Sistema OCB participa ativamente de reuniões sobre pautas ambientais

Parlamentares e especialistas discutiram a importância de políticas públicas em prol do agro

Para o consultor ambiental do Sistema OCB, Leonardo Papp, o CAR reconhece a importância do cooperativismoLeonardodo Papp considera que o CAR reconhece mportância do cooperativismo

O Sistema OCB participou, na terça-feira (18), de audiência pública da Comissão Mista Permanente  sobre Mudanças Climáticas (CMMC). No encontro, os senadores e deputados debateram, com especialistas, as dificuldades na implementação do Código Florestal, que completa 12 anos. O foco da audiência foi a restauração de áreas degradadas. Leonardo Papp, consultor ambiental do Sistema OCB, gestores públicos do meio ambiente, representantes de ONGs, da indústria, do agronegócio e do Ministério do Meio Ambiente estiveram presentes.

Leonardo Papp afirmou que o tema é pertinente para o cooperativismo brasileiro, tendo em vista os princípios do cooperativismo, que tratam sobre cuidado com a sociedade e sustentabilidade. Para ele, o ramo agropecuário, que possui mais de 1 milhão de cooperados, foi impactado desde a edição do Código em 2012. O consultor ressaltou o sucesso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no cooperativismo, que reconheceu sua importância e resultou em uma malha quase completa de cadastros. "Ainda é necessário que sejam dados mais incentivos para a implementação do Código, como programas de regularização ambiental e o uso de tecnologia, além de uma diminuição da judicialização constante do código, que busca restringir sua aplicação", disse.

Thereza Cristina falou sobre a necessidade de evolução do Código Florestal Thereza Cristina falou sobre a necessidade de evolução do Código Florestal

O deputado Sérgio Souza (PR) ressaltou que o Código Florestal é um instrumento que garante a produção brasileira com sustentabilidade e conservação do meio ambiente e frisou que o produtor rural não deve ser culpado pela falta de implementação do código. "Precisamos reconhecer o esforço dos produtores do campo que seguem a legislação e garantir que as políticas públicas ofereçam o suporte necessário para a plena implementação do Código", salientou.

A senadora Tereza Cristina (MS) enfatizou a importância da comissão para resolver os problemas do Brasil por meio da ciência, com destaque para o CAR, que precisa ser implementado, na prática, para ajudar os estados a avançarem. Ela ressaltou que o Código Florestal Brasileiro precisa evoluir e que é crucial considerar o meio ambiente de forma holística, não apenas focando no agronegócio.  “A ciência é a chave para equilibrar desenvolvimento econômico e conservação ambiental, e precisamos de políticas integradas que reflitam essa visão. Somente assim conseguiremos promover um crescimento sustentável e inclusivo para o país", pontuou.

 
Clima

O Sistema OCB também participou o encontro Diálogo Estratégico Público-Privado: Agricultura e Mudança do Clima, realizado na quarta-feira (19), por iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Durante o evento, o MMA apresentou as atividades e levantamentos técnicos que estão sendo desenvolvidas para a elaboração do Plano Clima, que servirá como guia da política climática brasileira até 2035. O plano será composto por diversos instrumentos, entre os quais novas versões dos Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação, além da revisão do Inventário Nacional de Emissões de GEE.

As entidades privadas participantes destacaram a necessidade de constante diálogo e transparência na formulação da política climática nacional, por se tratar de tema que tem repercussões ambientais, sociais e econômicas para todo o setor agropecuário. Além disso, também foi apontada a necessidade de aprimoramento técnico dos instrumentos que formam a política, principalmente no que diz respeito a atual revisão do Inventário Nacional de Emissões de GEE. O objetivo é que sejam consideradas as práticas sustentáveis e os ativos ambientais promovidos pelo setor agropecuário.


Meio Ambiente

A 8ª Reunião da Rede Zarc-Embrapa de Pesquisa e Desenvolvimento, realizada na quarta-feira (19), contou com a participação de várias cooperativas importantes, incluindo Coamo, Rede Técnica Cooperativa (RTC), Comigo, Cocamar, Coopercitrus e Capal. O evento, que reuniu pesquisadores e representantes do setor produtivo, foi um espaço dedicado à troca de conhecimentos e à discussão de estratégias de gestão de riscos climáticos na agricultura brasileira.

A Rede Zarc-Embrapa tem um papel crucial no aprimoramento dos estudos nacionais de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Ela trabalha em conformidade com os Programas Zarc, Proagro e PSR, além de outros projetos relacionados à agricultura e clima. Suas atividades são voltadas para a atualização e desenvolvimento de estratégias de manejo e adaptação dos sistemas produtivos, visando a prevenção de riscos e a redução de seus impactos.

O principal objetivo da reunião foi compartilhar e debater visões e experiências entre representantes do setor produtivo, seguradoras e operadores de crédito rural, além de formuladores e operadores de políticas agrícolas. A programação deste ano abordou diversos assuntos relacionados à gestão de riscos na agricultura, proporcionando uma oportunidade para atualização de conhecimentos, troca de experiências e estabelecimento de novas conexões para trabalhos em cooperação.

Durante o evento, os representantes das cooperativas destacaram a importância de suas iniciativas para a gestão de riscos rurais. Apresentaram cases, processos e programas implementados em suas cooperativas, que têm se tornado referências no mercado quando o assunto é suporte ao produtor rural na gestão de riscos inerentes ao seu negócio. Essas boas práticas são fundamentais para reduzir os riscos rurais e melhorar a resiliência dos produtores frente às adversidades climáticas.

 Entre as ações discutidas, destacaram-se as estratégias de transferência de risco, como seguros agrícolas e o Proagro. No entanto, foi enfatizado que uma série de ações de manejo “dentro da porteira” também são essenciais para a prevenção de riscos ou redução de seus impactos. Essas práticas incluem técnicas de manejo do solo, uso eficiente de recursos hídricos, escolha de cultivares mais resistentes e diversificação de culturas que, juntas, formam um conjunto robusto de medidas para enfrentar os desafios climáticos na agricultura.


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