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É preciso saber ouvir, não perder a paciência com os diferentes pontos de vista, agregar e alinhar pessoas e pensamentos. Nada disso é fácil, mas, quando conseguimos alcançar os resultados almejados, é também extremamente gratificante; uma conquista coletiva e que se potencializa justamente por isso.”Apaixonado pelo que faz, ele explica o que o motiva a se levantar todos os dias: sentir que pode fazer a diferença. Esse é o estímulo que o faz se dedicar diariamente à busca de alternativas que permitam aprimorar cada vez mais os processos que envolvem as necessidades da cooperativa. Uma característica claramente percebida pelos sócios e cooperados da Coana. “Em geral, a principal característica dos nossos cooperados é o conhecimento técnico com a produção propriamente dita. O Edis conhece a parte de gestão, de administração mesmo. E isso permitiu uma maior profissionalização da cooperativa, tanto em termos de estrutura quanto funcionalmente. Ele trouxe empresas parceiras, consultoria especializada”, destaca Newton. Jerry Ito, também cooperado desde a fundação da Coana, concorda:
Com o Edis experimentamos uma nova era de governança, gestão e valorização dos profissionais envolvidos. Ele investiu em capacitação e em processos de avaliação vertical e horizontal de alto nível que trazem resultados inquestionáveis e valorizam o nosso produto. Apesar de também ser cooperado, age mais como um CEO e deixa aflorar um trabalho de excelência como gestor e coordenador”.De fato, foi por iniciativa de Edis que a Coana desenvolveu seu primeiro planejamento estratégico, pensado para o quinquênio 2017-2021. As metas, no entanto, podem ser alcançadas já em 2020. “Projetamos um faturamento de R$ 100 milhões e a comercialização de 11 mil toneladas de uva para o fim de 2021, e nossas projeções apontam que vamos alcançar esses números ainda este ano. Além disso, avançamos na criação de um departamento de marketing e outro de tecnologia da informação, que também faziam parte do planejamento”, explica o gestor. TRAJETÓRIA [caption id="attachment_75923" align="alignnone" width="1914"]

Quando o Newton me chamou, conversei com minha esposa, Priscilla, e resolvemos arriscar. Já tínhamos em mente que não queríamos criar nossos futuros filhos na correria de uma cidade como São Paulo e vimos o convite como uma oportunidade”, relembra Edis.A mudança foi acomodada em uma caminhonete e o casal partiu sem pressa, rumo a Petrolina. Também levavam na bagagem mais incertezas que certezas. “Não sabíamos como seria, mas confiava muito no trabalho do meu irmão”, afirma Edis. No caminho, descobriram que Priscilla estava grávida. Assim, a chegada foi cercada de uma forte carga de emoção e dúvidas. “Foi tudo muito radical. Saímos de uma cidade em que tínhamos tudo e chegamos em um local com um índice de pobreza muito alto, no meio do semiárido e com uma dinâmica completamente diferente”, acrescenta. A adaptação não foi fácil, principalmente para Priscilla. “O Edis tinha o irmão e os pais, que também vieram para Petrolina. Eu não tinha ninguém da família por perto; além disso, tudo era longe e difícil, ainda mais com um filho recém-nascido”, relata. Edis lembra que se estressava muito no início, por conta do ritmo mais lento da cidade e das dificuldades para resolver pequenas coisas. “Como família, acredito que levamos cerca de cinco anos para nos adaptar por completo. Isso só aconteceu quando nasceu nossa filha e conseguimos consolidar algumas amizades.” Quando chegaram, Newton e o pai de Edis já eram associados a uma outra cooperativa em Juazeiro, na Bahia, cidade vizinha a Petrolina, separada apenas pelo Rio São Francisco. Ele também se associou e passou a compor o conselho fiscal da entidade. Em 2005, no entanto, divergências sobre os rumos que deveriam seguir levaram a uma ruptura e à fundação da Coana. “Queríamos focar na qualidade e na exportação da nossa produção. Para isso, precisávamos investir em certificações internacionais. A Coana nasceu voltada para essas características”, explica Edis. UM LÍDER NATO

Precisamos nos preocupar com quem virá depois de nós. Nossos sucessores precisam entender o que a cooperativa significa e sua importância no contexto do nosso negócio. Precisamos ter gestão, liderança, história e estrutura. Mas também precisamos ter como passar o bastão”, ressalta.Pessoalmente, Edis considera que seu trabalho à frente da cooperativa é uma realização pessoal e profissional. “Consegui crescer junto e sobreviver a várias crises nestes 15 anos. As conquistas são sempre muito motivadoras e busco melhorar sempre. Estudo, aprimoro meus conhecimentos, procuro aconselhamento, quando necessário. Assim como a Coana, sinto que estou no meio do caminho e ainda há muito a fazer.” Seu mandato como presidente termina em dezembro deste ano, mas ele nem se imagina longe das decisões da cooperativa. “Certamente vou continuar atuando como diretor, ou de alguma outra forma”. Priscilla concorda: “É realmente o que ele nasceu para fazer”. Totalmente adaptados, nem cogitam a ideia de deixar Petrolina. “É aqui que vamos ficar”, concluem. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Amor pelo Cooperativismo Edis é um defensor apaixonado do cooperativismo. Acredita no trabalho colaborativo e vende a ideia para todo mundo que pode. “Representa uma solução importante para muitos problemas que sozinhos não conseguimos resolver. Permite, por exemplo, ganho de escala tanto para a produção quanto para a comercialização, acesso à tecnologia de ponta e assistência técnica especializada, além de suporte financeiro e administrativo. São inúmeros os pontos positivos”, ressalta. Ele acredita, inclusive, na intercooperação (cooperação entre cooperativas) e, por isso, está engajado a várias que se completam para o desenvolvimento da Coana como sindicatos de produtores de uva, o sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). “Só no perímetro irrigado em que atuamos são cerca de 2.200 pequenos produtores de frutas. Por outro lado, são pouquíssimas cooperativas. Gostaria de ver esse quadro mudar, mas um dos pontos que impedem essa mudança a meu ver é a falta de lideranças fortes e confiáveis. Por isso, precisamos investir também na formação de pessoas voltadas para a gestão”, afirma. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Conheça a Coana A Coana é formada por 20 sócios proprietários de nove fazendas produtoras de uvas finas de mesa em Petrolina. São os mesmos sócios que participaram da fundação da cooperativa em 2005. Mudaram o número e o tamanho das fazendas que inicialmente totalizavam sete e tinham entre 35 e 50 hectares. Atualmente são nove fazendas, de 45 a 120 hectares. Nelas, são produzidas 15 diferentes variedades de uvas verdes, vermelhas e negras, principalmente as sem sementes. Quando foi criada, a Coana tinha foco exclusivo para a exportação, mas, com a crise de 2008, passou a investir também no mercado interno. “Chegamos a exportar 95% da nossa produção. Tivemos, no entanto, um período muito difícil em 2008, quando a crise nos atingiu em cheio e tivemos ajuda do governo para evitar prejuízos maiores e passamos a inserir nosso produto também no mercado interno”, explica Edis. Atualmente, 55% da produção — ou 6 mil toneladas de uva — são comercializadas no país e 45% (5 mil toneladas) são exportadas para países do norte da Europa (90%), como Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha, Suécia e Finlândia. Os outros 10% são comercializados no Estados Unidos. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Esta matéria foi escrita por Raquel Sacheto e está publicada na Edição 30 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação


Esta matéria foi escrita por Paula Andrade e publicada na edição 30 da revista Saber Cooperar. Confira! <
“Os contratos com o Poder Público têm muita importância para nossa cooperativa, já que 90% dos nossos trabalhos são firmados com a prefeitura de Porto Alegre”, explica a diretora-presidente da Cootravipa, Imanjara Alexsandra de Paula.Uma das principais vantagens de fechar contrato com o Poder Público é a segurança. Afinal, por lei, eles podem ser renovados por até cinco anos, se estiverem sendo executados com qualidade, eficiência e economicidade. “Em toda a nossa história, não temos nenhum caso de contrato rescindido antes do tempo máximo previsto no edital”, comemora Imanjara. Essa é uma prova incontestável da qualidade dos serviços prestados pela cooperativa. “Para nós, são de fundamental importância tanto a boa execução dos serviços como a manutenção desses contratos, já que eles garantem renda ao nosso associado por todo esse período.” PROPÓSITO Diariamente, a equipe da Cootravipa garante a limpeza e a conservação das ruas, dos banheiros, dos edifícios públicos e das mais de 600 praças da capital gaúcha. Também ficam a cargo da cooperativa a capina da vegetação e um trabalho muito sensível e fundamental para a cidade: o monitoramento das casas de bomba de Porto Alegre. Em época de chuva, os motores desses equipamentos — que ficam distribuídos pela cidade — precisam ser ligados para puxar a água das ruas e impedir que o município alague. Operadora de máquinas na Casa de Bombas da Azenha há 12 anos, Elenice Cristina da Silveira, 37 anos, considera o seu trabalho muito importante para a comunidade. “Para não inundar as ruas, não entrar água na casa dos outros, não estragar o bem que as pessoas adquirem com tanto suor”, afirma. Ela conta que, na última grande chuva na cidade, recebeu a ligação de uma senhora perguntando se as bombas estavam funcionando direito. A pergunta vinha de uma história triste: há alguns anos, essa mesma senhora tinha perdido todos os móveis da casa, após uma grande enchente. Por isso, ela quis saber se poderia ligar de vez em quando para saber se os equipamentos estavam em dia. “Eu disse a ela que poderia me ligar, que passaria as informações. E também para não se preocupar, porque eu ia ficar a noite toda cuidando do nível da água e operando as bombas para que não acontecesse nada de ruim na casa dela nem das outras pessoas. É bom ter esse reconhecimento. Mostra que o meu serviço é importante”, afirma a cooperada. Elenice lembra que, ao começar na função, havia poucas mulheres e ela foi desencorajada por muitos a permanecer no local.
“Quando comecei aqui, só chovia, e o trabalho foi dobrado. Já fiquei ilhada, apaguei incêndio, passei por muitas coisas e superei tudo. Nunca tive uma reclamação do meu trabalho. Dizem que passarinho bom canta em qualquer gaiola. Então, acho que eu sou um passarinho bom”, recorda.Cooperada há 21 anos — por indicação da mãe, também cooperada —, Elenice garante: o trabalho na Cootravipa ajudou-a a conquistar vários sonhos, do carro à casa própria. A renda obtida ao longo dos anos também assegurou a educação e o bem-estar dos quatro filhos — o mais velho hoje tem 22 anos e a mais nova, 9.
Esta matéria foi escrita por Lílian Beraldo e publicada na edição 30 da revista Saber Cooperar. Confira! <
“A cooperativa tem potencial de desenvolvimento muito grande como qualquer outra empresa, só depende muito da capacidade empreendedora de seus sócios e, especialmente, de seus dirigentes”, diz o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.O executivo reforça que —como dizia Guimarães Rosa — o que o mundo quer da gente é coragem. “Temos que ter ousadia de fazer o novo, o diferente, tentar, ir um pouco além do limite. Acho que isso é o que faz a diferença no cooperativismo, e pode fazer diferença no atual cenário da economia e da política brasileiras”, conclui.
Esta matéria foi escrita por Farol Conteúdo Inteligente e foi publicada na edição 23 da revista Saber Cooperar. Confira!
“Nosso objetivo social foi, e continua sendo, vender melhor, de forma mais eficiente, e agregar à logística do associado”, diz Pogetti.Passados 61 anos, seus 34 cooperados migraram de um grupo com dificuldades para exportar à maior comercializadora global de açúcar e etanol integrada à produção do Brasil. QUAL A MEDIDA DO SUCESSO? O caso da Coopersucar impressiona, mas é sempre importante lembrar: nem toda cooperativa tem como prioridade a exportação de produtos em escala global. O alcance de metas, a realização de sonhos -— e não apenas a receita ou número de sócios — são a verdadeira régua do sucesso cooperativo, segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
“Uma cooperativa se mede pelo desempenho, pela capacidade de gerar resultados para o cooperado, de gerar felicidade, qualidade de vida, bem- estar. É uma sociedade de gente, não apenas de dinheiro”, diz Lopes de Freitas.Olhando por esta perspectiva, a jovem Cooperativa de Produtores Rurais de Agricultura Familiar (Coperfam) é certamente um caso de sucesso. Fundada em 2012, essa empresa cooperativa nasceu para salvar a produção de laranja do norte do estado de São Paulo. Os produtores locais vinham de uma série de safras ruins, com preços baixos e produtividade comprometida pela praga greening , que não pode ser eliminada por nenhum defensivo agrícola. O cenário era desanimador e muitos produtores rurais estavam em dificuldades financeiras. Eles começaram a arrendar ou até vender suas terras e sair em busca de emprego nas outras cidades da região. “Essa situação estava tirando o emprego das pessoas e gerando pobreza. Então, tivemos a ideia da cooperativa e juntamos um grupo de pequenos produtores que ainda trabalhavam com laranja para ver como poderíamos nos ajudar”, lembra o diretor administrativo da Coperfam, Celso Marciano da Silva Filho. O grupo contou com a ajuda de outra cooperativa local já bem estabelecida, a Coopercitrus, de produtores agrícolas. “No começo, não tínhamos onde nos reunir, não tínhamos nada, e a Coopercitrus cedeu salas de seu escritório onde até hoje estamos instalados”, conta Silva Filho. Anos depois, a Coperfam praticamente quadruplicou o número de associados, passando das 50 famílias iniciais para mais de 180. Muitas foram estimuladas a retomar a produção de laranja ao verem o sucesso alcançado por aqueles que aderiram primeiro à cooperativa. “Muitos produtores de laranja estavam indo para a cidade, mas a gente vem conseguindo segurar famílias no campo, cuidando da vegetação, da água e da propriedade”, diz o diretor. DESAFIOS DO CRESCIMENTO O sucesso de uma cooperativa traz, naturalmente, sua expansão. E aí vêm os novos desafios. Profissionalização da gestão, flexibilidade de adaptação e engajamento de cooperados são alguns deles. A Copersucar, por exemplo, optou pela profissionalização da gestão em 2009, quando completou 50 anos. A medida visava eficiência e foco, já que os diretores associados tinham que se dividir entre duas tarefas: cuidar das usinas e da cooperativa. Atualmente, toda a diretoria executiva é profissionalizada. O conselho administrativo também é dirigido por um executivo, Luís Roberto Pogetti. Cada usina cooperada tem um assento no conselho administrativo.
“Hoje vê-se muito uma demanda profissional nas cooperativas. Os associados compõe o conselho de administração, o conselho fiscal, mas a complexidade do dia-a-dia do negócio exige um grau de formação específica. O grande segredo do sucesso é a gestão profissional”, afirma Roberto Kaplan, professor dos MBAs de Marketing e Gestão Comercial da Fundação Getúlio Vargas.O ideal, segundo Kaplan, é ter executivos que entendam de administração e também do setor específico em que a cooperativa atua, seja agrícola, crédito, saúde ou qualquer outro. “Não adianta botar alguém totalmente de fora, tem que ser alguém do setor”, pondera. O presidente do Sistema OCB concorda. Para ele, é importante que as cooperativas invistam em planejamento econômico-financeiro, rotinas de organização, controle e métodos. “O cooperativismo é um negócio, não uma ação entre amigos”, resume.
Esta matéria foi escrita por Farol Conteúdo Inteligente e foi publicada na edição 23 da revista Saber Cooperar. Confira!
“A ideia surgiu da própria necessidade. A gente observou que no município estava tendo muita gente no comércio e não tinha nenhum local público onde as pessoas pudessem higienizar as mãos. Foi pensando nisso que a gente resolveu criar um lavatório usando materiais recicláveis, pensando na questão ambiental também. Um espaço que atendesse a comunidade e tivesse um apelo social, do ponto de vista da proteção ambiental”, explicou o presidente da cooperativa, José Cláudio Silva.O lavatório fica no centro da cidade onde as pessoas mais transitam, em frente a uma farmácia — loja com a qual a Cooates fez uma parceria para a cessão do ponto de água para o abastecimento da bomba d’água, do sabonete líquido e do papel toalha. A estimativa é que cerca de três mil pessoas tiveram acesso ao lavatório da Cooates, instalado no início de maio.
“Nossa ideia era ajudar na diminuição da Covid-19 por meio da lavagem das mãos, criando hábitos de higiene que a pessoa pode levar para casa e ampliar no dia a dia, e fazendo um alerta também para a necessidade de cuidarmos do meio ambiente”, destacou o presidente da Cooates,A cooperativa — que tem atuação nas áreas de assistência técnica e extensão rural, qualificação profissional, reflorestamento e agroecologia — já prepara mais dois lavatórios móveis: um a pedido da igreja local e outro a pedido da igreja de Tamandaré. [video width="1920" height="1080" mp4="https://www.somos.coop.br/wp-content/uploads/2020/08/Cooates-Dia-C-Facebook1.mp4" poster="https://www.somos.coop.br/wp-content/uploads/2020/08/Sem-título.png" preload="auto"][/video] Crédito: Facebook Cooates
Ficha técnica Idealizadora: Cooperativa de Trabalho Agrícola, Assistência Técnica e Serviços (Cooates) Estado: Pernambuco Ramo: Trabalho, Produção de Bens e Serviços ODS atingidos:

Esta matéria foi escrita por Lilian Beraldo e será publicada na próxima edição da revista Saber Cooperar. Aguardem!
Idealizadora: Cooperativa Educacional de São Gabriel da Palha (Coopesg) Estado: Espírito Santo Ramo: Trabalho, Produção de Bens e Serviços ODS atingidos:

No Espírito Santo, a Cooperativa Educacional de São Gabriel da Palha (Coopesg) resolveu ajudar comunidades carentes por meio de uma dispensa solidária de alimentos. São Gabriel da Palha é famosa, no Espírito Santo, pela produção de café. O problema é que a pandemia teve início na época da colheita dos grãos, quando a cidade recebe muita força de trabalho vinda de outros locais. “O primeiro mês foi mais fácil [lidar com a pandemia] por causa da entrada do dinheiro do café, mas a colheita é muito rápida e essas famílias logo começariam a entrar em situação de risco. Foi por isso que a gente pensou em uma maneira de ajuda-las com os itens básicos de alimentação”, afirmou a presidente da Coopesg, ------- Baseado em uma experiência capixaba semelhante, a Coopesg resolveu instalar uma estante de aço com diversas prateleiras na comunidade de Boa Vista. Nesse local, são colocados os alimentos doados por colaboradores, cooperados e pela comunidade em geral. As pessoas retiram o que precisam, tendo o cuidado de não pegar para si nada além do necessário. Afinal, o objetivo é cooperar para que ninguém passe necessidade. Desde abril, a cooperativa doou cerca de 1 tonelada de alimentos que beneficiaram cerca de 100 famílias da região.
“A iniciativa tem dado certo e a gente sempre coloca alimentos diferentes na estante para que as pessoas possam pegar”, afirmou Drayse, explicando a intenção de ampliar a dispensa solidária para outros itens necessários à comunidade.“Pensamos em continuar com o projeto, colocando também casacos — por causa da chegada do frio — e brinquedos nessas estantes. A gente não quer ficar só no alimento”, completou a presidente. Criada há 27 anos, a Coopesg congrega cerca de 200 alunos do ensino infantil ao 9o ano do ensino fundamental. A escola aposta em disciplinas inovadoras no currículo como robótica e a Escola da Inteligência — programa do professor Augusto Cury que dá lições sobre inteligência emocional e trabalha com crianças e adolescentes questões a respeito da proatividade e de como lidar com ansiedades e frustrações. Presidente da Coopesg desde 2015, Drayse começou sua caminhada no cooperativismo como mãe, em 2000, quando matriculou o primeiro filho, hoje com 21 anos, na educação infantil. “Era uma escola que fazia a diferença em relação a outras escolas. Os projetos, as características, os professores, a maneira de ensinar, a preocupação com a qualidade, com o sistema de ensino. Sempre gostei da maneira que eles trabalham enfatizando a importância da cooperação com os alunos, em especial, com os menores. E eu queria isso para os meus filhos também”, explicou. PARCERIA SUSTENTÁVEL
Idealizadora: Cooperunião Estado: Espírito Santo Ramo: Trabalho, Produção de Bens e Serviços ODS atingidos:

O intuito de ajudar durante a pandemia contagiou também os jovens da cooperativa mirim (Cooper União) — formada por cerca de 50 alunos da Coopesg (veja história anterior) — que decidiram produzir sabonete líquido para doação. Inicialmente, a ideia era fazer álcool em gel, mas depois de alguns estudos, os alunos descobriram não ser uma opção viável, já que não havia garantia de que o álcool doméstico teria o percentual necessário e efetivo para combater o vírus. Para dar início à produção dos sabonetes, os alunos foram à luta: conseguiram doação dos frascos pelo Sicoob e dos sabonetes em barra pelas famílias. A transformação — do produto em barra para o líquido — foi feita pelos próprios jovens que ralavam o sabonete em casa e levavam para escola para finalizar a produção, sempre feita em escalas de, no máximo, 3 alunos e a professora orientadora. Todos com máscaras.
“A sensação de ajudar é incrível. É muito prazeroso ver que, de alguma forma, a gente está podendo ajudar as pessoas aqui da cidade”, afirma a presidente da CooperUnião, Esther Teodoro Piske, 12 anos.Também por causa da pandemia, os jovens não puderam distribuir os sabonetes líquidos como queriam. Por isso, eles procuraram a Secretaria de Assistência Social, que garantiu a entrega dos frascos a programas sociais em andamento no município. A estimativa é que mais de 200 frascos de sabonete líquido tenham sido entregues a adolescentes, pessoas em situação de rua e gestantes.

Esta matéria foi escrita por Lilian Beraldo e será publicada na próxima edição da revista Saber Cooperar. Aguardem!


Esta matéria foi escrita por Farol Conteúdo e está publicada na Edição 23 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação

“As sociedades cooperativas são empreendimentos com identidade própria e são bem diferentes das empresas mercantis. Os profissionais que têm formação superior na área, compreendem nossas especificidades e atuam de uma maneira muito mais destacada. Isso faz toda a diferença quando eles estão dentro de uma cooperativa”, aponta Ronaldo Scucato, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Minas GeraisDe acordo com Scucato, os profissionais que se formam em cooperativismo compreendem, de maneira aprofundada, a importância de um quadro social bem organizado, da realização e participação das assembleias, bem como o foco na eficiência do negócio. TEMOS VAGAS [caption id="attachment_75797" align="aligncenter" width="396"]

“Nosso aluno tem uma formação conceitual muito densa. Ele pode estagiar nas cooperativas, tem a oportunidade de ganhar experiência na nossa empresa júnior, mas a competência em termos teóricos é o nosso diferencial”, aponta.Ainda segundo o acadêmico, o ramo de crédito é um dos que mais procuram os egressos do curso. “Recebi o feedback do Sicoob de que ainda contrata ex-funcionários de bancos, mas que é muito difícil ensiná-los o que é uma cooperativa, que o cooperado não é um cliente, é um dono, e por isso a abordagem precisa ser diferenciada. Para o ramo, é melhor ter o cara que tem formação em cooperativismo, e que ele aprenda as questões bancárias no sistema do Sicoob”, compara. PÓS-GRADUAÇÃO [caption id="attachment_75823" align="alignnone" width="1880"]

“O fato de você colocar pessoas discutindo questões estratégicas de cooperativas de diferentes realidades e ramos traz uma riqueza de contribuições para a sala de aula. O primeiro ganho é a oportunidade da troca em nível estratégico, porque o mestrado acaba elevando o nível de discussão dos alunos”, afirma.Outra vantagem — aponta — é a possibilidade de ampliar a produção acadêmica sobre o cooperativismo. “Percebi como nós éramos fracos em produção de conteúdo científicos, artigos, estudos. A realidade do cooperativismo é diferente; você vai avaliar a partir dos estudos produzidos sobre empresas, e é completamente diferente. Faltava embasamento e, com isso, contribuímos para essa construção”, destaca. O mestrado profissional é uma modalidade ainda pouco popularizada no Brasil — eram cerca de 700 programas em funcionamento até 2017. Ele tem duração média de dois anos e é voltado para a capacitação de profissionais nas diversas áreas do conhecimento. O formato é stricto sensu — assim como o mestrado e o doutorado —, mas com um perfil mais direcionado para atender alguma demanda do setor produtivo. No curso da PUC-PR, apesar da chamada de seleção ser pública, o perfil dos alunos é de quem já trabalha no sistema, seja como funcionário de cooperativa ou cooperado. De acordo com Emília, a formação em nível de pós-graduação é uma demanda que chega ao Sescoop pelas próprias cooperativas. “As cooperativas nos procuram muito com a preocupação de desenvolver essa formação de nível superior dos seus funcionários. A gente percebe esse comprometimento e o desafio de qualificar. Elas querem investir em um funcionário mais bem preparado em nível acadêmico para trazer melhores resultados”, diz.
Esta matéria foi escrita por Amanda Cieglinsk e está publicada na Edição 28 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação

Esta matéria foi escrita por Guaíra Flor e está publicada na Edição 28 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação
De um dia para o outro, ela viu tudo mudar. Ela que já havia compartilhado tanto os seus conhecimentos nas salas de aula, agora precisava se tornar novamente aprendiz. "Não foi fácil", lembra Cecília Falavigna, 75 anos. Cecília viu sua vida se transformar completamente quando perdeu o esposo, há 22 anos. Até ali, era ele que comandava os negócios da família no campo, em uma propriedade rural em Floraí, município a 50 quilômetros de Maringá, no estado do Paraná.
Professora de matemática e ciências no ensino fundamental, Cecília não acompanhava de perto os negócios do marido João Antônio Falavigna, no setor agrícola. Era ele quem cuidava dessa área desde que se conheceram, ainda muito jovens. Quando João adoeceu, ela deixou a carreira de lado para poder acompanhá-lo nos tratamentos. Mas mesmo lutando contra um câncer por mais de dois anos, João fazia questão de continuar administrando a propriedade. “Ele era muito trabalhador e trabalhou até o dia da morte. Ele chamava o empregado, dava as coordenadas. Eu nunca mandava ou pedia nada. Era ele quem fazia isso", recorda.
Quando o esposo faleceu, Cecília se viu diante de um momento delicado. Com três filhos adolescentes – Ana Cláudia, Mara Sandra e Paulo César – tinha de decidir o que fazer com as terras deixadas pelo marido. Precisava, também, cuidar de todo o restante sozinha. Uma das filhas, com Síndrome de Down, exigia mais dedicação e cuidados especiais. Além disso, Cecília não tinha o apoio da família para levar os negócios em frente e nem conhecimento suficiente sobre o agronegócio . “Outra dificuldade foi essa. Não sabia como fazer. Porque quando a mulher acompanha o marido nas atividades dele, ela tem um caminho a tomar, um rumo pra seguir. E eu não tinha”, lembra.
Muita gente aconselhou Cecília a vender tudo e voltar pra sala de aula. Outros falavam que seria mais fácil ela se dedicar a algo novo e mais “feminino”. Teve gente que sugeriu, inclusive, que arrendasse a propriedade e vivesse de renda. “Eu não sabia nem o que era isso: arrendar as terras”, diverte-se. “Como eu ia deixar alguém administrar se nem eu sabia? Eu não tinha nem ideia do valor da terra também. Como eu ia negociar assim?”.
Diante de tantas perguntas, a professora decidiu sair de sua casa, em Maringá, e foi a campo tomar conhecimento de tudo. Estava determinada a não deixar as terras nas mãos de outras pessoas. Em meio ao luto, uma semana após o falecimento do esposo, ela aprendeu que as terras de Floraí eram dedicadas à pecuária e à produção de soja e milho. A família também tinha uma propriedade em Mamborê, a 200 km de Floraí, que estava arrendada para outro produtor. “Eu não queria me desfazer daquilo que era nosso. Eu pensei: vamos lá saber como é que se faz. Primeiro eu queria conhecer o que era agricultura e depois tocar em frente”.
Mesmo sem o apoio da família, Cecília abraçou o desafio de administrar a propriedade, se reinventar profissionalmente e fazer do campo a sua escola. “Fiquei aprendendo na fazenda de Floraí”.
A COOPERATIVA [caption id="attachment_75799" align="alignnone" width="512"] Crédito: Shutterstock[/caption] Com a decisão de que iria continuar com o agronegócio, Cecília passou a frequentar periodicamente o campo para se familiarizar com a rotina e a produção. Contou com o apoio de funcionários antigos e procurou, logo no início, a Cooperativa Agroindustrial Cocamar para auxiliá-la nesse desafio. “Eu disse para a cooperativa: eu estou aqui, preciso do apoio de vocês. Eu preciso de apoio pra poder tocar os negócios da família. Foi aí que comecei. Não tinha noção de quantidade, mas a cooperativa me orientou sobre os alqueires, quanto eu precisava de adubo e de fertilizantes. Esta parte técnica toda ficou por conta da cooperativa”, relata. “A partir daí, também, fui conhecendo sobre o preparo do solo e vi que não tínhamos maquinário suficiente e bom”.
Foi renovando as máquinas aos poucos. E, com o estímulo da cooperativa, passou a investir mais. “Os equipamentos eram muito ruins, ela melhorou tudo”, conta o filho mais novo, Paulo César, que atualmente está trabalhando na fazenda. “Também investiu muito em tecnologia”, acrescenta.
Além de continuar com as lavouras de soja, milho, e com a criação de gado, Cecília também resolveu começar um novo cultivo. “Para continuar criando gado, teria que ampliar o pasto, o que não era possível. Então, diminuí o gado e, com o apoio da cooperativa, passei a cultivar laranja”.
Para Paulo, a mãe é uma “heroína”. “Ela não só manteve o que tínhamos, mas aumentou o negócio. A cooperativa ajudou muito nesse processo”, diz o jovem. “Ela foi muito determinada, teve que ter muita garra para levar isso adiante. Acho que ela teve muito medo de perder tudo, manchar aquilo que meu pai deixou”.
Nem todo mundo, no entanto, reconheceu de cara o talento de Cecília para os negócios. No início, ela foi vista com desconfiança por algumas pessoas. “Eu tinha que fazer o meu nome”, conta. Afinal, era uma mulher plantando grãos em um ambiente predominantemente masculino. Sentiu dificuldade até em conseguir financiamentos para continuar investindo na produção. “Recebi vários nãos. Mas pensava: se eu não consegui aqui, consigo lá. Nunca tive medo. Eu sempre enfrentei, sempre fui atrás”, lembra. “Então, quando você consegue ser honesta e ser justa, ir em frente e mostrar para a ala masculina e para o outro que você é corajosa, eles passam a confiar em você”.
Dona Cecília, como é chamada pelos sete funcionários da fazenda, foi se empenhando, aprendendo e ganhando cada vez mais gosto pelo trabalho. O resultado não poderia ser diferente: hoje ela é referência em produtividade e acumula vários prêmios no currículo. Já é tricampeã no concurso de máxima produtividade em soja promovido pela Cocamar. No primeiro ano que participou da premiação, em 2012, produziu 74 sacas de soja por hectare. Nesta colheita de 2018, a produtividade foi de 95 sacas – o equivalente a 5,7 toneladas de grãos –, um aumento de quase 30% em relação ao primeiro ano. “As médias dela sempre são bem maiores que a média da região. Ela sempre está atrás de inovações”, afirma Valdecir Gasparetto, engenheiro agrônomo e assistente técnico da família Falavigna há 10 anos.
RAINHA DA SOJA [caption id="attachment_75802" align="alignnone" width="2048"] Arquivo Pessoal[/caption] De tanto ganhar prêmios pela produtividade de suas terras, Cecília passou a ser conhecida no setor como “rainha da soja”. O título foi concedido após ela ganhar a premiação de uma multinacional que avaliou a safra de grãos em 2015/2016. Nessa safra, ela produziu 92,9 sacas de soja por hectare de terra — a média nacional era de 48,9 sacas por hectare, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segredo para tantos prêmios? “Primeiro é preciso confiar naquilo que você está fazendo e no que quer. Segundo é estar dentro de uma cooperativa que te dá todo o apoio e confiança”.
Essa confiança, aliás, acompanha a rainha da soja até nos dias de seca — como estes do meio do ano. “A gente tem sofrido bastante com o clima. Mas se você está usando um produto apropriado pra seca, a plantação vai resistir”. A produtora é categórica: “Não existe terra ruim, existe terra mal cuidada. O importante é entender que não se pode só tirar da terra; é preciso devolver algo para ela, colocar algo a mais. A produção tem de ser sustentável”, afirma.
Cecília usa os melhores produtos e investe bastante em tecnologia. O agrônomo Valdecir, que auxilia a família nos negócios, explica: “Fazemos um trabalho de constante correção física e química do solo”.
Sempre otimista, a antiga professora sempre quer produzir mais. E garante que a competição é interna. “Eu não quero ser melhor que ninguém. Quero mostrar para as pessoas que trabalhando e fazendo as coisas corretas, você consegue o que desejar”.
O trabalho é em conjunto. Gasparetto enfatiza: “Dona Cecília valoriza os funcionários e todos que estão envolvidos. Ela chama a gente de ‘meus meninos’ e faz questão de dizer que não consegue nada sozinha. Ela é uma excelente produtora”. E o filho reafirma: “Não existe distinção entre os funcionários. Para ela, são todos iguais”.
Recentemente, para facilitar a gestão, a rainha da soja vendeu a fazenda em Mamborê e comprou outra bem próxima da propriedade de Floraí. E quem diria? Foi ficando tão experiente que hoje está, até mesmo, arrendando a terra para os outros.
COTIDIANO [caption id="attachment_75801" align="alignnone" width="1024"] Arquivo Pessoal[/caption] Cecília mora na cidade de Maringá com Mara, a filha com Síndrome de Down. Na cidade, costuma acompanhá-la em suas atividades diárias. Mas toda semana vai para a “roça”, como chama a propriedade de Floraí. No campo, fica cerca de três dias por semana. Em períodos de colheita e plantação, passa até mais. “Eu sou apaixonada por aquilo que eu faço. E o dia que eu não vou pra roça, fico pensando: ah, eu tenho que ir lá. Eu tenho que ver a colheita”, diverte-se.
Na fazenda, as tarefas começam logo quando o sol nasce. Ela acorda bem cedinho e vai para a parte superior da casa. De lá, pode avistar uma represa grande e localizar os funcionários cumprindo as atividades planejadas no dia anterior. Acompanha o plantio, a colheita e vai observando as necessidades que vão aparecendo. Atualmente, está mais à frente da parte administrativa.
Há oito anos, a rotina está menos intensa. Cecília vem contando também com o apoio diário do filho. “Meus pais diziam que era para eu estudar e me formar primeiro e depois, se eu quisesse, voltava”, conta Paulo. “Aí, devargazinho, fui voltando”. E não se arrepende. O sentimento da mãe já o contagiou. “Pela paixão dela, eu também gosto demais. Gosto muito de estar lá no dia a dia”, conta.
Essa paixão, Dona Cecília deixa transparecer até na voz. É só trocar algumas palavras com ela para perceber. É daquelas pessoas que a gente fica com vontade de sentar para tomar um café, ouvir os “causos” e aprender um pouquinho. A agenda, no entanto, não parece tão simples quanto ela. Marcar essa entrevista não foi tão fácil: os dias estavam corridos devido à colheita do milho. Além disso, surgiu uma viagem de negócios de última hora na semana da reportagem.
Cecília conta que, nesta época de seca, apesar da poeira e de voltar toda “marrom” das terras, o cheiro por lá está incrível. Orgulhosa, diz que está tudo perfumado com as flores das laranjeiras que ela plantou. Hoje, já são 14 mil pés. O grande orgulho dela, na verdade, é ser agricultora. Para Cecília, esse trabalho vai muito além do lucro e de premiações. Existe também uma responsabilidade social. “Falta muita comida nesse mundo, é tanta gente passando fome... Então, eu penso nisso: pelo menos um grãozinho da minha soja pode alimentar alguém. Nosso Brasil é sustentado pela agricultura, e eu me orgulho muito de pensar que é o agricultor quem segura as pontas do país nesses períodos difíceis”.
Bem articulada, educada e cheia de energia, não para de fazer planos. Se no ano passado a colheita foi de 95 sacas por hectare, agora busca um novo recorde para a próxima safra: 104 sacas. “Não é fácil. Vamos ver. Mas eu coloquei esta meta”. E Cecília sabe muito bem de onde vem essa determinação. “Essa força vem de Deus. Essa força que tenho de produzir, de ser melhor, é de algo superior”, conclui. E quem se atreve a dizer que ela não vai conseguir?
Esta matéria foi escrita por Tchérena Guimarães e está publicada na Edição 23 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação

A demanda por profissionais com graduação em cooperativismo é maior do que a nossa universidade consegue formar. Eu recebo pedido do setor para encaminhar bons currículos para as vagas e hoje não tenho para atender”.O curso de cooperativismo da UFV é o mais antigo do Brasil. O projeto nasceu nos anos 1970, por meio do extinto Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com a missão de capacitar a mão de obra das cooperativas. Era um curso com formação de nível técnico, até ser promovido, em 1991, a bacharelado em Administração com habilitação em Administração de Cooperativas. De lá para cá, foram muitas mudanças no currículo e no próprio nome do curso — mas manteve-se a missão de formar profissionais com os valores do cooperativismo totalmente internalizados. “No primeiro ano do curso, a gente toma muito cuidado para que o aluno entenda onde está entrando. Explicamos o que é o cooperativismo, o levamos para visitar uma cooperativa, e também a Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (OCEMG). É como uma imersão. O legal é que, ao conhecer os valores e os princípios do cooperativismo, o aluno se apaixona e fica”, conta Albino. De acordo com o docente, boa parte dos alunos chega sem conhecer nada sobre o movimento. “Dos 40 que entram, metade queria fazer outro curso, mas escolheu Cooperativismo por ser menos concorrido. Porém, quando começam a conhecer a realidade das cooperativas, ficam cativados pelas possibilidades de crescimento do setor”, explica. Foi exatamente isso o que aconteceu com Geâne Ferreira, gerente de desenvolvimento social do Sistema OCB. Ela entrou no curso de cooperativismo da UFV com a meta de pedir transferência para Administração de Empresas, mas logo no primeiro semestre descobriu que sua vocação era cooperar.
O curso de cooperativismo traz uma preocupação com as pessoas e a organização coletiva. Tem toda a estrutura de Administração, mas com esse gostinho a mais, que é a preocupação com o ser humano”, destaca.O curso de Cooperativismo da federal de Viçosa tem duração de quatro anos e meio, com disciplinas como administração, direito, sociologia, contabilidade e várias cadeiras que abarcam as teorias cooperativistas. “Temos o caso de um aluno que saiu, foi para a engenharia e voltou. Ele experimentou e viu que era no cooperativismo que tinha que ficar, porque é mais humano, respeita mais as condições das pessoas. E é mais divertido”, compara Albino. FORMAR PARA O SISTEMA Se Minas Gerais foi o berço do primeiro curso superior em cooperativismo, o Rio Grande do Sul foi o primeiro estado a ter uma instituição de ensino superior voltada exclusivamente para o movimento. A Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop) foi fundada em 2011 e já formou mais de 100 tecnólogos em Gestão de Cooperativas. A instituição é uma iniciativa do Sescoop-RS e, por essa razão, a maior parte dos alunos já têm vínculos com cooperativas, seja como colaboradores ou cooperados. A Escoop também oferece cursos de pós-graduação (especializações e MBA). “Nossos alunos são associados, conselheiros, dirigentes e colaboradores de cooperativas, com faixa etária média de 30 a 40 anos”. A afirmação acima é de Paola Londero, coordenadora de pós-graduação da instituição. Segundo ela, os ramos crédito e saúde, além do agropecuário, são os mais presentes nos cursos de formação. Apesar do foco no cooperativismo gaúcho, a instituição já ofereceu cursos de Gestão de Cooperativas na Bahia, no Ceará e no Pará. Seguindo o mesmo modelo, há ainda o Icoop, em Cuiabá (MT), e a Faculdade Unimed, com sede em Belo Horizonte (MG), nascidas com o DNA da cooperação. Ambas disponibilizam cursos de Gestão de Cooperativas, além de programas de pós-graduação e outras capacitações de curta duração. No caso da Unimed, além do foco em cooperativismo, há especializações focadas no ramo saúde, como o MBA em Administração Hospitalar.
Considerando-se que o ensino superior, em geral, não contempla o cooperativismo adequadamente na formação das carreiras, a compreensão das características peculiares das cooperativas é extremamente relevante”, destaca Mário de Conto, diretor-geral da Escoop.
Esta matéria foi escrita por Amanda Cieglinski e está publicada na Edição 28 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação
Esta matéria foi escrita por Lílian e está publicada na Edição 28 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação
Eu tenho mais de 60 anos e a maioria dos cooperados tem mais ou menos a minha idade. Mesmo assim, sempre arrumo um tempinho durante o trabalho para recolher o lixo das embarcações, das casas e do rio. Faço isso pensando nos meus netos, nas outras gerações que virão depois de mim e também precisam conhecer a grandeza do Amazonas”.E você? O que tem feito para ajudar o meio ambiente? Conta sua história para gente! Basta mandar um e-mail para
ENTENDA O IMPACTO DESSA AÇÃO Nome da cooperativa: Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial do Estado: do Amazonas Diferencial: a retirada de lixos dos rios e das casas de ribeirinhos é um projeto voluntário da cooperativa e comprova o amor de cada barqueiro ao rio Amazonas e à comunidade onde vivem. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que a Cooperárvore ajuda a cumprir

Esta matéria foi escrita por Guaíra Flor e está publicada na Edição 23 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação
É fundamental para nós. O país, dadas as dimensões continentais, tem um peso muito grande economicamente e politicamente. Estar dentro desse contexto [de organismos internacionais] é fazer parte de decisões importantes que se apresentam no mundo inteiro”, defende.Para ela, essa representação internacional é importante para que o Sistema OCB marque posições dentro de um organismo e um contexto mundial onde se decidem as normas políticas e institucionais. “Quanto mais nos unirmos e olharmos para dentro de nós, mais estaremos nos fortalecendo. No Brasil, nós temos a OCB, que coordena todos os estados, as cooperativas, centrais, confederações e federações. É um sistema. E ele tem de estar sempre bem posicionado para que a gente possa fazer parte das decisões. Para conseguir levar os nossos anseios e necessidades mostrar para o mercado o quanto o cooperativismo é importante e fundamental”, destaca. Segundo ela, há diversos encontros internacionais, videoconferências e canais na internet onde representantes do cooperativismo se comunicam constantemente e observam o movimento cooperativo em cada país. É o momento de analisar cenários, ver o que outros países estão fazendo e tentar aprimorar o que é feito internamente. O último encontro presencial, realizado na Costa Rica, no fim de 2019, discutiu temas como economia, câmbio, sustentabilidade das cooperativas e intercooperação. O Brasil participa ainda do conselho da organização. Desde 2018, o país é um dos 15 integrantes do conselho de administração da ACI que se reúne em Bruxelas, na Bélgica. O conselheiro brasileiro é o presidente do Sistema OCB em Mato Grosso, Onofre Cezário Filho. PIONEIRISMO VERDE-AMARELO Dentro da ACI, o Brasil é referência em termos de normas e legislação na área de cooperativas de trabalho. E, por isso, vários países procuram saber quais passos foram dados aqui para conseguirem fortalecer e fazer leis semelhantes, se adequando às especificidades de cada nação. A partir da aprovação da Lei 12.690/2012, que impôs regras específicas para o setor, Margaret — que também é associada da Cooperativa de trabalho, produção e comercialização dos trabalhadores das vilas de Porto Alegre (Cootravipa) —avalia que houve uma mudança de mentalidade sobre essas cooperativas.
Houve um reconhecimento e uma mudança de comportamento em relação às cooperativas de trabalho. Elas foram estigmatizadas por muitos anos, mas não era um retrato verdadeiro do que acontecia em todo o mundo cooperativo”, argumenta.A nova lei liberou a participação de cooperativas de trabalho em licitações públicas – um ganho enorme para o cooperativismo que pôde mostrar a importância de sua força de trabalho. Segundo ela, foram mais de oito anos de intenso trabalho junto ao Congresso Nacional para que a lei que assegura direitos e deveres perante o associado fosse aprovada. A norma traz o mínimo que a cooperativa deve dar de benefícios aos seus associados. Em parte, esse regulamento se assemelha ao que as empresas em geral fazem, mas também traz diferenciais como um seguro específico que garante ao trabalhador que adoeça uma diária a ser recebida mensalmente para ficar em casa e cuidar da saúde. “Esse movimento, feito e liderado pelo Brasil, mudou a visão frente as cooperativas. Muitas tiveram de se adequar já que a lei veio para regrar posicionamentos”, relembra. CRESCER EM TEMPOS DE CRISE Na avaliação de Margaret, a participação em fóruns internacionais também serve para mostrar ao mundo que o cooperativismo é organizado e que cresce, cada vez mais, em tempos de crise.
Quando iniciou todo o movimento dessa crise de coronavírus, eu disse: aí vão estar as cooperativas fazendo a diferença. Na parte médica, na parte de transporte, de limpeza, na parte de cuidar dos doentes e de fazer as prevenções”, analisa.Ainda segundo ela, o cooperativismo está levando energia e internet a moradores da cidade e do campo. “As pessoas estão ficando em casa, muitos vão ser demitidos e muitos vão precisar de apoio, de capital de giro, de financiamentos, renegociação de dívidas. Tudo isso o cooperativismo pode ajudar. O cooperativismo faz parte dessa sociedade”, enumerou Margaret.
Esta matéria foi escrita por Lilian Beraldo e está publicada na Edição 29 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação

CONHEÇA ALGUNS DOS NOSSOS JOVENS LÍDERES Nome: Alessandra Cristina Soares Idade: 30 anos Atuação profissional: conselheira fiscal da Cooates (Barreiros - PE)

Nome: Rafael Athayde Idade: 24 anos Atuação profissional: vendedor na YouGreen Cooperativa (São Paulo - SP)

Nome: Amanda Chiodi Idade: 22 anos Atuação profissional: analista de relacionamento com o cooperado Unimed Cascavel (PR)

Nome: Wilson Figueiredo Idade: 35 anos Atividade profissional: gerente de TI do Sicoob Credialto (Piumhi - MG)

Esta matéria foi escrita por Adriana Araujo e está publicada na Edição 28 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação
O SomosCoop valoriza nossos produtos e engrandece a cooperativa"Cooperativista há mais de 30 anos, Neusa tomou a frente dos negócios e assumiu a pequena propriedade em que planta café após a morte do marido. "A cooperativa fortaleceu os meus negócios e continua me fortalecendo. A Coopama faz parte da minha vida profissional, como agricultora, promove o meu desenvolvimento com palestras, dias de campo e capacitações. É um orgulho fazer parte do cooperativismo”, destacou. Lançado em 2018, o movimento Somos Coop quer mostrar a força e a capacidade transformadora do cooperativismo. Comprometidas com as comunidades em que se localizam, as cooperativas modificam as realidades gerando trabalho, renda, dignidade e felicidade em todos os cantos do país. Outro intuito do SomosCoop é despertar a consciência das pessoas envolvidas com o cooperativismo e gerar orgulho naqueles que abraçam a causa. Afinal, o cooperativismo quer transformar o mundo em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. E fazer parte dessa cadeia é um motivo e tanto para ter orgulho. AGREGAR VALOR

A gente buscou levar essa ‘marca’ [SomosCoop] junto com os nossos produtos justamente para mostrar a importância que o cooperativismo tem”, destacou Aline.A venda do café com o selo do SomosCoop ainda está restrita aos pontos de venda da Coopama nas cidades de Machado, Alfenas, Elói Mendes, Poço Fundo e Turvolândia, todas no Sul de Minas. Mas o intuito é chegar às prateleiras dos supermercados de todo o estado até o final de 2020. Para este ano, a Coopama ainda pretende começar a apostar no mercado de cafés especiais, personalizando ainda mais o produto. Para isso, a cooperativa está estruturando um departamento específico para agregar mais valor ao produto e também ao cooperado. A primeira ação de visibilidade comercial deve ocorrer em novembro. “Em abril, vamos começar a conscientizar os produtores. O intuito é montar um projeto piloto com 20 a 30 produtores que têm as melhores qualidades de café”, destaca Aline afirmando que todo café passa por uma análise sensorial para determinar os padrões e a classificações da bebida. “Vamos nos reunir com produtores para saber se eles têm interesse de participar do projeto porque terão de fazer uma série de adequações nas fazendas”, afirmou. Em novembro a Coopama pretende promover um concurso de cafés especiais. Com isso, quer chamar o mercado comprador (cafeterias e torrefações) e fazer um leilão. Para a coordenadora de marketing, além de ser um grande motor de crescimento do país, o cooperativismo é uma paixão. “Quanto mais a gente conhece, mais a gente fica apaixonado e é movido pelo cooperativismo”, avalia Aline que está há 8 anos na Coopama. ENTENDA A FORÇA DO NOSSO MOVIMENTO

Esta matéria foi escrita por Lilian Beraldo e está publicada na Edição 29 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação
O mercado de transportes é muito veloz e competitivo, mas ele beneficia quem está preparado para oferecer os melhores serviços”A avaliação acima é de Tiago Barros, analista econômico da OCB para o Ramo Transporte. Segundo ele, as cooperativas do ramo precisam compreender que existe uma solução para enfrentar esse cenário de profunda mudança e disrupção. “Em vez de lutar contra a entrada de novos atores no mercado, é preciso entender o que está mudando, pensar e se reposicionar. Quem estiver preparado e for competente, obterá resultados. E eles serão grandes.” De fato, de acordo com o Anuário do Cooperativismo, em 2018, as cooperativas de transportes movimentaram R$ 4 bilhões, garantindo o emprego e a renda de 98,8 mil cooperados. Ainda não estão disponíveis dados que permitam uma comparação com a receita de anos anteriores, mas Barros — que acompanha diariamente o mercado desde 2013 — avalia que “a tendência é de aumento em relação ao faturamento” em todos os segmentos. OTIMISMO [caption id="attachment_75724" align="alignnone" width="3500"]

Ao darem descontos e praticarem preços mais acessíveis, em termos absolutos, os taxistas conseguem ter até mais corridas do que antigamente”.Há espaço para todos nesse mercado mais amplo, desde que cada um saiba aproveitar suas vantagens competitivas, resume Resende. “Como sobreviver? Como se manter nesse mercado? Cada um, a seu modo, vai ter de ser mais eficiente”, assevera o economista-chefe do Cade. VANTAGENS E DESAFIOS [caption id="attachment_75732" align="alignnone" width="5757"]

Se o preço da corrida está baixo para todo mundo, quem for mais eficiente conseguirá os melhores resultados. E as cooperativas, nesse sentido, costumam ser mais eficientes”.Ouvido o conselho dos especialistas, cabe às cooperativas aproveitar essas vantagens para garantir maior participação de mercado no Ramo Transporte. “Nós precisamos criar estratégias para concorrer e simultaneamente investir cada vez mais em uma gestão eficiente. Afinal, muitas cooperativas correm risco de descontinuidade”, completa Matos. 5 PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DO RAMO

Esta matéria foi escrita por Felipe Teixeira e está publicada na Edição 29 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação
“Nós, mulheres, somos competentes, agregamos valor às equipes das quais fazemos parte e temos de dar as mãos umas as outras para crescer cada vez mais”, acredita a executiva.Durante o período de empresária, Solange participou ativamente da Associação Comercial e Industrial de Toledo, no Paraná, da qual assumiu a presidência em 2005. Foi lá que viu crescer o embrião do que é hoje o Sicoob Meridional — cooperativa fundada por 26 empresários da associação, em resposta à elevada taxa de juros e a falta de presença dos bancos na comunidade. Já em 2006, Solange foi convidada a assumir a diretoria administrativo financeira da cooperativa. Ela acredita que a experiência bancária anterior tenha sido uma credencial para que ela fosse convidada a assumir a diretoria. “Foi fantástico porque pude entrar no processo, principalmente, no processo decisório, como diretora.” Três anos depois, ela assumiu a vice-presidência do Sicoob Meridional e, desde 2015, é a presidente da instituição — um caminho natural dado o desempenho e o trabalho executado por ela nos anos anteriores. RESULTADOS Os resultados do Sicoob Meridional não deixam dúvidas da excelência do trabalho de uma mulher no comando. “Temos excelentes índices financeiros. A cada 3 anos, a gente dobra de tamanho. Temos os menores índices de inadimplência, uma das menores taxas de juros, até mesmo do sistema cooperativista. E tudo isso porque temos foco justamente naquilo que o cooperativismo prevê: justiça econômica, social e financeira.” Uma das bandeiras da presidente da cooperativa é levar nosso modelo de negócios a quem mais precisa. Por isso, ela segue investindo na abertura de pontos de atendimento ao cliente. “Aumentamos nossa área de atuação e passamos a abrir agências fora da cidade”, conta ela, que fez questão de participar de todas as inaugurações. Hoje, o Sicoob Meridional conta com 21 pontos de atendimento e mais de 41,3 mil cooperados. Solange sabe que o sucesso não é conquistado sozinho e destaca como importantes atores nesse processo a equipe engajada e comprometida e uma diretoria que trabalha em sinergia com os conselhos administrativo e fiscal. Tudo é feito com o intuito de humanizar as relações financeiras.
“Quanto mais você vive o cooperativismo mais você se apaixona porque é um modelo muito justo, um modelo que une social com econômico. E quando tem paixão, o trabalho é feito de forma mais eficiente e com mais brilho.”Solange sonha em ver mais mulheres em posição de liderança dentro e fora do cooperativismo. “Confiando em nós mesmos e dando as mãos umas as outras vamos ir muito longe”, finaliza.
Esta matéria foi escrita por Lílian Beraldo e está publicada na Edição 29 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação

“Conheci o cooperativismo há mais de 10 anos e, desde então, esse modelo de negócios tem me ajudado a acreditar que sonhar é possível. Sempre costurei, sou mãe, e precisava de um trabalho no qual eu pudesse ter tempo para dar atenção para minha família. Na cooperativa isso é possível. Somos com uma família que entende a necessidade do outro. Pensamos coletivamente e trabalhamos com parceria”.A Cooperávore comercializa sua produção pela internet desde 2017 e, a cada dia que passa, ajuda a transformar para melhor a vida de suas cooperadas. São 14 anos de trabalho que renderam, inclusive, parcerias com a Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Europeia. Vale muito a pena conhecer!
PASSO A PASSO DA PRODUÇÃO DA COOPERÁRVORE [caption id="attachment_75650" align="aligncenter" width="542"]

FICHA TÉCNICA DA COOPERATIVA Nome: Cooperárvore Estado: Minas Gerais Diferencial: cooperativa formada exclusivamente por mulheres que transformam “lixo” automotivo em acessórios cheios de estilo. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que a Cooperárvore ajuda a alcançar

Esta matéria foi escrita por Guaíra Flor e está publicada na Edição 23 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação