Sistema OCB visita coops de Infraestrutura e participa de discussões importantes

Rodada  visa aproximação com o Ramo para atender melhor suas necessidades

Participantes do Fórum promovido pelo Sistema OceparParticipantes do Fórum promovido pelo Sistema Ocepar sobre geração distribuídaO Sistema OCB participou, na última quarta-feira (12), do Fórum de Cooperativas de Geração Compartilhada de Energia Elétrica, realizada pelo Sistema Ocepar. Durante o encontro, foi apresentado o Projeto Piloto de Energias Renováveis, uma iniciativa do Sistema OCB para que as cooperativas do setor possam compartilhar seus desafios e resultados esperados. Com um enfoque voltado para o desenvolvimento organizacional, o projeto beneficia seis cooperativas de geração distribuída nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Paraíba.

O Projeto foi desenvolvido para ajudar a mitigar as dificuldades que as cooperativas do segmento enfrentam, como a fidelização dos cooperados, a viabilidade econômica e social, a conformidade legal e documental, a ausência de controles internos e a diversidade do modelo de negócio. Para Laís Castro, analista do Sistema OCB, a oportunidade de trocar experiências é enriquecedora. "Com esta iniciativa, conseguimos entender quais as necessidades das cooperativas envolvidas para melhorar a atuação da Unidade Nacional tanto num movimento interno, quanto externo", disse. 

Entre as soluções oferecidas pelo projeto está o Diagnóstico Assistido de Identidade, que permite a elaboração de planos de melhorias e acompanhamento trimestral das ações desenvolvidas,além de consultorias em comunicação, marketing e planejamento estratégico. Oferece ainda um sistema operacional disponibilizado para facilitar a gestão da energia gerada pela cooperativa, bem como a administração do relacionamento e serviços prestados aos consumidores. 

A discussão sobre o estágio atual das cooperativas de Geração Distribuída é de extrema importância dentro do contexto do cooperativismo e do setor de energia. Por isso, o Sistema OCB se preocupa e reconhece a necessidade de um esforço conjunto com as OCES para fortalecer suas operações internas e, consequentemente, ampliar sua eficácia externa. 

Para Thayná Côrtes, analista do Ramo Infraestrutura, é importante consolidar esforços na defesa coletiva dos interesses do setor. "O modelo cooperativista deve ser integralmente respeitado nos processos regulatórios em curso. Nosso objetivo é  conseguir fazer o monitoramento de perto de todos os desenvolvimentos relativos à Geração Distribuída, com um ambiente justo e favorável", afirmou.

 

Visitas de campo 

Visitas no Paraná e em São Paulo proporcionaram a apresentação de cooperativas permissionárias de distribuição de energia Visitas no Paraná e em São Paulo O Sistema OCB realizou diversas visitas no Paraná e em São Paulo para conhecer cooperativas permissionárias de distribuição de energia, habitacionais e agro com o objetivo de entender melhor suas operações e ouvir seus projetos e necessidades.

As visitas às cooperativas como Cetril (SP) e Castro-Dis (PR) permitiu entender melhor quais as preocupações de cada uma em relação à abertura do mercado livre de energia. Em cada oportunidade, foram destacadas as pressões que elas enfrentam de empresas que incentivam a migração de cooperados para esse mercado, com questões complexas sobre contratação e operação, especialmente no que se refere a custos associados aos medidores inteligentes.

A experiência da Cooperativa Agropecuária Castrolanda (PR), que abriu uma comercializadora de energia em 2019, também fez parte das visitas. Ela compra e vende energia elétrica no Mercado Livre, atendendo várias cooperativas como clientes e foi pioneira no setor agrícola a implementar a iniciativa, com o propósito de gerenciar riscos e reduzir custos operacionais. 

Desde sua entrada no mercado livre, a Castrolanda registra uma redução anual de 11 milhões na conta de energia elétrica. “Além de otimizar os custos, a cooperativa assegura o uso de energia limpa em sua produção e busca aprimorar a eficiência energética em toda sua cadeia produtiva. Ficou evidente que ingressar no mercado livre de energia representou um grande desafio devido aos riscos operacionais envolvidos, mas que os resultados têm sido significativos”, destacou Thayná Côrtes.

 

O Sistema OCB conheceu, mais de perto, as histórias das cooperativas listadasO Sistema OCB conheceu, mais de perto, as histórias das cooperativas

 

 

A Cooperteto (SP), cooperativa habitacional fundada em 1996, foi mais uma a receber a equipe do Sistema OCB. Com forte enfoque social, ela está investindo em contrapartidas ambientais como compostagem de resíduos para produção de produtos que podem ser vendidos posteriormente. 

De acordo com Thayná, a cooperativa tem uma trajetória emocionante, baseada nos princípios de igualdade e solidariedade. “Inicialmente, eles construíam unidades habitacionais por meio da força de trabalho dos próprios cooperados, organizando mutirões. Atualmente, esse modelo não é mais viável, mas a cooperativa continua a engajar os cooperados em projetos para que se sintam parte integrante e compreendam os princípios do movimento”, contou.

 
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