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 João Marcos Silva Martins em apresentação durante encontro das cooperativas agro

Sistema OCB participa de encontro mundial das cooperativas agro

Evento em Tóquio, no Japão, reuniu lideranças de sete países

Nesta quarta e quinta-feira (17 e 18/04), o Sistema OCB esteve presente na reunião do Comitê Executivo da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias (Icao, do inglês International Cooperative Agricultural Organisation), braço setorial da Aliança Cooperativa Internacional (ICI) para o Ramo Agro. O evento aconteceu em Tóquio e contou com a participação de lideranças ligadas ao cooperativismo agropecuário de sete países. O objetivo do encontro foi avaliar o impacto das iniciativas de cooperação técnica financiadas pela Icao na Coreia do Sul, Japão, Filipinas, Malásia, Uganda, Paraguai e Brasil. 

"O Sistema OCB trabalha fortemente para integrar o cooperativismo agro brasileiro ao cenário global. Temos desenvolvido parcerias com organizações pares em todo o mundo para desenvolver os serviços que prestamos às nossas cooperativas. A Icao é uma plataforma muito importante para as ações de cooperação técnica, promoção comercial e fortalecimento internacional da imagem do coop brasileiro. Somos muito ativos neste fórum e buscamos contribuir para o seu fortalecimento", afirmou o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins. 

Durante a reunião, foi aprovada a criação de um programa de intercâmbio técnico que promoverá a intercooperação entre as organizações membro do Icao. Técnicos agrícolas de diversos países terão a oportunidade de participar de uma imersão de três meses no cooperativismo coreano. O programa tem o objetivo de promover a integração das organizações que representam o cooperativismo agro em todo o mundo.

Foi aprovada, ainda,  a realização de um grande evento de visibilidade internacional do cooperativismo agropecuário. Com o apoio da Organização Mundial da Agricultura e Alimentação (FAO), e da Liga Italiana de Cooperativas, será realizado um seminário internacional em Roma. O evento acontecerá no próximo mês de julho e contará com a participação  de lideranças cooperativistas e de governos de todo o mundo.

O seminário na capital italiana será uma grande oportunidade de visibilidade internacional para o movimento cooperativista global, já que têm sede em Roma as três principais organizações internacionais da agricultura. Além da FAO, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD) e Programação de Alimentos das Nações Unidas (UNFP) estão sediados na cidade.

Além da reunião, as delegações estrangeiras também tiveram a oportunidade de conhecer de perto o cooperativismo agropecuário japonês através de visitas de campo. Com 98% da agricultura organizada no modelo cooperativista, o Japão é uma das referências mundiais no cooperativismo agropecuário. Uma das visitas aconteceu na Cooperativa Agropecuária de Shimizu, localizada na província de Shizuoka, que fica a três horas de Tóquio. Com 20 mil associados, a cooperativa integra produtores de chá verde e cítricos.

As delegações também conheceram a planta de processamento da produção de laranja dos cooperados japones e visitaram um mercado mantido pela cooperativa e os campos de produção de chá verde, produto que é mundialmente conhecido e movimenta a economia da região de Shizuoka.

Icao: A entidade foi criada em 1951, no âmbito da ACI, e tem como membros organizações de representação do cooperativismo agro de mais de 50 países. É liderada pela Federação Nacional das Cooperativas Agropecuárias da Coreia do Sul e tem o Sistema OCB como vice-presidente para a região das Américas.

A entidade desempenha um papel crucial no cenário global, especialmente considerando os desafios contemporâneos da segurança alimentar, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. As cooperativas agrícolas são vistas como um meio eficaz para alcançar vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), oferecendo soluções para a erradicação da pobreza, fome zero, produção responsável e consumo, entre outros.

 

Saiba Mais:
 Encontros institucionais fortalecem laços do coop brasileiro com o Japão

Sistema OCB fortalece laços com Japão 

Encontros bilaterais buscaram impulsionar o coop brasileiro no país asiático

 

 Encontros institucionais fortalecem laços do coop brasileiro com o Japão Encontros institucionais fortalecem laços do coop brasileiro com o JapãoO Sistema OCB participou, ao longo desta semana, de uma série de encontros institucionais no Japão. Em reunião realizada na embaixada do Brasil em Tóquio, a entidade foi recebida pelo ministro-conselheiro Thiago Pogglio, chefe do Departamento de Promoção Comercial da representação diplomática. Durante o encontro, foram discutidas iniciativas para a inserção das cooperativas brasileiras no mercado japonês.

“As cooperativas brasileiras têm um grande potencial para atender à crescente demanda do mercado japonês por produtos da bioeconomia”, disse o diplomata brasileiro. A embaixada desenvolve um trabalho de monitoramento das oportunidades de abertura de mercado para produtos brasileiros. Durante a reunião, ficou acordado que o Sistema OCB trabalhará em parceria com a embaixada para facilitar o contato entre cooperativas brasileiras e possíveis compradores e investidores japoneses.

O coordenador de Relações Internacionais, João Marcos Silva Martins, apresentou a estratégia de atuação internacional do Sistema OCB. Ele relatou as diversas ações desenvolvidas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores para promover os interesses das cooperativas brasileiras em todo o mundo. “O Sistema OCB tem trabalhado alinhado com o Itamaraty para apresentar as cooperativas brasileiras ao mundo. Temos avançado em ações conjuntas de promoção comercial e cooperação internacional técnica. Tivemos agora a oportunidade de fortalecer nossa articulação com a representação brasileira em um dos mercados mais importantes para nossas cooperativas: o Japão.”

Por outro lado, o diplomata descreveu as diversas estratégias do governo  para promover a imagem do Brasil e dos produtos nacionais no país asiático. Terceira maior economia do planeta, o Japão tem sido historicamente um grande comprador de produtos brasileiros. Os dois países também compartilham uma extensa relação cultural e de amizade. Está no Brasil a maior comunidade japonesa fora do Japão. Por outro lado, imigrantes brasileiros formam uma das maiores comunidades estrangeiras no país, sendo a maior diáspora em cidades importantes, como Hamamatsu por exemplo. 

O cooperativismo é um dos laços que unem Brasil e Japão. A cooperação entre as cooperativas dos dois países existe há muitas décadas. Imigrantes japoneses trouxeram consigo os ideais do movimento e fundaram no Brasil grandes cooperativas agropecuárias. A Cooperativa Agropecuária Mista de Tomé-Açu (Camta) é um exemplo vivo da atuação do cooperativismo como ponte entre as duas nações. Fundada em 1930 por imigrantes japoneses no coração da floresta amazônica, a cooperativa é referência mundial na produção sustentável e manejo eficiente de recursos naturais.

Na sequência, foram mantidas reuniões com a Aliança Cooperativa Japonesa (ACJ) e com a Federação Nacional das Cooperativas Agropecuárias (JA-Zenchu). Com uma população de pouco mais de 120 milhões de habitantes, o Japão tem mais de 100 milhões de cooperados. As cooperativas desempenham um papel significativo em diversas áreas da economia e têm contribuído fortemente para o desenvolvimento do país. A movimentação do cooperativismo no país ultrapassa US$ 1 trilhão de faturamento anual.

As cooperativas agropecuárias japonesas concentram 98% de toda a produção e comercialização do setor no país. Extremamente organizadas, elas integram uma mesma marca nacional e concentram mais de 10 milhões de cooperados em todo o território. As cooperativas são também responsáveis pela quase totalidade da pesca marítima, um dos motores da economia primária do Japão. Durante os intercâmbios com a Aliança Cooperativa Japonesa foram discutidas oportunidades de fortalecimento da intercooperação e facilitação de negócios entre cooperativas dos dois países.  

A JA-Zenchu é a organização de segundo nível que integra e presta serviços a todo o cooperativismo agrário japonês e tem sido uma parceira de longa data do cooperativismo brasileiro. Há 50 anos, a federação enviou ao Brasil dirigentes e técnicos de cooperativas agropecuárias para contribuir com o aprimoramento da gestão e transferência de conhecimentos. Atualmente, a organização cooperativista é uma parceira dos Sistema OCB em diversas iniciativas e intercâmbios técnicos no âmbito da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias (ICAO).

 

Saiba Mais:
Cooperativas de crédito estão entre as melhores instituições financeiras do Brasil seus clientes

Coops de crédito figuram entre as melhores instituições financeiras do Brasil

Forbes divulgou ranking das instituições que melhor atenderam às necessidades de seus clientes

 

A Forbes divulgou sua lista dos Melhores Bancos do Mundo em 2024, com destaque para as instituições financeiras que conseguiram manter a confiança dos consumidores e atender às necessidades de seus clientes em meio à atual situação econômica global. Entre os primeiros colocados no Brasil, os sistemas de crédito cooperativo Sicoob e o Sicredi aparecem em terceiro e quinto lugar respectivamente. A lista completa inclui 403 bancos ao redor do mundo.

 

Ranking das melhores instituições financeiras do Brasil.                                      Fonte: Forbes

 

Para elaborar o ranking, mais de 49 mil pessoas, de 33 países, foram entrevistados. Os participantes responderam questões sobre os bancos em que mantiveram contas nos últimos três anos relacionadas a critérios como confiabilidade, termos e condições da prestação dos serviços, atendimento ao cliente, serviços digitais e qualidade do aconselhamento financeiro.

Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, comemorou a conquista e ressaltou o compromisso do cooperativismo de crédito com a excelência. "Os serviços oferecidos são de alta qualidade e o atendimento humanizado e confiável. As cooperativas de crédito contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do país e para a promooção da prosperidade da nossa gente", declarou.

A superintendente Tania Zanella destacou que ver as cooperativas de crédito brasileiras em destaque reflete o trabalho árduo e dedicado de toda a equipe do Sistema OCB e do Sistema Nacional do Cooperativismo de Crédito (SNCC).  "Estamos orgulhosos de fazer parte de um sistema que prioriza a transparência, a eficiência e a satisfação dos nossos cooperados". 

Esta é a segunda vez consecutiva em que o Sicoob é reconhecido como a terceira melhor instituição financeira do país. Marco Aurélio Almada, diretor-presidente do Sistema, considera que a presença no ranking confirma que o propósito da instituição, de conectar pessoas para promover justiça financeira e prosperidade, está sendo fielmente cumprido. 

"Estamos profundamente honrados. Esse reconhecimento reflete nosso compromisso como uma instituição financeira cooperativa que se dedica em oferecer produtos e serviços sempre alinhados com as necessidades e a satisfação dos nossos cooperados. A presença do Sicoob no ranking atesta a eficácia desta abordagem. Por isso, continuaremos a desenvolver iniciativas que impulsionam o desenvolvimento econômico e social das regiões em que atuamos, fomentando a inclusão financeira e o bem-estar da comunidade", destacou. 

César Bochi, diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi, salientou que o reconhecimento no ranking Forbes reflete o êxito em aumentar o número de pessoas beneficiadas pelos diferenciais do relacionamento oferecidos “Não perdemos a nossa essência que é focar nas necessidades dos associados. Nossa fórmula para isso tem sido, ao mesmo tempo, investir em soluções digitais, aumento e aprimoramento de portfólio sem deixar de disponibilizar atendimento humano e próximo, com interesse genuíno em apoiar o crescimento das pessoas e empresas”

Confira o ranking completo em https://www.forbes.com/lists/worlds-best-banks/?sh=452c329b7ef6

 

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 Ministro do Trabalho Luiz Marinho e dirigentes do Sistema OCB se reúnem para alinhar estratégias de atuação

Sistema OCB e Ministério do Trabalho alinham ações em prol do coop

Reunião destacou desafios e propostas para garantir direitos dos cooperados

 

 Ministro do Trabalho Luiz Marinho e dirigentes do Sistema OCB se reúnem para alinhar estratégias de atuação Ministro do Trabalho Luiz Marinho e dirigentes do Sistema OCB se reúnem para alinhar estratégias de atuaçãoO Sistema OCB se reuniu com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nesta quarta-feira (17). Para representar a entidade cooperativista, estiveram presentes na reunião a superintendente Tania Zanella, a gerente-geral Fabíola Nader Motta e o coordenador da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), Bruno Vasconcelos. O deputado Heitor Schuch (RS) também participou das discussões.  

O encontro abordou a Lei 12.690/12, que trata sobre a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho e, também, institui o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop). Tania ressaltou as dificuldades que órgãos da administração pública possuem para compreender as peculiaridades desse segmento. Segundo ela, isso resulta em fiscalizações e normatizações discricionárias. "A forma como acontecem as restrições à participação das cooperativas na prestação de serviços para empresas públicas e privadas, muitas vezes, não se aplica à legislação vigente", disse.

A superintendente explicou ainda que o papel do Sistema OCB é garantir os direitos dos cooperados, previstos na Constituição Federal. "Somos uma forma de organização do trabalho, por meio de um empreendedorismo coletivo, que garante a autonomia, a autogestão e a inclusão econômica e social", ressaltou.

A reunião também abordou a atuação da Casa do Cooperativismo em relação ao Programa Jovem Aprendiz. As formas de atuação e a metodologia do modelo de negócios cooperativista foram reforçados, com o objetivo de esclarecer dúvidas e viabilizar a implementação do programa nos estados. “Pleiteamos mudanças nas normas previstas na Portaria 3.872/2023 que impactam a participação das cooperativas na operação do programa”, disse Fabíola Motta. 

Além disso, foram discutidas as propostas para garantir a participação do Sistema OCB em colegiados do MTE, como a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), responsável por debater temas relacionados à segurança e à saúde no trabalho, bem como o potencial do cooperativismo de plataforma como uma alternativa aos modelos tradicionais de economia digital. "Essa iniciativa tem como papel primordial a inclusão econômica e social dos trabalhadores que atuam autonomamente, ou à margem das garantias previstas na constituição, visando o combate das desigualdades sociais e econômicas associadas à economia digital, com distribuição mais igualitária da riqueza”, complementou Tania. 

O ministro Luiz Marinho agradeceu as contribuições do cooperativismo e se comprometeu a analisar o material encaminhado, além de internalizar as demandas apresentadas, especialmente em relação à regulamentação da Lei Geral das Cooperativas de Trabalho e eventuais ajustes na Portaria do Programa Jovem Aprendiz.

 

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Sessão deliberativa da CCJC aprovou alterações na Taxa de Controle de Fiscalização Ambiental. Foto: Vinicius Loures/CD

CCJC aprova alterações na Taxa de Controle de Fiscalização Ambiental

Texto ainda precisa passar pela análise do Senado Federal

 

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (17), o parecer do deputado Covatti Filho (RS), membro da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), ao Projeto de Lei (PL) 10.273/2018, que altera a Política Nacional do Meio Ambiente para adequar a incidência da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA). O tributo é cobrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em ações de controle e fiscalização de atividades com potencial poluidor e que utilizam recursos naturais.

Deputado Covatti Filho, relator da proposta na CCJC. Foto: Billy Boss/CDDeputado Covatti Filho, relator da proposta na CCJC. Foto: Billy Boss/CDPara Covatti Filho, o projeto traz racionalidade às legislações Ambiental e Tributária, tornando mais claras as hipóteses de incidência da TCFA. “Cabe observar que a proposta está em conformidade com os requisitos previstos na Constituição Federal, dado que, em face do princípio da legalidade, exige-se, em regra, lei ordinária para disciplinar os temas nela contidos. Nosso voto é, assim, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da medida”, afirmou em seu parecer. 

Entre as medidas propostas no texto, constam a delimitação da incidência da taxa às atividades que se submetam ao licenciamento ambiental da União, na medida em que as demais atividades já estão sujeitas à fiscalização de outros entes federativos e o esclarecimento de que o contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica que realiza tais atividades. O texto também busca aprimorar a lista de atividades sujeitas à cobrança da TCFA, a fim de evitar distorções atualmente existentes.

A medida faz parte das prioridades da Agenda Institucional do Cooperativismo. Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, “o projeto é importante porque ajusta o regime de incidência da TCFA à realidade legislativa atual e equaciona o impacto de custo que a taxa atualmente representa para as atividades produtivas das cooperativas ao corrigir distorções que penalizavam empresas e cooperativas de atividades e portes diferentes”.

Os deputados Sérgio Souza (PR) e Pedro Lupion (PR), também membros da diretoria Frencoop, consideram que a revisão dos critérios de cobrança da TCFA é uma necessidade latente com impactos significativos, especialmente para o cooperativismo brasileiro. 

Após decurso de prazo regimental, a matéria seguirá para análise do Senado Federal.

 

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Pesquisa abrangeu as cinco regiões do país e teve como objetivo entender a evolução e as tendências das cooperativas no que diz respeito à inovação

Pesquisa destaca que 80% das cooperativas inovaram 

Dados apontam que conscientização sobre o tema é importante para o futuro do cooperativismo

 

Pesquisa abrangeu as cinco regiões do país e teve como objetivo entender a evolução e as tendências das cooperativas no que diz respeito à inovaçãoPesquisa abrangeu as cinco regiões do país e teve como objetivo entender a evolução e as tendências das cooperativas no que diz respeito à inovaçãoO Sistema OCB divulgou, nesta sexta-feira (12), os resultados da Pesquisa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro, com descobertas relevantes sobre o cenário que envolve o tema dentro do setor. O estudo, realizado em parceria com a Checon Pesquisa, abrangeu as cinco regiões do país e teve como objetivo entender a evolução e as tendências das cooperativas no que diz respeito à inovação. A avaliação quantitativa recebeu mais de mil respostas de membros das cooperativas dos sete ramos de atividades e dos 27 estados da federação.. 

Entre os respondentes, 80% das cooperativas informaram ter introduzido inovações em seus processos, com uma média de 3,6 projetos cada, com destaque para os Ramos Crédito e Saúde, que tiveram 5,8 e 3,9 projetos implementados respectivamente. Cerca de 70% das cooperativas participaram de cursos ou programas de treinamento voltados para a inovação.

Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, destacou os pontos positivos e de atenção dos resultados alcançados. "A segunda edição da pesquisa demonstra uma evolução no reconhecimento da importância e do envolvimento da liderança no processo de inovação das cooperativas. No entanto, revela ainda um caminho a ser percorrida na incorporação da cultura de inovação nos planejamentos, da destinação de recursos para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). E, ainda, na mensuração dos resultados na inovação para a competitividade do negócio. Estas percepções são fundamentais para enriquecer as estratégias de inovação, fortalecendo progressivamente o cooperativismo e impulsionando seu sucesso."

Em comparação com os dados coletados em 2020 e 2021, o os números se mantiverem estáveis. Um dos principais destaques foi o aumento no reconhecimento da importância da inovação pelas cooperativas. Em 2020, 84% das cooperativas consideravam a inovação essencial, e, em 2024, esse número subiu para 87%. No entanto, a autoavaliação de desempenho no grau de inovação ainda apresenta um caminho a percorrer, com uma média de 6,2 pontos em uma escala de dez.

Embora a inovação faça parte do planejamento estratégico de 79% das cooperativas, ainda existem desafios que precisam ser superados. Para 46% delas, a falta de recursos financeiros é uma barreira, enquanto 34% apontam a falta de organização, ideias e capacitação como obstáculos para a inovação. Ainda assim, a pesquisa revelou que as cooperativas observaram um impacto positivo da inovação em áreas onde projetos nesse sentido já foram implementados, como Marketing e Comunicação Externa (53%), Atendimento ao Cliente (53%) e Tecnologia (48%). Nesses casos, a inovação foi utilizada para melhorar processos internos e ofertar novos produtos ou serviços. 

Na etapa qualitativa da pesquisa foram realizadas 14 entrevistas, sendo duas por ramo de atividade. Os resultados apontaram a necessidade de sensibilizar ainda mais os cooperados sobre a importância da inovação. Os participantes demonstraram receio em aumentar os gastos de suas cooperativas com iniciativas inovadoras, sem considerar os possíveis ganhos a longo prazo. Também foi possível observar que é preciso priorizar a cultura de inovação nos planos estratégicos das cooperativas, bem como ações concretas e novos projetos.

Quanto às características dos respondentes da etapa quantitativa, 26% são presidentes; 19% gerentes; 16% diretores e 39% ocupam outras funções dentro de suas cooperativas. No total, 89% das cooperativas representadas são singulares; centrais, 5%; federações, 5%; e confederações, 1%. Na divisão por atividade, 26% são do Ramo Crédito; 25% do Agronegócio; 17% de Saúde; 12% de Trabalho, Produção de Bens e Serviços; 11% de Transporte; 5% de Consumo; e 2,5% de Infraestrutura. 

Confira o relatório completo com infográficos dos resultados em https://in.coop.br/pesquisa-inovacao2024-infografico  

 

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Reunião buscou fortalecimento das relações comerciais com a cadeia produtiva de lácteos

Parceria estratégica busca fortalecer cadeia de lácteos

Sistema OCB se reúne com Conselho dos Exportadores dos Estados Unidos 

 

A Casa do Cooperativismo recebeu, na quarta-feria (10), representantes do Conselho dos Exportadores de Lácteos dos EUA (Usdec), organização independente e sem fins lucrativos, que representa os interesses comerciais da cadeia produtiva dos Estados Unidos. A missão do colegiado é aumentar a demanda por produtos lácteos norte-americanos. O encontro ocorreu por meio da BMJ Consultoria, da qual o USDEC é cliente.

A reunião faz parte de uma estratégia de fortalecimento das relações comerciais com a cadeia produtiva do leite e derivados brasileira. Os representantes foram recebidos pelo presidente Márcio Lopes de Freitas, e pelo coordenador da Câmara do Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira Neto. Pelo conselho participaram o vice-presidente executivo de Desenvolvimento de Políticas e Estratégia, Jaime Castaneda; e a diretora do Usdec na Amérida do Sul, Clarice Nagata. Já pela BMJ Consultoria estiveram presentes Leandro Barcelos, gerente de Comércio Internacional, e Ana Beatriz Zanuni, consultora de Comércio Internacional.

Reunião buscou fortalecimento das relações comerciais com a cadeia produtiva do leite e derivados brasileiraO assunto central do encontro foi a importância de fortalecer a defesa do setor e promover o consumo de lácteos. De acordo com os presentes, essa defesa demanda uma comunicação mais assertiva e eficaz com o consumidor, buscando destacar a relevância sócio-econômica da cadeia produtiva de leite para todo o mundo. A estratégia proposta será construída para demonstrar a modernização sustentável do setor, alinhada com as boas práticas agropecuárias e de bem-estar animal, assim como conhecer e entender melhor os anseios dos consumidores. Em outras palavras, aproximar o público urbano do meio rural de forma transparente e construtiva.

Márcio Freitas apresentou o tamanho do cooperativismo no Brasil e sua importância para a economia e a sociedade do país, bem como a importância do movimento para o crescimento da agropecuária, a partir da atuação das cooperativas. Também foi demonstrada a forte relação com o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e derivados. O presidente salientou ainda, o papel fundamental do Sistema OCB na representação institucional das cooperativas junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, especialmente pro meio da atuação da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), na defesa dos interesses do cooperativismo e do desenvolvimento brasileiro.

Ao final, os representantes do Usdec agradeceram a recepção e o alinhamento com a defesa do setor produtivo e promoção dos lácteos. Novos encontros ficaram de ser marcados para aprofundamento do tema e construção de propostas.

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 Coordenação de Negócios realizou reuniões coletivas e preparou as coops para divulgar produtos expostos na feira

Sistema OCB participa da maior feira de alimentos e bebidas das Américas

 Oportunidades de negócios geraram resultados promissores para as cooperativas  

 

A feira é um dos eventos mais importantes do setor de alimentos e bebidas das AméricasA feira é um dos eventos mais importantes do setor de alimentos e bebidas das AméricasA Anuga Brazil 2024, aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, em São Paulo. A feira é um dos eventos mais importantes do setor de alimentos e bebidas das Américas, sendo reconhecida por buscar um caminho alimentar sustentável e justo, com uma vasta comunidade nacional e internacional da indústria alimentícia. O evento proporciona um espaço de negociações que geram oportunidades de networking com fornecedores, distribuidores e importadores, além de contribuir para debates sobre as potencialidades do setor e a divulgação de tendências e inovações nos ramos de alimentos e bebidas.

A participação nessa feira faz parte da estratégia da Coordenação de Negócios do Sistema OCB que visa apoiar as cooperativas para que elas possam vender mais e melhor, de forma sustentável, e ampliando as possibilidades de comercialização no mercado nacional. 

Com o objetivo de capacitar as cooperativas para que aproveitassem ao máximo essa oportunidade, a Coordenação de Negócios realizou reuniões coletivas preparatórias com os representantes das cooperativas expositoras e elaborou folders comerciais para impulsionar a divulgação dos produtos expostos na feira. 

Durante os três dias de evento, foram realizadas rodadas de negócios coordenadas pela Broggini, uma empresa que presta assistência personalizada e soluções para desenvolver e implementar planos de expansão internacional, na América e na Europa e pela ApexBrasil.  

O Sistema OCB marcou presença em um estande que contou com a participação de 12 cooperativas que expuseram a diversidade e a qualidade dos seus produtos. As cooperativas apresentaram mercadorias alimentícias, desde vinhos e espumantes até carnes suínas e bovinas, passando por  produtos lácteos, açaí, chocolates, doces, cafés e mel. A entidade ainda apresentou suas estratégias de representação do cooperativismo, com destaque para o Programa de Negócios, voltado para tornar o modelo cooperativista mais competitivo, dentro e fora do Brasil.

Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, ressaltou a importância da presença das cooperativas na Anuga Brazil como uma oportunidade valiosa para destacar o trabalho e os produtos do cooperativismo. "Muitas vezes, as cooperativas não possuem recursos para participar de eventos de grande porte e, por isso, é papel do Sistema OCB garantir visibilidade aos seus produtos", explicou. Para ela, ficou evidente que o alcance da feira eleva as cooperativas a um novo patamar. "Preparamos as cooperativas, oferecemos suporte logístico, orientação educativa e apoio financeiro para que, ao longo do evento, todas pudessem participar de negociações produtivas", afirmou.

Coordenação de Negócios realizou reuniões coletivas e preparou as coops para divulgar produtos expostos na feiraCoordenação de Negócios realizou reuniões coletivas e preparou as coops para divulgar produtos expostos na feiraPara Jean Fernandes, analista de Negócios do Sistema OCB, a participação na feira gerou diversas experiências positivas e oportunidades para as cooperativas participantes. "Conseguimos divulgar as histórias e os produtos das coops, além de promover a degustação de produtos para o público visitante, prospectar novos negócios, bem como atrair potenciais compradores". Ele explicou que foi possível mapear parcerias com outras instituições e que, durante os três dias de feira, as coops participaram de 60 reuniões na rodada de negócios com empresas nacionais e internacionais.

André Badaró, diretor comercial da cooperativa Amazonbai (AP), disse que as conexões estabelecidas possibilitaram o agendamento de encontros e abriram novas oportunidades para firmar contratos e negociações com grandes indústrias. "Essas novas relações vão fazer toda diferença no nosso faturamento. A partir de contratos fixos para a compra dos nossos insumos, com empresas de altíssimas relevância, conseguimos atuar em espaços de consumo cada vez maiores".

Já o gestor de torrefação da Cocapec (SP), ressaltou que a presença na feira foi muito positiva, com a participação da cooperativa em sete rodadas de negócios. "Fechamos parcerias com representantes, fornecedores e clientes. O apoio do Sistema OCB para nos trazer foi essencial para que a gente possa dar mais um passo no nosso processo comercial e produtivo", declarou. 

Por sua vez, Roberto Calza, gerente da Cotripal (RS), assegurou que a feira foi uma surpresa positiva e que as suas expectativas foram superadas. Para ele, a cooperativa conseguiu alcançar o público que procura, além de elevar seus produtos a nível nacional. "A participação foi ótima. Conseguimos entrar em um mercado que ainda não estávamos ativos, na região Sudeste. Aqui, fechamos parcerias com clientes específicos, com uma assertividade que traz muito potencial para nossa cooperativa. Conseguimos muitos parceiros em novos patamares". 

 

Confira as cooperativas que participaram da feira:  

  • Cotripal (RS);

  • Cooperlad (BA);

  • Vinícola Aurora (RS);

  • Nova Aliança (RS);

  • Camta (PA);

  • Coopatrans (PA);

  • Sanjo (SC);

  • Coopernova (MT); 

  • Cocapec (SP);

  • Amazonbai (AP);

  • Natercoop (ES);

  • Coopemapi (MG)

 

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 Reunião Plenária reuniu diversos representantes do Ramo Crédito na Casa do Cooperativismo

Plenária do Ceco celebra importância do cooperativismo de crédito

Conselho reforçou compromisso com a intercooperação e regulação do setor

 

 Reunião Plenária reuniu diversos representantes do Ramo Crédito na Casa do Cooperativismo Reunião Plenária reuniu diversos representantes do Ramo Crédito na Casa do CooperativismoO Sistema OCB realizou, nesta quinta-feira (11), a Reunião do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco) 2024. A plenária reuniu lideranças do segmento para apresentar as ações realizadas para defesa e fomento do cooperativismo de crédito entre os anos 2022 e 2024 e, ainda, realizar a transição da coordenação do colegiado e apresentar a agenda de trabalhos para o próximo ciclo da coordenação nos próximos 2 anos.  

Como presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas ressaltou a importância do Sistema Nacional do Cooperativismo de Crédito (SNCC) e o papel desempenhado por todas as cooperativas, centrais e confederações na consolidação do setor. Para ele, a relação construída com o Banco Central do Brasil (Bacen), foi fundamental para conferir o crescimento sustentável do segmento. "O Bacen é um órgão regulador que facilita os processos para que o sistema alcance os resultados positivos registrados atualmente. Segundo o panorama do Banco, divulgado em 2022, o cooperativismo de crédito movimenta mais de R$ 650 bilhões, o que demonstra a potência do segmento no Sistema Financeiro Nacional (SFN)", disse. 

O deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), evidenciou a importância da democratização de acesso ao crédito e relembrou os desafios enfrentados pelo setor para manter a relação humanizada das instituições financeiras, mesmo com o avanço das tecnologias. "Mesmo com o digital em massa, precisamos manter a essência do cooperativismo dentro das cooperativas de crédito. Preservar o contato físico, o olho no olho e a educação financeira é conservar o que o movimento tem de melhor", afirmou. 

Por sua vez, o diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damásio, salientou a importância da inovação e da tecnologia no universo financeiro. Ele lembrou que o cooperativismo de crédito investe nesse desenvolvimento de forma equilibrada, sempre com foco no atendimento às necessidades dos cooperados. "O cooperativismo está atento nessa evolução, porque é disruptivo. O cooperativismo é uma sociedade de pessoas e, apesar do digital, equilibra inovação e humanidade". 

Representando o Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Bancárias (Desuc), Adalberto Felinto da Cruz Júnior, reconheceu os avanços conquistados pelo SNCC e por sua liderança no setor. Ele enfatizou a importância do órgão regulador na promoção do crescimento e desenvolvimento do cooperativismo de crédito. "O coop é exponencial e o Bacen se rejuvenesce quando participa de todo esse processo. O Brasil precisa do cooperativismo e, como reguladores, sabemos que é preciso apontar o caminho, os desafios e os riscos do mercado", declarou. 

Moacir Krambeck, ex-coordenador do Ceco, reforçou o compromisso com a intercooperação durante seus anos à frente da Coordenação do Conselho Consultivo. Segundo ele, melhorar a vida dos cooperados  mantem a proximidade com a sociedade e o fortalecimento do setor. "Nós unimos forças para levar ao cooperado o melhor preço de mercado. Investimos na educação dos futuros cooperativistas e entendemos que os jovens precisam saber sobre a nossa filosofia. Precisamos estar sempre  próximos do cooperado para ouvir o que ele tem a dizer", declarou. 

Hardold Espínola, ex-chefe do departamento de supervisão de instituições não bancárias do Banco Central - Desuc, recebeu uma homenagem de Moacir Krambeck, como forma de agradecimento aos anos em que se dedicou no avanço de importantes marcos regulatórios que impulsionaram a evolução do SNCC. "Foi uma contribuição significativa para o crescimento e o fortalecimento do nosso sistema. O aporte que nos foi dado representa uma peça fundamental na trajetória positiva do nosso segmento", reiterou. 

O novo coordenador do Ceco, Remaclo Fischer, também ressaltou o papel do Banco Central na regulação e na promoção do crescimento do setor de crédito e manteve o compromisso de promover a intercooperação. "Ao mesmo tempo que nos regulamenta, o Bacen nos desafia a crescer e nos chama para propôr soluções. Além de tudo isso, sabemos que o nosso lado social nos diferencia de outras instituições financeiras. Esse desafio de coordenar o CECO, agora, se soma ao desafio de praticar a intercooperação como prioridade 

De biênio em biênio 

Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, apresentou os resultados do Ceco entre os anos de 2022 e 2024. Ele destacou os avanços conquistados pelo SNCC, como a implementação de oito Câmaras Temáticas, que apoiam o Grupo de Trabalho Executivo no estudo de ações vinculadas às diretrizes estratégicas e compartilhamento de boas práticas e experiências. 

Thiago citou ainda importante conquista para o fomento do cooperativismo de crédito trazido pelo aprimoramento do Procapcred, fruto de intenso trabalho de mobilização do BNDES demonstrando os impactos positivos do cooperativismo de crédito nas comunidades em que estão inseridas, além de apresentar sobre os avanços alcançados com a aprovação da Lei Complementar 196/22, e os trabalhos realizados para a sua regulamentação de forma colaborativa entre o Ceco e o Banco Central. "Nossos melhores resultados possuem uma relação direta com o trabalho feito em colaboração com o Bacen e são reflexo do comprometimento de todos os envolvidos. Nossos esforços impulsionam o desenvolvimento e o fortalecimento do cooperativismo de crédito no Brasil", assegurou. 

Para o Plano de Ação no período de 2024 a 2026, o principal intuito é garantir a preservação do modelo de governança sistêmica, além de buscar a redução na exigência de capital intrassistêmico e realizar aprimorar o acesso das cooperativas de crédito aos Fundos Constitucionais. As iniciativas de expansão do SNCC para o Norte e o Nordeste, com possível apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento, também é um propósito para o biênio. Outras iniciativas foram citadas como metas a serem cumpridas, como a campanha de prevenção a golpes, o aprimoramento da regra de contabilização do Fates e o estudo de impacto do cooperativismo de crédito na sociedade. 

Ao final Ivan Nacsa, sócio da Bip Consultoria, apresentou a atualização normativa da resolução 4.966/21, que altera as regras de provisionamento e agravo de operações de crédito. "A resolução entrará em vigor em janeiro de 2025 e impactará significativamente a estrutura patrimonial de todas instituições financeiras. As cooperativas neste cenário devem estar preparadas para absorverem os impactos sem comprometer a perenidade de seus negócios ", explicou. 

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Fabíola, Carolina e Tiago durante painel do palco Negócios Conscientes da Gramado Summit

Cooperativismo é destaque na Gramado Summit

Evento sobre inovação mostrou como o cooperativismo ajuda a empreender

 

 Fabíola, Carolina e Tiago durante painel do palco Negócios Conscientes da Gramado Summit Fabíola, Carolina e Tiago durante painel do palco Negócios Conscientes da Gramado SummitO Sistema OCB marcou presença sétima edição da Gramado Summit, uma das principais conferências sobre inovação realizadas no Brasil. A gerente-geral, Fabíola Nader Motta participou, nesta quarta-feira (10),  do painel Cooperativismo: soluções para empreender e inovar, que contou também com a presença da diretora do Banco Central, Carolina Pancotto Bohrer. A mediação ficou por conta do presidente da Sicredi Pioneira, Tiago Luiz Schmidt. 

Fabíola e Carolina compartilharam dados sobre o impacto positivo do cooperativismo na vida das pessoas e na construção de um mundo mais sustentável. “O cooperativismo é uma força impulsionadora de desenvolvimento e inclusão. Seu foco nas pessoas, e não no lucro, gera um propósito diferenciado para a existência do negócio. Faz parte dos princípios do modelo de negócios, o comércio justo, a economia colaborativa, o empoderamento criativo, o consumo responsável. Em resumo, é o poder do coletivo que leva à prosperidade do negócio, das pessoas e das comunidades”. 

Ela também enfatizou a importância das cooperativas de crédito e como elas atuam no impulsionamento de pequenos negócios. Com atendimento próximo e humanizado,elas têm a habilidade de orientar as pessoas, cooperadas ou não, de acordo com seus objetivos mais específicos. Além disso, impactam profundamente na inclusão e na educação financeira, o que possibilita a melhora na qualidade de vida de milhões de brasileiros e permitem o acesso a produtos e serviços financeiros com preços mais justos. Em 332 municípios, as cooperativas de crédito são, inclusive, a única instituição financeira presente”, descreveu

A gerente-geral falou ainda sobre a importância do trabalho de representação institucional desenvolvido pelo Sistema OCB em defesa do cooperativismo junto aos Três Poderes, bem como para a capacitação e fortalecimento das cooperativas em todo o país. “Os benefícios do nosso modelo de negócios vão muito além dos observados nos modelos tradicionais. O cooperativismo garante emprego e renda, mas também dignidade e prosperidade”, completou. 

Sobre a Gramado Summit - criada em 2017 pelo empreendedor e CEO Marcus Rossi, em sua primeira edição, focou em exposição e conteúdo para startups em estágio inicial, reunindo um público de 700 pessoas. Com o passar dos anos, o evento começou a prospectar empresas maiores para a feira de negócios e também um público mais amplo para as discussões das palestras. Para a edição de 2024, serão 400 palestrantes e 500 empresas expositoras na feira de negócios. O evento segue até a sexta-feira (12) e espera receber  15 mil visitantes vindos de 23 estados brasileiros. O impacto econômico do evento é estimado em R$ 60 milhões. 

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 Comissão de Trabalho vota a favor da aposentadoria especial para trabalhadores expostos a substâncias prejudiciais à saúde

Aposentadoria especial para expostos a substâncias prejudiciais avança 

Comissão de Trabalho aprovou parecer com mudanças propostas pelo Sistema OCB 

 

 Comissão de Trabalho vota a favor da aposentadoria especial para trabalhadores expostos a substâncias prejudiciais à saúde Comissão de Trabalho vota a favor da aposentadoria especial para trabalhadores expostos a substâncias prejudiciais à saúdeO Projeto de Lei Complementar (PLP) 42/2023, que trata dos requisitos para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) nos casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem à saúde, obteve aprovação na Comissão de Trabalho (CTRAB) da Câmara dos Deputados. A proposta estabelece os critérios diferenciados de acesso aos segurados expostos a agentes nocivos ou de perigo inerente à profissão e segue agora para análise da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF).

Nesse contexto, o Sistema OCB tem atuado em defesa da previsão expressa de que a utilização adequada do Equipamento de Proteção Individual (EPI) para o agente ruído e demais agentes nocivos possa atenuar ou, em alguns casos, neutralizar a exposição à esses elementos prejudiciais. O parecer da relatora do projeto, deputada Geovânia de Sá (SC), contemplou as propostas apresentadas pelo movimento cooperativista. 

Como coordenadora do Ramo Consumo da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a deputada ressaltou a importância de adotar medidas que amparem a saúde do trabalhador e garantam uma aposentadoria especial que considere as adequações de idade e tempo de contribuição mínimos. "Não há como preservar o direito à saúde do trabalhador sem tratar dessa questão. A aprovação do projeto garante bem-estar e direito como compromisso em busca de uma sociedade mais justa e equitativa", declarou. 

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou que o avanço é positivo. Para ele, a aprovação indica a importância de alinhar a legislação e a prática já adotada nas leis trabalhistas, em que o uso eficaz dos EPIs elimina o pagamento de adicional de insalubridade. "A utilização apropriada dos equipamentos atenua ou neutraliza a exposição aos agentes nocivos. A inclusão da emenda que propusemos contribui para melhorar os critérios de concessão à aposentadoria especial", disse. 

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Política Nacional de Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (MPEs). A m

Governo institui política nacional voltada para pequenas empresas

Atuação do Sistema OCB garantiu a inclusão do incentivo ao cooperativismo na norma

 

OMedida de Política Nacional de Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte foi publicadaMedida de Política Nacional de Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte foi publicada governo federal instituiu nesta quinta-feira (11) a Política Nacional de Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (MPEs). A medida foi publicada por meio do Decreto 11.993/2024 no Diário Oficial da União (DOU), e tem como objetivos globais promover o empreendedorismo como elemento mobilizador da economia e do desenvolvimento do país; aumentar a produtividade e a competitividade; ampliar as condições para expansão dos mercados interno e externo; e facilitar a adoção de mecanismos para gerar inovação e promover iniciativas de sustentabilidade ambiental.

Entre os objetivos específicos da política também consta o incentivo ao cooperativismo. A inclusão faz parte do trabalho do Sistema OCB que atua no fórum do Comitê da Política Nacional de Apoio e Desenvolvimento das MPEs e no Comitê Temático de Racionalização Legal e Burocrática, com foco no desenvolvimento de diretrizes e ações que contribuam para fomentar os pequenos negócios no país. Além disso, a entidade busca o reconhecimento de ações que visem o apoio e o incentivo ao cooperativismo e a outras formas de associativismo como meios para o ganho de escala e de inclusão produtiva aos pequenos negócios.

Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, representante do cooperativismo no fórum, ressaltou a importância da inclusão do cooperativismo no decreto. “Por meio do nosso trabalho, buscamos garantir que as cooperativas de pequeno porte e os pequenos negócios tenham um terreno fértil para prosperar, contribuindo para uma economia mais inclusiva e diversificada. Estamos comprometidos em trabalhar com os diversos atores envolvidos para assegurar que os pequenos negócios contribuam cada vez mais com o progresso econômico e social do nosso país e as cooperativas fazem parte desta estratégia”.

A política visa também promover o empreendedorismo e a liberdade para empreender formalmente e um ambiente de negócios propício à criação, à formalização, ao crescimento, à rentabilidade, à recuperação e ao encerramento das microempresas e das empresas de pequeno porte, além de incentivar a ampliação dos recursos e dos instrumentos para desenvolvimento do empreendedorismo e auxiliar na promoção do acesso ao crédito sustentável e da concessão de garantias. 

O decreto estabelece ainda que a política terá a coordenação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), que contará com o ambiente de governança do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. O grupo, criado em 2014 e que reúne mais 80 instituições voltadas ao desenvolvimento de pequenos negócios, passa a ser gerido pelo Memp e presidido pelo ministro da pasta. Seu objetivo será encaminhar ao ministério propostas que garantam o tratamento favorecido e diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte.

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Presidente Márcio Lopes de Freitas e deputado Tião Medeiros (PR) conversam sobre pautas do Ramo Infraestrutura

Deputado Tião Medeiros faz visita institucional ao Sistema OCB 

Parlamentar discutiu demandas do coop que envolvem temas de infraestrutura

 

 Presidente Márcio Lopes de Freitas e deputado Tião Medeiros (PR) conversam sobre pautas do Ramo Infraestrutura Presidente Márcio Lopes de Freitas e deputado Tião Medeiros (PR) conversam sobre pautas do Ramo InfraestruturaO presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, recebeu o deputado Tião Medeiros (PR), nesta terça-feira (09), na Casa do Cooperativismo, em Brasília. O político é coordenador de Infraestrutura da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e fez uma visita institucional para alinhar sua atuação no colegiado, frente às principais demandas do movimento em relação ao tema. 

Durante a reunião, ficou acordado que será feito um levantamento detalhado dos projetos e pontos que preocupam as cooperativas e, em seguida, uma nova reunião será agendada para a definição de estratégias e ações que podem ser desenvolvidas para dar andamento aos pleitos.

Para o presidente Márcio, o papel de Tião Medeiros como coordenador da área na Câmara dos Deputados contribui para que a análise dos projetos com a temática de infraestrutura leve em consideração as especificidades do modelo de negócios cooperativista e as inclua nos novos normativos. “É um trabalho importante para o avanço de pautas prioritárias para o nosso movimento", disse. 

Tião Medeiros se colocou à disposição para definir estratégias que possam agilizar, tanto no Congresso Nacional, quanto no Poder Executivo, a aprovação de matérias e implementação de políticas públicas que envolvam as demandas de infraestrutura. "O cooperativismo é um modelo de negócios essencial para o desenvolvimento do nosso país. Estou sempre engajado e interessado em defender o movimento e seu papel socioeconômico", disse. 

O parlamentar é relator, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), dos Projetos de Lei (PL) 724/2003, que dispõe sobre a circulação de veículos de tração e é a principal matéria de uma árvore de apensados onde está incluído o PL 3.596/2023, que autoriza o trânsito de veículos ou maquinário agrícola em rodovias públicas. A proposta é um dos temas prioritários da Agenda Institucional do Cooperativismo

Na Comissão de Agricultura, Pecuária Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), por sua vez, Tião Medeiros é relator do PL 10.499/2018,que trata sobre crédito rural, cédula de crédito rural, nota promissória rural e duplicata rural, e que o Sistema OCB possui ressalvas em relação à matéria do projeto. Ele também foi responsável pelo parecer do PL 2069/2021, que cria o Regime Especial Tributário dos Silos (Resilos). 

O deputado é ainda autor do PL 4.253/2023, que propõe ampliar a possibilidade de utilização dos chamados repasses interfinanceiros como lastro na emissão de LCA por outros tipos de instituições financeiras e não só as cooperativas de crédito e/ou bancos cooperativos.

 

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 Organizações cooperativas detalham aliança em reunião com o ministro uruguaio, Fernando Mattos

Aliança estratégica une cooperativas agro do Mercosul

Acordo foi assinado por organizações do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai

 

 Organizações cooperativas detalham aliança em reunião com o ministro uruguaio, Fernando Mattos Organizações cooperativas detalham aliança em reunião com o ministro uruguaio, Fernando Mattos O Sistema OCB participou nesta terça-feira (9) do evento de assinatura de um acordo de aliança estratégica entre as organizações que representam o cooperativismo agro no Mercosul para a criação do CoopSul. A iniciativa fez parte das comemorações de 40 anos da Cooperativas Agrárias Federadas (CAF) do Uruguai e contou com a presença do presidente do país, Luis Alberto Lacalle Pou, do ex-presidente, José Mujica, e do ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Fernando Mattos, além de deputados, senadores, autoridades e representantes de cooperativas do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. 

Além do Sistema OCB e da CAF, também assinaram o acordo a Confederação Intercooperativa Agropecuária (Coniagro) pela Argentina, e a Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod) pelo Paraguai. O objetivo da aliança é fortalecer o setor e promover seu desenvolvimento no âmbito do Mercosul. A cerimônia ocorreu na sede do Congresso da Nação, no Uruguai. 

 “O CoopSul fortalece os laços históricos e abre mais oportunidades de cooperação ao gerar uma visão compartilhada do segmento entre os países. O posicionamento conjunto de temas intra Mercosul e também com outros blocos comerciais como a União Europeia, por exemplo, amplia as possibilidades comerciais e a abertura de novos mercados”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

A Coniagro congrega 16 federações que reúnem 350 cooperativas agropecuárias e mais de 150 mil produtores na Argentina. A Fecoprod é constituída por 34 cooperativa, responsáveis por 35% da produção agropecuária do Paraguai, enquanto a CAF representa 19 cooperativas e mais de 10 mil cooperados. O Sistema OCB, por sua vez, soma 1.185 cooperativas no Ramo Agro, com mais de um milhão de cooperados e 250 mil empregos gerados. 

Pablo Perdomo, presidente da Caf, também destacou a importância da aliança. “Em um  mundo em constante mudança, é fundamental que continuemos a ser uma instituição relevante e atualizada, capaz de se adaptar aos novos desafios e de aproveitar oportunidades emergentes. O CoopSul é uma iniciativa para que, de forma simples, ágil e precisa, nossos países se unam e busquem juntos um horizonte, conquistem novos mercados, capacitações e troca de experiências”. 

Para o ministro Fernando Mattos, com quem os representantes das organizações se reuniram para detalhar o acordo, a iniciativa representa “um mecanismo de integração agrícola por meio do cooperativismo”. 


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Participantes do Elas pelo Coop se reúnem em encontro virtual

Elas pelo Coop destaca importância da diversidade no cooperativismo

Encontro do comitê abordou ampliação da representatividade feminina 

 

Participantes do Elas pelo Coop se reúnem em encontro virtualParticipantes do Elas pelo Coop se reúnem em encontro virtualO comitê nacional de mulheres Elas pelo Coop realizou, nesta quinta-feira (04), reunião ordinária para tratar de temas pertinentes à representatividade feminina. O encontro reafirmou o compromisso do colegiado em elaborar diretrizes, formar e capacitar mulheres para aumentar sua presença tanto como cooperadas quanto em postos de liderança das cooperativas. Também evidenciou o papel estratégico de todas as representantes do grupo  no desenvolvimento e fortalecimento da liderança feminina. 

Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, enfatizou o orgulho da força feminina dentro do cooperativismo e a importância de ocupar, cada vez mais, espaços de liderança. "O porquê da importância de ter representatividade já não é mais uma questão. Agora, o foco é saber o que vamos fazer com a força que está sendo conquistada. Nós precisamos estar juntas, ocupar espaços maiores e transformar a diversidade em um lugar amplo", disse. 

Divani Ferreira, analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas, e Nadya Bronele,  membro da coordenação do Comitê, conduziram o momento de formatura para as mulheres que concluíram os cursos da trilha Jornada de Formação - Liderança Feminina, que foi construída com o intuito de capacitar e empoderar todas as participantes, para que possam assumir cargos de liderança, participar de discussões relevantes e eventos. "Esses cursos são um investimento que colaboram com o desenvolvimento de competências técnicas e pessoais".

Angelita Marisa Cadoná, integrante do comitê e concluinte da trilha expressou muita satisfação quanto ao módulo Liderança Feminina. "A trilha é fantástica, é uma capacitação inspiradora. Me deixou o sentimento de que sempre deve ser revisitada. Me ajudou a fazer importantes considerações em espaços majoritariamente masculinos", declarou. 

Carolina Mussolini ressaltou que as aulas da trilha trouxeram novos aprendizados para a sua vida. "A parte de governança e sucessão foi muito legal, expandiu minhas perspectivas. É um conhecimento que favorece nosso crescimento pessoal e profissional". 

Vania Rosa Cupertino contou que o curso foi muito enriquecedor para o seu desenvolvimento pessoal. "Eu mergulhei no curso de uma forma apaixonante. Aprendi mais sobre como me posicionar, como me apresentar. Provou que nós precisamos estar dentro do cooperativismo com toda a nossa potência feminina". 

A coordenadora do comitê, Luzi Vergani, expressou satisfação em participar de um comitê que prioriza a diversidade no movimento  e destacou a importância de promover uma representação mais igualitária. "Participar de iniciativas como essa é gratificante. Esse é um material que consolida o nosso trabalho e nossa luta feminina”, afirmou. 

 

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 Integrantes da primeira etapa da Imersão Pré-COP 29 se reúnem para aprender mais sobre o cooperativismo

Sistema OCB abre as portas para primeira etapa da Imersão Pré-COP 29

Contribuição das cooperativas para o desenvolvimento sustentável foi destaque

 

 Integrantes da primeira etapa da Imersão Pré-COP 29 se reúnem para aprender mais sobre o cooperativismoPrimeira etapa da Imersão reúne diversos representantes de ministérios e entidades nacionaisNesta sexta-feira (05), a Casa do Cooperativismo recebeu representantes de órgãos governamentais ligados à participação do Brasil na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), para dar início à 1ª  Etapa da Imersão Pré-COP promovida pelo Sistema OCB. O intuito do encontro foi antecipar o contato com os parceiros e fazer uma apresentação sobre o movimento. 

Participaram da imersão representantes de oito ministérios: Agricultura e Pecuária (Mapa), Desenvolvimento Agrário (MDA), Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Relações Exteriores (MRE), Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (MEMP) e Secretaria-Geral da Presidência da República (SG).

Além deles, participaram do encontro representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e do Instituto Rio Branco, órgãos ligados ao Ministério das Relações Exteriores que tratam da cooperação técnica internacional e da formação de diplomatas, respectivamente. Também se juntou ao grupo o embaixador da República do Azerbaijão Rashad Novruz. O país do Cáucaso será a sede da COP 29, que acontecerá na capital Bacu, entre os dias 11 e 22 de novembro.

Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, explicou que o cooperativismo é um modelo de negócios ainda pouco conhecido pelos formadores de políticas públicas e ressaltou que existem diferenciais e qualidades capazes de contribuir para a produção sustentável, tanto no Brasil quanto no mundo. "A conferência é uma oportunidade muito importante de expor nossas iniciativas e mostrar o potencial do coop. Nosso compromisso é sempre a favor do meio ambiente e somos parte da solução que o mundo precisa", disse. 

A gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia, apresentou uma visão institucional do Sistema OCB e explicou o papel da entidade na representação e no diálogo com o poder público. "A nossa intenção é sempre manter proximidade com poder público e garantir que as vozes das cooperativas sejam ouvidas e suas necessidades sejam atendidas", assegurou.

Os programas ESG Coop e Negócios Coop, com destaque para a contribuição do cooperativismo brasileiro para a sustentabilidade, foram detalhados pela gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano. "Nossas soluções refletem o compromisso do movimento em prol de um mundo mais sustentável. Nosso foco é impulsionar práticas ambientais, sociais e de governança em nossas cooperativas".

Como representante do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito, Ênio Meinen, abordou a dimensão socioeconômica do segmento, que se tornou a maior rede de proximidade com o Sistema Financeiro Nacional (SFN). “Cerca de 60% dos municípios brasileiros são atendidos exclusivamente por instituições financeiras cooperativistas”, destacou.

Integrantes da primeira etapa da Imersão Pré-COP 29 se reúnem para aprender mais sobre o cooperativismoMeinen também mencionou a relevância do ramo na agenda ESG com parcerias e financiamentos que contribuem para o desenvolvimento sustentável e destacou a decisão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que consagrou 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. “É o reconhecimento do papel que o modelo de negócios tem na promoção da igualdade e da paz social”, complementou. 

Finalizando a programação da manhã na Casa do Cooperativismo, o grupo pôde conhecer o trabalho desenvolvido em sustentabilidade pela cooperativa Cooxupé, maior cooperativa de produtores de café do mundo. Nathalia Carr, gerente ESG da cooperativa sul-mineira apresentou as 18 iniciativas sustentáveis lideradas pela coop criada em 1932 e que integra mais de 17 mil famílias cafeicultoras cooperadas.

Na sequência, durante a tarde, a comitiva visitou a CentCoop, Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal. A central é referência nacional na organização de trabalhadores catadores e reúne 21 cooperativas em todo Distrito Federal, que congregam mais de 700 trabalhadores. Com diversas parcerias com órgãos públicos, empresas e condomínios, a atuação da cooperativa contribui com a redução do impacto ambiental de descarte de resíduos.

A segunda etapa da imersão acontece na última semana de julho deste ano e levará o grupo para conhecer cooperativas referência em sustentabilidade nos estados do Rio Grande do Sul e Acre. O grupo conhecerá iniciativas inovadoras que mostram o impacto do cooperativismo no desenvolvimento sustentável das comunidades.


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Alckmin com o presidente Márcio e a superintendente Tania Zanella em reunião sobre o Plano Safra e a Reforma Tributária

Alckmin recebe convite para o 15º CBC

Reunião com o vice-presidente também abordou as prioridades do cooperativismo

 

Alckmin com o presidente Márcio e a superintendente Tania Zanella em reunião sobre o Plano Safra e a Reforma TributáriaAlckmin com o presidente Márcio e a superintendente Tania ZanellaO vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin, recebeu nesta segunda-feira (8), o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, em reunião que abordou temas prioritários em políticas públicas para o cooperativismo. O encontro também foi marcado pela entrega de convite especial para participação de Alckmin no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que será realizado entre os dias 14 e 16 de maio em Brasília com a presença de três mil lideranças do movimento no país. A superintendente Tania Zanella também participou da reunião.

O 15º CBC contará com o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo 2024. “O CBC é o evento mais importante do nosso movimento aqui no Brasil e tem tudo para ser um dos maiores eventos do cooperativismo em todo o mundo. É nele que vamos debater e definir as estratégias e planos de ação para continuar impulsionando o avanço das cooperativas nos próximos anos. E a Agenda Institucional é parte importante desse planejamento, já que destaca as principais pautas e demandas que temos junto aos Três Poderes”, explicou o presidente Márcio.

Alckmin se mostrou lisonjeado com o convite. “Já disse várias vezes que meu vínculo com o cooperativismo é antigo. Por isso, é um prazer receber esse convite tão especial”, afirmou. Ainda segundo ele, o governo está sempre aberto para ouvir as demandas do movimento. “O que pudermos fazer para contribuir com o crescimento desse modelo de negócios democrático e colaborativo, que gera renda, emprego e dignidade para as pessoas, com certeza faremos”, afirmou.

Com relação ao Plano Safra 2024/25, foram apresentadas as prioridades do setor em relação à política pública em elaboração pelo governo. A manutenção da estrutura de financiamento e a garantia de recursos suficientes, principalmente para as linhas de investimento estiveram entre os principais pontos tratados, bem como o fortalecimento das cooperativas de crédito como meio de capilaridade e efetividade da aplicação do plano. “A política agrícola é fundamental para o desenvolvimento das cooperativas agropecuárias brasileiras. Precisamos garantir que os recursos continuem chegando aos produtores”, destacou Márcio Freitas.

Sobre a Reforma Tributária, a reunião destacou questões em discussão nos grupos de trabalho que estão elaborando as regras para regulamentação da norma já aprovada pelo Congresso Nacional. Uma delas trata sobre o regime específico de serviços financeiros. “Precisamos garantir que as características societárias das cooperativas estejam em harmonia com as peculiaridades do regime econômico no qual se inserem, respeitando os preceitos da Lei do Cooperativismo (5.764/71) e o ato cooperativo já previsto no texto constitucional”, salientou Tania Zanella. Pontos específicos envolvendo o cooperativismo agro, de saúde e de trabalho também foram abordados.

Alckmin disse que as demandas do cooperativismo, como a do reconhecimento do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, na regulamentação da Reforma Tributária, serão levadas em consideração.

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 Encontro da Câmara Temática de Distribuição de Energia aconteceu de forma virtual

Câmara de Distribuição de Energia destaca avanços do setor

Reunião abordou panorama atual e futuras ações para o fortalecimento do segmento

 

 Encontro da Câmara Temática de Distribuição de Energia aconteceu de forma virtual Encontro da Câmara Temática de Distribuição de Energia aconteceu de forma virtual A Câmara Temática de Distribuição de Energia Elétrica se reuniu na sexta-feira (05),  para apresentar os números que o setor alcançou em 2023 e, também, discutir os desafios que permeiam as discussões legislativas e regulatórias do segmento. 

De acordo com levantamento do Sistema OCB, no ano passado, foram conectados à rede de distribuição de energia elétrica 625 mil sistemas de Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), o que totalizou mais de 7,4 GW de potência. Além disso, mais de 837 mil unidades consumidoras passaram a contar com os excedentes e os créditos da energia gerada pelos sistemas instalados no período. 

Nos primeiros meses de 2024, esse crescimento se manteve, com mais de 155 mil novos empreendimentos em operação e  2 GW de potência instalada, o que traz benefícios a mais de 191 mil unidades consumidoras com créditos. Em pouco mais de 3 meses, quase 20% das cooperativas já geram sua própria energia.

No que diz respeito ao trabalho feito junto aos Três Poderes, Jânio Steffanelo, presidente da Infracoop, da Coprel e coordenador nacional do Ramo Infraestrutura, abordou a questão legislativa e regulatória do mercado livre de energia. Ele ressaltou os desafios impostos pelo ambiente político do Brasil, em que o Congresso Nacional assume um papel que, segundo ele, deveria ser da agência reguladora. "Por isso o posicionamento do Sistema OCB e do movimento cooperativista como um todo, é tão importante. Só assim conseguimos cobrar da Aneel que todas as obrigações da agência sejam cumpridas, a fim de garantir a sustentabilidade do nosso setor", disse. 

Outro tema discutido foi o Projeto de Lei (PL) 4.831/2023, que visa limitar a inserção de geração distribuída para o máximo de 10% da área de atuação das distribuidoras de energia elétrica. Para Thayná Côrtes, analista técnica do Sistema OCB, “a forma como a entidade acompanha essa tramitação é de extrema importância, tendo em vista que a matéria poderá afetar diretamente as cooperativas de infraestrutura”, explicou. 

O Projeto de Lei 1.303/2022, que trata da prestação de serviços de telecom por cooperativas, também foi colocado em pauta como prioridade do Sistema OCB, que atua para garantir uma tramitação favorável no Senado Federal. 

Bruna Chaves, analista de Relações Governamentais, destacou que a Câmara dos Deputados aprovou a matéria e que, no Senado Federal, precisa passar pela Comissão de Asssuntos Econômicos (CAE) e, posteriormente, pela de Ciência e Tecnologia (CCT), com uma decisão terminativa, que pode dispensar a aprovação em plenário. "Caso consigamos aprovar o texto como veio da Câmara, o texto será encaminhado para o Presidente da República, para sanção ou veto. Durante o ano passado, nós atuamos de forma intensa junto ao Senador Eduardo Gomes, relator da CAE, para que ele tivesse ciência da importância do tema e da necessidade de um parecer favorável, assim como foi", afirmou. 

Outro destaque da reunião foi o acesso do cooperativismo ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). O caso da Coprel Telecom, cooperativa que atua como distribuidora, geradora e comercializadora de energia e telecomunicações, em mais de 72 municípios do RS, foi apresentado como exemplo de sucesso. 

Para Luis Fernando Volpato, facilitador da Coprel, o Sistema OCB foi fundamental para a inserção da cooperativa no Projeto BNDES Fust, que visa melhorar a infraestrutura de comunicação em áreas sem acesso à internet, e dá destaque ao papel das cooperativas na promoção do desenvolvimento regional e da qualidade de vida das comunidades. "Nós selecionamos as escolas passíveis de atendimento, criamos um projeto de acesso à banda larga e levamos melhoria aos municípios que não possuem acesso à internet. O projeto foi aprovado e, com a ajuda do Sistema OCB, conseguimos marcar uma reunião com o BNDES, que nos trouxe orientações importantes para alcançar essa conquista".

 

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 Comitê de Jovens Geração C se reúne para discutir inclusão e inovação

Geração C discute inclusão e inovação no cooperativismo

Encontro reafirmou o compromisso dos jovens com o futuro do movimento

 Comitê de Jovens Geração C se reúne para discutir inclusão e inovação Comitê de Jovens Geração C se reúne para discutir inclusão e inovaçãoNesta quinta-feira (04), o Comitê de Jovens Geração C realizou a primeira reunião do ano para discutir estratégias de fortalecimento, engajamento e inovação no cooperativismo. O encontro tratou sobre o compromisso dos jovens com o futuro do movimento, as dinâmicas que irão acontecer no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e, também, sobre o lançamento do Manual Geração C de Implantação e Funcionamento de Comitês de Jovens em Cooperativas, desenvolvido para ser um instrumento essencial de fortalecimento da presença e participação da juventude nas cooperativas brasileiras. 

O manual oferece diversas orientações práticas para a criação e a operação eficaz de comitês, e visa capacitar e entregar ferramentas e recursos necessários para impulsionar a inovação, promover a inclusão e construir um futuro mais dinâmico e sustentável para o movimento cooperativista.

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, destacou a importância do trabalho contínuo realizado pelo colegiado criado em 2019, após o 14º CBC. "As cooperativas precisam de jovens e do engajamento de vocês tanto nos quadros sociais como nos de liderança. Vocês possuem o potencial de impulsionar discussões muito importantes para o nosso movimento", afirmou. 

Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, reforçou a necessidade do apoio de todos os jovens para expandir o alcance do comitê. "Inclusão, diversidade e equidade estão no centro de nossas discussões e acreditamos que vocês são as peças essenciais para o desenvolvimento de soluções nesses pontos", disse. 

Durante a reunião, também foi definida uma nova estratégia de registro de ações realizadas pelo grupo. O objetivo é aprimorar o compartilhamento das informações. Além disso, o encontro abriu espaço para parabenizar os concluintes do treinamento Jornada de Formação Jovem Liderança ofertado por meio da plataforma Capacitacoop.

 

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Representantes do Sistema OCB e da Coprel em reuniões para defender conectividade no campo

Sistema OCB atua pelo avanço da pauta de conectividade no campo

Entidade realiza diversas reuniões para pleitear apoio ao PL 1.303/2022

 

Representantes do Sistema OCB e da Coprel em reuniões para defender aprovação do PL 1.303/22Representantes do Sistema OCB e da Coprel em reuniões para defender aprovação do PL 1.303/22O Sistema OCB coordenou uma série de reuniões entre os dias 1º e 5 de abril para apresentar o papel do cooperativismo nas políticas de conectividade rural e reforçar a importância do avanço do Projeto de Lei (PL) 1.303/2022, que visa assegurar a prestação de serviços de telecomunicações por cooperativas. “O cooperativismo já leva internet de qualidade a aproximadamente 70 mil pessoas no interior do país, porém com um modelo adaptado que encarece o serviço para o consumidor final. Com a aprovação do projeto, o cooperativismo se consolidará como uma ferramenta plena de inclusão digital, alcançando lugares que as estruturas tradicionais ainda não atendem”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. 

Os encontros foram realizados na Secretaria de Telecomunicações e na Consultoria Jurídica do Ministério das Comunicações (MCOM); na Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); no Departamento de Produção Sustentável e Irrigação da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa); no gabinete do Senador Luiz Carlos Heinze (RS); e na liderança do governo no Senado. 

O presidente do Sistema OCB defende que o projeto de lei das cooperativas de telecom vai ao encontro da demanda por um agro cada vez mais moderno e sustentável. “As nossas cadeias de produção e consumo são cada vez mais digitais e os produtores rurais necessitam da internet, desde as questões mais cotidianas, como para comunicação, trabalho, educação e emissão de nota eletrônica. Além disso, a conectividade é essencial para o aumento da produtividade e da sustentabilidade no campo, por meio da digitalização da produção, a agricultura de precisão, e acesso a assistência técnica e extensão rural (Ater)”.

Tendo esses desafios em vista, o Sistema OCB tem atuado em prol da universalização e da acessibilidade da conectividade no campo, que conta cada vez mais com opções tecnológicas e que exigem o acesso à internet para otimizar a produção. ”Ao permitir que as cooperativas prestem serviços de telecomunicações como tefonia e banda larga móvel ou fixa, abre-se um leque de oportunidades para sanar os entraves provocados pela falta de conectividade em áreas rurais”, defende Freitas. 

Além de representantes do Sistema OCB, os encontros contaram com a participação da Coprel, referência na prestação dos serviços de conectividade. Atualmente, a cooperativa atende 44 municípios do Rio Grande do Sul, com conexões urbanas e rurais. Dos 58 mil cooperados, 14,5 mil são atendidos, além de outros 33,6 mil não cooperados. Projetos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação (Fust) preveem ainda, a construção de 410,8 km de fibra ótica para levar conectividade a 58 escolas do estado, beneficiando 4.730 alunos, além de outros 82,1 km para atender mais duas áreas urbanas e uma comunidade rural. 

Segundo Luís Fernando Volpato, facilitador da Coprel Telecom, a aprovação do PL 1.303/2022 é fundamental para que a empresa possa aprimorar a prestação dos serviços. “É uma medida importante para nós porque poderemos atuar direto como cooperativa, reduzindo custos e com mais acesso a linhas de financiamento apoiadas pelo governo para a prestação do serviço em áreas rurais ou localidades distantes e sem conectividade”, afirmou. 

Para poder prestar o serviço, a Coprel precisou abrir uma empresa limitada. “Isso encarece os custos para o cooperados, que acabam sofrendo dupla tributação. Com a aprovação do PL, além de podermos atender dentro da nossa vocação natural, que é a do cooperativismo, também podemos investir em projetos de intercooperação com outros ramos de cooperativas, como o do agro, por exemplo”, acrescentou Volpato.  

O PL 1.303/2022 aguarda análise da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), para depois seguir para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), também no Senado, em caráter terminativo, antes de seguir para sanção presidencial. A proposta é de autoria, deputado Evair Vieira de Melo (ES), diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).  

 

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