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Cooperativismo amplia presença em Fórum climático da ONU 
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Cooperativismo amplia presença em Fórum climático da ONU 

  • Artigo Secundário 2

Reunião destaca desenvolvimento sustentável e debate novas oportunidades de cooperação 

Representantes do Sistema OCB participaram de reunião estratégica, realizada na segunda-feira (17), com representantes do Fórum Ciência-Política-Negócios das Nações Unidas sobre o Clima (UNSPBF). O encontro discutiu iniciativas para fortalecer o diálogo intersetorial e ampliar a presença do cooperativismo na agenda climática global por meio de novas oportunidades de cooperação. 

O objetivo foi reforçar o intuito de posicionar o cooperativismo brasileiro no cenário internacional como contribuinte ativo para soluções sustentáveis e inovadoras que beneficiem tanto o meio ambiente quanto as comunidades cooperativistas. A Casa do Cooperativismo foi representada por João Pinheiro Penna, coordenador de Relações Internacionais, e pelo trainee Enzo Ramos. Pelo UNSPBF, participaram Shereen Zorba, secretária-executiva, e William Thornton, responsável por parcerias estratégicas no fórum.  

João Penna acredita que a aproximação institucional com o UNSPBF é fundamental para fortalecer a representação internacional do movimento. “Aproveitamos a posição do Brasil como anfitrião da COP30 e o marco do Ano Internacional das Cooperativas em 2025, declarado pela ONU, e estamos trabalhando, sem medir esforços, para consolidar nossa presença nas discussões climáticas, bem como para fortalecer parcerias com entidades e atores estratégicos”, disse. 

A conexão entre as instituições teve início durante a imersão pré-COP29, realizada no ano passado, quando Shereen Zorba acompanhou de perto a atuação das cooperativas na agenda ambiental. A partir dessa experiência, o Sistema OCB recebeu convite para estreitar laços com o fórum e explorar novas frentes de atuação conjunta. 

O UNSPBF é um órgão global de articulação criado pela Assembleia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (UNEA) em 2017, com o objetivo de conectar a academia, tomadores de decisão de governos nacionais e o setor privado para o avanço da agenda climática. Suas atividades incluem a promoção de eventos temáticos, publicações conjuntas e discussões de alto nível, em que as recomendações são direcionadas à UNEA e ao Fórum Político de Alto-Nível das Nações Unidas. 

Atualmente, o fórum conta com mais de 3.500 interlocutores, como organizações nacionais e internacionais, empresas, ONGs e representantes governamentais. Entre seus principais temas de atuação estão a geração e distribuição de dados, desenvolvimento de cidades sustentáveis, promoção de startups, ação climática e produção sustentável de alimentos. 


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Novo diretor de Regulação do Bacen visita Sistema OCB e reforça parceria
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Novo diretor do Bacen visita Sistema OCB e reforça parceria

  • Artigo Secundário 2

Encontro destacou importância do diálogo para avanços no cooperativismo financeiro

O novo diretor de Regulação do Banco Central do Brasil (Dinor), Gilneu Vivan, acompanhado de seu chefe de gabinete, Ricardo Harris, visitou o Sistema OCB, em Brasília, nesta segunda-feira (17), para sua primeira reunião com a Casa do Cooperativismo. O presidente Márcio Lopes de Freitas, recebeu os representantes do Bacen em um encontro que reforçou a parceria entre a autoridade reguladora e o cooperativismo brasileiro.

Márcio acredita que a relação de diálogo e cooperação entre as entidades é fundamental. Para ele, esse alinhamento permite que o segmento continue crescendo de forma sólida, sustentável e cada vez mais acessível aos brasileiros. “Seguiremos trabalhando juntos para fortalecer ainda mais esse modelo que promove inclusão financeira , desenvolvimento econômico e prosperidade", afirmou.

Durante a reunião, foi destacada a importância da interlocução entre o cooperativismo e a autoridade reguladora e supervisora do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Essa relação é respaldada pelo Acordo de Cooperação firmado em 2010 entre as instituições, e tem possibilitado avanços significativos para o setor e para a sociedade como um todo.

Um dos exemplos mais notáveis desse alinhamento é o elevado grau de maturidade do arcabouço regulatório do SNCC. O desenvolvimento é resultado de um processo de atualização intenso, conduzido por meio da cooperação entre o Banco e o Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito do Sistema OCB.

Ao final, o Bacen se colocou à disposição para dar continuidade ao diálogo com o setor em interesses que convergem com as competências legais, a fim de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade.


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Aneel discute modernização tarifária a partir de Sandbox Tarifário
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Aneel discute modernização tarifária a partir de Sandbox Tarifário

  • Artigo Secundário 3

Workshop aborda impacto da abertura de mercado livre e comportamento do consumidor no setor

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANeel) promoveu, nesta quinta-feira (13), o workshop online Modernização Tarifária no Brasil. O evento apresentou projetos de Sandbox Tarifário, incluindo o que está sendo desenvolvido pelas cooperativas de energia Coprel, Cerbranorte, Certaja e Certel.

A iniciativa, com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), tem como objetivo compreender o comportamento dos consumidores diante da abertura do Mercado Livre de Energia para a baixa tensão, prevista para 2028. Para isso, serão analisadas variáveis como fontes de energia e precificação.

Inspirado no conceito de Sandbox da tecnologia, que permite a experimentação em um ambiente seguro e controlado, o projeto possibilita que consumidores de baixa tensão simulem a contratação de energia elétrica no Mercado Livre. Essa abordagem facilita a exploração de diferentes produtos e tarifas, além de promover maior transparência e compreensão sobre a composição das faturas e opções disponíveis no mercado.

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que o projeto conta com total apoio da diretoria colegiada da agência. "Nosso objetivo é revolucionar a forma de cálculo da tarifa de consumo, viabilizando, ainda mais, o crescimento do país por meio da energia elétrica, com menor dependência de combustíveis fósseis", afirmou.

A analista técnico-institucional do Sistema OCB, Thayná Côrtes, destacou a relevância estratégica do projeto para as cooperativas permissionárias e para o setor elétrico brasileiro. Para ela, mais do que testar o comportamento dos cooperados diante da abertura do mercado livre, as cooperativas estão construindo conhecimento essencial para garantir um futuro mais eficiente, competitivo e sustentável. "Além de gerar dados concretos que dão embasamento às inovações e contribuem para o aprimoramento da regulação, o projeto fortalece a atuação do Sistema OCB na defesa político-institucional do cooperativismo", disse.

Juliana Marise, analista de projetos do Sescoop Nacional, enfatizou que este é o primeiro projeto aprovado do Ramo Infraestrutura, sendo um marco para o cooperativismo. Ela ressalta que o Sescoop tem um papel essencial na viabilização de projetos como esse, que fortalecem o cooperativismo "Essa iniciativa abre caminho para que outras cooperativas do setor desenvolvam suas próprias soluções inovadoras. Esse tipo de trabalho impulsiona a inovação e gera conhecimento estratégico para o futuro das cooperativas e de seus cooperados", pontuou.

Para o superintendente da Infracoop, José Zordan, “o projeto de Sandbox Tarifário das Cooperativas Permissionárias, além de gerar benefícios que as Cooperativas irão angariar,,tem a importante participação financeira do Sescoop e o reconhecimento e a receptividade da Agência Nacional Reguladora do Setor Elétrico, a Aneel”.

Por sua vez, Jânio Stefanello, presidente da Infracoop, declarou que o projeto se destaca como um passo fundamental para a modernização do mercado de energia no Brasil, especialmente para os consumidores de baixa tensão. Para ele, com essa iniciativa, o cooperativismo reafirma seu papel estratégico na construção de um futuro energético mais eficiente, competitivo e sustentável. “Por meio da simulação da jornada do cooperado no Mercado Livre de Energia, o estudo permite avaliar fatores como tarifas diferenciadas, fidelização e qualidade dos serviços, oferecendo um modelo inovador que poderá ser replicado por cooperativas e concessionárias em todo o país”.

 



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Sistema OCB participa de lançamento do Plano de Escoamento da Safra 2025. Foto: Márcio Ferreira/MT
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Sistema OCB participa de lançamento do Plano de Escoamento da Safra 2025

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Governo anunciou investimentos de R$ 7,1 bilhões para melhorias em infraestutura e logística

 

Ministro Carlos Fávaro durante seu discurso. Foto: Antônio Cruz/Agência BrasilMinistro Carlos Fávaro apresenta detalhes do plano. Foto: Antônio Cruz/Agência BrasilO agronegócio brasileiro segue batendo recordes de produção e exportação, mas enfrenta desafios estruturais que limitam seu pleno potencial competitivo. Entre os principais gargalos estão a capacidade de armazenagem e a eficiência logística no escoamento da safra. Para enfrentar esses desafios, o governo federal anunciou, nesta quarta-feira (5), um pacote de investimentos no valor de R$ 7,1 bilhões voltado para obras e melhorias na infraestrutura de rodovias, ferrovias e portos.

A superintendente do Sistema OCB e presidente eleita do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella, participou da cerimônia de lançamento do Plano de Escoamento da Safra 2025, e destacou a importância das medidas que podem representar um avanço significativo para o setor. “Com a projeção de crescimento da produção agropecuária brasileira, é fundamental que os investimentos em logística acompanhem esse avanço”, declarou.

Ainda segundo ela, “o escoamento eficiente da safra é um fator decisivo para que o Brasil continue consolidando sua posição de liderança no comércio global. Políticas públicas que impulsionem a infraestrutura logística contribuem para que o cooperativismo agropecuário e todo o setor produtivo possa operar com mais eficiência e competitividade”.

A cerimônia foi coordenada pelos ministros da Agricultura (Mapa), Carlos Fávaro; dos Transportes, Renan Filho; e dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Eles apresentaram os principais números da produção e exportação brasileiras de grãos, carnes, frutas e outras culturas, assim como o potencial de crescimento e os desafios para garantir o armazenamento e escoamento da safra. A projeção para a safra 2024/2025 é de 1.250 milhões de toneladas, sendo 322 milhões apenas em grãos.

Os investimentos anunciados incluem melhorias e duplicações estratégicas de rodovias e ferrovias, com destaque para a reestruturação das malhas do Arco Norte, que abrange os estados do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Maranhão, e a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO). Para isso, serão investidos R$ 4,5 bilhões, um aumento de 25% em relação a 2024.

No caso dos portos, o investimento previsto é de R$ 1,7 bilhão e, em hidrovias, cerca de R$ 900 milhões. Também serão trabalhadas concessões portuárias que somam R$ 20 bilhões. A modernização do agro prevê, ainda, o reforço do Sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) e a digitalização completa dos processos da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O objetivo, segundo Fávaro, é garantir mais eficiência e segurança no comércio exterior.

Além disso, está prevista a realização de nove leilões de concessões rodoviárias e um ferroviário em 2025, ampliando a participação do setor privado no desenvolvimento da infraestrutura nacional.

 

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COP30: Agricultura reúne entidades para alinhar ações
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COP30: Agricultura reúne entidades para alinhar ações

  • Artigo Secundário 1

 

Ministério propôs construção conjunta de narrativa para defender o setor

 

COP30: Agricultura reúne entidades para alinhar açõesA superintendente do Sistema OCB e presidente eleita do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella, participou nesta terça-feira (4) de reunião realizada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) para alinhamento das ações da pasta para a COP30. O encontro contou a presença de 59 representantes de 41 organizações do agronegócio que compõem o IPA. “Foi um momento importante para ouvir como o ministério está se estruturando para receber o agro brasileiro durante a COP30. A avaliação das entidades foi muito positiva porque o ministro Carlos Fávaro deixou claro que o setor terá presença garantida e que ele será enaltecido com dados que comprovam sua sustentabilidade no país”.

Carlos Fávaro reforçou o compromisso do ministério em defender o agronegócio brasileiro e de gerar mobilização contra ataques e informações distorcidas e/ou equivocadas. De acordo com Tania, a ideia defendida pelo ministro é não permitir calúnias e ofensas contra o agro brasileiro e ter sempre em mãos formas de demonstrar o trabalho responsável desenvolvido pelos produtores do país. “Ele propôs a construção conjunta desse discurso de forma colaborativa, para que possamos ampliar a importância do setor e transformar riscos em oportunidades”, explicou.

A reunião contou com uma apresentação técnica da Embrapa e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo sobre etapas e compromissos dos envolvidos, e o conjunto de ações que estarão sob coordenação do Mapa e do Ministério de Relações Exteriores, com foco em temas, estruturas integradas, roteiro de eventos preparatórios no Brasil e no exterior. O foco será a defesa da sustentabilidade, com a divulgação de boas práticas, transparência nas informações e promoção da imagem positiva do país.

Ainda segundo Tania, a proposta discutida é fazer com que a COP30 seja em favor do agro brasileiro, utilizando a ciência, as boas práticas e a diversidade de ações já desenvolvidas pelo setor em favor da preservação do meio ambiente e do aumento da produtividade de forma sustentável. “Para o cooperativismo agro, será uma oportunidade única, uma vez que a já atua com foco no combate às mudanças climática e terá muito para contribuir”, concluiu.

Confira no infográfico abaixo mais detalhes sobre as ações previstas pelo Sistema OCB na COP30:

 

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Sistema OCB destaca oportunidades com início dos trabalhos legislativos
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Sistema OCB destaca oportunidades com início dos trabalhos legislativos

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Presença de parlamentares alinhados ao movimento colabora para diálogo com Senado e Câmara

O Congresso Nacional deu início aos trabalhos legislativos de 2025 com a eleição das novas Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, realizada no último sábado (1º). Para o biênio, cada Casa elegeu seus presidentes, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes, que irão compor a estrutura responsável por conduzir os debates e as deliberações do cenário político nos próximos anos.

Na Câmara dos Deputados, o deputado Hugo Motta (PB) foi eleito presidente. O parlamentar assumiu o cargo com o compromisso de dar continuidade aos trabalhos legislativos em um período marcado por desafios e demandas da sociedade brasileira.

A nova composição da Mesa Diretora inclui Altineu Côrtes (RJ) na 1ª vice-presidência, Elmar Nascimento (BA) na 2ª vice-presidência; Carlos Veras (PE) como 1º secretário; Lula da Fonte (PE) na 2ª secretaria; Delegada Katarina (SE) na 3ª secretaria; e Sérgio Souza (PR) como 4º secretário.

O deputado paranaense Sérgio Souzaé vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e dará continuidade ao seu papel de relevância na defesa das pautas do movimento. Já o deputado Paulo Foletto (ES), coordenador de Assuntos Sociais da Frencoop, ocupará a 2ª suplência da Mesa, o que reforça a representatividade do cooperativismo na Casa.

Para Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, o início dos trabalhos legislativos representa uma oportunidade para fortalecer ainda mais o diálogo entre o Poder Legislativo e o cooperativismo. “A presença de parlamentares comprometidos com nossas pautas estratégicas, como Sérgio Souza e Paulo Foletto, por exemplo, reforça a importância do movimento para o desenvolvimento sustentável do Brasil. O Sistema OCB seguirá atuando de forma proativa para avançar em projetos que beneficiem as cooperativas e a sociedade como um todo”, destacou.

Davi Alcolumbre (AP) comandará o Senado Federal. Ele retorna ao cargo que ocupou entre 2019 e 2021. A Mesa Diretora conta com Eduardo Gomes (TO) como 1º vice-presidente; Humberto Costa (PE) na 2ª vice-presidência; Daniella Ribeiro (PB) como 1ª secretária; Confúcio Moura (RO) como 2º secretário; Ana Paula Lobato (MA) na 3ª secretaria; e Laércio Oliveira (SE) como 4º secretário. A composição das comissões permanentes do Senado, que realizam a análise de proposições legislativas, será definida nos próximos dias.

Com a nova configuração do Congresso, o Sistema OCB, junto à Frencoop, concentra esforços na tramitação de pautas prioritárias para o cooperativismo em 2025, como o Projeto de Lei 815/2022, que trata da reorganização de cooperativas, e o PL 1.303/2022, voltado à ampliação da conectividade no campo por meio de cooperativas. Além disso, também será foco a apresentação e tramitação de Projeto de Lei de autoria do deputado Arnaldo Jardim (SP), que reconhece o cooperativismo como manifestação da cultura nacional e reforça sua importância para o desenvolvimento econômico e social do país.


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Sistema OCB marca presença na abertura do Ano Judiciário de 2025
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Sistema OCB marca presença na abertura do Ano Judiciário de 2025

  • Artigo Secundário 1

STF abre os trabalhos com foco em produtividade e diálogo entre Poderes

 

Nesta segunda-feira (03), o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou a sessão solene de abertura do Ano Judiciário de 2025. A cerimônia teve início às 14h e contou com a presença de autoridades dos Poderes Legislativo e Executivo, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.

O Sistema OCB foi representado pela assessora jurídica, Ana Paula Andrade Ramos. Para ela, é fundamental que todos estejam atentos à agenda do Poder Judiciário, em especial no STF. “Temos pautas importantes para o cooperativismo e, também, para os setores econômicos em que ele está inserido, que estão em debate na Corte Suprema e nos diversos tribunais do país”, disse.

Ela explicou que a representação do cooperativismo é uma construção e que, muitas vezes, se inicia em outros poderes, mas, de forma recorrente, tem leis e atos normativos levados à apreciação do Judiciário. “É nosso papel aproximar e esclarecer os magistrados acerca do modelo cooperativo, suas especificidades e seu relevante papel social, inclusivo e produtivo", acrescentou.

Em seu discurso, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, apresentou um balanço das atividades da Corte em 2024 e destacou as prioridades para 2025. Ele enfatizou o desempenho do Judiciário brasileiro, que conta com cerca de 18 mil juízes que julgam, aproximadamente, 35 milhões de processos por ano. “Isso representa uma média de 4.400 processos por magistrado. O Judiciário brasileiro é um dos mais produtivos do mundo”, afirmou.

O ministro destacou a racionalização dos casos judiciais como um passo fundamental para aprimorar a qualidade dos serviços prestados à sociedade. A colaboração entre o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) resultou, de acordo com ele, na extinção de mais de 8 milhões de execuções fiscais que estavam paradas há mais de um ano, por meio de medidas extrajudiciais de cobrança.

Outro ponto relevante de sua fala foi o mapeamento de ações contra o Poder Público, com a elaboração de um diagnóstico que irá orientar soluções para esses processos. Além disso, uma nova resolução do CNJ visa reduzir o número de reclamações trabalhistas, o que facilita a homologação de acordos extrajudiciais sem a necessidade de ajuizamento de ação.

Barroso também destacou a redução de cerca de 4 milhões de processos em 2024 em relação ao ano anterior como um avanço significativo para a eficiência do Judiciário. Em suas palavras finais, reforçou a importância da cooperação entre os Três Poderes e manifestou confiança no futuro.“Com boa-fé e boa vontade, quase tudo é possível e faremos coisas boas juntos pelo Brasil. Que possamos todos ser abençoados para cumprirmos bem a nossa missão”, declarou.

As sessões de julgamento do STF serão retomadas na quarta-feira (05) e ocorrerão regularmente às quartas e quintas-feiras.

 

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Sua coop no cenário global: participe da iniciativa da ACI 
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Sua coop no cenário global: participe da iniciativa da ACI 

  • Artigo Secundário 3

Envie um vídeo e mostre ações que contribuem para um mundo mais sustentável e inclusivo 

Agora, as cooperativas brasileiras podem colaborar com o fortalecimento do cooperativismo no cenário internacional e mostrar como o movimento contribui para um mundo mais sustentável e inclusivo. A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) considera que o tema do segundo Ano Internacional das Cooperativas - Cooperativas constroem um mundo melhor, comemorado em 2025, não é apenas um slogan, mas sim uma realidade vivida diariamente por milhões de cooperados.  

Por isso, a entidade está reunindo histórias que demonstram como o modelo de negócios transforma vidas e gera desenvolvimento econômico, inclusão social e avanços ambientais. Para isso, a ACI faz um convite para que todas as coops, de todos os ramos, gravem vídeos curtos e apresentem suas principais iniciativas e projetos. O material será divulgado em uma plataforma oficial da entidade para ampliar o alcance dessas boas práticas. 

Para participar, as cooperativas interessadas devem gravar um conteúdo de até dois minutos, com destaque para como suas atividades resultam em impactos positivos. O conteúdo pode abordar projetos sociais, ambientais, ações de desenvolvimento local ou outras estratégias que reforcem o papel do cooperativismo na construção de um futuro mais sustentável. 

Fortalecimento  

A participação nesta iniciativa representa uma oportunidade para as cooperativas brasileiras se conectarem com o movimento no cenário internacional, além de dividir experiências e conhecer boas práticas aplicadas em outros países. A ação reforça a importância do cooperativismo como um modelo de negócios capaz de responder aos desafios globais, que promove desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade e à inclusão social. 

A ACI pretende ampliar a visibilidade do cooperativismo como uma alternativa viável para um mundo mais justo e equilibrado. Para envio dos vídeos, acesse o formulário disponibilizado pela entidade. E, para garantir a qualidade do material, é importante seguir algumas recomendações técnicas: 

  • O vídeo deve ser gravado na orientação paisagem (16:9), com resolução mínima HD (1920x1080p), sendo preferencialmente em 4K; 

  • O ambiente deve estar bem iluminado, de preferência com luz lateral, e ser silencioso, sem interferências sonoras; 

  • O tempo máximo permitido é de dois minutos. 

Após a gravação e envio, o material ficará disponível na plataforma oficial da ACI, junto às demais contribuições de cooperativas de diferentes partes do mundo. 

 

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Lei 213/2025: um marco para o cooperativismo
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Lei 213/2025: um marco para o cooperativismo

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Nova legislação democratiza o acesso ao mercado segurador e fortalece as cooperativas de seguros

Fabíola Nader destaca participação das cooperativas no mercado de segurosFabíola Nader destaca participação das cooperativas no mercado de seguros

Representantes do Sistema OCB participaram, nesta quinta-feira (16), de evento promovido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para marcar a sanção da  Lei Complementar 213/2025, que regulamenta a ampliação da participação das cooperativas no mercado de seguros e também de grupos de proteção patrimonial mutualista. A nova legislação foi sancionada pelo governo federal na quarta-feira (15) e o encontro no escritório da Susep em Brasília foi um momento de reconhecimento ao amplo diálogo entre os atores envolvidos na construção do texto final aprovado pelo Congresso Nacional.

O superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, abordou os desafios enfrentados nos mais de dez anos em que o tema permaneceu em discussão no Congresso Nacional e ressaltou a importância da medida para a modernização e democratização do mercado de seguros no Brasil. “Chegamos a este momento histórico que é a abertura do mercado. Por isso, o diálogo contínuo entre os agentes do mercado e os órgãos reguladores é essencial para criar segurança jurídica, fortalecer a confiança da sociedade no setor e, assim, impulsionar o desenvolvimento sustentável do país”, declarou.

Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, destacou a participação ativa da entidade nos debates. Para ela, a nova lei considera e respeita o modelo societário, que está pronto para atender às demandas da população com qualidade e segurança. “Este é mais um setor em que as cooperativas passam a atuar a partir de agora e que, com certeza, terá resultados muito positivos em um futuro próximo. Já somos destaque em outros setores regulados como Crédito e Saúde, e estamos preparados para oferecer um serviço diferenciado, especialmente no interior do país, onde as empresas tradicionais não estão presentes”, afirmou.

A nova legislação estabelece um marco regulatório para cooperativas de seguros e associações de proteção patrimonial, inserindo esses novos atores no Sistema Nacional de Seguros Privados e ampliando o alcance de supervisão da Susep. Entre os avanços previstos, estão a criação de novas formas de distribuição, o aumento do acesso ao mercado e a modernização das práticas regulatórias, alinhando o Brasil aos padrões internacionais.

Entre os principais pontos da Lei, destacam-se a possibilidade de operação com resseguro e cosseguro, a estruturação em cooperativas singulares, centrais e confederações, além da proporcionalidade na regulação, considerando o porte e os riscos das instituições.  Além disso, a Lei possibilita que as cooperativas operem em todos os ramos de seguros privados, exceto capitalização aberta e repartição de capitais de cobertura. Antes da sanção da nova Lei, a participação das cooperativas no mercado de seguros era restrita apenas aos ramos de seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho.

O deputado Vínicius Carvalho (SP), relator do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados, foi representado no evento por seu chefe de gabinete, Jonas Vieira Santos. O parlamentar foi fundamental na defesa dos pleitos do cooperativismo e nas negociações para aprovação da proposta.

Também participaram do encontro o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergílio; o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira; e o presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergílio.

A reunião contou ainda com representantes de entidades como a Federação Estadual das Mútuas do Estado de Minas Gerais (FEMG), a Federação de Autorregulamentação, Socorro Mútuo e Benefícios dos Estados do Sul (FABSUL), a Federação Brasiliense de Associações e Administradoras de Proteção Patrimonial Mutualista (FEBRAP) e a Federação Associativa Nacional (FAN).

 

Cenário

As cooperativas seguradoras e as mútuas (entendidas como sociedades que prestam serviços de seguros de vida e não vida, regimes de segurança social complementar e serviços de pequeno valor de natureza social) são uma realidade em todo o mundo. A Federação Internacional de Cooperativas e Seguros Mútuos (ICMIF) é a principal entidade que representa esse setor, reunindo mais de 200 organizações de quase 80 países ao redor do mundo.

Juntas, essas organizações alcançaram, em 2023, mais de US$ 236 bilhões em receita de prêmios, enquanto seus ativos totais somavam US$ 1,7 trilhões. São cerca de 300 milhões de pessoas atendidas por essas entidades, que geram mais de 230 mil empregos diretos. Com esses números, as cooperativas representam quase 30% do mercado de seguros em todo o mundo.

No Brasil, os dados gerais do setor revelam um grande potencial de crescimento: entre janeiro e agosto de 2024, a arrecadação total foi de R$ 288,06 bilhões, o que representa um aumento de 13,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Durante esse período, o setor retornou R$ 161,0 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, o que corresponde a um crescimento de 5,82%.

 

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Pleitos do coop são preservados na sanção da Reforma Tributária
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Pleitos do coop são preservados na sanção da Reforma Tributária

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Nova Lei Complementar consolida vitória histórica e fortalece movimento no Brasil

 

Cerimônia de sanção da regulamentação da Reforma TributáriaCerimônia de sanção da regulamentação da Reforma TributáriaAgora é Lei. O governo federal sancionou nesta quinta-feira (16) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta a Reforma Tributária para o consumo e preservou, de forma integral, todos os pleitos prioritários do cooperativismo. A nova Lei Complementar 214/2025 consolida uma das maiores conquistas da história do movimento no Brasil, com a definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo e a inclusão de dispositivos que asseguram segurança jurídica, maior eficiência, competitividade e fortalecimento das cooperativas no país.  

Fruto de um esforço coletivo e de uma intensa mobilização estratégica liderada pelo Sistema OCB, Organizações Estaduais (OCEs), cooperativas, cooperados e parlamentares das frentes parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA), o resultado favorável da Reforma Tributária ao cooperativismo foi comemorado pelo presidente da entidade. “Conseguimos garantir o respeito às especificidades e reafirmar o papel crucial do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do Brasil nesse novo normativo tributário do país. Temos assegurada, agora, a segurança jurídica necessária para que nossas cooperativas operem de forma eficiente, com cada vez mais qualidade e resultados positivos”, afirmou.

Os pleitos atendidos na nova Lei Complementar incluem a dedução integral dos custos com repasses de honorários aos cooperados de operadoras de planos de saúde; a definição de hipóteses de redução de alíquota nas operações entre cooperativa e cooperado; a preservação da não cumulatividade entre singulares e centrais; a não incidência tributária sobre o beneficiamento realizado pela cooperativa; a menção expressa de não incidência tributária nos repasses aos cooperados em cooperativas prestadoras de serviços; a possibilidade de aplicação cumulativa do regime das cooperativas com regimes diferenciados e específicos de cada setor; a não incidência tributária de juros e remuneração pagas ao capital por cooperativas; e a possibilidade de diferimento na aquisição de insumos do produtor rural por cooperativas.

Os demais pontos da nova legislação estão sendo analisados pela equipe técnica do Sistema OCB que, em breve, divulgará estudos aprofundados sobre como os normativos serão implementados e de que forma eles alteram as regras vigentes no momento. As alterações começam a entrar em vigor a partir do próximo ano.

Para Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, a força do diálogo permitiu a construção de pontes eficazes com todos os atores envolvidos no processo da reforma para garantir as conquistas do coop. “Com muita união, persistência e resiliência conseguimos construir pontes e negociar cada pleito do movimento de forma positiva e assertiva. Se hoje podemos comemorar essa vitória histórica é porque juntos provamos, uma vez mais, que somos mais fortes. Demonstramos com dados comprovados o quanto nosso modelo de negócios é importante para o fortalecimento do Brasil. Essa conquista é do coop, mas é também de todos os brasileiros”, destacou.

 

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Presidente da Frencoop pede mobilização para o Ano Internacional das Cooperativas

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Depois de um ano histórico para o cooperativismo no Congresso Nacional, com a consolidação de conquistas na regulamentação da Reforma Tributária, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Arnaldo Jardim (SP), se prepara para encampar novas pautas em defesa do coop em 2025 e pede o engajamento de cooperativas e cooperados nessa missão.  


Segundo Jardim, é preciso aproveitar o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) com a declaração do Ano Internacional das Cooperativas para unir esforços pela elaboração e aprovação de leis e políticas públicas favoráveis ao crescimento do cooperativismo.

“As cooperativas promovem o desenvolvimento, diminuem as desigualdades, têm um trabalho social nas suas comunidades extraordinário. Nenhuma empresa faz o que uma cooperativa faz, e precisamos divulgar mais isso”, afirmou, em entrevista ao Sistema OCB

A Frencoop, por exemplo, deve realizar eventos na Câmara e no Senado para mostrar aos parlamentares como as cooperativas constroem um mundo melhor, tema do tributo internacional.

 Na entrevista, Arnaldo Jardim destacou a parceria com o Sistema OCB, afirmou que é preciso defender o cooperativismo de cabeça erguida e deixou um desafio aos cooperativistas brasileiros. 

Sistema OCB: O senhor recebeu em dezembro o título de Congressista do Ano de 2024. Como esse reconhecimento incentiva seu trabalho para 2025? 

Arnaldo Jardim: Tive dois momentos muito especiais neste ano de 2024: o primeiro foi ser reconhecido pelo Ranking dos Políticos, que é uma entidade da sociedade civil, sem nenhum vínculo governamental ou partidário e com critérios muito rigorosos do ponto de vista ético, dos gastos parlamentares e, principalmente, da produção e atuação legislativa. Ao longo do ano consegui aprovar um conjunto de matérias que me levaram à primeira posição nessa lista, como as debêntures de infraestrutura e o novo marco legal do hidrogênio de baixo carbono, dos quais fui relator; e como autor do projeto que criou o Paten, o Programa de Aceleração da Transição Energética. 

Outro momento que destaco foi ter recebido, em julho, um prêmio do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu), durante a conferência da entidade, em Boston. Fui indicado pelas entidades do Brasil que fazem parte do conselho, e agradeço muito a atuação de todas, destacadamente do Sicredi, com apoio do Sicoob e Cresol. Foi muito especial porque é um reconhecimento concedido a duas pessoas a cada ano e ao recebê-lo me juntei a uma dupla de grandes brasileiros que também possuem essa honraria: nosso querido Roberto Rodrigues, uma referência para todos nós do cooperativismo, e nosso presidente Márcio Lopes de Freitas. 

Como aproveitar o Ano Internacional das Cooperativas para fortalecer a mobilização pela aprovação de leis e políticas públicas de interesse do cooperativismo?

Primeiro, realmente temos que festejar o reconhecimento da ONU, pois mostra que o cooperativismo é uma alternativa socioeconômica viável, que combina a capacidade de empreender com o enfrentamento das desigualdades. É desenvolvimento com justiça social. Tudo isso me faz ser um adepto convicto do cooperativismo e estou muito feliz com o Ano Internacional das Cooperativas. O Brasil já avançou muito no cooperativismo, mas ainda temos muito a fazer. Temos que incorporar mais gente a essa forma justa de produzir e consumir, temos que fortalecer os diferentes ramos e este ano será uma oportunidade nacional e internacional para consolidar o cooperativismo em diversos segmentos. 

Nossa ideia é ter um programa intenso de divulgação deste ano no Brasil, em parceria com o Sistema OCB, com a realização de uma série de eventos para colocar o cooperativismo em evidência em todo o país. A Frencoop vai promover ações no Senado, na Câmara e participar de outras iniciativas. Quero, inclusive, cumprimentar o presidente Márcio Lopes de Freitas e a superintendente Tania Zanella pela organização das ações do Ano Internacional das Cooperativas no Brasil. 

Após a conquista histórica do cooperativismo na aprovação e regulamentação da Reforma Tributária, qual o foco da Frencoop no novo ano legislativo?

Realmente foi histórico e há muito o que festejar sobre nossa atuação durante a Reforma Tributária. Começamos esse jogo perdendo, porque a proposta original não reconhecia as especificidades do cooperativismo e havia o risco da bitributação. E isso teria gravíssimas consequências para o cooperativismo agropecuário, de crédito e de saúde, para citar alguns ramos. Na votação da emenda constitucional nós conseguimos avanços muito importantes, com o adequado tratamento ao ato cooperativo; e, em dezembro, na votação da regulamentação, mantivemos essa conquista e garantimos o reconhecimento a diferenciais do cooperativismo. 

Além da Reforma Tributária, também destaco a aprovação do PLP 143/2024, que amplia a participação das cooperativas no mercado de seguros. Nós trabalhamos muito tempo por isso. Com a sanção da lei, vamos ter a oportunidade de que as cooperativas possam atuar nesse setor. E, assim como aconteceu no segmento de crédito, a atuação das cooperativas poderá diminuir a tendência de monopólios de grandes empresas, ampliar a concorrência e tornar mais acessível a todos a participação nesse mercado e o uso desse instrumento importante. 

Para 2025, primeiro, vamos fortalecer a Frencoop. Há uma troca de deputados, porque alguns se elegeram prefeitos, outros tornaram-se secretários e novos parlamentares chegam ao Congresso. Então, logo no começo do ano, vamos reapresentar a Frencoop a todos e buscar novas adesões, além de fortalecer a representação regional e temática em nossa diretoria. 

Além da pauta legislativa, como a Frencoop atua em defesa do cooperativismo em outras instâncias políticas?

A Frencoop atua na legislação, somos parlamentares, mas também acompanhamos políticas públicas relacionadas ao cooperativismo. Por exemplo, quando o governo lança um programa habitacional, nossa pergunta é a seguinte: as cooperativas habitacionais poderão participar? Quando há uma campanha na área da educação, buscamos saber como as cooperativas educacionais poderão ser incluídas em ações de combate ao analfabetismo ou de ampliação do ensino técnico, e assim por diante. Um exemplo desse trabalho foi após as enchentes dramáticas no Rio Grande do Sul. Para liberar o socorro, no primeiro instante uma medida provisória do governo só autorizava o repasse de recursos pelos bancos oficiais. Nós trabalhamos até que as cooperativas de crédito pudessem participar disso também. Por isso afirmo que a Frencoop atua também com políticas públicas. Em tudo o que é feito pelo governo em que possa haver participação de outras entidades, sempre buscamos ver como cooperativismo deve e pode ser incluído.

Qual a importância da atuação conjunta entre a Frencoop e o Sistema OCB na representação institucional e defesa dos interesses do cooperativismo no Congresso Nacional?

Primeiro, porque diminui a distância. Eu conheço muitos cooperativistas, visito algumas cooperativas, mas quando eu faço isso por meio do Sistema OCB, ganho muito mais repercussão e aderência. Recebemos mensagens de cooperativistas pedindo atenção especial a uma burocracia que inibe o trabalho da cooperativa, a uma norma que pode dificultar a adequação,  mas quando essa demanda chega em nome da organização ganha muito mais relevância. O Sistema OCB nos traz as boas notícias sobre o cooperativismo, e é nosso papel divulgá-las no Parlamento; e nos mostra os riscos para orientar a atuação da Frencoop em defesa das cooperativas. O Sistema OCB e as Organizações Estaduais são indispensáveis para dar qualidade ao nosso trabalho, nos orientar e assessorar para sermos os melhores defensores do cooperativismo no Congresso Nacional. 

Como as cooperativas podem participar mais ativamente do trabalho de mobilização pela aprovação de medidas favoráveis ao cooperativismo no Legislativo? 

Muitas vezes temos uma certa timidez, mas precisamos erguer a cabeça e falar mais alto do orgulho de sermos cooperativistas. As cooperativas promovem o desenvolvimento, diminuem as desigualdades, têm um trabalho social nas suas comunidades extraordinário. Nenhuma empresa faz o que uma cooperativa faz, e precisamos divulgar mais isso. Quando uma cooperativa faz uma campanha na sua cidade, é preciso relatar isso às autoridades. Tem que avisar o prefeito, os vereadores, os deputados, tem que avisar a Frencoop, porque nós também podemos participar e divulgar, sempre de forma apartidária. 

Então, em primeiro lugar, as cooperativas divulgarem o que fazem. Segundo, as cooperativas precisam divulgar a ação dos parlamentares. Por exemplo, em relação à nossa atuação na Reforma Tributária, acredito que a grande maioria dos cooperativistas e cooperados não sabe que havia uma grande ameaça ao cooperativismo e que ela foi evitada. Para que isso pudesse ocorrer, a OCB trabalhou incansavelmente, as Organizações Estaduais vieram à Brasília, se mobilizaram, falaram com os parlamentares, e  nós, os parlamentares com esse compromisso, conseguimos ser vitoriosos. É preciso comunicar tudo isso. Precisamos ser mais ousados e mais dispostos a falar em voz alta, com a cabeça erguida, sobre o cooperativismo. 

Que mensagem o senhor deixa para os cooperativistas brasileiros sobre os desafios e perspectivas para o cooperativismo em 2025?

Primeiro, parabéns. É um orgulho ver o cooperativismo tão diverso, atuando no setor de consumo e serviços, com as cooperativas de trabalho; de transporte, na saúde, no agro, no setor de educação, de infraestrutura, no crédito, e agora também no segmento de seguros. Parabéns pelo que vocês fazem, por gerar milhares de oportunidades, por incrementarem a economia e por permitir que as pessoas participem do resultado do seu trabalho. 

Temos um longo caminho ainda a ser percorrido. Nós já somos muitos, mas precisamos ser mais. Temos importância na economia, mas podemos ter uma relevância crescente e isso está ao alcance das nossas mãos. Fiquem certos de que eu, em nome de todas as deputadas e deputados, senadoras e senadores da Frencoop, agradeço o prestígio, o contato, a comunicação, os convites que vocês nos mandam sistematicamente. Quero assegurar a todos que vocês têm aqui no Parlamento brasileiro um conjunto de parlamentares, homens e mulheres, de todas as regiões do país, que tem entusiasmo e garra para defender o cooperativismo. Contem conosco neste Ano Internacional das Cooperativas.

Um ano de mobilização e resultados
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Um ano de mobilização e resultados

  • Artigo Secundário 3

Articulação, conquistas históricas e ampliação de mercados em 2024 consolidam papel do cooperativismo como agente transformador no Brasil

 

O ano de 2024 foi marcado por uma intensa e estratégica mobilização do Sistema OCB em prol do fortalecimento do cooperativismo brasileiro, tanto no cenário nacional quanto internacional. Por meio de uma agenda robusta de articulações, a Casa do Cooperativismo consolidou sua posição como referência em representatividade política e institucional, com avanços significativos em diversas frentes de atuação junto aos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e outras entidades tomadoras de decisões. Confira também as retrospectivas institucional e de representação política de 2024.

Mobilização garantiu conquistas na Reforma TributáriaEntre as conquistas, a mais significativa foi, sem dúvida, a inclusão das demandas do movimento na regulamentação da Reforma Tributária (PLP 68/2024), que teve seu texto final aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro. Considerada como a maior vitória da década, ela só foi possível em razão da mobilização feita pela entidade, as Organizações Estaduais e as cooperativas de todo o Brasil, em conjunto com as frentes parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA).

Inúmeras rodadas de debates e negociações com líderes partidários, parlamentares, autoridades do Poder Executivo e entidades representativas do setor produtivo foram necessárias durante a análise do projeto nas duas Casas Legislativas. “Foi o melhor presente que poderíamos receber para encerrar um ano desafiador e que exigiu muito diálogo, resiliência e união para que as especificidades do nosso modelo de negócios fossem respeitadas”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. “Foi um trabalho de mobilização sem precedentes e que, com certeza, resultou em importantes frentes de aproximação  com todos os atores envolvidos”, acrescentou Tania Zanella, superintendente da entidade.

Os pleitos do cooperativismo atendidos na nova legislação incluem a dedução integral dos custos com repasses de honorários aos cooperados de operadoras de planos de saúde; a definição de hipóteses de redução de alíquota nas operações entre cooperativa e cooperado; a preservação da não cumulatividade entre singulares e centrais; a não incidência tributária sobre o beneficiamento realizado pela cooperativa; a menção expressa de não incidência tributária nos repasses aos cooperados em cooperativas prestadoras de serviços; a possibilidade de aplicação cumulativa do regime das cooperativas com regimes diferenciados e específicos de cada setor; a não incidência tributária de juros e remuneração pagas ao capital por cooperativas; e a possibilidade de diferimento na aquisição de insumos do produtor rural por cooperativas.

Deputado Arnaldo JardimPresidente da Frencoop, o deputado Arnaldo Jardim (SP), também ressaltou a importância da conquista e da mobilização realizada. “É uma alegria poder comemorar os resultados positivos do cooperativismo na regulamentação da Reforma Tributária. Fizemos a defesa do movimento em todas as etapas do processo no Congresso Nacional. Reconhecer o ato cooperativo e os demais pleitos do modelo de negócios é compreender a profundidade dessa forma de organização que gera prosperidade, distribui oportunidades e cria renda de forma mais igualitária”, disse.

 

Mercado de seguros

Outra conquista significativa decorrente da mobilização do movimento em 2024 foi a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 143/2024, que abre caminho para que as cooperativas ampliem sua atuação no mercado de seguros, o que democratiza o acesso ao seguro e torna o mercado mais acessível e competitivo. Com a sanção presidencial, as cooperativas poderão atuar em todos os ramos de seguros privados, exceto capitalização e repartição de capitais de cobertura. Entre os principais pontos da norma, destacam-se a possibilidade de operação com resseguro e cosseguro, a estruturação em cooperativas singulares, centrais e confederações, além da proporcionalidade na regulação, considerando o porte e os riscos das instituições.

“A medida estabelece um regime jurídico inclusivo e, ao mesmo tempo, consistente para o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP). Criamos condições para que as cooperativas e associações de proteção veicular e de benefícios mútuos possam dispor de maior segurança jurídica para sua atuação”, afirmou o deputado Vinicius de Carvalho (SP), relator do projeto na Câmara dos Deputados. No Senado, a relatoria ficou a cargo do senador Weverton (MA). “A medida leva proteção a milhões de brasileiros que hoje não conseguem acessar esse tipo de serviço. Ela equilibra inovação, inclusão e responsabilidade, promovendo um avanço necessário para o país”.

 

Telecom por cooperativas

O Projeto de Lei (PL) 1.303/2022, que assegura a prestação de serviços de telecomunicações por cooperativas, foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Esse foi mais um avanço importante para o cooperativismo brasileiro, que aguarda com ansiedade a aprovação final da matéria que agora está sob análise da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT), onde será apreciado em decisão terminativa.  

Para o senador Eduardo Gomes (TO), membro da Frencoop e relator da matéria na CAE, a medida trará resultados positivos para o país. “Recorrer ao cooperativismo para atingir esses objetivos nos parece extremamente meritório. Há diversos setores, inclusive de infraestrutura, nos quais as cooperativas desempenham grande papel econômico e social. Um exemplo são as cooperativas que atuam com geração e distribuição de energia elétrica, responsáveis por atender mais de 800 municípios brasileiros. Essa mesma atuação não tem sido possível no setor de telecomunicações”, destacou.

 

Segurado Especial

A aprovação do Projeto de Lei (PL) 1.754/2024, que garante a manutenção da condição de segurado especial da Previdência Social para cooperados que exerçam atividades remuneradas em órgãos diretivos nas cooperativas também foi motivo de muita comemoração para o movimento. Ele garante que a associação à cooperativa não descaracteriza a condição de segurado especial, concedida ao trabalhador que exerce sua atividade majoritariamente no campo. A proposta tramitou por mais de 15 anos no Congresso Nacional e contou com forte mobilização do Sistema OCB para sua aprovação. O texto final, já sancionado e transformado na Lei 15.072/2024, foi relatado no Senado Federal pelo senador Flávio Arns (PR), e contou com intensa articulação do Sistema OCB, da Contag e de parlamentares, com reuniões junto ao governo e representantes ministeriais.

 

Crédito

Fruto de diálogo permanente com o Banco Central, a mobilização do Sistema OCB teve papel fundamental na regulamentação da Lei Complementar 196/2022, que modernizou a legislação do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). A partir das resoluções CMN 5.131/2024 e 5.139/2024, foram realizados aprimoramentos nas regras de governança e gestão das cooperativas de crédito, além de atualizações no funcionamento e a organização sistêmica do segmento.

Já a resolução CMN 5.146/2024 possibilitou a adoção da metodologia completa de provisionamento de risco para cooperativas filiadas a sistemas, reduzindo riscos econômicos e regulatórios para todo o segmento. Além disso, o cooperativismo de crédito comemorou a ampliação do Programa de Capitalização das Cooperativas (Procapcred), no montante de R$ 3,6 bilhões, com melhores condições de aceso, aumento do limite de financiamento por cooperado e ampliação do público-alvo.

As medidas, fruto de parceria entre o Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES), fortaleceram o setor ao simplificar o acesso aos recursos e beneficiar especialmente as regiões Norte e Nordeste.

 

Pronampe Solidário

Já a sanção da Lei 14.981/2024, que incluiu cooperativas de crédito na operacionalização do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para conceder crédito a pequenos empresários do Rio Grande do Sul afetados por desastres climáticos, representou mais  um exemplo claro do impacto social que o cooperativismo e sua mobilização pode proporcionar, especialmente em momentos de crise. No mesmo sentido, a Portaria MF 1.267/2024 definiu os critérios de alocação dos recursos, garantindo maior acesso a pequenos empresários impactados no estado, por meio das cooperativas de crédito.

 

Sustentabilidade

A agenda de sustentabilidade do Sistema OCB continuou forte em 2024. A entidade coordenou, em parceria com o Instituto Pensar Agro (IPA), discussões sobre políticas públicas ambientais. Em um contexto mais amplo, o cooperativismo ganhou relevância no debate sobre a transição energética e a proteção ambiental.

Mercado de carbonoA sanção das Leis 15.042/2024 e 14.993/2024, que regulamentam o mercado de carbono e o programa Combustível do Futuro, respectivamente, trazem oportunidades relevantes para as cooperativas. Um dos pontos cruciais sobre o mercado de carbono é a exclusão das atividades agropecuárias primárias do setor regulado, evitando altos custos de conformidade para pequenos agricultores. Além disso, indústrias e cooperativas poderão utilizar o balanço líquido de emissões, com remoções de carbono em áreas rurais para cumprir obrigações ambientais. Já o Combustível do Futuro estabelece incentivo ao uso de matérias-primas produzidas pela agricultura familiar na geração de biocombustíveis. A iniciativa permite que as cooperativas dos setores de soja, milho, cana-de-açúcar, proteína animal, dentre outros, possam se consolidar na geração de energia limpa.

Além disso, o Congresso aprovou o Programa de Aceleração da Transição Energética (PL 327/2021) e o Marco Legal dos Bioinsumos (PL 658/2021). Ambos promovem a inovação e criam oportunidades para que as cooperativas contribuam ativamente para um futuro mais sustentável reforçando o compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento socioambiental.

Ainda, na Câmara dos Deputados, o Sistema OCB atuou fortemente pela aprovação do PL 1.800/2021, que garante incidência zero do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre as atividades de reciclagem. Após aprovação na CCJC da Câmara, a matéria seguiu para análise do Senado Federal, onde aguarda votação do relatório favorável apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (RS) na Comissão de Meio Ambiente (CMA).

 

Saiba Mais:

 

 

2024: o cooperativismo rumo ao ano internacional
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O cooperativismo rumo ao ano internacional

  • Artigo Secundário 1

Estratégia, sustentabilidade, inovação e solidariedade traçaram protagonismo no cenário global

 

Ao longo de 2024, o Sistema OCB buscou consolidar ainda mais o cooperativismo brasileiro como um motor de transformação econômico e social no país. O ano foi repleto de eventos marcantes, conquistas históricas e campanhas inspiradoras, que compuseram uma trajetória de fortalecimento, reconhecimento e planejamento estratégico para o futuro do movimento. Confira também as retrospectivas de representação política e das conquistas legislativas.

Ano Internacional das CooperativasCom o anúncio de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o cooperativismo passou a ocupar um espaço central na agenda global. O marco é considerado uma oportunidade única para reafirmar a contribuição do modelo de negócios para o desenvolvimento sustentável, para a construção de comunidades mais resilientes e para fortalecer políticas públicas em benefício das sociedades ao redor do Brasil e do mundo. Por isso, o Sistema OCB preparou uma série de ações que promete consolidar ainda mais a força do movimento no país (veja gráfico abaixo).

Guiado por seus sete princípios, o movimento se mobilizou para promover os valores de gestão democrática, intercooperação e interesse pela comunidade, entre outros, tanto em nível nacional como regional e local. O Sistema OCB também esteve à frente, durante todo o ano, para garantir que as pautas prioritárias do setor fossem discutidas e atendidas nos fóruns locais e internacionais.

Congresso Brasileiro do CooperativismoEventos emblemáticos, como o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo, e o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) marcaram o ano. A agenda destacou temas como o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na regulamentação da Reforma Tributária e contou com a presença de autoridades de peso, como o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, ministros e parlamentares, que reforçaram a relevância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do país.

O 15º CBC reuniu cerca de 3 mil líderes cooperativistas e definiu 25 diretrizes estratégicas prioritárias para guiar o movimento até 2030. A Jornada de Soluções, uma das ativações do evento, apresentou iniciativas como o SomosCoop, o ESGCoop e o InovaCoop, enquanto temas como economia verde e inclusão reforçaram o papel das cooperativas na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.

Outro ponto alto do Congresso foi o lançamento do livro O Futuro é Coop, da escritora e pensadora digital, Martha Gabriel. Segundo ela, o cooperativismo precisa ser difundido como um modelo de negócios capaz de moldar um futuro mais inclusivo, equitativo e sustentável. "O coop não é apenas uma opção viável, mas sim o caminho para uma economia verdadeiramente justa e preocupada com o meio ambiente e a sociedade".  


Números

Em julho, a divulgação do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024 revelou números expressivos. O movimento chegou a 23,45 milhões de cooperados no país, gerou 550.611 empregos e movimentou R$ 692 bilhões em 2023, com ativos totais superiores a R$ 1,16 trilhão. No comércio exterior, as cooperativas brasileiras alcançaram US$ 8,3 bilhões em exportações.

Pesquisa FipeAlém disso, estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com o Sistema OCB e o apoio do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco) avaliou o impacto das cooperativas de crédito na sociedade e apontou que cada R$ 1,00 concedido em crédito gerou R$ 2,56 em atividade econômica. Em termos de PIB per capita, os municípios que contam com cooperativas de crédito registraram um incremento de R$ 3.852 por habitante, equivalente a 10% da média nacional de 2021.

Com mais de 750 cooperativas e 17,3 milhões de associados, o Ramo Crédito segue sendo fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Nos municípios com essas instituições, o estudo verificou uma redução de 20,5 famílias por mil habitantes no Cadastro Único e de 24,8 famílias no Programa Bolsa Família. Além disso, o número de matrículas e de concluintes no Ensino Superior soma 3,2 a mais por mil habitantes (24,1% da média nacional) e de mais 0,22 concluintes (13% da média).


Mundo melhor

Prêmio SomosCoop Melhores do AnoA 14ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, com a divulgação dos vencedores em dezembro, contemplou as cooperativas que mais se destacaram nas áreas de Comunicação, Cidadania, Cultura, Meio Ambiente, Inovação e Intercooperação, além de homenagear jornalistas e veículos de comunicação que divulgaram as boas práticas do movimento.

O Dia C e o Dia Internacional do Cooperativismo 2024 (#CoopsDay), celebrados em julho, reafirmaram a importância do coop na promoção de um futuro sustentável e na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). As cooperativas, sempre focadas no interesse pela comunidade, promoveram diversas ações de responsabilidade social e cidadania em todo o Brasil.

O Sistema OCB também se dedicou às comemorações do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), que ressaltou o papel transformador dessas instituições na promoção da inclusão financeira, na geração de renda e prosperidade nas comunidades onde estão presentes.

E, diante dos desafios enfrentados pelo Rio Grande do Sul, o cooperativismo demonstrou sua força com campanhas solidárias que mobilizaram cooperativas em todo o país. Juntos fazemos a diferença foi o mote da campanha que uniu diversas entidades do sistema produtivo com o objetivo de divulgar ações que contribuíram para a reconstrução do estado. Já a campanha Adote Uma Escola, que fez parte do projeto Recupera Coopera RS trabalhou para transformar a devastação provocada pela tragédia em força para reconstruir as escolas gaúchas.

Também foi lançada a nova campanha SomosCoop, com o tema central O cooperativismo é um bom negócio. Bora cooperar? A iniciativa buscou divulgar as vantagens e a viabilidade do modelo cooperativista, que se apresenta como uma solução de negócios acessível e com impactos positivos para as pessoas e as comunidades. O objetivo, então, foi o de reforçar os benefícios econômicos e sociais do cooperativismo.

A terceira temporada do SomosCoop na Estrada levou a jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski, para Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso, Paraíba, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Juntas, as três edições da websérie já somam mais de 24 mil quilômetros rodados, 360 horas de viagem e 21 cooperativas visitadas. Cada episódio retrata o impacto do cooperativismo na vida das pessoas e comunidades, com histórias emocionantes e inspiradoras de transformações e cooperação.  

 

Percepção

Divulgados em abril, os resultados da Pesquisa de Imagem do Cooperativismo, apontaram que 88% dos brasileiros percebem o movimento como moderno e inovador. Uma em cada quatro pessoas reconheceram a marca SomosCoop, comprovando o impacto positivo do cooperativismo no país. Além disso, 18% dos entrevistados associaram o cooperativismo à união, aliança e soma de esforços, enquanto 16% relacionaram o movimento à ajuda, apoio e auxílio mútuo. Em sua segunda edição, a pesquisa contou com a participação de 11.522 respondentes.

Já a Pesquisa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro, revelou um aumento na conscientização das cooperativas sobre a importância de inovar e apontou que, entre as participantes, 80% informaram ter introduzido inovações em seus processos, com uma média de 3,6 projetos cada, com destaque para os Ramos Crédito e Saúde, que tiveram 5,8 e 3,9 projetos implementados respectivamente. Cerca de 70% das cooperativas participaram de cursos ou programas de treinamento voltados para a inovação. A pesquisa recebeu mais de mil respostas de membros das cooperativas dos sete ramos de atividades e dos 27 estados da federação.

 

Agenda Internacional

O Sistema OCB também manteve forte presença no cenário internacional e participou de diversas reuniões da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), além de feiras e missões internacionais. As participações reforçaram o protagonismo do coop no mundo e a troca de experiências com cooperativas de outros países. Essas ações promoveram e resultaram em parcerias que ampliaram o impacto do movimento em diferentes partes do globo.

COP29A COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, evidenciou o protagonismo das cooperativas brasileiras na promoção da sustentabilidade. As cooperativas brasileiras participaram de painéis sobre combate às mudanças climáticas no setor agrícola e finanças sustentáveis. O intuito foi destacar a atuação do cooperativismo como um instrumento de combate às mudanças do clima. O evento foi uma oportunidade para demonstrar como as cooperativas brasileiras estão na vanguarda de quesitos como responsabilidade social, ambiental e econômica.

O Sistema OCB garantiu, ainda, a presença do cooperativismo nas discussões do G20, com apoio da ACI. Como patrocinador institucional, a entidade participou da Cúpula do Business 20 (B20), que reuniu mais de 1 mil representantes do setor privado dos países do G20 e se envolveu em quatro forças-tarefa, com contribuições para os grupos de trabalho de Comércio e Investimentos; Emprego e Educação; Transição Energética e Clima; e Sistemas Alimentares Sustentáveis e Agricultura.

Em outubro, o Sistema OCB recebeu o Communiqué das Juventudes do G20, documento que sintetizou as propostas e demandas do Y20, fórum oficial de diálogo entre jovens líderes dos países-membros. Os debates do fórum contaram com a participação de Alana Adinaele, coordenadora do Comitê Nacional de Jovens do Sistema OCB, o Geração C, que contribuiu com sugestões do movimento na elaboração do documento.

A 112º Conferência Internacional do Trabalho, evento promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) anualmente em Genebra, na Suíça, contou, pela primeira vez, com a participação do Sistema OCB, por meio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNPCoop). Como observadora, a entidade acompanhou especialmente os debates das comissões de trabalho decente e de proteção contra riscos biológicos. Foram apresentadas sugestões para alinhamento de decisões antes das votações para dar suporte as decisões do delegado que representou o Brasil na conferência.   


Futuro do coop

Em um processo eleitoral marcado pela transparência e democracia, foram definidos os novos membros da Diretoria, do Conselho Fiscal e do Conselho de Ética do Sistema OCB. Esses profissionais foram escolhidos para conduzir os destinos do movimento nos próximos quatro anos, com o compromisso de impulsionar ainda mais a relevância do modelo de negócios no Brasil. A comissão eleitoral, presidida por Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, garantiu que as votações fossem realizadas de forma justa e com ampla participação do setor.

O ano de 2024 também foi marcado pelo evento Eleva, que reuniu os colaboradores das unidades nacionais e estaduais do Sistema OCB para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do cooperativismo e destacou a importância da coletividade e da caminhada rumo à índices de qualidade cada vez mais elevados no ambiente de trabalho cooperativista. Durante o encontro, foram abordados tópicos como liderança, inovação, gestão de projetos, comunicação eficaz, além de desenvolvimento pessoal e profissional. A iniciativa é um compromisso do Sistema OCB com a capacitação e o fortalecimento das suas equipes de trabalho e com o objetivo de impulsionar o cooperativismo rumo a um futuro de crescimento e sustentabilidade.

Em busca de fomentar a cultura da inovação nas cooperativas brasileiras, o Sistema OCB trabalhou intensamente com a plataforma Inovacoop. O objetivo é proporcionar ferramentas e conteúdo que incentivem cada vez mais o processo de aprendizagem e desenvolvimento da inovação no setor. Em 2024, a plataforma entregou uma série de cursos, análises e cases de sucesso, que ajudou as cooperativas a implementar mudanças significativas em seus processos internos e a aumentar sua competitividade no mercado.

Projetos como o Jogar+Aprender, parte do eixo estratégico CulturaCoop, introduziram ferramentas educativas para ensinar valores cooperativos às novas gerações e a plataforma CapacitaCoop celebrou mais de 100 mil matrículas concluídas, formando lideranças e equipes preparadas para os desafios do futuro.

O Sistema OCB também reforçou seu compromisso com o meio ambiente por meio do Programa ESGCoop, que lançou a Solução Neutralidade de Carbono, um marco na estratégia de descarbonização do setor. O trabalho do Grupo de Trabalho ESGCoop avançou no desenvolvimento de indicadores globais de sustentabilidade e consolidou um futuro ESG para o cooperativismo brasileiro.

Confira no infográfico abaixo mais detalhes sobre as ações previstas pelo Sistema OCB para o Ano Internacional das Cooperativas: 

 

Ano Internacional das Cooperativas

 
Saiba Mais:

 

 

Representatividade do Sistema OCB avança em 2024
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Representatividade do Sistema OCB avança em 2024

  • Artigo Secundário 2

Reconhecimento global e ações de impacto local consolidam representação da entidade na promoção do cooperativismo

 

Representatividade do Sistema OCB na conferência global da ACIA promoção do cooperativismo brasileiro esteve no centro das atenções do trabalho de representação institucional e política do Sistema OCB em 2024. A entidade liderou diversas ações estratégicas que reafirmaram a força e a relevância do modelo cooperativista nos cenários nacional e global. Fortalecimento da sustentabilidade, inclusão financeira, articulações internacionais e reconhecimento dos benefícios proporcionados pelo modelo de negócios pautaram a atuação da entidade para destacar ainda mais o movimento como um motor capaz de transformar realidades e construir um futuro mais justo e sustentável para todos. Confira também as retrospectivas institucional e de conquistas legislativas de 2024.

Em um período repleto de desafios e oportunidades, iniciativas como a participação na Conferência Global da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), o protagonismo na COP29 e a liderança em projetos de impacto, como o Conhecer para Cooperar – Ramo Crédito e o Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa, consolidaram o cooperativismo brasileiro como referência global. O ano de 2024 também foi marcado por parcerias internacionais, que ampliaram o alcance e o impacto das cooperativas brasileiras em áreas como o agronegócio, as finanças sustentáveis e a energia renovável.

 

Protagonismo

Uma das iniciativas de maior representativiade foi a participação do Sistema OCB na Conferência Global da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em Nova Delhi, Índia. Durante o evento, o Sistema OCB foi peça-chave na criação de um Grupo de Trabalho voltado para o reconhecimento de sítios históricos do cooperativismo, alinhado à estratégia 2025 da entidade de representação máxima do cooperativismo no mundo.

Representatividade do Sistema OCB no Fórum político da ONUO Sistema OCB também esteve presente no Fórum Político da ONU, participando do lançamento preliminar do Ano Internacional das Cooperativas 2025 (IYC2025). Durante o evento, a gerente-geral, Fabíola Nader Motta, destacou o papel do cooperativismo brasileiro na promoção de soluções econômicas sustentáveis. Na ocasião, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que o tema do Ano Internacional será Cooperativas Constroem um Mundo Melhor, afirmação que destaca a relevância global do cooperativismo como instrumento para a transformação social e econômica.

 

Sustentabilidade

Jornada rumo à COP29Na esfera ambiental, a Jornada rumo à COP29 mobilizou lideranças para conhecer cooperativas no Acre e em Minas Gerais, ressaltando o impacto do cooperativismo na construção de comunidades inclusivas e sustentáveis. Durante a COP29, o Sistema OCB reforçou sua representativiade ao destacar o papel do modelo de negócios como vetor de sustentabilidade em debates globais sobre mudanças climáticas em dois painéis temáticos que destacaram as ações das cooperativas de crédito na promoção de finanças verdes; bem como os projetos desenvolvidos pelas cooperativas agro que garantem maior produtividade e preservação do meio ambiente.  

Outro marco importante de representatividade foi a participação do Sistema OCB na 22ª Semana de Sustentabilidade do BID Invest, em Manaus. O evento promoveu discussões sobre bioeconomia e inclusão na Amazônia, conectando cooperativas brasileiras a investidores internacionais. A entidade também teve destaque significativo na Cúpula do B20, realizada em São Paulo, onde representantes de várias nações e entidades debateram sobre Crescimento Inclusivo para um Futuro Sustentável.

 

Crédito

Conhecer para cooperar na AlemanhaA segunda edição do Projeto Conhecer para Cooperar – Ramo Crédito ampliou o intercâmbio de melhores práticas do segmento no Brasil e no exterior. Em sete etapas, a iniciativa promoveu visitas a cooperativas e instituições financeiras, com destaque para o aprendizado na Alemanha.

O projeo busca ampliar o conhecimento sobre o modelo de negócios e propiciar maior aproximação entre o segmento e o poder público a partir de um relacionamento de confiança. O aprendizado e a troca de conhecimentos oferecidos alavancam a formação de redes de debates e de oportunidades fundamentais para aprimorar a base normativa do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e o processo de funcionamento do cooperativismo de crédito como um todo.

O reconhecimento internacional do segmento também veio com a inclusão de duas instituições brasileiras, Sicoob e Cresol, no Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu). Além disso, o Sicredi, membro direto do Woccu há mais de 20 anos, também celebrou a reeleição de seu representante no Conselho. O anúncio aconteceu durante a Conferência Mundial de Cooperativas de Crédito, realizada em Boston, nos Estados Unidos.

 

Visibilidade

Representatividade do Sistema OCB no IcaoA atuação ativa do Sistema OCB na Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias (ICAO) resultou em avanços como a criação de um programa de intercâmbio técnico e a realização de um seminário internacional em Roma, em parceria com a FAO.

O Sistema OCB também participou pela primeira vez da Conferência Internacional do Trabalho, evento promovido anualmente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suíça. A conferência reuniu representantes de governos, empregadores e trabalhadores de 187 países. Por meio da presença de representantes da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), o cooperativismo brasileiro se alinhou às pautas globais de trabalho decente e proteção social.

Já no âmbito das energias renováveis, o Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa, organizado em parceria com a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV), reforçou o potencial das cooperativas no setor energético.

 

Fortalecimento

IPANo campo agropecuário, a eleição de Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, para a presidência do Instituto Pensar Agropecuário (IPA), consolidou o protagonismo das cooperativas brasileiras, responsáveis por mais de 50% da produção de grãos do país. Ela comandará a entidade até o final de 2027.

O IPA é formado por 59 entidades do setor agropecuário e  tem como objetivo defender os interesses da agricultura e prestar assessoria técnica à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Uma das principais metas de sua gestão será em torno da unicidade do setor agrícola. “O momento é de união. De juntar forças, arregaçar as mangas e trabalhar pelo fortalecimento do agro em parceria com os deputados, senadores, o Judiciário, o governo federal e a sociedade”, afirmou Tania.

Além disso, o Sistema OCB liderou iniciativas de intercooperação no Mercosul, como a criação do CoopSul, uma aliança estratégica entre cooperativas do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina, fortalecendo a integração regional.

 

Reconhecimento

Prêmio CNAO presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi agraciado com o Prêmio CNA Agro Brasil 2024, na categoria Distinção, por sua liderança em prol do cooperativismo, com foco especial em pequenos e médios produtores rurais, e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável do  segmento no Brasil.

“Voz ativa na busca por políticas públicas favoráveis à atividade agropecuária, que ajuda a moldar discussões sobre crédito rural, logística e exportação de produtos agrícolas, Márcio soma esforços para valorizar a competitividade e a qualidade dos nossos produtos agropecuários e, assim, ampliar o papel das cooperativas brasileiras nos mercados internacionais”, declarou João Martins, presidente da CNA durante a premiação.

 

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Ano Internacional das Cooperativas: agente transformador global
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Ano Internacional das Cooperativas: agente transformador global

  • Artigo Secundário 2

Resolução da ONU promove o movimento como um modelo de negócios inclusivo e sustentável

 

Aliança Cooperativa Internacional lança o Ano Internacional das CooperativasA Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, por unanimidade, a resolução que declara 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas (IYC 2025). O reconhecimento destaca o papel do cooperativismo no desenvolvimento das comunidades, na promoção de inclusão social, sustentabilidade e justiça social, além de ser uma solução eficaz para os desafios sociais, econômicos e ambientais globais.

 O documento da declaração também reforça a importância das cooperativas na erradicação da pobreza, na promoção da igualdade de gênero, no empoderamento de grupos marginalizados, como mulheres, pessoas com deficiência, povos indígenas e na luta contra a fome e a desigualdade.

Com a decisão, a ONU incentiva seus 195 países-membros a fortalecer as cooperativas, com foco no aspecto institucional e em políticas públicas que possam facilitar o acesso a recursos, tecnologias e apoio governamental. A expectativa é que o movimento seja reconhecido cada vez mais pelo seu impacto positivo, especialmente na inclusão econômica e social. 

 

Lançamento oficial

A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu Cooperativas Constroem um Mundo Melhor como tema para o Ano Internacional das Cooperativas, com destaque para o impacto global e duradouro do modelo econômico. Esse tema visa evidenciar o cooperativismo como uma solução essencial para superar desafios globais, como escassez de recursos e mudanças climáticas, além de acelerar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com foco no combate à pobreza, promoção de trabalho decente e crescimento econômico sustentável.

O lançamento oficial começa hoje, em Nova Delhi, na Índia, durante a Conferência Cooperativa Global e a Assembleia Geral da ACI, que vai acontecer durante os dias 25 a 30 de novembro reunirá líderes globais e cooperativistas para celebrar as conquistas e discutir ações futuras para o fortalecimento do coop.

 

Atuação do Sistema OCB e das cooperativas do Brasil

Como representante de mais de 4 mil cooperativas brasileiras, a entidade celebrou a aprovação da ONU com entusiasmo no lançamento preliminar do IYC 2025, durante o Fórum Político de Alto Nível da ONU, em Nova York. O evento, transmitido ao vivo, contou com a presença da gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.

Para ela, essa representatividade é uma oportunidade única de mostrar a força do cooperativismo brasileiro no cenário internacional. “Nosso modelo de negócios, centrado na cooperação e sustentabilidade, contribui de forma significativa para o desenvolvimento socioeconômico de inúmeras comunidades. A presença de uma cooperativa incrementa em 18,5% o PIB per capita em comparação com um município de tamanho semelhante onde não há uma cooperativa. Isso demonstra seu impacto positivo no desenvolvimento econômico”, afirmou. 

Ela também ressaltou o papel do Sistema OCB na promoção de inclusão econômica e justiça social, destacando o privilégio de representar as cooperativas brasileiras no coração da comunidade internacional. “Com o apoio da ONU e de organizações internacionais, podemos promover juntos a resiliência, a inclusão social e a gestão ambiental”, concluiu.

Comitiva do cooperativismo brasileiro no lançamento do Ano Internacional das Cooperativas, durante a Conferência Cooperativa Global da ACIComitiva do cooperativismo brasileiro no lançamento do Ano Internacional das Cooperativas, durante a Conferência Cooperativa Global da ACIPara aproveitar ao máximo o potencial de expansão que o Ano Internacional das Cooperativas pode oferecer, o Sistema OCB preparou uma série de ações e iniciativas estratégicas. Como parte desse movimento, a marca oficial lançada pela ONU foi traduzida para o português e já está disponível na  página criada para reunir todas as informações e materiais que podem ser usados pelas Organizações Estaduais (OCEs) e cooperativas de todo o Brasil.

As ações do Sistema OCB estão planejadas em três eixos. Um voltado para comunicação, engajamento e eventos, com foco em destacar o impacto positivo das cooperativas e ampliar a visibilidade do modelo de negócios; outro voltado para o legado e história do cooperativismo, com iniciativas culturais e históricas que irão reforçar a importância das coops e celebrar sua trajetória e identidade, e outro eixo para a parte de sustentabilidade e boas práticas ESG, com o objetivo de consolidar o cooperativismo como um setor responsável, por meio de  ações positivas para o meio ambiente e a sociedade.

Toda comunidade coop está convidada a participar da divulgação do Ano Internacional das Cooperativas e poderá utilizar a marca oficial por meio dos materiais disponíveis na landing page do Sistema OCB, além de participar ativamente nas redes sociais, com o compartilhamento de conteúdos do perfil @somoscoop. E, ao longo de 2025, as coops poderão acessar novos conteúdos e materiais e disponíveis na Central da Marca SomosCoop.

 

Sustentabilidade

Além de sua contribuição econômica e social, o cooperativismo se destaca no debate sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. Durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão, dois paineis de destaque abordaram o papel das cooperativas em soluções sustentáveis: Cooperativismo e finanças sustentáveis e O Papel do cooperativismo no combate às mudanças climáticas.

Para a COP30, que ocorrerá no Brasil, em Belém (PA), em 2025, as expectativas são ainda maiores. O Sistema OCB planeja intensificar sua presença nas discussões sobre desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas, com destaque para as iniciativas das cooperativas brasileiras e sua contribuição para práticas ambientais que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a sociedade.

Confira no infográfico abaixo mais detalhes sobre as ações previstas pelo Sistema OCB para o Ano Internacional das Cooperativas: 

 Ano Internacional das Cooperativas

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Roberto Rodrigues faz análise sobre 2024 e projeta 2025
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Roberto Rodrigues faz análise sobre 2024 em publicação da Forbes

  • Artigo Secundário 3

 

Um dos maiores nomes do cooperativismo mundial, Roberto Rodrigues, compartilhou na Forbes, no dia 1º de dezembro, uma análise geral sobre os desafios e conquistas do setor agropecuário em 2024, bem como a sua visão para o ano de 2025.

Com uma carreira que mescla experiência acadêmica, agrícola e cooperativista, Roberto é conhecido por sua trajetória de liderança e por seus diversos trabalhos publicados sobre agricultura e economia rural. Engenheiro agrônomo formado pela USP, ele também foi Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, em 2012, recebeu o título de Embaixador do Cooperativismo pela ONU.

No artigo intitulado Que venha 2025!, ele reflete sobre o ano que se encerra e destaca os obstáculos enfrentados pelo agronegócio brasileiro e, também, as vitórias que demonstram a resiliência do setor. 

 

Confira a íntegra do artigo a seguir: 

Que venha 2025!

Lá se vai 2024, com suas alegrias e tristezas; vitórias para uns, derrotas para outros.

Para o agro, um ano difícil. O desastre climático do Rio Grande do Sul foi a maior tragédia de todas.

No entanto, trouxe um lado positivo: o heroísmo e a grandeza do povo gaúcho na campanha pela reconstrução do estado, com a solidariedade do Brasil inteiro. Esse foi um exemplo de nacionalismo que deve orgulhar a toda gente, de norte a sul.

O El Niño foi outro problema que afetou diferentemente as diversas regiões do país. A seca acabou determinando perdas de produtividade e de produção, que, associadas aos menores preços das commodities agrícolas, trouxeram prejuízos pesados a milhares de agricultores.

Incêndios criminosos em diversos estados (sobretudo em áreas de cana-de-açúcar e pas-tagens) atingiram reservas florestais, causando tremendos danos financeiros e ambientais. Invasões de terra, notadamente no Paraná, trouxeram de volta a insegurança jurídica no campo, que já não deveria ser um tema de discussão, mas ainda é, por mais absurdo que pareça.

Questões geopolíticas geraram incertezas quanto ao futuro do comércio agrícola inter-nacional. A reeleição do presidente Trump nos Estados Unidos e seu relacionamento com as organizações multilaterais (como OMC, por exemplo) terá refiexos no mercado? O acordo União Europeia/Mercosul vai mesmo funcio-nar?

No entanto, apesar desses pontos complicados e de outros de caráter político e/ou jurídico interno, temos boas coisas a celebrar.

A primeira foi a reação muito positiva do Ministério da Agricultura e dos produtores rurais a uma tola manifestação do presidente da Rede Carrefour, atribuindo baixa qualidade à carne brasileira. Do lado político, o ministro Fávaro se posicionou com vigor ao lado da verdade - a alta qualidade da carne aqui produzida -, cumprindo seu papel com firme-za. Do lado econômico, o setor privado reagiu igualmente com precisão, cortando imediatamente o fornecimento de carne ao Carrefour, que mais do que depressa se desculpou pela besteira infantil. Esse caso mostrou que estamos maduros para responder a agressões indevidas.

Outro ponto relevante: a Frente Parlamentar da Agropecuária reelegeu para mais um mandato a excelente direção do bravo deputado Pedro Lupion, com a vice-pre-sidência, no Senado, da grande heroína do agro brasileiro Tereza Cristina e, na Câmara Federal, o igualmente combativo deputado Arnaldo Jardim. Com a eleição da brilhante superintendente da OCB, Tania Zanella, para a presidência do Instituto Pensar Agro, o agro terá em Brasília um "escudo" poderoso e respeitado para garantir uma boa atuação na defesa dos grandes temas que importam ao setor. Assim será a criação de um Seguro Rural digno do agro brasileiro, o debate sobre o marco temporal, a reciprocidade ambiental para o comércio internacional, a nova legislação sobre invasão de terras, a reforma tributária e uma ampla agenda de interesse do agronegócio.

Que venha 2025! O agro está pronto para recebê-lo. 

"Incêndios criminosos em diversos estados (sobretudo em áreas de cana-de-açúcar e pastagens) atingiram reservas florestais, causando tremendos danos financeiros e ambientais."

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Cooperativas de energia impulsionam transformação com o Projeto Sandbox Tarifário
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Coops de energia impulsionam transformação com Sandbox Tarifário

  • Artigo Secundário 2

Iniciativa oferece aos consumidores de baixa tensão uma vivência prática do Mercado Livre de Energia

 

O projeto Sandbox Tarifário, desenvolvido pelas cooperativas de energia Coprel, Cerbranorte, Certaja e Certel, causou grande impacto no setor energético devido à sua proposta inovadora e aos benefícios que pode proporcionar aos consumidores. 

Com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), a iniciativa visa estudar o comportamento dos consumidores durante a transição para o Mercado Livre de Energia, com atenção às reações de variáveis como fontes de energia e preços. O case, que já é visto como um sucesso, é o primeiro projeto desenvolvido pelo Ramo Infraestrutura do Sistema OCB. 

Inspirado no conceito de Sandbox da tecnologia, que cria um ambiente seguro e controlado para experimentação, o projeto oferece, aos consumidores de baixa tensão, a oportunidade de simular a contratação de energia elétrica no Mercado Livre de maneira prática, o que permite a exploração de diferentes produtos e tarifas das comercializadoras desse setor. 

O experimento irá abranger 3.150 unidades consumidoras, com consumo médio superior a 350 kWh/mês, e se estenderá até 2025. Durante esse período, os dados coletados irão fornecer uma compreensão profunda dos fatores que influenciam as escolhas dos consumidores na contratação de energia.

Os participantes poderão testar novos modelos de contratos, com personalização de acordo com suas necessidades e preferências, antes da plena abertura do mercado, prevista para 2027/2028. Esse ambiente controlado permite que os consumidores experimentem o Mercado Livre de Energia de forma simples e sem riscos, com aquisição de familiaridade ao conceito e tomada de decisões mais informadas sobre seu consumo. Isso possibilita, de forma potencial, a redução de custos e a conquista de maior flexibilidade na contratação.

Além de seu caráter prático, o projeto Sandbox Tarifário também desempenha uma função educativa, que permite aos consumidores uma melhor compreensão do funcionamento do mercado por meio de uma abordagem transparente e acessível. 

Para as cooperativas envolvidas, a iniciativa representa uma oportunidade única de oferecer benefícios tangíveis aos cooperados, ao mesmo tempo em que se posicionam como líderes em inovação. 

A análise dos dados coletados ao longo do experimento vai permitir o desenvolvimento de novos produtos e serviços mais alinhados às necessidades dos consumidores e do mercado, para que consolide a posição das cooperativas como referências no setor de energia e as prepare para a evolução desse mercado. 

Para Mateus Stefanello, facilitador da Coprel, o projeto é um passo importante para o cooperativismo como um todo. “Estamos oferecendo aos nossos cooperados e consumidores a chance de viver uma experiência real no Mercado Livre de Energia. Assim, é possível compreender as vantagens e os desafios dessa transição, além de tomar decisões mais assertivas para o futuro de seus contratos de energia. É uma oportunidade única de aprendizado e evolução para todos os envolvidos”, afirmou. 

E por falar em oportunidade, o Sescoop Nacional está com chamada aberta para convênios 2025. As manifestações de interesse, juntamente com os projetos, deverão ser encaminhados em dois momentos: primeiro ciclo até 31 de janeiro de 2025, e segundo ciclo a partir 01 de abril até 30 de maio de 2025. Para mais informações acesse a página Convênios Sescoop

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Sistema OCB prestigia lançamento da AgroBrasil+Sustentável
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Sistema OCB prestigia lançamento da AgroBrasil+Sustentável

  • Artigo Secundário 3

Ferramenta do Mapa fortalece práticas responsáveis e abre portas para mercados exigentes

 

O Sistema OCB prestigiou, nesta quinta-feira (19), o lançamento da plataforma AgroBrasil+Sustentável, na sede do Ministério da Agricultura (Mapa) em Brasília. A nova ferramenta digital tem como objetivo disponibilizar a emissão de relatório e certificado de qualificação sociambiental dos produtos agropecuários brasileiros por meio de uma plataforma governamental sem custos para o produtor. Com a emissão da certificação, o produtor terá garantido um desconte de 0,5% na taxa de juros no crédito rural oficial.

“Estamos integrando informações de bancos de dados e institucionais de modo organizado, rastreável e confiável sobre a produção agropecuária sustentável no Brasil. É uma iniciativa que reforça nosso compromisso com a segurança alimentar e as práticas responsáveis, sendo um grande modelo de cooperação global”, declarou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante a cerimônia. Ele está afastado do cargo para a votação do pacote fiscal do governo no Senado, mas acompanhou o lançamento para destacar a importância da iniciativa.

Ainda segundo ele, a plataforma tem como premissa o atendimento das exigências do mercado europeu, com a Lei Antidesmatamento da União Europeia. A legislação deve proibir a importação de commodities agrícolas provenientes de áreas desmatadas ilegalmente. Fávaro também destacou que o Brasil tem compromisso histórico com as práticas sustentáveis e a preservação ambiental e citou política públicas reconhecidas internacionalmente como o Plano ABC+ e o Código Florestal.

A plataforma AgroBrasil+Sustentável foi elaborada pelo Mapa em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). São três diferentes módulos disponíveis no painel de administração da plataforma. As opções para inserção e busca de dados estão organizadas como caracterização e conformidade (quem, onde, o que, quando e quanto foi produzido); caracterização e sustentabilidade (como, com quais práticas sustentáveis e certificações foi produzido); e cadeias de custódia (padrões e especificidades da produção).

Entre as principais premissas de desenvolvimento da ferramenta estão a universalidade, integratividade, adaptabilidade e flexibilidade. De acordo com o Mapa, ela poderá ser utilizada diretamente pelo produtor ou alguém autorizado; empresas terceirizadas responsáveis pela cadeia de custódia e outros serviços; operadores; e comercializadores.

Para Pedro Corrêa Neto, secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), do ministério, a plataforma representa mais um instrumento de soberania para o Brasil. “Com ela, teremos uma condição mais forte, mais robusta, mais vigorosa, de chegar em mercados exigentes e também ter um instrumento de defesa e negociação frente a mecanismos que às vezes transcendem as questões legais. Trata-se de um instrumento inequívoco de comprovação da nossa qualificação e compliance na produção agropecuária”, declarou.


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Câmara aprova texto final do Programa de Transição Energética
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Câmara aprova texto final do Programa de Transição Energética

  • Artigo Secundário 2

Novas regras para investimento em tecnologias limpas segue para sanção presidencial

 

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (18), o texto final do  Projeto de Lei (PL) 327/2021, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), nos termos do parecer apresentado pela relatora da matéria, a deputada Marussa Boldrin (GO), membro da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). A proposta incentiva projetos de obras de infraestrutura, expansão ou implantação de parques de produção energética de matriz sustentável, pesquisa tecnológica ou de desenvolvimento de inovação tecnológica que proporcionem benefícios socioambientais ou diminuam os impactos sobre o meio ambiente.

Segundo Marussa, o Brasil tem grande potencial para a expansão da produção de energia limpa e sustentável. “O que precisamos é de políticas públicas que desburocratizem e ofereçam subsídios para que empreendedores e empresários nacionais possam investir no país. Com esse projeto, teremos a oportunidade de colocar o Brasil no lugar de destaque que ele deve ocupar. Já somos referência em energias sustentáveis, como a eólica e a fotovoltaica, e podemos muito mais”, afirmou.

Para o cooperativismo, a medida é importante porque permitirá o uso de créditos tributários e precatórios de pessoas jurídicas como garantias para financiamentos de projetos de transição energética, o que facilita o acesso a recursos com taxas de juros mais atrativas. “O Paten trará benefícios significativos para as cooperativas. A transição energética é uma das maiores agendas do século, e esse programa posiciona o cooperativismo na linha de frente. Ele promove inovação e cria oportunidades para que as cooperativas contribuam ativamente para um futuro mais sustentável”, considerou a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, ao comemorar a aprovação do texto final.

Ela ressaltou ainda que a medida fortalece o compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento socioambiental. “É uma ferramenta que permite o investimento em soluções que beneficiam comunidades e promovem a eficiência energética. Isso está alinhado com os valores cooperativistas e com o propósito de transformar realidades por meio da união e do trabalho coletivo”, completou.

Autor de um dos projetos apensados, o deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frencoop, destacou que o objetivo é impulsionar o desenvolvimento sustentável no país, especialmente por meio de projetos que promovam a transição energética e a inovação tecnológica. “Entre as principais áreas de incentivo estão a expansão de fontes renováveis como energia solar, eólica e biomassa, além do desenvolvimento de combustíveis renováveis e da substituição de matrizes energéticas fósseis por alternativas limpas”, explicou.  

Para o parlamentar, a aprovação do projeto chega em um momento importante, em que o Brasil busca consolidar seu papel como líder global em sustentabilidade. “O Paten não é apenas sobre energia limpa, mas sobre construir um futuro no qual inovação, eficiência e responsabilidade ambiental andam de mãos dadas. O objetivo é criar um ambiente que favoreça o investimento em tecnologias de ponta”, acrescentou.

Ele também reforçou que o programa atende às necessidades de um cenário econômico em transformação, onde a competitividade depende cada vez mais da capacidade de adotar práticas sustentáveis. “Não há país desenvolvido sem uma matriz energética eficiente, e essa iniciativa é uma peça-chave para alcançarmos essa eficiência”, acrescentou.

Além de fomentar a pesquisa e a inovação tecnológica, o Paten prevê a criação do Fundo de Garantias para o Desenvolvimento Sustentável (Fundo Verde), que será um dos principais mecanismos de financiamento. O fundo será essencial para alavancar projetos que buscam mitigar impactos ambientais e promover benefícios socioeconômicos.



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Participação do coop no mercado de seguros é aprovada no Senado
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Participação do coop no mercado de seguros é aprovada no Senado

  • Artigo Secundário 1

Medida representa mais uma conquista histórica para o movimento e segue para sanção presidencial

 

Senadores Rodrigo Pacheto e Weverton durante votação em Plenário. Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoSenadores Rodrigo Pacheto e Weverton durante votação em Plenário. Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoO Plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feria (17), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 143/2024, que abre caminho para a ampliação da atuação das cooperativas no mercado de seguros. A medida faz parte da Agenda Institucional do Cooperativismo e representa mais uma conquista histórica para o cooperativismo brasileiro, possibilitando que as cooperativas operem em todos os ramos de seguros privados, exceto capitalização aberta e repartição de capitais de cobertura. Essa mudança visa democratizar o acesso a seguros, tornando o mercado mais acessível e competitivo, com foco nas especificidades e na segurança jurídica do modelo cooperativista.

Com a aprovação no Senado, o texto segue agora para sanção presidencial. Após sancionado, as cooperativas terão um prazo de 180 dias para se adequarem às novas exigências legais. Essa transição será acompanhada pelo Sistema OCB, que seguirá apoiando suas associadas na implementação das mudanças previstas. Para o presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas, a medida representa um passo decisivo para consolidar o cooperativismo como uma força transformadora no mercado de seguros. “As cooperativas têm uma vocação natural para atuar com responsabilidade e inclusão. Este projeto reforça essa capacidade, permitindo que o cooperativismo contribua ainda mais para a proteção e o bem-estar da sociedade brasileira. É um avanço que reflete a maturidade do setor e a força do diálogo entre as entidades e o poder público”, declarou.

O projeto foi construído após mais de oito anos de debates envolvendo o Sistema OCB, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o Ministério da Fazenda e entidades como a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e a Força Associativa Nacional (FAN). Entre os principais pontos do texto, destacam-se a possibilidade de operação com resseguro e cosseguro, a estruturação em cooperativas singulares, centrais e confederações, além da proporcionalidade na regulação, considerando o porte e os riscos das instituições.

O apoio de entidades representativas do setor foi consolidado em um manifesto conjunto, destacando a relevância do projeto para o mercado de seguros no Brasil e a força do diálogo realizado em conjunto com órgãos do governo, setor privado e lideranças parlamentares. Segundo o manifesto, o texto aprovado promove segurança jurídica, inclusão e inovação, ampliando o acesso a seguros para milhões de brasileiros. Além disso, o manifesto ressalta que a regulamentação proposta impulsionará o crescimento sustentável do setor, ao garantir uma regulação proporcional e respeitar as especificidades das cooperativas.

Relator da matéria na Câmara dos Deputados, o deputado Vinicius Carvalho (SP) destacou a importância da medida para o fortalecimento do setor e sua convergência com o modelo cooperativo. “A medida estabelece um regime jurídico inclusivo e, ao mesmo tempo, consistente para o Sistema Nacional de Seguros Privados. Criamos condições para que as cooperativas e associações de proteção veicular e de benefícios mútuos possam dispor de maior segurança jurídica para sua atuação”, afirmou o parlamentar, que trabalhou intensamente na construção do texto aprovado na Câmara.

O deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), comemorou a conquista. "As cooperativas de seguros são uma realidade no mundo todo e, aqui no Brasil, têm potencial e um cenário produtivo para crescer no agro e outros setores de atividades. Elas chegam para ampliar a concorrência, a oferta e as possibilidades para que o setor produtivo possa atuar com mais tranquilidade", enfatizou.

No Senado, a relatoria ficou a cargo do senador Weverton (MA), que também enfatizou o impacto transformador do projeto para o setor de seguros e para a economia brasileira como um todo. “Estamos aprovando uma medida que fortalece as cooperativas, mas também amplia o mercado de seguros, levando proteção a milhões de brasileiros que hoje não conseguem acessar esse tipo de serviço. É um projeto que equilibra inovação, inclusão e responsabilidade, promovendo um avanço necessário para o país”, ressaltou.

 

Cenário

As cooperativas seguradoras e as mútuas (entendidas como sociedades que prestam serviços de seguros de vida e não vida, regimes de segurança social complementar e serviços de pequeno valor de natureza social) são uma realidade em todo o mundo. A Federação Internacional de Cooperativas e Seguros Mútuos (ICMIF) é a principal entidade que representa esse setor, reunindo mais de 200 organizações de 60 países ao redor do mundo.

Juntas, essas organizações alcançaram, em 2023, mais de US$ 236 bilhões em receita de prêmios, enquanto seus ativos totais somavam US$ 1,7 trilhões. São cerca de 300 milhões de pessoas atendidas por essas entidades, que geram mais de 230 mil empregos diretos. Com esses números, as cooperativas representam quase 30% do mercado de seguros em todo o mundo.

No Brasil, a participação das cooperativas no mercado de seguros é restrita aos ramos de seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho (parágrafo único, art. 24, Decreto-Lei 73/1966). Os dados gerais do setor no país revelam um grande potencial de crescimento: entre janeiro e agosto, a arrecadação total foi de R$ 288,06 bilhões, o que representa um aumento de 13,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Durante esse período, o setor retornou R$ 161,0 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, o que corresponde a um crescimento de 5,82%.

 

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