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Publicação apresenta indicadores sociais e econômicos do movimento

Vem aí o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024

Publicação apresenta indicadores sociais e econômicos do movimento

 

O Sistema OCB lança na próxima quarta-feira (31), ao Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024. Os dados oficiais apontam a relevância socioeconômica do modelo de negócios para o país Em sua 6ª edição, o anuário traz informações sobre o cooperativismo no mundo, no Brasil e segmentados por ramos. 

“O cooperativismo tem as pessoas como centro e prioriza o trabalho colaborativo, promovendo desenvolvimento e prosperidade para toda sociedade. E é movido por esse propósito que o Sistema OCB exerce o papel de fortalecer, representar e defender o movimento cooperativista brasileiro, fazendo com que seja cada vez mais conhecido e respeitado por todos. Para isso, é muito importante dar visibilidade aos indicadores que comprovam que esse modelo de negócios cresce de forma sólida e constante”, afirma o presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas. 

As informações e análises apresentadas no Anuário têm como base dados fornecidos por cooperativas registradas e regulares no Sistema OB até a data de 31/12/2023. As fontes primárias dos dados são provenientes do SouCoop, o sistema eletrônico de registro e cadastro de cooperativas , e o Desempenho (ferramenta criada para acompanhar os resultados das cooperativas em relação aos seus indicadores econômicos, contábeis e socioeconômicos). As fontes secundárias, quando utilizadas, são especificadas em cada capítulo da publicação. 

Além dos dados gerais sobre o cooperativismo no Brasil, o Anuário também traz indicadores específicos sobre o cooperativismo exportador. Neles é possível verificar o volume de negócios gerados pelo movimento com o apoio da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), os principais países de destino e produtos comercializados, bem como a localização das cooperativas que alcançaram os melhores resultados no mercado internacional. 

“As expectativas com relação aos dados referentes ao ano de 2023 são muito boas. Vamos, com certeza, verificar um aumento importante no número de cooperados, bem como indicadores financeiros que evidenciam a força e representatividade do cooperativismo como modelo de negócios que garante oportunidades para todos, com geração de emprego, renda e, principalmente, melhoria da qualidade de vida das pessoas e comunidades atendidas”, destaca Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB. 

“Ainda teremos novidades para essa edição, como a divulgação da contribuição do cooperativismo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e a criação de duas novas seções: uma dedicada à divulgação dos dados da produção de energia pelas cooperativas; e outra sobre a criação de uma área dedicada à publicação dos estudos sobre o cooperativismo elaborado pelo Sistema OCB”,  complementa o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Costa.

 

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Diretrizes estratégicas orientam comunicação do coop para os próximos anos

E se mais brasileiros conhecessem o jeito cooperativista de fazer negócios de forma sustentável e humana? Nosso movimento precisa ser visto, ouvido e lembrado para conquistar mais cooperados, consumidores e aumentar nosso impacto nas comunidades. Uma das ferramentas para atingir esse objetivo estratégico é a comunicação assertiva, democrática e eficaz sobre o que é o cooperativismo, seus diferenciais e vantagens. 

Com esse foco, durante o 15ª Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), realizado em Brasília, em maio, representantes do coop de todo o país elegeram duas diretrizes estratégicas prioritárias para a comunicação cooperativista nos próximos cinco anos: 

1. Definir públicos estratégicos, selecionar canais de comunicação e adaptar a linguagem para atingir todos os públicos (crianças, jovens e adultos) de forma eficaz, acessível e inclusiva.

2. Promover ações de sensibilização e engajamento da comunidade escolar e da sociedade

em geral sobre os princípios e benefícios do cooperativismo, por meio de eventos, campanhas educativas e programas de educação continuada.

As duas ações fazem parte do conjunto de 25 diretrizes que irão guiar o planejamento estratégico do Sistema OCB para o período de 2025 a 2030. A seleção das diretrizes prioritárias foi baseada em dois critérios-chave: impacto, com foco na capacidade de promover o aumento da competitividade das cooperativas;  e urgência, relacionado ao quão imediata e prioritária é sua implementação.

No caso da Comunicação, as duas diretrizes prioritárias irão orientar a atuação do Sistema OCB Nacional e das Organizações Estaduais na definição de campanhas, produção de conteúdo para sites e redes sociais, relacionamento com a mídia, patrocínios, eventos, escolha de novos produtos e formatos para conversar com os públicos-alvos, entre outras iniciativas. 

“As diretrizes de Comunicação serão norteadoras para o Sistema OCB promover o cooperativismo para a sociedade. Hoje já temos como estratégia o movimento SomosCoop e suas iniciativas. Vamos manter algumas dessas estratégias, melhorar as iniciativas e criar novos projetos”, antecipa a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo. 

Todas essas ações também precisam levar em conta um olhar da comunicação cooperativista sobre o futuro, considerando o avanço da Inteligência Artificial e o uso de ferramentas como o ChatGPT para produção de conteúdo; o crescimento do chamado marketing de influência, em que criadores mobilizam milhões de seguidores em redes sociais como o Instagram e TikTok; e, claro, os novos hábitos de consumo de mídias, com prevalência do digital e de formatos dinâmicos e interativos. 

“Nosso objetivo é aprimorar as estratégias de comunicação do cooperativismo com base em dados, além de alinhar o discurso em todo o movimento, capacitar porta-vozes, fortalecer campanhas e ampliar a presença do coop no mundo on-line, entre outras ações”, acrescenta a gestora. 

Precisamos falar sobre o coop

A primeira diretriz estratégica de Comunicação aprovada no 15º CBC deixa claro que precisamos falar mais sobre o coop, em canais diversos, e de uma maneira que todas as pessoas entendam. 

Matéria-prima para produzir conteúdo de qualidade e atrativo não falta, afinal, estamos tratando de um modelo de negócio sustentável, que produz trabalho e riqueza com foco nas pessoas, comunidades e no meio ambiente e que já representa mais de 10% da população brasileira. 

“Definir públicos estratégicos, selecionar canais e adaptar a linguagem são práticas essenciais para alcançar uma comunicação efetiva, com resultados positivos. Cada público tem necessidades, interesses e características diferentes”, explica Samara Araujo.

Adaptar a linguagem e o tom da comunicação sobre o coop torna a mensagem mais relevante e adequada às demandas de cada público, aumentando a probabilidade de engajamento e compreensão. Já a escolha do canal correto de comunicação leva em conta preferências do público em relação a formatos como redes sociais, emails, comunicações impressas, etc. Com o canal certo, é mais provável que a mensagem sobre o coop chegue a mais pessoas. 

Para identificar as demandas e oportunidades de comunicação sobre o coop, o Sistema OCB monitora a percepção da sociedade sobre o movimento cooperativista com pesquisas, análise de testes e estudos de comportamentos e tendências. 

Recentemente, a Pesquisa de Imagem do Cooperativismo 2023 identificou que para 88% dos brasileiros o cooperativismo é atual, inovador ou moderno, e está associado a conceitos como união, solidariedade e cooperação. Na pesquisa, 77% dos entrevistados conseguiram citar pelo menos uma cooperativa, mas, de forma geral, a maioria ainda não relaciona o coop a negócios e competitividade. 

A partir de informações como essas, as ações de comunicação são desenvolvidas baseadas em dados, aumentando as chances de acertar o público-alvo com as informações que ele precisa conhecer. 

Educação sobre o coop

Em outra frente, a segunda diretriz estratégica de comunicação destaca a necessidade de apresentar o coop para os cidadãos do futuro. A meta, neste caso, é promover a informação sobre o cooperativismo em escolas e programas de educação continuada para mostrar, desde cedo, que o coop é um bom negócio e um caminho para um mundo mais justo. 

“Divulgar o cooperativismo nas escolas é importante para transmitir os valores cooperativistas e para garantir a sustentabilidade desse modelo de negócio, uma vez que se planta a semente do coop junto ao público jovem. É importante destacar que as ações de comunicação devem estar atreladas a iniciativas pedagógicas, como programas educativos e experiências práticas”, pondera Samara Araujo. 

Muito além do ambiente escolar, esse tipo de iniciativa reverbera em toda a comunidade. O que se aprende na escola é compartilhado em casa, ampliando o alcance das informações e formando novos porta-vozes do cooperativismo. 

Trabalho em conjunto 

Além da comunicação institucional, feita pelo Sistema OCB e pelas Organizações Estaduais, as cooperativas brasileiras também podem adotar as diretrizes estratégicas em seus planejamentos de comunicação e marketing, fortalecendo um discurso alinhado e unificado sobre o coop. 

Os materiais para colocar em prática as novas orientações serão disponibilizados por meio do SomosCoop, um movimento criado para ressignificar e dar visibilidade ao cooperativismo, com conteúdos informativos e inspiradores de uso livre pelas cooperativas. 

“Hoje, todas as nossas iniciativas para divulgar o cooperativismo são feitas via SomosCoop. O site funciona como um hub de tudo que é desenvolvido para promover o coop, facilitando o acesso à informação e promovendo a disseminação das nossas iniciativas. São notícias, e-books, vídeos informativos, histórias transformadoras, webséries e podcasts”, lista a gerente. 

Uma das ferramentas disponíveis para as cooperativas é a Central da Marca, em que é possível acessar os materiais das campanhas do SomosCoop e orientações sobre como utilizá-los. 

“Além disso, mantemos uma presença ativa nas redes sociais com postagens que promovem a imagem do coop e desenvolvemos campanhas publicitárias que destacam os benefícios do modelo de negócios para toda sociedade”, acrescenta Samara Araujo.

Conheça mais diretrizes estratégicas de Comunicação

Além das duas diretrizes prioritárias, durante o 15º CBC também foram definidas mais oito diretrizes estratégicas gerais de Comunicação para o cooperativismo brasileiro nos próximos anos: 

1. Alinhar o discurso em todo o cooperativismo, tendo como base o movimento SomosCoop, com uma linguagem simples e acessível.

2. Ampliar a presença do cooperativismo no mundo on-line investindo em estratégias de marketing digital.

3. Aprimorar as estratégias de comunicação do cooperativismo baseada em dados.

4. Capacitar porta-vozes do setor com materiais padronizados sobre os benefícios do cooperativismo.

5. Fortalecer a campanha SomosCoop para divulgação do cooperativismo e seus benefícios nos principais canais de comunicação com mídias on-line e off-line.

6. Incentivar a intercooperação na comunicação do cooperativismo, de maneira unificada e integrada para valorização do setor.

7. Investir nas áreas de marketing e de gestão de marca (branding) nas cooperativas, seja com um profissional dedicado a esse tema em cada cooperativa ou com a contratação de parceiros especializados.

8. Mapear continuamente tendências em comunicação para aprimorar as estratégias de divulgação do cooperativismo

Jornada rumo à COP 29 evidencia impacto positivo do cooperativismo 
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Jornada rumo à COP 29 evidencia impacto positivo do cooperativismo 

Sistema OCB destaca modelo de negócios e sua contribuição para as políticas ambientais globais

 

Representantes nacionais e internacionais puderam conhecer a Casa do CooperativismoRepresentantes nacionais e internacionais puderam conhecer a Casa do CooperativismoNo terceiro dia da Jornada cooperativa rumo à COP 29, os representantes nacionais e internacionais envolvidos com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas tiveram a oportunidade de visitar a sede da Casa do Cooperativismo, em Brasília. A entidade recebeu a comitiva para realizar uma apresentação sobre o movimento, feita pela gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta. Também foram destacados os programas ESG coordenados pelo Sistema OCB, e projetos de sustentabilidade das cooperativas de crédito da Cresol.

Fabíola explicou os principais princípios do cooperativismo e ressaltou que o modelo de negócios transforma o mundo em um lugar mais justo e próspero, com melhores oportunidades para todos. "O cooperativismo pode ser uma força poderosa para a inclusão social e econômica, promovendo um desenvolvimento sustentável que beneficia não apenas os cooperados, mas toda a sociedade," afirmou.

A gerente também falou sobre a importância de entender o cooperativismo como uma resposta às necessidades do novo consumidor, como um indivíduo com aspirações próprias. “Ele é crítico, substitui a posse pelo suso, se preocupa com a sustentabilidade e quer conhecer a história por traz do processo de produção. Características estas que fazem parte do propósito natural do cooperativismo”. Ela enfatizou ainda 2025 como Ano Internacional do Cooperativismo, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para Fabíola, será um marco para as cooperativas, com a promoção do movimento globalmente e celebração de suas contribuições para a inclusão social e econômica.

Em seguida, a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, enfatizou a contribuição do cooperativismo brasileiro para a sustentabilidade. "Nossos projetos ESGCoop e NegóciosCoop são exemplos de como estamos avançando. Unimos esforços para implementar práticas sustentáveis, mostramos que é possível gerar impacto positivo e duradouro nas comunidades e no meio ambiente. Nos comprometemos em continuar liderando pelo exemplo e promovendo um futuro mais sustentável para todos". 

Coordenador de Programas na Cresol Instituto, Felipe Alessio, falou sobre as instituições financeiras cooperativas. "Contribuímos de forma direta com a economia verde e a agricultura familiar. Nosso foco é apoiar práticas agrícolas sustentáveis que beneficiem o meio ambiente e promovam a prosperidade das comunidades rurais. Por meio de financiamentos acessíveis e programas de desenvolvimento, conseguimos capacitar os agricultores a adotarem tecnologias inovadoras e métodos de cultivo mais eficientes", salientou.  

Daniel PeterDaniel PeterOs participantes da jornada voltaram a elogiar as experiências que estão sendo vivenciadas com as visitas incluídas na programação. Para Isabel Nobre, consultora da iniciativa da Amazônia do BID Invest, o envolvimento das cooperativas com a comunidade chama a atenção. "A Coopfam, por exemplo, mostrou diversos projetos nesse sentido. Pudemos observar que esta preocupação está no DNA da cooperativa, que possui vertente social forte e vários projetos para crianças e idosos. É inspirador ver como transformam vidas e reforçam o papel do cooperativismo no desenvolvimento sustentável e na promoção do bem-estar social", declarou. 

Já Daniel Peter, diretor da Secretaria de Povos e Comunidades Tradicionais, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), destacou o potencial de crescimento do cooperativismo. "Fica muito claro com as visitas que fizemos até aqui, que o movimento enfrenta o mercado bravamente, colocando a lógica com base, no cooperado. Isso demonstra a força e a resiliência do modelo de negócios em criar soluções sustentáveis que beneficiam tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais". 

João Marcos Silva Martins, coordenador de Relações Internacionais  do Sistema OCB, falou sobre a riqueza das experiências vividas durante a jornada e as expectativas para os próximos dias. "Cada visita tem sido uma oportunidade única para mostrar o impacto positivo das cooperativas em suas comunidades. A interação direta com os cooperados e a visualização dos projetos em andamento reforçam a importância do movimento como um modelo sustentável e eficiente de negócios. No Acre, os participantes terão uma visão ainda mais forte dessas características", afirmou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Sistema OCB participa de reunião para apoio às coops do RS

Sistema OCB participa de reunião para apoio às coops do RS

Prioridades para retomada das atividades foram apresentadas ao governo

Tania Zanella participou de reunião com Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da FazendaTania Zanella participou de reunião com Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da FazendaA superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou nesta terça-feira (23) de reunião com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Em conjunto com o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, do diretor-executivo, Sérgio Luís Fetralco, e do conselheiro da Fecoagro RS, Nei Mânica, foram apresentadas prioridades do setor para a retomada da produção e dos empregos nas cooperativas agropecuárias gaúchas, após  a catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul, em maio.

Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, além de representantes do Tesouro Nacional também participaram do encontro. 

Hartmann destacou a importância de facilitar o acesso ao crédito e renegociação das dívidas para retomada das atividades e apoio aos afetados pelas chuvas. “As cooperativas do agro tiveram faturamento de R$ 48,6 bilhões em 2023, o que representa 7,5% do PIB do estado. As medidas pleiteadas têm grande capacidade de garantir os empregos de mais de 259 mil cooperados para a retomada da economia do estado com mais dinamismo", completou o presidente.

Como sugestões, o Sistema Ocergs apresentou ao governo federal propostas para a criação de linhas de crédito para renegociação de dívidas das cooperativas, redução de burocracias para acessar os recursos e o alongamento dos créditos com instituições financeiras.

O governo federal informou que está trabalhando em medidas que devem incluir mecanismos para tratar dos créditos das cooperativas. A União se comprometeu também em contemplar soluções de apoio para evitar o endividamento dos agricultores do Rio Grande do Sul.

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Coopfam recebe comitiva da Jornada Cooperativa Rumo à COP 29
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Coopfam recebe comitiva da jornada rumo à COP 29

Processo de produção sustentável desenvolvida pela coop encanta visitantes

Visita permitiu conhecer de perto a realidade dos cooperados da CooperfamVisita permitiu conhecer a realidade dos cooperados da CoopfamA Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam) foi a responsável por receber a comitiva da Jornada Cooperativa Rumo à COP 29 nesta terça-feira (23). O grupo formado por representantes de sete ministérios, organizações parceiras e órgãos internacionais conheceu de perto a realidade de famílias cooperadas que produzem café certificado e de alta qualidade por meio da agricultura sustentável.

“Estou saindo transformada dessa experiência e espero poder levar todo esse aprendizado para o meu trabalho na formulação de políticas públicas. É uma visão muito qualificada da realidade com resultados extremamente positivos”, resumiu Caroline Sanematsu, coordenadora de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

A Coopfam foi criada oficialmente em 2003 para organizar e potencializar a produção de café local, mas desde a década de 1980 famílias da região já se reuniam por meio da Pastoral da Terra para, juntas, buscar soluções para melhorar as condições de vida dos produtores. “A cooperativa nasceu da tomada de consciência de alguns produtores sobre a possibilidade de fazer as coisas diferentes e, assim, ter uma vida melhor. Essa ideia foi sendo compartilhada e cresceu baseada no princípio de que para ser bom para um tem que ser bom para todos”, descreveu Vânia Lúcia Pereira da Silva, presidente da Coopfam.

Vânia Pereira, presidente da CoopfamVânia Pereira, presidente da CoopfamCooperado desde 2003, Carlos Henrique Nogueira, conta que a vida de sua família mudou completamente com o apoio da Coopfam. “Eu era um produtor que usava muito químico e ouvi falar de um grupo que trabalhava de forma diferente. Meu filho tinha acabado de nascer e eu não oferecia para ele meus produtos. Conversando com minha esposa, concluímos que estávamos fazendo errado, uma vez que não queria para minha família o que produzia para outras. Foi assim que entrei para a cooperativa, cresci pessoal e profissionalmente e vi a vida da minha família, assim como o meu sítio, serem totalmente transformadas para melhor”.

Uma das características que chamaram a atenção do grupo durante a visita foi a visão da Cooperfam sobre uma produção que vai muito além da qualidade do grão e do café que chega às xícaras dos consumidores. “Buscamos criar consciência e mudar mentalidades e atitudes, começando por nossos cooperados, para criar uma uma força coletiva. É uma cadeia do bem para transformar o pessoal, o meio, a cidade e o mundo. E todos o processo de produção faz parte desse movimento que busca o melhor para todos”, complementa a presidente Vânia.

Para o desenvolvimento dos projetos sustentáveis, a Coopfam conta com um departamento sócio ambiental que se dedica exclusivamente a iniciativas como a instalação de biodigestores, contemção de água de chuva e replantio de árvores em nascentes, por exemplo. O sombreamente das áreas de produção para evitar que a seca, o calor e outras questões climáticas interferim na qualidade dos grãos é um dos principais programas implementados nos últimos três anos. “Começamos a registrar queda na produção por conta dessas questões e o sombreamento foi a solução encontrada”, disse Vânia.

  

Inclusão

Degustação de cafés produzidos pela CoopfamDegustação de cafés produzidos pela CoopfamA Coopfam também lidera movimentos para inclusão feminina no setor cafeeiro, a partir do projeto Mulheres Organizadas em Busca da Igualdade (Mobi). A iniciativa foi criada em 2006 para lidar com um problema diagnosticado ainda nos primeiros anos de operação da cooperativa: as trabalhadoras rurais produziam juntas com os esposos, mas não podiam desfrutar de uma série de benefícios, já que não tinham documentações de atividade rural. De acordo com Vânia, elas se sentiam apenas ajudantes, não se viam como produtoras.

“Foi quando uma dessas mulheres ficou viúva e precisou regularizar sua situação para se associar à cooperativa e dar continuidade aos negócios da família. Junto com ela, várias outras mulheres também fizeram sua filiação, gerando um movimento que estimula a equidade de gênero e o protagonismo feminino no campo e nos mais diversos espaços da sociedade”, descreveu Vânia.

Como resultado, a cooperativa possui um linha específica de café feminino que valoriza o trabalho que a mulher desenvolve no campo e proporciona empoderamento financeiro e social para as produtoras cooperadas. Esses cafés foram servidos durante a Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil, assim como nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Em 2018, o café feminino produzido pelo Mobi recebeu menção honrosa no concurso Saberes e Sabores, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Comitiva da jornada cooperativa rumo à COP 29Comitiva da jornada cooperativa rumo à COP 29Wenyan Yang, chefe da Divisão de Participação Social da ONU, se mostrou encantada com o que viu na Coopfam. “Trabalho com questões sociais e as iniciativas que vi aqui me mostraram que não estou sozinha nessa jornada. Essa visita foi muito especial. Fiquei absolutamente encantada com o que pudemos vivenciar”, afirmou.

Secretária-executiva do Fórum Ciência-Política-Empresas da ONU sobre o Meio Ambiente, Shereen Zorba, compartilhou o sentimento de Wenyan. “Foi uma experiência maravilhosa. O trabalho de educação e empoderamento dos produtores, assim como a busca constante em certificações de excelência são exemplos que precisa ser seguidos e nos mostrou oportunidades importantes que podemos apoiar em um futuro próximo”.

“Com certeza tem superado nossas expectativas. Temos visto trabalhos fenomenais que apresentam um potencial incrível de fortalecimento e crescimento”, completou Felipe Ribeiro de Sousa, analista de Programas de Cooperação Técnica Internacional da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

 

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Sober: Sistema OCB promove painel sobre inovação rural em congresso

Sober: Sistema OCB promove painel sobre inovação rural em congresso

Discussão irá abordar crédito rural, políticas públicas e impacto social

O Sistema OCB promove o painel Financiamento de Projetos de Inovação na Produção Rural, no dia 30 de julho às 14h, durante o 62º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober). O evento acontece na Universidade Federal de Tocantins, em Palmas, com a presença de especialistas e representantes do setor para discutir as diversas formas de financiamento disponíveis para projetos inovadores na produção rural.

O 62º Congresso da Sober, este ano, tem como tema Bioeconomia, cadeias de valor e desafios do desenvolvimento regional. O mote reflete a importância crescente dessas áreas para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

O painel será moderado pelo professor Davi Rogério de Moura Costa, da Universidade de São Paulo (USP), e irá contar com as participações de Raphael Silva de Santana, representante do Sicoob, e Carla Diana Oteiro Borré, representante do Sicredi. A discussão abordará questões envolvendo as cooperativas de crédito, políticas de incentivo, impacto econômico e social dos projetos financiados e estratégias para aumentar a eficiência e sustentabilidade na produção rural. O objetivo é explorar as oportunidades e desafios enfrentados pelos produtores ao buscar financiamento para projetos inovadores. 

Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, destaca a importância do painel. "O painel promovido pelo Sistema OCB se conecta à nossa intenção de relacionar a prática do cooperativismo à pesquisa acadêmica. Ao aproximar a pesquisa ao dia a dia do cooperativismo, promovemos a geração de novas ideias e fontes de pesquisa, fundamentais para o desenvolvimento sustentável do setor. Discutir as diversas formas de financiamento disponíveis é crucial para facilitar a adoção de inovações na produção rural, contribuindo para a eficiência e sustentabilidade das práticas agrícolas", disse. 

Para mais informações sobre o painel e o congresso, acesse o site oficial da Sober


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Sistema OCB participa de encontro sobre agricultura sustentável 

Sistema OCB participa de encontro sobre agricultura sustentável 

Evento realizado na Costa Rica discutiu melhorias para a produção agroalimentar 

Fecagro realiza evento que discute desafios de segurança alimentar e mudanças climáticasFecagro realiza evento que discute desafios de segurança alimentar e mudanças climáticasO Encontro de Federações Agrícolas das Américas, organizado pela Federación de Câmaras Del Agro (Fecagro), aconteceu no dia 22 de julho de 2024, na sede central do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em São José, na Costa Rica. O evento reuniu cerca de 20 federações agrícolas para discutir os grandes desafios da segurança alimentar e das mudanças climáticas, com foco na inovação, novas tecnologias e ciência como bases para aumentar, com sustentabilidade, a produção e a produtividade dos sistemas agroalimentares.

O encontro buscou fomentar o diálogo e a colaboração entre as federações agrícolas das Américas, com o objetivo de enfrentar os desafios da agricultura sustentável e promover o desenvolvimento do setor na região. Durante o dia, os participantes discutiram as oportunidades e os desafios da agricultura sustentável e elaboraram uma proposta conjunta para promover o setor.

João Prieto, coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, ressaltou a importância do evento. "Essa é uma oportunidade ímpar para fortalecer a colaboração entre as federações agrícolas das Américas e discutir soluções inovadoras para os desafios que enfrentamos na agricultura. A troca de experiências e a construção de uma rede de diálogo público-privado são essenciais para promover a sustentabilidade e a segurança alimentar em nossa região. Estamos comprometidos em contribuir com ações concretas que resultem em um setor agroalimentar mais resiliente e produtivo", disse. 

Tendo em vista que as Américas enfrentam diversos desafios na agricultura, incluindo mudanças climáticas, escassez de água e degradação dos solos, o evento defendeu que a agricultura sustentável surge como solução para esses desafios e como garantia para segurança alimentar e promoção da sustentabilidade econômica, social e ambiental. 

Ainda durante o encontro, foi discutida a criação de uma rede hemisférica de diálogo público-privado sobre agricultura sustentável. A rede permitirá a troca de experiências e boas práticas, fortalecendo a colaboração entre os países das Américas.

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Visitas permitiram explorar soluções de sustentabilidade que minimizam impactos ambientais

Jornada rumo à COP 29 destaca ações de coops mineiras

Visitas permitiram explorar soluções de sustentabilidade que minimizam impactos ambientais

Jornada Cooperativa para à COP 29 chegou à Minas GeraisJornada Cooperativa para à COP 29 chegou à Minas GeraisO primeiro dia de visitas da Jornada cooperativa rumo à COP 29 aconteceu nesta segunda-feira (22) na cidade de Guaxupé, Minas Gerais. A primeira etapa foi marcada por uma reunião de alinhamento entre os representantes dos ministérios, agências governamentais e organizações internacionais que fazem parte do programa e a equipe do Sistema OCB Nacional e do Sistema Ocemg. 

A organização estadual também apresentou o Programa Minas Coop Energia, que incentiva a instalação de usinas fotovoltaicas pelas cooperativas para ampliação da geração de energia solar no Brasil. “O excedente é doado a instituições filantrópicas e o programa é reconhecido como exemplo de combate às mudanças climáticas no estado. Juntas, as 27 instituições beneficiadas acumulam uma economia anual superior a R$ 1 milhão em suas contas de luz. São hospitais, unidades de pronto atendimento à saúde (Upas), creches e asilos, entre outras associações, que atendem uma média de 4 milhões de pessoas por ano”, descreveu Lucas Lag, analista da Ocemg e membro do Comitê do MinasCoop Energia.

Em seguida, o Sicoob Agrocredi recebeu a comitiva da jornada em sua sede para destacar suas práticas em sustentabilidade. O vice-presidente do Conselho de Administração da entidade, Luís Alberto Andrade, detalhou os principais números da cooperativa. “Somos 86 mil cooperados e nossos ativos totais somam R$ 2, 6 bilhões. Nossas operações de crédito estão na ordem de R$ 913 milhões e o resultado acumulado já ultrapassa os R$ 52 milhões”. 

Entre as ações ambientais, Luís Alberto listou a instalação de usinas fotovoltaicas, a redução no consumo de papel, reciclagem e otimização de recursos naturais. “Tudo isso por meio da tecnologia ofertada aos cooperados para fazerem a gestão de suas financas por meio de canais digitais. É para ser uma instituição financeira melhor para o mundo que o Sicoob Agrocredi trabalha e se movimenta. Nossa política é sistêmica e inclui responsabilidade social, ambiental e climática”, concluiu. 

A programação da jornada continuou com a visita técnica à Cooxupé, cooperativa de cafeicultores que reúne mais de 19 mil produtores rurais. O grupo pode conhecer as diversas formas de apoio aos cooperados, desde processos de certificação, apoio a infraestrutura, garantia de qualidade, exportação e assistência técnica. 

A jornada promovida pelo Sistema OCB antecede a COP 29O Protocolo de Gerações, ferramenta de melhoria continua de sustentabilidade é dos destaques. “Esse protocolo avalia a produção considerando a realidade de cada produtor nas questões ambientais, sociais e econômicas, e fornece informações para a cooperativa se preparar para atender às demandas de clientes quanto à procedência e origem dos cafés produzidos de acordo com padrões de sustentabilidade”, explicou Carlos Augusto Melo, presidente da cooperativa. 

O Complexo Industrial e de Armazenagem Japy, uma das unidades industriais da Cooxupé, foi o último ponto de parada do dia. Nela, os participantes da jornada conheceram diversos processos importantes, como por exemplo, a classificação em degustação ao preparo do café que é exportado para 49 países dos cinco continentes.  

A unidade também se destaca pela possibilidade do produtor entregar o café a granel, iniciativa que garantiu a redução de custos e mais qualidade para a atividade cafeeira. O empreendimento conta ainda como um Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), que agiliza o processo de expedição dos contêineres ao Porto de Santos. 

Para os participantes da jornada, as visitas do dia foram extremamente proveitosas. Isabela Leão, especialista sênior em Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, declarou que a experiência tem sido muito importante para o trabalho que desenvolve. “Conhecer práticas de cooperativas que alcaçaram sucesso em suas atividades é muito significativo. Espero aprender ainda mais e levar esse conhecimento par outras regiões do mundo”. 

Já Marcelo Strama, diretor de Fomento na Secretaria Nacional do Artesanato do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), afirmou que os impactos dos cooperativismo são muito positivos para o país. “É meu papel como gestor público incentivar iniciativas como as que estamos acompanhando de perto nesta jornada. Temos visto que o cooperativismo é bom para o Brasil e para todo o mundo”, declarou. 

Paulo Antônio Viana Júnior, subchefe da Divisão de Promoção de Indústria e Serviços do Ministério das Relações Exteriores (MRE) ressaltou que a jornada tem se mostrado uma oportunidade única. “Tem sido, até aqui, a experiência mais fantástica da minha vida profissional como diplomata. Meu trabalho envolve a promoção do Brasil e ver como setor produtivo conduzido por cooperativas funciona é muito especial”, argumentou. 

 

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Como preparar o porta-voz da sua cooperativa para falar com a imprensa?

Treinamento conhecido como media training orienta relação com mídias para divulgar ações do cooperativismo, lidar com crises e evitar riscos à imagem 

O cooperativismo já representa cerca de 10% da população brasileira, com 20,5 milhões cooperados, segundo o Anuário do Cooperativismo 2023. Para comunicar os diferenciais desse modelo de negócio tão relevante para o país, é preciso capacitar as cooperativas para o relacionamento com a imprensa, fazendo o coop ser visto, ouvido e compreendido por mais brasileiros. 

Em seu papel como defensor do coop brasileiro, o Sistema OCB acredita que o preparo de dirigentes e representantes é fundamental para divulgar boas ações, promover a capilaridade do movimento, além de prevenir riscos e solucionar crises. 

Essa preparação para lidar com os meios de comunicação é chamada de media training, treinamento que orienta relação com diversos veículos de imprensa para divulgar ações do cooperativismo, lidar com crises e evitar riscos à imagem. 

As cooperativas brasileiras têm à disposição um manual produzido pelo Sistema OCB (veja box abaixo) com orientações para um relacionamento bem sucedido com a mídia em casos de crises de imagem das cooperativas. Um dos autores do guia é o professor e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília João José Forni,diretor da empresa de consultoria Comunicação e Crise. 

“O media training tornou-se uma competência fundamental para quem ocupa cargos de destaque ou precisa se posicionar na mídia, promover o próprio negócio, e não é diferente para as cooperativas”, explica o especialista. 

Segundo ele, o treinamento é parte fundamental da construção de um bom relacionamento com a imprensa tradicional séria e de credibilidade.

Aperfeiçoar e capacitar

Em Goiás, a OCB/GO realiza, desde 2020, cursos de media training para presidentes, diretores, cooperados e colaboradores que atuam como porta-vozes das cooperativas. O superintendente Jubrair Caiado explica que a iniciativa surgiu de uma preocupação com a preparação dos porta-vozes.

“O curso nos levou a outro patamar, porque é uma formação bem prática, em que o porta-voz aprende a como se portar em uma entrevista para rádio, para TV. E isso despertou também o interesse em melhorar nosso relacionamento com a imprensa”, afirma Caiado, que também destaca a importância de as cooperativas terem setores de Assessoria de Imprensa bem estruturados. 

Ao todo, 33 cooperativas goianas foram contempladas com o curso, em um total de 123 participantes em 9 turmas. A mais recente foi realizada em maio deste ano. A presidente da Cooperativa de Catadores de Material Reciclável (Cooprec), Noelia Maria de Carvalho, que participou do media training da OCB/GO, destaca a simulação de entrevista feita com um jornalista como um dos pontos altos do curso. 

“Nos ensinaram como agir em público, a pensar antes de responder a uma pergunta. Foi importante para aprender a falar melhor da nossa área de atuação e explicar como funciona”, afirma. Segundo ela, o aprendizado será aplicado pelo departamento de Comunicação da coop para divulgar a atividade de reciclagem, um tema em alta na mídia por estar associado ao meio ambiente e à sustentabilidade.

“Quando a gente trabalha nessa área, a gente sofre algumas discriminações, porque a gente trabalha com lixo. Mas, na verdade, somos agentes ambientais, porque trabalhamos praticamente limpando a cidade. Como seria se não existissem as cooperativas de reciclagem em todo o mundo? Temos que destacar esse nosso papel”, pondera. 

Capacitação multidisciplinar

O curso da OCB/GO também oferece orientações sobre como se comportar em uma entrevista, gestos que não são adequados e até dicas de como se vestir durante uma gravação em vídeo. O instrutor da capacitação é o jornalista e escritor Luiz Augusto Araujo Pereira, especializado em Assessoria de Comunicação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

São oito horas de duração, com a participação de cinco jornalistas de mídias diversificadas e uma fonoaudióloga. O cronograma foi montado em torno de pontos como preparação de discursos, cuidados com a voz e gestos, relacionamento com imprensa e gestão de crise com simulações práticas de entrevistas para cada tipo de veículo.

“Muitos se surpreendem porque a gente mostra como funciona a imprensa, as editorias e o que é ou não notícia do ponto de vista da imprensa, quais as possibilidades de notícias do cooperativismo, o que tem valor noticioso ou não”, explica Luiz Pereira.

Com exemplos práticos, os especialistas apresentam aos cooperativistas critérios técnicos jornalísticos para gerar pautas, internas ou externas, e assim oferecer à imprensa informações mais envolventes e interessantes. “A notícia está em constante evolução e esse olhar, essa observação e percepção do gestor da cooperativa é muito trabalhada durante o treinamento”, acrescenta Pereira.

Gestão de imagem 

Além da preparação para o relacionamento proativo com a imprensa, o media training tem outra função: auxiliar as cooperativas na gestão de eventuais crises de imagem.

Segundo Forni, com o crescimento do movimento cooperativista, a prevenção a vulnerabilidades é uma necessidade que não pode ser relegada. No Manual de Gestão de Crises e Imagem, elaborado pelo Sistema OCB, especialistas detalham como identificar os tipos e níveis de crises, a importância de destacar uma equipe exclusiva e um comitê de gestão para lidar com o tema de modo preventivo, com reuniões periódicas, ou durante uma situação específica.

 

Manual da OCB orienta cooperativas sobre como gerenciar crises

Elaborado em 2019, o guia têm orientações práticas para situações que ameacem a imagem e a reputação do Sistema OCB, de qualquer uma das instituições que

o integram e do movimento cooperativista brasileiro como um todo. 

O manual abrange várias etapas:

  • Identificar o tipo de crise, que pode ser classificada por sua natureza (silenciosa, de ebulição lenta ou repentina), abrangência (local, regional, nacional ou internacional) e intensidade (leve, moderada ou grave)

  • Estruturar equipes e comitês de gestão de crise, que serão responsáveis pelo relacionamento com a imprensa, definição de estratégias e outras atribuições

  • Orientações sobre como agir durante a crise, com detalhamento das primeiras medidas, elaboração de comunicados, preparação de porta-vozes, monitoramento do caso na imprensa, entre outras

  • Também há orientações sobre como lidar com fake news nas redes sociais relacionadas à cooperativa

 

Acesse o Manual de Gestão de Crises e Imagem e saiba mais.

Sistema OCB participa missão internacional de educação política

Sistema OCB participa missão internacional de educação política

Capacitação realizada em Washington aprimorou técnicas de atuação em relações institucionais

Missão Internacional buscou capacitar os participantes que atuam na área de Relações Institucionais Missão Internacional buscou capacitar os participantes que atuam na área de Relações Institucionais Entre os dias 15 e 19 de julho, o Sistema OCB realizou a 1ª Missão Internacional do Programa de Educação Política. A iniciativa reuniu membros da Unidade Nacional e 13 Organizações Estaduais (OCEs), com um total de 25 participantes. A missão proporcionou uma imersão em lobby e advocacy nos Estados Unidos, com o objetivo de capacitar os participantes que atuam na área de relações institucionais em suas organizações.

Inicialmente, os representantes participaram de um curso especialmente desenhado pela George Washington University, uma das maiores referências em educação política dos Estados Unidos. O programa foi apresentado em uma agenda com abordagens acerca das práticas de lobby e advocacy na perspectiva americana. A capacitação teve como objetivo aprimorar as habilidades dos representantes brasileiros, tendo em vista uma atuação mais eficaz em suas atividades.

Na manhã do segundo dia, a delegação visitou a sede da Associação Nacional das Cooperativas Americanas (NCBA), onde foi apresentado o trabalho de representação institucional do cooperativismo nos Estados Unidos. Durante a tarde, os participantes estiveram em reunião com representantes da Associação Nacional das Cooperativas Agropecuárias (NCFC), , onde puderam conhecer mais sobre as práticas e desafios enfrentados no cenário americano.

O terceiro dia começou em uma reunião na Comissão de Agricultura, Nutrição e Silvicultura do Senado dos Estados Unidos, onde os participantes tiveram a oportunidade de discutir políticas de apoio ao cooperativismo e entender melhor o funcionamento do Congresso Americano. Na parte da tarde, a delegação se reuniu com representantes do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu), para conhecer sua estratégia de atuação.

A programação do quarto dia começou na Embaixada do Brasil em Washington e contou com uma  apresentação da adida agrícola do Brasil nos Estados Unidos sobre defesa dos interesses do setor agropecuário brasileiro, além de debate com representante do Conselho Internacional de Desenvolvimento de Cooperativas (OCDC). Na parte da tarde, a comitiva participou de Reunião na Divisão de Cooperativismo do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). .

No último dia, a delegação retornou à George Washington University para concluir o curso de capacitação. Na ocasião foram abordados conceitos de lobbying, relações públicas, liderança e estratégias digitais de Comunicação. 

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Prêmio foi concedido pela atuação do parlamentar em defesa das cooperativas de crédito

Woccu presta homenagem ao deputado Arnaldo Jardim 

Prêmio foi concedido pela atuação do parlamentar em defesa das cooperativas de crédito

O deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), foi agraciado nesta segunda-feira (22) com o Prêmio Serviços Destacados (DSA) 2024, na categoria individual, concedido pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu), durante conferência da entidade realizada em Boston, nos Estados Unidos. “Saúdo, cortejo e celebro as cooperativas de crédito como um movimento global que transcende fronteiras, une comunidades e promove o desenvolvimento sustentável e inclusivo em todo o mundo”, disse Jardim ao receber a homenagem. 

Jardim foi indicado pelo Sicredi e escolhido por unanimidade pelo Conselho de Administração do Woccu por sua atuação continuada em projetos de defesa ao movimento internacional de cooperativas de crédito que influenciaram positivamente seu desenvolvimento, inclusive fora de seu país de origem. De acordo com a entidade, o parlamentar trabalhou “notavelmente como um importante porta-voz das cooperativas de crédito durante as discussões que culminaram em seu tratamento tributário apropriado na Reforma Tributária do Brasil”. 

Deputado Arnaldo Jardim recebe Prêmio Serviços Destacados no Woccu 2024Deputado Arnaldo Jardim recebe Prêmio Serviços Destacados no Woccu 2024Para o deputado, o  prêmio é reflexo do trabalho conjunto e do compromisso de todos aqueles que dedicam suas vidas a fortalecer o movimento cooperativista. “No Brasil, o cooperativismo não é apenas uma prática econômica, mas um verdadeiro pilar de transformação econômica e social. Temos o privilégio de contar com uma das maiores redes de cooperativas do planeta, que desempenham um papel crucial na democratização do crédito, na promoção da justiça social e no fortalecimento da economia local”, destacou o deputado. 

Ainda segundo ele, o sistema de cooperativas de crédito no Brasil alcançou um crescimento substancial nos últimos anos, com mais de 15 milhões de associados, 99 mil empregos diretos e uma participação significativa no mercado financeiro nacional, com uma carteira de crédito de mais de R$ 361 bilhões. “Estas cooperativas não apenas oferecem taxas competitivas e serviços personalizados e humanizados, mas também reinvestem seus lucros nas comunidades locais, fortalecendo o desenvolvimento regional de maneira sustentável e responsável”. 

O parlamentar finalizou seu discurso agradecendo a homenagem. “Agradeço sinceramente pelo apoio e pela confiança depositada em mim, e reafirmo meu compromisso contínuo em promover políticas públicas que favoreçam o crescimento e a sustentabilidade do cooperativismo de crédito no Brasil e no mundo”. Além do deputado,  Timothy O’Sullivan, da Irlanda, também recebeu a honraria concedida a apenas duas personalidades do mundo em cada edição da conferência. 

 O Sicoob, por sua vez, foi homenageado com o Prêmio Crescimento Digital 2024 pelo desenvolvimento e implementação do Sipag 2.0, um sistema digital que permite que micro e pequenas empresas em áreas rurais aceitem pagamentos eletrônicos a um custo acessível, permitindo-lhes expandir seus negócios, alcançar o cliente e aumentar as vendas.  

 Sicoob recebe Prêmio Crescimento Digital 2024Sicoob recebe Prêmio Crescimento Digital 2024

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Cooperativismo de crédito ganha relevância internacional na Conferência Woccu

Coop de crédito ganha relevância internacional na Conferência Woccu

Sicoob  e Cresol passam a fazer parte do conselho mundial, que já contava com Sicredi

Cooperativismo de crédito brasileiro se destaca no cenário internacionalCooperativismo de crédito brasileiro se destaca no cenário internacional

O cooperativismo de crédito brasileiro se destacou no cenário internacional com a inclusão de duas importantes instituições no Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu): o Sicoob e a Cresol. Além disso, ocorreu a reeleição de Manfred Alfonso Dasembrock, do Sicredi, como representante da entidade. O anúncio aconteceu durante a Conferência Mundial de Cooperativas de Crédito, que está sendo realizada em Boston, nos Estados Unidos. 

O Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu) trabalha para promover a inclusão financeira através das coops de crédito e, recentemente, anunciou a entrada do Sicoob, um dos maiores sistemas cooperativos financeiros da América Latina, e da Cresol, instituição financeira cooperativa com mais de 900 mil cooperados, como seus novos membros.

A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, ressaltou que a inserção reforça a potência do cooperativismo de crédito brasileiro no cenário mundial. "É um reflexo da maturidade normativa e do nosso país. A presença no colegiado é uma consequência natural do protagonismo das nossas cooperativas no desenvolvimento de atividades econômicas inclusivas, financiamento de projetos sustentáveis e desenvolvimento das comunidades, especialmente em áreas remotas", disse.

O Sicredi, membro direto do Woccu há mais de 20 anos, também celebrou a reeleição de seu representante no Conselho. A conquista abre espaço para que outros sistemas cooperativistas possam integrar o Woccu como membros associados. Para o presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Alfonso Dasenbrock,  a união de forças em pautas comuns, principalmente regulatórias, fortalece o setor e amplia a representação global.

 

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Encontro explorou soluções criativas para aprimorar o processo de orientação e registro cooperativo

Sistema OCB promove workshop para novas cooperativas

Encontro explorou soluções criativas para aprimorar o processo de orientação e registro cooperativo

Workshop Jornada de Novas Cooperativas considerou as necessidades de diferentes realidades regionais para constituição de novas cooperativasWorkshop Jornada de Novas Cooperativas considerou as necessidades de diferentes realidades regionais para constituição de novas cooperativasO núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB realizou, nos dias 17 e 18 de julho, o Workshop Jornada de Novas Cooperativas. O objetivo do workshop foi cocriar, junto com os representantes das OCEs convidadas, um processo de jornada que considere as necessidades das diferentes realidades regionais para a constituição e registro de novas cooperativas. 

O evento contou com a participação de representantes da unidade nacional e das Organizações das Estaduais (OCEs) do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Amazonas, Ceará. A condução foi feita pelo designer de serviços Bruno Correia, da Brux Design e Consultoria, que compartilhou sua experiência em dinamizar e inovar o processo de constituição de novas cooperativas. O processo servirá como uma base norteadora sólida e alicerçada em sugestões de pessoas que entendem o trabalho de orientação na prática para proporcionar uma melhor experiência para todos os envolvidos."

O workshop é ainda resultado da soma de meses de preparação e atividades preliminares. Inicialmente, uma pesquisa por meio de questionários foi realizada para mapear o funcionamento do processo dentro das OCEs, além de identificar desafios e oportunidades. Em seguida, entrevistas detalhadas com cooperativas e OCEs convidadas trouxeram insights valiosos que ajudaram a moldar o formato e o conteúdo do evento.

Para Eduardo Sampaio, analista de Inovação do Sistema OCB, a criação de uma jornada para a orientação e registro de novas cooperativas responde a uma demanda importante das OCEs. "Esse processo se destaca como uma alternativa moderna, acessível e competitiva, facilmente replicável e compreendida pelas potenciais cooperativas", disse. 

Para ele, o objetivo é estabelecer um padrão de alta qualidade que promova a inclusão econômica e a competitividade para os futuros cooperados, além de facilitar o trabalho dos colaboradores em todo o país. "O intuito é  adaptar as realidades regionais e, por isso, a cocriação com algumas OCEs foi fundamental para garantir que o novo processo apresentado durante o workshop respeite e valorize as particularidades locais", explicou.

Durante os encontros, Bruno aplicou metodologias e dinâmicas que permitiram aos participantes exercitarem a criatividade e, também, colaborarem na elaboração de propostas para melhorar o processo de orientação na constituição de cooperativas. Uma das atividades principais foi a construção de um mapa de constituição de novas cooperativas, que será refinado pelo Núcleo para uma entrega final que facilite o trabalho das OCEs.

O workshop começou com uma dinâmica de esperanças e medos, onde os participantes mapearam suas expectativas em relação ao projeto, que foi seguida por um brainstorming para a busca de soluções. Os convidados também discutiram e analisaram casos reais compartilhados pelos colegas das OCEs presentes. 

 

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Sistema OCB inicia jornada cooperativa rumo à COP 29

Sistema OCB inicia jornada cooperativa rumo à COP 29

Imersão inclui visitas para apresentação de iniciativas sustentáveis em Minas Gerais e Acre

Palestra inicial da jornadaPalestra inicial da jornadaO Sistema OCB iniciou nesta segunda-feira (22) mais uma imersão no modelo de negócios cooperativista. A Jornada Cooperativa rumo à COP 29 reúne formadores de políticas públicas, organizações parceiras e órgãos internacionais em um programa de visitas nos estados de Minas Gerais e Acre que segue até a próxima sexta-feira (26). O objetivo é apresentar casos de sucesso que mostram como as cooperativas atuam em prol da conservação e harmonia do meio-ambiente, ao mesmo tempo em que geram desenvolvimento social e crescimento inclusivo, além de permitir que os participantes vivenciem como o cooperativismo se encaixa nas diferentes realidades sociais, geográficas e culturais do país.

“Queremos mostrar a relevância das nossas cooperativas para o desenvolvimento sustentável do Brasil e colocar a pauta do cooperativismo na COP 29. Nosso objetivo é ter um Dia do Cooperativismo durante o evento, para ressaltar o impacto econômico e social das cooperativas e o quanto elas podem fazer a diferença nos debates sobre as mudanças climáticas. Iniciamos a imersão com visitas a cooperativas de crédito e de produção de café no Sul de Minas e, em seguida, vamos para o Acre, onde outras cooperativas de crédito e do agro também serão conhecidas em detalhes”, explicou o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins.

Participam da jornada representantes de sete ministérios do governo federal (Agricultura; Desenvolvimento Agrário; Meio Ambiente; Desenvolvimento, Comércio e Indústria; Relações Exteriores; e Empreendorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e de seis organizações internacionais, sendo elas o Banco Mundial; o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); a Organização das Nações Unidas (ONU), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma); a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO); e o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Undesa).

A 29ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 29) acontece entre os dias 11 e 24 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão. O país espera a participação de 80 mil delegados e 200 chefes de estado nos debates sobre mudanças climáticas deste ano. A conferência reunirá, assim como nos anos anteriores, além de agentes governamentais, representantes de organizações da sociedade civil de todo o planeta.  

Participantes da jornada cooperativa rumo à COP 29Participantes da jornada cooperativa rumo à COP 29Para Isabel Nobre, consultora da Iniciativa Amazônia do BID Invest, a imersão promete aprendizado e troca de experiências significativas. “O BID tem uma tem uma relação super estreita, duradoura e sinérgica com cooperativas, porque os valores do movimento e os do banco são totalmente relacionados. Ambos acreditam muito na cooperação e no multilateralismo para impactar, gerar novos negócios e oportunidades. Estamos aqui para aprender, trocar experiências e levar essas vivências de sucesso como assistência técnica para todos os nossos projetos”, afirmou.

Coordenador-geral de Cooperativismo e Agregação de Valor do Ministério da Agricultura, Nelson Andrade Júnior acredita que a imersão permitirá uma visão ainda melhor sobre o cooperativismo brasileiro. “O modelo tem um papel fundamental na organização da  produção sustentável de uma forma muito objetiva e esse papel precisa ser levado não apenas para a COP29, mas também para a preparação da COP 30, que será no Brasil”, declarou.

Já Paulino Tavares, chefe de Divisão do Cooperativismo também no Ministério da Agricultura, considera que a experiência será muito importante para ajudar a pensar políticas públicas voltadas para o modelo de negócios. “Nem sempre nossas ideias estão alinhadas com a realidade. Acredito que será também uma aprendizagem rica, não só para o Ministério, para o governo, mas também para as próprias organizações, e também para as pessoas que fazem as organizações movimentar e ir para frente. Eu acredito que essa imersão vai ser muito boa”.

 

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Tania Zanella participa de reunião do Cosag sobre Plano Safra 
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Tania Zanella participa de reunião do Cosag sobre Plano Safra 

Superintendente destacou desafios e oportunidades oferecidos pela política pública do governo

O Sistema OCB esteve presente na Reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), realizada nesta segunda-feira (22). A entidade foi representada pela superintendente Tania Zanella que comentou sobre o Plano Safra 2024/25, logo após a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ela abordou as percepções gerais sobre a política pública e os desafios e oportunidades para as cooperativas agropecuárias.

Tania Zanella foi convidada para falar sobre o Plano Safra 2024/25Tania Zanella foi convidada para falar sobre o Plano Safra 2024/25Para Tania, é apesar de reconhecer os esforços do Ministério da Agricultura em apresentar um Plano Safra mais robusto em volume de recursos, a manutenção das taxas de juros para praticamente todas as linhas é um ponto desafiador, principalmente para os investimentos, já que havia uma expectativa de redução de ao menos 2 pontos percentuais. “Entendemos a opção por um maior volume de recursos, que forçou a persistência das taxas, mas sabemos também que essa decisão representa um desafio importante para as cooperativas”. 

No que diz respeito à construção e ampliação de armazéns, Tania destacou a adequação de linhas prioritárias, como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). “Os gargalos vivenciados nos últimos anos geram impactos logísticos significativos e, por isso, o investimento nesse setor é fundamental. Ficamos satisfeito com o aumento do limite de contratação para as cooperativas, que  passou de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões e possibilita uma melhor estruturação dos projetos para a expansão da capacidade de armazenagem”. 

Demonstrando preocupação com a agricultura familiar, Tania reconheceu que a questão não está ligada diretamente ao Mapa, mas reforçou que conta com a compreensão da pasta para atender melhor esse público. “O quadro social das cooperativas brasileiras é majoritariamente formado por agricultores familiares. Nossa grande preocupação é a exigência atual para acesso ao Pronaf, de um percentual mínimo de 75% desses agricultores, fato que inviabiliza muitos projetos de agregação de valor à produção da agricultura familiar por cooperativas. Por isso, contamos com o apoio da pasta para o pleito de reduzir esse percentual”, completou. 

O ministro Carlos Fávaro destacou em sua fala que o Plano Safra 2024/25 é o maior da história. Ele ressaltou que as linhas de crédito para investimentos dos produtores rurais aumentaram 16,5%, atingindo R$ 107,3 bilhões, o que representa uma parte significativa dos R$ 400,59 bilhões destinados ao financiamento total. "O setor cresceu 20% em 2023. Somos hoje o maior exportador de carnes do mundo e conquistamos a certificação de país livre da febre aftosa sem vacinação. Os recursos ofertados nesse plano são 32% superiores aos de dois anos atrás e temos certeza de que continuarão proporcionando as oportunidades que os produtores precisam para manter sua trajetória de crescimento", afirmou.


Doença de Newcastle

Após a reunião do Cosag, o ministro Carlos Fávaro reuniu representantes de entidades do setor produtivo, entre elas a OCB, para tratar dos impactos da suspensão das exportações de carne de frango em decorrência da doença de Newcastle identificada no Rio Grande do Sul. Durante o encontro, Tania Zanella ressaltou a importância de iniciativas rápidas e eficazes para minimizar os impactos sobre o cooperativismo agropecuário, que responde por mais de 50% da produção nacional de frango. 

A superintendente destacou a necessidade de apoio do governo e de estratégias claras para a retomada das exportações, especialmente para mercados chave como a China. "A detecção da doença  representa um desafio significativo para o setor agropecuário brasileiro. Temos trabalhando em parceria com o Mapa e outras entidades para garantir a implementação das soluções necessárias para conter a disseminação da doença e retomar as exportações o mais rapidamente possível”, afirmou. 

Desde a confirmação da doença, o Mapa declarou estado de emergência zoossanitária no estado gaúcho, implementando uma série de medidas para conter a disseminação da doença. Segundo o ministro, em breve a pasta pretende anunciar medidas extras a fim de prevenir impactos nos mercados para os quais o Brasil exporta.

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Iniciativa buscar dar visibilidade para ações de sustentabilidade no cooperativismo

ESG na prática: Sistema OCB organiza evento sobre neutralidade de carbono

Iniciativa buscar dar visibilidade para ações de sustentabilidade no cooperativismo

CCPR promove evento sobre ESG e neutralidade de carbonoCCPR promove evento sobre ESG e neutralidade de carbonoO Sistema OCB e a Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR) promoveram nesta quarta-feira (17), o programa Um dia no Campo, como parte das atividades do evento ESG na prática: neutralidade de carbono, realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A experiência aconteceu na Fazenda Duas Meninas, em Curvelo, Minas Gerais e teve como objetivo instruir cooperados e técnicos a respeito da metodologia de coleta de amostras de solo para quantificação dos estoques de carbono. O evento ESG na prática segue até esta sexta-feira (19) e conta com a participação de 30 coops mineiras e uma goiana.

Laís Nara, analista técnica institucional do Sistema OCB, apresentou o Projeto Neutralidade Carbono, coordenado pela entidade e que representa uma iniciativa piloto que visa inventariar e mensurar a pegada de carbono das cooperativas, além de entender o balanço de emissões de seus cooperados. Três cooperativas do Ramo Agro fazem parte do piloto. "A partir deste ano, o Sistema OCB já planeja oferecer o projeto em âmbito nacional, utilizando os resultados e aprendizados obtidos até agora para aperfeiçoar a solução e disponibilizá-la para mais cooperativas”, explicou Laís. 

Segundo ela, o projeto é importante para que as cooperativas entendam que o assunto da neutralidade de carbono e a pauta ESG devem ser tratados de forma transversal. Dessa maneira, é possível ter capilaridade em todas as suas esferas”. Para Laís, o exemplo da CCPR demonstra a percepção de que a neutralidade de carbono está vinculada à competitividade e necessita de transparência para o acesso a novos mercados. "A partir do momento em que sabe onde carbono é emitido, é possível estipular metas e indicadores para reduzir essas emissões de forma clara. A solução oferecida pelo Sistema OCB busca capacitar as cooperativas nesse sentido", complementou.

O projeto inclui ainda, conforme descreveu Laís, cursos de mensuração de carbono no solo, instrutoria para coleta de amostras, e tecnologias avançadas para a mensuração do GHG Protocol na agricultura e pecuária. Além disso, workshops sobre boas práticas são realizados para auxiliar as cooperativas na neutralização de suas emissões.

O evento também contou com várias outras atividades, como a apresentação do inventário corporativo da CCPR e a coleta in loco de dados e instruções técnicas para os cooperados. A fazenda Duas Meninas, uma das propriedades cooperadas, teve seu estoque de carbono no solo quantificado com base em instruções definidas na metodologia de coleta de amostras de solo. Para isso, foram apresentadas as ferramentas utilizadas e o passo a passo do processo. 

“O primeiro passo que a gente precisa seguir é olhar o polígono ou a delimitação da propriedade para ter uma noção da área a ser medida. Depois, elencar quais são os sistemas produtivos da propriedade. No caso dessa fazenda é a pecuária de leite e grãos para silagem. Precisamos, então, compreender como segregar essa área em termos de sistemas produtivos e definir quantos pontos devem ser analisados. Como aqui existem áreas irrigadas e não irrigadas, foram dois pontos”, descreveu Camila Estevam, pesquisadora do Observatório de Bioeconomia da FGV. 

Ainda segundo Camila, esses pontos são importante para garantir que a coleta cubra o máximo  em termos amostrais da propriedade. “Como seria inviável financeiramente quanto em termos de mão de obra coletar, por exemplo 50 pontos, é necessário chegar no maior número de pontos que serem coletados de forma representativa, sem que isso represente um custo muito alto para o produtor”, completou.

 

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Cooperativismo de crédito ganha destaque na televisão

Cooperativismo de crédito ganha destaque na televisão

Novela da Globo mostra como cooperativas de crédito promovem o desenvolvimento local

 

O cooperativismo de crédito está de volta à televisão e será apresentado em cenas da novela No Rancho Fundo, exibida às 18h, na TV Globo. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a mensagem do cooperativismo financeiro, com destaque para os benefícios econômicos e sociais do modelo de negócio.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca a importância dessa ação. "A presença do cooperativismo de crédito em uma novela de grande audiência é uma excelente oportunidade para mostrar ao público brasileiro os valores e os benefícios do cooperativismo financeiro. O cooperativismo é uma comunidade de pessoas unidas por objetivos comuns, que promove a inclusão e o desenvolvimento local. Essa iniciativa reforça nosso compromisso de transformar vidas e construir um futuro mais justo e próspero para todos", afirmou.

As cenas da novela mostram como uma cooperativa de crédito, no caso o Sicoob, pode gerar benefícios econômicos aos seus cooperados, por meio de produtos, serviços com taxas mais acessíveis, contribuição para o desenvolvimento local, a educação financeira, a geração de empregos e renda, e a promoção na melhoria da qualidade de vida nas comunidades. 

Uma das mensagens-chave levadas ao público é que, no cooperativismo financeiro, não existem clientes, mas sim donos. O conceito reforça a ideia de que cada cooperado é parte essencial da instituição, com voz ativa nas decisões e participação direta dos resultados.

“A teledramaturgia é uma ferramenta de comunicação extremamente poderosa, com alcance e influência significativos. Nossa participação na novela é uma ação de endosso de marca, que reflete nossa estratégia de conectar o Sicoob ainda mais com a realidade das brasileiras e dos brasileiros e demonstrar a contemporaneidade, a qualidade e o alcance do nosso modelo de negócio”, disse Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob.

 

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Sistema OCB marca presença em fórum do cooperativismo de crédito

Sistema OCB marca presença em fórum do cooperativismo de crédito

Entidade destacou força do segmento na economia regional e crescimento industrial de Goiás

 

O Fórum Anual de Economia e Cooperativismo de Crédito aconteceu nesta terça-feira (16). O evento foi promovido pelo Sicredi Celeiro Centro-Oeste e reuniu líderes e especialistas do setor em Anapólis (GO) para discutir temas como risco geopolítico global, cenário econômico nacional e o modelo de negócios.

Um dos destaques do evento foi a participação da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB e especialista em Comunicação e Marketing Estratégico, Débora Ingrisano, no painel Inovação e Sustentabilidade: o caminho para o cooperativismo financeiro e o crescimento industrial de Goiás. Além dela, também abordaram o tema o empresário Otávio Lage Filho e o superintendente de tesouraria do Centro Administrativo do Sicredi, Pedro Ramos. 

Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora IngrisanoA gerente apresentou os dados do Anuário do Cooperativismo 2023, com destaque para a força e o impacto do movimento. "Atualmente, somos mais de 20 milhões de cooperados e empregamos mais de 524 mil pessoas. Além disso, estamos em busca de resultados ainda mais positivos com desafio o BRC 1 Tri, que visa alcançar R$ 1 trilhão em prosperidade e atingir a marca de 30 milhões de cooperados até 2027", disse. 

Débora também fez uma análise das cooperativas de Anápolis, em que os Ramos Crédito, Saúde, Consumo e Transporte somam mais de R$ 2 bilhões em ativos e quase 40 mil cooperados. Ela explicou os efeitos positivos que a presença das cooperativas traz para a economia local e ressaltou o papel do cooperativismo no desenvolvimento sustentável da região. 

"Anápolis é um exemplo claro de como esse modelo de negócios pode transformar realidades. O estado de Goiás, como um todo, mostra que as cooperativas impulsionam a economia local e promovem o desenvolvimento sustentável. A presença forte do movimento na região não só fortalece a economia, mas também melhora a qualidade de vida da comunidade", afirmou. 

Ela também citou dados da pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que avaliaou os impactos do cooperativismo na economia do país. "Cidades que possuem a presença de uma ou mais cooperativas apresentam um desempenho econômico acentuado, com um aumento de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante", ressaltou. 

O Fórum contou ainda com a participação do diretor de Política Monetária do Banco Central (Bacen), Gabriel Galípolo, que falou sobre o cenário econômico nacional; do professor, cientista político e escritor, Heni Ozi Cukier, que proferiu palestra sobre risco geopolítico global e a economia mundial; e do palestrante internacional e autoridade em liderança, motivação e superação humana, José Luiz Tejon, explorando o tema Cooperativismo como modelo de vida.

 

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Cooperativas gaúchas lançam selo para impulsionar economia local

Cooperativas gaúchas lançam selo para impulsionar economia local

Movimento destaca importância do consumo consciente para recuperação após enchentes

 

Em apoio ao estado do Rio Grande do Sul, que recentemente sofreu com as fortes chuvas e enchentes, o Sistema OCB está colaborando com a divulgação do movimento Céu, Sol, Sul, Terra e Coop, idealizado pelo Sistema Ocergs. A ação reafirma o compromisso das entidades com o desenvolvimento econômico e social do estado, com destaque para o papel essencial das cooperativas na vida de todos os gaúchos.

 Como parte das ações, os produtos das cooperativas da região serão identificados com o selo Compre das Coops Gaúchas, que permitirá aos consumidores reconhecerem facilmente os itens cooperativos nas prateleiras dos supermercados e dará reforço à importância de escolher produtos que fortalecem a economia local.

Para a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, a criação do selo é um marco para o cooperativismo no Rio Grande do Sul. "Ele facilita a identificação dos produtos feitos por cooperativas e também reforça a importância de consumir de forma consciente, com apoio direto ao desenvolvimento econômico e social das comunidades locais. Essa é uma ótima maneira de mostrar aos gaúchos o impacto positivo que podem ter ao escolher produtos cooperativos, que promovem um ciclo virtuoso de prosperidade e solidariedade", afirmou.

Mário de Conto, superintendente do Sistema Ocergs, enfatiza que a iniciativa é um esforço coletivo das cooperativas para valorizar seus associados e colaboradores. “Nos reerguemos rapidamente e nos colocamos à disposição do Rio Grande com inúmeras ações de auxílio nas comunidades, mas também com ações macro, que mobilizaram todo o Brasil”, disse. 

Segundo o relatório Expressão do Cooperativismo 2024, as cooperativas registradas no Sistema Ocergs atingiram um faturamento de R$ 86,3 bilhões em 2023, o que representa 13,5% do PIB do Rio Grande do Sul. O impacto é fruto da profissionalização e da gestão eficiente das cooperativas.

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Encontros no Tribunal de Contas da União reforçam pleito do cooperativismo 

Sistema OCB participa de novas reuniões para revisão da Súmula 281

Encontros no Tribunal de Contas da União reforçam pleito do cooperativismo 

O Sistema OCB realizou nova rodada de reuniões no Tribunal de Contas da União (TCU) para apresentação institucional da entidade e solicitação da revisão da Súmula 281, que dispõe sobre os critérios para participação de cooperativas em licitações realizadas pela Administração Pública. Na terça-feira (16), o encontro foi com o Ministro Weder de Oliveira (TCU), enquanto na segunda (15), a demanda foi tratada com Thyago Coimbra, chefe de gabinete substituto do Ministro Jorge Oliveira (TCU). Estiveram presentes a gerente-geral, Fabíola Nader Motta; a advogada da Assessoria Jurídica da OCB, Milena Cesar; o assessor jurídico do Sistema OCB-ES, Arlan Taufner; e técnicos da Gerência de Relações Institucionais, João Penna e Priscilla Coelho. 

Rodada de reuniões no TCU para solicitação de revisão da Súmula 281Rodada de reuniões no TCU para solicitação de revisão da Súmula 281“Iniciamos mais uma rodada de reuniões nos gabinetes do TCU para tratar desse tema que é tão caro para nós. E é caro porque tem afligido a nossa base que é composta por legítimas cooperativas, mas que são tratadas como falsos empreendimentos e, por isso, estão sendo impedidas de participar de licitações com a Administração Pública que, muitas vezes, faz isso com fundamento na súmula 281 do Tribunal”, explicou Fabíola.

Segundo ela, há uma aplicação indiscriminada da súmula porque a sua redação favorece uma interpretação equivocada que permite vedar a prestação de serviços por cooperativas em razão da natureza do serviço. “Nessa situação o agente público acaba presumindo a existência de subordinação jurídica. E essa é a grande questão das cooperativas de trabalho na licitação pública”, acrescentou. 

O art. 4º, II, parte final, da Lei 12.690/2012 veda a existência de relação de emprego entre cooperativas de serviços e cooperados. Por sua vez, o art. 5º da mesma Lei estabelece que a cooperativa não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada. Nessa linha, a Súmula TCU 281 dispõe que “é vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo modo como é usualmente executado no mercado em geral, houver necessidade de subordinação jurídica entre o obreiro e o contratado, bem como de pessoalidade e habitualidade”.

Reunião teve como pauta a  revisão da Súmula 281, que dispõe sobre os critérios para participação de coops em licitações realizadas pela Adm PúblicaReunião teve como pauta a revisão da Súmula 281, que dispõe sobre os critérios para participação de coops em licitações realizadas pela Adm PúblicaMilena ressaltou que a ideia de existir atividades que, por sua natureza seriam subordinadas não passa pelo crivo da legalidade. “Não há qualquer previsão legal que possibilite o agente público fazer essa interpretação”, afirmou.  O próprio TCU tem reforçado em suas decisões que a preocupação do ente público não deve ser com a natureza do serviço a ser contratado, mas com a idoneidade da cooperativa, tanto na ocasião da habilitação quanto na hora da fiscalização, especialmente quando se fala em contratações de serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra.

“O ministro Benjamin Zymler, que é o relator do paradigma que deu origem a súmula 281, acompanhado dos ministros Bruno Dantas e Augusto Sherman, entende que há necessidade de revisão da norma. Para ele, a figura do coordenador das atividades (§6º do art. 7º da Lei nº 12.690/2012) é a “chave” para a contratação das cooperativas sem risco de subordinação e pessoalidade”, completou a advogada. 

Arlan Taufner salientou que é importante levar ao conhecimento do Tribunal os desdobramentos práticos de sua jurisprudência, bem como a necessidade de avanço na boa construção de um direito equânime. “Nossa audiência com o Ministro Weder de Oliveira seguiu esse propósito: pudemos expor os problemas de aplicabilidade e uso distorcido que muitos municípios e estados fazem da Súmula 281 do TCU, alijando ilegalmente cooperativas de licitações públicas, fato esse que faz ressoar ainda mais nosso pedido”.

Weder de Oliveira e Thyago Coimbra se mostraram receptivos ao pleito apresentado. O ministro se comprometeu a analisar o pleito, especialmente em razão da nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021) que, além de ratificar dispositivos do antigo normativo (Lei 8.666/1993) que tratavam sobre cooperativas, incluiu novo artigo que traz autorização expressa e previsão de especificidades legais do cooperativismo nas contratações públicas.

Já o chefe de gabinete substituto do ministro Jorge Oliveira confirmou que para a revisão de enunciado de súmula é necessário que o Tribunal aprecie casos concretos envolvendo cooperativa em licitações públicas. Além disso, Thyago reforçou a importância das visitas institucionais e entrega de materiais para o enriquecimento dos debates, especialmente em temas sensíveis e importantes, como é o pleito do cooperativismo. 

Atualmente, existem duas deliberações que foram encaminhadas para a Comissão de Jurisprudência, faltando apenas mais uma para que seja cumprido o requisito formal para apreciação pelo plenário do tribunal. A primeira foi encaminhada pelo ministro Bruno Dantas em 2019 e a segunda pelo ministro-substituto Augusto Sherman em 2022. 

 

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