Notícias representação
- Artigo Secundário 1
Sistema OCB defende uso ético e responsável da tecnologia, com valorização do trabalho humano
O Plenário do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (10) o relatório do senador Eduardo Gomes (TO), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), para regulamentação da inteligência artificial (IA) no Brasil. O texto, baseado no Projeto de Lei (PL) 2.338/2023, do senador e presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (MG), estabelece uma série de normas para o desenvolvimento e uso de sistemas de IA no país. Inserida da Agenda Institucional do Cooperativismo, a proposta segue agora para análise na Câmara dos Deputados.
O Sistema OCB acompanhou as discussões sobre o projeto, uma vez que a tecnologia tem impacto significativo sobre as cooperativas do país. Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o uso da Inteligência Artificial será determinante para o futuro das cooperativas, especialmente nos segmentos de saúde, crédito e agropecuário. “Por isso, é fundamental que este marco legal respeite os princípios éticos, promova a valorização do trabalho humano e considere os benefícios tecnológicos inerentes às necessidades de modernização e inovação dos mais diversos processos vivenciados pela sociedade”, acrescentou.
O projeto cria diretrizes para o uso responsável da tecnologia, considerando seu impacto nos direitos fundamentais e na vida humana. Entre as principais medidas, destaca-se a classificação dos sistemas de Inteligência Artificial em três diferentes níveis: risco excessivo, que será proibido por ameaçar direitos fundamentais, como as deepfakes; risco alto, que estará sujeito a fiscalização rigorosa, e risco baixo ou geral, para aplicações menos arriscadas, como corretores ortográficos e filtros de mensagens. Considerados polêmicos, os algoritmos das redes sociais foram excluídos da lista de sistema considerados de alto risco.
O texto aprovado também prevê a criação de uma agência reguladora pelo governo federal, responsável por fiscalizar a aplicação das normas estabelecidas. O Ministério da Fazenda será encarregado do licenciamento e monitoramento da exploração da Inteligência Artificial no país. Essa estrutura regulatória foi considerada pelos parlamentares como um passo essencial para garantir que o desenvolvimento da Inteligência Artificial ocorra de maneira ética e segura, protegendo os direitos dos cidadãos e promovendo a inovação responsável.
O presidente da comissão temporária que analisou o tema na Casa, senador Carlos Viana (MG), enalteceu o esforço para alcançar um consenso sobre o tema, que recebeu mais de 200 emendas, muitas delas incorporadas total ou parcialmente ao texto. “Nenhuma lei terá validade sem consenso da sociedade e legitimidade junto aos representantes no Congresso. É uma matéria em constante evolução, e nosso desafio foi encontrar um ponto de equilíbrio”, declarou.
Já o relator, senador Eduardo Gomes, reforçou que a proposta é apenas o início do debate sobre Inteligência Artificial no Brasil. “Outras legislações pertinentes à realidade do mundo digital ainda precisam ser desenvolvidas para equilibrar o avanço tecnológico e os direitos individuais”, afirmou.
Saiba Mais:
- Artigo Secundário 2
Projeto de Lei cria ambiente favorável ao investimento em tecnologias limpas
O Senado Federal deu um passo decisivo rumo à sustentabilidade ao aprovar o Projeto de Lei (PL) 327/2021, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), nesta terça-feira (10). A proposta foi analisada pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e seguiu para o Plenário em regime de urgência, sem a necessidade de análise em outras comissões. Como o texto aprovado sofreu alterações, o projeto volta agora para nova análise da Câmara dos Deputados.
A matéria, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), visa impulsionar o desenvolvimento sustentável no país, especialmente por meio de projetos que promovam a transição energética e a inovação tecnológica. Entre as principais áreas de incentivo estão a expansão de fontes renováveis como energia solar, eólica e biomassa, além do desenvolvimento de combustíveis renováveis e da substituição de matrizes energéticas fósseis por alternativas limpas.
Para o parlamentar, a aprovação do projeto chega em um momento importante, em que o Brasil busca consolidar seu papel como líder global em sustentabilidade. “O Paten não é apenas sobre energia limpa, mas sobre construir um futuro no qual inovação, eficiência e responsabilidade ambiental andam de mãos dadas. O objetivo é criar um ambiente que favoreça o investimento em tecnologias de ponta e infraestrutura, com foco especial no setor agropecuário, que é vital para a economia brasileira”, destacou.
Ele reforçou que o programa atende às necessidades de um cenário econômico em transformação, onde a competitividade depende cada vez mais da capacidade de adotar práticas sustentáveis. “Não há país desenvolvido sem uma matriz energética eficiente, e essa iniciativa é uma peça-chave para alcançarmos essa eficiência”, acrescentou.
O Sistema OCB apoia a medida e os benefícios específicos que o Paten trará às cooperativas. A entidade acredita que a proposta permite o uso de créditos tributários e precatórios de pessoas jurídicas como garantias para financiamentos de projetos de transição energética, o que facilita o acesso a recursos com taxas de juros mais atrativas.
Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, celebrou a aprovação. “A transição energética é uma das maiores agendas do século, e o Paten posiciona o cooperativismo na linha de frente desse movimento. O programa promove inovação e cria oportunidades para que as cooperativas contribuam ativamente para um futuro mais sustentável”, afirmou.
Ela ressaltou ainda que a medida fortalece o compromisso do setor com o desenvolvimento socioambiental. “É uma ferramenta que permite o investimento em soluções que beneficiam comunidades e promovem a eficiência energética. Isso está alinhado com os valores cooperativistas e com o propósito de transformar realidades por meio da união e do trabalho coletivo”, disse.
Além de fomentar a pesquisa e a inovação tecnológica, o Paten prevê a criação do Fundo de Garantias para o Desenvolvimento Sustentável (Fundo Verde), que será um dos principais mecanismos de financiamento. O fundo promete ser essencial para alavancar projetos que buscam mitigar impactos ambientais e promover benefícios socioeconômicos.
Saiba Mais:
- Telecom por cooperativas avança no Senado
- Marco legal dos bioinsumos é aprovado no Senado
- Presidente da Frencoop debate pautas ambientais
- Artigo Secundário 3
Cooperativas de plataforma são destacadas como solução viável para inclusão e justiça econômica
O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco, nesta segunda-feira (10), de audiência pública que debateu a possibilidade de reconhecimento de vínculo empregatício entre motoristas de aplicativos de transporte e as empresas que administram plataformas digitais. O superintendente do Sistema Ocergs e representante da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), Mário de Conto, abordou o tema em nome do cooperativismo e destacou as cooperativas de plataforma como uma alternativa viável e sustentável ao modelo tradicional de trabalho mediado por aplicativos.
LigaCoop, que opera em cidades do Rio Grande do Sul e explicou como essas cooperativas promovem autonomia, justiça econômica e impacto social. Segundo Mário, esse modelo também beneficia os consumidores, com tarifas mais justas, e valoriza a comunidade local, promovendo um círculo virtuoso de desenvolvimento. “Nas cooperativas de plataforma, os trabalhadores não são apenas prestadores de serviço. Eles definem o valor do próprio trabalho, participam das decisões operacionais e dos resultados financeiros”, afirmou. Para exemplificar, ele citou a
Mário também reforçou a importância do cooperativismo como ferramenta para democratizar o acesso às relações de trabalho e minimizar desigualdades no setor. “As cooperativas de plataforma mostram que é possível construir um modelo de trabalho que alia eficiência, equidade e inovação. Esse formato não apenas promove ganhos mais significativos para os trabalhadores, mas também fortalece o papel do cooperativismo como agente de transformação social”, concluiu.
Equilíbrio
A audiência do STF integrou o Recurso Extraordinário (RE) 1446336, apresentado pela Uber e relatado pelo ministro Edson Fachin. A decisão, com repercussão geral reconhecida (Tema 1.291), se tornará precedente vinculante para casos similares em tramitação no Poder Judiciário.
A sessão, que reuniu mais de 50 representantes de diferentes setores, teve como principal objetivo auxiliar o STF na formulação de uma decisão equilibrada e sustentável, capaz de atender às demandas de trabalhadores e empresas em um contexto de transformação das relações de trabalho. Durante a abertura, o ministro Fachin destacou que o evento buscava mais do que opiniões definitivas. “Queremos construir um cenário normativo que fundamente uma decisão adequada ao tempo presente e que se projete para um futuro temporalmente relevante”, afirmou.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, trouxe à discussão os desafios gerados pela judicialização intensa do tema e os conflitos na jurisprudência. Para ele, a regulamentação da nova forma de trabalho é urgente para garantir tanto a segurança jurídica quanto a proteção dos direitos fundamentais dos trabalhadores.
Como representante da Procuradoria Geral da República (PGR), o subprocurador-geral Paulo Vasconcelos Jacobina, elogiou o processo de construção plural e fundamentado conduzido pelo ministro relator. Ele destacou que o Brasil enfrenta um cenário de crise no emprego e que soluções justas e inclusivas precisam ser priorizadas: “É fundamental buscar um equilíbrio entre os direitos trabalhistas e a promoção de um mercado de trabalho mais dinâmico e acessível”, observou.
Saiba Mais:
- Artigo Secundário 1
Projeto amplia possibilidades de prestação de serviços de conectividade e inclusão digital
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (10), o parecer apresentado pelo senador Eduardo Gomes (TO) ao Projeto de Lei (PL) 1.303/2022. A proposta, que faz parte da Agenda Institucional do Cooperativismo, assegura a prestação dos serviços de telecomunicações por cooperativas e segue agora para análise da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT), onde será apreciado em decisão terminativa.
Esse é mais um avanço importante para o cooperativismo brasileiro, que aguarda com ansiedade a aprovação final da matéria. “Esse projeto permite que o cooperativismo atue cada vez mais como uma ferramenta plena de inclusão digital, fundamental para que as comunidades, especialmente no campo, possam ter acesso a produtos e serviços como capacitação e ensino a distância, eficiência nas tarefas do dia a dia, acesso a novas tecnologias e soluções digitais, produtos e serviços extremamente essenciais na sociedade atual”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ao comemorar a decisão da CAE.
Ainda segundo ele, as cooperativas podem contribuir de forma efetiva e eficaz no alcance à universalização de acesso aos serviços de Telecom no interior do país. “Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, onde a internet faz parte de praticamente todas as nossas atividades diárias. Por isso, essa medida é tão importante. Nossas cooperativas de energia já possuem infraestrutura para oferecer esses serviços e poderão ampliar seu alcance para atender ainda mais famílias. E ainda temos o desafio de levar as tecnologias do Agro 4.0 aos pequenos e médios produtores”, completou.
O texto aprovado altera as Leis 9.472, de 1997, e 9.295, de 1996 para incluir as cooperativas, lado a lado com as empresas, como um dos agentes autorizados a explorar serviços de Telecom. O texto também menciona as cooperativas como um dos agentes econômicos a quem pode ser concedida a exploração de Serviço Móvel Celular e de Serviço de Transporte de Sinais de Telecomunicações por Satélite.
Para o senador Eduardo Gomes, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e relator da matéria na CAE, a participação das cooperativas trará resultados positivos para o país. ”Recorrer ao cooperativismo para atingir esses objetivos nos parece extremamente meritório. Há diversos setores, inclusive de infraestrutura, nos quais as cooperativas desempenham grande papel econômico e social. Um exemplo são as cooperativas que atuam com geração e distribuição de energia elétrica, responsáveis por atender mais de 800 municípios brasileiros. Essa mesma atuação não tem sido possível no setor de telecomunicações”, destacou o parlamentar em seu parecer.
Autor do projeto, o deputado Evair de Melo (ES), integrante da diretoria da Frencoop, explicou que um dos objetivos da medida é pacificar o entendimento quanto à possibilidade de as sociedades cooperativas prestarem os serviços de telefonia móvel e banda larga fixa ou móvel no país. Atualmente, as leis que regulamentam o setor só permitem que as cooperativas prestem esse serviço se criarem uma empresa do tipo limitada que elas controlem. “Isso acaba por encarecer os custos para os cooperados, pois eles sofrem dupla tributação”, explicou o parlamentar que também é membro da diretoria da Frencoop.
Saiba Mais:
- Sistema OCB atua pelo avanço da pauta de conectividade no campo
- Coops de infraestrutura são referência em distribuição de energia e internet
- Telecom por cooperativas pode atrair jovem de volta ao campo
- Artigo Principal
Superintendente do Sistema OCB assume comando da entidade com foco em diálogo, união e fortalecimento do agro
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, foi eleita nesta terça-feira (10) presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) para o biênio 2025 a 2027, durante assembleia realizada em Brasília. A eleição, por chapa única, representa uma conquista significativa para o cooperativismo brasileiro, responsável por mais de 50% dos grãos produzidos no país, e marca o início de uma gestão que promete fortalecer o diálogo e a cooperação no setor agropecuário brasileiro. “Chegamos até aqui com uma chapa única, e isso é um marco que demonstra a confiança depositada em nós pelo sistema cooperativista. Nosso setor nasceu do campo, das cooperativas agrícolas, e reconhece o papel essencial que essas instituições do IPA desempenham para o Brasil”, afirmou a nova presidente.
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, acompanhou a assembleia e destacou a importância da presença do cooperativismo na condução do IPA. “Tânia está aqui para conviver com a diversidade e construir unidade”, ressaltou.
Durante a assembleia, Tania destacou o papel estratégico do IPA na formulação de políticas públicas. “Assumir a presidência do IPA é uma missão em que me foi confiada, e posso garantir que estou plenamente consciente da importância dessa entidade para o nosso setor. Não teria aceitado esse desafio se não tivesse a certeza de que juntos podemos alcançar grandes resultados. Vou me dedicar de corpo e alma para que essa jornada seja leve e repleta de resultados.
Uma das principais metas da nova gestão será em torno da unicidade do setor agrícola. “O momento é de união. De juntar forças, arregaçar as mangas e trabalhar pelo fortalecimento do agro em parceria com os deputados, senadores, o Judiciário, o Governo Federal e a sociedade”, acrescentou Tania, reforçando a importância do IPA como suporte técnico para a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “A nossa função é organizar prioridades e subsídios para apoiar a atuação da FPA no Congresso Nacional”.
A nova presidente também enfatizou que sua gestão terá como pilares o diálogo e a cooperação. Ela agradeceu aos parlamentares que apoiaram a nova gestão e ao atual presidente Nilson Leitão. Quero agradecer aos parlamentares que, de maneira unânime, deram seu voto de confiança à nossa gestão. Esse apoio é fundamental e nos enche de responsabilidade para entregar os resultados que o IPA e o setor merecem. Minha gratidão também se estende a toda a equipe, especialmente ao Nilson, com quem aprendi muito ao longo desses dois mandatos. Sua simplicidade e honestidade sempre me marcou profundamente. Nilson, muito obrigado por tudo o que você fez e continua a fazer por nós”
Tania prestou ainda, uma homenagem ao ex-presidente do Instituto, Ismael Perina (in memorian). “Não poderia deixar de prestar uma homenagem ao Ismael. Tenho certeza de que, onde quer que ele esteja, continua torcendo por esse instituto e pelo setor agropecuário brasileiro. Seu legado é imenso e nos inspira a continuar trabalhando com dedicação e paixão”, concluiu.
Tania faz parte da diretoria do IPA desde a sua criação em 2011. Formada em Direito, trabalha há mais de 15 anos para o fortalecimento do movimento cooperativista no Brasil e foi a primeira mulher a ocupar os cargos de gerente-geral e superintendente do Sistema OCB, posição que assumiu em setembro de 2021. Tania também é membro do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e, em 2021, foi reconhecida como uma das 100 mulheres mais poderosas do agronegócio brasileiro pela Revista Forbes. É pioneira em muitas instâncias do cooperativismo e atua diariamente para garantir maior participação feminina em posições de liderança.
Modernização da legislação
Ao encerrar seu mandato à frente do IPA, Nilson Leitão destacou a importância estratégica da entidade para o setor agropecuário brasileiro e o papel que desempenha na modernização da legislação e na redução da burocracia. “O IPA tem um objetivo claro de trabalhar em conjunto com todos os setores, atendendo a todas as demandas do agro, sem deixar nenhuma de fora. Nosso foco é modernizar a legislação brasileira e libertar o setor das amarras burocráticas”, declarou.
Ao se despedir, Nilson Leitão deixou uma mensagem de apoio e confiança para a nova presidente. "Quero expressar minha profunda gratidão à atual diretoria, que encerra seu mandato em fevereiro, pela dedicação e contribuição significativa ao IPA em todos os momentos. Tenho plena confiança de que o próximo mandato será liderado com excelência por Tania Zanella, representante da OCB. Sua capacidade, competência e conhecimento profundo do setor certamente fará uma grande diferença para o IPA e para o agro brasileiro”, concluiu.
Representação
O Instituto Pensar Agropecuária (IPA), criado em 2011, é uma organização sem fins lucrativos formada por 59 entidades do setor agropecuário que tem como objetivo defender os interesses da agricultura e prestar assessoria técnica à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A entidade atua como ponte entre a cadeia produtiva rural e os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e promove o debate de pautas do setor, além de apoiar tecnicamente ações no Congresso Nacional e fomentar a transparência e o diálogo com a sociedade para ampliar a compreensão sobre temas estratégicos da agropecuária brasileira.
Entre suas principais atividades, destacam-se a realização de estudos técnicos, a produção de dados estratégicos, a análise de propostas legislativas e a formulação de políticas públicas que refletem as demandas do setor. Ao longo de sua trajetória, o Instituto tem contribuído significativamente para a construção de um ambiente mais favorável ao agronegócio brasileiro, abordando questões como sustentabilidade, inovação e crescimento econômico. Sua atuação contribui para posicionar o Brasil como líder no fornecimento de alimentos e insumos de qualidade para o mundo, reafirmando o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do país.
A força do agro brasileiro
O agronegócio tem um papel significativo no cenário nacional. O setor representa cerca de 25% do PIB do Brasil, é responsável por 50% de toda a área preservada no país e por 26,8% das ocupações. Nos últimos anos, o Brasil consolidou sua posição como um dos principais exportadores de alimentos no mundo, liderando a produção global de produtos como café, laranja, soja, açúcar e proteínas animais.
Saiba Mais:
- Cooperativismo consolida protagonismo sustentável na COP29
- Sistema OCB destaca importância do coop no agronegócio mundial
- Wenyan Yang, da ONU, destaca trabalho sustentável de cooperativas
- Artigo Secundário 1
Debate abordou papel estratégico dessas entidades na distribuição de alimentos no Brasil
A Comissão de Agricultura na Câmara dos Deputados (CAPADR) realizou, nesta quinta-feira (5), audiência pública sobre a modernização das Centrais de Abastecimento (Ceasas). Proposta pelo deputado Heitor Schuch (RS), a iniciativa abordou o papel estratégico dessas entidades na distribuição de alimentos no Brasil e apontou caminhos para sua modernização.
Os centros de abastecimento comercializam uma ampla variedade de produtos, como frutas, legumes, verduras, flores e pescados. Segundo Schuch, a modernização deles envolve investimentos em infraestrutura, tecnologia, práticas sustentáveis e melhorias nas condições de trabalho. “Essa modernização aumentará a eficiência e a competitividade, trazendo benefícios para produtores e consumidores”, destacou.
Representando o sistema cooperativo, Tarcísio Minetto, gerente de Relações Institucionais e Sindical do Sistema Ocergs, ressaltou os impactos positivos da proposta. “Ao modernizar as Ceasas, promoveremos melhorias na infraestrutura e nas condições de saúde e segurança dos trabalhadores, além de fortalecer a segurança alimentar”, afirmou. Minetto também defendeu a atualização do marco legal e a ampliação de investimentos em assistência técnica e infraestrutura. “Estamos sempre à disposição para contribuir com soluções que fortaleçam o papel das Ceasas no desenvolvimento econômico e social do Brasil”, completou.
Políticas públicas
A secretária de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ana Terra Reis, destacou a importância do debate para a formulação de políticas públicas. Ela chamou atenção para questões como a crise climática e a necessidade de promoção de alimentos saudáveis. “A crise climática afeta diretamente a agricultura familiar, encarecendo produtos e, muitas vezes, diminuindo a qualidade. Avançar nessa pauta é urgente”, afirmou.
Outro ponto abordado foi a relação com os permissionários - empresas, produtores rurais e comerciantes que ocupam espaços de comercialização nas Ceasas, e a composição de preços dos alimentos. “Precisamos entender melhor como os preços são formados, tanto nas Ceasas quanto no setor de supermercados. Já estamos buscando soluções que beneficiem toda a cadeia”, explicou Ana Terra.
Unificação e protocolos
O deputado Messias Donato (ES) salientou a relevância econômica e social das Ceasas, que movimenta mais de R$ 17 bilhões anualmente e gera cerca de 200 mil empregos diretos. Ele defendeu a criação de protocolos unificados de operação para o setor. “Cada Ceasa segue seu próprio padrão, mas precisa de uma visão integrada e de segurança jurídica para fortalecer o sistema”, argumentou.
Donato também relembrou o papel essencial das Ceasas durante a pandemia de Covid-19. “Enquanto muitos segmentos fecharam, as Ceasas garantiram o abastecimento de alimentos para milhões de brasileiros, reforçando a necessidade de soluções estruturais para esse setor”, concluiu.
A audiência pública evidenciou o consenso sobre a necessidade de investimentos articulados em infraestrutura e políticas públicas que promovam eficiência, sustentabilidade e segurança alimentar. A modernização das Ceasas foi considerada como uma prioridade estratégica para fortalecer a cadeia produtiva e garantir alimentos de qualidade para a população brasileira.
Saiba Mais:
- Artigo Secundário 3
Propostas incluem regulamentação de leis e inclusão das cooperativas no crédito consignado
Em reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nesta quarta-feira (4), o Sistema OCB apresentou uma série de propostas voltadas para o fortalecimento do cooperativismo. Foram abordados temas estratégicos como regulamentação, segurança no trabalho, qualificação profissional e inclusão financeira.
Entre os pontos tratados, destacou-se a entrega de uma minuta de decreto elaborada em parceria com as organizações estaduais (OCEs) da entidade para regulamentar a Lei 12.690/2012, que dispões sobre as cooperativas de trabalho. A superintendente, Tania Zanella, explicou a importância da proposta. “Ela visa consolidar diretrizes que considerem as especificidades do modelo cooperativista, para promover maior segurança jurídica nas relações de trabalho e contribuir para a justiça social”, afirmou.
Outro tema relevante abordado foram os desafios enfrentados por cooperativas do ramo agro em relação às normas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Conforme descreveu o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, apesar de fundamentais para garantir ambientes laborais mais seguros, a fiscalização tem causado interdições em unidades armazenadoras, gerando impactos econômicos e sociais significativos. “Por isso, trouxemos um relatório que detalha esses impactos e propusemos a criação de um plano de ação conjunto que permita a continuidade das atividades enquanto as exigências de adequação são implementadas”, acrescentou.
No âmbito do Programa Jovem Aprendiz, foram discutidas as dificuldades relacionadas à Portaria 3.872/2023. O Sistema OCB ressaltou a necessidade de maior flexibilidade, incluindo a permissão de cursos a distância, tanto síncronos quanto assíncronos, desde que acompanhados em tempo real. Também foi defendida a participação de cooperativas educacionais no programa sem que elas precisem se enquadrar como escolas técnicas privadas, requisito que desconsidera as especificidades do modelo cooperativista e inviabiliza a operação dessas entidades no programa.
A proposta do governo para a oferta de crédito consignado por meio do aplicativo CTPS Digital foi mais um ponto de atenção. O Sistema OCB solicitou que as cooperativas financeiras sejam incluídas na primeira fase do projeto, utilizando o código bancário de seus bancos cooperativos, já que muitas delas ainda não possuem o Código de Beneficiário do Cheque (CBC) próprio. “Essa inclusão é essencial para garantir que as cooperativas possam oferecer condições competitivas aos trabalhadores, ampliando o acesso ao crédito com taxas mais vantajosas”, argumentou Tania.
O ministro Luiz Marinho afirmou que os pleitos apresentados serão analisados pelas equipes técnicas da pasta. Segundo ele, o encontro reforçou a importância do diálogo para que o governo possa trabalhar no sentido de respeitar as especificidades do cooperativismo em políticas públicas e regulamentações. “Com certeza, vamos encontrar caminhos para atender as solicitações da melhor forma possível”, declarou.
Também participaram da reunião Bruno Vasconcelos, coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais do CNCoop; Ana Paula Ramos, assessora jurídica do Sistema OCB; e Deislane Leite Gama, coordenadora de Produtos de Crédito Pessoas Físicas, do Ministério.
Saiba Mais:
- Direitos previdenciários para cooperados vão à sanção
- Sistema OCB assina pacto por trabalho decente no meio rural
- Seminário discute negociação coletiva e futuro das relações trabalhistas
- Nenhum
Cooperativismo destaca o Seguro Rural como estrutural para o movimento e essencial para o agronegócio
A Comissão de Agricultura (CRA) do Senado Federal realizou, nesta terça-feira (03), audiência pública para debater a modernização do Seguro Rural no Brasil. A iniciativa, proposta pela senadora Tereza Cristina (MS), autora do Projeto de Lei (PL) 2.951/2024 e vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), contou com o apoio do relator, senador Jayme Campos (MT), relator do projeto.
Durante o encontro, Rodolfo Jordão, analista do Ramo Agropecuário do Sistema OCB, destacou que o seguro rural vai além da proteção financeira, sendo estruturante para o cooperativismo e essencial para o desenvolvimento do setor agropecuário. “Ele dá tranquilidade para o produtor honrar seus compromissos. É, acima de tudo, um instrumento de harmonia nas relações comerciais”, afirmou.
Tereza Cristina ressaltou que “o seguro rural permite ao produtor manter sua capacidade financeira para honrar compromissos, enfrentar dificuldades e garantir o plantio de uma nova safra sem aumentar o endividamento”. Além disso, ela destacou que a segurança proporcionada pelo seguro rural beneficia não apenas os produtores, mas também as instituições financeiras e as finanças públicas.
No mesmo sentido, Rodolfo apontou que as cooperativas agropecuárias, por sua estrutura e abrangência no país, têm um papel central na promoção e no uso do seguro rural. “As cooperativas enxergam o seguro como uma ferramenta de gestão de risco e de sucessão no campo, garantindo a continuidade da atividade agropecuária e o desenvolvimento de novas gerações de produtores rurais”, acrescentou.
Desafios e expectativas
Apesar dos avanços na proposta de modernização, Rodolfo destacou desafios importantes para o setor agropecuário, como a necessidade de maior previsibilidade orçamentária e a personalização do seguro rural para atender às diferentes realidades regionais e perfis de produção. Ele pediu o apoio do Ministério da Fazenda e da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura para garantir recursos robustos que viabilizem o instrumento de forma ampla e eficaz.
“A previsibilidade é crucial. Um orçamento sólido para o seguro rural é indispensável para sua expansão e eficácia, assim como a criação de um ambiente favorável para seguradoras e resseguradoras no mercado”, reforçou o analista. Ele também elogiou a abertura ao diálogo proporcionada pelo PL 2.951/2024, ressaltando que a proposta pode ser uma “espinha dorsal” para melhorias nas políticas agrícolas.
Ao final de sua participação, o representante do cooperativismo destacou o seguro rural como indispensável para o futuro do Brasil. “O seguro rural deve ser inserido na linha de custo de produção, como são os adubos, fertilizantes e máquinas agrícolas. Ele precisa ser amplamente utilizado, garantindo a gestão de riscos agropecuários e criando um ambiente favorável para o desenvolvimento do setor”, completou.
O relator da proposta, senador Jayme Campos (MT), afirmou que a ideia da audiência foi ouvir a todos e incorporar contribuições ao projeto. “Estamos aqui para ouvir. Esse projeto será construído por várias mãos e com muita responsabilidade. A proposta vai melhorar as condições das atividades no campo. Infelizmente, não temos o devido respeito que merecemos. Falta consciência sobre o quanto contribuímos. Somos os maiores exportadores de várias commodities”, afirmou.
O senador Jaime Bagattoli (RO), por sua vez, reforçou os benefícios esperados com a modernização do seguro rural. “Sabemos que o Brasil enfrenta realidades climáticas e econômicas distintas em suas regiões. As cooperativas terão mais respaldo nos financiamentos, o que pode reduzir as taxas de juros no custeio rural. Precisamos do empenho do governo federal para garantir recursos que tragam tranquilidade ao nosso produtor”, afirmou.
A proposta legislativa busca aumentar a acessibilidade e a eficácia do seguro rural, além de implementar o fundo de catástrofe previsto na Lei Complementar 137/2010. A senadora Tereza Cristina enfatizou que o projeto tem potencial para transformar a política agrícola do Brasil. “Vamos deixar uma lei que seja o que o Brasil espera: uma ferramenta robusta para os produtores, seguradoras, instituições financeiras e para o governo. Esse recurso trará previsibilidade e tranquilidade para o produtor brasileiro”, concluiu.
Saiba Mais:
- Nenhum
Encontro reforçou parceria para o próximo ano e ressaltou compromisso com a sustentabilidade no Ramo Crédito
Banco Central do Brasil (Bacen), que reforçaram a parceria entre as entidades no aprimoramento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). A Coordenação do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Créditode Crédito (Ceco) encerrou o ciclo de reuniões de 2024 com um encontro realizado na sede do Sistema OCB, em Brasília, nesta quarta-feira (04). A reunião contou com a participação de representantes do
O encontro delineou prioridades para o próximo ano e ressaltou o compromisso conjunto com a inovação, a transparência e a sustentabilidade no cooperativismo de crédito. por isso, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, reforçou a importância da parceria estratégica.
Ela ressaltou que 2025 será o Ano Internacional das Cooperativas, conforme declaração da ONU, e convidou o Banco Central a integrar as ações que estão sendo planejadas para essa celebração. “A presença do Bacen em nossas iniciativas será muito importante para demonstrar a força e a relevância do cooperativismo de crédito no cenário nacional e internacional”, afirmou.
A reunião foi conduzida pelo coordenador do Ceco, Remaclo Fischer, presidente do Conselho de Administração da Unicred do Brasil, que destacou a postura proativa do Bacen em manter o diálogo constante com os entes regulados. “A sempre pronta disponibilidade do regulador para ouvir e colaborar é fundamental para avançarmos em um ambiente de contínuo aprimoramento do Sistema Financeiro Nacional”, afirmou.
Estiveram presentes o diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino; o chefe de gabinete do diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Ângelo José Duarte; o chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas (Desuc), Adalberto Felinto; a chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, Carolina Pancotto, acompanhada de seu chefe adjunto, João Luiz; e o chefe adjunto do Departamento de Regulação, Renato Uema, como representantes do Bacen.
Durante a reunião, foram feitos balanços dos avanços regulatórios de 2024, com destaque para os normativos relacionados à regulamentação da Lei Complementar nº 196/22, que trouxe modernizações importantes para o cooperativismo de crédito. Também foram debatidas pautas estratégicas para 2025, como temas sobre a captação de recursos de entes públicos municipais e o fortalecimento das estruturas patrimoniais das cooperativas.
O diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino, reiterou o compromisso do Bacen em manter um canal de comunicação aberto e produtivo com o SNCC. “Nosso objetivo é seguir em colaboração com o setor para garantir um sistema financeiro estável e inclusivo, que atenda às demandas da sociedade e contribua para o desenvolvimento econômico do país”, destacou.
Saiba Mais:
- Artigo Secundário 1
Medida foi aprovada pelo Senado Federal e garante condição aos cooperados
O Plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (03), o Projeto de Lei (PL) 1.754/2024, que garante a manutenção da condição de segurado especial da Previdência Social aos associados de cooperativas, exceto as de trabalho. Prioridade da Agenda Institucional do Cooperativismo, a proposta garante que a associação à cooperativa não descaracteriza a condição de segurado especial, concedida ao trabalhador que exerce sua atividade majoritariamente no campo. A matéria segue agora para a sanção presidencial.
O projeto tramitou por mais de 15 anos no Congresso Nacional e contou com forte atuação do Sistema OCB para sua aprovação. A entidade trabalhou em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) junto ao senador Flávio Arns (PR), relator do projeto no Senado, e ao deputado Heitor Schuch (RS), ambos membros da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), para assegurar que o texto legislativo proporcionasse segurança jurídica às cooperativas e seus cooperados.
relatório. A redação final da proposta corrige um equívoco de 2021 e garante aos agricultores familiares um direito que já era assegurado anteriormente. “A legislação atual, encontra-se, de fato, inadequada e defasada, acarretando uma série de entraves jurídicos para que pequenos produtores rurais possam acessar e manter o benefício. Por exemplo, a norma atual exige que o beneficiário somente possa ser dirigente de cooperativa rural desde que ela seja constituída exclusivamente por segurados especiais. Tal requisito é inviável de ser aferido na prática, haja vista que os quadros sociais das cooperativas constituem assunto complexo, podendo ter suas informações constantemente alteradas ao longo do tempo”, afirmou Flávio Arns em seu
A Lei Geral do Cooperativismo (5.764/1971) compreende que a cooperativa, em razão da sua natureza própria, segue um modelo societário com forte presença do trabalho colaborativo e do esforço conjunto. A Lei exige que a composição dos conselhos de administração e fiscal seja feita exclusivamente por cooperados eleitos em assembleia geral, o que não os descaracteriza como segurados especiais, uma vez que esse exercício não implica no desempenho concomitante de mais de uma atividade.
Por isso, o Sistema OCB atuou para que a proposta fosse aprovada. “Os integrantes do conselho de administração e do conselho fiscal, necessariamente, são oriundos do quadro social da cooperativa. O fato de estarem participando dos órgãos de gestão e governança de seus respectivos negócios não justifica a descaracterização da condição de segurado especial. Ficamos muito felizes com a compreensão dos legisladores para essa realidade e por respeitarem as especificidades do nosso modelo de negócios”, ressaltou o presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas.
Segundo o deputado Carlos Veras (PE), relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados, “não corrigir esse equívoco é praticamente acabar com as cooperativas, com as associações. Isso porque, atualmente, só de se associar a uma cooperativa o agricultor familiar perde a configuração de segurado especial. A aprovação desse projeto é, portanto, muito importante para assegurar um direito inequívoco desses produtores”, afirmou durante a votação de seu parecer, em dezembro de 2023.
Saiba Mais:
- Artigo Secundário 2
Projeto contribui para uma produção agrícola mais sustentável e segue para sanção presidencial
O Plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (3), o Projeto de Lei (PL) 658/2021, que institui o marco legal dos bioinsumos no país. A medida, que segue para sanção presidencial, regulamenta e incentiva a produção, tratamento e classificação desses insumos, além de garantir maior previsibilidade e segurança jurídica aos investimentos voltados para o setor.
Para as cooperativas, a proposta contempla suas diversas atuações relacionadas aos bioinsumos, tanto na produção on farm, técnica que substitui o uso de agrotóxicos por bioinsumos, que são considerados essenciais no Manejo Integrado de Pragas (MIP), quanto na produção comercial.
Ao longo da tramitação da matéria, o Sistema OCB participou de diversas reuniões com parlamentares das frentes Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA), além de entidades impactadas pelo tema, para trabalhar na construção de um texto favorável ao cooperativismo. “Com a aprovação desse projeto, nossas cooperativas terão, com certeza, um avanço maior em produtividade e uso eficiente de recursos, o que contribui diretamente para uma agricultura ainda mais sustentável”, afirmou o presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas.
A senadora Tereza Cristina (MS), vice-presidente da Frencoop, liderou as negociações para garantir a celeridade da tramitação do projeto e agradeceu o empenho dos parlamentares para que a aprovação acontecesse. Segundo ela, a nova lei vai auxiliar pequenos e grandes agricultores, além de impulsionar a produção sustentável. “O agro foi ouvido, especialmente nas questões on farm. Foi um trabalho realizado com maestria nas duas Casas Legislativas. Se não tivéssemos agido com rapidez os produtores que utilizam os bioinsumos ficariam na ilegalidade. Esse tema é sinônimo de inovação, tecnologia e agricultura sustentável. É o agro movido à ciência”, ressaltou.
O senador Jaques Wagner, por sua vez, considerou a proposta uma alternativa ao PL dos Defensivos Agrícolas e destacou que mais de 60% dos agricultores brasileiros já adotam biodefensivos e biofertilizantes, contra 33% que os utilizam na Europa. “Insisto que são insumos que fazem o mundo inteiro olhar para o Brasil, pela nossa capacidade de produção desse tipo de produto, que é fundamental para a agricultura e também para a pecuária. E eles, evidentemente, vão produzir alimentos mais saudáveis e ser menos agressivos à terra e ao meio ambiente”, declarou. .
O mercado de bioinsumos brasileiro tem registrado crescimento expressivo, com uma taxa anual de 21% nos últimos três anos, superando em quatro vezes a média global. Na safra 2023/2024, as vendas desses produtos alcançaram R$ 5 bilhões, com destaque para as culturas de soja, milho e cana-de-açúcar. Mato Grosso se posiciona como líder na utilização de bioinsumos, representando 33,4% do consumo, enquanto Goiás e o Distrito Federal somam 13%, e São Paulo aparece com 9%.
Saiba Mais:
- Nenhum
Estratégias para fortalecimento político, de cultura, capacitação, representação e inovação são apresentadas
A Casa do Cooperativismo, em Brasília, foi palco das Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) da OCB e da CNCoop, nesta terça-feira (03). Nesse momento a prévia do planejamento 2025 foi apresentada para aprovação e definição das estratégias do cooperativismo brasileiro em 2025.
As reuniões, realizadas de forma híbrida, contaram com a participação de lideranças cooperativistas de todo o país e reafirmaram o compromisso com a representação política, o desenvolvimento econômico sustentável e a inovação.
A AGE do Sistema OCB foi aberta por Tania Zanella, superintendente, que leu o Ato de Convocação e, em seguida, o presidente, Márcio Lopes de Freitas, destacou a importância de 2025 como um ano de oportunidades. Ele reforçou que o programa de educação política será um foco prioritário, com a missão de preparar estratégias robustas para defesa dos interesses das cooperativas. Outro ponto reforçado foi oferecer espaço para que os jovens possam participar mais do movimento. “Onde o cooperativismo está, existe mudança. Precisamos mostrar nossa força, nossa capacidade de organização e encarar os desafios que estão por vir”, afirmou.
A superintendente explicou que o planejamento para 2025 foi cuidadosamente construído com base em uma série de insumos, que incluem a Pesquisa Nacional do Cooperativismo, workshops estaduais realizados antes do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e diretrizes estratégicas do movimento. Esses elementos resultaram no Mapa Estratégico 2025, que irá dar orientação às ações voltadas ao fortalecimento da defesa e da representação política, com ênfase na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e na continuidade do programa de educação política, desenvolvido em parceria com as Organizações Estaduais (OCEs).
Entre as iniciativas destacadas, estão o fortalecimento do time de Relações Institucionais, a ampliação das ações dos comitês nacionais de jovens e mulheres, e a gestão dos conselhos consultivos de ramos e de fóruns públicos, tanto nacionais quanto internacionais, em que o Sistema OCB possui assento. Também estão previstas ações em cooperação internacional, como o acordo firmado com a ApexBrasil, além de projetos voltados para o aperfeiçoamento do marco regulatório do cooperativismo e das políticas públicas. Os temas prioritários incluem ato cooperativo, reorganização de cooperativas, conectividade rural e participação em licitações.
Na esfera de negócios, um dos destaques será o lançamento do MarketCoop, um marketplace do cooperativismo brasileiro que, no segundo semestre de 2025, estará disponível para o consumidor final. Além disso, o planejamento contempla a promoção de feiras e rodadas de negócios, sempre em parceria com entidades como ApexBrasil, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), e Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O foco em inovação também ganhará força, com novas ferramentas e conteúdos sendo disponibilizados no InovaCoop, como cursos, e-books e um banco de cases. Um programa de oficinas de cultura da inovação será oferecido às OCEs, com o objetivo de incentivar práticas inovadoras entre as cooperativas. Tania Zanella ressaltou que 2025, reconhecido pela ONU como Ano Internacional das Cooperativas, será um ano de expansão e destacou que o movimento precisa continuar fortalecendo sua imagem e reputação. “Entre as ações previstas, estão a produção de um documentário sobre o cooperativismo e um livro, além de uma exposição cultural. Nossa meta é obter o reconhecimento do cooperativismo como Patrimônio Imaterial do Brasil”, afirmou.
Luiz Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, trouxe uma perspectiva categórica sobre o papel transformador do cooperativismo, e enfatizou a contribuição do movimento para o desenvolvimento sustentável e a promoção da paz global. Para ele, o cooperativismo opera de forma única ao convergir com os três pilares fundamentais da Organização das Nações Unidas (ONU): o desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Ele acredita que essa sinergia é um dos motivos pelos quais o cooperativismo foi escolhido, pela segunda vez, como foco do Ano Internacional. Luiz destacou que essa escolha reforça a responsabilidade do movimento em liderar mudanças significativas e em ser um exemplo global de práticas sustentáveis e inclusivas. “O cooperativismo não é apenas uma forma de organização econômica; é uma força global de transformação que promove a paz, o desenvolvimento e a justiça social e ambiental. Precisamos aproveitar esse momento de reconhecimento internacional para consolidar a nossa atuação e mostrar ao mundo que, onde há cooperativismo, há progresso”.
O presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, destacou a importância de abrir as portas do cooperativismo para as novas gerações, que estão no caminho para o futuro do movimento, que depende da inclusão e do protagonismo jovem. Para ele, oferecer oportunidades e espaços de liderança para os jovens é um imperativo estratégico, que fortalece a capacidade de resposta das cooperativas em um mundo cada vez mais dinâmico. “Precisamos construir um cooperativismo inclusivo, onde os jovens tenham voz e vez. São eles que trazem inovação e energia, e é nosso dever garantir que suas ideias encontrem terreno fértil para crescer. O desafio do cooperativismo brasileiro é ser ágil e adaptável, e isso só será possível se formarmos times diversos e inclusivos, prontos para enfrentar as mudanças com rapidez e eficácia”, pontuou.
Ricardo Khouri, presidente do Sistema OCB/TO, destacou o potencial transformador dos projetos vinculados ao Ramo Agro, e enfatizou os benefícios que essas iniciativas podem trazer para o fortalecimento do cooperativismo como um todo. Ele ressaltou a importância da intercooperação entre os diferentes ramos, com foco especial nas sinergias entre o Ramo Agro e o Ramo Crédito. “O cooperativismo é uma força motriz do desenvolvimento regional, e nossos projetos no Ramo Agro são um exemplo claro disso. Quando unimos o potencial produtivo das cooperativas agropecuárias com a solidez das cooperativas de crédito, criamos um ecossistema que gera renda, emprego e inovação. Essa integração é essencial para maximizar os benefícios para os cooperados e para toda a sociedade”, declarou.
CNCoop
No mesmo dia, a Assembleia Geral Extraordinária da CNCoop também foi realizada, com foco no alinhamento sindical e no fortalecimento das relações trabalhistas. Márcio Freitas, em seu discurso, ressaltou a importância da intercooperação e da dedicação das lideranças cooperativistas. “O cooperativismo é o mundo do consenso; o sindicalismo, o mundo do dissenso”, afirmou, destacando o papel do CNCoop como referência para as cooperativas.
Entre as ações para 2025, estão o fortalecimento do Comitê de Relações Trabalhistas e Sindicais e a realização de uma pesquisa abrangente sobre as relações de trabalho no cooperativismo. Novos cursos serão lançados pela CapacitaCoop, incluindo temas como segurança e saúde no trabalho, com o objetivo de fomentar a formação contínua no Sistema Sindical Cooperativista. Além disso, a Confederação pretende ampliar sua presença internacional, participando da Conferência Internacional do Trabalho.
Bruno Vasconcelos, coordenador da CNCoop, destacou que o foco é garantir que as cooperativas estejam preparadas para os desafios legais e trabalhistas. “Estamos comprometidos em promover um ambiente de trabalho seguro e eficiente, com uma gestão cada vez mais profissionalizada”, afirmou.
Saiba Mais:
- Nenhum
Encontro destacou avanços, conquistas e novos caminhos para inclusão e equidade
O Comitê Nacional Elas pelo Coop, realizou na quinta-feira (29), a sua última reunião de 2024, marcada por despedidas, renovação e reafirmação de compromissos com a inclusão, equidade e diversidade no cooperativismo. O encontro foi uma oportunidade para refletir sobre os avanços alcançados e definir as próximas ações.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou a importância das quatro principais frentes de atuação do comitê: Formação e capacitação, Representação institucional, Intercooperação e Elaboração de diretrizes voltadas às demandas da base feminina. “É fundamental atender às necessidades das mulheres cooperadas e das cooperativas onde atuam, sempre com um olhar para a inclusão e a equidade. Toda a sociedade precisa estar envolvida nesse processo”, afirmou.
Divani Ferreira, analista institucional, ressaltou a importância dos pontos focais estaduais, que atuam como conexões diretas entre os comitês e as organizações estaduais. Ela também trouxe dados relevantes sobre a ocupação das mulheres no coop. “Enquanto as mulheres representam 51,5% da população brasileira, no cooperativismo, elas são 41% do total de cooperados, com 23% ocupando cargos de liderança”, pontuou. Ela lembrou ainda que o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) estabeleceu 7 diretrizes específicas para promover a força das mulheres dentro das cooperativas, de um total de 25.
Com a renovação das cadeiras, o comitê deu as boas-vindas às novas representantes, que compartilharam suas expectativas. Jucineide Pimentel, da Cooperforte/DF destacou o impacto positivo que espera gerar. Lidiane Thomaz, do Sistema OCB/MT, reforçou sua vontade de contribuir e fazer a diferença. Ana Aline da COAFS, no Rio Grande do Norte, disse ser a primeira mulher da cooperativa e que espera fortalecer o movimento em sua região.
Por sua vez, Águeda Maria, do Sistema Ocergs, aposta no crescimento do comitê. Raíssa Teresani, cooperada da Veiling, de Holambra, pretende impulsionar a intercooperação. Elisabete da Cooperja, de Santa Catarina, e Eliana Assunção, do Sistema Oceb, ressaltaram o aprendizado e o crescimento. Andréia Silva, também do Sistema Oceb, afirmou ver a participação no comitê como um espaço de apoio mútuo e aprendizado contínuo.
Despedidas e novos caminhos
A reunião também marcou a despedida de algumas integrantes, como Luzi Vergani, coordenadora do Comitê, que deixará o cargo oficialmente em março de 2025 e salientou a consolidação do movimento nos estados, que atuam como pilares fundamentais para fortalecer a presença feminina no cooperativismo. No total, já são 17 colegiados regionais. Vania Cupertino, incentivou as mulheres a continuarem fazendo a diferença no movimento. “Embora deixe o comitê, sigo à disposição para contribuir de outras formas”, garantiu.
Saiba Mais:
- Nenhum
Superintendente falou sobre Reforma Tributária, sustentabilidade e impacto do coop no cenário global
O Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, realizado na sexta-feira (29), reuniu lideranças do setor para discutir avanços e estratégias. A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, representou o cooperativismo nacional e destacou a importância do trabalho conjunto entre cooperativas e entidades representativas.
Ela ressaltou o papel do Sistema OCB na defesa dos interesses do cooperativismo junto aos três poderes. “O esforço de cada um é retribuído pela unidade nacional com muito trabalho, profissionalismo e defesa nos âmbitos do Legislativo, Executivo e Judiciário, para que os riscos que impactam as atividades dos cooperados sejam minimizados. É com esse espírito de vigilância que apresentamos agendas estratégicas, especialmente no Congresso Nacional”, afirmou.
Entre os avanços mencionados, Tania citou a aprovação do projeto de regulamentação da produção de bioinsumos agrícolas e as discussões em torno do Marco Temporal na demarcação de terras indígenas. Além disso, ela lembrou que a pauta do ano foi a Reforma Tributária. “Talvez muitos não acreditassem, mas a Reforma aconteceu, e o Sistema OCB estava lá para defender o mais importante, o nosso ato cooperativo. Essa conquista só foi possível graças ao protagonismo e ao alinhamento com parlamentares das frentes do Cooperativismo e da Agricultura”.
A superintendente reafirmou a força do cooperativismo brasileiro, que representa 23 milhões de cooperados, movimenta R$ 600 bilhões e gera 550 mil empregos diretos. Além disso, abordou a importância da decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou 2025 como Ano Internacional do Cooperativismo. “Essa é uma oportunidade única para mostrar ao mundo nosso impacto. Não somos apenas um modelo econômico, mas uma fonte de histórias de transformação”, declarou.
Com o Brasil sediando a COP30 em 2025, a superintendente convocou as cooperativas paranaenses a mostrarem suas práticas sustentáveis. “O cooperativismo vai além da sustentabilidade econômica e social. Precisa ser ambientalmente correto e, sendo assim, aqui no estado, temos exemplos como a Cocamar, que já foi case na COP28, em Dubai. É hora de mostrar ao mundo como fazemos a diferença”, disse.
Homenagem
Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), integra a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e destacou a relevância do trabalho conjunto feito pelos dois colegiados. “O Sistema OCB tem sido um pilar fundamental no Congresso Nacional, com sua capacidade técnica e de organização. No Paraná, o Sistema Ocepar também desempenha um papel essencial. Por isso, divido essa homenagem com todos os parlamentares que trabalham incansavelmente pelo cooperativismo”, declarou. Durante o evento, o Troféu Ocepar foi entregue ao deputado federal Pedro Lupion (PR), em reconhecimento à sua atuação em defesa do cooperativismo e do agronegócio. O deputado preside a
Saiba Mais:
- Artigo Principal
Trajetória da entidade apresenta importantes conquistas e projeta futuro ainda mais promissor para as coops
Há 55 anos, foi fundada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que uniu, em um só movimento, a determinação de pessoas que acreditavam no poder da cooperação. Desde 1969, a OCB tem sido a força motriz que impulsiona o cooperativismo em suas múltiplas frentes. No agro, na saúde, nos serviços financeiros, na educação, na geração de energia, no transporte, no consumo, no turismo e em tantos outros segmentos.
Essa trajetória é marcada por números, resultados e, principalmente, por histórias de transformação de comunidades que se tornaram mais prósperas, além de um legado de impacto positivo que atravessa gerações. Afinal, cooperar é construir, de forma coletiva, um futuro mais justo, em que cada passo é dado em sintonia com quem está ao lado.
Para Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, o cooperativismo vai muito além de uma alternativa econômica que une pessoas em prol de objetivos comuns. “Esse modelo se sustenta em valores essenciais como solidariedade, democracia e igualdade. Os sete princípios fundamentais são a alma das cooperativas e garantem competitividade e rentabilidade, mas também a priorização das pessoas sobre o lucro”, destaca.
Legado e conquistas
A Lei 5.764/71, marco regulatório das cooperativas, e a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), no início dos anos 2000, foram passos essenciais para o fortalecimento do setor. A atuação de líderes como Roberto Rodrigues, ex-presidente da OCB e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), garantiu reconhecimento internacional ao movimento brasileiro.
As conquistas foram muitas nestes 55 anos e, nos últimos cinco, a OCB liderou importantes avanços. Em 2019, foi lançado o SouCoop e o Anuário do Cooperativismo, além da parceria com a ONU em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Já em 2020, a primeira campanha nacional do cooperativismo, o SomosCoop alcançou 77 milhões de visualizações.
Em 2021, o coop participou do fortalecimento do crédito rural e o lançamento de programas como NegóciosCoop e, em 2022, foi conquistado um novo marco legal para as cooperativas de crédito (LC 196/2022), além do recorde de inscrições no Prêmio SomosCoop. Ainda em 2022, foi lançado o desafio BRC 1 TRI - Brasil Mais Cooperativo 1 trilhão de prosperidade. A meta é atingir R$ 1 trilhão de faturamento e 30 milhões de cooperados até 2027.
Em 2023, o lançamento do Programa ESGCoop e avanços importantes na Reforma Tributária, como o reconhecimento do Ato Cooperativo marcaram o ano. Já em 2024, foi realizado o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e os avanços na Reforma Tributária continuaram. Para 2025, a declaração de Ano Internacional das Cooperativas, feita pela Organização das Nações Unidas, promete trazer ainda mais visibilidade e oportunidades para o movimento.
Futuro do movimento
O cooperativismo brasileiro entrou no século 21 com um importante desafio: ser reconhecido não apenas por sua força econômica, mas por sua capacidade de gerar impacto social e ambiental. A OCB tem trabalhado para construir uma narrativa que destaque a integridade, a competitividade e a relevância do movimento no cenário global.
A edição de 2024 do 15º CBC foi um marco nessa direção. O evento reuniu mais de 3 mil lideranças para definir 100 diretrizes estratégicas que guiarão o setor nos próximos anos. As discussões foram orientadas por uma visão de futuro que combina inovação, sustentabilidade e inclusão. Além disso, a OCB consolidou seu Portfólio de Soluções para auxiliar as cooperativas a enfrentarem desafios e aproveitarem oportunidades. Programas como o CapacitaCoop, que já formou milhares de alunos, e iniciativas como o AvaliaCoop e InovaCoop são exemplos de ferramentas que fortalecem o ecossistema cooperativo.
Transformando vidas e comunidades
Ao comemorar 55 anos, a OCB celebra um passado de conquistas e olha para o futuro com confiança, pronta para continuar na liderança de um movimento que coloca as pessoas em primeiro lugar e busca soluções para os desafios do nosso tempo.
De acordo com os dados do Anuário do Cooperativismo 2024, o país já soma 23,45 milhões de cooperados, o que equivale a 11,55% da população, com base no último censo do IBGE. O cooperativismo se consolidou como uma força da economia nacional, com impactos expressivos na geração de empregos e na movimentação econômica.
Hoje, o movimento engloba 23% da população ocupada, emprega 550.611 profissionais e sua movimentação financeira alcançou impressionantes R$ 692 bilhões. Além disso, 4.509 cooperativas estão espalhadas por todo o Brasil e mostram a diversidade e capilaridade do modelo de negócios.
O Ramo Agropecuário lidera em número de cooperativas, com 1.179 unidades, seguido pelos ramos Transporte (790), Saúde (702), Crédito (700), Trabalho, Produção de Bens e Serviços (641), Infraestrutura (276) e Consumo (221). O movimento está presente em 1.398 municípios, com destaque para a região Sudeste, que concentra 1.605 cooperativas, seguida pelas regiões Nordeste (856), Sul (825), Centro-Oeste (619) e Norte (504).
Os indicadores financeiros evidenciam a força do movimento. Em 2023, os ativos totais do setor atingiram R$ 1,16 trilhões, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. O capital social também cresceu 17%, alcançando R$ 94 bilhões. As sobras do exercício totalizaram R$ 38,9 bilhões, enquanto o setor contribuiu com R$ 33,9 bilhões em tributos, um aumento significativo de 70% em relação a 2022.
No mercado internacional, o cooperativismo brasileiro se destaca. As cooperativas, com o apoio da ApexBrasil, somaram US$ 8,3 bilhões em exportações em 2023, representando 2,5% do total das exportações brasileiras e 7,1% dos embarques do agronegócio. Produtos como carnes de aves, soja triturada, café não torrado e carne suína lideram as exportações. Ao todo, 96 cooperativas recebem apoio da ApexBrasil, das quais 81 já exportam, evidenciando a força global do cooperativismo brasileiro.
Saiba Mais:
- Brasil chega a 23,45 milhões de cooperados
- Futuro do cooperativismo: 15º CBC define 25 diretrizes estratégicas
- Estudo destaca impactos expressivos do cooperativismo de crédito
- Artigo Secundário 1
Evento alinhou estratégias para ampliar promoção e presença no mercado internacional
Entre os dias 25 e 29 de novembro, Brasília recebeu o Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas, organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela ApexBrasil. O evento reuniu 40 adidos e 35 representantes do setor agropecuário, com o objetivo de estreitar laços e alinhar estratégias para ampliar as exportações do agronegócio brasileiro.
Representando o cooperativismo, o Sistema OCB participou de 18 reuniões e apresentou 40 pleitos, que reforçaram a importância dos adidos na abertura de novos mercados e na promoção dos produtos cooperativos. Os adidos possuem papel estratégico como interlocutores do Brasil em mercados externos e atuam na promoção e na proteção dos interesses agrícolas e comerciais do país.
No evento, essa conexão foi reforçada, com painéis técnicos e reuniões que proporcionaram diálogos diretos entre os adidos e os representantes do agro brasileiro. Para o Sistema OCB, a parceria é essencial. “A atuação dos adidos agrícolas é vital para o sucesso das cooperativas no mercado internacional. Eles nos ajudam a superar barreiras e a posicionar nossos produtos de alto valor agregado nos mercados mais exigentes”, ressaltou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Como parte da programação, os adidos foram recebidos na Casa do Cooperativismo, onde degustaram uma seleção de produtos produzidos por cooperativas, com vistas a demonstração da qualidade e a variedade da produção nacional. Os itens incluíram queijos, embutidos, carnes, laticínios, vinhos, espumantes, mel, castanhas e doces.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, destacou a relevância do modelo de negócios no cenário internacional. “O cooperativismo tem se provado eficiente e resiliente. A parceria com a ApexBrasil colabora para ampliar nosso alcance global. Representamos 4.509 cooperativas em 7 ramos e 52 segmentos econômicos. Desde 1970, contamos com o apoio governamental para nossas ações, como a parceria com o Banco Central e, além disso, já capacitamos 50 cooperativas em parceria com a ApexBrasil”, descreveu.
A coordenadora de Agronegócio da ApexBrasil, Paula Caminha, enfatizou a importância da parceria com o Sistema OCB. “É uma honra receber as adidâncias para estarem mais próximas do setor produtivo. Temos vagas específicas para cooperativas em todas as feiras internacionais. Atualmente, 95 cooperativas participam, sendo que 81 já exportam, muitas com produtos de valor agregado, e não apenas commodities”, afirmou.
Luiz Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, também reconheceu o valor do cooperativismo na construção de uma estratégia nacional de exportação. “Como brasileiros, juntos, com argumentos técnicos, conseguimos ótimos resultados. Eu acredito no cooperativismo e o defendo, pois é um modelo de negócios que traz a essência de cooperar. O Mapa estará sempre de portas abertas para o cooperativismo”, disse.
Resultados
O trabalho conjunto entre o Sistema OCB, o governo federal, a ApexBrasil e os adidos agrícolas já colhe frutos. Em 2023, as cooperativas alcançaram um recorde de exportação que atingiu US$ 8,4 bilhões, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Esse desempenho representa 2,5% da pauta de exportações brasileiras e evidencia o potencial do cooperativismo como motor agente capaz de impulsionar as exportações nacionais.
Saiba Mais:
- Artigo Secundário 3
A Forbes publicou, nesta terça-feira (26), um artigo assinado por Roberto Rodrigues, uma das maiores autoridades do cooperativismo global. Com uma carreira que contempla os campos acadêmico, agrícola e cooperativista, ele é um defensor incansável do modelo cooperativo como ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico e social.
Reconhecido pela ONU como Embaixador do Cooperativismo e vencedor do prestigiado prêmio Rochdale, concedido pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Roberto Rodrigues traz, em sua análise, um panorama das conquistas recentes do cooperativismo brasileiro, com ênfase no papel da inovação.
No texto, ele destaca o crescimento expressivo dos ramos agropecuário e de crédito, impulsionado pela adoção de tecnologias de ponta e práticas sustentáveis. Ele também ressalta a importância da liderança regional e do suporte institucional do Sistema OCB na expansão das cooperativas. A publicação celebra a aproximação de 2025, declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas.
Confira a íntegra do artigo a seguir:
Inovação e comemoração
O Cooperativismo brasileiro tem experimentado um grande crescimento nos últimos anos, especialmente nos setores agropecuário e de crédito, e um dos principais fatores a que se deve esse sucesso é a inovação, seja na gestão das próprias empresas cooperativas, seja nos serviços que prestam aos seus donos, os cooperados. Agricultura de precisão, drones e sistemas de monitoramento remoto, práticas sustentáveis (como energia renovável e reciclagem de resíduos), plataformas digitais para facilitar a comercialização de insumos e produtos, educação continuada e capacitação são alguns exemplos mais comuns.
As cooperativas agropecuárias mostraram números impressionantes. O anuário da OCB relativamente a 2023, por exemplo, mostra muitas que faturaram mais de 7 bilhões de reais.
A primeira foi a COAMO, de Campo Mourão-PR, com 28,7 bilhões, seguida pela LAR, de Medianeira-PR, com 22 bilhões de reais. A terceira foi a Aurora, de Chapecó-SC, com 21,4 bi, seguida pela C.Vale, de Palotrina -PR, com 21,1 bi. Também no centro-oeste o crescimento se manifestou: a COMIGO, de Rio Verde-GO, faturou 13,1 bilhões. Mas o Sul realmente comandou: a sétima em faturamento foi a COCAMAR, de Maringá-PR, com 11,3 bi e logo depois vem a COPACOL de Cafelândia -PR, com 9,6 bi. Outra catarinense, a COOPERALFA foi a 8,5 bi, e a INTEGRADA, de Londrina-PR, a 8,4 bi. A única paulista dessa relação, ocupando o décimo lugar, foi a COPERCITRUS, de Bebedouro, com 7,3 bilhões de reais de faturamento. Essa ordem varia de ano a ano, em função dos produtos agrícolas trabalhados ou industrializados. Em 2024, por exemplo, a COOXUPÉ de Guaxupé-MG deverá estar entre as 10 primeiras, graças aos bons preços do café.
Mas os avanços são uma regra geral nas regiões em que a inovação prevaleceu, especialmente quando a liderança regional do Sistema OCB é forte, caso marcante no Paraná, onde a OCEPAR tem importante coordenação nos projetos de introdução de novas tecnologias.
Por outro lado, a expansão das cooperativas de crédito foi ainda mais notável. A soma de seus ativos totais em dezembro de 2023 era de 730,9 bilhões de reais. O seu patrimônio líquido era de 98,8 bilhões, com 17,3 milhões de associados ativos. Atualmente, as cooperativas de crédito são em número de 768, mas atendem seus sócios em 9.804 pontos. Uma curiosidade interessante: em 368 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são as UNICAS instituições bancárias presentes.
Todo esse movimento, que se verifica no país inteiro, deve ser comemorado em 2025, que a ONU declarou como sendo o Ano Internacional das Cooperativas, pela Resolução 78/289 adotada em junho passado. Essa importante sinalização da ONU se deve à sua crença de que “as cooperativas são essenciais na erradicação da pobreza, redução da fome e promoção da igualdade, além de serem organizações que promovem a participação ativa das comunidades de maneira democrática”.
O cooperativismo brasileiro tem muito a festejar!
Saiba mais:
- Artigo Secundário 2
Resolução da ONU promove o movimento como um modelo de negócios inclusivo e sustentável
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, por unanimidade, a resolução que declara 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas (IYC 2025). O reconhecimento destaca o papel do cooperativismo no desenvolvimento das comunidades, na promoção de inclusão social, sustentabilidade e justiça social, além de ser uma solução eficaz para os desafios sociais, econômicos e ambientais globais. A
O documento da declaração também reforça a importância das cooperativas na erradicação da pobreza, na promoção da igualdade de gênero, no empoderamento de grupos marginalizados, como mulheres, pessoas com deficiência, povos indígenas e na luta contra a fome e a desigualdade.
Com a decisão, a ONU incentiva seus 195 países-membros a fortalecer as cooperativas, com foco no aspecto institucional e em políticas públicas que possam facilitar o acesso a recursos, tecnologias e apoio governamental. A expectativa é que o movimento seja reconhecido cada vez mais pelo seu impacto positivo, especialmente na inclusão econômica e social.
Lançamento oficial
A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu Cooperativas Constroem um Mundo Melhor como tema para o Ano Internacional das Cooperativas, com destaque para o impacto global e duradouro do modelo econômico. Esse tema visa evidenciar o cooperativismo como uma solução essencial para superar desafios globais, como escassez de recursos e mudanças climáticas, além de acelerar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com foco no combate à pobreza, promoção de trabalho decente e crescimento econômico sustentável.
O lançamento oficial começa hoje, em Nova Delhi, na Índia, durante a Conferência Cooperativa Global e a Assembleia Geral da ACI, que vai acontecer durante os dias 25 a 30 de novembro reunirá líderes globais e cooperativistas para celebrar as conquistas e discutir ações futuras para o fortalecimento do coop.
Atuação do Sistema OCB e das cooperativas do Brasil
Como representante de mais de 4 mil cooperativas brasileiras, a entidade celebrou a aprovação da ONU com entusiasmo no lançamento preliminar do IYC 2025, durante o Fórum Político de Alto Nível da ONU, em Nova York. O evento, transmitido ao vivo, contou com a presença da gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.
Para ela, essa representatividade é uma oportunidade única de mostrar a força do cooperativismo brasileiro no cenário internacional. “Nosso modelo de negócios, centrado na cooperação e sustentabilidade, contribui de forma significativa para o desenvolvimento socioeconômico de inúmeras comunidades. A presença de uma cooperativa incrementa em 18,5% o PIB per capita em comparação com um município de tamanho semelhante onde não há uma cooperativa. Isso demonstra seu impacto positivo no desenvolvimento econômico”, afirmou.
Ela também ressaltou o papel do Sistema OCB na promoção de inclusão econômica e justiça social, destacando o privilégio de representar as cooperativas brasileiras no coração da comunidade internacional. “Com o apoio da ONU e de organizações internacionais, podemos promover juntos a resiliência, a inclusão social e a gestão ambiental”, concluiu.
página criada para reunir todas as informações e materiais que podem ser usados pelas Organizações Estaduais (OCEs) e cooperativas de todo o Brasil. Para aproveitar ao máximo o potencial de expansão que o Ano Internacional das Cooperativas pode oferecer, o Sistema OCB preparou uma série de ações e iniciativas estratégicas. Como parte desse movimento, a marca oficial lançada pela ONU foi traduzida para o português e já está disponível na
As ações do Sistema OCB estão planejadas em três eixos. Um voltado para comunicação, engajamento e eventos, com foco em destacar o impacto positivo das cooperativas e ampliar a visibilidade do modelo de negócios; outro voltado para o legado e história do cooperativismo, com iniciativas culturais e históricas que irão reforçar a importância das coops e celebrar sua trajetória e identidade, e outro eixo para a parte de sustentabilidade e boas práticas ESG, com o objetivo de consolidar o cooperativismo como um setor responsável, por meio de ações positivas para o meio ambiente e a sociedade.
Toda comunidade coop está convidada a participar da divulgação do Ano Internacional das Cooperativas e poderá utilizar a marca oficial por meio dos materiais disponíveis na landing page do Sistema OCB, além de participar ativamente nas redes sociais, com o compartilhamento de conteúdos do perfil @somoscoop. E, ao longo de 2025, as coops poderão acessar novos conteúdos e materiais e disponíveis na Central da Marca SomosCoop.
Sustentabilidade
Além de sua contribuição econômica e social, o cooperativismo se destaca no debate sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. Durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão, dois paineis de destaque abordaram o papel das cooperativas em soluções sustentáveis: Cooperativismo e finanças sustentáveis e O Papel do cooperativismo no combate às mudanças climáticas.
Para a COP30, que ocorrerá no Brasil, em Belém (PA), em 2025, as expectativas são ainda maiores. O Sistema OCB planeja intensificar sua presença nas discussões sobre desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas, com destaque para as iniciativas das cooperativas brasileiras e sua contribuição para práticas ambientais que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a sociedade.
Saiba Mais:
- Nenhum
Comitê reforça compromisso com inclusão e diversidade, e planeja crescimento para 2025
O Comitê Nacional de Jovens, o Geração C, realizou sua última reunião do ano, nesta quinta-feira (21). Para o grupo, 2024 registrou avanços significativos, com a presença de 21 jovens em 17 unidades federativas e 9 comitês estaduais constituídos (GO, MG, PR, RJ, AM, RS, DF, RO, BA).
Divani Ferreira, analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, assessorou a condução da reunião e destacou a importância desse espaço pensado para os jovens. “Os comitês são fundamentais para tratar pautas de inclusão, diversidade e equidade. Com nossos jovens, conseguimos manter e consolidar importantes eixos de atuação focados no impacto de cooperativas, com educação, capacitação e intercooperação”, ressaltou.
Larissa Zambiasi, representante do Rio Grande do Sul, destacou ações concretizadas durante o ano pelo Geração C. “Trabalhamos na elaboração de diretrizes, formação, representação institucional e intercooperação. Lançamos o Manual de Implantação e Funcionamento de Comitês de Jovens em Cooperativas, participamos do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e realizamos workshops sobre inclusão e diversidade em diferentes estados. Também representamos o cooperativismo no Y20, braço jovem do G20, mostrando que o movimento é inovador e inclusivo”, disse.
Novos integrantes foram recebidos, assim como antigos membros se despediram. Leandro Takahashi, cooperado da APPC Agroindustrial, se apresentou e afirmou que seu objetivo é mostrar aos jovens que o cooperativismo é essencial para o futuro. “Minha missão é contribuir para a prosperidade desse movimento”, declarou.
Encerrando seu ciclo, Jessyca Bolzan, da Cooperativa Vinícola Aurora, compartilhou reflexões sobre sua trajetória. “É gratificante ver o que já foi feito e o que ainda será construído pelo Geração C. Os resultados positivos alcançados em âmbito nacional, estadual e dentro das cooperativas, mostram que estamos moldando o futuro do cooperativismo diante dos nossos olhos.” Myke Wendler, do Sicredi Centroentro-Sul MS/BA, enfatizou a solidez e a satisfação de ter feito parte do movimento. “Foi uma jornada singular, onde pude compreender a força e a resiliência do cooperativismo”, afirmou.
Renato Marcelino e Mariangela Ribeiro, pontos focais que apoiam os jovens nos estados do Mato Grosso do Sul e da Bahia, respectivamente, destacaram a importância de suas funções no Geração C. Mariangela enfatizou que espera fortalecer ainda mais essa ponte cooperativista. “Quero colaborar para tornar o coop conhecido por toda a sociedade e ampliar as oportunidades de participação para todos”, declarou.
Perspectivas
Para 2025, o Geração C terá uma nova coordenação ainda a ser definida, que poderá dar continuidade ao Plano de Trabalho aprovado. A agenda de reuniões do comitê nacional já está fechada e os encontros acontecerão nos dias 13 de março, 22 de maio, 24 de julho, 25 de setembro e 27 de novembro, sempre on-line, das 10h às 12h.
Saiba Mais:
- Artigo Principal
Movimento mostrou seu protagonismo na preservação ambiental e produção sustentável
O cooperativismo brasileiro ganhou destaque na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro. Durante o evento, que reuniu representantes de 200 países, parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) enfatizaram a contribuição estratégica das cooperativas brasileiras no enfrentamento das mudanças climáticas.
O décimo dia de conferência, na quarta-feira (20), foi dedicado a agricultura e reforçou a importância do cooperativismo para o alcance da segurança alimentar. Presente no evento, o presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP), destacou o protagonismo do setor tanto no segmento como nos debates climáticos. “Participar da COP29 foi um momento significativo para o cooperativismo brasileiro. Foi um orgulho ver o movimento participar ativamente deste momento, em que governo, instituições e, empresas se somam no esforço para combater os gases de efeito estufa, as mudanças climáticas, e tornar a sustentabilidade um princípio incorporado à forma de produzir e à forma de consumir”, afirmou.
O deputado também ressaltou o pioneirismo do cooperativismo no tema. “Nosso modelo de negócios teve um papel fundamental quando a Aliança Cooperativista Internacional, a ACI, há anos, trouxe o princípio da sustentabilidade, mesmo em uma época em que conceitos como o da economia circular, por exemplo, eram pouco conhecidos. No Brasil, o Sistema OCB tem sido essencial ao traduzir essa visão em práticas concretas dentro das cooperativas”, acrescentou.
Para o parlamentar, o compromisso do movimento com a sustentabilidade é evidente. “Por isso, como presidente da Frencoop, fiz questão de mostrar, durante minha participação na COP29, que o cooperativismo brasileiro está totalmente engajado na busca de soluções que contribuam para a mitigação das ações dos efeitos climáticos aliadas à uma produção responsável. Isso ficou evidente nos painéis apresentado e continuaremos trabalhando para que ele seja cada vez mais reconhecido como protagonista na construção de um futuro verde”, concluiu.
O deputado Zé Vitor (MG) complementou Arnaldo ao afirmar que o cooperativismo é mais do que um simples modelo de negócios. Ele declarou que “as cooperativas transferem tecnologia, oferecem assistência técnica e acesso a recursos financeiros para produtores e empreendedores de diversas regiões de forma sistêmica. “Por isso, considero que a COP30, que será realizada no Brasil, será uma grande vitrine para mostrar nosso país como potência agroambiental. Lideramos ações de mitigação dos efeitos climáticos e de segurança alimentar e, em 2025, poderemos comprovar isso ao mundo”.
Já o deputado Alceu Moreira (RS) ressaltou que as cooperativas mudaram a fisionomia da produção brasileira. “Na cooperativa, o pequeno vira grande produtor. É uma cooperativa de extensão rural, de assistência técnica e com capacidade de viabilizar crédito. Elas são um exemplo de cooperação absoluta e crescerão ainda mais”.
O deputado Pedro Lupion (PP-PR) também reforçou a importância do cooperativismo em eventos globais como a COP29. “Eu sou um defensor do movimento. Sou cooperado e sei da responsabilidade e da força que as cooperativas têm na produção agropecuária. Por isso a relevância de estar presente na COP e mostrar suas ações socioambientais e de combate às mudanças climáticas.”
“É fundamental essa participação na COP29, como oportunidade para mostrar a diversidade e a sustentabilidade da agricultura brasileira, em especial com a contribuição das cooperativas que atuam para a manutenção das florestas e o desenvolvimento de boas práticas responsáveis”, disse a deputada Marussa Boldrin (GO).
O deputado Zé Silva (MG), por sua vez, considerou que o cooperativismo é um pilar essencial para superar os desafios globais a partir da produção de alimentos e riquezas, preservando, ao mesmo tempo, o meio ambiente. “A presença do cooperativismo na COP29 foi essencial nos debates, especialmente no que diz respeito às finanças verdes”.
Saiba Mais: