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Sistema OCB defende a faculdade para poder operar no modelo bilateral e flexibilização para integração à nova plataforma
Thiago Borba apresenta sugestões do cooperativismo para o novo crédito consignado. Foto: Andressa Anholete/Agência SenadoA Comissão Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 1.292/2025 promoveu, nesta quarta-feira (28), uma audiência pública para discutir os impactos das novas regras sobre o crédito consignado. A MP enviada pelo governo federal altera a forma como essas operações são feitas, ao exigir que passem a ser realizadas por meio de plataforma digital, com a promessa de ampliar o acesso, garantir mais segurança e dar eficiência ao processo.
Durante o debate, o coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, Thiago Borba Abrantes, destacou o papel estratégico das cooperativas de crédito no Brasil, que somam cerca de 750 instituições e 10 mil postos de atendimento em todo o país, oferecendo um portfólio completo de produtos e serviços financeiros. A principal diferença em relação aos bancos é que as cooperativas não têm finalidade lucrativa, por determinação legal e pela própria lógica de funcionamento do modelo de negócios. “A operação entre cooperado e cooperativa visa atender às necessidades financeiras dos associados, e não gerar lucro. É uma relação baseada na mutualidade, respaldada pela Constituição, que prevê apoio e estímulo do Estado”, explicou.
Thiago também destacou que a iniciativa do Crédito Trabalhador, prevista na MP, é meritória por promover a democratização do acesso a crédito barato para os trabalhadores celetistas, público que antes contava com opções mais limitadas nesse tipo de operação. Mas, segundo ele, há entraves práticos importantes que precisam ser resolvidos, especialmente em relação às cooperativas independentes — cerca de 203 instituições, criadas dentro de empresas por grupos de trabalhadores para atender aos seus colegas. “Essas cooperativas têm uma estrutura mais simples e, em 99% dos casos, o consignado privado é a principal linha de atuação, que já vinha sendo operada antes da plataforma criada pelo governo”, relatou.
A nova plataforma, de acordo com o coordenador, exige que as cooperativas tenham um código CBC, o que representa um alto custo e complexidade para essas instituições de menor porte. “Muitas delas atuavam por meio de terceiros bancarizadores — prática que agora está inviabilizada — e, com isso, estão há 60 dias impedidas de realizar novas concessões de crédito.
Pedidos
Diante do novo cenário, Thiago apresentou três pleitos principais do cooperativismo aos parlamentares:
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Viabilizar a entrada das cooperativas independentes na plataforma, levando em consideração sua estrutura operacional simplificada;
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Permitir que essas cooperativas também possam operar no modelo anterior, de forma facultativa e com garantias de segurança jurídica e da informação. O modelo bilateral permite condições de crédito mais vantajosas e menor custo para o cooperado;
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Prorrogar de 120 para 180 dias o prazo para averbação das operações feitas antes da MP, permitindo que as cooperativas regularizem o chamado "legado", ou seja, contratos anteriores à nova regra, considerando que muitas ainda não conseguiram se habilitar na plataforma.
Além disso, o coordenador reforçou a importância de se respeitar as condições originais das operações já pactuadas, reconhecendo o “ato jurídico perfeito” e evitando insegurança jurídica aos cooperados.
Thiago afirmou ainda que o Ministério do Trabalho tem se mostrado sensível aos desafios das cooperativas independentes e está dialogando com o setor para encontrar soluções viáveis. No entanto, ele reforçou a importância de que essas sugestões sejam incorporadas diretamente ao texto da Medida Provisória, a fim de garantir segurança e previsibilidade para as operações no futuro. “Nosso objetivo é contribuir para o aprimoramento da MP, preservando os princípios do cooperativismo e garantindo que o sistema continue sendo uma alternativa viável, acessível e justa para milhões de trabalhadores brasileiros”, finalizou.
Aprimoramento
O relator da Medida Provisória, senador Rogério Carvalho (SE), destacou que as contribuições apresentadas durante a audiência são fundamentais para o aprimoramento do texto. “Essas apresentações ajudam muito a aperfeiçoar o cenário dessa nova modalidade de crédito consignado. O objetivo é que esse produto não seja imposto ao trabalhador com taxas de juros elevadas, mas que haja competição e que cada um possa buscar a melhor taxa possível, dentro de sua realidade. Saio muito satisfeito com o que foi apresentado aqui”, declarou.
Já o relator revisor, deputado Giacobo (PR), foi mais crítico à proposta. Segundo ele, a MP ainda não apresentou benefícios concretos, especialmente no que diz respeito às altas taxas de juros praticadas no mercado. “Confesso que sou contra essa medida, mas ela está posta e em vigor. Ainda não vejo vantagem nenhuma no que foi colocado. As taxas de juros médias estão ultrapassando 4% ao mês — isso é agiotagem legalizada”, criticou o parlamentar.
Giacobo ressaltou que o debate agora entra em duas fases: a aprovação da MP e, posteriormente, a normatização da proposta. E destacou quatro pontos que considera essenciais para o aprimoramento do modelo: controle das taxas de juros; aprimoramento da portabilidade; controle do endividamento; e combate à fraude. “Nosso papel nesta comissão não é proteger esse produto, mas aprimorar o que o governo federal nos mandou”, concluiu.
Os requerimentos para a realização da audiência foram apresentados pelos deputados Kiko Celeguim (SP) e Capitão Alberto Neto (AM).
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O Portal Jota publicou nesta segunda-feira (26), artigo assinado pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, sobre o novo Ramo Seguros.
O texto celebra a sanção da Lei Complementar 213/2025 como um marco histórico para o cooperativismo brasileiro, ao integrar formalmente as cooperativas de seguros ao Sistema Nacional de Seguros Privados. Também destaca que a medida fortalece a inclusão securitária, especialmente para populações vulneráveis, e posiciona as cooperativas como agentes de desenvolvimento econômico, com foco em soluções justas, locais e humanas.
Confira o artigo completo:
Um novo tempo para o mercado de seguros no Brasil
Márcio Lopes de Freitas
A história do cooperativismo brasileiro alcançou mais um capítulo decisivo com a sanção da Lei Complementar 213/2025, que integra formalmente as cooperativas de seguros ao Sistema Nacional de Seguros Privados.
Esse é um marco legal histórico que vai além de uma simples abertura de mercado. Ele representa a possibilidade real de democratização do acesso à proteção e à segurança financeira no Brasil, ou seja, à inclusão securitária, um tema fundamental e urgente para o país.
Milhões de brasileiros ainda vivem sem qualquer tipo de proteção formal diante de riscos que podem comprometer a vida, o sustento e o futuro de suas famílias. E são justamente os mais vulneráveis - pequenos produtores, trabalhadores informais, empreendedores individuais - que mais precisam dessa rede de apoio.
Nesse contexto, onde várias regiões do país não são atendidas pelo mercado segurador, a nova legislação permite que as cooperativas atuem como alternativa concreta, com qualidade, preços justos e atendimento humanizado, características que já fazem parte da identidade do nosso modelo de negócios.
Para além de produtos, as cooperativas estão preparadas para oferecer confiança, pertencimento e amparo. Isso porque são instituições que operam com foco no cooperado, não no lucro, e isso muda tudo. Como donos do negócio, o interesse maior é construir soluções desenhadas a partir de suas realidades locais e com a garantia de transparência, participação e distribuição justa de resultados.
Assim, o que se evidencia, é que as cooperativas podem assegurar a cobertura necessária, mas também contribuir para que seus segurados tenham dignidade para poder recomeçar, para enfrentar adversidades com apoio e para construir uma vida mais protegida e planejada. É a lógica da mutualidade vencendo a lógica da exclusão.
Importante salientar que a inclusão securitária é também um vetor de desenvolvimento econômico. Quando as pessoas têm acesso a esses serviços, elas se sentem mais confiantes para empreender, investir e inovar. Consequentemente, esse ciclo movimenta a economia, gera empregos e fortalece as comunidades. No campo, por exemplo, o seguro rural é essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a resiliência da produção agrícola.
Com a nova legislação, o Brasil se posiciona para integrar um grupo de nações que apostam em um modelo mais humano, participativo e sustentável de fazer seguros. Essa conquista é fruto de anos de articulação institucional do Sistema OCB (órgão de representação máxima do cooperativismo brasileiro), em parceria com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o Ministério da Fazenda e diversos atores que compreenderam a importância de uma economia mais inclusiva e cooperativa.
No mundo, as seguradoras cooperativas e mutualistas já atendem cerca de 889 milhões de pessoas, com receitas de prêmios que ultrapassam US$ 1,4 trilhão. Países como França, Estados Unidos, Alemanha e Japão têm mercados cooperativos de seguros sólidos, em alguns casos com participação superior a 40%. No Brasil, o mercado segurador espera representar 6,4% do PIB em 2025. Com a entrada das cooperativas, a expectativa é de um impacto adicional de até 15%, o que comprova, mais uma vez, o potencial transformador desse momento.
Por isso, continuamos vigilantes e atuantes, acompanhando cada etapa da regulamentação dessa nova legislação que deve ser concluída ainda este ano. Queremos que as cooperativas de seguros no Brasil sejam referência, como já são as de crédito, saúde, infraestrutura e agropecuárias, por exemplo.
Acreditamos na premissa de que o futuro do setor de seguros passa pela cooperação. E estamos prontos para liderar essa transformação.
Saiba Mais:
- Nova lei de seguros fortalece cooperativas e amplia acesso ao mercado securitário
- Cooperativas de seguro chegam a setor estratégico com inclusão e transparência
- Um guia prático para entender o seguro cooperativo e mútuo
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Live destacou importância de garantir condições equitativas de participação no novo programa
O sistema OCB realizou hoje uma live para discutir soluções para a adequada integração das cooperativas independentes no Programa Crédito do Trabalhador, a live contou com a participação de representantes do Ministério do Trabalho, do Congresso Nacional e de lideranças do cooperativismo de crédito. O encontro contou com mais de 270 participantes. O Programa Crédito do Trabalhador é uma política pública lançada pelo governo federal para facilitar o acesso ao crédito consignado por trabalhadores do setor privado com vínculo empregatício formal e é essencial que as cooperativas possam operar na plataforma, sendo um dos principais atores na promoção da democratização do crédito.
Na abertura, o deputado federal Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou a importância de garantir condições equitativas de participação para todas as cooperativas, inclusive as independentes. “O cooperativismo é uma forma de produzir e distribuir que orgulha o Brasil. E as cooperativas de crédito independentes — que não estão vinculadas às grandes centrais — não podem ser deixadas de lado. Precisamos da atuação delas para que o programa funcione na prática, com capilaridade e taxas mais acessíveis”, afirmou.
O deputado elogiou o empenho técnico do Sistema OCB na articulação e destacou que a atuação conjunta será em duas frentes: no Executivo, pressionando pela rápida publicação da portaria que permitirá a habilitação das cooperativas de crédito sem exigência do código bancário; e no Legislativo, e com a apresentação de emendas à Medida Provisória 1.292/2025, que regula o programa. “Já perdemos o mês de maio. Precisamos que essa portaria saia o quanto antes para que em junho essas cooperativas já estejam operando”, completou.
Sandro Pereira, diretor de Gestão de Fundos do Ministério do Trabalho e Emprego, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelas cooperativas de crédito e confirmou que a nova portaria está em fase final de elaboração. “As cooperativas são fundamentais para ampliar o alcance do programa e reduzir a taxa de juros média. Os dados mostram que elas já praticam as menores taxas. Queremos que participem ativamente, e a portaria trará essa flexibilidade”, garantiu.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader, reforçou que muitas cooperativas estão há três meses sem operar, o que ameaça sua sustentabilidade e o atendimento de milhares de cooperados. “Além da impossibilidade de operação, há uma série de cooperados impedidos de acessar crédito por falhas na integração da base legada. Isso contraria os princípios do programa e expõe esses trabalhadores a práticas abusivas de instituições que cobram juros muito mais altos”, explicou.
Durante a live, a analista do Ramo Crédito, Feulga Abreu, detalhou junto com Fabíola os principais pleitos levados pelo Sistema OCB à Comissão Mista do Congresso que analisa a MP 1.292.
Audiência
O sistema OCB será expositor na audiência pública da Comissão Mista marcada para o dia 28 de maio e já realizou articulações com o relator da matéria, senador Rogério Carvalho (SE), e com o presidente da comissão, deputado Fernando Monteiro (PE), apresentando todos os pleitos e dados técnicos que justificam a importância das cooperativas no programa.
“Estamos atuando em todas as frentes: Ministério do Trabalho, Dataprev, Congresso Nacional e associações do sistema financeiro. E faremos uma mobilização estratégica com base cooperativa quando for o momento certo, com texto único e argumentação sólida. Precisamos de união para sermos ouvidos”, destacou Fabíola.
A expectativa é que a nova portaria seja publicada ainda em maio.
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Instituições são reconhecidas por impulsionar crédito, inovação e apoio à reconstrução no RS
O cooperativismo de crédito brasileiro demonstrou mais uma vez sua força e protagonismo no desenvolvimento econômico e social do país. Durante o evento Reconhecimento BNDES 2025 – Agentes Financeiros Destaque 2024, realizado em São Paulo, cooperativas de crédito foram amplamente premiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo desempenho de destaque no repasse de recursos e na ampliação do acesso ao crédito em todo o território nacional.
A cerimônia, que chegou à sua 4ª edição, homenageou 17 instituições financeiras que se destacaram nas 12 categorias estabelecidas pelo Banco, com atenção especial à inovação, sustentabilidade, apoio às micro, pequenas e médias empresas, empreendedorismo feminino e ações emergenciais no Rio Grande do Sul. Os agentes financeiros credenciados foram responsáveis, em 2024, por mais de 357 mil operações de crédito e 145 mil operações de garantia, alcançando 93% dos municípios brasileiros.
O Sicredi foi reconhecido em oito categorias e líder em seis delas: Mulheres empreendedoras, Apoio a Micro e Pequenos Negócios, Destaque em linhas agropecuárias, Atendimento ao cliente, Reconstrução RS e Finame 60 anos. A instituição ainda conquistou o segundo lugar na categoria Mais Verde e o terceiro lugar em Canal MPME.
A gerente de produtos do Sicredi, Mariana Zaniol, ressaltou o papel do cooperativismo diante dos desafios enfrentados pelos empreendedores gaúchos. “É um momento para celebrarmos esta parceria forte que temos com o BNDES e pela qual liberamos R$ 2 bilhões em crédito em 2024 para essas companhias que trabalham para retomar a normalidade de suas operações. É essa a essência do cooperativismo, a de estarmos próximos dos nossos associados e ágeis na solução de suas demandas”, afirmou.
Com uma base de mais de 8,8 milhões de cooperados, o Sicoob também foi destaque na premiação. A instituição ficou em primeiro lugar na categoria +Verde, evidenciando sua liderança no apoio a iniciativas sustentáveis e de preservação ambiental. No total, o Sicoob foi reconhecido em cinco categorias, incluindo o segundo lugar em Linhas Agropecuárias, Finame 60 anos e Atendimento ao Cliente, além do terceiro lugar em Apoio a Micro e Pequenos Negócios.
Para Francisco Reposse Junior, diretor Comercial e de Canais do Sicoob, as conquistas reafirmam a confiança do BNDES no modelo cooperativista. “Essas conquistas representam o esforço coletivo de nossas cooperativas e colaboradores, além de reafirmarem a confiança do BNDES em nosso modelo de atuação. Seguimos empenhados em transformar crédito em desenvolvimento, com impacto positivo e duradouro na vida das pessoas e no crescimento do país”, destacou.
O Sistema Cresol também, por sua vez, foi reconhecido em três categorias: Apoio a micro e pequenos negócios, Mulheres empreendedoras e Linhas agropecuárias. A parceria com o BNDES, que em 2024 completou 25 anos, rendeu números expressivos: 117 mil contratos aprovados no ano passado, totalizando R$ 7,6 bilhões em crédito.
O presidente da Cresol Confederação, Cledir Magri, reforçou a importância histórica da relação com o banco. “Quando estamos em um evento desta magnitude, demonstramos a materialidade de uma parceria sólida. Portanto, nos cabe agradecer e parabenizar a cada um, cada uma que ajudou a construir as ações que nos levaram a receber esses prêmios. Esta premiação fortalece ainda mais nossa relação histórica com este parceiro estratégico que é o BNDES”.
Já o Sistema Ailos foi reconhecido como o terceiro melhor agente financeiro do país na categoria Atendimento. Em 2024, o sistema movimentou R$ 1,03 bilhão em operações com recursos do BNDES, atendendo 11.110 tomadores e firmando mais de 13 mil contratos. Adriane da Costa Nunes, gerente de Produtos de Crédito da Central Ailos, comentou o reconhecimento. “A conquista nos deixa orgulhosos e destaca a dedicação e o relacionamento próximo que nossas cooperativas singulares têm junto aos nossos cooperados, oferecendo soluções financeiras adequadas às suas necessidades”.[Quebra da Disposição de Texto]
Protagonismo que transforma
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou o papel essencial do cooperativismo de crédito no processo de interiorização do desenvolvimento econômico e social. “As cooperativas de crédito estão presentes onde muitas vezes nenhuma outra instituição financeira chega. Elas democratizam o acesso ao crédito e promovem desenvolvimento com raízes profundas na comunidade. O reconhecimento do BNDES comprova que o modelo cooperativista é eficiente, resiliente e transformador”.
Com atuação descentralizada, capilaridade e compromisso com o desenvolvimento local, as cooperativas de crédito reforçam sua importância estratégica para a economia nacional — especialmente no apoio a quem mais precisa: micro e pequenos empreendedores, agricultores familiares, cooperadas e cooperados em todas as regiões do Brasil.
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Celebração reforça protagonismo do cooperativismo no enfrentamento dos desafios globais
O Dia Internacional das Cooperativas, o Coops Day 2025, já tem tema definido. Em sintonia com o Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela ONU, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) escolheu o mote Cooperativas: promovendo soluções inclusivas e sustentáveis por um mundo melhor para as comemorações deste ano. A data, celebrada anualmente no primeiro sábado de julho, reforça o poder transformador do cooperativismo e, no Brasil, será utilizada para uma mobilização nacional liderada pelo Sistema OCB.
“O tema deste ano reflete a essência do cooperativismo: um modelo de negócios centrado nas pessoas, baseado na propriedade coletiva e na gestão democrática, que coloca o bem-estar social e ambiental como prioridade. Frente aos grandes desafios do século 21, como desigualdade, mudanças climáticas e exclusão financeira, as cooperativas oferecem soluções concretas e sustentáveis, contribuindo de maneira direta para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU. Também se conecta diretamente com a relevância da realização da COP30 no Brasil”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Para amplificar a mensagem, o Sistema OCB preparou uma campanha ousada e inovadora. No sábado, 5 de julho, prédios emblemáticos de cinco capitais brasileiras (Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Belém), servirão de tela para projeções visuais que celebrarão o cooperativismo como força para um mundo melhor.
Cada projeção contará com a participação de influenciadores digitais locais, que farão vídeos de reação aos conteúdos exibidos, ampliando o alcance da campanha nas redes sociais com engajamento autêntico e regionalizado. A ação será registrada em vídeo e publicada em todas as redes sociais do Movimento SomosCoop na segunda-feira, 7 de julho, além de ganhar espaço em portais de notícias nacionais como o Metrópoles e o Estadão.
As Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB também estão sendo convidadas a aderir a ação e replicar a ideia em seus estados. Um kit de apoio com vídeos e orientações técnicas foi disponibilizado, inclusive com contato de fornecedores especializados para facilitar a viabilização das projeções locais.
Para a gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, essa integração entre visibilidade urbana, presença digital e influência regional permite que a campanha chegue de forma eficaz a públicos diversos, com uma mensagem clara: cooperativas são protagonistas na construção de um mundo mais justo, inclusivo e sustentável. “Mais que uma data simbólica, o Coops Day 2025 será uma plataforma de mobilização nacional e internacional, alinhando-se a um ano em que o cooperativismo estará sob os holofotes do mundo. Para o Sistema OCB, essa é uma oportunidade de ampliar o reconhecimento do modelo cooperativo como uma solução viável, moderna e estratégica para os desafios sociais e econômicos da atualidade”, destaca.
Ainda segundo a gerente, “com criatividade, cooperação e propósito, o movimento celebra suas conquistas e convida a sociedade a construir, junto com ele, um futuro melhor para todos”.
História
O Dia Internacional das Cooperativas tem como objetivo conscientizar as cooperativas e promover os sucessos do movimento no avanço do desenvolvimento social e econômico. Ele destaca como as cooperativas contribuem para a solução de desafios globais e, ao mesmo tempo, para a construção de um mundo melhor e mais inclusivo.
Comemorado pela primeira vez em 1923 pela ACI e oficialmente reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1995, o Coops Day destaca como as cooperativas empoderam pessoas, fortalecem comunidades e defendem os valores da democracia, da solidariedade e da sustentabilidade.
Desde 1995, a ACI e as Nações Unidas — por meio do Comitê para a Promoção e o Avanço das Cooperativas (COPAC) — selecionam em conjunto o tema anual para o Coops Day. O evento é celebrado por cooperativas, organizações da sociedade civil, governos e cidadãos em todo o mundo.
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Sistema OCB lança iniciativa nacional para mostrar, em imagens e histórias, narrativas que inspiram
Valorizar as pessoas, evidenciar boas práticas e dar visibilidade à diversidade do cooperativismo brasileiro. Esses são os pilares do projeto Cooperativas do Brasil: retratos de um mundo melhor, lançado pelo Sistema OCB como parte das ações planejadas para comemorar o Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela ONU. O projeto vai percorrer o território nacional para registrar, por meio da fotografia e da linguagem documental, a essência transformadora do cooperativismo nas diferentes regiões do país. O resultado será um conjunto de imagens autorais e textos que irão compor um livro e uma exposição fotográfica itinerante.
As primeiras imagens foram produzidas nesta semana (5 a 9 de maio) em Minas Gerais. A equipe do projeto chegou primeiro na cidade de Curvelo. O objetivo foi retratar a cooperativa de jovens artesãos Dedo de Gente, que tem como propósito gerar possibilidades inovadoras de desenvolvimento humano e profissional de forma comprometida com as pessoas, com a cultura e com o meio ambiente. O desafio foi conseguir captar não apenas a beleza das peças produzidas, mas também a realização dos envolvidos com um projeto que transforma vidas a partir da arte.
O artesanato é a ferramenta utilizada pela cooperativa para desenvolver múltiplas habilidades e gerar aprendizados inúmeros como compromisso, responsabilidade, pontualidade, convivência e respeito. “Mais do que oferecer uma primeira oportunidade de trabalho para jovens, oferecemos um projeto educativo. Por meio do trabalho, desenvolvemos valores humanos e formamos cidadãos conscientes. Mais do que formar artesãos, formamos protagonistas de suas próprias histórias”, conta a coordenadora pedagógica da cooperativa, Cláudia Aparecida da Silva Santos.
A Dedo de Gente é vista como uma causa viva e pulsante. Como uma rede de afeto, educação e transformação que resiste, insiste e persiste. E que acredita no poder de cada jovem, no potencial de cada história, no futuro que se pode construir a partir da união e da força coletiva. “Cada dia que passa penso que somos uma gota d'água no oceano. Mas uma gota que pode pensar diferente, incluir pessoas, transformar realidades. Quando você transforma a vida de um jovem, transforma o mundo”, destaca Doralice Barbosa Mota, presidente da Dedo de Gente.
Sicoob Sarom
A segunda parada da equipe foi em São Roque de Minas. A missão, dessa vez, foi registrar os feitos do Sicoob Sarom, uma cooperativa de crédito que alterou por completo as características da cidade. Com 33 anos de existência, a instituição nasceu com um único objetivo: oferecer serviços financeiros básicos para a comunidade que não contava com nenhuma agência bancária tradicional. Nesse tempo, idosos viajavam por uma estrada de terra para receber suas aposentadorias; comerciantes sofriam sem capital e esperança; o queijo era ilegal e havia apenas alguns pés de café. Além disso, jovens e adolescentes buscavam por conhecimento em outros municípios e não voltavam. O desemprego era evidente na região. E assim, a cidade morria aos poucos. Hoje, a cooperativa conta com 26 agências localizadas no Centro-Oeste, Sul, Alto Paranaíba e Sudoeste de Minas, além do Vale do Ribeira em São Paulo, e mais de 46 mil associados – que são, na verdade, seus donos.
Solange Aparecida Vieira Soares trabalha na área comercial da Fazenda Capão Grande, uma das responsáveis pela produção de queijos artesanais da região, e foi uma das personagens retratadas nas imagens capturadas. Segundo ela, a presença do Sicoob Sarom é fundamental para a região. “Não há nenhuma dúvida a esse respeito. Isso porque é uma cooperativa que oferece apoio para os mais diferentes segmentos de atividades e, no nosso caso, para o queijo. Com o suporte dado à nossa associação de produtores, a Aprocan, muitas vidas foram alavancadas. Nossas vidas mudaram muito e para melhor”, afirma.
A opinião de Solange é compartilhada por Onésio Leite da Silva, proprietário da fazenda. “Para nós, o Sicoob Sarom é como um pai. Começamos muito pequeninos e estamos crescendo junto com ele. O apoio é contínuo, a convivência é muito boa. Realmente acredito que a cooperativa ajuda a construir um mundo melhor. Ela está sempre junto, comprometida com o nosso sucesso”.
Para Alexandre Gatti Lages, superintendente do Sistema Ocemg, o projeto em andamento é uma iniciativa que ampliará a visibilidade do cooperativismo no Brasil e no mundo. “Precisamos disseminar a cultura, os valores e os princípios cooperativistas e nada melhor que fazer isso contando histórias reais, que impactam a vida de milhares de pessoas, exemplificando que é possível conciliar os interesses individuais e coletivos, simultaneamente, bem como produtividade com sustentabilidade, e o desenvolvimento econômico aliado ao social. Essa é uma iniciativa rica que, sem dúvida, irá fomentar novas oportunidades para esse modelo de negócios tão relevante”, diz.
Legado
O projeto Cooperativas do Brasil: retratos de um mundo melhor vai retratar cerca de 60 cooperativas distribuídas nos 26 estados do país e no Distrito Federal. Os produtos passarão a fazer parte do legado e história do cooperativismo. “O objetivo é humanizar e ilustrar o que o cooperativismo realiza de melhor: transformar vidas e promover desenvolvimento com base na cooperação. Vamos mostrar, com sensibilidade e técnica, o Brasil que dá certo por meio das cooperativas”, salienta a fotógrafa e curadora do projeto, Luísa Dorr.
A execução do projeto foi dividida em três fases. Na pré-produção, realizada em março deste ano, as cooperativas selecionadas com apoio das Organizações Estaduais do Sistema OCB foram convidadas a participar e tiveram suas histórias apuradas por jornalistas especializados. A partir dessas narrativas, foram construídas pautas fotográficas personalizadas para cada local.
Na segunda fase, fotógrafos vão percorrer as cooperativas selecionadas para realizar as imagens. A produção será cuidadosamente planejada para capturar retratos, cenas de interação, detalhes simbólicos e até imagens aéreas com uso de drones. Já na etapa final, serão feitas a seleção e o tratamento das imagens.
De acordo com Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, mais do que registrar pessoas, ambientes e atividades, o projeto busca criar uma narrativa visual potente. “Para isso, estamos priorizando o uso de luz natural, cenários com forte presença de cores e composições que expressem emoção, propósito e pertencimento. Queremos refletir o cotidiano das cooperativas com autenticidade para mostrar o poder do cooperativismo como motor de transformação social e econômica”, explica.
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Com foco na escuta ativa, visitas técnicas fortalecem diálogo institucional e superação de desafios
Em mais uma rodada de visitas técnicas, o coordenador de Ramos do Sistema OCB, Hugo Andrade, e a analista de relações institucionais, Thayná Cortês, estiveram no Mato Grosso do Sul para conhecer de perto a realidade das cooperativas do Ramo Infraestrutura no estado. A agenda incluiu encontros com lideranças locais, reuniões com autoridades reguladoras e visitas a cooperativas que atuam na distribuição de energia elétrica, com foco no fortalecimento do diálogo institucional e no aprimoramento do ambiente regulatório.
A visita começou na cidade de Dourados, onde a equipe foi recebida pela Cooperativa Cergrand, que possui cerca de 6 mil cooperados e é classificada como cooperativa autorizada, ou seja, possui permissão legal para distribuir energia elétrica em áreas específicas, especialmente no meio rural. A Cergrand tem enfrentado desafios regulatórios e operacionais com a concessionária local, o que motivou um diálogo aprofundado com seus dirigentes.
O presidente da cooperativa, Jorge Luiz Soares Barbosa, que também preside a Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural do Estado de Mato Grosso do Sul (Fecoerms), entidade que reúne as cooperativas Cergrand, Cercampo e Coeso, compartilhou a trajetória da instituição e seus esforços para superar os entraves regulatórios. “Temos buscado alternativas para garantir um crescimento sustentável, como a aquisição de energia mais barata no mercado livre, investimentos em usinas solares e melhorias na infraestrutura elétrica, incluindo a instalação de novos postes — sempre com foco no atendimento eficiente aos cooperados”, descreveu.
A comitiva também visitou a Cooperativa Cercampo, que atende cerca de 250 cooperados e tem papel estratégico no atendimento à população da região. Ambas as visitas permitiram identificar demandas prioritárias do setor e reforçar a importância do apoio institucional oferecido pelo Sistema OCB. “As visitas nos permitiram compreender com mais profundidade os desafios enfrentados pelas cooperativas de infraestrutura e reafirmar o papel do Sistema OCB na articulação por um ambiente regulatório mais estável e favorável ao crescimento do modelo cooperativista no setor de energia”, destacou Thayná.
A agenda contou ainda com reunião na sede do Sistema OCB/MS, em Campo Grande, com o presidente Celso Ramos Régis e a superintendente Dalva Garcia Caramalac. O encontro foi dedicado à discussão dos principais desafios do ramo infraestrutura no estado e às estratégias de atuação conjunta para fortalecer o setor. “As ações presenciais e a escuta ativa coordenadas pela unidade nacional são fundamentais para a construção de soluções realistas, que levem em conta a realidade de cada cooperativa”, afirmou Dalva.
Outro ponto alto da viagem foi a reunião com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agems) que tem exercido papel fundamental na mediação entre as cooperativas e a concessionária local. Em 2023 e 2024, a Agems realizou fiscalizações nas quatro cooperativas autorizadas do estado, o que resultou em avanços importantes, como um termo de acordo em negociação.
O Sistema OCB e a OCB-MS se colocaram à disposição da agência para apoiar suas ações com informações técnicas e institucionais, buscando contribuir para um ambiente regulatório mais justo e adequado às especificidades das cooperativas.
Hugo Andrade destacou que a visita ao Mato Grosso do Sul reforçou o compromisso do Sistema OCB com o desenvolvimento do cooperativismo de infraestrutura no país. “Ficamos muitos satisfeitos com a recepção que tivemos. A entidade seguirá atuando com firmeza para garantir que as cooperativas autorizadas tenham condições de operar com segurança jurídica, equilíbrio regulatório e qualidade no serviço prestado”, declarou.
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Nova lei moderniza concessões e permite que setor participe de contratos de longo prazo
Arnaldo Jardim relatou projeto do novo marco legal das PPPs. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosA Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (7), o Projeto de Lei (PL) 7.063/17, que estabelece o novo marco legal das parcerias público-privadas (PPPs) e concessões. O texto, relatado pelo deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), moderniza as Leis 11.079/2004 e 8.987/1995, ampliando a segurança jurídica e a atratividade dos projetos.
O novo marco é resultado de amplo diálogo com setores estratégicos, como o de infraestrutura e o cooperativista. Segundo Arnaldo Jardim, a proposta é essencial para ampliar os investimentos em serviços públicos e criar oportunidades. “Modernizar as regras é fundamental para garantir mais qualidade na prestação de serviços”, afirmou o parlamentar.
As PPPs são contratos de parceria entre o setor público e o setor privado com duração de 5 a 35 anos, usados principalmente para viabilizar serviços públicos de forma eficiente. Com a nova legislação, as PPPs e concessões podem ganhar cada vez mais corpo e, consequentemente, gerar novas possibilidades para o cooperativismo.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comemorou a aprovação da proposta que faz parte da Agenda Institucional do Cooperativismo 2025 e destacou que o setor está otimista com a mudança das regras. “Trata-se de um modelo de contratação pública de longo prazo, focado em resultados e que gera legados para o país. É um passo importante para garantir mais protagonismo às cooperativas nas políticas públicas”, afirmou.
As cooperativas de saúde estão presentes em 90% dos municípios brasileiros, atendem cerca de 20 milhões de pessoas e têm potencial para assumir a gestão de hospitais, prestação de serviços e execução de obras. Já as cooperativas agropecuárias e de infraestrutura podem colaborar em projetos de irrigação, armazenagem, estradas e saneamento, contribuindo para o desenvolvimento urbano e rural.
Dessa forma, projetos de PPPs liderados e incentivados por cooperativas serão importantes veículos para que o movimento continue a gerar valor para as cidades onde atuam, levando como marca a qualidade no gasto público e gerando o efetivo aprimoramento dos ecossistemas nos territórios impactados.
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Acordo busca impulsionar práticas sustentáveis e ampliar protagonismo do coop frente aos desafios climáticos
Em um momento simbólico para a agenda agroambiental do país, a superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, participaram da assinatura de um Protocolo de Intenções, que estabelece as bases de uma aliança estratégica em ciência, tecnologia e inovação para o agro sustentável. O documento, avalizado pela OCB e pelo IPA, instituições de ciência e tecnologia, universidades e outras entidades privadas representativas do setor agropecuário, foi firmado durante a solenidade de comemoração dos 52 anos da Embrapa, realizada após o encerramento do evento Diálogos pelo Clima, nesta quarta-feira (7), no auditório da sede da entidade em Brasília (DF).
A parceria tem como objetivo central fomentar soluções tecnológicas e colaborativas para enfrentar os desafios complexos da agropecuária em um contexto de mudanças climáticas. Entre os compromissos assumidos, estão o desenvolvimento de projetos estruturantes, o fortalecimento da base científica nacional e a promoção da imagem do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura tropical. “Estamos construindo uma agenda estratégica que une o saber científico à força do cooperativismo. Essa aliança é um marco para transformar desafios em oportunidades, conectando inovação, sustentabilidade e produção responsável”, destacou Tania Zanella.
Ainda segundo Tania, o acordo reforça o plano estratégico do Sistema OCB para a participação do cooperativismo na COP30. “Nosso objetivo é evidenciar e consolidar o protagonismo do movimento como parte da transformação necessária para enfrentar os desafios climáticos e destacar exemplos práticos de união, sustentabilidade, inovação e compromisso com um futuro mais verde. Vamos reafirmar nosso engajamento com a neutralidade de carbono e inspirar outras organizações”, acrescentou.
Tania Zanella durante solenidade na EmbrapaO protocolo firmado prevê ações conjuntas para identificar e enfrentar gargalos estratégicos da agropecuária brasileira, promover redes de pesquisa, atrair investimentos e fomentar práticas que conciliem produtividade com preservação ambiental. A proposta também valoriza a atuação em rede com outros parceiros públicos e privados, nacionais e internacionais.
Na prática, as instituições participantes unirão esforços e integrarão competências e recursos com o propósito de gerar e disponibilizar soluções de alta complexidade para questões que impactam severamente a agricultura. Para a presidente da Empresa, Silvia Massruhá, a aliança “permitirá construir prioridades, estratégias e propósitos comuns entre as instituições, bem como focalizar recursos em agendas absolutamente prioritárias para o país”.
O evento também contou com a participação do engenheiro agrônomo e enviado especial para Agricultura na COP30, Roberto Rodrigues, que reforçou a importância do cooperativismo na sustentabilidade global. “No mundo contemporâneo, quem traz escala e organização para o pequeno produtor é a cooperativa. Essa é uma das chaves centrais para a sustentabilidade no Brasil e no mundo”, afirmou.
O encontro marca o lançamento da Jornada pelo Clima, iniciativa da Embrapa em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, em Belém (PA). A Jornada busca ampliar o diálogo com a sociedade e promover o uso de tecnologias que contribuam para a segurança alimentar e a resiliência climática.
Ao longo de 2025, o circuito Diálogos pelo Clima visitará todos os biomas brasileiros, promovendo discussões técnico-científicas com especialistas, lideranças do setor produtivo, representantes do governo e da sociedade civil, em busca de soluções adequadas às realidades regionais.
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Sistema OCB articula agenda para garantir participação do cooperativismo no novo modelo
Parlamentar da comissão mista que vai analisar crédito consignado digital. Foto: Andressa Anholete/Agência SenadoFoi instalada, nesta quarta-feira (7), a Comissão Mista responsável por analisar a Medida Provisória (MP) 1.292/2025, que trata da operacionalização das operações de crédito consignado por meio de sistemas ou de plataformas digitais. A MP altera a Lei 10.820/2003 e propõe a realização das operações na modalidade crédito consignado em plataformas digitais geridas por agentes públicos.
Os parlamentares eleitos para conduzir as atividades da comissão foram o deputado Fernando Monteiro (PE), escolhido como presidente; o senador Rogério Carvalho (SE), como relator; e o deputado Giacobo (PR), como relator-revisor. Rogério Carvalho anunciou que deve apresentar o plano de trabalho detalhado nas próximas semanas.
O Sistema OCB acompanhou a instalação da Comissão e dialogou com o presidente do colegiado, deputado Fernando Monteiro, a fim de assegurar que os pleitos do cooperativismo de crédito sejam considerados no relatório final da Medida Provisória. Uma reunião com o parlamentar será realizada nos próximos dias para apresentação detalhada da pauta cooperativista.
“Nosso objetivo é assegurar que as cooperativas de crédito, sobretudo as independentes, não fiquem de fora do novo modelo e continuem contribuindo com a inclusão financeira de milhares de brasileiros. Por isso, desde já, queremos apresentar nossos pleitos à Comissão e trabalhar para que as especificidades dessas cooperativas sejam respeitadas”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
O Sistema OCB, juntamente com os parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), seguem acompanhando a tramitação da medida, com foco na valorização do papel das cooperativas de crédito.
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Arthur Lira será o relator da matéria na Câmara dos Deputados
Deputados Arthur Lira e Rubens Pereira Júnior durante instalação da Comissão Especial. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosFoi instalada nesta terça-feira (6), na Câmara dos Deputados, a Comissão Especial que analisará o Projeto de Lei (PL) 1087/2025, de autoria do Poder Executivo,que altera a legislação do imposto sobre a renda e propõe a isenção para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. Atualmente, estão isentos do imposto aqueles que recebem até dois salários mínimos (R$ 3.036). A alíquota máxima de 27,5% incide sobre quem tem renda mensal superior a R$ 4.664,68. A proposta do governo prevê isenção total para quem ganha até R$ 5 mil e ajustes parciais até R$ 7 mil.
O deputado Rubens Pereira Jr. (MA) foi eleito presidente da comissão, com 24 votos, e designou como relator o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (AL). O parlamentar destacou que os trabalhos serão guiados por dois princípios: o embasamento técnico e científico, e a neutralidade fiscal — ou seja, a busca por justiça tributária sem prejudicar as contas públicas. "Queremos uma discussão baseada em dados científicos e que traga justiça social com responsabilidade fiscal", afirmou. Segundo ele, o projeto “tem grande impacto social e precisa ser conduzido com transparência, publicidade e escuta da população”.
As reuniões da comissão ocorrerão prioritariamente às terças-feiras, às 9h30, com possibilidade de audiências públicas itinerantes em diferentes regiões do país. Como se trata de uma comissão especial, o prazo inicial para apresentação do parecer é de dez sessões do Plenário, contadas a partir da próxima sessão após a instalação. “Vamos percorrer o país, ouvir especialistas e a sociedade para que o resultado final seja ainda melhor”, informou Rubens Pereira.
O relator Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, prometeu construir um relatório consensual e ressaltou que "ninguém no plenário será contra a isenção para quem recebe até R$ 5 mil". Segundo ele, o desafio será encontrar uma forma adequada de compensação para União, estados e municípios. "Queremos construir um mix equilibrado de justiça social e responsabilidade fiscal. A discussão não é sobre se devemos isentar, mas como fazer isso com equilíbrio”, destacou.
A proposta inicial do governo prevê que o impacto fiscal da nova isenção seja compensado com a criação de um imposto mínimo de até 10% sobre quem recebe mais de R$ 600 mil por ano — cerca de R$ 50 mil por mês. Essa alíquota se somaria ao teto atual de 27,5% e seria aplicada de forma progressiva. A estimativa é que cerca de 141 mil contribuintes, o equivalente a 0,13% do total, sejam afetados por essa compensação.
A expectativa da comissão é que as discussões se estendam por cerca de dois meses, com possibilidade de votação do projeto pelo Plenário no segundo semestre de 2025, com as ações divididas da seguinte forma:
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Audiências: até o dia 20/06
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Relatório final: apresentação até o dia 27/06
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Votação e discussão: até o dia 16/07
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Ações mostram como o cooperativismo transforma o Brasil todos os dias
O cooperativismo brasileiro vive um momento histórico. Com a declaração de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o movimento SomosCoop ganhou ainda mais força para mostrar ao país a relevância das cooperativas como modelo de desenvolvimento econômico e social. Bora Cooperar para um mundo melhor? Este é o convite que as ações de divulgação coordenadas pelo Sistema OCB está fazendo para todo o Brasil.
Mais que uma campanha, o SomosCoop é um movimento permanente de valorização da cooperação, que em 2025 tem promovido ações especiais para ampliar a visibilidade do setor. A proposta é simples, mas poderosa: reforçar que as cooperativas estão presentes no cotidiano das pessoas, gerando trabalho, renda, inclusão e prosperidade.
Com destaque em programas de televisão de grande alcance, como o Mais Você, da TV Globo, o movimento levou ao público mensagens sobre o impacto positivo do cooperativismo. Em um diálogo leve entre Ana Maria Braga e Louro Mané, o público conheceu como as cooperativas atuam em diversas áreas: da produção de alimentos à saúde, do transporte ao crédito, sempre colocando as pessoas em primeiro lugar.
Na TV Band, o movimento marcou presença com o quadro especial SomosCoop na Estrada, nas edições de 23 e 30 de abril do programa Melhor da Noite. No primeiro dia, a jornalista Glenda Kozlowski, que também é embaixadora do Ano Internacional do Cooperativismo, e o apresentador Otaviano Costa apresentou a trajetória da cooperativa Arteza, no Cariri paraibano. Já no dia 30, o destaque foi a história da Cafesul, no Espírito Santo, que revelam exemplos práticos do impacto real do modelo de negócios na transformação de comunidades inteira.
O cooperativismo também foi destaque nos principais telejornais da Band TV, como o Jornal da Band, Jornal da Noite e Bora Brasil. As matérias aprofundaram o papel transformador das cooperativas em comunidades pelo Brasil, mostrando como o modelo cooperativista contribui para a inclusão produtiva, geração de renda e desenvolvimento sustentável e também tiveram foco no Ano Internacional do Cooperativismo.
As ações também se estenderam ao ambiente digital, com conteúdos no Gshow, redes sociais, vídeos institucionais e materiais com o carimbo SomosCoop, que identifica produtos e serviços de origem cooperativista. Por meio dele, os consumidores reconhecem iniciativas que promovem um futuro mais justo, sustentável e colaborativo.
Outra frente importante foi a ação Vozes, lançada nas redes sociais do SomosCoop. A iniciativa reúne personalidades como Carlinhos Brown, Glória Pires, Thaynara OG, João Vitor de Paiva e Glenda Kozlowski, que respondem à pergunta “O que é um mundo melhor?”. Com visões diversas e inspiradoras, a proposta buscou ampliar o debate sobre justiça, inclusão e sustentabilidade, aproximando ainda mais o público dos valores do cooperativismo por meio de vozes com grande poder de mobilização.
Com essas e outras ações, o movimento SomosCoop representa um chamado para que cada brasileiro entenda e valorize esse modelo que coloca o coletivo à frente do individual. O Sistema OCB, como representante institucional do cooperativismo no Brasil, segue comprometido em ampliar esse diálogo com a sociedade.
Cooperar transforma. Vamos juntos?
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Cooperativismo brasileiro conquista espaço inédito em fórum global sobre meio ambiente
O Sistema OCB é agora membro do Consórcio de Governança do Fórum de Ciência, Política e Negócios das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNSPBF) A entrada no grupo marca um avanço significativo para o cooperativismo brasileiro no cenário internacional, consolidando sua presença em debates estratégicos sobre sustentabilidade, inovação e políticas públicas globais.
Essa é a primeira vez que uma entidade ligada ao cooperativismo passa a integrar o consórcio, que reúne representantes de alto nível de diferentes setores: governos, academia, empresas, sociedade civil e agências da ONU, para promover ações integradas voltadas à sustentabilidade ambiental em escala global.
“É um reconhecimento do papel que o cooperativismo pode desempenhar na transformação ambiental e na construção de soluções sustentáveis. A participação da OCB no consórcio sinaliza que o setor está preparado para contribuir com propostas concretas e com visão de longo prazo para os desafios globais,” afirmou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB. Ele, o coordenador de Relações Internacionais, João Penna, e o analista de Relações Internacionais, Enzo Ramos, se reuniram com a secretária executiva do fórum, Shereen Zorba, para discutir os próximos passos da atuação da organização no espaço multissetorial e alinhar estratégias de cooperação.
O representante do Sistema OCB no consórcio será Alex Macedo, que em sua nova posição, representará o cooperativismo brasileiro e contribuirá com orientações para as prioridades do Fórum, além de participar ativamente das discussões sobre políticas públicas, inovações sustentáveis e investimentos responsáveis.
Entre as responsabilidades da OCB no consórcio, estão a de oferecer supervisão estratégica sobre as ações do Fórum, promover colaboração entre setores distintos, fornecer orientações especializadas sobre temas-chave e apoiar os mecanismos de avaliação de risco e due diligence (identificação de riscos, oportunidades e garantia legal e financeira) de projetos.
Para João Penna, a participação do Sistema OCB no Consórcio de Governança do UN-SPBF é resultado direto da visibilidade e impacto gerados pela Imersão Pré-COP29, realizada no ano passado. “Durante o evento, a Secretária-Executiva do Fórum, Shereen Zorba, esteve presente e pôde acompanhar de perto como o cooperativismo brasileiro vem contribuindo de forma concreta para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O desempenho chamou atenção e motivou o convite oficial”, descreveu.
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Entidade destaca o papel do cooperativismo na segurança jurídica e na Reforma Tributária
Nesta segunda-feira (28), o Sistema OCB participou da 6ª sessão da Câmara de Promoção da Segurança Jurídica no Ambiente de Negócios (Sejan), realizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília. A reunião contou com a presença do ministro da AGU, Jorge Messias; do Advogado-Geral da União Substituto, Flávio Roman; e do presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia.
Representada pelo advogado Paulo Portuguez, o Sistema OCB esteve presente como entidade convidada e aproveitou a ocasião para oficializar, por meio de ofício, o interesse em integrar os comitês de assuntos tributários e regulatórios da Sejan. O objetivo é garantir que as especificidades do cooperativismo brasileiro sejam consideradas na formulação de marcos legais que promovam segurança jurídica e estimulem esse modelo de negócio.
A Sejan é um órgão consultivo da AGU que busca esclarecer dúvidas e evitar conflitos no meio empresarial, com foco especial em questões regulatórias e tributárias. A iniciativa tem como missão promover um ambiente de negócios mais estável, onde normas e interpretações jurídicas sejam construídas com diálogo e previsibilidade.
Durante o encontro, a AGU também anunciou que as entidades participantes poderão enviar dúvidas sobre a Reforma Tributária, mesmo antes de sua entrada em vigor. A medida busca antecipar a interpretação de pontos da Emenda Constitucional nº 132, evitando judicializações e conflitos futuros. Cada entidade poderá apresentar uma dúvida, que será respondida por meio de parecer técnico.
O ministro Jorge Messias reforçou o papel da AGU como um "hub de soluções jurídicas" e defendeu a construção de um pacto nacional pela segurança jurídica, com base na desjudicialização e no diálogo entre os setores público e privado. Ele destacou ainda que o Brasil possui mais de 80 milhões de processos judiciais em andamento e que é necessário mudar essa cultura por meio de mecanismos preventivos.
Para o Sistema OCB, integrar a Sejan representa uma oportunidade relevante de contribuir tecnicamente com a promoção de políticas públicas que reconheçam o papel transformador do cooperativismo, um modelo que impulsiona o desenvolvimento econômico com inclusão e responsabilidade social.
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Evento é vitrine para inovação, sustentabilidade e negócios do agro brasileiro
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou, neste domingo (27) e segunda-feira (28), da Agrishow 2025, em Ribeirão Preto (SP). A superintendente do Sistema OCB e presidente do IPA, Tania Zanella, também integrou a programação oficial, fortalecendo a presença institucional da entidade em um dos eventos mais relevantes para o agronegócio mundial.
A Agrishow segue até esta sexta-feira (2) e é reconhecida por reunir inovação, sustentabilidade e negócios em um único espaço, sendo vitrine para o avanço tecnológico no campo. Para o cooperativismo agropecuário, representa uma oportunidade estratégica de fortalecimento da imagem e dos negócios, especialmente em um setor que conta com 1.179 cooperativas e mais de 1 milhão de produtores cooperados, segundo o AnuárioCoop 2024.
Durante a feira, a comitiva do Sistema OCB explorou soluções tecnológicas que estão transformando o campo, como agricultura 4.0, inteligência artificial, conectividade no meio rural e uso de dados na gestão da produção. A presença institucional destacou como as cooperativas têm sido agentes fundamentais na disseminação dessas inovações, contribuindo para a modernização da atividade agrícola e para a sustentabilidade no setor.
Um dos temas centrais da Agrishow 2025, a sustentabilidade, também esteve presente na agenda do Sistema OCB. As cooperativas têm investido em ações como o uso de energia renovável, práticas que ajudam a recuperar o solo, rastreabilidade dos produtos e melhor aproveitamento dos recursos naturais, alinhada às novas demandas do setor e da sociedade.
“O Sistema OCB é comprometido com pautas estratégicas para o desenvolvimento do agro, como a inovação, o fortalecimento das cooperativas, a sustentabilidade e a valorização do produtor rural. Em um ano emblemático, com 2025 declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, a Agrishow se torna ainda mais estratégica para estreitar parcerias e ampliar a contribuição do cooperativismo para um futuro mais próspero e inclusivo”, destacou o presidente Márcio.
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CNCoop participa de reunião que discutiu a realização da Conferência Nacional do Trabalho
O Sistema OCB, por meio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), participou, na quarta-feira (23), da 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Trabalho (CNT). O encontro discutiu temas estratégicos relacionados às políticas públicas voltadas às relações de trabalho no Brasil, com foco em ações que promovam o diálogo social e o aperfeiçoamento das normas trabalhistas.
Entre os principais assuntos em pauta, esteve a preparação para a II Conferência Nacional do Trabalho, prevista para março de 2026. O evento será construído de forma tripartite e paritária, reunindo representantes de trabalhadores, empregadores e do governo federal. Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, essa composição é fundamental para garantir um ambiente de escuta qualificada, negociação e construção coletiva de soluções para os desafios do mundo do trabalho.
A realização da conferência está prevista no Plano Plurianual (PPA) do governo federal. Desde o início do atual mandato presidencial, já foram realizadas 13 conferências nacionais em áreas como saúde, segurança alimentar, juventude e educação. Outras 15 estão programadas para ocorrer ao longo de 2025, reforçando o compromisso do governo com a participação social como ferramenta de formulação de políticas públicas mais efetivas e democráticas.
Outro tema debatido foi a Portaria MTE 3.472/23, que trata do possível cancelamento de registros sindicais por ausência de atualização cadastral. Também foi discutida a proposta de prorrogação das alterações da Norma Regulamentadora nº 1, especialmente no que diz respeito aos riscos psicossociais no ambiente de trabalho, que têm gerado dúvidas entre empregadores.
Bruno Vasconcelos, coordenador sindical da CNCoop, defendeu a necessidade de mais clareza e tempo para adaptação. “A medida de adiamento visa garantir tempo suficiente para que os empregadores se preparem e implementem, de forma efetiva, o gerenciamento dos riscos psicossociais”, afirmou.
O CNT é um colegiado consultivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a missão de promover o entendimento entre trabalhadores, empregadores e poder público, construindo consensos em torno de temas estratégicos para o fortalecimento das relações de trabalho no país.
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- Artigo Secundário 1
Ação faz parte da Campanha SomosCoop 2025, coordenada pelo Sistema OCB
O cooperativismo brasileiro ganhará destaque em rede nacional nesta quarta-feira (23) e no dia 30 de abril, durante o programa Melhor da Noite, exibido pela Band TV, sempre a partir das 22h30. A ação é parte da Campanha SomosCoop 2025, uma iniciativa do Sistema OCB para promover a visibilidade do movimento cooperativista, com foco em dois importantes marcos: o Ano Internacional das Cooperativas, que será celebrado em 2025, e o programa SomosCoop na Estrada, que já concluiu sua terceira temporada.
Durante a programação, os apresentadores Glenda Kozlowski e Otaviano Costa farão menções especiais sobre o papel transformador do cooperativismo no Brasil, reforçando sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a geração de renda e a construção de uma sociedade mais justa e colaborativa. Também será destacada a relevância da decisão da ONU em declarar 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o reconhecimento global do modelo cooperativista.
No programa desta quarta-feira (23) será exibido o primeiro episódio da 3ª temporada do SomosCoop na Estrada. Gravado no sertão da Paraíba, o episódio acompanha a trajetória inspiradora da Arteza, uma cooperativa de artesanato que tem mudado a realidade da região. A iniciativa promove o desenvolvimento local e gera renda para as famílias, permitindo que os moradores permaneçam em sua terra natal com dignidade, sem a necessidade de migrar para outras cidades em busca de oportunidades.
Já no programa da próxima quarta-feira (30) é a vez de embarcar rumo ao Espírito Santo e conhecer mais sobre o episódio final da 3ª temporada do SomosCoop na Estrada, que apresenta a cooperativa Cafesul e o projeto Póde Mulheres. Ele destaca como o cooperativismo também impulsiona o protagonismo feminino, valorizando o trabalho das mulheres capixabas que produzem um café premiado e reconhecido nacionalmente. Por meio da cooperação, elas conquistaram espaço, autonomia e respeito, transformando suas histórias e suas comunidades.
Os episódios reforçam as falas dos apresentadores e mostram, com exemplos reais, o impacto positivo que o cooperativismo tem na vida de milhares de brasileiras e brasileiros.
Acompanhe o programa pelo Youtube do Melhor da Noite: https://www.youtube.com/@melhordanoite
Confira também os episódios do SomosCoop na Estrada nos vídeos abaixo:
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- Artigo Secundário 1
Sistema facilita acesso às informações sobre multas de transportes de cargas e passageiros
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) lançou nesta quarta-feira (16) uma nova ferramenta digital que facilita a consulta de multas relacionadas ao transporte rodoviário de cargas e passageiros. A funcionalidade, disponível no portal da Agência, atende a um pleito antigo do Sistema OCB e representa um avanço importante em termos de transparência, agilidade e acesso à informação para transportadores e representantes legais.
Com a ferramenta, é possível identificar de forma rápida e segura se a autuação foi registrada no Sistema Integrado de Fiscalização, Autuação, Multa e Arrecadação (Sifama) ou no Radar, cada um com suas especificidades. O Sifama é voltado para autuações relativas ao transporte de cargas e passageiros, e exige cadastro simples com CPF/CNPJ e e-mail. Já o Radar é utilizado, principalmente, para infrações em rodovias federais concedidas, e permite a consulta com placa e número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), sem necessidade de login.
A nova funcionalidade foi muito bem recebida pelo Ramo Transporte do Sistema OCB. Tiago Barros, analista técnico e econômico, conta que a entidade atuou ativamente em defesa dessa demanda junto à ANTT. Para ele, a ferramenta representa um importante avanço para as cooperativas do setor. “Essa é uma conquista de extrema relevância. A criação de um sistema simples e seguro de consulta de multas foi pauta constante em nossas reuniões com a ANTT. Ganhamos mais transparência, agilidade nos processos e segurança jurídica para as cooperativas e seus cooperados”, disse.
A ferramenta responde a uma demanda antiga dos autuados e contribui diretamente para a modernização da gestão pública no setor. A expectativa é que a nova funcionalidade auxilie a rotina de quem atua no transporte rodoviário, especialmente cooperativas, que agora terão acesso facilitado às informações necessárias para sua regularidade e bom desempenho no setor.
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- Transporte debate impactos de normas e plano estratégico para 2025
- Sistema OCB alinha medidas para transporte cooperativo
- Novas estratégias e formação marcam reunião do Ramo Transporte
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Sistema OCB detalha sugestões estratégicas para o crédito rural em reunião com o Mapa
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (16/04), da reunião do Grupo de Trabalho de Crédito Rural do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o objetivo de apresentar as principais propostas do cooperativismo para o Plano Safra 2025/26. O encontro reuniu mais de 40 representantes do governo e do setor, entre eles o secretário de Política Agrícola da pasta, Guilherme Campos. Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, e João Prieto, coordenador do Ramo Agropecuário, além de integrantes do GT de Crédito Rural representaram a Casa do Cooperativismo.
As propostas estratégicas discutidas durante a reunião foram construídas em conjunto pelo Sistema OCB, as Organizações Estaduais (OCEs) e as cooperativas dos Ramos Agropecuário e Crédito. João Prieto detalhou as prioridades que orientaram o planejamento, divididas em quatro eixos principais:
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Ampliação dos limites de contratação por tomador: demanda essencial para garantir maior capacidade de investimento das cooperativas e seus cooperados;
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Aumento do volume de recursos disponíveis: medida necessária para atender à crescente demanda do setor;
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Manutenção da atual arquitetura do crédito rural: estrutura considerada bem-sucedida e que garante previsibilidade, segurança e organização ao sistema;
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Redução das taxas de juros: fator decisivo para garantir a competitividade dos produtores rurais, especialmente os cooperados.
O principal desafio apontado foi o de conciliar os recursos orçamentários disponíveis com as necessidades do setor agropecuário. Para Guilherme Campos, o cooperativismo é um importante parceiro do Mapa nas discussões em torno da política agrícola nacional. “Nós, enquanto Ministério da Agricultura e Pecuária, estamos de portas abertas para debates construtivos, tais como o de hoje, tendo em vista a busca por um setor mais forte e produtivo”, afirmou.
Um dos temas de destaque da reunião foi o Seguro Rural, com ênfase no Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR), o Proagro e outros mecanismos da política de gestão de riscos. A Secretaria de Política Agrícola expressou preocupação com a sustentabilidade dessas ferramentas diante das incertezas fiscais, reconhecendo, no entanto, sua importância estratégica para o fortalecimento do setor e proteção aos produtores.
Os representantes das cooperativas participantes do GT de Crédito Rural do Sistema OCB puderam trazer suas demandas específicas, com diferentes perspectivas sobre as realidades regionais e setoriais. Para Clara Maffia, “o trabalho conjunto entre cooperativas, OCEs e o governo federal é essencial para construir políticas públicas mais eficientes e alinhadas às necessidades reais do campo. O Plano Safra é uma das ferramentas mais importantes nesse sentido”, concluiu.
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Com atuação voltada para o desenvolvimento econômico e social, as cooperativas de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento vêm ganhando protagonismo como importantes instrumentos de inclusão financeira no Brasil. Mais do que atender às demandas de crédito da população, essas instituições compartilham uma missão maior: promover a redução das desigualdades regionais, estimular o empreendedorismo e fomentar o crescimento sustentável, sempre com base nos princípios constitucionais.
Este artigo analisa a sinergia entre esses dois agentes do sistema financeiro nacional, destacando como a Constituição Federal reconhece e apoia tanto a organização cooperativa quanto a atuação dos bancos públicos. A partir desse alinhamento, o texto evidencia como as parcerias entre essas instituições — em especial nas operações de crédito indireto — fortalecem a capilaridade do crédito, impulsionam a economia local e consolidam um modelo financeiro mais justo, acessível e voltado às pessoas.
“Instituições financeiras com coração”: a sinergia de propósitos entre o cooperativismo de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento
Por Gabriel Demetrio Domingues e Vanessa Bluvol
Há imensa sinergia entre os propósitos do Cooperativismo de Crédito e a atuação dos Bancos Públicos de Desenvolvimento tendo a Constituição Federal como norte. A fim de corroborar esta assertiva, basta verificar o alinhamento do caput do art. 192, da CRFB/88, que inclui as cooperativas de crédito no sistema financeiro nacional, com os fundamentos do Estado brasileiro e dos bancos públicos de desenvolvimento, previstos nos artigos 1º, 3º e 239, § 1º, da CF/88, notadamente os de redução das desigualdades sociais e regionais; construção de uma sociedade livre, justa e solidária; garantia do desenvolvimento nacional; promoção do bem estar sem qualquer tipo de discriminação; e financiamento de programas de desenvolvimento econômico.
De fato, a Constituição reconhece todas as formas de organização produtiva: (i) a iniciativa econômica privada (art. 170), que tem por objetivo a obtenção do lucro; (ii) a iniciativa econômica pública (art. 173), que tem por finalidade principal a satisfação de relevante interesse coletivo ou a segurança nacional; e (iii) a iniciativa econômica cooperativa (art. 174), que tem por aspiração não o lucro, mas a emancipação econômica e o progresso social dos seus membros.
A iniciativa cooperativa no arranjo da Constituição de 1988 fica a meio caminho entre as iniciativas pública e privada, constituindo um fenômeno da economia solidária, com características bastante próprias que combinam a natureza associativa civil com o caráter empresarial. A natureza associativa se manifesta na sua finalidade social e na sua governança democrática, ao passo que o caráter empresarial se mostra na organização da sua atividade econômica.
As cooperativas de crédito, mais especificamente, possuem aspectos que as diferenciam das instituições financeiras tradicionais, sendo sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, constituídas para prestar serviços financeiros aos associados, com base nos seguintes princípios2: (i) adesão livre e voluntária, sem discriminação de gênero, social, racial, política e religiosa; (ii) gestão democrática, sendo controladas pelos seus membros e cada membro tem igual direito de voto, independente do capital aportado (um membro, um voto); (iii) efetiva participação econômica (exigência de aquisição de quota parte para ser cooperativado); (iv) autonomia e independência; (v) intercooperação para o fortalecimento do movimento como um todo e dos princípios cooperativistas, podendo ocorrer em diversos níveis: através das estruturas locais, regionais, nacionais, internacionais; entre cooperativas do mesmo sistema; com cooperativas de outros sistemas; e com cooperativas de outros ramos do cooperativismo; e (vi) interesse pela comunidade onde estão inseridas.
Esse princípio do interesse pela comunidade, sob o prisma da localidade/aspecto geográfico, faz com que as cooperativas de crédito se situem em municípios/áreas que os bancos comerciais não têm interesse em atuar, promovendo, assim, a inclusão financeira e contribuindo para redução das desigualdades inter-regionais e intermunicipais relacionadas à oferta e acessibilidade de produtos e serviços bancários e creditícios.
Além disso, sob o prisma financeiro, por atuarem no ramo do crédito, também fazem concorrência com os bancos comerciais e, muitas vezes, por visarem o desenvolvimento de seus membros, e não o lucro como fim em si mesmo, possuem condições de oferecer produtos mais personalizados para atender seus associados (maior suitability), sendo, em regra, mais flexíveis na exigência de garantias, na concessão de prazos maiores e na oferta de taxas de juros menores. Assim, com o aumento da competição e das alternativas disponíveis, produtos e serviços tendem a ser ofertados de forma mais eficiente, menos restritiva e menos onerosa. Essa concorrência promove benefícios sistêmicos, colaborando, por exemplo, com a redução do spread bancário, do custo do crédito e das tarifas de serviços.
Ademais, sob o prisma econômico e social de melhoria das condições de vida de seus membros, as cooperativas de crédito contribuem para a melhoria da qualidade de vida nos municípios, pois ofertam crédito em condições mais favoráveis, gerando renda e emprego e, assim, contribuem para redução das desigualdades sociais, tornando o acesso ao crédito mais inclusivo.
Corroborando o papel das cooperativas de crédito como instrumento de alavancagem econômica e multiplicador de riquezas nas comunidades, cita-se a pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a qual evidenciou que o setor é responsável por resultados positivos nas comunidades assistidas, destacando-se: para cada R$ 1,00 concedido em crédito, são movimentados R$ 2,56 na economia brasileira, com um acréscimo de R$ 1,17 em valor adicionado, R$ 0,11 em impostos arrecadados, e R$ 0,50 em salários pagos. Além disso, os Municípios com a presença de cooperativas de crédito apresentam incremento: (a) de 10% no PIB per capita; (b) de 15,1% na proporção do emprego formal na população economicamente ativa; (c) de 23,5% na massa salarial por habitante; (d) de 15,6% no número de empreendimentos por 1.000 habitantes (empreendedorismo); (e) de 8,7% na arrecadação municipal; (f) de 17,1% na arrecadação federal; (g) de 44,4% no valor das exportações por habitante; e (h) aumento de 62,5% no saldo comercial por habitante3.
Desse modo, as cooperativas de crédito, ao promoverem por meio da sua atuação a inclusão financeira e a desconcentração bancária, também estão a apoiar indiretamente a missão constitucional dos bancos de desenvolvimento na expansão do acesso ao crédito, tanto para alcançar todas as regiões do País, quanto para beneficiar as pessoas ainda não incluídas no Sistema Financeiro Nacional.
Portanto, as cooperativas de crédito e os bancos de desenvolvimento são instituições que, diferentemente das instituições financeiras privadas, realizam operações de crédito não com o fim exclusivo de obtenção de lucro, mas sim, e principalmente, visando à melhoria das condições econômicas e sociais das pessoas. Ou seja, há um propósito maior que move essas organizações, podendo-se qualificá-las como “instituições financeiras com coração”, pois são entidades que combinam organização de empresa, com o espírito solidário e colaborativo típico das entidades do terceiro setor.
A relação jurídica travada entre as cooperativas de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento, a exemplo do BNDES, ocorre em alguns casos por meio do credenciamento destas últimas como agentes financeiros aptos a realizarem operações de repasse com recursos públicos do banco estatal. Trata-se do modelo de operação denominado de indireto, uma vez que o BNDES não mantém relação direta com o cliente final, beneficiário dos recursos, mas se vale da capilaridade desses agentes cooperados e, principalmente, do seu conhecimento local, para estender o acesso ao crédito às comunidades mais distantes e às pessoas mais necessitadas. Nesse modelo, as cooperativas ficam responsáveis por realizar a análise das operações e assumir o risco de crédito, além de cuidar de todo o relacionamento com o cliente final, mas sempre com observância das premissas e objetivos indicados nas políticas do banco de desenvolvimento.
Dessa forma, a parceria entre bancos de desenvolvimento e as cooperativas de crédito revela-se como um poderoso arranjo que se retroalimenta e promove um círculo virtuoso, o qual contribui para o desenvolvimento mais equilibrado do sistema financeiro e do País, com o atingimento dos fundamentos constitucionais da valorização social do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, IV; 170, caput), fortalecimento do mercado interno (art. 219) e, acima de tudo, redução das desigualdades, por meio da realização da democracia econômica (arts. 170, VII, c/c art. 174, § 2º).
Não é por outra razão que o apoio ao cooperativismo de crédito também faz parte da agenda do Banco Central (Agenda BC#), notadamente nas vertentes de inclusão financeira e desconcentração bancária, tendo a entidade reguladora participado ativamente de iniciativas de estímulo e incentivo a esse ramo, por meio da emissão de normas que consideram as já elencadas peculiaridades desse setor.
Estes dois instrumentos de ação pública – tanto a parceria com bancos de desenvolvimento no seu fomento, quanto a política regulatória para o setor cooperativo a cargo principalmente do Banco Central (Agenda BC#) – revelam-se consistentes com as suas finalidades, e se mostram relevantes na promoção dos seus objetivos constitucionais de longo prazo.
Em suma, verifica-se sinergia entre as missões institucionais dos bancos públicos e das cooperativas de crédito em prol do desenvolvimento econômico e social. O reconhecimento das entidades cooperativas pelo Constituinte (art. 174, § 2º) e a previsão de deveres de apoio e estímulo por parte do setor público, mais do que uma simples declaração de ocasião, assume status de uma política pública de Estado que se materializa por meio de ações coordenadas que objetivam a transformação da realidade econômica e social do País.
Essa sinergia de propósitos entre o cooperativismo de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento fica bastante nítida ao promoverem a inclusão financeira, a desconcentração bancária, a geração de emprego e renda contribuindo sobremaneira para o atingimento dos objetivos constitucionais de redução das desigualdades sociais e regionais; construção de uma sociedade livre, justa e solidária; garantia do desenvolvimento nacional e promoção do bem-estar sem qualquer tipo de discriminação. Assim, com a parceria entre essas “instituições financeiras com coração”, quem ganha é a sociedade brasileira que obtém crescimento econômico e prosperidade social por meio de um modelo que coloca as pessoas em primeiro lugar.