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Ação nacional celebra o Coops Day com projeções em prédios icônicos e engajamento digital
Um mundo melhor pode significar muitas coisas. Para uns, é a garantia de dignidade e renda. Para outros, acesso à saúde, educação ou uma economia mais justa. Mas existe um ponto comum: todos querem viver em uma sociedade mais solidária, inclusiva e sustentável. Essa é justamente a proposta do cooperativismo — e, em 2025, essa mensagem ganhará as ruas (e as fachadas de prédios) de cidades brasileiras de forma inédita e inspiradora.
No próximo dia 5 de julho, o cooperativismo brasileiro tomará conta de cinco capitais do país com uma ação que promete emocionar e envolver. Para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo (Coops Day), o Sistema OCB realizará projeções mapeadas em edifícios emblemáticos de Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Belém e Porto Alegre. Com o mote Cooperativas constroem um mundo melhor, as imagens vão transformar a paisagem urbana e dar visibilidade a uma causa que une milhões de brasileiros em torno de um ideal coletivo.
A ação integra as celebrações do Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas em 2025. Um reconhecimento que chancela o modelo cooperativista como solução concreta para os grandes desafios contemporâneos: combater a desigualdade, enfrentar as mudanças climáticas e promover inclusão produtiva.
“Este ano, mais do que nunca, é uma oportunidade de mostrar ao mundo o papel transformador das cooperativas. Estamos falando de um modelo de negócios que combina eficiência econômica com justiça social. Um modelo que tem raízes locais, mas impacto global”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Projeções que contam histórias
Cada cidade foi escolhida estrategicamente para representar uma região do país.
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Museu Nacional da República (Brasília/DF)
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Elevador Lacerda (Salvador/BA)
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Viaduto Otávio Rocha – Viaduto da Borges (Porto Alegre/RS)
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Prédio na esquina da Rua Bahia com a Av. Álvares Cabral (Belo Horizonte/MG)
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Edifício Luiz Miranda, na Rua dos Tamoios (Belém/PA)
Para amplificar ainda mais o alcance da campanha, influenciadores locais acompanharão cada exibição. Os nomes foram escolhidos por sua identificação com as comunidades locais: @babilins (Brasília), @turistabr (BH), @taysa (Salvador), @isisvieirareal (Belém) e @dicasportoalegre (Porto Alegre). Além disso, a embaixadora do Ano Internacional das Cooperativas, Glenda Kozlowski, também marcará presença com um vídeo especial em comemoração à data.
Mobilização nacional
Embora as projeções aconteçam em cinco cidades, a ação terá abrangência nacional. As Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB foram incentivadas a realizar projeções semelhantes em seus estados. A ideia é que o movimento ganhe corpo em todo o país, com ações simultâneas de visibilidade urbana e digital. Tocantins, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Minas Gerais já confirmaram ações comemorativas.
Para além de uma data: uma transformação
O Coops Day é celebrado anualmente no primeiro sábado de julho. Desde 1923, a data marca um momento de união e reconhecimento das cooperativas ao redor do mundo. Em 1995, a ONU oficializou a comemoração global, em parceria com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI). A cada ano, um tema é escolhido para nortear as celebrações. Em 2025, o lema internacional será Promovendo soluções inclusivas e sustentáveis por um mundo melhor.
Mas, para o Sistema OCB, a celebração vai além do simbolismo. “O Coops Day é um convite à mobilização. É quando paramos para reconhecer nossas conquistas, mas também para reafirmar nosso compromisso com um país e um planeta melhores. Cooperar é mais do que um modelo econômico, é uma forma de transformar realidades”, ressalta o presidente Márcio Lopes de Freitas.
A gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, reforça que o grande diferencial da campanha está na combinação entre impacto visual, presença digital e engajamento comunitário. “O cooperativismo é plural, diverso e conectado com a realidade de milhões de brasileiros. Com essa ação, queremos mostrar que, com criatividade, cooperação e propósito, podemos ir ainda mais longe”, diz.
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Sistema OCB participa de reuniões do G20 e CM50 e articula cooperação internacional
Nesta quinta-feira (3), o Sistema OCB participou de uma série de reuniões estratégicas em Manchester, Reino Unido. A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, e o coordenador de Relações Internacionais, João Penna, representaram a OCB em discussões com líderes das maiores cooperativas e mútuas do planeta e em um encontro sobre a presença do setor nos principais fóruns multilaterais, como o G20.
O dia começou com a participação do cooperativismo brasileiro na reunião do Grupo de Trabalho do G20 (GT G20). O grupo, criado em 2021 durante a presidência italiana do G20, atua para consolidar o cooperativismo como protagonista nas estratégias de desenvolvimento sustentável discutidas pelo bloco. “Compartilhamos experiências nacionais e regionais, mas o foco foi avançar no diálogo com a presidência sul-africana, que em 2025, liderará as negociações globais. Queremos garantir que o cooperativismo seja reconhecido como parte das soluções para os desafios sociais e econômicos contemporâneos”, destacou João Penna.
Além de apresentar as iniciativas do Sistema OCB, o encontro buscou identificar caminhos para ampliar a visibilidade do cooperativismo nas futuras presidências do G7 e do G20, respectivamente sob liderança da França e dos Estados Unidos, em 2026.
Articulação estratégica
No período da tarde, Fabíola e João participaram da reunião do Grupo de Cooperativas e Mútuas (CM50), que reúne os dirigentes das 50 maiores cooperativas e mútuas do mundo. Com cinco representantes brasileiros — incluindo Sicoob, Unimed e Coopercitrus — o grupo é responsável por coordenar uma atuação política internacional conjunta do setor.
“Participar do CM50 é uma oportunidade estratégica. As cooperativas aqui reunidas representam uma força econômica e social gigantesca. Nossa presença neste espaço permite que o Brasil leve suas pautas e também contribua com soluções concretas que já aplicamos no país”, afirmou Fabíola.
Durante o encontro, foi discutida a versão preliminar do Manifesto do CM50, documento que deverá servir de base para a participação do movimento cooperativista na 2ª Cúpula sobre Desenvolvimento Social das Nações Unidas, prevista para novembro, em Doha. O manifesto defende a inclusão do modelo cooperativista como alternativa para reduzir desigualdades e promover o crescimento sustentável.
Fabíola destacou ainda o papel do cooperativismo brasileiro na construção dessa narrativa global. “Estamos mostrando que o cooperativismo é mais do que um modelo econômico: é uma forma de organização social capaz de transformar realidades. Essa mensagem tem ressoado com força entre nossos pares internacionais”, pontuou.
O Sistema OCB também foi citado como exemplo de articulação institucional. A delegação brasileira é responsável por representar os seis membros nacionais da ACI e, durante as discussões, reafirmou o compromisso com temas como sustentabilidade, inclusão e inovação no movimento. “Há uma percepção muito positiva do cooperativismo brasileiro aqui fora. Nossa capacidade de propor e executar iniciativas, como o posicionamento conjunto para a COP30, eleva a credibilidade do Brasil nos espaços de decisão”, avaliou João.
Além de discutir pautas globais, o CM50 avançou na definição de estratégias para fortalecer o relacionamento do movimento com governos nacionais e organismos multilaterais, como a ONU e a União Europeia.
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Sistema OCB convida lideranças a aproveitarem protagonismo do Ano Internacional das Cooperativas
Nos dias 2 e 3 de julho, lideranças do cooperativismo de crédito se reuniram em Foz do Iguaçu (PR) para o Summit de Governança Sicredi 2025, encontro que discutiu os rumos da governança no setor. Reunindo presidentes, diretores, conselheiros de administração e fiscal de 31 cooperativas Sicredi PR/SP/RJ, o evento colocou em evidência os avanços, os desafios e as oportunidades do movimento cooperativista, com a participação da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella.
Na quarta-feira (02), Tania conduziu a palestra O cooperativismo no cenário brasileiro e traçou um panorama sobre a força do setor no país e no mundo. Logo de início, ela lembrou que 2025 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, um reconhecimento que reforça a importância global do modelo cooperativo. “Estamos vivendo uma oportunidade histórica. O cooperativismo é reconhecido pelas Nações Unidas como parte da solução para os grandes desafios da humanidade. Agora, é hora de mostrar do que somos capazes e ampliar nosso impacto”, afirmou.
A superintendente destacou os números que comprovam a relevância do movimento no Brasil: 4,5 mil cooperativas em atividade, mais de 23 milhões de cooperados — cerca de 11% da população brasileira — e um faturamento de R$ 692 bilhões. Além disso, o setor gera mais de 550 mil empregos diretos. “Esses resultados refletem nossa capacidade de transformar realidades com base na cooperação, no compromisso com o coletivo e na construção de um país mais justo e próspero”, pontuou.
Com forte ênfase nas cooperativas de crédito, Tania ressaltou o papel estratégico do ramo para a inclusão financeira, sobretudo em regiões com menor presença de instituições tradicionais. “Enquanto bancos privados exigem cidades com alto PIB e população mínima de 8 mil habitantes, as cooperativas conseguem estar onde ninguém mais está. São a única instituição financeira presente em 368 municípios brasileiros. Isso é compromisso com o desenvolvimento local”, destacou.
A apresentação também trouxe uma convocação às lideranças cooperativistas para se engajarem nas ações do Sistema OCB em torno do Ano Internacional das Cooperativas. Tania falou sobre as campanhas institucionais do movimento SomosCoop, materiais de apoio para as cooperativas, ações nas redes sociais e a presença ativa do cooperativismo na COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). “Temos uma agenda estratégica em andamento. Nossa missão é fazer com que mais pessoas conheçam o cooperativismo e se reconheçam nele como agentes de transformação social e econômica”, explicou.
Por fim, a superintendente reforçou o papel da governança como pilar para a sustentabilidade do movimento. “Governança não é só sobre regras e estruturas, é sobre coerência entre o discurso e a prática. É isso que garante a confiança dos cooperados, a longevidade das nossas instituições e a força do nosso modelo”, concluiu.
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- Mapa global do patrimônio cooperativo começa em Rochdale
- Jornada dos Presidentes é encerrada com articulação internacional
- Tania Zanella é homenageada em prêmio nacional de diversidade e inclusão
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Reunião define critérios para reconhecer locais que marcam a história do movimento no mundo
Na véspera da abertura oficial da Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), foi realizada, nesta segunda-feira (30), em Rochdale (Reino Unido), a primeira reunião presencial do Grupo de Trabalho Cooperativas e Patrimônio Cultural. O encontro, sediado no Rochdale Pioneers Museum – local simbólico do cooperativismo mundial – teve como objetivo estabelecer os primeiros critérios para a identificação de locais de Patrimônio Cultural Cooperativo ao redor do mundo.
A iniciativa faz parte das ações do Ano Internacional das Cooperativas declarado pelas Nações Unidas (2025) e é coordenada pelo Escritório Global da ACI com apoio técnico da Unesco. O grupo, criado em 2024 sob liderança brasileira, busca elaborar os primeiros padrões internacionais voltados especificamente ao reconhecimento de espaços físicos relevantes na história e identidade do movimento cooperativista.
A primeira fase do trabalho focará em patrimônios tangíveis — como edifícios, monumentos e marcos históricos. Os patrimônios intangíveis, como práticas culturais ou valores simbólicos, devem ser discutidos em uma etapa futura.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, destacou que o encontro foi essencial para organizar a base técnica da proposta. “Foram definidos critérios iniciais para que os países com histórico cooperativo reconhecido possam propor locais que conservem, preservem ou simbolizem o patrimônio cooperativo em sua forma material. Isso permitirá a construção de um inventário global consistente, com potencial de reconhecimento institucional”, explicou.
Entre os encaminhamentos práticos, está a construção de um mapa digital interativo, que reunirá os locais identificados como Patrimônio Cultural Cooperativo ao redor do mundo. O lançamento oficial da plataforma está previsto para novembro deste ano, durante a reunião do Conselho da ACI, que será realizada em Brasília.
Além do mapeamento, o grupo trabalhará na definição de mecanismos de certificação internacional e estratégias de comunicação pública. A expectativa é que os critérios definidos sirvam de referência para futuras políticas de valorização e preservação do patrimônio cooperativo nos países membros da ACI.
O encontro em Rochdale reuniu representantes de diversas regiões do mundo e foi acompanhado por membros do Comitê Executivo da ICAO (Organização Setorial da ACI voltada ao cooperativismo agropecuário), além de especialistas em cultura, governança cooperativa e desenvolvimento sustentável.
A proposta está alinhada à Estratégia 2026–2030 da ACI, que reconhece o papel da cultura cooperativa como um diferencial competitivo e social do modelo. O GT também busca reforçar a presença das cooperativas nas pautas globais de diversidade cultural, direitos humanos e sustentabilidade.
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Encerramento do projeto piloto destacou resultados concretos em gestão, receita e organização
Na manhã desta sexta-feira (27), foi realizada em Goiânia a cerimônia de formatura das cinco cooperativas de reciclagem que participaram do projeto-piloto do programa NegóciosCoop para a Reciclagem em Goiás. O evento celebrou os avanços obtidos ao longo de 12 meses de trabalho contínuo, dividido em 6 módulos, com resultados expressivos no desempenho das cooperativas, na valorização do modelo cooperativista e no impacto social gerado.
Participaram da jornada as cooperativas Cooper Sag, Cooperxixá, Corumbá Coop, Cooper Goianira e Cooper Pontalina. Durante o percurso, elas seguiram uma trilha de capacitação, que contemplou desde o diagnóstico e a análise documental até formações específicas nas áreas de finanças, liderança, qualidade, inovação e conectividade, encerrando com a formatura.
A cerimônia contou com a presença do superintendente do Sistema OCB/GO, Jubrair Caiado; Gislaine Lelis, Gerente de Desenvolvimento de cooperativas; Carlos Eduardo, Coordenador de Desenvolvimento de Cooperativas e Negócios; Laura Sampaio, Analista de Cooperativismo; Diane Gonzaga, Consultora da MAPA.SA; Luana Mendonça, Analista de Negócios do Sistema OCB; Letícia Monteiro, Analista Técnica Institucional do Sistema OCB; Dirigentes cooperativistas, parceiros e, principalmente, os cooperados e cooperadas que participaram da trilha. Na abertura, foi apresentada uma retrospectiva do programa em Goiás, seguida pela exibição de um vídeo com os melhores momentos das oficinas e vivências.
Luana falou sobre a proposta e os resultados do programa. “Esse momento representa muito mais do que o encerramento de uma etapa. Celebramos conquistas reais, o esforço coletivo e a certeza de que o Programa NegóciosCoop para a Reciclagem funciona e cumpre seu objetivo: fortalecer as cooperativas como empreendimentos sustentáveis, promovendo organização interna, aumento de faturamento e valorização do nosso modelo cooperativista. É o marco de que estamos no caminho certo, juntos”, declarou.
Para o superintendente do Sistema OCB/GO, Jubrair Caiado, os resultados são muito concretos. “Aumento na comercialização, crescimento da renda média dos cooperados, melhora da receita das cooperativas e novas parcerias sendo firmadas são alguns deles. São diagnósticos, consultorias e treinamentos que, de fato, estão dando resultado. E é isso que faz toda a diferença”, destacou.
A analista técnica, Letícia Monteiro, destacou os avanços na representação política do setor. “O Sistema OCB tem atuado fortemente para garantir que as cooperativas de reciclagem sejam reconhecidas como agentes estratégicos na política nacional de resíduos. Essa ação em Goiás mostra o quanto essas cooperativas têm potencial quando recebem apoio técnico estruturado e oportunidade de protagonismo”.
Outro momento importante do evento foi a divulgação do sistema Cata360, uma plataforma voltada para a organização da cadeia da reciclagem, que irá contribuir para a gestão e o fortalecimento das cooperativas.
Na sequência, foi feita a entrega simbólica de placas institucionais para cada cooperativa, representada por seu presidente ou presidenta, e a entrega dos certificados individuais aos cooperados e cooperadas.
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Penúltimo dia da Jornada dos Presidente inclui reflexões sobre o papel global das cooperativas
A reta final da Jornada dos Presidentes do Sistema OCB em Washington foi marcada, nesta quinta-feira (26), por uma agenda voltada ao diálogo entre o cooperativismo e a produção de conhecimento acadêmico. Pela manhã, a delegação foi recebida na American University, uma das instituições mais respeitadas dos Estados Unidos em relações internacionais e políticas públicas.
Durante a programação técnica, os presidentes das Organizações Estaduais (OCEs) participaram de conversas com professores e pesquisadores ligados ao Trade, Investment and Development Program da universidade. O encontro abordou questões como comércio internacional, transição energética, inovação em cadeias produtivas e novos modelos de cooperação entre países e setores sociais. “Estar aqui é uma forma de mostrar que o cooperativismo brasileiro está pronto para contribuir com as grandes soluções globais. A universidade é um espaço de formação, diálogo e formulação”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A conversa também foi uma oportunidade de apresentar a diversidade do movimento cooperativista brasileiro e sua capacidade de atuação em áreas sensíveis como segurança alimentar, bioeconomia, crédito rural e organização social do território. “Os desafios que a academia discute são os mesmos que nossas cooperativas enfrentam todos os dias no campo e na cidade. O que muda é a lente. Estar aqui nos ajuda a ajustar o foco e a enxergar o nosso trabalho como parte de algo maior”, afirmou Márcio.
À noite, os participantes se prepararam para um momento de confraternização e aprendizado: um jantar e palestra com o economista e diplomata Marcos Troyjo, que acompanha a missão como curador estratégico e tem promovido reflexões sobre o papel do Brasil e do cooperativismo em um mundo em transformação.
O encontro funcionou como uma síntese dos aprendizados da semana e uma preparação para os últimos compromissos da missão internacional, que se encerra nesta sexta-feira (27), com duas agendas de peso: uma visita à sede da NCBA-CLUSA, entidade nacional que representa o cooperativismo norte-americano, e um encontro com representantes das Nações Unidas, em Nova York.
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Débora Ingrisano apresentou como a transparência fortalece a governança corporativa
A importância da transparência organizacional como elemento estratégico de governança e sustentabilidade foi o foco da participação do Sistema OCB no XXIX Encontro Brasileiro de Administração (Enbra), realizado durante essa semana em Belém. Representando a entidade, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas da Unidade Nacional, Débora Ingrisano, foi uma das painelistas desta quinta-feira (26), em um dos momentos mais técnicos da programação.
Com o tema Transparência Organizacional e ESG: como a transparência nos processos administrativos pode fortalecer a governança corporativa, Débora trouxe ao público uma reflexão aprofundada sobre o papel da clareza na gestão como ferramenta de geração de valor, mitigação de riscos e ampliação da confiança institucional — tanto no setor público quanto no setor cooperativista. “A transparência deve estar incorporada ao funcionamento diário das organizações. Em tempos de mudanças aceleradas, ela é o alicerce da confiança, da previsibilidade e do engajamento”, destacou.
A apresentação contextualizou os principais marcos da agenda ESG no Brasil e no mundo, além de demonstrar como a governança transparente pode contribuir diretamente para resultados mais sustentáveis — do ponto de vista econômico, social e ambiental. Também foram apresentados dados sobre os impactos da corrupção no setor privado e a importância da adoção de mecanismos claros de prestação de contas e gestão de riscos.
Débora também trouxe para o debate a experiência do cooperativismo, que tem em seus princípios fundadores valores como equidade, participação e responsabilidade socioambiental. “O cooperativismo, por natureza, já opera com base em valores que hoje são cobrados em todas as organizações. A governança democrática e o compromisso com a comunidade são ativos que precisamos mostrar com mais clareza, inclusive nos indicadores ESG”, afirmou.
O Enbra 2025 também contou com fóruns paralelos voltados a públicos específicos, como jovens profissionais, mulheres na administração e servidores públicos. A programação reuniu especialistas de todo o país para discutir tendências da gestão moderna e o futuro da profissão.
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Missão internacional aprofunda debates sobre desenvolvimento sustentável e inclusão financeira
O terceiro dia da Jornada dos Presidentes do Sistema OCB, nesta quarta-feira (25/6), foi marcado por dois encontros de alto nível com instituições fundamentais para a agenda de desenvolvimento global: o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial.
Durante a manhã, a comitiva foi recebida na sede do BID, onde os participantes puderam conhecer melhor as estratégias do banco para promover o crescimento sustentável e a redução da desigualdade na América Latina e no Caribe. A reunião abordou temas centrais como inovação, agricultura, recursos hídricos, inclusão financeira, capital humano e desenvolvimento da Amazônia — áreas em que as cooperativas já atuam com impacto direto nas comunidades.
“O que vimos hoje no BID é que os desafios da região também são os nossos: inclusão produtiva, geração de renda e desenvolvimento com sustentabilidade. O cooperativismo tem muito a contribuir com essas soluções”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A diretora executiva do BID, Marta Viegas, destacou a afinidade entre o banco e o movimento cooperativista. “Tenho apreço pessoal e profissional pelas cooperativas, pelo seu papel na inclusão produtiva e social. As cooperativas são parceiras naturais de um banco de desenvolvimento como o BID”.
Para Tatiana Schor, representante da unidade voltada à Região Amazônica, a atuação das cooperativas tem tudo a ver com o papel de um banco multilateral. “O BID tem um papel importante com cooperativas, especialmente em territórios estratégicos como a Amazônia”.
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, também participou do encontro e reforçou o reconhecimento institucional ao setor. “Sempre bom falar com um setor que está crescendo e se desenvolvendo. O cooperativismo brasileiro está de parabéns! Uma alegria recebê-los para conversar sobre parcerias”, afirmou.
No período da tarde, os representantes do cooperativismo participaram de uma imersão no Banco Mundial. A visita proporcionou reflexões importantes sobre o papel das cooperativas na promoção do desenvolvimento rural, na geração de oportunidades e no enfrentamento da pobreza. Os especialistas da instituição apresentaram dados e iniciativas que dialogam diretamente com a realidade das cooperativas brasileiras.
“A presença do Sistema OCB no Banco Mundial mostra que estamos preparados para conversar de igual para igual com os grandes formuladores de políticas globais. Temos experiências concretas, em todo o Brasil, que provam que é possível aliar desenvolvimento econômico com justiça social”, ressaltou Márcio.
O presidente também destacou que encontros como os de hoje reforçam a confiança no potencial transformador do movimento. “Estamos nos conectando com instituições que moldam o futuro da nossa região. E estamos aqui com um propósito claro: mostrar que cooperar funciona — e pode ser política pública.”
Ao longo do dia, os presidentes das Organizações Estaduais (OCEs) também puderam trocar percepções e aprofundar suas análises sobre o papel internacional das cooperativas. Para muitos, essa é uma oportunidade única de ampliar horizontes, estabelecer parcerias e trazer novas ideias para fortalecer o movimento nos estados.
A Jornada dos Presidentes segue até sexta-feira e terá, nos próximos dias, visitas à American University, à NCBA-CLUSA (entidade que representa o cooperativismo nos EUA), à ONU e a espaços de referência em diplomacia e comércio internacional.
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Agenda teve foco em relações bilaterais, acesso a mercados e tendências globais
O segundo dia da Jornada dos Presidentes do Sistema OCB, nesta terça-feira (24), em Washington (EUA), deu continuidade à intensa programação internacional da comitiva brasileira, com foco em temas econômicos, inovação e articulação institucional. Liderada pelo presidente Márcio Lopes de Freitas, a delegação visitou o US-Brazil Business Council e participou de um workshop com especialistas em política global e tendências de mercado.
Pela manhã, o grupo foi recebido no US-Brazil Business Council, braço da Câmara de Comércio dos Estados Unidos voltado à promoção das relações bilaterais com o Brasil. No encontro, os representantes do cooperativismo brasileiro discutiram temas estratégicos como acesso a mercados, segurança regulatória, tarifas econômicas e o papel das cooperativas na economia internacional.
“A visita ao Business Council foi uma oportunidade valiosa para mostrar que o cooperativismo está preparado para contribuir com uma agenda econômica moderna, inclusiva e sustentável. Queremos mais do que abrir mercados: queremos construir pontes duradouras entre os países e os povos”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
À tarde, a delegação participou de um workshop exclusivo com Oliver Stuenkel, especialista em risco geopolítico para lideranças empresariais e equipes de multinacionais, e Otaviano Canuto, economista, que abordaram temas como reconfiguração geopolítica e tendências econômicas globais. O encontro promoveu uma imersão em temas estratégicos para o posicionamento internacional das cooperativas brasileiras
“A Jornada reforça o papel estratégico das cooperativas brasileiras no cenário global. Estar presente em espaços de diálogo internacional como este é fundamental para ampliar o protagonismo do setor e alinhar nossas ações às transformações econômicas e geopolíticas em curso”, destacou André Pacelli, secretário-geral da diretoria da OCB.
De acordo com o presidente Márcio, a Jornada tem se mostrado uma plataforma eficaz para o fortalecimento institucional e a ampliação da atuação global do setor. Além do conteúdo técnico, os encontros também proporcionaram momentos importantes de interação entre os presidentes das Organizações Estaduais (OCEs), que puderam trocar experiências e visões sobre a atuação internacional do movimento”, declarou.
A Jornada dos Presidentes segue até o dia 27 de junho e contará ainda com visitas ao Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), American University, Associação Nacional de Negócios Cooperativos (NCBA CLUSA) e Nações Unidas.
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Superintendente Tania Zanella participou de painel especial sobre o futuro do cooperativismo
Nesta terça-feira (24/6), o Sistema OCB participou do Seminário 30 Anos Cresol, realizado em Francisco Beltrão (PR). O evento reuniu lideranças do cooperativismo nacional para celebrar a trajetória de uma cooperativa que vem se consolidando como referência no segmento de crédito no Brasil e para discutir os desafios e oportunidades do setor. Representando a entidade, a superintendente Tania Zanella marcou presença no painel Cresol 30 anos: construindo futuros cooperativos, em um formato descontraído de bate-papo, que contou ainda com representantes do BNDES, Banco Central, Sicoob e da própria Cresol.
No auditório da Cresol Confederação, os participantes compartilharam experiências, memórias e visões de futuro. A conversa foi conduzida pelo presidente da Cresol Confederação, Cledir Magri, e pelo vice-presidente, Adriano Michelon. Também estiveram presentes o diretor executivo da instituição, Márcio Falcão, e outras lideranças do setor cooperativista.
Para Tania Zanella, participar desse momento foi, acima de tudo, uma forma de reconhecer a contribuição da Cresol para o desenvolvimento socioeconômico de milhares de brasileiros. “Celebrar os 30 anos de uma instituição como a Cresol é celebrar também a força do cooperativismo de crédito no Brasil. A Cresol é fruto de um sonho coletivo que não apenas sobreviveu, mas prosperou, construindo um sistema robusto, comprometido com o desenvolvimento local e com a inclusão financeira de verdade”, afirmou.
O seminário ganhou ainda mais relevância por acontecer justamente em 2025, declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas. “Esse reconhecimento global só reforça o papel estratégico das cooperativas na construção de um mundo mais sustentável, resiliente e humano. E a Cresol é uma prova viva disso”, destacou Tania.
Durante sua fala, a superintendente do Sistema OCB também lembrou o papel do cooperativismo de crédito na promoção da cidadania econômica. “Estamos falando de acesso a crédito justo, educação financeira e apoio direto a quem empreende do país. É um trabalho silencioso, mas transformador.”
Ao final do painel, Tania reforçou o compromisso do Sistema OCB com a promoção de políticas públicas que favoreçam o crescimento do cooperativismo no Brasil. “Seguiremos juntos, trabalhando pela representatividade, inovação e fortalecimento das nossas cooperativas. Os próximos 30 anos serão ainda mais promissores”, completou.
A celebração dos 30 anos da Cresol reafirmou o papel essencial do cooperativismo de crédito no Brasil e o compromisso contínuo das entidades representativas com a construção de um futuro mais justo e colaborativo.
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Primeiro dia focou na articulação institucional e no diálogo com lideranças estratégicas dos EUA
A Jornada dos Presidentes do Sistema OCB teve início nesta segunda-feira (23/6), em Washington (EUA), com uma programação intensa e estratégica voltada ao fortalecimento da atuação internacional do cooperativismo brasileiro. A comitiva, liderada pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, visitou importantes instituições e participou de debates de alto nível sobre geopolítica, desenvolvimento e relações bilaterais.
Logo pela manhã, os representantes do cooperativismo brasileiro foram recebidos na Embaixada do Brasil em Washington, onde deram início à agenda oficial da etapa internacional da Jornada. Na ocasião, o grupo teve a oportunidade de discutir os principais desafios e oportunidades para o Brasil no atual cenário global, com ênfase no papel do cooperativismo como agente de desenvolvimento sustentável e inclusão econômica.
“A visita à embaixada representa, simbolicamente, a abertura institucional da nossa jornada. Estamos aqui para construir pontes e ampliar a presença do cooperativismo brasileiro no debate internacional. Nosso movimento tem muito a contribuir com os desafios globais, como segurança alimentar, energia limpa e inclusão produtiva”, destacou Márcio Lopes de Freitas.
Na parte da tarde, a delegação seguiu para a sede da Eurasia Group, consultoria referência em análise de risco político global. Em um workshop exclusivo, os presidentes das Organizações Estaduais (OCEs) foram provocados a refletir sobre o contexto geopolítico atual e como ele impacta o ambiente de negócios e as estratégias institucionais. Em seguida, o grupo participou de um encontro no Atlantic Council, um dos principais think tanks (grupos de reflexão) dos Estados Unidos, que promove discussões sobre política externa, economia global e segurança internacional.
Para o presidente, a programação desta segunda-feira reforçou o compromisso do Sistema OCB com a qualificação das lideranças cooperativistas e com a construção de uma visão estratégica para o futuro. “Estamos promovendo uma verdadeira imersão em temas centrais da agenda global. Esta jornada nos permite entender melhor o papel do Brasil no mundo e como o cooperativismo pode estar mais presente nos fóruns internacionais de decisão”, afirmou.
A Jornada dos Presidentes segue até o dia 27 de junho e incluirá visitas ao Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), American University, Nações Unidas e à Associação Nacional de Empreendimentos Cooperativistas (NCBA). O economista e diplomata Marcos Troyjo acompanha a comitiva ao longo de toda a programação, contribuindo com análises e reflexões estratégicas.
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Evento virtual capacita cooperativas para atuarem no mercado de carbono
Com foco em oportunidades reais para o cooperativismo no mercado de carbono, o Sistema OCB realizou, nesta quarta (18), a capacitação virtual Créditos de Carbono no Coop: da originação à comercialização. O evento reuniu técnicos e especialistas em meio ambiente e ESG das Organizações Estaduais (OCEs) e cooperativas, além de representantes das 18 cooperativas que participam da Solução Neutralidade de Carbono. O objetivo foi aprofundar os principais conceitos ligados à pauta da descarbonização e discutir como transformar o conhecimento técnico em estratégias aplicáveis à realidade do setor.
Na abertura do workshop, a Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, destacou o momento estratégico vivido pelo movimento cooperativista, em especial com a proximidade da COP30, que será realizada no Brasil. “Quando falamos de sustentabilidade, estamos falando de ESG — que envolve método, comprovação e indicadores. Neste ano, com a COP no Brasil, o foco maior é o ambiental, e é ótimo ver o interesse de vocês nesse tema”, ressaltou.
Débora também chamou atenção para a importância de levar o conhecimento técnico para os dirigentes. “Nosso papel é dar suporte para que o cooperativismo siga forte e sustentável. Há cooperativas que já avançaram muito em relatórios e práticas ESG, mas nosso desafio é fazer com que essa pauta seja de todos. A urgência é hoje: cuidar do planeta, das pessoas e garantir cooperativas vivas, sustentáveis e inovadoras.”
O evento contou com a participação da Líder Global de Soluções de Carbono da Ambipar, Soraya Pires, que apresentou uma visão do mercado de carbono e os desafios para integrar essa agenda ao agro. “Embora o carbono não seja visível como a produção, ele tem um enorme potencial de agregar valor. O Brasil tem tudo para ser referência: tecnologia, território e capacidade. O desafio está em entender toda a cadeia, desde a coleta de dados até o cálculo das emissões e possíveis compensações.”
Para Soraya, a agenda construída de forma conjunta entre cooperativas, entidades de apoio e parceiros técnicos é essencial para gerar resultados concretos. “Essa agenda que construímos juntos agrega valor financeiro, reputação, qualidade e performance. A COP é um ponto de partida importante, mas essa agenda precisa continuar e crescer.”
A visão prática foi reforçada por cooperativas que já estão participando do projeto. Celso Brasil, representante da Copacol, comentou sobre os aprendizados e avanços obtidos com o inventário de emissões. “O apoio das lideranças foi fundamental para engajar todo mundo e facilitar a coleta dos dados, mesmo que muitas informações ainda não estejam organizadas nos sistemas. Agora, nosso foco é identificar oportunidades para reduzir emissões e melhorar nossos processos, sempre alinhados à estratégia da cooperativa”, relatou.
Já Maysse Maysse Paes Honorato, gerente de comunicação e qualidade da Unicred União, descreveu a experiência de implementação do inventário em uma cooperativa de crédito. “Esse tema é muito novo para a gente e, no começo, parecia distante da nossa realidade. Com apoio do Sistema OCB, da Ambipar e da equipe técnica, absorvemos conhecimento e enfrentamos o trabalho intenso que é coletar e organizar os dados. Hoje, nossa meta é reduzir o impacto de carbono e avançar na neutralização”, afirmou.
Maysse ainda destacou o protagonismo da Unicred na pauta ambiental. “Somos a primeira cooperativa singular com selo ouro no registro público, o que fortalece nossa posição e demonstra nosso compromisso com a sustentabilidade. Estamos abertos a trocar experiências com outras cooperativas para acelerar esse movimento”, acrescentou.
Para o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, o trabalho iniciado com a Solução Neutralidade de Carbono está ganhando escala e se consolidando como referência no setor. “Começamos esse trabalho em 2022, com um projeto-piloto envolvendo três cooperativas. Realizamos formações técnicas, visitas de campo e apoiamos a elaboração dos inventários tanto das cooperativas quanto dos produtores rurais. Esse processo nos mostrou que é viável e necessário estruturar uma solução coletiva para o cooperativismo”, explicou.
Hoje, a iniciativa reúne 18 cooperativas de oito estados, com faturamento somado superior a R$ 53 bilhões. “Estamos entregando resultados: teremos um relatório consolidado dos inventários dessas cooperativas, um guia metodológico aberto a todo o setor e uma trilha de cursos na CapacitaCoop voltada à descarbonização. Isso demonstra como o cooperativismo está se preparando para liderar esse processo, inclusive com foco na COP30”, destacou Alex.
Ele reforçou ainda que a estratégia vai além do evento global. “A COP é um marco, mas o mais importante é fazer com que a agenda ambiental chegue de fato à ponta, nas cooperativas. Queremos que todas tenham acesso às ferramentas e ao conhecimento necessários para avançar. Nosso papel é justamente esse: apoiar, orientar e criar caminhos para que nenhuma cooperativa fique de fora dessa transformação.”
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Divani Ferreira representou o cooperativismo em workshop internacional na UnB
O Sistema OCB participou ativamente do I Workshop Internacional de Inovação e Empreendedorismo Social no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), realizado de 16 a 18 de junho no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB). O evento reuniu representantes do setor produtivo, academia, poder público e motoristas para debater soluções à escassez global de caminhoneiros, com foco em inovação, segurança no trânsito e inclusão social.
Representando o Sistema OCB, a analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas, Divani Ferreira de Souza Matos, foi painelista no debate: Fomentando o Empreendedorismo Feminino no TRC. Em sua fala, destacou o papel transformador do cooperativismo na promoção da equidade de gênero e do protagonismo feminino no setor. “As mulheres enfrentam barreiras históricas nesse setor, mas também têm mostrado uma enorme capacidade de empreender e inovar. O cooperativismo oferece um ambiente inclusivo e colaborativo, ideal para promover essa transformação. Nosso papel é ampliar essas oportunidades com políticas afirmativas, qualificação e visibilidade”, afirmou.
Durante a apresentação, Divani compartilhou as principais ações do Sistema OCB voltadas à inclusão e à equidade, com destaque para o Comitê Nacional de Mulheres do Cooperativismo, o Elas pelo Coop, criado para ampliar a participação de mulheres nas cooperativas, especialmente em cargos de liderança. Ela também apresentou o Geração C, comitê que fomenta a formação de lideranças jovens, promovendo diversidade e sucessão dentro do movimento cooperativista.
Outro ponto abordado foi a conexão entre os temas do workshop e as diretrizes do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que priorizam o fortalecimento de comitês de mulheres, ações de prevenção ao assédio, capacitação de lideranças e incentivo à participação feminina em processos de governança. “Temos desafios concretos, como a superação de preconceitos, a sobrecarga de trabalho e o acesso limitado à formação. Precisamos enfrentá-los com iniciativas estruturadas, mentoria e redes de apoio entre as mulheres cooperativistas”, pontuou Divani.
Divani apresentou dados do Anuário Brasileiro do Cooperativismo com um recorte de gênero voltado ao ramo transporte, destacando o papel estratégico dos comitês Elas pelo Coop na promoção da equidade no setor. Durante sua fala, ela citou exemplos inspiradores de duas cooperativas que já implementam comitês locais voltados para o fortalecimento da presença feminina no transporte cooperativista: a CoopGNP (Grupo Novo Paraná) de Luís Eduardo Magalhães (BA), e a Coopmetro (Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos de Carga e Passageiros) com atuação em 15 estados brasileiros.
Gláucia Scapini, coordenadora do Comitê Elas pelo Coop da CoopGNP, que faz parte do comite estadual de mulheres da OCEB, destacou que a atuação feminina na cooperativa vem se ampliando de forma consistente, ultrapassando a tradicional presença no setor administrativo. “Desde o início, estamos inseridas no negócio, mas agora passamos a atuar com mais liderança. O comitê tem sido essencial nesse processo de amadurecimento”, ressaltou. Ela também explicou que, para capacitação, o grupo tem recorrido à Plataforma CapacitaCoop. Hoje, 30% do quadro funcional da cooperativa é composto por mulheres, incluindo cargos de confiança, com garantia de equidade salarial. Esse comprometimento com a inclusão rendeu à CoopGNP a conquista do Selo Lilás, concedido pelo governo da Bahia a instituições com boas práticas de promoção da igualdade de gênero.
Já Tionília Cristina, coordenadora do Comitê de Mulheres da Coopmetro, da CNTCOOP e integrante do Comitê Estadual de mulheres da Ocemg, pontuou que, embora a presença feminina no ramo transporte ainda seja tímida nos cargos de liderança, há avanços notáveis, especialmente em nichos como o comércio eletrônico, que tem aberto portas para motoristas mulheres. “Temos, sim, mulheres conduzindo veículos de carga maiores. Mas o ponto central é que os comitês se tornaram ferramentas estratégicas para organização, formação e representatividade feminina dentro das cooperativas”, afirmou.
Segundo Tionília, os comitês deixam de ser apenas espaços de acolhimento e se tornam verdadeiros centros de capacitação e protagonismo. “Eles nos dão voz e ampliam nossas oportunidades, seja como cooperadas, motoristas, donas do próprio negócio ou líderes. O Elas pelo Coop é, para nós, um verdadeiro presente. É um veículo – usando a linguagem do transporte – que nos leva mais longe.”
O evento também fez referência ao movimento Maio Amarelo no TRC, voltado à segurança viária e à valorização da vida dos profissionais da estrada. Os painéis trataram de soluções tecnológicas, empreendedorismo social e estratégias para tornar o setor mais atrativo a jovens e mulheres.
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Espaço produziu 12 entrevistas com especialistas e representantes de cooperativas de todo o Brasil
Com o objetivo de amplificar as mensagens e promover conexões durante a Semana de Competitividade 2025, o Sistema OCB montou uma estrutura especial no coração do evento: o Estúdio Coop. Durante três dias, o espaço produziu 12 entrevistas com palestrantes, especialistas, comunicadores e representantes de cooperativas de diferentes ramos e regiões do Brasil.
Ao todo, 24 pessoas participaram dos episódios do Estúdio Coop, entre especialistas convidados e comunicadores que atuam diretamente nas cooperativas. Cada episódio contou com a presença de um especialista que também era palestrante da Semana, trazendo uma visão técnica e aprofundada sobre os temas debatidos, e um comunicador cooperativista, responsável por compartilhar a vivência prática do tema em sua realidade local. O resultado foram conversas ricas e integradas, alinhadas às trilhas do evento — Planejamento e dados, Branding, Comunicação institucional e Marketing — que aproximaram ainda mais o conteúdo da realidade do setor.
O Estúdio Coop foi pensado como uma vitrine viva da Semana, capaz de proporcionar conteúdo dinâmico e acessível ao público. Os bate-papos abordaram temas estratégicos como reputação, storytelling, inteligência artificial, identidade de marca, comunicação institucional e marketing de relacionamento — sempre com uma perspectiva cooperativista.
“O Estúdio Coop foi mais do que um espaço de entrevistas. Foi um palco de escuta ativa e compartilhamento de experiências reais. Com a publicação dos episódios no canal do Sistema OCB, a proposta é fazer o conhecimento circular e valorizar a diversidade do nosso sistema”, destacou Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB.
Programação diversa e conectada
Ao longo da programação, as entrevistas promovidas pelo Estúdio Coop ampliaram os debates realizados nas trilhas da Semana de Competitividade. Os encontros abordaram desafios reais da comunicação cooperativista, sempre com foco em soluções, inovação e propósito. Confira os destaques:
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Patrícia Marins (sócia-fundadora da Oficina Consultoria Oficina Consultoria) e Paulo César (Gerente de Marketing na Credisis Jicredi/RO): conversaram sobre como construir e preservar a reputação institucional de uma cooperativa, destacando a importância da confiança como ativo estratégico em tempos de alta exposição e transformação digital.
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Martha Terenzzo (autora e professora) e Wayne Pellacani (gerente de comunicação e marketing na Natercoop/ES): discutiram o papel do storytelling como ferramenta para aproximar o público da identidade cooperativa. A entrevista reforçou como contar boas histórias pode gerar pertencimento, engajamento e valorização da cultura organizacional.
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Gustavo Caetano (fundador da Samba Tech) e Luiz Gustavo Souza (Gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Credicaf/MG): falaram sobre os avanços da inteligência artificial na comunicação e como as cooperativas podem incorporar tecnologias para entender melhor seu público e personalizar suas mensagens.
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Tania Savaget Carneiro (especialista em branding) e Sabrina Morello (coordenadora de Marketing e Cooperativismo na Frísia/PR): abordaram o desafio de construir e manter marcas cooperativas fortes e coerentes, tratando da importância da consistência visual e narrativa para gerar valor percebido e fidelidade.
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André Siqueira (cofundador da RD Station) e Gabriele Triches (Coordenadora de Comunicação da COMIGO/GO): conversaram sobre a criação de experiências integradas nos canais digitais e físicos da cooperativa. Eles destacaram como o marketing de conteúdo e o funil de relacionamento contribuem para resultados sustentáveis.
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Tatiana Maia Lins (professora de Relações com o Mercado e Investidores na ESPM) e Disney de Paula (Diretor de Comunicação e Marketing da Coogavepe Cogavepe/MT): discutiram o novo papel da assessoria de imprensa no ecossistema midiático atual, e como as cooperativas podem utilizar essa ferramenta para ampliar sua visibilidade, inclusive em meios digitais e regionais.
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Beatriz Guarezi (fundadora da Bits to Brands) e Raquel Lazarotto (gerente de comunicação e marketing da Coprel/RS): refletiram sobre os desafios de capturar e manter a atenção das pessoas num cenário de excesso de informações. A conversa trouxe estratégias para trabalhar comunicação criativa com foco em conteúdo relevante.
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Tereza Santos (CEO da Sympla) e Kátia Dalcin (Gerente de Marketing da Santa Clara/RS): abordaram a construção de conexões duradouras com o público a partir de estratégias de marketing de relacionamento, ressaltando a importância de conhecer a jornada dos cooperados e oferecer experiências memoráveis.
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Thaís Jerônimo Duarte (Doutora em Estudos da Linguagem) e Elizomar Braga (Gerente de Comunicação e Marketing da Sicredi Evolução/PB): compartilharam práticas sobre como mapear a jornada do cooperado e aplicar esse conhecimento na construção de campanhas mais empáticas e eficazes.
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Williams Bayczar (mestrando em comunicação e práticas de consumo pela ESPM) e Carolina Oliveira (gerente de inteligência de mercado e marketing do Sicoob Central/ES): conversaram sobre o uso de métricas na comunicação e no marketing digital, com foco em resultados e aprendizado contínuo. Eles destacaram a necessidade de interpretar dados com olhar estratégico.
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Fernanda Lambach (consultora estratégica na Seta Solutions) e Ingrid Assunção (coordenadora de marketing na Coopernorte/PA): abordaram como preparar lideranças para se comunicar melhor em contextos públicos, internos e institucionais, reforçando que o media training é essencial para proteger e fortalecer a imagem da cooperativa.
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Samira Cardoso (co-fundadora e CEO da Layer-up) e Cristiane Sanches (gerente de comunicação corporativa na Unimed BH/MG): encerraram a série de entrevistas discutindo estratégias práticas para posicionar marcas cooperativas em um mercado competitivo. Elas enfatizaram a importância de aliar propósito e performance na comunicação.
Representatividade
O Estúdio Coop também foi palco para a diversidade das vozes do cooperativismo. Participaram cooperativas dos ramos crédito, agro, infraestrutura, trabalho e saúde, de estados como Rondônia, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraíba, Pará e São Paulo. Essa representatividade demonstrou a amplitude de atuação do movimento e a riqueza das experiências locais.
Conteúdo que segue vivo
As entrevistas do Estúdio Coop foram gravadas e agora fazem parte de um acervo de vídeos que será distribuído pelos canais do Sistema OCB e da campanha SomosCoop. O conteúdo será transformado em pílulas temáticas, com foco em formação, inspiração e divulgação das boas práticas em comunicação cooperativista.
“A ideia é que o Estúdio Coop se torne um espaço permanente nas ações estratégicas do Sistema, seja em eventos, campanhas ou programas de formação. É um formato que aproxima, engaja e projeta a voz do cooperativismo para além do evento”, finalizou Samara.
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Desafios interativos premiaram participantes que completaram o circuito de dez ativações
Durante a Semana de Competitividade 2025, realizada de 9 a 11 de junho em Brasília, os mais de 800 participantes do evento foram convidados a embarcar em uma jornada interativa e cheia de cooperação. A experiência gamificada promovida pelo Sistema OCB, movimentou os corredores do evento com uma proposta leve, educativa e engajadora: completar dez ativações espalhadas pelo espaço e conquistar selos em uma pulseira especial, garantindo acesso a prêmios exclusivos na SomosCoop pop-up store.
A ideia foi transformar conhecimento e troca de experiências em um desafio colaborativo, reforçando conceitos do cooperativismo e apresentando, de forma lúdica, diversas iniciativas do Sistema OCB para aprimoramento de ações e fortalecimento das cooperativas. “Nosso objetivo era engajar os comunicadores em uma jornada de descobertas, conexão e pertencimento, aproximando ainda mais cada um deles das iniciativas estratégicas do Sistema OCB. O resultado foi uma participação ativa, com troca de ideias e muita cooperação - exatamente como acreditamos que deve ser a comunicação no universo cooperativista”, explicou Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação da entidade.
As ativações da Semana abordaram temas estratégicos para o setor, como o Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela ONU, a presença do cooperativismo na COP30, a CapacitaCoop, o Quiz da Central da Marca SomosCoop, o carimbo SomosCoop, o portfólio de soluções oferecidos pelo Sistema OCB e ainda ações com uma experiência de realidade virtual no carro do SomosCoop na Estrada, a Sala Sensorial, o envolvimento do setor com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODs) da ONU, e o papel das redes sociais na mobilização do movimento cooperativista.
Cada parada no circuito permitiu ao participante aprender algo novo, interagir com ferramentas digitais, responder a quizzes ou refletir sobre boas práticas do movimento. Ao final do trajeto, dependendo do número de selos conquistados, foi possível trocar por brindes na loja temática do evento, consolidando a ideia de que cooperação e participação ativa sempre geram bons resultados. No estande da COP30, por exemplo, foi possível medir quanto cada um emitiu, em média, de carbono em seu deslocamento até o evento. Também foi possível conferir o vídeo manifesto do cooperativismo para a conferência climática.
Já no estande do Ano Internacional das Cooperativas e da ONU, a réplica de um púlpito permitiu que os participantes simulassem discursos em defesa do cooperativismo e tirassem fotos como representantes oficiais do movimento. A divulgação do vídeo manifesto da celebração, produzido pelo Sistema OCB para abordar o papel do cooperativismo como resposta a desafios globais, como inclusão social, desenvolvimento sustentável e transformação econômica, foi outro destaque do estande.
Na Capacitacoop uma surpresa especial: o lançamento da trilha de Comunicação e Marketing no Cooperativismo, voltada especialmente para quem atua com comunicação nas cooperativas de todo o país. Na ativação, a partir de uma sequência de telas, foi possível verificar partes do conteúdo e acessar informações detalhadas sobre como se inscrever (obrigatório para garantir a ativação) e concluir as etapas para garantir a certificação final.
O espaço com soluções oferecidas pelo Sistema OCB para as cooperativas levou à uma jornada de novos conhecimentos que passou pelas estações do SouCoop; AvaliaCoop; CapacitaCoop, CulturaCoop; NegóciosCoop; ESGCoop; InovaCoop e RepresentaCoop. Ao final, os participantes receberam um portfólio impresso com mais detalhes sobre cada uma das soluções.
O estande do SomosCoop testou os conhecimentos dos participantes sobre o uso do carimbo SomosCoop por meio de um quiz interativo. Ao mesmo tempo em que eles respondiam o quanto sabiam sobre o uso do carimbo em suas cooperativas, a ativação os incentivou a levar para as suas bases a importância de mostrar à sociedade o diferencial dos produtos oferecidos por organizações com propósito, um dos princípios do cooperativismo.
Além disso, ainda no estande do SomoCoop, os participantes puderam produzir fotos a partir de um carimbo instagramável e postar em suas redes sociais (para garantir o selo da ativação). O espaço contou também com estruturas representativas dos Ramos Saúde, com posto de hidratação, e Crédito, com um caixa eletrônico e um jogo de memória interativo. Um mercadinho expôs produtos de cooperativas que utilizam o carimbo SomosCoop e os demais ramos foram representados em displays, mobiliários e totens. Para completar, quem passou pelo estande também pôde levar mockups dos seus respectivos espaços de interesse para implantar na comunicação de suas cooperativas.
Outra ativação de sucesso na Semana de Competitividade foi a da websérie SomosCoop na Estrada que acaba de divulgar o primeiro episódio de sua quarta temporada. O veículo utilizado pela apresentadora Glenda Koslowski estacionou próximo à plenária do evento e atraiu os participantes para acompanhar uma de suas viagens com a ajuda de óculos de realidade virtual.
A Sala Sensorial, por sua vez, foi uma das ativações mais emocionantes. Projetada para promover inclusão, equidade e diversidade, a iniciativa fomentou reflexões sobre a importância desses temas. Em um ambiente dinâmico e educativo, o espaço ofereceu estímulos visuais e auditivos com o objetivo de garantir que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas.
E para completar, independente das ativações, os presentes que se mantiveram atentos às redes sociais participaram também das buscas pelas coopivaras, uma ação desenvolvida para interagir nas redes sociais. Os bichinhos em pelúcia foram os prêmios para quem respondeu corretamente a questões relâmpagos publicadas nos stories do perfil do Sistema OCB no Instagram, por meio do Amigos do Coop (ferramenta de melhores amigos com conteúdos exclusivos publicados para os participantes do evento) e os encontraram nos locais estrategicamente escolhidos pela equipe de organizações do evento.
Ao final, as ativações da Semana de Competitividade 2025 foram um sucesso entre os comunicadores e mostraram, na prática, como experiências gamificadas podem tornar eventos mais dinâmicos e memoráveis. Ao reunir conhecimento, interação e diversão, elas reforçaram o papel do Sistema OCB como promotor de iniciativas inovadoras e inclusivas dentro do cooperativismo brasileiro.
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Evento na Bélgica reunirá lideranças femininas para debater sustentabilidade e tecnologia no campo
Entre os dias 17 e 19 de setembro, a cidade de Ghent, na Bélgica, será palco do Global Summit Women in Agritech & Organic Foodtech, uma das principais cúpulas internacionais dedicadas à promoção da liderança feminina e da inovação no agronegócio. O evento reunirá especialistas, pesquisadoras, empreendedoras e representantes de instituições públicas e privadas de diversos países para debater soluções tecnológicas e sustentáveis para os desafios globais da produção de alimentos.
A programação da cúpula global inclui painéis, workshops e visitas técnicas a centros de pesquisa, agroindústrias e hubs de inovação. Entre os temas em destaque estão a aplicação da inteligência artificial no campo, o uso de tecnologias limpas e regenerativas, o fomento a startups fundadas por mulheres e o fortalecimento de cadeias produtivas orgânicas. A proposta do evento é construir um ambiente de cooperação internacional voltado ao desenvolvimento de soluções escaláveis, com protagonismo feminino, para áreas como segurança alimentar, mudanças climáticas e transição ecológica no setor agroalimentar.
O encontro global também tem como objetivo gerar conexões entre diferentes países e promover o intercâmbio de boas práticas entre lideranças femininas que atuam em contextos rurais e tecnológicos. A cidade de Ghent foi escolhida como sede por ser referência em inovação agrícola na Europa, abrigando universidades, empresas de base tecnológica e centros voltados à pesquisa em agricultura sustentável.
A iniciativa conta com a organização da ConneX, com apoio institucional de entidades brasileiras como a Embrapa, a ApexBrasil e o Sistema OCB.
“É fundamental que as discussões sobre o futuro do agro incluam e fortaleçam a presença das mulheres, especialmente na liderança de iniciativas ligadas à inovação e à sustentabilidade”, afirma Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA). “Eventos como este são estratégicos para ampliar a visibilidade das soluções desenvolvidas por mulheres e posicionar o Brasil como referência global em práticas cooperativas sustentáveis.”
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Com dados, dinâmicas e provocações, imersão trouxe à tona urgência de ambientes mais equitativos
Com uma proposta ousada e profundamente transformadora, a Sala Sensorial foi um dos grandes destaques da Semana de Competitividade 2025, promovida pelo Sistema OCB entre os dias 9 e 11 de junho para mais de 800 comunicadores de cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs). A iniciativa proporcionou uma vivência imersiva que abordou, de forma sensível e provocadora, temas como inclusão, diversidade e equidade no ambiente de trabalho.
Ao todo, 430 pessoas passaram pela experiência, que recebeu nota 9,77 de satisfação geral e 9,90 quanto ao atendimento da equipe. Os depoimentos coletados ao final da atividade reforçam o impacto da proposta: “Experiência absurdamente avassaladora!”, “Fiquei muito impactada e emocionada!”; “Emocionante e inesquecível”; “Iniciativa inteligente e visceral” foram algumas das reações registradas.
Inspirada nos princípios cooperativistas, a Sala contou com o apoio dos comitês Geração C e Elas pelo Coop, compostos por jovens e mulheres cooperativistas. Logo na entrada, os visitantes se depararam com dados e perguntas provocativas, como: “Você confiaria toda a responsabilidade das tecnologias de sua cooperativa nas mãos de um jovem de 19 anos?” ou “Você daria oportunidade de emprego a uma jovem refugiada?”. As respostas vinham no verso dos painéis, revelando figuras como Obama, Malala e Stephen Hawking — exemplos reais que desafiam estereótipos e inspiram a transformação.
Outro momento marcante da experiência foi a Caminhada do Privilégio, dinâmica que evidenciou desigualdades estruturais de forma vivencial. A atividade permitiu reflexões profundas sobre o lugar de cada um na sociedade e no mercado de trabalho. “Fica cada vez mais clara a importância de estimular a reflexão sobre temas de inclusão, diversidade e equidade. Muitas vezes só falar não é suficiente, é necessário sentir, mesmo que em uma situação simulada como as apresentadas na Sala Sensorial. As pessoas têm a oportunidade de vivenciar a empatia quando representam personagens, e isso, inevitavelmente, leva a reflexão”, afirmou Cláudia Moreno, coordenadora de Desenvolvimento Social do Sistema OCB.
Ainda segundo Cláudia, após as reflexões o grupo de tutores da Sala orienta os participantes a materializarem os aprendizados em ações concretas em suas cooperativas. Ela também destacou os resultados apurados com a iniciativa na Semana de Competitividade. “São muito significativos e refletem o poder das provocações propostas para gerar conscientização”.
Para Arthur do Amaral, membro da Cooperativa de Reciclagem Crescer, a experiência na Sala Sensorial foi impactante. “Achei a imersão muito elaborada e, ao mesmo tempo, muito necessária porque traz uma reflexão importante: nem todo mundo parte do mesmo ponto. Cada pessoa tem suas próprias dificuldades, e precisamos garantir oportunidades iguais para todos. Isso me tocou bastante”, declarou.
A Sala Sensorial reafirmou o papel do cooperativismo como agente de transformação social, mostrando que, para avançar em competitividade, é essencial construir ambientes mais humanos, diversos e equitativos. Esta foi a segunda vez que a imersão foi oferecida ao público cooperativista. A primeira ocorreu durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) que reuniu mais de 3 mil pessoas em Brasília em maio de 2024.
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Iniciativa integra profissionais do cooperativismo em todo o país
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, anunciou, no encerramento da Semana de Competitividade, o lançamento da Rede Comunica Coop – uma iniciativa que marca o início de uma nova fase de conexão permanente entre os profissionais de comunicação das cooperativas de todo o Brasil. “Queremos que esta seja uma comunidade ativa, viva e integrada, que multiplique conhecimento, engajamento e o sentimento de pertencimento ao cooperativismo”, afirmou Tania.
A proposta transformou o grupo de WhatsApp utilizado durante o evento em uma plataforma estruturada de trocas e colaboração, que dará continuidade ao diálogo iniciado ao longo dos dias de programação. A Rede Comunica Coop surge com o objetivo de fomentar o compartilhamento de boas práticas, o alinhamento de estratégias e a construção de uma comunicação mais integrada e eficiente para promover o cooperativismo.
Cada estado terá seu próprio grupo dentro da comunidade, sob a coordenação das respectivas Organizações Estaduais (OCEs), garantindo o elo com a unidade nacional. Essa estrutura vai permitir um fluxo mais ágil de informações e facilitar o planejamento de ações coordenadas em todo o país.
“A Rede Comunica Coop tem um potencial imenso. Ao unir nossos esforços, podemos fortalecer campanhas já conhecidas, além de desenvolver novas iniciativas integradas que ampliem a visibilidade e o reconhecimento do nosso movimento”, acrescentou Tania.
A nova rede é um espaço de pertencimento, onde os comunicadores poderão se apoiar mutuamente, encontrar inspiração em experiências de outras cooperativas e contribuir para uma narrativa cada vez mais forte e coerente sobre os valores e impactos do cooperativismo.
“Esse é só o começo. Quando unimos nossas vozes, conseguimos mostrar ainda mais a força que o cooperativismo representa para o Brasil. Juntos, vamos mais longe e levamos a nossa mensagem para muito mais pessoas”, completou a superintedente.
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- Artigo Secundário 1
Márcio Callage compartilha lições sobre foco, propósito e conexão com o público em plenária da Semana de Competitividade
"Se um dia minha marca desaparecer, eu quero que as pessoas sintam falta”. Com essa frase, Márcio Callage, diretor de marketing da Vulcabras e responsável pela virada estratégica da Olympikus, abriu a plenária, nesta quarta-feira (11), do último dia da Semana da Competitividade 2025 promovida pelo Sistema OCB, em Brasília. Durante três dias, o evento reuniu cerca de 800 comunicadores de cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs), especialistas e influenciadores para discutir inovação, sustentabilidade e comunicação no universo cooperativo. Coube à fala de Callage dar o tom mais humano e provocativo dos debates.
Sob o tema O poder da rua: a estratégia da Olympikus para reconstruir sua marca, Callage compartilhou reflexões sobre branding, comportamento do consumidor e a necessidade urgente de coerência em tempos de saturação digital. “A maior escassez hoje não é de dinheiro ou tecnologia. É de atenção”, alertou logo no início de sua apresentação. Para ele, o excesso de estímulos tem levado o consumidor a operar no piloto automático. “Nesse cenário, não basta ser lembrado. É preciso ser escolhido”, ressaltou.
Segundo ele, a mensagem-chave do cooperativismo também precisa ressoar e se destacar, principalmente em um universo onde tantas iniciativas disputam espaço na mente do público. “Quando o propósito é claro e a identidade é forte, o cooperado, o consumidor e a comunidade reconhecem valor real”, reforçou o executivo.
Durante sua fala Callage também mostrou como a Olympikus, marca 100% nacional, se reposicionou sem perder suas raízes. Ao optar por investir em ações de proximidade com o público real, como eventos de corrida e ativações locais, a marca passou a escutar — e dialogar — com quem de fato utiliza seus produtos. “No cooperativismo, a escuta ativa também é um diferencial competitivo. Quem entende a base, entrega com mais verdade”. E acrescentou: “a marca forte nasce quando o que ela fala é coerente com o que ela faz — princípio que também move o modelo cooperativista”.
A regra 70-20-10
Uma das contribuições mais práticas da palestra foi a divisão estratégica de orçamento para trabalhar a marca, baseada na lógica 70-20-10:
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70% para ações que sustentam o negócio;
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20% para construção da marca com consistência;
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10% para inovação e testes, sem cobrança de retorno imediato.
De acordo com Callage, a lógica pode ser facilmente aplicada por cooperativas que precisam equilibrar sustentabilidade financeira com inovação e propósito social. “É esse 10% que nos permite ouvir a comunidade, testar ações e criar experiências memoráveis”, destacou.
Outro ponto alto da apresentação foi quando o executivo explicou a importância de manter um foco bem definido nas estratégias de branding. “Foco exige sacrifício. O PowerPoint aceita tudo, mas a realidade impõe escolhas. Ao recusar patrocínios em eventos fora do universo esportivo, mesmo quando o público-alvo estava presente, a Olympikus reforçou seu compromisso com o esporte — e ganhou relevância por sua coerência de posicionamento”, descreveu.
Callage complementou ressaltando que o paralelo com as cooperativas é evidente. “Não é preciso estar em todos os lugares, mas nos lugares certos. O impacto não está em falar mais alto — mas em falar com verdade”.
A mensagem final do executivo foi um convite à reflexão. “A marca forte não é a que grita. É a que conversa. Para as cooperativas, que muitas vezes enfrentam o desafio da visibilidade diante de grandes empresas está em usar a força da comunidade, a escuta ativa e o propósito como estratégia de diferenciação,” concluiu.
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Especialistas mostram como IA, análise de dados e integração podem impulsionar resultados
A comunicação baseada em dados deixou de ser tendência e se tornou uma exigência para organizações que buscam relevância e impacto. Durante a trilha Planejamento e Dados – Inteligência e Estratégia na Comunicação, realizada durante a Semana de Competitividade 2025, especialistas mostraram como o uso estratégico de informações, inteligência artificial e análise de tendências pode transformar a forma como as cooperativas se relacionam com seus públicos.
A jornada começou com uma provocação de André Siqueira, cofundador da RD Station, que abordou a construção de experiências integradas em um mundo cada vez mais digital e fragmentado. “Não se trata mais apenas de comunicar, mas de proporcionar experiências que encantem o público em todos os pontos de contato”, destacou. Para ele, a integração de canais e a consistência da mensagem são fundamentais para fortalecer marcas e relacionamentos.
Usando a analogia de um time de futebol, ele defendeu que cada ação de comunicação tem uma posição e função específicas (atrair, converter, relacionar e vender). E que o sucesso não vem de uma única ‘jogada de mestre’, mas de garantir que todas as posições estejam cobertas e jogando em sintonia. "Não estou aqui dando uma forma, uma receita pronta para ser implementada e alcançar sucesso. É necessário conhecer o cliente na sua realidade e usar isso como um lego, descreveu.
Na sequência, Renan Silvestre, fundador da Deep Metrics, trouxe luz ao tema das métricas relevantes. Ele defendeu que o volume de dados disponível não basta: é preciso saber o que realmente importa. “Os dados estão aí, mas só fazem sentido quando usados para orientar decisões com propósito”, afirmou. A palestra reforçou a importância de abandonar métricas de vaidade e adotar indicadores que de fato ajudem a mensurar o impacto das ações de comunicação.
Renan apresentou um framework completo para a gestão de métricas adaptado à realidade das cooperativas. Segundo ele, por possuírem um ‘motor híbrido’ — que une propósito social e sustentabilidade econômica — as cooperativas não podem se guiar pelas métricas de um negócio tradicional focado apenas no lucro.
Utilizando a analogia de uma viagem de carro, o empresário guiou o público para a escolha do combustível (dados de qualidade), do destino final (a Métrica Estrela Guia) e da navegação do dia a dia (OKRs e KPIs), mostrando como transformar dados brutos em decisões estratégicas que fortaleçam os motores da cooperativa e como comunicar esses resultados de forma eficaz para a liderança. "No caso das cooperativas, o motor é diferente. Não é um motor a combustão. É um motor híbrido, um motor muito mais sofisticado. E, nesse caso, as métricas que realmente importam são aquelas que medem a potência desses motores”, relatou.
O uso de inteligência artificial foi o foco da apresentação de Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech. Para ele, a IA já faz parte da rotina dos profissionais de comunicação e, se bem utilizada, pode tornar as mensagens mais humanas, e não o contrário. “A inteligência artificial não substitui o comunicador. Ela potencializa sua capacidade de gerar conexão”, disse.
Ainda segundo Gustavo, a combinação de IA e poder computacional não é apenas uma tendência, mas uma tempestade perfeita, uma ruptura tecnológica que mudará fundamentalmente todos os negócios. “Nesta nova era, as regras do jogo foram reescritas: não é mais o maior que vence o menor, mas o mais rápido que vence o mais lento, em uma dinâmica de ‘Davi e Golias”, onde a agilidade é a principal vantagem competitiva”, acrescentou. Entre as aplicações citadas por ele, estão a personalização em larga escala, automação de conteúdos e análise de sentimento.
No período da tarde, Mônica Magalhães, head de estratégia da Disrupta, provocou os participantes a refletirem sobre o futuro da comunicação. “Quem entende o presente com profundidade, consegue moldar o futuro com estratégia”, ressaltou. A executiva apresentou ferramentas e metodologias para monitorar tendências, entender comportamentos emergentes e planejar com agilidade em contextos instáveis.
Um dos pontos destacados foi a hiperpersonalização como ferramenta para garantir resultados cada vez mais efetivos nas experiências de comunicação. Segundo ela, por mais aliada que a tecnologia possa ser, é preciso atenção com o uso exagerado ou em momentos errados. “Um exemplo disso é o cardápio digital. Mesmo sendo altamente tecnológica, ainda prefiro um cardápio físico”, descreveu. A percepção de valor é outro ponto fundamental. “Trocar os mapas impressos das linhas de metrô por QRCodes, por exemplo, pode ser uma decisão muito ruim para os usuários do serviço”, complementou.
O painel Decifrando dados: transformando informação em resultado reuniu representantes de duas cooperativas com experiências práticas no uso de dados para inovação. A mediação ficou por conta do jornalista Fred Ferreira. Carolline Andresi, da Unimed, destacou como os dados apoiam a personalização do relacionamento com os públicos. “Transformar dados em ações é o que diferencia comunicação eficiente de comunicação inspiradora”, disse. Já Elisabete Marques Silva, da Coop, compartilhou aprendizados no uso de indicadores para aprimorar a jornada do cliente. “Dados bem usados contam histórias poderosas sobre quem são nossos públicos e como melhor servi-los”, reforçou.
Encerrando a trilha, a estrategista Débora Nitta falou sobre a importância da pesquisa de mercado na era digital. Segundo ela, a escuta ativa e a leitura correta dos dados de pesquisa são essenciais para transformar informação em estratégia. “A pesquisa é a bússola que guia a comunicação para onde ela realmente precisa ir”, sintetizou.
Ainda segundo ela, o maior erro das organizações é usar a pesquisa de mercado para validar certezas preexistentes, em vez de usá-la para descobrir verdades. “O objetivo de qualquer pesquisa não deve ser a coleta de dados, mas a geração de insights: uma compreensão profunda e inesperada sobre o comportamento humano que funciona como o fermento do bolo da estratégia.
Débora apresentou ainda um roteiro claro para se chegar a esses insights, que passa pelo planejamento, pela geração de hipóteses e pela formulação de perguntas novas. "Em um mundo afogado em dados e automação, a maior vantagem competitiva das cooperativas é justamente o seu DNA: a conexão humana real com as pessoas, algo que as grandes corporações perderam e agora lutam para recuperar”, concluiu.
A programação evidenciou que dados, inteligência artificial, pesquisa e estratégia caminham juntos na construção de uma comunicação mais eficaz, relevante e conectada com os valores do cooperativismo. Para as cooperativas, ficou lançado um desafio: entender o presente, antecipar o futuro e usar a informação como base para decisões mais inteligentes e humanas.
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