania Zanella. Ela ainda destacou que o modelo cooperativo pode ampliar o acesso da população a produtos de proteção financeira, especialmente em territórios onde há menor densidade econômica, mas forte presença de cooperativas.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, também enfatizou o caráter inovador e inclusivo da proposta. “Construímos sugestões que respeitam a natureza jurídica e os valores do cooperativismo, sem abrir mão da segurança, do equilíbrio de mercado e da confiança que o setor de seguros exige. O objetivo é oferecer alternativas viáveis e responsáveis para a proteção dos cooperados e de suas comunidades”, explicou.
A Susep atendeu o cooperativismo com cordialidade e destacou a importância de regulamentar a nova modalidade com base no diálogo, na inovação e na proporcionalidade regulatória. O superintendente da autarquia, Alessandro Octaviani, acompanhado de sua equipe técnica e diretores, reforçou o compromisso institucional com a construção de uma norma que ofereça segurança jurídica, equilíbrio concorrencial e robustez institucional às novas entidades cooperativas seguradoras.
A partir da reunião, o Sistema OCB seguirá acompanhando de perto o andamento técnico da regulamentação no âmbito da Susep. A entidade também se compromete em promover debates públicos, eventos técnicos e a produzir estudos comparativos com experiências internacionais de sucesso, especialmente em países onde o mutualismo e o cooperativismo de seguros já estão consolidados.
Sobre a LC 213/2025
Sancionada em janeiro de 2025, a Lei Complementar 213 cria o marco legal para o ingresso das cooperativas no mercado de seguros, mediante autorização específica da Susep. A nova legislação reconhece expressamente a possibilidade de constituição de cooperativas seguradoras, representando um avanço inédito para o setor e abrindo espaço para soluções desenvolvidas, geridas e controladas diretamente pelos próprios cooperados.
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Ações durante a Semana de Competitividade mostram a força da identidade cooperativista
Durante a Semana de Competitividade 2025, realizada pelo Sistema OCB entre os dias 9 e 11 de junho, o protagonismo da marca cooperativista esteve em destaque. Por meio de ações imersivas e interativas, os mais de 800 participantes, responsáveis pela comunicação das cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs), puderam entender melhor a importância do carimbo SomosCoop, que identifica produtos e serviços de cooperativas comprometidas com os valores do movimento. Além disso, o evento marcou o lançamento do teaser da Campanha Nacional de Comunicação de 2026, que trará como mote um convite direto à sociedade: Escolha o Coop.
Presente em produtos do cotidiano, como os frios da AuroraCoop (SC), ou os queijos e iogurtes da Coopatos (MG), o carimbo SomosCoop vai muito além de uma identidade visual. Ele representa a força de um modelo de negócios que promove inclusão, equidade, desenvolvimento local e sustentabilidade. “O carimbo é uma forma de mostrar, com orgulho, que aquele produto ou serviço faz parte de algo maior: o cooperativismo. Ele conecta propósito, qualidade e impacto social”, resume Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB.
Para apresentar o carimbo de forma lúdica e engajadora, o estande Espaço Cooperação ofereceu aos participantes da Semana de Competitividade uma experiência interativa com uma vitrine de produtos do cooperativismo. Entre os destaques estavam os cafés da Copama, Cocapec e Cafesul, entre outras; doces da Coopfam; leite e iogurtes da Cooperrita; queijos, manteiga e outros derivados do leite da Santa Clara; arroz, feijão e outros grãos da Coagro; e muitos outros produtos, todos com o carimbo SomosCoop estampado em suas embalagens.
Já a ativação SomosCoop testou os conhecimentos dos participantes sobre o uso do carimbo por meio de um quiz interativo. Ao mesmo tempo em que eles respondiam o quanto o carimbo é utilizado em suas cooperativas, a ativação os incentivou a levar para as suas bases a importância de mostrar à sociedade o diferencial dos produtos oferecidos por organizações com propósito, um dos princípios do cooperativismo.
Além disso, os participantes puderam produzir fotos a partir de um carimbo instagramável e postar em suas redes sociais (para garantir o selo da ativação). Estruturas representativas dos Ramos Saúde, com posto de hidratação, e Crédito, com um caixa eletrônico e um jogo de memória interativo também fizeram parte do espaço reservado ao SomosCoop. Um mercadinho expôs produtos de cooperativas que utilizam o carimbo SomosCoop e os demais ramos foram representados em displays, mobiliários e totens. Para completar, quem passou pelo local também pode levar mockups dos seus respectivos espaços de interesse para implantar na comunicação de suas cooperativas.
A websérie SomosCoop na Estrada que também divulga a marca do cooperativismo contou com uma ativação exclusiva. O veículo utilizado pela apresentadora Glenda Koslowski estacionou próximo ao plenário do evento e atraiu os participantes para acompanhar uma de suas viagens com a ajuda de óculos de realidade virtual. O primeiro episódio da quarta temporada da websérie foi lançado na abertura da Semana de Competitividade e já está disponível no canal oficial e no Youtube do SomosCoop.
A SomosCoop Pop-up Store, por sua vez, foi uma das ativações mais movimentadas. O espaço funcionou como ponto de troca para quem participou da experiência gamificada da Semana de Competitividade com ativações que garantiram selos para a escolha de brindes especiais como bonés, camisetas, chaveiros, meias, toalhas de praia, fones de ouvido e outros produtos.
Escolha o Coop
Outro ponto alto foi a exibição do teaser da nova campanha nacional de comunicação 2026, durante a plenária apresentada pela gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, que fez um apanhado geral sobre a trajetória da estratégia de comunicação do movimento SomosCoop. A nova campanha trará uma abordagem ainda mais direta ao público consumidor.
Com o mote Escolha o Coop, a ideia é incentivar a sociedade a optar, de forma consciente, pelos produtos e serviços de cooperativas. A proposta reforça o papel das coops como agentes de transformação positiva nos territórios em que atuam. “A nova campanha vai dar um passo adiante ao posicionar o cooperativismo como uma escolha viável, ética e desejável. Queremos que as pessoas saibam que, ao escolher o Coop, estão escolhendo um Brasil mais justo e colaborativo”, afirmou Fabíola.
Com essas ações, o Sistema OCB reforça seu compromisso em valorizar e dar visibilidade à identidade cooperativista, fortalecendo a marca do movimento e incentivando que cada vez mais cooperativas adotem o carimbo SomosCoop em seus produtos, embalagens, serviços e comunicações institucionais.
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Evento promoveu ações concretas com foco ambiental e acessível
A Semana de Competitividade 2025 chegou ao fim deixando não só aprendizados técnicos e estratégicos, mas também um forte recado: o cooperativismo brasileiro está comprometido com a sustentabilidade e a inclusão em todas as suas ações. O evento foi cuidadosamente planejado para minimizar impactos ambientais e garantir acessibilidade para todos os participantes.
Logo no credenciamento, os visitantes puderam informar como se deslocaram até Brasília, calcular e compensar a pegada de carbono individual da viagem, seja por avião ou carro. A ação destacou o impacto ambiental de deslocamentos e reforçou a importância de também cuidar do impacto das cooperativas. “Ao mostrar o impacto ambiental das nossas escolhas e compensar as emissões, incentivamos as cooperativas, via Solução Neutralidade de Carbono, a inventariarem e adotarem práticas para a redução de suas emissões”, explicou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB.
Todas as emissões de carbono geradas durante a Semana de Competitividade — aproximadamente 213 toneladas de carbono equivalente — foram totalmente neutralizadas por meio do Programa REDD+Vale do Jari, uma parceria entre a Ambipar Environment e o Grupo Jari. “Com essa ação, mostramos que o compromisso do cooperativismo com a sustentabilidade vai além do discurso. É uma prática concreta, conectada com a agenda global e com as futuras gerações”, reforçou Alex.
A iniciativa atua na preservação da Amazônia, com foco em conservação florestal, desenvolvimento socioeconômico e geração de renda sustentável, beneficiando diretamente 124 famílias em 13 comunidades. Também protege mais de 343 espécies de fauna, incluindo algumas ameaçadas, e contribui com a redução anual de cerca de 124 mil toneladas de carbono equivalente.
A gestão de resíduos também recebeu atenção especial. A organização garantiu a instalação de pontos de coleta seletiva e a destinação correta de recicláveis como papel, plástico e metal. Além disso, foram adotadas medidas para reduzir o uso de materiais impressos e plásticos descartáveis, priorizando alternativas digitais e reutilizáveis.
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Evento no Paraná reconheceu a liderança feminina no cooperativismo brasileiro
O compromisso do cooperativismo com a diversidade, a equidade e a inclusão ganhou mais um importante reconhecimento na última sexta-feira (13), em Curitiba (PR), durante a entrega do Prêmio Diversidade & Inclusão – Mais Admirados 2025, promovido pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, foi uma das homenageadas da edição, em razão de sua trajetória e pioneirismo como primeira mulher à frente da superintendência do Sistema OCB.
Tania não pôde estar presente no evento, mas enviou uma mensagem em vídeo. A placa de homenagem foi recebida por Divani de Souza, analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, que também representou a organização na programação do Fórum de Diversidade, Equidade e Inclusão, promovido pelo Sistema Ocepar e pela ABTD. “Recebo essa homenagem com profunda gratidão, mas sobretudo com senso de responsabilidade. Ser mulher em posição de liderança dentro do cooperativismo é representar muitas outras mulheres que contribuem para o desenvolvimento do setor todos os dias. Nosso compromisso é coletivo e contínuo”, afirmou Tania em sua mensagem de agradecimento.
O evento reuniu cerca de 70 participantes de 17 cooperativas do Paraná, dos ramos Agropecuário, Crédito e Saúde. A proposta teve como objetivo promover um ambiente de troca de experiências, aprendizados e boas práticas sobre diversidade e inclusão nas cooperativas.
Durante sua participação no fórum, Divani ministrou a palestra Inclusão, diversidade e equidade: entenda como tratar esses temas dentro da sua cooperativa, em que ressaltou a urgência de ações concretas e estruturadas no setor. Citando uma frase da Superintendente Tania Zanella Divani reiterou que “É preciso ter coragem para colocar a mão na massa e promover a verdadeira mudança”. Falar sobre diversidade não é mais suficiente — é hora de transformar esse discurso em atitudes e políticas permanentes”, afirmou. Sua fala repercutiu fortemente entre os participantes.
O Fórum também contou com painéis e palestras de nomes importantes da pauta no Brasil, como Ricardo Sales, fundador da Mais Diversidade, e Rodrigo Vianna, CEO da Mappit Talenses Group. Eles abordaram a importância da governança inclusiva, da liderança diversa e dos impactos positivos de ambientes de trabalho mais equitativos e reiteraram que este é um tema de direitos humanos e também uma agenda de negócios.
A programação ainda incluiu discussões sobre cultura organizacional, inovação, e apresentação de cases de sucesso, como o da YDUQS, além de experiências compartilhadas por cooperativas como Frísia, Unimed Curitiba e Central Sicredi — referências em práticas de inclusão no cooperativismo paranaense.
A presença do Sistema OCB no evento reforçou o alinhamento da entidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial os de igualdade de gênero (ODS 5), trabalho decente (ODS 8) e redução das desigualdades (ODS 10). “O cooperativismo é, por natureza, um modelo que valoriza as pessoas. E quando ampliamos essa valorização para a equidade de gênero, de raça, de origem, estamos fortalecendo nossa identidade e preparando o setor para os desafios do futuro”, destacou Tania.
“Queremos inspirar as cooperativas a construírem seus próprios caminhos, sempre com escuta ativa, empatia e ações que deem resultado. Não há desenvolvimento sustentável sem inclusão verdadeira”, completou Divani.
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Reconhecido pela ONU, cooperativismo foi tema central em estande interativo do evento
A Semana de Competitividade 2025, promovida pelo Sistema OCB, aconteceu entre os dias 9 e 11 de junho, em Brasília, e reuniu comunicadores cooperativistas, especialistas e influenciadores para discutir a importância da comunicação estratégica no fortalecimento das cooperativas brasileiras. O evento reuniu cerca de 800 representantes do movimento em todo o Brasil.
Entre os espaços de destaque para quem participou esteve o estande dedicado ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU para 2025. A iniciativa chamou a atenção do público ao divulgar o vídeo manifesto produzido pelo Sistema OCB e abordar o papel do cooperativismo como resposta a desafios globais, como inclusão social, desenvolvimento sustentável e transformação econômica. O vídeo destaca o cooperativismo como uma força capaz de transformar vidas e comunidades por meio de princípios como solidariedade, democracia e autogestão.
De acordo com João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, o reconhecimento da ONU marca a segunda vez em que a organização destaca o protagonismo das cooperativas no enfrentamento de crises mundiais — a primeira foi em 2012, após a crise de 2008, e agora, novamente, após os impactos da pandemia. “Esse reconhecimento reforça que o cooperativismo é um modelo de negócios viável e essencial para responder aos problemas atuais da sociedade”, afirmou.
O estande também proporcionou uma experiência interativa ao público. Os visitantes receberam pulseiras temáticas e puderam tirar fotos personalizadas, impressas na hora, com as hashtags #SemanaCoop e #SomosCoop, incentivando o engajamento nas redes sociais. A réplica de um púlpito no estande permitiu que os participantes também simulassem discursos em defesa do cooperativismo e tirassem fotos como representantes oficiais do movimento.
A ativação fez parte da experiência gamificada oferecida pela Semana de Competitividade para que os participantes pudessem conhecer mais sobre as soluções e ações desenvolvidas pelo Sistema OCB para as cooperativas. A publicação das fotos no púlpito em perfis de redes sociais com as hashtags do evento também garantiu brindes especiais aos que visitaram o estande.
Um dos principais objetivos da ação foi preparar o setor para ampliar sua participação na COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA). “Estamos aproveitando o Ano Internacional das Cooperativas como ferramenta estratégica para garantir um espaço exclusivo do cooperativismo na COP30”, destacou Penna. Segundo ele, essa visibilidade internacional é uma oportunidade única de influenciar políticas públicas e marcos regulatórios em favor do movimento.
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Cooperativismo integra debates sobre segurança e saúde no trabalho
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Medida atende demanda do Sistema OCB e viabiliza habilitação sem necessidade do código CBC
Foi publicada, nesta quarta-feira (11), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a Portaria MTE nº 1.039, que altera as regras para habilitação de instituições financeiras na Plataforma Crédito do Trabalhador. A principal mudança é a retirada da exigência do código CBC para o credenciamento de cooperativas de crédito — uma vitória importante conquistada pelo Sistema OCB junto ao governo federal, especialmente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A alteração foi formalizada por meio da modificação da Portaria MTE nº 434, de 20 de março de 2025, e representa um avanço significativo para garantir a inclusão plena das cooperativas de crédito, principalmente aquelas independentes, no programa que regulamenta a oferta de crédito consignado para trabalhadores celetistas.
O Programa Crédito do Trabalhador, instituído pela Medida Provisória (MP) 1.292/2025, estabelece um novo modelo de oferta de crédito com consignação em folha para empregados do setor privado. A proposta central do programa é permitir que o trabalhador tenha acesso a uma plataforma digital onde possa comparar diferentes ofertas de crédito das instituições financeiras habilitadas, promovendo mais transparência, concorrência e melhores condições ao consumidor.
Entretanto, a exigência do código CBC, que era inicialmente obrigatória para o credenciamento, impedia a participação de diversas cooperativas de crédito, especialmente as que não operam sob a estruturas sistêmicas verticalizadas. Com a exclusão desse requisito, o acesso dessas cooperativas ao programa foi destravado, ampliando a competitividade e o alcance do cooperativismo financeiro.
Segundo Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, a mudança é resultado de um esforço técnico e político liderado pela organização nos últimos meses: “A exclusão do código CBC da lista de exigências foi uma demanda direta do Sistema OCB, construída com diálogo técnico e institucional junto ao MTE. Essa conquista permite que mais cooperativas atuem no programa e reforça o compromisso do cooperativismo de crédito com a inclusão financeira dos trabalhadores brasileiros”, declarou.
Com a nova regra, todas as cooperativas de crédito interessadas poderão solicitar habilitação na Plataforma Crédito do Trabalhador, passando a oferecer a linha de consignado aos seus cooperados de forma segura, competitiva e alinhada aos princípios cooperativistas.
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Proposta é prioridade do Sistema OCB no Ano Internacional das Cooperativas
Em uma importante conquista para o cooperativismo brasileiro, a Comissão de Cultura Comissão de Cultura (CCULT) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 357/2025, que reconhece o cooperativismo como manifestação da cultura nacional. A proposta, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), é uma das prioridades do Sistema OCB em celebração ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025, e representa um marco no reconhecimento do papel transformador do movimento cooperativista na sociedade.
O deputado Arnaldo Jardim celebrou a aprovação. “O cooperativismo é mais do que uma forma de organização econômica, ele reflete valores profundos da nossa cultura nacional, como coletividade, democracia e justiça social. Por meio da autogestão, da participação coletiva e do compromisso com o desenvolvimento sustentável, as cooperativas promovem inclusão social e preservação ambiental. Neste Ano Internacional das Cooperativas, é especialmente simbólico a aprovação desse projeto de lei, que reconhece o cooperativismo como uma verdadeira manifestação da cultura brasileira.”
O projeto destaca o cooperativismo como um conjunto de práticas, valores e tradições que expressam a identidade de milhares de comunidades espalhadas pelo país. A iniciativa é estratégica para fortalecer a imagem do setor e ampliar sua presença nas políticas públicas de cultura, educação e desenvolvimento comunitário.
O parecer aprovado na Comissão de Cultura (CCULT) foi relatado pela deputada Lídice da Mata (BA) e construído com apoio técnico do Sistema OCB. Nele, a parlamentar ressalta que o cooperativismo vai além de um modelo econômico. “Trata-se de uma forma de organização social que estimula a cooperação, o pertencimento e o protagonismo comunitário, com impactos positivos nos mais diversos territórios e setores”, descreve.
Ainda segundo a parlamentar, “o cooperativismo não apenas contribui para o desenvolvimento, mas também fortalece os laços sociais e culturais nas comunidades onde está inserido. Elas promovem a participação cidadã, a inclusão social e a valorização do trabalho coletivo, aspectos intrínsecos à cultura brasileira”.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o projeto é simbólico e essencial. “O cooperativismo está enraizado na história, nas tradições e nos modos de vida de milhões de brasileiros. Reconhecê-lo como manifestação da cultura nacional é valorizar essa contribuição única para a construção de uma sociedade mais justa, participativa e solidária”, afirmou.
A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) em caráter conclusivo, ou seja, sem necessidade de passar pelo Plenário, a não ser que haja solicitação específica para tanto. O Sistema OCB continuará acompanhando de perto a tramitação e mobilizando lideranças cooperativistas e parlamentares para garantir sua aprovação final.
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Alex Macedo representou a entidade em debate sobre agricultura familiar
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal promoveu, nesta terça-feira (10), uma audiência pública para discutir o papel do cooperativismo da agricultura familiar na COP30, que será realizada em novembro, em Belém. Representando o Sistema OCB, o coordenador de Meio Ambiente, Alex Macedo, destacou a importância de incluir o movimento no centro das discussões climáticas e apresentou dados e propostas que reforçam o protagonismo das cooperativas na transição para uma economia de baixo carbono.
Durante sua fala, Alex Macedo ressaltou que 53% da produção agrícola brasileira vem de cooperativas, e defendeu que o modelo de negócios seja reconhecido como ferramenta essencial na construção de soluções climáticas: “Se temos quase 10% da população brasileira vinculada a uma cooperativa, por que o movimento ainda não está no centro das discussões climáticas? O setor tem capacidade, conhecimento e práticas que já contribuem para a mitigação dos impactos ambientais, especialmente por meio da agricultura familiar”, argumentou.
Alex também apresentou exemplos de práticas de produção de baixo carbono, como o uso reduzido de fertilizantes, o cultivo em áreas consolidadas e técnicas sustentáveis que já vêm sendo implementadas por cooperados em diferentes regiões do país. Segundo ele, essas iniciativas precisam de maior visibilidade e espaço nos fóruns internacionais.
A audiência contou com a participação de representantes da Unicafes, da Organização Mundial dos Agricultores (OMA) e da presidência da COP30. Todos convergiram na defesa de maior representatividade da agricultura familiar e das cooperativas nas negociações climáticas globais.
Liara Carvalho, representante da diretoria-executiva da COP30, explicou que o Círculo dos Povos será o espaço dedicado à agricultura familiar e às comunidades tradicionais durante a conferência. Já o senador Contarato reforçou: “É louvável que, em um evento mundial como a COP30, o cooperativismo tenha vez e voz. Ele é responsável por transformar vidas, gerar renda e garantir dignidade, especialmente no campo.”
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Obra oferece insigths valiosos para comunicar o movimento com sucesso
O cooperativismo brasileiro acaba de ganhar uma nova ferramenta para fortalecer sua imagem e ampliar sua presença na sociedade o livro: Comunicação e Marketing no Cooperativismo, lançado oficialmente pelo Sistema OCB nesta terça-feira (11), durante a Semana da Competitividade 2025. A obra foi distribuída para todos os participantes em conjunto com o livro O Futuro é Coop, de Martha Gabriel, lançado durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) em maio de 2024.
O lançamento ocorreu durante a plenária Comunicar para cooperar: estratégias que conectam pessoas e negócios, moderada por Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação da entidade, e com a participação dos especialistas Renan Silvestre, Patrícia Marins e Samira Cardoso, que discutiram os desafios e oportunidades de comunicar um modelo de negócios tão singular como o cooperativismo. “Nosso objetivo com esse livro é oferecer um conteúdo prático, acessível e inspirador, que ajude as cooperativas a se comunicarem com intenção, coerência e impacto”, destacou Samara durante o evento.
O livro parte de uma constatação que há muito ecoa entre os cooperativistas: o maior inimigo do cooperativismo é o desconhecimento. Embora mais de 23 milhões de brasileiros façam parte de cooperativas, ainda há pouca compreensão sobre como elas funcionam, quais seus diferenciais e como contribuem para o desenvolvimento econômico e social.
Por isso, a publicação oferece um mergulho profundo nas estratégias de comunicação e marketing voltadas para o universo cooperativista. Os capítulos abordam temas como branding, comunicação, marketing e relacionamento, publicidade e propaganda, storytelling e planejamento, sempre com foco em boas práticas, exemplos reais e ferramentas aplicáveis à realidade das coops.
A obra também conta com artigos especiais assinados por especialistas como Fred Gelli, Isabelli Gonçalves, Martha Terenzzo, Patrícia Marins, Samira Cardoso e Renan Silvestre que reforçam o papel estratégico da área na construção de reputação e confiança. Além disso, traz cases inspiradores da Aurora Coop, Vinícula Aurora, Unimed, Sicoob, Sicredi, Coopfam e Coop, que transformaram sua comunicação e alcançaram resultados expressivos em engajamento, posicionamento de marca e impacto social.
Vetor de competitividade
O livro trata a comunicação como um vetor essencial para o posicionamento, a reputação e o crescimento das cooperativas. Ao conectar os princípios do cooperativismo com técnicas modernas de comunicação, a publicação mostra como é possível construir marcas fortes, engajadas e coerentes com seus valores. “Comunicar o cooperativismo é construir pontes entre uma proposta de mundo mais justa e sustentável e as pessoas que ainda não conhecem esse modelo”, reforça um dos trechos da obra.
O conteúdo também destaca a importância de eixos estratégicos — como propósito, missão, visão e valores — na definição do posicionamento institucional, e orienta sobre como adaptá-los para os diferentes públicos de interesse: cooperados, colaboradores, comunidade, consumidores, entidades reguladoras e demais stakeholders.
Outro diferencial da obra é mostrar como os princípios do cooperativismo representam um diferencial competitivo autêntico. Eles são apresentados como parte central da narrativa institucional que deve ser comunicada com clareza, emoção e verdade. Ainda entre os destaques da publicação, está a defesa da comunicação como ferramenta de geração de pertencimento, construção de identidade e fortalecimento do vínculo entre a cooperativa e seus públicos.
Segundo Samara, o livro é resultado da escuta de experiências reais e do diálogo com profissionais da área e se consolida como um guia essencial para lideranças, gestores e equipes de comunicação das cooperativas brasileiras. “Em um contexto em que atenção, reputação e conexão são ativos valiosos, essa obra oferece caminhos para posicionar o cooperativismo com mais força, visibilidade e protagonismo”, destacou.
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Medida beneficia cooperativas e fortalece economia circular no país
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 1.800/2021, que retoma a alíquota zero de PIS e Cofins sobre a receita obtida com a venda de resíduos recicláveis. O parecer do senador Luis Carlos Heinze (RS), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), acolheu integralmente o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. A proposta representa um avanço importante para o fortalecimento da economia circular no Brasil e traz benefícios diretos às cooperativas que atuam na cadeia da reciclagem.
O texto aprovado autoriza, de forma permanente, a utilização de créditos das contribuições sociais (PIS e Cofins) na aquisição de materiais recicláveis, como plástico, papel, vidro, alumínio, entre outros. Isso significa que empresas poderão abater esses valores ao comprar insumos de cooperativas e associações de catadores, o que estimula a inclusão socioeconômica e a formalização dessas organizações.
“Esse projeto valoriza o trabalho das cooperativas de reciclagem e dá fôlego econômico para que elas sigam gerando emprego, renda e sustentabilidade. É uma política pública que conecta inclusão social e responsabilidade ambiental”, avaliou a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella.
A medida foi motivada a partir de decisões que envolvem a chamada Lei do Bem (11.196/2005) que garantiu, em dois dispositivos (Artigo 47 e 48), os incentivos aos catadores de materiais recicláveis. Em 2021, no entanto, um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade dos artigos.
Desde então, o Sistema OCB vem atuando para reverter a decisão e garantir a isenção de pagamento dos tributos. Estudo elaborado pela entidade verificou que, antes da suspensão, os catadores pagavam uma média de R$ 48 em tributos mensais e, após, o valor supera os R$ 200. Atualmente, o sistema congrega 103 cooperativas de reciclagem que reúnem mais de 3 mil catadores. Elas atuam, principalmente, nos recicláveis secos recuperados de papel e papelão, plásticos, metais e vidros.
O projeto foi apresentado pelo deputado Domingos Sávio (MG), coordenador do Ramo Crédito da Frencoop. O deputado Evair Vieira de Melo (ES), secretário-geral da Frente, aprimorou o texto em seu substitutivo na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) na Câmara dos Deputados.
A aprovação do PL 1.800/2021 também representa uma resposta prática às demandas do cooperativismo por um ambiente mais favorável à atividade de reciclagem, especialmente em um cenário onde a gestão de resíduos é um desafio crescente para os municípios.
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Freencoop se une a outras frentes do setor produtivo e manifesta repúdio à novas medidas fiscais
A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), com apoio do Sistema OCB, uniu-se, nesta segunda-feira (9), a outras frentes do setor produtivo para manifestar repúdio às recentes medidas fiscais do governo federal. O foco da preocupação está na recalibragem do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que, segundo o setor, compromete investimentos, encarece o crédito e desestimula a geração de empregos.
O presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP), afirma que a medida aprofunda a já grave asfixia econômica enfrentada por empresas e cooperativas. “Estamos diante de ações que vão na contramão da sustentabilidade fiscal de verdade. O aumento do IOF onera atividades essenciais e enfraquece a capacidade do país de investir, gerar empregos e competir em um cenário global”, afirmou o parlamentar.
De acordo com estimativas da Coalizão de Frentes, o reajuste do IOF resultará em um acréscimo de R$ 19,5 bilhões no custo de crédito, câmbio e seguros já em 2025. Em 2026, esse número poderá ultrapassar os R$ 39 bilhões, representando um aumento de mais de 110% ao ano apenas sobre os empréstimos para negócios.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o impacto das mudanças fiscais é direto sobre o setor e seus beneficiários. “As cooperativas são protagonistas na inclusão produtiva e no desenvolvimento regional. O aumento do IOF penaliza quem trabalha, empreende e promove o crédito responsável no país. Um ambiente favorável ao crescimento precisa de diálogo, e não de aumento de impostos”, defendeu.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, também alertou para os riscos que a medida representa ao sistema cooperativista, que atua em segmentos estratégicos como saúde, agro, crédito e infraestrutura. “O aumento do IOF enfraquece a economia real. Precisamos de previsibilidade fiscal, não de mais instabilidade. O Brasil precisa incentivar o investimento e a inovação, não os restringir com mais tributos”, enfatizou.
O manifesto assinado pela Frencoop e outras frentes parlamentares critica a lógica fiscal adotada pelo governo, apontando que o país já está entre os que mais tributam no mundo sem a devida contrapartida em serviços públicos de qualidade. Além disso, destaca que a proposta não representa um avanço na responsabilidade fiscal, mas sim a continuidade de uma estratégia que transfere ao setor produtivo a conta do desequilíbrio fiscal.
O texto denuncia que, desde o início de 2023, o governo federal já aumentou ou criou impostos ao menos 24 vezes — média de um novo aumento a cada 37 dias. Entre as medidas previstas como compensatórias à mudança do IOF estão o fim da isenção do Imposto de Renda sobre Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), o aumento da tributação sobre apostas esportivas, a padronização do sistema financeiro e o possível aumento do IR sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP).
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Quarta temporada da série mostra o impacto do cooperativismo do sertão à floresta
A 4ª temporada da série SomosCoop na Estrada já está no ar. A apresentadora e embaixadora do Ano Internacional das Cooperativas, Glenda Koslowski fez o anúncio durante a plenária Comunicação com Propósito da Semana de Competitividade 2025. O primeiro episódio está disponível no canal do YouTube do SomosCoop e no site oficial. A nova etapa da jornada vai mostrar como o cooperativismo transforma vidas em sete estados do Norte e Nordeste do Brasil, valorizando a diversidade e o impacto social do modelo em diferentes realidades. O lançamento da temporada foi anunciado durante a Semana de Competitividade 2025, reforçando o compromisso do movimento com a comunicação.
Para Glenda, a nova jornada do SomosCoop na Estrada guarda emoções especiais. “Essa temporada é diferente porque traz experiências de lugares onde não havia nada e com a força do cooperativismo, pessoas que só sobreviviam, transformaram um grão de areia em uma praia. Eles ganharam força, valor, autoestima. Eles deixaram de ser apenas mais um no meio da multidão. Então, é realmente muito bonita essa quarta temporada”, declarou.
Com uma linguagem leve, imagens envolventes e roteiros que priorizam as pessoas, a websérie mostra o Brasil que coopera para crescer — mesmo diante de desafios como seca, distância, desigualdade ou falta de oportunidades. São histórias que inspiram, emocionam e provam que o cooperativismo é um caminho real para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.
Nesta temporada do SomosCoop na Estrada, o público vai conhecer de perto o trabalho de apicultores do Piauí que fazem do mel sua resistência no semiárido; dentistas do Ceará que transformam sorrisos e cuidam da autoestima de crianças; mulheres do Tocantins que ocupam espaços de liderança no agro; e extrativistas do Acre que conectam a floresta ao mercado global com castanha e borracha.
Também vamos ao coração da Amazônia conhecer quem refloresta Rondônia com mudas nativas; quem transporta turistas com consciência ambiental nos Lençóis Maranhenses; quem navega pelos rios do Amazonas em canoas que geram renda e orgulho; e quem faz do artesanato um elo entre tradição, sustentabilidade e oportunidade.
Confira a agenda de estreia dos episódios:
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09/06 – Mel do Sertão (PI): apicultores do semiárido transformam o mel em fonte de renda e dignidade.
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18/06 – Uniodonto Fortaleza (CE): dentistas cooperados levam saúde e educação bucal para escolas e comunidades.
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25/06 – Coapa (TO): comitê de mulheres promove liderança feminina no agro tocantinense.
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02/07 – Coopprojirau (RO): reflorestamento e recuperação de áreas degradadas com produção de mudas.
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09/07 – Cooperacre (AC): extrativistas fornecem castanha e borracha para o Brasil e o mundo.
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16/07 – Coottalmar (MA): turismo sustentável e ações ambientais nos Lençóis Maranhenses.
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23/07 – Canoeiros da Cachoeira (AM): canoeiros ribeirinhos promovem turismo de base comunitária.
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30/07 – Copamart (AM): artesãs amazônidas criam beleza a partir de fibras naturais.
Os episódios serão lançados semanalmente no YouTube e no site oficial. Prepare-se para pegar a estrada e conhecer um Brasil que muita gente ainda não viu — mas que vale a pena enxergar com os olhos do cooperativismo.
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Reconhecimento internacional valoriza excelência da maior cooperativa de saúde do mundo
O cooperativismo brasileiro mais uma vez ganha destaque internacional. A Unimed, maior cooperativa de saúde do mundo, teve 20 hospitais eleitos entre os melhores do Brasil no ranking The World’s Best Hospitals Brasil – 2025, publicado pela revista norte-americana Newsweek, em parceria com a plataforma de dados Statista.
Entre os hospitais reconhecidos, brilha o nome do Complexo Hospitalar Unimed Recife (CHUR), apontado como o melhor hospital privado da capital pernambucana. A conquista inspirou a Assembleia Legislativa de Pernambuco a aprovar um voto de congratulações, apresentado pelo deputado estadual Waldemar Borges e enviado ao presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. “Essa conquista é resultado direto do modelo cooperativista, que alia gestão eficiente, participação dos médicos na tomada de decisão e foco permanente na qualidade do atendimento”, afirma o requerimento oficial.
Os hospitais Unimed representam o sucesso de um modelo que coloca pessoas no centro, valoriza o trabalho em rede e reinveste seus resultados em melhorias contínuas. Ao serem geridos por médicos cooperados — que decidem juntos os rumos do atendimento —, esses hospitais oferecem eficiência com propósito, tecnologia aliada à humanização e cuidado com responsabilidade.
A seleção da Newsweek levou em consideração indicadores clínicos, estrutura hospitalar, reputação profissional e a experiência dos pacientes. Para o Sistema OCB, estar entre os melhores hospitais do país é um reconhecimento ao esforço coletivo das cooperativas de saúde em promover o bem-estar com excelência. “Ver os hospitais cooperativos liderando rankings internacionais é a prova de que o nosso modelo funciona — porque é baseado na confiança, na cooperação e no compromisso com a vida”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente da entidade.
Ainda segundo ele, esse resultado também demonstra a capilaridade e o impacto territorial das cooperativas de saúde, que atuam de forma integrada em todas as regiões do Brasil, oferecendo serviços de qualidade onde muitas vezes o acesso é limitado. A Unimed, presente em mais de 80% do território nacional, mostra que o cooperativismo é capaz de ampliar o cuidado e a inclusão na saúde, com base em valores como solidariedade, autonomia e responsabilidade social.
Confira a lista dos hospitais citados no ranking:
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Centro Hospitalar Unimed (SC)
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CHUR - Unimed Recife Hospital Complex (PE)
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Hospital Dr. Miguel Soeiro - Unimed Sorocaba (SP)
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Hospital São Paulo - Unimed Araraquara (SP)
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Hospital Unimed - Unidade Contorno (MG)
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Hospital Unimed Araçatuba (SP)
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Hospital Unimed Campinas (SP)
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Hospital Unimed Campo Grande (MS)
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Hospital Unimed Caxias do Sul (RS)
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Hospital Unimed Criciuma (PR)
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Hospital Unimed de Bauru (SP)
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Hospital Unimed Fortaleza (CE)
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Hospital Unimed Limeira (SP)
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Hospital Unimed Maceió (AL)
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Hospital Unimed Piracicaba (SP)
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Hospital Unimed São José do Rio Preto (SP)
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Hospital Unimed Sul Capixaba (ES)
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Hospital Unimed Vale Do Cai
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Hospital Unimed Vitória (ES)
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Hospital Unimed Volta Redonda (RJ)
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Sistema OCB defende a faculdade para poder operar no modelo bilateral e flexibilização para integração à nova plataforma
Thiago Borba apresenta sugestões do cooperativismo para o novo crédito consignado. Foto: Andressa Anholete/Agência SenadoA Comissão Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 1.292/2025 promoveu, nesta quarta-feira (28), uma audiência pública para discutir os impactos das novas regras sobre o crédito consignado. A MP enviada pelo governo federal altera a forma como essas operações são feitas, ao exigir que passem a ser realizadas por meio de plataforma digital, com a promessa de ampliar o acesso, garantir mais segurança e dar eficiência ao processo.
Durante o debate, o coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, Thiago Borba Abrantes, destacou o papel estratégico das cooperativas de crédito no Brasil, que somam cerca de 750 instituições e 10 mil postos de atendimento em todo o país, oferecendo um portfólio completo de produtos e serviços financeiros. A principal diferença em relação aos bancos é que as cooperativas não têm finalidade lucrativa, por determinação legal e pela própria lógica de funcionamento do modelo de negócios. “A operação entre cooperado e cooperativa visa atender às necessidades financeiras dos associados, e não gerar lucro. É uma relação baseada na mutualidade, respaldada pela Constituição, que prevê apoio e estímulo do Estado”, explicou.
Thiago também destacou que a iniciativa do Crédito Trabalhador, prevista na MP, é meritória por promover a democratização do acesso a crédito barato para os trabalhadores celetistas, público que antes contava com opções mais limitadas nesse tipo de operação. Mas, segundo ele, há entraves práticos importantes que precisam ser resolvidos, especialmente em relação às cooperativas independentes — cerca de 203 instituições, criadas dentro de empresas por grupos de trabalhadores para atender aos seus colegas. “Essas cooperativas têm uma estrutura mais simples e, em 99% dos casos, o consignado privado é a principal linha de atuação, que já vinha sendo operada antes da plataforma criada pelo governo”, relatou.
A nova plataforma, de acordo com o coordenador, exige que as cooperativas tenham um código CBC, o que representa um alto custo e complexidade para essas instituições de menor porte. “Muitas delas atuavam por meio de terceiros bancarizadores — prática que agora está inviabilizada — e, com isso, estão há 60 dias impedidas de realizar novas concessões de crédito.
Pedidos
Diante do novo cenário, Thiago apresentou três pleitos principais do cooperativismo aos parlamentares:
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Viabilizar a entrada das cooperativas independentes na plataforma, levando em consideração sua estrutura operacional simplificada;
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Permitir que essas cooperativas também possam operar no modelo anterior, de forma facultativa e com garantias de segurança jurídica e da informação. O modelo bilateral permite condições de crédito mais vantajosas e menor custo para o cooperado;
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Prorrogar de 120 para 180 dias o prazo para averbação das operações feitas antes da MP, permitindo que as cooperativas regularizem o chamado "legado", ou seja, contratos anteriores à nova regra, considerando que muitas ainda não conseguiram se habilitar na plataforma.
Além disso, o coordenador reforçou a importância de se respeitar as condições originais das operações já pactuadas, reconhecendo o “ato jurídico perfeito” e evitando insegurança jurídica aos cooperados.
Thiago afirmou ainda que o Ministério do Trabalho tem se mostrado sensível aos desafios das cooperativas independentes e está dialogando com o setor para encontrar soluções viáveis. No entanto, ele reforçou a importância de que essas sugestões sejam incorporadas diretamente ao texto da Medida Provisória, a fim de garantir segurança e previsibilidade para as operações no futuro. “Nosso objetivo é contribuir para o aprimoramento da MP, preservando os princípios do cooperativismo e garantindo que o sistema continue sendo uma alternativa viável, acessível e justa para milhões de trabalhadores brasileiros”, finalizou.
Aprimoramento
O relator da Medida Provisória, senador Rogério Carvalho (SE), destacou que as contribuições apresentadas durante a audiência são fundamentais para o aprimoramento do texto. “Essas apresentações ajudam muito a aperfeiçoar o cenário dessa nova modalidade de crédito consignado. O objetivo é que esse produto não seja imposto ao trabalhador com taxas de juros elevadas, mas que haja competição e que cada um possa buscar a melhor taxa possível, dentro de sua realidade. Saio muito satisfeito com o que foi apresentado aqui”, declarou.
Já o relator revisor, deputado Giacobo (PR), foi mais crítico à proposta. Segundo ele, a MP ainda não apresentou benefícios concretos, especialmente no que diz respeito às altas taxas de juros praticadas no mercado. “Confesso que sou contra essa medida, mas ela está posta e em vigor. Ainda não vejo vantagem nenhuma no que foi colocado. As taxas de juros médias estão ultrapassando 4% ao mês — isso é agiotagem legalizada”, criticou o parlamentar.
Giacobo ressaltou que o debate agora entra em duas fases: a aprovação da MP e, posteriormente, a normatização da proposta. E destacou quatro pontos que considera essenciais para o aprimoramento do modelo: controle das taxas de juros; aprimoramento da portabilidade; controle do endividamento; e combate à fraude. “Nosso papel nesta comissão não é proteger esse produto, mas aprimorar o que o governo federal nos mandou”, concluiu.
Os requerimentos para a realização da audiência foram apresentados pelos deputados Kiko Celeguim (SP) e Capitão Alberto Neto (AM).
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O Portal Jota publicou nesta segunda-feira (26), artigo assinado pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, sobre o novo Ramo Seguros.
O texto celebra a sanção da Lei Complementar 213/2025 como um marco histórico para o cooperativismo brasileiro, ao integrar formalmente as cooperativas de seguros ao Sistema Nacional de Seguros Privados. Também destaca que a medida fortalece a inclusão securitária, especialmente para populações vulneráveis, e posiciona as cooperativas como agentes de desenvolvimento econômico, com foco em soluções justas, locais e humanas.
Confira o artigo completo:
Um novo tempo para o mercado de seguros no Brasil
Márcio Lopes de Freitas
A história do cooperativismo brasileiro alcançou mais um capítulo decisivo com a sanção da Lei Complementar 213/2025, que integra formalmente as cooperativas de seguros ao Sistema Nacional de Seguros Privados.
Esse é um marco legal histórico que vai além de uma simples abertura de mercado. Ele representa a possibilidade real de democratização do acesso à proteção e à segurança financeira no Brasil, ou seja, à inclusão securitária, um tema fundamental e urgente para o país.
Milhões de brasileiros ainda vivem sem qualquer tipo de proteção formal diante de riscos que podem comprometer a vida, o sustento e o futuro de suas famílias. E são justamente os mais vulneráveis - pequenos produtores, trabalhadores informais, empreendedores individuais - que mais precisam dessa rede de apoio.
Nesse contexto, onde várias regiões do país não são atendidas pelo mercado segurador, a nova legislação permite que as cooperativas atuem como alternativa concreta, com qualidade, preços justos e atendimento humanizado, características que já fazem parte da identidade do nosso modelo de negócios.
Para além de produtos, as cooperativas estão preparadas para oferecer confiança, pertencimento e amparo. Isso porque são instituições que operam com foco no cooperado, não no lucro, e isso muda tudo. Como donos do negócio, o interesse maior é construir soluções desenhadas a partir de suas realidades locais e com a garantia de transparência, participação e distribuição justa de resultados.
Assim, o que se evidencia, é que as cooperativas podem assegurar a cobertura necessária, mas também contribuir para que seus segurados tenham dignidade para poder recomeçar, para enfrentar adversidades com apoio e para construir uma vida mais protegida e planejada. É a lógica da mutualidade vencendo a lógica da exclusão.
Importante salientar que a inclusão securitária é também um vetor de desenvolvimento econômico. Quando as pessoas têm acesso a esses serviços, elas se sentem mais confiantes para empreender, investir e inovar. Consequentemente, esse ciclo movimenta a economia, gera empregos e fortalece as comunidades. No campo, por exemplo, o seguro rural é essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a resiliência da produção agrícola.
Com a nova legislação, o Brasil se posiciona para integrar um grupo de nações que apostam em um modelo mais humano, participativo e sustentável de fazer seguros. Essa conquista é fruto de anos de articulação institucional do Sistema OCB (órgão de representação máxima do cooperativismo brasileiro), em parceria com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o Ministério da Fazenda e diversos atores que compreenderam a importância de uma economia mais inclusiva e cooperativa.
No mundo, as seguradoras cooperativas e mutualistas já atendem cerca de 889 milhões de pessoas, com receitas de prêmios que ultrapassam US$ 1,4 trilhão. Países como França, Estados Unidos, Alemanha e Japão têm mercados cooperativos de seguros sólidos, em alguns casos com participação superior a 40%. No Brasil, o mercado segurador espera representar 6,4% do PIB em 2025. Com a entrada das cooperativas, a expectativa é de um impacto adicional de até 15%, o que comprova, mais uma vez, o potencial transformador desse momento.
Por isso, continuamos vigilantes e atuantes, acompanhando cada etapa da regulamentação dessa nova legislação que deve ser concluída ainda este ano. Queremos que as cooperativas de seguros no Brasil sejam referência, como já são as de crédito, saúde, infraestrutura e agropecuárias, por exemplo.
Acreditamos na premissa de que o futuro do setor de seguros passa pela cooperação. E estamos prontos para liderar essa transformação.
Saiba Mais:
- Nova lei de seguros fortalece cooperativas e amplia acesso ao mercado securitário
- Cooperativas de seguro chegam a setor estratégico com inclusão e transparência
- Um guia prático para entender o seguro cooperativo e mútuo