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A última parada da expedição da imersão Pré-COP 28 promovida pelo Sistema OCB para agentes do governo federal foi a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), no Pará. Nesta sexta-feira (20), a comitiva conheceu os resultados do Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta), que se transformou em referência mundial no que diz respeito a produção sustentável. O sistema permite o convívio harmônico das diversas culturas semeadas, que dividem terreno umas com as outras e também com a floresta nativa.
“Para o desenvolvimento sustentável, nada faz mais sentido que o cooperativismo. E isso porque além da vertente ambiental, ele também cuida das questões sociais e econômicas. As visitas, especialmente as do Pará, me mostraram realidades muito diferentes das que já conhecia e que precisam ser divulgadas para o mundo. Foi uma grande lição que contribuirá significativamente para aprimorarmos os processos de apresentação e venda dos produtos das cooperativas para o mercado exterior”, declarou o primeiro secretário do Ministério das Relações Exteriores, Ricardo Fleury.
Com 93 anos de atuação, a Camta produz, em um mesmo terreno, açaí, abacaxi, acerola, cacau, caju, dupuaçu, dendê, maracujá, mandioca, pimenta-do-reino e outros alimentos. “As folhas das plantas de uma cultura servem de adubo para o crescimento de outras. Ao imitar o ciclo natural da floresta, esse modelo de agricultura preserva o solo e aumenta a produtividade, além de garantir uma produção de alimentos ambientalmente correta, com o sequestro de carbono, e 100% sustentável, em ciclos produtivos de 25 a 30 anos, explicou o diretor administrativo da cooperativa, Edmundo Watanabe.
Ernesto Katsunori Suzuki, cooperado que planta entre outas culturas, o dendê, conta que já está provado cientificamente que a fruta pode ser cultivada simultaneamente com outras espécies sem perder produtividade. “Nossa pesquisa nesse sentido começou em 2008 e nossa produção empata ou fica acima do processo convencional, ou seja, do monocultivo. Além disso, conseguimos ter receita desde o primeiro ano porque apesar de o dendê ser uma planta de ciclo longo, o cultivo de outras sementes de ciclo curto geram renda constante, ajudando a manter o homem no campo e o sustento de suas famílias”, descreveu.
A área plantada a partir do Safta também funciona como corredor ecológico, oferecendo conforto térmico ao produtor, e permite a realização de uma agricultura sem queima. O corredor ecológico mitiga os efeitos da fragmentação dos ecossistemas, promovendo a ligação entre diferentes áreas, com o objetivo de proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal.
Atualmente, o sistema de produção agroflorestal da Camta abrange 40 mil hectares que fazem faz parte da produção da cooperativa, composta por 172 famílias famílias de cooperados na região, além de ajudar a reduzir o desmatamento da Amazônia e a melhorar a qualidade de vida de mais de 10 mil pessoas, nas comunidades da região beneficiadas pela cooperativa. A Camta também detém selos de reconhecimento da produção orgânica em países com critérios rigorosos de importação como o Japão, Estados Unidos e União Europeia.
Para Solange Alves, do Departamento de Política de Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério de Meio Ambiente, sair do gabinete e conhecer realidades tão diferentes foi fundamentar para conhecer melhor o pontencial do cooperativismo no desenvolvimento sustentável. “Fica claro perceber que fora do cooperativismo, não há solução. Esse modelo coletivo de trabalho divide responsabilidades e traz resultados efetivos. É uma expertise na qual ainda precisamos trabalhar muito para oferecer políticas públicas que ajudem a fortalecer ainda mais esse modelo de negócios”, ressaltou.
A imersão Pré-COP 28 foi promovida pelo Sistema OCB com o intuito de fortalecer a representação do cooperativismo brasileiro durante a Conferência sobre as mudanças do Clima que acontece entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O grupo da comitiva foi composto por representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, do Desenvolvimento Sustentável, de Indústria e Comércio, do Meio Ambiente e das Relações Exteriores, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Agência Brasileira de Cooperacão (ABC).
Além da Camta, no Pará, o grupo visitou também a Coafra. Já no Paraná, foram vistiadas as cooperativas, Lar, Sicredi Nossa Terra, Copacol e Frimesa.
A Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas (GEDEC), a partir da sua Coordenação de Meio Ambiente, promoveu, nesta terça-feira (24), capacitação para as Organizações Estaduais (OEs) iniciarem suas atuações no processo de orientação à constituição, registro e acompanhamento das cooperativas de geração distribuída. O projeto Solução Energias Renováveis visa orientar os dirigentes das OEs sobre os modelos de negócios existentes e as melhores práticas para o correto registro de novas cooperativas de geração distribuída, além do acompanhamento transparente, eficiente e alinhado com a atual legislação.
O Sistema OCB está atento ao caminho de evolução do cooperativismo, se adaptando à tendências, negócios e buscando a sustentabilidade como parte fundamental de seus objetivos. Para Marco Morato, coordenador de Meio Ambiente, o encontro refletiu o compromisso da unidade nacional com a inovação e a sustentabilidade. Ele destacou o papel das cooperativas no avanço da geração de energia limpa. "O projeto é uma prova de que o cooperativismo está sempre à frente de seu tempo, em busca de oportunidades que promovem o desenvolvimento sustentável", declarou.
O coordenador lembrou que as cooperativas do Ramo Infraestrutura possuem a missão fundamental de oferecer infraestrutura básica para seus associados, com o intuito de melhorar a qualidade de vida e apoiar as atividades produtivas. Por isso, elas se destacam por fornecer serviços essenciais, como geração e distribuição de energia, telecomunicações e saneamento básico, rodovias, portos e irrigação”.
Segundo a analista Laís Nara Castro, o segmento é alicerce para várias comunidades brasileiras. "A finalidade do Sistema OCB é melhorar a vida de cooperados e impulsionar a atividade de produção, com o fornecimento de serviços vitais e que são fundamentais para o crescimento e a prosperidade de associados e suas regiões. Por isso, esse projeto é muito relevante", declarou.
Ela destacou que a energia produzida em determinados locais e, muitas vezes, gerada em fontes renováveis, são usadas para atender às necessidades energéticas das unidades consumidoras associadas. “Quando a geração é superior ao consumo, o excedente é creditado para uso futuro nas unidades consumidoras dos cooperados. Dentro desse modelo, ocorre uma troca de energia entre o consumidor e a distribuidora, efetivamente transformando a rede em uma bateria virtual, uma forma de garantia dos suprimentos de energia mais sustentável e eficiente”.
De acordo com Morato, a geração distribuída representa um verdadeiro marco para o cooperativismo, pois torna a energia um ativo compartilhado entre os cooperados. "Nesse modelo, as fontes renováveis desempenham um papel fundamental, garantindo um abastecimento mais sustentável e eficiente. O excedente de energia, quando gerado, não é desperdiçado", explicou.
O cooperativismo brasileiro possui, atualmente, 15% das cooperativas de infraestrutura gerando sua própria energia, sendo que 98 delas produzem para consumo próprio e 14 produzem energia para venda. Três delas expuseram seus cases durante a capacitação. A CoopSolar (PB) foi a primeira cooperativa de energia solar do Nordeste a utilizar o sistema de compensação, em que não existe comercialização e há conversão em crédito de energia (kWh).
Já a CooperNova (MT) tem a pecuária de leite como principal atividade e desenvolveu um projeto para gerar energia através de usinas solares a fim de atender a demanda dos seus mais de 1,9 mil cooperados. As usinas foram instaladas em áreas de propriedade da coop e devem atender, no total, cerca de 650 Unidades Consumidoras (UC) até o final de 2025.
Por sua vez, a cooperativa Sol Invictus (GO) contrata usinas fotovoltaicas com preços competitivos e repassa o desconto que obtém para os cooperados depois de abater seus custos operacionais e oferece crédito na conta de luz, gestão de conta e monitoramento de consumo. O cooperado recebe sua cota de créditos diretamente no boleto e a concessionária deduz esse valor.
A mobilização do Sistema OCB para a manutenção do dispositivo que define o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no texto da Reforma Tributária em análise no Senado continua firme. Nesta quarta-feira (18), fruto de articulação conjunta com a OCB/AM, foi realizada reunião com o senador Plínio Valério (AM), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
Plínio recebeu a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia, e a assessora jurídica, Ana Paula Ramos. O parlamentar foi bastante receptivo ao pleito do cooperativismo e se mostrou confiante na manutenção do dispositivo já aprovado pela Câmara dos Deputados. “Me comprometo a articular com o relator Eduardo Braga (AM) e também com o senador Hamilton Mourão (RS) para evitar a apresentação de destaque para emenda que altera o texto em relação ao ato cooperativo”, declarou.
Tania reforçou a importância do texto para garantir a segurança jurídica que o modelo de negócios cooperativista precisa para continuar crescendo e se fortalecendo. “Lutamos por esse dispositivo desde a promulgação da Constituição de 1988 e, por isso, ele representa uma conquista histórica para o movimento”, afirmou.
A superintendente também explicou que o Sistema OCB tem realizado reuniões constantes com atores estratégicos do governo federal e Poder Legislativo para defender os interesses das cooperativas. “Participamos de audiências públicas organizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Tributária no Senado e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e estamos em permanente contato com dirigentes do Ministério da Fazenda e da Receita Federal para enfatizamos a relevância desse pleito”, acrescentou.
Os dados gerais do cooperativismo, presentes no Anuário 2023, e os números do movimento no Amazonas foram ressaltados pela gerente Clara Maffia. “Já são mais 20 milhões de brasileiros cooperados, ou seja, 10% da população do país. No Amazonas, o coop tem se consolidado cada vez mais e já conta com 84 cooperativas que somam mais de 13 mil cooperados”.
Para complementar, a assessora Ana Paula lembrou que a aprovação final da PEC da Reforma Tributária ensejará a regulamentação de pontos importantes para a aplicação do dispositivo sobre o ato cooperativo. “A definição de como será o regime de crédito das etapas anteriores da cadeia produtiva em que cada cooperativa está inserida é, por exemplo, uma medida essencial para o movimento”, ressaltou.
O gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, participou do primeiro encontro InovaCoopRS Summit, promovido pelo Sistema Ocergs e que marcou o início de uma imersão para uma nova realidade cooperativista. Com o tema Cooperar para construir o futuro, o principal objetivo foi guiar e conectar as cooperativas gaúchas com as melhores práticas e oportunidades de inovação. O evento aconteceu no Instituto Caldeira, um hub de Inovação e Tecnologia, em Porto Alegre.
Guilherme apresentou reflexões sobre A importância da inovação para a competitividade e falou a respeito do modelo de consumo atual e como isso se sobrepõe à qualidade do produto. "As empresas precisaram acrescentar valor e identificação ao que é produzido para que o consumidor possa comprar como uma experiência que vai além da simples aquisição", disse. Para ele, o papel fundamental do cooperativismo nesse cenário inovador é o impacto social e o consumo responsável no centro das operações. "Nosso negócio deve ser uma resposta para questões importantes como a busca por uma sociedade mais igualitária e justa", declarou.
O gerente também destacou o papel do Inovacoop, plataforma de conteúdos coordenada pelo Sistema OCB que oferece cursos e materiais sobre inovação. "O Inovacoop foi criado para que as cooperativas busquem soluções para seus desafios e consigam consolidar mudanças voltadas para a inovação no ecossistema cooperativista", explicou. Além disso, ele divulgou o lançamento da Pesquisa Nacional do Cooperativismo, que irá mapear as estratégias adotadas pelo cooperativismo brasileiro.
O InovaCoopRS Summit buscou gerar um ambiente propício para a troca de ideias e experiências sobre inovação. Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs, destacou a importância do evento no contexto dos desafios e oportunidades do cooperativismo. "Nosso modelo de negócio é inclusivo e moderno, mas precisamos de espaços como este para repensar nossa abordagem e tomar atitudes inovadoras que nos conduzam a novas oportunidades", afirmou.
Por sua vez, Mario De Conto, superintendente do Sistema Ocergs, agradeceu o apoio da diretoria e do Sistema OCB pela dedicação ao tema da inovação cooperativista. Para ele, o trabalho em prol da inovação precisa aconteçer em conjunto, com pensamento coletivo. "Este é um marco importante. A inovação é uma jornada para percorrermos juntos", enfatizou.
Deputados membros da Frente Parlamentar do Leite, da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e produtores de 11 cooperativas singulares e duas centrais da cadeia produtiva do leite se reuniram na sede do Sistema OCB em Brasília, nesta quarta-feira (18). O encontro teve como objetivo reinvindicar a publicação de decreto prometido pelo governo federal, que visa mitigar a importação de lácteos, especialmente da Argentina e do Uruguai. Na segunda-feira (16), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que a proposta já saiu de sua pasta e que o tema teria seguido para a Casa Civil.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, acredita que o setor precisa se fortalecer no momento atual. "A nossa capacidade de sobrevivência está diretamente relacionada com a de coordenação dessa ação", disse. Para ele, é preciso que a relação com o Congresso Nacional e as frentes parlamentares do Leite e do Cooperativismo seja ativa e positiva. "Todos os estados precisam se aproximar de seus parlamentares. É preciso ganhar espaço de interlocução no Congresso, com uma base legítima e presenças importantes. Precisamos de quem fale por nós, pelo setor", reiterou.
Vicente Figueiredo, coordenador nacional da Câmara do Leite do Sistema OCB, informou que a expectativa é de que o documento seja assinado pelo presidente Lula ainda essa semana "Estamos em Brasília com a expectativa de levar a taça para casa. Com o apoio da OCB, da Frente Parlamentar do Leite, da Frencoop, da CNA, da Abraleite e de outras entidades, teremos uma reunião com a Casa Civil para cobrar essa publicação", declarou.
De acordo com a Comex Stat, do Ministério da Indústria e Comércio, nos cinco primeiros meses de 2023, as aquisições de produtos lácteos provenientes de outros países cresceram 247,9%, se comparado com o mesmo período do ano passado. Esses números geram preocupação entre os pequenos produtores de leite, que alegam não conseguir competir com as medidas que facilitam a importação da bebida.
A presidente da Frente Parlamentar do Leite, deputada Ana Paula Leão (MG), ressaltou que nunca houve uma política pública voltada para o produtor de leite, o que faz com que o problema acabe sendo recorrente. "Sejam pequenos ou grandes, os produtores estão tendo prejuízo. Precisamos sanar essa questão envolvendo a importação do leite com a máxima urgência", opinou.
O deputado Domingos Sávio (MG) explicou que o leite envolve a principal base de renda da agricultura familiar do Brasil. Para ele, o pequeno produtor e agricultor familiar dependem do leite para manter suas famílias, o que gera um problema econômico e social. "O leite é o melhor programa social que existe. Ele distribui renda e permite a continuidade da vida do produtor no campo", assegurou.
Já o deputado Rafael Pezenti (SC), se mostrou preocupado com o desabastecimento. Ele esclareceu que os produtores estão largando a atividade e isso impacta na oferta de leite nacional nas prateleiras dos mercados. "Se nenhuma medida for tomada imediatamente, o preço do leite pode chegar a R$ 12 ou R$ 15 reais por litro ", assegurou. O parlamento afirmou que o problema vai além do socioeconômico para se transformar em uma questão de segurança alimentar.
Para a deputada Marussa Boldrin (GO), o produtor não pode mais esperar. "Como eu chego no meu estado falando que o decreto não saiu? Esperamos que, a partir de hoje, essa narrativa possa mudar", relatou. O deputado Rafael Simões (MG), por sua vez, afirmou que é necessário pensar em soluções também para o pós-crise. "Precisamos trabalhar para que, depois da crise, a cadeia leiteira seja organizada. Temos que lutar para que isso pare de acontecer todos os anos e que os produtores possam enxergar um futuro na sua terra".
O primeiro dia de imersão Pré-COP 28 iniciou com um roteiro que mergulhou nas raízes do cooperativismo brasileiro e apresentou importantes contribuições do movimento para o desenvolvimento sustentável do Brasil, nesta segunda-feira (16). A iniciativa é uma promoção do Sistema OCB para fortalecer a presença do movimento no Espaço Brasil, durante a COP 28. Representantes dos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Sustentável, de Indústria e Comércio e das Relações Exteriores, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil, e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), participam da imersão.
A jornada começou no Paraná, com visitas à cooperativas que se destacam por suas ações em prol da sustentabilidade e desenvolvimento local. Logo pela manhã, os visitantes estiveram na Sicredi Nossa Terra PR/SP e puderam conhecer as ações da cooperativa de crédito que incentivam o acesso à linha verde. À tarde, a comitiva esteve na Copacol, produtora de diversos produtos de proteína animal. A cooperativa apresentou estratégias de sustentabilidade, reuso de água e energia, bem como outras práticas que garantem a preservação ambiental na produção.
O coordenador técnico e sanitário da Ocepar, Silvio Krinski, destacou a importância de conhecer as boas práticas em sustentabilidade adotadas por dois segmentos distintos do cooperativismo. "É muito significativo entender como as cooperativas fomentam oportunidades para que os produtores coloquem seus produtos em circulação no Brasil e no mundo", disse.
A gerente de Desenvolvimento do Cooperativismo do Sicredi Nossa Terra, Cássia Salvalaggio, afirmou que o objetivo da cooperativa é construir uma sociedade mais próspera. Para ela, o referencial de sustentabilidade do Sicredi funciona como uma régua para medir a atuação do sistema como um todo. "Nossos valores e nosso compromisso com a sustentabilidade servem como um alicerce para orientar o trabalho de todas as agências espalhadas pelo país", afirmou.
Cássia acredita que projetos como a Imersão Pré-COP 28 são muito importantes para que haja troca de conhecimento e experiências. "Existem mundos muito diferentes num mesmo país, há muita diversidade. Por isso, é tão importante esse tipo de encontro. É uma forma de desenvolver o cooperativismo que se baseia em princípios iguais, mas métodos diferentes", declarou.
Para o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, é significativo receber membros do governo federal. Ele acredita que a experiência fortalece a relação entre as cooperativas e o poder público, tendo em vista o benefício de cooperados e do setor agropecuário. "Essa visita é gratificante, é uma integração que une nossa responsabilidade com nossos trabalhadores e aproxima o governo com o setor do agro", declarou.
Edel Morais, secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, contou que a imersão contribui para o conhecimento de um Brasil que possui boas práticas de tecnologia na área do cooperativismo. "Conhecer as cooperativas é impressionante! São negócios de grande porte, mas que focam nos seus cooperados e colaboradores. É um conhecimento agregador e que colabora com a elaboração de políticas públicas".
O coordenador de Cooperativismo e Associativismo do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Alex Kawakami, falou sobre a surpresa de conhecer cooperativas que priorizam os interesses da comunidade e mantêm os princípios do cooperativismo ativos. "No Sicredi, toda a lógica da política de financiamento é pensada de forma especial, buscando seguir os princípios cooperativistas. Na Copacol, foi surpreendente ver que o pensamento estratégico da cooperativa se preocupa com as próximas gerações, com investimentos e projetos voltados para os cooperados e para a agricultura familiar", relatou.
Já Clecivaldo de Sousa Ribeiro, diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas do Ministério da Agricultura e Pecuária, considerou a imersão como uma oportunidade ímpar que comprova o êxito do modelo de negócio cooperativista. "É o modelo ideal para contribuir com o desenvolvimento de uma região e do país. Cada pessoa que faz parte do movimento, consegue viver e prosperar de forma justa e positiva".
O terceiro dia da imersão em cooperativismo Pré-COP 28 aconteceu no Pará. A comitiva formada por agentes do governo Federal viajou até a cidade de Castanhal para conhecer a Cooperativa Agroindustrial Frutos da Amazônia (Coafra). Com pouco mais de dois anos de existência, a coop fundada em 2021 já acumula histórias relevantes em prol da preservação ambiental e sustentabilidade na produção a partir do reaproveitamento de resíduos orgânicos. A iniciativa aumenta a qualidade para um solo fértil e vivo, elimina o uso de adubos químicos que, no processo de produção, liberam dióxido de carbono e entrega uma produção alimentar com mais qualidade à mesa do brasileiro.
Além disso, a coop também investe em energia solar e é referência na organização de produtores para venda em processos de compras públicas. Sua produção se concentra principalmente na farinha de mandioca e seus derivados, uma tradição local. “Foi muito satisfatório apresentar nossa cooperativa e mostrar como contribuimos para o desenvolvimento da região. Como fazemos para que o nosso trabalho ajude a economia local, o desenvolvimento social da nossa comunidade e o meio ambiente", disse Joel Linhares, presidente da Coafra.
Diego Andrade, gerente de desenvolvimento do Sistema OCB/PA, que também participou da visita, explicou que o cooperativismo da região pratica o desenvolvimento da sociobioeconomia há muito tempo. Para ele, o movimento no Pará precisa mostrar cada vez mais sua força e a imersão colabora efetivamente com esse objetivo. "Mostrar o vigor da nossa produção e nossa preocupação com o desenvolvimento socioambiental é muito importante. Nosso objetivo é continuar contribuindo para um país cada vez mais sustentável”, afirmou.
Para Thiago Arcebispo, auditor fiscal federal agropecuário, do Ministério da Agricultura, o espírito do modelo de negócios cooperativista comprova que o Brasil tem um grande potencial que precisa ser levado para todo o mundo. "Chegar aqui no Pará e ver o ânimo dos cooperados para alcançar níveis cada vez mais altos é animador", declarou.
A imersão Pré-COP 28 está sendo promovida pelo Sistema OCB e tem como intuito fortalecer a representação do cooperativismo brasileiro no Espaço Brasil durante a Conferência sobre as mudanças do Clima que acontece entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Serão mais de 80 mil participantes e 140 chefes de estado, além de representantes de organizações da sociedade civil de todo o mundo que irão debater soluções e ações no enfretamento das mudanças climáticas.
O grupo da comitiva é composto por representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, do Desenvolvimento Sustentável, de Indústria e Comércio e das Relações Exteriores, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Agência Brasileira de Cooperacão (ABC). O Paraná fez parte da primeira etapa das viagens aconteceu no Paraná e agora a jornada continua no Norte do país.
Representantes do Sistema OCB se reuniram, nesta quinta-feira (19), com o senador Eduardo Gomes (PL-TO). O encontro tratou sobre a importância da expansão da conectividade no meio rural, considerando as discussões sobre o Projeto de Lei 1.303/2022, que permite às cooperativas a prestação de serviços de telecom em geral. O encontro com o senador, que é o relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), foi apoiado pelo deputado Evair de Melo (PP-ES), autor da proposição.
Segundo a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, as tratativas representam um avanço significativo na busca por uma legislação que permita que as cooperativas tenham papel essencial na promoção da integração tecnológica no campo. “A iniciativa poderá contribuir para a universalização dos serviços de telecomunicação e atendimento das necessidades de milhões de brasileiros que ainda não possuem acesso a esses recursos fundamentais”, explicou.
Fabíola apresentou estudo conduzido pela unidade nacional que demonstra a capacidade das cooperativas de infraestrutura para a oferta dos serviços de telecom. “Por possuírem redes de eletricidade, as coops são provedores de internet (ISPs) naturais do meio rural, enquanto para outras operadoras, há um esforço econômico que, como regra, é deficitário. A aprovação desse provejo virá ao encontro da vocação natural do cooperativismo em atender o meio rural”, ressaltou. Ela acrescentou ainda, que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não se opõe ao projeto.
O senador, que é membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou a trajetória de sucesso do cooperativismo em ramos como o de Energia e expressou sua admiração pela capacidade de elas promoverem desenvolvimento em regiões mais afastadas. "Precisamos reconhecer a capacidade das cooperativas em atender às demandas das áreas mais remotas. Vou pensar em um parecer que proporcione o espaço necessário para que as cooperativas possam desempenhar um papel fundamental no campo e, assim, atender às necessidades de comunidades que hoje enfrentam a falta desse serviço essencial", declarou.
O senador Izalci Lucas (DF), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), recebeu em seu gabinete nesta segunda-feira (16) a superintendente, Tania Zanella, a gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia, e a assessora jurídica, Ana Paula Ramos, para tratar das demandas do cooperativismo na Reforma Tributária (PEC 45/2019) em tramitação no Senado Federal. O Senador reforçou o apoio ao pleito exaltou a relevância do setor no Brasil e no DF, com destaque para as cooperativas de reciclagem. “Foi uma oportunidade importante para entendermos melhor como funciona a tributação das cooperativas e a relevância do pleito que está em discussão”, afirmou.
Tania explicou a importância do texto aprovado pela Câmara dos Deputados que incluiu dispositivo com a definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. “Foi uma conquista histórica para o nosso movimento. Um passo importantíssimo para garantir a segurança jurídica que o modelo de negócios cooperativista precisa para continuar promovendo desenvolvimento econômico para o país e prosperidade para milhões de brasileiros”, salientou.
A superintendente também relatou que a mobilização em torno da manutenção do dispositivo no Senado Federal continua intensa e que o Sistema OCB tem feito reuniões permanentes com atores estratégicos e participado de audiências públicas organizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Tributária no Senado e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Nosso objetivo é manter a proximidade com o Legislativo, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal para defender, até o último momento, os interesses das cooperativas”, declarou. Ela apresentou ainda dados gerais do cooperativismo brasileiro, presentes no Anuário 2023, para ressaltar o protagonismo do movimento na economia nacional: mais de 20 milhões de brasileiros engajados, o que representa 10% da população. Somente em 2022, foram R$ 656 bilhões em ingressos, totalizando R$ 996,6 bilhões em ativos. “Além disso, pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para medir os impactos do cooperativismo para a economia do pais mostra que a cada R$ 1 gasto no coop, R$ 2,92 retornam para a sociedade por seu efeito multiplicador”, completou.
Pontos que devem ser regulamentados após a aprovação final da PEC também foram abordados na reunião. De acordo com Ana Paula, é essencial definir, o mais breve possível, como será o regime de aproveitamento de crédito das etapas anteriores da cadeia produtiva em que cada cooperativa está inserida. “Essa é uma medida primordial para o movimento”, lembrou.
O potencial de exportação das cooperativas brasileiras foi um dos focos principais da reunião promovida entre o Sistema OCB e o cônsul geral da Embaixada das Filipinas no Brasil, Joselito Jacinto, realizada na quarta-feira (11), na Casa do Cooperativismo em Brasília. O coordenador-geral de Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Nelson Andrade Jr, também esteve presente e detalhou ao embaixador, os projetos desenvolvidos pelo governo federal para o fomento do cooperativismo agropecuário no Brasil.
As Filipinas, país localizado no Sudoeste Asiático, está entre as cinco economias que registraram maior crescimento nos últimos anos e tem aumentado o percentual de compras de produtos brasileiros. “Já adquirimos quantidades expressivas de carnes de boi, frango e porco e temos grande interesse em estreitar nosso relacionamento com fornecedores de café, por exemplo”, explicou o embaixador.
A Coordenação de Relações Internacionais do Sistema OCB apresentou um panorama do cooperativismo no Brasil e enfatizou a qualidade dos produtos provenientes das cooperativas, que produzem preocupadas com as questões de sustentabilidade e preservação ambiental. “Temos entre nossas cooperativas agro excelentes produtores de café e podemos fazer a aproximação necessária para a geração de negócios com as Filipinas”, afirmou o coordenador João Marcos Silva Martins.
A equipe do Sistema OCB também apresentou ao embaixador e seus assessores, a programação da Missão Prospecção de Oportunidades Comerciais das Cooperativas do Mercosul à Ásia. A iniciativa liderada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no âmbito da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), e apoiada pelo Sistema OCB, manterá reuniões de negócios na Índia, Singapura e Filipinas, entre os dias 8 e 11 de novembro.
O encontro faz parte do esforço do Sistema OCB para abrir canais de comunicação e estreitar relações com representantes de países que podem abrir novos mercados e gerar negócios para as cooperativas brasileiras. Somente em 2023, dez embaixadas já participaram de reuniões estratégicas para aproximação institucional com vistas a realização de acordos comerciais e de cooperação técnicas.
A Frente Parlamentar pela Mulher Empreendedora realizou nessa segunda (09) e terça-feira (10) o Seminário “Mercados Digitais: Empreendedorismo e Inovação”. O evento, que reuniu diversos especialistas, legisladores e empreendedores do setor, teve como propósito fomentar diálogos esclarecedores e construtivos a respeito das diversas vertentes do ecossistema digital. A iniciativa do evento foi da presidente da Frente, a deputada Any Ortiz (RS), e do senador Ciro Nogueira (PI).
A analista de Relações Institucionais do Sistema OCB, Priscilla Silva Coelho, participou do painel “Reskill e Upskill - Preparando a População para o Futuro do Trabalho nos Mercados Digitais”. Priscilla compartilhou as perspectivas sobre o funcionamento do modelo cooperativista em âmbito global e destacou a relevância do movimento no contexto do desenvolvimento tecnológico. "O cooperativismo de plataforma pode desempenhar um papel essencial no futuro do trabalho nos mercados digitais", disse.
O evento deu visibilidade ao Projeto de Lei 2.768/22, que regulamenta a organização, o funcionamento e a operação das plataformas digitais que oferecem serviços. Priscila salientou que o PL deve ser tratado com cautela. "É muito importante que a diversidade de modelos e relações estabelecidas entre plataformas digitais e seus usuários sejam respeitadas", afirmou.
A analista também agradeceu aos deputados da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que apoiam e defendem as pautas cooperativistas no Congresso Nacional, frisando a importância de incentivar iniciativas que promovam o desenvolvimento local e fortaleçam o cooperativismo nos mercados digitais. "Os deputados da Frencoop atuam com a certeza de que o cooperativismo é uma força inclusiva e capaz de promover o desenvolvimento local. Com esse apoio, conseguimos criar oportunidades significativas para as comunidades e contribuir para um futuro mais cooperativo e digital", concluiu.
A 28ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 28) acontecerá entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O governo do país médio-oriental espera a participação de 80 mil delegados e 140 chefes de estado nos debates sobre mudanças climáticas deste ano. A conferência reunirá, assim como nos anos anteriores, além de agentes governamentais, representantes de organizações da sociedade civil de todo o planeta.
Neste cenário, o Sistema OCB entende a importância da inclusão do cooperativismo na pauta do debate sobre sustentabilidade e tem trabalhado em uma agenda propositiva com o governo federal. Desde fevereiro deste ano, a entidade nacional tem participado das diversas reuniões de preparação da participação brasileira na COP 28.
Complementando os esforços para incluir o cooperativismo na pauta da COP 28, o Sistema OCB promove, entre os dias 15 e 20 de outubro, uma imersão prévia à COP com os agentes do governo federal que tratam da participação brasileira na conferência. O objetivo é apresentar aos parceiros governamentais e atores do encontro o potencial do cooperativismo brasileiro para o desenvolvimento sustentável.
“Nossa proposta é uma missão de estudos que contempla visitas a cooperativas nos estados do Paraná e Pará. Serão visitadas cooperativas referência em nosso país no fomento ao crescimento econômico inclusivo e desenvolvimento social. Os convidados para participar dessa imersão são representantes dos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Sustentável, de Indústria e Comércio e das Relações Exteriores, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil, e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC)”, explica Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
A primeira etapa imersiva do Pré-Cop 28 acontece entre os dias 15 e 18 de outubro, na região Oeste do Paraná, com visitas às cooperativas Sicredi Nossa Terra, Copacol, Frimesa e Lar. A segunda etapa ocorre nos dias 19 e 20 de outubro, no Pará, com visitas às cooperativa Coafra e Camta. Todas elas possuem êxito no desenvolvimento de práticas sustentáveis, além de incentivo à pequenos produtores e cooperados.
Para o presidente Márcio o Sistema OCB está empenhado em mostrar para o mundo que o modelo de negócio cooperativista brasileiro trabalha com ações de desenvolvimento social e sustentável. "Queremos apresentar o desenvolvimento econômico local, o crescimento inclusivo e a prosperidade coletiva, especialmente em comunidades vulneráveis", disse. Ele destaca a importância de divulgar as iniciativas do cooperativismo brasileiro no COP 28, como o acesso à assistência técnica, insumos, capacitação e tecnologia para agricultores de pequeno porte. "Oferecemos uma base muito importante para que pequenos produtores desenvolvam seus negócios e possam atuar com competitividade na circulação da economia", completou.
Confira mais detalhes da programação no guia da Imersão em Cooperativismo Pré-Cop 28
O Ministério das Relações Exteriores e a Secretaria-Geral da Presidência da República realizaram, na terça-feira (10), o Seminário A Participação Social no Mercosul, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento buscou mobilizar a sociedade civil para discutir a participação social no âmbito dos processos de integração regional dos países que compõem o Mercosul e discutir a organização da Cúpula dos Líderes, que acontecerá em dezembro deste ano, no Rio de Janeiro.
O coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins, participou da Mesa 2: Agenda política do Brasil para a Cúpula Social Mercosul e teve a oportunidade de falar sobre o papel ativo do cooperativismo na integração regional, nacional e internacional. João Marcos citou o movimento como agente de fortalecimento da economia de um país e explicou que cooperativas podem promover valores como inclusão, desenvolvimento sustentável e prosperidade das comunidades e regiões onde estão localizadas.
João acredita que o modelo de negócio cooperativista pode contribuir com ideias e iniciativas que promovem uma maior participação da sociedade civil nos processos de integração regional como uma oportunidade para moldar o futuro do bloco. “O Sistema OCB participa da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul, a RECM, desde sua fundação em 2001, e tem dado grande importância à integração das cooperativas especialmente as da região Sul nas dinâmicas do bloco econômico. Trabalhamos para que as coops de transporte, por exemplo, possam ampliar seus mercados no Cone Sul, as agro possam ter parcerias dois dos lados das fronteiras e assim também com os demais ramos de atividades”, afirmou.
Em julho, o Brasil assumiu a presidência ‘pro tempore’ do Mercosul e estabeleceu como missão resgatar os valores e princípios que unem os países da região. De acordo com Maria Fernanda Coelho, secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, presente na mesa de abertura do evento, o momento é histórico e precisa ser aproveitado. “Apenas juntos conseguiremos construir um mundo mais justo. Apenas juntos conseguiremos evitar novos desvios democráticos. Apenas juntos conseguiremos lutar por um desenvolvimento mais sustentável e equilibrado no Cone Sul”, afirmou.
O Conselho Nacional do Café (CNC) promoveu reunião ordinária na última sexta-feira (6) para falar sobre os desafios e perspectivas da cultura cafeeira e o trabalho realizado pela InPACTO, uma entidade sem fins lucrativos, criada em 2014, com o propósito de monitorar, fortalecer e expandir os compromissos assumidos pelas empresas que aderiram ao Pacto Nacional pela erradicação do trabalho escravo, firmado em 2005.
O encontro tratou sobre as questões da cultura do café no Brasil e seu papel fundamental no agronegócio. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi convidado para participar do encontro e defendeu a necessidade de se estabelecer um centro de inteligência estratégica, focado no setor da cafeicultura brasileira. Para ele, o CNC pode ser mais que um órgão representação. "Precisamos buscar por exemplos de transformações em curso dentro das cooperativas de café e utilizar como método para materializar um centro de inteligência estratégica setorial", afirmou.
Márcio Freitas também apontou o café como um dos principais produtos agrícolas do Brasil e ressaltou a necessidade de manter a sustentabilidade da cultura. "Precisamos de representação política, novos pontos de vista, sejam públicos ou privados. Precisamos rever conceitos e garantir que o setor continue se desenvolvendo em todo o país", disse. O presidente acredita que manter a qualidade de vida dos produtores é a primeira preocupação para a evolução da produção de café nacional. "A cafeicultura é um exemplo de sucesso, mas a sustentabilidade requer um olhar atento, inovador e constante".
A cultura do café se mostra como parte da identidade agrícola do Brasil e o Conselho Nacional do Café se mostrou comprometido em garantir que ela prospere e contribua para o crescimento do país e de todos aqueles que trabalham no setor.
Márcio Freitas ressaltou ainda a importância de dar visibilidade para a luta contra o trabalho análogo à escravidão. "É preciso fomentar o diálogo e buscar soluções coletivas para enfrentar esse desafio e extinguir esse tipo de problema. Unir diversos setores da sociedade civil e do governo é essencial para combater essa violação dos direitos humanos", afirmou.
Diante da apresentação feita pelo CNC, o presidente destacou a relevância do trabalho realizado pelo Conselho. Para ele, a compreensão do organograma estatal de combate ao trabalho escravo e o papel de cada envolvido, desde a denúncia até o pós-resgate da vítima, é fundamental para enfrentar esse atentado à dignidade humana.
O Sistema OCB do Acre nasceu em 5 de outubro de 1973 e, este ano, completa 50 anos de existência. Para comemorar a data, a instituição realizou e participou de diversas atividades comemorativas, entre elas, uma sessão solene promovida pela assembleia legislativa do estado, que contou com a presença de autoridades, dirigentes de cooperativas, cooperados, colaboradores e parceiros.
O presidente do SIstema OCB, Márcio Lopes de Freitas, esteve presente para exaltar os crescentes números e a contribuição inequívoca do cooperativismo para o desenvolvimento da região e do país "O empenho do Sistema OCB no Acre e de suas cooperativas associadas proporciona um setor forte que gera empregos, renda e o crescimento econômico e sustentável do povo acreano e, consequentemente, do Brasil", declarou.
Ele falou sobre o papel que o Sistema OCB/AC realiza para unir as cooperativas e representar os interesses do estado. "É perceptível o esforço que se faz em busca de soluções conjuntas que colaboram para o enfrentamento dos desafios dentro do cooperativismo. O Acre demonstra vontade de fortalecer nosso modelo de negócio, com suporte técnico, capacitação e representatividade política", disse.
O presidente também destacou com satisfação os indicadores da organização estadual ao citar os mais de 40 mil cooperados, distribuídos entre as 54 cooperativas ativas e regulares filiadas ao Sistema OCB, que atuam em diversos ramos, como agricultura, transporte, saúde, crédito, trabalho e produção de bens e serviços, e que refletem a competência do cooperativismo local. "Esses números são uma demonstração de como a força cooperativista impulsiona a comunidade. São dados que apontam prosperidade social e financeira de forma expoente", afirmou.
Para Márcio Freitas, é inspirador ver o impulsionamento do cooperativismo como força motriz para o desenvolvimento regional. "O Acre é motivo de orgulho para todo o Sistema OCB" concluiu.
Os participantes do evento foram convidados ainda para visitar a agroindústria da Coopearcre, no Distrito Industrial de Rio Branco. Eles puderam conhecer o processo de armazenamento e beneficiamento da castanha do Brasil e a obra da indústria de frutas da cooperativa, que será inaugurada em 2024, com investimento superior a R$ 40 milhões.
O Sistema OCB recebeu na Casa do Cooperativismo o chefe da Missão de Singapura no Brasil, Desmond Ng, com o objetivo de apresentar ao diplomata o panorama do cooperativismo no Brasil, o potencial de exportações das cooperativas brasileiras e o relacionamento mantido com a Federação Nacional de Cooperativas de Singapura.
Na ocasião, a Coordenação de Relações Internacionais apresentou à equipe da embaixada a programação da Missão Prospecção de Oportunidades Comerciais das Cooperativas do Mercosul à Ásia. A iniciativa liderada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no âmbito da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), e apoiada pelo Sistema OCB, manterá reuniões de negócios na Índia, Singapura e Filipinas, entre o final do mês de outubro e a primeira semana de novembro.
A RECM é uma organização internacional vinculada à estrutura do bloco regional que tem como objetivo integrar os movimentos cooperativistas dos quatro países do Cone Sul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O Brasil exerce a presidência rotativa do Mercosul no segundo semestre deste ano e liderará as discussões e atividades de integração da RECM neste período.
Durante a missão prospectiva, a delegação cooperativista do Mercosul terá a oportunidade de visitar a Federação de Cooperativas de Singapura para um intercâmbio técnico e discussão de oportunidades de cooperação comercial entre as cooperativas dos cinco países. Também está prevista uma reunião com a associação de importadores do país asiático, além de encontros com órgãos de logística e traders que importam produtos de países do Mercosul.
Localizado no sudeste asiático, a cidade-estado de Singapura é o quinto maior destino das exportações brasileiras. O país atua como um hub para distribuição dos produtos nacionais para o Sudeste Asiático e Oceania. Produtos alimentícios representam uma parte significativa da pauta exportadora brasileira. Singapura e o Mercosul discutem atualmente a implementação de um acordo de livre comércio que deverá potencializar o fluxo comercial bilateral.
Durante o encontro, também foram discutidas oportunidades de cooperação técnica e comercial com a embaixada de Singapura em Brasília.,Nelson de Andrade Jr. e a analista, Mônica Barbosa, da Coordenação-Geral de Cooperativismo do Ministério da Agricultura, estiveram presentes no encontro e apresentaram à embaixada os projetos desenvolvidos pelo governo federal para o fomento do cooperativismo agropecuário no Brasil.
O segundo dia da imersão Pré-COP 28 aconteceu nesta terça-feira (17), em Medianeira, Paraná. A iniciativa é uma ação promovida pelo Sistema OCB para fortalecer a representação do cooperativismo no Espaço Brasil, durante a COP 28, Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, que acontece entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento contará com a participação de 80 mil delegados e 140 chefes de estado, além de representantes de organizações da sociedade civil de todo o mundo.
O grupo da imersão, composto por representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, do Desenvolvimento Sustentável, de Indústria e Comércio e das Relações Exteriores, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), visitou as cooperativas Lar e Frimesa para conhecer as atividades desenvolvidas em compromisso com a sustentabilidade e as ações concretas que visam combater as mudanças climáticas.
A Cooperativa Lar Agroindustrial possui 12 mil associados e 25 mil empregados, com uma forte presença no setor agrícola. Ela fornece insumos, assistência técnica e solidez para a comercialização da produção agrícola de seus associados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A visita detalhou o Programa de Prioridade Ambiental, que trata as emissões de metano provenientes das operações da cooperativa. O programa também inclui o desassoreamento de nascente utilizada como insumo para as atividades das propriedades rurais dos associados e faz o plantio de árvores para o sequestro de gases de efeito estufa e a regulação da temperatura.
Clédio Marschall, superintendente administrativo e financeiro da Lar, compartilhou as iniciativas ESG da cooperativa e exaltou a importância da presença do movimento na COP-28. "É importante levar a realidade do cooperativismo brasileiro para o mundo. Ele já é, por essência, ESG, principalmente no S de social", afirmou. Marschall lembrou que as cooperativas nascem das necessidades comuns e sociais e ressaltou os esforços contínuos que essas organizações fazem em relação à economia circular.
A Frimesa, formada pela união de cinco cooperativas (CVale, Primato, Copagrill, Copacol e Lar) também abriu suas portas para a comitiva. Considerada a quarta maior do país, é ainda uma das maiores exportadoras de alimentos e mantêm relações comerciais com 25 países. A cooperativa apresentou seus Sistema de Gestão e suas práticas de ESG, além do Projeto de Política de Qualidade que busca manter uma cadeia de produção sustentável. A central cooperativa também fornece insumos agrícolas e suporte técnico para o desenvolvimento dos cooperados.
Durante visita à Frimesa, a ministra Liliam Chagas, do Ministério das Relações Exteriores, falou sobre a importância do trabalho das cooperativas em prol do meio ambiente e mudanças climáticas em âmbito nacional. A ministra ainda destacou que a COP 28 deve ser encarada como uma oportunidade para que todas as cooperativas brasileiras divulguem suas ações na área de sustentabilidade e transição energética. "Essas medidas servem de espelho para que outras empresas ao redor de todo o mundo trilhem o mesmo caminho e pensem na construção de um futuro mais sustentável, responsável e consciente", disse.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) recebeu nesta segunda-feira (9) o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a superintendente, Tania Zanella, e a consultora jurídica, Ana Paula Ramos, para tratar das demandas do cooperativismo na Reforma Tributária (PEC 45/2019) em tramitação no Senado Federal. O senador é relator da matéria e adiou a entrega de seu parecer para 20 de outubro, a fim de garantir que todas as partes envolvidas na medida e que possuem demandas sejam ouvidas.
O presidente Márcio e a superintendente Tania explicaram a importância do texto aprovado pela Câmara dos Deputados que incluiu dispositivo com a definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. “Foi uma conquista histórica para o nosso movimento. Um passo importantíssimo para garantir a segurança jurídica que o nosso modelo de negócios precisa para continuar promovendo prosperidade para milhões de brasileiros”, salientou Márcio.
Tania relatou que a mobilização em torno da manutenção do dispositivo no Senado Federal continua intensa e que o Sistema OCB tem feito reuniões permanentes com atores estratégicos, além de ter participado de audiências públicas organizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Tributária no Senado e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), inclusive a convite do próprio senador Eduardo Braga. “Vamos manter o trabalho de proximidade com o Legislativo, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal para defender até o último momento os interesses das cooperativas”, reiterou.
Pontos que devem ser regulamentados após a aprovação final da PEC também foram abordados na reunião. De acordo com Ana Paula, é essencial definir, o mais breve possível, como será, por exemplo, o regime de aproveitamento de crédito das etapas anteriores da cadeia produtiva em que cada cooperativa está inserida. “Essa é uma medida primordial para o movimento”, lembrou.
O senador explicou que, neste momento, está analisando as mais 350 emendas apresentadas e que deve receber, em breve, o relatório do GT, com as sugestões avaliadas e consolidadas pelo Senador Efraim, que devem contribuir significativamente para a conclusão do relatório.
Após a apresentação oficial do parecer, os membros da CCJ estarão prontos para debater o texto. Essa fase deverá ser marcada por novos debates e negociações. Por isso, segundo o senador, a expectativa é de que a votação na comissão ocorra no final do mês e a votação no Plenário, em novembro.
O Sistema OCB promoveu, nessa segunda-feira (9), workshop online para as cooperativas de crédito independentes sobre a Resolução CMN 4.966/21, do Conselho Monetário Nacional, que trará entre outros pontos, impactos no critério de provisionamento e apropriação de receitas de operações de crédito.
A abertura foi feita pelo Sr Kedson Macedo diretor da Cooperforte, representante das cooperativas independentes no Grupo de Trabalho Executivo do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (GT do CECO), e após a abertura membros da Consultoria BIP fizeram a apresentação dos principais aspectos da resolução e seus impactos nas instituições.
O encontro contou ainda com a apresentação do representante da câmara temática de assuntos contábeis do CECO, Fernando Henrique da Silva, especialista do sistema Ailos, sobre as estratégias para adequação normativa e alinhamentos sistémicos que têm sido debatidos no âmbito da CT. Por fim, o especialista da cooperativa Cooperforte, Gustavo Barros, também detalhou a estratégia adotada pela cooperativa para o cumprimento das etapas estabelecidas na norma.
Confira o conteúdo do evento e os materiais apresentados no link https://somoscooperativismo.coop.br/servico/38/cooperativas-independentes.
A Coordenação do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (CECO) realizou nesta terça-feira (10), reunião para discutir temas importantes do segmento, alinhar ações que fortaleçam o cooperativismo financeiro no Brasil e assegurar o desempenho positivo das cooperativas na sociedade e economia do país.
O Programa de Capitalização das Cooperativas de Crédito (Pracapcred), pelo qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) auxilia no fortalecimento da estrutura de capital das cooperativas foi um dos temas abordados.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, considerou que as expectativas são positivas acerca das alterações necessárias para impulsionar a aprovação dessa iniciativa até o final do ano. “Estamos otimistas quanto à aprovação do programa e das perspectivas que ele poderá trazer para as nossas cooperativas”, afirmou
A gerente também informou sobre um estudo específico coordenado pelo Sistema OCB, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para avaliar os impactos do cooperativismo de crédito na sociedade. “Essa iniciativa é importante para termos métricas próprias que possam comprovar ainda mais os benefícios que o nosso modelo de negócios oferece”, relatou.
Tânia Zanella, superintendente do Sistema OCB, falou sobre o encontro entre ela, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a assessora jurídica, Ana Paula Ramos, e o senador Eduardo Braga (MDB-AM), realizado nessa segunda-feira (9), para tratar sobre as demandas do cooperativismo na Reforma Tributária. De acordo com ela, o senador assegurou que está aberto para ouvir e atender, dentro do possível, todas as partes envolvidas e interessadas. "É importante relembrar que estamos trabalhando para que os interesses das cooperativas sejam defendidos", ressaltou.
A reunião também discutiu sobre a estruturação, no âmbito do CECO, do projeto de intercooperação. O objetivo da inciativa é buscar convergência entre os diferentes sistemas e cooperativas nos processos comuns, alcançando maior eficiência e escala em seus negócios.