Notícias ESG
- Artigo Secundário 3
Encontro tratou sobre desenvolvimento específico para o segmento
O Grupo de Trabalho (GT) ESGCoop realizou sua oitava reunião, nesta terça-feira (25), com um olhar direcionado à definição de indicadores específicos para as cooperativas de crédito. O encontro contou com a participação de representantes das Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB e de cooperativas de crédito, confederações, centrais e algumas singulares. Foi um debate rico e intenso, realizado por 30 especialistas do setor.
A discussão sobre os indicadores ESG para o cooperativismo teve início em 2024, com o objetivo de estabelecer um conjunto de métricas universais para mensurar o impacto das cooperativas brasileiras na sustentabilidade e responsabilidade social. Em novembro do ano passado, o grupo consolidou 56 indicadores gerais que atendem a todo o setor cooperativo e permitem uma avaliação mais robusta da evolução das cooperativas em temas ligados aos pilares ESG.
Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica do Sistema OCB, explicou que o foco é desenvolver indicadores específicos para cada ramo do cooperativismo, começando pelo Crédito. “Ao longo de 2025, outros ramos também passarão pelo mesmo processo de discussão e aperfeiçoamento. Em junho, será a vez do Ramo Saúde; em setembro, do Agro; e em novembro, do Transporte e Infraestrutura”, afirmou.
A iniciativa está alinhada ao Programa ESGCoop, que através de um conjunto de diagnóstico e soluções se torna ferramenta estratégica que visa fortalecer e mensurar as boas práticas de governança e sustentabilidade dentro das cooperativas. “Esse processo nos permitirá não apenas apoiar na identificação e aprimoramento das iniciativas ESG das cooperativas, mas também demonstrar, com dados concretos, o impacto positivo do cooperativismo na sociedade e no meio ambiente”, destacou Simone.
Com esse debate estruturado e a definição de indicadores claros, o Sistema OCB segue, de acordo com Simone, com foco no fortalecimento da sua atuação na promoção da sustentabilidade dentro do cooperativismo, com a garantia de que as cooperativas brasileiras estejam preparadas para os desafios futuros e contribuam ainda mais para o desenvolvimento socioeconômico do país.
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Documento destaca as cooperativas como ferramentas para construção de um mundo mais justo e equilibrado
O Sistema OCB elaborou o Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, com destaque para o papel fundamental das cooperativas na agenda climática global. Com o tema Juntos por um futuro mais próspero e sustentável, o material reforça a capacidade do movimento cooperativista de promover soluções efetivas para os desafios ambientais, sociais e econômicos.
A COP30 ocorrerá em Belém (PA), entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, com foco na discussão de estratégias globais para o enfrentamento das mudanças climáticas. O evento dará prioridade a temas como redução das emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono, preservação de florestas e biodiversidade, bem como justiça climática e os impactos das mudanças climáticas.
Para Márcio Lopes de Freitas, este é o momento de aproveitar as oportunidades de forma estratégica. “É tempo de fortalecer parcerias, consolidar compromissos e reforçar a presença do setor na busca por soluções sustentáveis”, afirmou.
O manifesto defende que a agenda climática global deve reconhecer o verde como um valor social e econômico, promovendo a produção sustentável e a preservação ambiental. Já o clima deve ser um vetor de desenvolvimento, sem gerar barreiras comerciais ou limitar o acesso a mercados, enquanto que as políticas climáticas precisam ter as comunidades no centro, impulsionando o desenvolvimento local e a inclusão produtiva e financeira. Além disso, o cooperativismo deve ser visto como caminho estratégico para fortalecer a sustentabilidade e viabilizar a implementação eficaz dessa agenda
Desta forma, o manifesto ressalta que as cooperativas são modelos de negócios criados por pessoas e voltado para pessoas, que priorizam o desenvolvimento comunitário e a inclusão produtiva. Além disso, destaca que a sustentabilidade é inerente ao modelo cooperativista, pois equilibra crescimento econômico, justiça social e responsabilidade ambiental.
"O cooperativismo já promove, na prática, a sustentabilidade. Somos um modelo de negócios que alia desenvolvimento econômico, inclusão social e responsabilidade ambiental. Na COP30, queremos que nosso papel seja reconhecido como ferramenta para a construção de um mundo mais justo e equilibrado", destaca Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O documento centraliza as propostas do setor em cinco eixos temáticos: segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono; valorização das comunidades e financiamento climático; transição energética e desenvolvimento sustentável; bioeconomia como vetor de desenvolvimento; e adaptação e mitigação de riscos climáticos.
Por meio desse manifesto, o Sistema OCB convoca governos, organismos internacionais e demais atores da sociedade a promover políticas públicas que possam incentivar o cooperativismo como solução eficaz para os desafios climáticos. O objetivo é que o modelo cooperativo seja reconhecido e fortalecido como protagonista no desenvolvimento sustentável global.
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- Mercado de Carbono: cooperativas rumo à descarbonização
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Como preparação para COP30, movimento impulsiona a transição energética
O cooperativismo brasileiro avança rumo à construção de um futuro sustentável com o lançamento oficial do Manifesto para a COP30 e consolida seu compromisso com a transição energética. O manifesto destaca o papel essencial das cooperativas na transição energética, ao permitir que comunidades se organizem para produzir e consumir energia renovável, promovendo um modelo descentralizado e acessível.
Para tanto, a matriz energética brasileira deve ser valorizada e impulsionada com políticas que fortaleçam energias renováveis, como solar, eólica e biogás. Ao mesmo tempo, o papel das cooperativas na distribuição de energia também é essencial para ampliar o acesso à energia no campo e em pequenos municípios. Além disso, a expansão dos biocombustíveis é estratégica para reduzir a dependência das fontes fósseis e fortalecer a segurança energética nacional.
Para contribuir com esta agenda, o Sistema OCB apresenta a nova Solução Eficiência Energética, um projeto que materializa o compromisso com a transição energética e que impulsiona a transição para um modelo de gestão energética mais limpo e eficiente dentro das cooperativas brasileiras.
Inserida na agenda ESG do Sistema OCB, a iniciativa pretende otimizar o consumo de energia, ampliar o uso de fontes renováveis e reduzir os impactos ambientais.
Com apoio de consultoria especializada, as cooperativas participantes passarão por um processo estruturado que inclui formação de gestores em eficiência energética, diagnóstico detalhado, desenvolvimento de projetos técnicos e implementação de melhorias.
A primeira etapa da solução começou hoje e consiste em preparar tecnicamente gestores em eficiência energética que serão responsáveis por acompanhar e conduzir a temática na cooperativa. Técnicos e lideranças de 15 cooperativas, que estão no piloto, participaram da formação que inclui três módulos. Juntas, essas organizações, distribuídas em oito estados, somam faturamento de R$66 bilhões, contam com 1,2 milhão de cooperados e geram 71 mil empregos diretos.
A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, destacou a relevância dessa solução no contexto energético brasileiro, que já possui uma matriz predominantemente limpa, mas com potencial ainda pouco explorado. "O cooperativismo reúne força coletiva e capacidade de organização indispensáveis para suprir essa lacuna, o que evidencia seu papel na redução de emissões e na promoção de um futuro energético mais eficiente", ressaltou.
Os números confirmam essa tendência. Em 2024, 913 cooperativas já produziam sua própria energia, representando 20,6% do total.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, enfatizou a importância da transição energética e da descarbonização para o futuro do setor. "Essa solução foi criada com o objetivo de permitir que as cooperativas possam atingir esses objetivos de maneira organizada e eficaz, com fortalecimento do seu papel estratégico na agenda climática global", destacou.
Com a junção das diretrizes políticas expressas no manifesto e a implementação de soluções inovadoras, o Sistema OCB reforça sua posição como protagonista no debate sobre sustentabilidade e transição energética. O movimento demonstra, assim, que a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico podem caminhar juntos, com resultados e impactos positivos nas comunidades e a construção de um futuro mais resiliente para todos.
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Iniciativa busca aperfeiçoar a avaliação dos processos de Governança e Gestão das coops
O Sistema OCB reuniu, entre os dias 11 e 13 de março, avaliadores da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) para uma capacitação sobre os processos de governança e gestão das cooperativas. O encontro foi realizado, de forma estratégica, em São Paulo, na sede do Sistema Ocesp, para garantir que os participantes pudessem ter acesso facilitado à iniciativa.
Com um total de 80 avaliadores de diversas regiões do Brasil, a capacitação teve como objetivo preparar os profissionais para a análise das 150 cooperativas que serão visitadas este ano. A atividade teve como foco atualizar e aprofundar os conhecimentos dos participantes, que possuem a responsabilidade de verificar se as auto-avaliações feitas pelas cooperativas estão coerentes com os critérios do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão. Com um olhar criterioso e técnico, esses profissionais farão a checagem dos processos requeridos no diagnóstico de Governança e Gestão e o atendimento das cooperativas aos requisitos solicitados.
O treinamento foi conduzido por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, e Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica, ambas do Sistema OCB. A capacitação também contou com o apoio de especialistas da FNQ, que apresentaram, com profundidade, as técnicas dos instrumentos de Governança e Gestão.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de CooperativasDébora abriu o evento dando destaque ao impacto do cooperativismo no Brasil e no mundo, e reforçou como o movimento é um motor essencial para o desenvolvimento econômico e social. Ela também enfatizou que um processo avaliativo bem estruturado é fundamental para que as cooperativas recebam diagnósticos precisos e construtivos, além de possibilitar a identificação de oportunidades de melhoria e o fortalecimento da governança e gestão.
“A excelência na gestão começa com uma avaliação bem-feita. Garantir um processo estruturado e alinhado aos princípios do cooperativismo é essencial para que as cooperativas cresçam de forma sustentável, competitiva e com impacto positivo para seus cooperados e comunidades”, destacou.
Simone, por sua vez, explicou que o Sistema OCB decidiu levar os avaliadores para uma capacitação presencial, como um passo estratégico. “O alinhamento profundo dos processos é essencial para garantir que a avaliação seja precisa, justa e contribua para o crescimento contínuo das cooperativas. Além disso, todo o processo do prêmio agora está completamente integrado ao sistema de governança e gestão, proporcionando mais transparência e eficiência”, disse.
Além de aprofundar os conhecimentos sobre os critérios e premissas do prêmio, o treinamento também abordou a postura e o papel dos avaliadores, com garantia de que as visitas às cooperativas sejam conduzidas de forma padronizada. O novo modelo permite que todo o processo seja realizado dentro de um sistema digital, com uma análise mais ágil e segura.
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- Artigo Secundário 2
Solução contribui para uso eficiente e consciente de energia, bem como apoio na transição energética
A busca por um futuro mais sustentável e eficiente acaba de ganhar um novo capítulo no cooperativismo brasileiro. O Sistema OCB lançou oficialmente, na última quinta-feira (27), a Solução Eficiência Energética, uma iniciativa inovadora que alia sustentabilidade e inovação para transformar a gestão de energia nas cooperativas do país. A solução faz parte da agenda ESG do movimento cooperativista e promete apoiar as cooperativas na transição para um modelo energético mais limpo e eficiente.
A Solução Eficiência Energética, nova iniciativa do Programa ESGCoop, tem como objetivo fortalecer a gestão sustentável das cooperativas, impulsionando a economia de recursos e a eficiência no uso da energia. Entre os principais benefícios estão: otimização do consumo energético, implementação de soluções renováveis, redução dos impactos das mudanças climáticas e alinhamento com os compromissos ESG.
Com o suporte de uma consultoria especializada, as cooperativas terão acesso a ferramentas e conhecimento para desenvolver projetos que reduzam custos operacionais e ampliem o uso de fontes renováveis, contribuindo para a sustentabilidade econômica e ambiental do setor. O cooperativismo brasileiro segue inovando e reafirmando seu papel estratégico na agenda climática global.
A energia é um dos principais insumos da economia global, e sua gestão eficiente tornou-se fundamental para a competitividade e sustentabilidade dos negócios. No Brasil, onde a matriz elétrica já é predominantemente renovável, a eficiência energética e a transição para fontes mais limpas e descentralizadas são peças-chave para um sistema mais resiliente e sustentável. As cooperativas, reconhecidas por seu papel social e econômico, estão se consolidando como protagonistas dessa transformação.
A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, destacou sua fala nesta direção ao apontar que o Brasil possui uma matriz energética predominantemente limpa, mas ainda subaproveita as vantagens dos climas tropicais para potencializar sua produção de energia renovável. “O cooperativismo tem a força coletiva e a capacidade organizativa necessária para preencher essa lacuna, demonstrando seu impacto na neutralização de emissões e na construção de um futuro energético mais eficiente”, ressaltou.
Os números reforçam essa tendência. Em 2024, 913 cooperativas geraram sua própria energia, o que representa 20,6% do total. Com isso, o tema ganha cada vez mais adesão no setor, e a Solução Eficiência Energética já conta com a participação de 15 cooperativas distribuídas em oito estados, com um faturamento conjunto de R$ 66 bilhões, 1,2 milhão de cooperados envolvidos e geração de 71 mil empregos diretos.
O coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, apresentou a jornada estruturada que as cooperativas participantes percorrerão ao longo do projeto. A trilha inclui formação de gestores, diagnóstico detalhado, elaboração de projetos técnicos e implementação de melhorias. “A transição energética e a descarbonização são prioridades globais. Essa solução ajudará as cooperativas a alcançar esses objetivos de forma estruturada e eficiente”, destacou.
Alexandre Mater e Marcos Beuren, sócios da consultoria Stride, parceira do Sistema OCB na implementação da solução, destacaram que essa solução “é uma oportunidade única para impulsionar a gestão energética” e explicaram que a consultoria acompanhará cada cooperativa, desde a formação dos gestores até a elaboração de um plano de ação baseado em diagnósticos precisos. “Avaliamos porte, consumo, impacto da energia e maturidade da gestão. Com base nisso, traçamos oportunidades de melhoria, definimos prioridades estratégicas e faremos um acompanhamento contínuo, com ajustes necessários para garantir que as metas sejam alcançadas”, detalhou Marcos Beuren.
As cooperativas que aderiram à Solução de Eficiência Energética e já possuem agenda nesse sentido, destacaram a importância da iniciativa para otimizar processos, reduzir custos e impulsionar a sustentabilidade. Anderson Facco, coordenador de engenharia elétrica da Aurora Coop, ressaltou que a cooperativa está sempre em busca de inovação e que a participação na solução foi uma honra, podendo alinhar estratégia de adoção de novas tecnologias para aumentar a eficiência energética.
Felipe Ferreira, supervisor da área de energia da C.Vale, compartilhou que a cooperativa trata a gestão de energia de forma própria há oito anos, investindo no treinamento dos colaboradores para garantir eficiência desde o monitoramento do consumo até a melhoria dos processos internos. Ele destacou que a parceria com o Sistema OCB proporcionou novas oportunidades para expandir ainda mais esses projetos.
Já Alcione Korte, superintendente da Cocatrel, explicou que a cooperativa tem investido em projetos integrados e já conta com iniciativas dentro da Solução de Eficiência Energética, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Por sua vez, José Ramos, coordenador de geração de energia da Cooperativa Holambra, destacou que a cooperativa tem contratos de energia incentivada firmados até 2028 e, desde 2022, vem ampliando sua matriz energética com a instalação de cinco usinas fotovoltaicas, além da extensão desse modelo para os cooperados. Essa estratégia reforça a busca pela autossuficiência energética e pela redução do impacto ambiental.
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- Artigo Secundário 2
Potencial do cooperativismo como protagonista na agenda de sustentabilidade mundial é evidenciado
O webinário Mercado de Carbono: Cooperativas Rumo à Descarbonização, realizado pelo Sistema OCB, nesta terça-feira (4), reuniu mais de 400 participantes em transmissão online pelo YouTube da entidade para debater as oportunidades e os desafios do tema para o cooperativismo. O evento destacou o papel fundamental das cooperativas na agenda de descarbonização e abordou tanto o mercado regulado quanto o voluntário.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, deu início ao evento com três perguntas iniciais: Como sua cooperativa poderia se beneficiar do mercado regulado ou voluntário de carbono? Quais são os desafios para a inserção das cooperativas no mercado de carbono? Quais práticas sustentáveis sua cooperativa já adota e poderiam ser potencializadas com a agenda de descarbonização? Essas reflexões nortearam o debate, que teve como foco transformar os problemas ambientais em soluções e negócios sustentáveis.
Arnaldo Jardim: coops lideram mercado de carbonoPara o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o evento vai além de um debate técnico. "Estamos transformando a descarbonização em valor para as cooperativas e seus cooperados. Esse é o momento de receber a COP30 no Brasil, e usar dessa oportunidade para mostrar o potencial do modelo de negócios. Nossas cooperativas transformam realidades, e isso foi reconhecido uma segunda vez pela ONU. Por isso, precisamos discutir amplamente esse tema, tão atual para construir soluções que beneficiem a todos", declarou.
Em sua participação, o deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), reforçou a relevância do cooperativismo nesse contexto. "O movimento lidera o mercado de descarbonização. Temos exemplos extraordinários de cooperativas que mostram como é possível aliar desenvolvimento econômico e sustentabilidade. O coop sabe se atualizar e se adaptar aos novos desafios", afirmou.
Compromisso
Durante o primeiro painel, com o tema Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono, Daniel Vargas, consultor do Sistema OCB para a COP30 e professor de Economia e de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacou que o mercado de carbono é uma criação política que transforma o meio ambiente em ativo econômico. Para ele, o cooperativismo é capaz de organizar essa cadeia, criar escala e impacto positivo. "O grande desafio é reconhecer as boas práticas do agro e, também, das cooperativas como geradores de créditos de carbono. Esse modelo de negócios possui um papel decisivo ao incentivar que produtores passem a enxergar o meio ambiente não como um obstáculo, mas como uma oportunidade", afirmou.
Daniel Vargas: mercado de carbono é oportunidadeO professor acredita que o Brasil possui enorme potencial de descarbonização. “Nosso país tem virtudes tropicais singulares que precisam ser valorizadas no mercado de carbono global. Nossas práticas agrícolas e ambientais geram benefícios que ainda não possuem devido reconhecimento econômico”. Daniel entende que o mercado de carbono é uma oportunidade. “É o momento que nos permite transformar boas práticas em créditos valorizados, com geração de renda e estímulo de transição para uma economia de baixo carbono, com as cooperativas na linha de frente desse movimento”, acrescentou.
Leonardo Papp: contribuição para a sustentabilidadeLeonardo Papp, advogado e consultor jurídico do Sistema OCB, explicou que a Lei 15.042/24 representa um marco para o Brasil. “Ao inserir o mercado de carbono na legislação nacional, se estabelecem regras claras para operadores e se define um caminho para o amadurecimento desse mercado nos próximos anos”. Ele pontuou que o mercado de carbono possui três modalidades: o regulado internacionalmente pela ONU; o nacional, que agora ganha força com a nova lei; e o voluntário, que funciona de forma privada. “Todos compartilham a mesma lógica, mas variam quanto à origem das metas e aos mecanismos de controle. Agora, com o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), serão estabelecidas metas de redução e, além disso, a comercialização de créditos de carbono, o que cria boas oportunidades para as cooperativas que conseguem exceder essas metas".
O advogado ainda falou sobre outros benefícios que podem incidir sobre o cooperativismo a partir da adoção de práticas de redução de emissões em suas atividades. “Isso não apenas contribui para a sustentabilidade, mas também cria novas oportunidades de negócios e parcerias”, declarou. E, por fim, esclareceu que o mercado regulado brasileiro está em período de transição. “Pode levar de cinco a seis anos até o seu pleno funcionamento. Nesse tempo, será fundamental a regulamentação de metodologias de monitoramento, verificação de emissões e a integração com mercados internacionais”, concluiu.
Cases
Aline Simões: selo ouroNo segundo painel, foram apresentados cases de sucesso que demonstram o impacto positivo do cooperativismo na agenda de descarbonização. Aline Simões, especialista em Sustentabilidade do Sicredi Confederação, compartilhou a trajetória da instituição. "Em 2019, realizamos nosso primeiro inventário sistêmico de emissões de GEE. Desde então, evoluímos continuamente, aderindo ao Programa Brasileiro GHG Protocol e neutralizando emissões de forma sistêmica. Em 2021, recebemos o selo ouro pelo nosso inventário, e, em 2024, iniciamos a mensuração das emissões financeiras com adesão ao PCAF (Partnership for Carbon Accounting Financials)”, contou.
Ela relembrou que a construção do inventário sistêmico de emissões de GEE foi desafiador e, no entanto, essencial para consolidar a gestão climática do Sicredi. “Conseguimos reunir todos os dados, de todas as cooperativas, o que nos permitiu implementar um processo contínuo de aprimoramento, com capacitações e treinamentos para engajar as equipes e fortalecer a cultura da sustentabilidade”.
Boris Wiazowski: inovaçãoPor sua vez, Boris Wiazowski, head de sustentabilidade da Coopercitrus, falou sobre o foco da cooperativa em inovação e investimento em novas tecnologias. “Acreditamos que a descarbonização do agro passa pela inovação. Levamos tecnologia para os produtores e soluções de mapeamento do solo, além do uso de drones para pulverização de áreas específicas. Tudo isso, reduz o consumo de diesel e aumenta a eficiência de produção”, explicou. Ele ressaltou que o compromisso da Coopercitrus com o tema sustentabilidade é prioritário. “Investimos em usinas fotovoltaicas, gestão de resíduos e uso de biomassa, enquanto otimizamos o consumo de combustíveis. Por meio dessas ações concretas, entendemos que é possível aliar produção agrícola e responsabilidade ambiental”.
Cássio Camargos: adesão ao GHG ProtocolCássio Camargos, Gerente de Qualidade e Integração da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), destacou que, desde 2023, a cooperativa busca por transformação da cultura organizacional e adesão ao GHG Protocol. “Em parceria com o Sistema OCB e o Sistema Ocemg criamos uma matriz de materialidade e revisamos nosso planejamento estratégico que promoveu uma mudança de olhar sobre a sustentabilidade e a logística”, descreveu.
Ele ressaltou que, em 2024, foram priorizados combustíveis limpos e parcerias importantes foram firmadas, como, por exemplo, com a Embrapa. “Tivemos acesso à tecnologias para recuperação de pastagens e lavouras. Nossa meta para este ano é conquistar o selo ouro e, ano que vem, queremos ampliar o foco para bioinsumos, bioeconomia e bio competitividade, que são pilares fundamentais para o movimento coop”, planejou. O gerente concluiu sua fala afirmando que o GHG Protocol é um programa essencial para mapeamento, quantificação e auditoria das emissões. “Alcançar a etapa prata em 2023 foi um marco que incentivou, ainda mais, nossa trajetória”.
Ao final do webinário, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, salientou que a COP30 é o momento em que o movimento poderá mostrar a força que possui no Brasil e no mundo. “Precisamos chegar lá evidenciando nossa potência com indicadores que comprovam nossa capacidade. O Ramo Agro é uma verdadeira máquina de fotossíntese e esperamos que todas as cooperativas interessadas possam se unir ao Sistema OCB para demonstrar que sabemos usar nossas melhores características de forma estratégica”, provocou.
Para ela, além da economia, do conhecimento e do desenvolvimento social que o cooperativismo gera, ainda é possível realizar tudo isso enquanto se amplia a presença nos mercados global, nacional e voluntário. “Esse é um potencial que atravessa todos os ramos do cooperativismo”, declarou.
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- Artigo Secundário 1
Solução Neutralidade de Carbono inicia ações com a participação de 16 cooperativas
O Sistema OCB realizou, nesta quinta-feira (29), reunião de abertura da Solução Neutralidade de Carbono. O encontro reuniu representantes de 16 cooperativas de diferentes ramos e estados brasileiros indicadas pela Câmara Temática da COP para participar das etapas, cronogramas e entregas da iniciativa. “Esse evento marca o início de uma jornada estratégica que posiciona o cooperativismo brasileiro na vanguarda da sustentabilidade, com o alinhamento de suas práticas às demandas globais de descarbonização e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, afirmou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas da entidade.
Parte do Programa ESGCoop, a Solução Neutralidade de Carbono é uma ação pioneira destinada a apoiar as cooperativas na mensuração, gestão e neutralização de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), para promover a elaboração de inventários alinhados ao Programa Brasileiro GHG Protocol e assegurar maior transparência e competitividade no mercado.
Durante a reunião, Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, enfatizou o papel estratégico da sustentabilidade no cooperativismo. Ele detalhou as etapas do programa e os serviços técnicos oferecidos pela parceira Ambipar, como consultorias especializadas, elaboração de relatórios de descarbonização e apoio à publicação de inventários no Registro Público de Emissões. O cronograma apresentado reforçou o compromisso com prazos claros e entregas consistentes, destacando a importância do engajamento das cooperativas para o sucesso da iniciativa.
Alex evidenciou que, em 2024, 247 cooperativas participaram do diagnóstico ESGCoop, revelando uma média de adesão de 49,70%. Ele lembrou, contudo, que os desafios na dimensão ambiental ficaram evidentes, especialmente no critério de mudanças climáticas, que registrou um índice de apenas 28%. “Essa realidade destaca a urgência de ações concretas para transformar o setor em um modelo de referência na adoção de práticas sustentáveis”, acrescentou.
A Solução Neutralidade de Carbono surge como resposta a essa necessidade, oferecendo um caminho estruturado para que as cooperativas avancem em sua agenda ambiental. A iniciativa busca atender aos requisitos regulatórios e criar uma cultura de descarbonização que alinha o setor às metas globais, posicionando o cooperativismo brasileiro como protagonista na diplomacia ambiental.
Segundo Laís Nara, analista técnico institucional do Sistema OCB, o inventário mostra que as cooperativas brasileiras não apenas reconhecem suas emissões, mas adotam práticas para mitigá-las, contribui para a redução de GEE e fomenta o mercado de pagamento por serviços ambientais. “Convidamos todas as cooperativas a fazerem seus inventários e publicarem no Registro Público de Emissões. Essa transparência gera retornos significativos, tanto ambientais quanto econômicos, além de fortalecer a reputação do cooperativismo”, destacou.
A Ambipar participou do encontro e apresentou o trabalho de consultoria e atuação da empresa, que oferece serviços e produtos completos voltados à gestão ambiental. Maria Cláudia Martinelli, coordenadora de Projetos em Sustentabilidade da Ambipar, destacou o compromisso de oferecer soluções inteligentes e expertise para superar os desafios da sustentabilidade. “Para nós, sustentabilidade não é apenas um discurso, é parte do nosso dia a dia e precisa ser para vocês também”, declarou.
Representantes de cooperativas como Copacol, Frísia e Sicoob Unicoob marcaram presença na reunião, reforçando o valor estratégico de integrar um projeto alinhado à sustentabilidade e à neutralidade de carbono. Para essas cooperativas, participar de uma iniciativa como essa não apenas contribui para o fortalecimento de práticas sustentáveis no setor, mas também posiciona o cooperativismo como protagonista na construção de uma economia mais verde e responsável.
A reunião foi finalizada com o convite para que as cooperativas participantes se tornem agentes de transformação, assumindo o protagonismo na agenda climática e reforçando o compromisso do cooperativismo com a neutralidade de carbono. A mensagem central do evento foi clara: juntos, o cooperativismo brasileiro pode moldar um futuro mais sustentável e inclusivo, consolidando sua relevância no cenário nacional e internacional.
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Resultados prometem ampliar competitividade e aumentar impacto sustentável
Diante da crescente preocupação global com as mudanças climáticas e seus impactos sociais, ambientais e econômicos, o Sistema OCB deu mais um passo importante no fomento às práticas sustentáveis dentro do cooperativismo e lançou, nesta segunda-feira (09), a Solução Neutralidade de Carbono, que visa ajudar as cooperativas no monitoramento e neutralidade das emissões de gases de efeito estufa (GEE), com o objetivo de contribuir para um futuro mais sustentável e alinhado às metas globais de descarbonização.
A iniciativa faz parte do Programa ESGCoop, que integra as melhores práticas de sustentabilidade e governança ambiental, social e corporativa dentro das cooperativas. “O movimento possui papel essencial na construção de uma economia mais verde e sustentável e, por isso, promove práticas que não só preservam o meio ambiente, mas também aumentam a competitividade e eficiência de suas operações”, afirma o presidente da entidade,Márcio Lopes de Freitas. Nesse cenário, segundo ele, se torna cada vez mais necessário que as coops passem a adotar estratégias voltadas para a redução e neutralização das emissões de GEE.
Débora Ingrisano, Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, explica que a solução surgiu a partir de um projeto piloto que aproximou a unidade nacional das cooperativas. "Conseguimos inventariar as emissões de diversas coops e, assim, a iniciativa se conecta, diretamente, à agenda global de mudanças climáticas. O foco da iniciativa é apoiar ações e processos que as ajudem a contribuir de maneira significativa no combate ao aquecimento global”.
O Inventário de Emissões de GEE é a ferramenta-chave da solução, uma vez que permite mapear, quantificar e registrar as fontes de emissões, com identificação de oportunidades de melhoria e redução de impactos. Além disso, o relatório apresenta os tipos de gases emitidos, metas de mitigação, estratégias e ferramentas de gestão, o que permite um acompanhamento contínuo e transparente dos resultados alcançados ao longo do tempo. “A realização do inventário é um poderoso instrumento de gestão. Com ele é possível aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e conquistar um posicionamento mais competitivo no mercado", acrescenta o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
Um dos grandes diferenciais da Solução Neutralidade de Carbono, segundo Alex, é a capacitação oferecida pelo Sistema OCB para técnicos e colaboradores das cooperativas. O treinamento abrange desde a elaboração e gestão do inventário de GEE até o monitoramento das emissões, o que se alinha ao princípio cooperativista de Educação, Formação e Informação. "Essa nova iniciativa fortalece as práticas de responsabilidade socioambiental, estabelecidas no Mapa Estratégico do Sistema OCB, que busca a adoção de soluções sustentáveis pelas coops. A criação de uma pegada de carbono dos produtos e serviços, por exemplo, também abre portas para programas globais de sustentabilidade e linhas de crédito especiais".
Ainda de acordo com o coordenador, quando as cooperativas conhecem suas fontes de emissão e tornam esses dados públicos, elas fortalecem sua imagem perante a sociedade. “Com isso, elas podem acessar novos recursos financeiros, atender melhor às regulamentações e reforçar sua atuação na agenda ambiental”.
Trilha da descarbonização
A nova solução faz parte da chamada Trilha da Descarbonização, que oferece uma série de benefícios e entregas para as cooperativas que aderirem à iniciativa. Entre os principais destaques estão:
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Inventário de Emissões de GEE: monitoramento e mapeamento das fontes de emissões de gases de efeito estufa;
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Consultoria especializada: elaboração do inventário com suporte técnico e consultivo, além de desconto especial para cooperativas, por meio do contrato guarda-chuva com a empresa Ambipar Environment;
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Relatório de oportunidades de descarbonização: identificação de projetos e ações para mitigar ou reduzir as emissões nas áreas de maior impacto;
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Publicação no GHG Protocol: apoio no preenchimento e publicação do inventário no Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol, garantindo transparência e credibilidade para a cooperativa;
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Apresentação dos resultados: divulgação e análise dos dados coletados para toda a cooperativa, destacando os avanços e metas futuras.
A implementação da solução também contribui, segundo Alex, para o fortalecimento da imagem das cooperativas como líderes em responsabilidade ambiental, que garante que estejam alinhadas com os requisitos regulatórios e demandas do mercado.
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Formação aborda análise crítica de resultados, riscos financeiros e estratégias cooperativas
O Sistema OCB realizou, nos dias 27 e 28 de novembro, a fase presencial da Capacitação de Analistas das Unidades Estaduais para Devolutivas do Sistema de Desempenho. A iniciativa é voltada para o atendimento e desenvolvimento das cooperativas brasileiras, com o objetivo de capacitar os participantes a realizarem uma análise crítica das demonstrações contábeis das cooperativas, que refletem sobre os resultados e ações estratégicas.
Analistas de diferentes estados, como Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraíba, que totalizaram mais de 90 profissionais, foram capacitados ao longo do ano. Além disso, a formação abordou os diferentes tipos de riscos financeiros, a partir da compreensão de como prevenir e mitigar esses fatos, com base em análises de dados. Também foram trabalhadas habilidades de apresentação, essenciais para que os analistas realizem devolutivas assertivas e embasadas às cooperativas.
Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica do Sistema OCB, destacou a importância da iniciativa. “Encerramos mais uma turma da capacitação para devolutivas do Desempenho, e foi uma alegria fomentar a preparação de tantas pessoas, com foco neste importante diagnóstico que o Sistema OCB disponibiliza para as cooperativas brasileiras. O Desempenho é fundamental para uma gestão orientada por dados e oferece suporte à alta direção da cooperativa para a tomada de decisões”, disse.
A primeira turma, composta por 46 participantes, foi treinada em 40 horas distribuídas em sete módulos, entre janeiro e junho de 2024. Os conteúdos abarcaram desde a análise de cenários macroeconômicos e indicadores financeiros até técnicas de comunicação assertiva e gestão de riscos. A programação incluiu módulos on-line e presenciais, como o de simulação de devolutivas, que proporcionou um treinamento prático com situações reais enfrentadas durante o processo de devolutiva.
Já a segunda turma, com 48 participantes, passou por uma capacitação de 48 horas, entre agosto e novembro de 2024. Essa fase ampliou a abordagem com a inclusão de um módulo extra sobre os retornos econômicos e sociais gerados pelas cooperativas, com destaque para como essas estratégias impactam os resultados e a distribuição para os cooperados.
Para Georgeana Caldas, coordenadora de Apoio à Governança e Gestão de Cooperativas, do Sistema OCB/MT, o Sistema de Desempenho tem sido uma ferramenta essencial para o crescimento e a sustentabilidade das cooperativas mato-grossenses, principalmente porque oferece um acompanhamento detalhado de seus indicadores. “As cooperativas conseguem identificar suas posições atuais, projetar metas e ajustar estratégias de forma precisa, com garantia de um controle mais eficiente”, disse. Ela ressaltou que “o curso oferecido pelo Sistema OCB trouxe uma abordagem prática e detalhada, que capacita as unidades estaduais a realizarem devolutivas assertivas e embasadas e fortalecem ainda mais o papel do cooperativismo no estado”.
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- Artigo Secundário 1
Ferramenta pretende organizar práticas e alinhar padrões globais de sustentabilidade
O Sistema OCB disponibilizou, nesta segunda-feira (25), o questionário do Diagnóstico ESG específico para as cooperativas do Ramo Transporte. O documento estará disponível para respostas até 31 de dezembro deste ano e retomará em novo ciclo em fevereiro de 2025, com duração até dezembro. O Diagnóstico ESG é fruto de um trabalho conjunto entre a Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas (Gedec) e o Conselho Consultivo do Ramo Transporte, que marca um avanço importante para incorporação de práticas de sustentabilidade ao setor.
Para Evaldo Matos, coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Transporte, o Diagnóstico ESG é uma ferramenta estratégica que conecta as cooperativas às exigências de um mercado cada vez mais comprometido com a sustentabilidade. Ele destacou que a iniciativa não apenas fortalece o alinhamento às diretrizes do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) – Diagnóstico Governança e Gestão, mas também estimula melhorias contínuas em governança e impacto socioambiental, essenciais para o futuro do ramo e, sobretudo, o futuro do planeta.
“Estamos em um momento decisivo para as cooperativas de transporte. O ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para garantir competitividade e relevância no mercado. O questionário é uma oportunidade de identificar desafios, impulsionar melhorias e construir um setor mais ético, eficiente e sustentável. O futuro do transporte cooperativo depende das escolhas que fazemos agora”, declarou.
Tomás Nascimento, analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, explicou que a ação busca fortalecer a agenda ESG da entidade. “Esse assunto é tão importante para o cooperativismo quanto para o mundo. O segmento de transportes é fundamental para um cooperativismo e uma economia mais sustentáveis”, disse.
Desenvolvimento
O Diagnóstico ESG avalia a aderência das cooperativas aos padrões mais utilizados globalmente, com foco em aspectos ambientais, sociais e de governança, além de medir o impacto das ações realizadas e proporcionar uma visão estratégica de como as coops podem aprimorar suas práticas e atender às exigências de mercados cada vez mais seletivos, tanto no Brasil quanto no exterior.
Responder ao questionário é um passo importante e uma forma de medir suas práticas e colaborar com a crescente demanda por medidas mais sustentáveis nos mercados nacional e internacional, além de alinhar as diretrizes para estruturar e consolidar um diferencial competitivo. Atualmente, cerca de 120 países só importam mercadorias produzidas de forma sustentável, e normas de órgãos como o Banco Central do Brasil e da Agência Nacional de Saúde (ANS) reforçam a importância da pauta ESG para o acesso a novas oportunidades de negócios.
Entre os benefícios da participação no Diagnóstico ESG estão o fortalecimento da imagem da cooperativa, com reconhecimento por práticas sustentáveis; a sistematização das ações realizadas, com mapeamento do que já é feito nas áreas ambiental, social e de governança; a comparação com outras cooperativas, a partir da identificação de boas práticas; e áreas de melhoria, novas oportunidades de negócios e definição de indicadores estratégicos, que auxiliam no monitoramento contínuo das ações sustentáveis.
Intercooperação
Outro ponto de destaque, colocado em pauta durante as reuniões do Conselho Consultivo do Ramo Transporte foi a proposta de coletar informações por meio do questionário como estratégia para intensificar a intercooperação entre as cooperativas do segmento, por meio de um mapeamento nacional das infraestruturas e pontos de apoio disponíveis, como postos de combustíveis e centros de operação. O intuito é reduzir custos operacionais e fortalecer a rede de apoio entre cooperativas de transporte, bem como de criar um ambiente colaborativo que amplia benefícios para todas as partes interessadas, especialmente os cooperados.
Programa ESGCoop
O Sistema OCB busca investir no fortalecimento das práticas ESG dentro das cooperativas brasileiras com o objetivo de tornar o movimento referência global em competitividade sustentável. Por meio do Programa ESGCoop, uma solução baseada em metodologias de avaliação de performance e análise de indicadores de sustentabilidade, as cooperativas conseguem ter acesso a ferramentas que impulsionam sua atuação nos eixos ambiental, social e de governança.
Entre as principais frentes de trabalho estão o mapeamento de boas práticas, a capacitação de dirigentes e técnicos, a elaboração de matrizes de materialidade, o desenvolvimento de planos de ação com soluções estratégicas e a comunicação consistente das iniciativas ESG, que promovem visibilidade e impacto para o setor.
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- Artigo Secundário 3
Sugestões serão consolidadas para gerar rating robusto sobre as boas práticas do coop
O Grupo de Trabalho ESGCoop se reuniu novamente nesta terça-feira (5) para debater os indicadores globais de sustentabilidade que devem nortear o futuro sistema de rating ESG do cooperativismo no Brasil. O encontro contou com a participação de representantes de 15 entidades sistêmicas, cinco Organizações Estaduais (OCEs) e dez confederações e finalizou a primeira sugestão de lista de indicadores. “Nosso objetivo é mostrar ao mundo que o cooperativismo consegue ser sustentável em todos os aspectos, tanto no social, que é o objetivo do movimento, quanto no ambiental e na governança. Queremos comprovar que fazemos tudo de maneira economicamente viável”, afirmou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O avanço na implementação das práticas ESG é, segundo Débora, estratégica para fortalecer a sustentabilidade nas cooperativas, alinhando-as com padrões globais que atendam as demandas de um mercado cada vez mais consciente. “Para isso, o Programa ESGCoop está estruturado em quatro pilares, ou entregáveis para as cooperativas, que são: Diagnóstico, Capacitação, Materialidade e Soluções para os critérios ESG. Embora o assunto não seja novo, a implementação ainda exige muita atenção das cooperativas, e nosso papel é apoiar e contribuir para que planos sejam elaborados e ao final, resultem em práticas e em relatórios qualificados para que cooperados e comunidades saibam sobre nossa atuação sustentável”, explica.
Débora acrescenta que o rating ESG contará com uma uma estrutura robusta de indicadores de sustentabilidade para que as cooperativas avaliem, monitorem e aprimorem continuamente suas práticas. “Organizados para atender as especificidades de cada setor do cooperativismo, esses indicadores vão permitir que cada cooperativa adapte suas ações de acordo com as exigências e oportunidades de seu mercado, promovendo uma gestão integrada e eficiente da sustentabilidade”, acrescentou.
Entre os principais indicadores ambientais, destaca-se o monitoramento de emissões de gases de efeito estufa (GEE), com foco na meta de neutralidade de carbono. Com eles, as cooperativas participantes podem medir sua pegada de carbono, identificar pontos de melhoria e estabelecer metas de redução e compensação, fortalecendo seu compromisso com o meio ambiente e aderindo aos padrões globais de sustentabilidade.
Outro indicador ambiental importante é a eficiência energética, que avalia o consumo de energia e incentiva o uso de fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa. Essa abordagem permite que as cooperativas reduzam seus custos e minimizem a dependência de recursos não renováveis, fortalecendo seu papel no desenvolvimento sustentável.
No aspecto social, o ESGCoop prioriza indicadores de inclusão, diversidade e equidade, que avaliam a presença e a valorização de diversidade nas cooperativas, incluindo gênero, raça e idade. Essa prática visa promover um ambiente de trabalho inclusivo, onde diferentes perspectivas são valorizadas, o que fortalece a inovação e o engajamento das equipes. Outro indicador social considerado essencial é o impacto social das ações cooperativas medido a partir de registros documentados dos benefícios que suas atividades trazem para as comunidades ao seu redor, criando uma relação de confiança e contribuição para o desenvolvimento social.
As atividades do encontro foram coordenadas pelas especialistas em sustentabilidade da Gália Consultoria, Rosilene Rosado e Marina Dall'Anese. A partir da lista de indicadores definidos, os membros do grupo irão analisar individualmente os dados, revisar e sugerir alterações que identificarem necessárias. Em seguida, as sugestões serão consolidadas para apresentação do resultado consolidado.
“Esses indicadores fornecerão uma visão clara do compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento sustentável. Além disso, propiciará às cooperativas medir seus resultados em sustentabilidade e reforçar seu posicionamento como uma organização responsável. Com esses indicadores, as cooperativas poderão, ainda, realizar uma análise mais criteriosa de seus resultados e a partir disso, definir e acompanhar metas de curto, médio e longo prazo. Paralelamente, cooperativas de todos os ramos irão fortalecer suas relações com as principais partes interessadas, especialmente cooperados, colaboradores e comunidades”, declarou Rosilene Rosado.
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- Artigo Secundário 2
Em entrevista, ela destacou como cooperativas podem impulsionar soluções ambientais
Shereen Zorba é secretária executiva do Fórum ONU Ciência-Política-Empresas para o Meio Ambiente (UN-SPBF) e chefe da interface entre Ciência, Política e Negócios no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Com mais de duas décadas de experiência nas organização internacional, ela lidera esforços globais para promover a sustentabilidade por meio da integração de ciência, política e setor privado.
Shereen também atua em áreas como proteção ambiental, tecnologia e Big Data, sendo uma das principais figuras na formulação de estratégias globais de dados ambientais do PNUMA. Sob sua liderança, o Fórum SPBF tem trabalhado para engajar diversas partes interessadas na criação de soluções ambientais sustentáveis que envolvem inovação tecnológica e cooperação entre setores.
Convidada para a Jornada Cooperativa rumo à COP29, organizada pelo Sistema OCB, Shereen concedeu uma entrevista exclusiva, em que compartilhou sua visão sobre o papel das cooperativas no enfrentamento das crises planetárias e como elas podem se posicionar de forma mais proeminente nas discussões globais sobre sustentabilidade. Entre outros tópicos, ela destacou a importância da inovação e da inclusão tecnológica para as cooperativas, especialmente em regiões vulneráveis, e o papel fundamental que essas organizações desempenham na construção de um futuro resiliente e sustentável.
Para ela, as cooperativas são fundamentais no enfrentamento aos desafios globais, e a COP30, a ser realizada no Brasil em 2025, será uma oportunidade de fortalecer o papel dessas entidades na promoção de um desenvolvimento ambientalmente responsável. Confira a entrevista!
- Qual é sua perspectiva sobre o modelo de negócios cooperativo?
O modelo de negócios cooperativo é mais relevante do que nunca. Com seu longo histórico, já está comprovado que ele funciona. Trata-se de um modelo bastante específico e importante, que confere poder aquisitivo aos produtores e impulsiona grandes movimentos em direção ao progresso, com garantia de participação social. Seja para mulheres, fazendeiros, operários ou grupos vulneráveis que necessitam de atenção, o modelo oferece espaço, voz e formas alternativas de cooperação. Sinto que, agora, mais do que nunca, diante dos desafios globais, como as mudanças climáticas, poluição e crises ecológicas, é essencial que esse modelo se fortaleça. Com o aumento das tensões geopolíticas, bem como as oportunidades e desafios trazidos pelos avanços tecnológicos, especialmente a inteligência artificial e outras tecnologias digitais, acredito que desenvolver capacidade, presença e resiliência entre as cooperativas pode proporcionar ao mundo, e às pessoas, uma oportunidade única de progresso.
- Pode contar um pouco sobre o Fórum Ciência-Política-Empresas da ONU, sobre o meio ambiente e como se relaciona com as cooperativas por todo o mundo?
O Fórum foi criado em 2017 e concebido desde o início para atuar em todo o sistema das Nações Unidas. É uma plataforma construída com base na ideia de inclusão, conforme solicitado pelos estados-membros, visando especialmente a interação com cooperativas. O principal objetivo do Fórum é criar um espaço para interações diretas, reais e autênticas entre o setor privado e as políticas governamentais, fundamentadas tanto na inclusão social quanto na ciência. Ele orienta como devemos agir, além de abarcar a pesquisa e o desenvolvimento, economia, ciências digitais e inteligências artificiais — ferramentas e inovações científicas essenciais para alcançarmos metas ambientais complexas, mas cruciais. No que tange às cooperativas, tenho o orgulho de afirmar que nossa parceria com elas, especialmente as brasileiras, será um dos grandes marcos para transformar a perspectiva global e impulsionar o papel das cooperativas através da COP30. Já iniciamos esse processo e acredito que será um avanço significativo. Como mencionei anteriormente, não se trata apenas de promover interações, mas de assegurar a inclusão de forma ampla e eficaz. Isso é fantástico, especialmente considerando que a COP30 ocorrerá no Brasil, o que torna esse trabalho de interação ainda mais relevante no momento.
- Quais são os desafios globais mais significativos que enfrentamos no que diz respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade?
Acredito que o Programa das Nações Unidas para o Ambiente e a ONU abordam essa questão como uma das três grandes crises planetárias. Fica claro que estamos lidando com um quadro de poluição, crises climáticas e na natureza, especialmente no que diz respeito à ecologia, biodiversidade e ecossistemas. O ponto é que elas estão interligadas. Não podemos isolar uma delas e, por exemplo, tratar das mudanças climáticas sem considerar a natureza, ou lidar com a natureza sem levar em conta a poluição. Quando olhamos por diferentes perspectivas, especialmente em relação às Conferências das Partes (COPs), é importante destacar que, entre todas as COPs em andamento, a do clima é uma das mais famosas e impactantes. Isso nos dá uma clara noção da importância de aproximar todos esses setores e, ao mesmo tempo, nos faz questionar se estamos realmente no caminho certo.
Nossa expectativa para a COP30 é mostrar que esse espaço é destinado ao trabalho e à iniciativa, onde responsabilizamos a nós mesmos e ao mundo. É um espaço em que relatamos nosso desempenho enquanto setores da sociedade, seja no governo, nas diversas indústrias, no setor privado ou no cooperativismo em relação às metas de sustentabilidade estabelecidas. Isso vale em âmbito global, nacional, local e regional. Acredito que uma parte essencial desse processo seja integrar os relatórios de metas ambientais e climáticas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). As Nações Unidas estão trabalhando para mapear essas metas através do que chamamos de Acordos Multilaterais Ambientais. Há diversos indicadores científicos, além de 24 ou 25 indicadores que abrangem o quadro geral dos ODS.
Acredito que estamos vivendo um momento em que, antes de mais nada, precisamos nos responsabilizar pelos resultados alcançados, em vez de apenas divulgar grandes mensagens. Precisamos assumir responsabilidade por nosso papel e resultados. Além disso, é uma excelente oportunidade para mobilizar pessoas e recursos para abrir portas ao cooperativismo. Todos com quem converso sentem que, com o Brasil sediando a COP30, temos uma grande oportunidade de fazer melhor se estivermos realmente dispostos a nos unir. Isso é algo extraordinário. O que mais precisamos agora é responsabilidade e iniciativa.
- Por todo o mundo, como o papel e a performance das cooperativas respondem aos desafios ambientais? Há como as cooperativas crescerem com desenvolvimento sustentável e proteção ambiental em mente?
Acho que uma coisa que, definitivamente, podemos concordar é que o papel das cooperativas, assim como o modelo coop, está diretamente ligado à performance ambiental. Vimos exemplos claros de como as cooperativas lidam com os desafios ambientais e a razão para isso é simples: quando se representa comunidades, especialmente as mais vulneráveis, como na Amazônia, pequenos fazendeiros e outros, essas comunidades são as mais impactadas, e de forma mais direta, pela deterioração do meio ambiente. Elas estão na linha de frente quando se trata de eficiência no uso de recursos e na busca pela sustentabilidade. Nesse sentido, fica claro que essas comunidades precisam que o meio ambiente seja sustentável e resiliente diante dos desafios ambientais, já que elas são as mais atingidas. Ao mesmo tempo, para alcançarmos os melhores resultados possíveis com o engajamento das diversas cooperativas existentes, precisamos de resiliência e de um movimento de cooperação cada vez mais fortalecido. Isso inclui a cooperação entre países de renda média e baixa. Globalmente, o empoderamento das cooperativas por meio da tecnologia, da resiliência financeira, de garantias, de avanços tecnológicos e do acesso a essas inovações, certamente capacitaria as cooperativas a desempenharem o papel que esperamos delas. Além disso, é animador ver o Brasil na liderança desse movimento. Ver o cooperativismo alcançar esse estágio, estabelecendo contatos e criando oportunidades, nos dá a confiança de que um trabalho excelente está sendo feito na prática e que trará resultados e dividendos no futuro.
- Em 2023, o Sistema da OCB realizou um diagnóstico entre 365 cooperativas pelo país, revelando uma pontuação média de 51% de aderência ao modelo ESG. Como você enxerga a performance das cooperativas brasileiras e como elas podem se desenvolver mais?
Vejo que as cooperativas brasileiras trabalham com muita seriedade. Evidentemente, ao analisarmos as estatísticas e ao expor, com transparência, o que está indo bem e o que não está, percebemos que essa é a atitude correta a ser adotada. Considero uma verdadeira inspiração para outras cooperativas. No entanto, é claro que sempre há espaço para melhorias e, para isso, muitas questões precisam ser estabelecidas. Já discutimos sobre como construir capacidade e garantir que exista uma estratégia clara. O processo realmente começa com números e análises. Agora, talvez seja o momento de aprofundarmos um pouco mais para entender quais setores estão prosperando, como os sistemas alimentares ou a agricultura, e quais não estão, identificando as razões por trás disso.
Compreender as causas é de extrema importância, e pode ser que a solução exija intervenções e apoio governamentais, regulamentações de comércio e legislações internacionais, regionais ou nacionais. O comércio é crucial para fortalecer o movimento cooperativista, pois a troca justa é essencial para empoderar as comunidades que produzem e executam o trabalho. Portanto, existem uma série de fatores complexos que precisam ser considerados. A primeira medida é ter como base a ciência, algo que já está em andamento, e estarmos dispostos a realizar uma análise adequada. Além disso, é necessário que possamos nos manifestar para gerar e incentivar o apoio de diferentes comunidades, governos, da indústria e do setor privado, para que eles compreendam melhor o papel vital que as cooperativas desempenham e como potencializar seu avanço. Por fim, um dos aspectos mais importantes é o próprio movimento cooperativista assumir a liderança, tomando a iniciativa de melhorar e estar disposto a encarar os fatos.
- Qual é o papel da inovação no desenvolvimento sustentável e como isso se aplica às cooperativas em diferentes setores?
Seja na cultura, no espaço de trabalho ou em outros contextos, a inovação é extremamente importante em nossa vida de forma geral. Acredito que vivemos em um mundo onde a inovação transformou completamente nossas vidas em menos de uma geração. Não pretendo falar sobre a minha idade, mas cresci sem a internet. Não tínhamos iPhone e veja onde estamos agora. Considero que as oportunidades, especialmente quando falamos de inovação tecnológica, estão ligadas ao acesso e à inclusão, principalmente em relação aos países em desenvolvimento e às comunidades vulneráveis. Precisamos estar conscientes de que, para o mundo alcançar suas metas, todos precisam ser empoderados. O acesso à tecnologia, a construção de capacidade e o financiamento de inovações são questões fundamentais que precisamos abordar. Também é crucial reconhecer que, embora inovações em tecnologias digitais e inteligência artificial sejam evidentemente importantes, a inclusão tecnológica é igualmente relevante. Além disso, é necessário reconhecer que a inovação também ocorre no nível comunitário, particularmente em soluções relacionadas à natureza e que buscam a sustentabilidade. Podemos sempre observar as sociedades que estão na vanguarda do trabalho comunitário, onde a natureza tem um papel essencial, e perceber como a sabedoria tradicional contribui para a construção de resiliência.
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Gargalos na submissão de editais e ampliação do diálogo para apoio ao setor foram abordados
A Câmara Temática de Reciclagem realizou, nesta segunda-feira (28), reunião que contou com 21 participantes entre representantes do Sistema OCB, de Organizações Estaduais (OCEs) e representantes estaduais das cooperativas de reciclagem. No encontro, foram discutidos temas importantes para o fortalecimento do segmento, como a Lei de Incentivo à Reciclagem (14.260/2021) e, também, as oportunidades do setor. Com a troca de experiências e o mapeamento dos principais obstáculos, o Sistema OCB e as unidades estaduais esperam implementar ações direcionadas para apoiar as cooperativas em suas demandas estratégicas.
Programas do governo federal, como o Pró-Catador, tem impulsionado o interesse das coops do segmento por editais de incentivo. No entanto, os participantes relataram os principais desafios enfrentados, como gargalos no processo de submissão de propostas e na obtenção de apoio técnico e informacional.
Letícia Monteiro, analista técnico-institucional e representante do segmento de gestão de resíduos do Sistema OCB, destacou a importância de reforçar o diálogo entre as cooperativas e as entidade estaduais, de modo que seja aberto um espaço para demandas urgentes e soluções conjuntas, entre as cooperativas e o Sistema OCB. "A reunião foi fundamental para fortalecermos o diálogo com os cooperativistas, além de promover uma abertura para que as demandas mais urgentes e possíveis soluções fossem compartilhadas. Os representantes trouxeram contribuições valiosas e exemplos concretos de como estão buscando soluções junto ao Sistema OCB”, disse.
A experiência positiva de algumas cooperativas no Programa de Negócios também foi compartilhada por representantes de estados que já tiveram suas coops beneficiadas na estrutura e governança das organizações.
Magnun Vinicius Borges da Cruz, analista de Desenvolvimento de Cooperativas, apresentou números sobre diagnósticos oferecidos pelo Sistema OCB, e enfatizou a importância de uma participação ativa das cooperativas nesse processo. “Cada vez mais elas estão se fazendo valer dessas ferramentas, o que as apoia nos processos de tomada de decisão. No entanto, ainda temos espaço para aperfeiçoar os números, a fim de aprimorar o autoconhecimento e o desenvolvimento das cooperativas nesse segmento,” observou.
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- Artigo Secundário 1
Participação reforça compromisso do movimento com boas práticas ESG
- Artigo Secundário 2
Evento discutiu adoção de práticas para fortalecimento das cooperativas e das comunidades
Aconteceu, nesta quinta-feira (3), o 1º Fórum de Sustentabilidade da Cresol. O evento, realizado em Francisco Beltrão (PR), contou com a participação da gerente-geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Fabíola Nader Motta, que apresentou a palestra O impacto do ESG no Desenvolvimento do Cooperativismo. Representantes das cooperativas singulares das três centrais da Cresol: Cresol Baser, Cresol Sicoper e Central Brasil, além de integrantes do Comitê ESG da Cresol Confederação estiveram presentes, bem como o presidente do Cresol Instituto, Alzimiro Thomé.
O principal objetivo do Fórum foi promover um alinhamento sobre a Estratégia de Sustentabilidade da Cresol, que evidencia a conexão entre ESG e o modelo de negócios cooperativo. Em sua participação, Fabíola destacou a importância dessa integração. Para ela, a adoção de práticas ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o fortalecimento e a sustentabilidade do cooperativismo.
Em um momento de talk show, também durante o evento, a temática O Impacto da Agenda ESG no Negócio, explorou como as iniciativas podem ser catalisadoras para o desenvolvimento das cooperativas. Perguntas sobre como podemos atuar de forma proativa para conectar o ESG à nossa atuação? e qual é o papel das lideranças das cooperativas de crédito na estratégia ESG? permitiram um diálogo enriquecedor sobre as responsabilidades e oportunidades que surgem a partir da implementação dessas práticas.
Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, em Fórum sobre Sustentabilidade da CresolFabíola voltou a enfatizar que as cooperativas de crédito possuem um papel importante na promoção da Agenda ESG e contribuem para a gestão responsável e o fortalecimento das comunidades que atendem. "As estratégias ESG da Cresol estão fundamentadas em dez temas, que incluem empreendedorismo, educação financeira e inovação, com impacto diretamente em 14 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", avaliou.
Para ela, a relevância de incorporar abordagens ESG é clara. "A gestão de riscos nas operações de crédito, a atração de investidores e cooperados, e o fortalecimento da reputação institucional são apenas alguns dos benefícios. A integração da agenda ESG no cooperativismo de crédito oferece inúmeras oportunidades para promover a sustentabilidade e garantir a eficiência no mercado", concluiu.
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- Artigo Secundário 1
Sistema OCB defende relevância do movimento como solução para desafios sociais
A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, participou do evento Cooperative Impact Conference, que aconteceu em Washington, nesta terça (01) e quarta-feira (02). Com o tema O Futuro é Cooperativo, a conferência se dedicou a discutir maneiras confiáveis e comprovadas de fazer negócios e fortalecer comunidades.
José Alves de Souza Neto, presidente Aliança Cooperativa Internacional e, também, da Uniodonto do BrasilA abertura do evento foi feita pelo presidente da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas), José Alves de Souza Neto, que também é presidente da Uniodonto do Brasil. Ele lembrou que o Ano Internacional das Cooperativas declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025 está se aproximando e que o movimento se prepara com uma visão continental, onde cada um dos países membro desempenha papel essencial no desenvolvimento do cooperativismo nas Américas.
Débora Ingrisano, durante evento em Washington“Somos a economia do futuro. As cooperativas oferecem às pessoas a oportunidade de, por meio de ações coletivas, atender suas necessidades individuais, promovendo dignidade, acolhimento, desenvolvimento pessoal e cidadania. “Transformamos sociedades por meio da inclusão de indivíduos, contribuímos significativamente com impostos, reduzimos desigualdades, conquistamos direitos sociais, promovemos democracia econômica, apoiamos as comunidades e somos resilientes diante das crise”, afirmou.
Débora integrou o painel Intensificando o Impacto das Cooperativas Enquanto Contribuímos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em sua participação, ela explicou que o propósito do cooperativismo é um diferencial poderoso na construção de impactos transformadores. "Esse modelo de negócios colabora para enfrentar os desafios mais urgentes da atualidade", afirmou.
A gerente também citou um estudo realizado em 2022 pela Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe), que aponta um aumento médio de R$ 5,1 mil no PIB, por habitante, em municípios que possuem cooperativas, e superam em mais de 18% a média nacional. “O cooperativismo é ideal para o que o mundo precisa hoje. É a chave para um futuro mais sustentável. O Sistema OCB busca trilhar um caminho firme nesse sentido. Desde 2019, começamos a integrar o ESG como um pilar estratégico das nossas operações”.
Ainda segundo Débora, o pilar ganhou força com o 15º CBC, e, em 2022, a superintendente Tania Zanella se posicionou para que o movimento cooperativista no Brasil liderasse uma agenda mais sustentável, com a implementação do Programa ESGCoop. “Esse modelo de trabalho é poderoso, mas ainda queremos ampliar sua influência sobre todas as cooperativas brasileiras. Nosso objetivo é disseminar o coop para promover o progresso local e regional”, acrescentou.
Ela também destacou que o Sistema OCB procura por soluções de maneira autônoma, com respeito à diversidade cultural e econômica das regiões brasileiras. "Uma das ferramentas disponíveis é o Diagnóstico ESG, que permite a autoavaliação das cooperativas, sendo possível identificar os gaps e buscar por melhores práticas. Nosso intuito é que cada cooperativa consiga traçar seu caminho rumo a um futuro mais sustentável e justo”, concluiu.
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Crescimento do movimento nos estados foi destaque em reunião promovida pelo Sistema OCB
O Comitê Elas pelo Coop se reuniu, nesta sexta-feira (27), e reforçou, mais uma vez, o compromisso com a promoção da liderança feminina no cooperativismo, além de ressaltar a importância da formação e capacitação de mulheres, tanto como cooperadas quanto em posições de liderança.
Durante o encontro, Divani Ferreira, analista de Desenvolvimento e Gestão do Sistema OCB, falou sobre o papel estratégico que cada representante desempenha no desenvolvimento e no fortalecimento da liderança feminina nas Organizações Estaduais (OCEs) e cooperativas de todo o Brasil. "Nossa presença e atuação são fundamentais para criar um ambiente mais inclusivo, que valorize e amplie o espaço das mulheres no cooperativismo", disse.
Luzi Vergani, coordenadora do comitê e representante do Sicredi União MS/TO, destacou a força do grupo, composto por mulheres à frente de organizações, com representatividade significativa em seus estados. "Esse grupo é muito robusto. Somos mulheres líderes à frente de organizações com grande importância no país. Representamos nossos estados e seguimos firmes no fortalecimento da liderança feminina", enfatizou.
O crescimento dos comitês estaduais foi outro ponto de destaque. Vera Lúcia Ventura, vice- coordenadora do Comitê e coordenadora do colegiado da OCEB, compartilhou que já são 16 comitês estaduais ativos, que representam um salto de desenvolvimento do movimento Elas pelo Coop. "As mulheres estão cada vez mais motivadas para fortalecer o trabalho do Comitê, com grande impacto em suas regiões", pontuou.
Em eventos recentes, as ações do comitê focaram em temas como a saúde da mulher e a conscientização sobre os benefícios de participar de um grupo que promove o crescimento pessoal e profissional. Rosa Maria de Souza, da Cooperativa de Serviços em Saúde e Vida (Coopidade), enfatizou a importância dessas iniciativas, enquanto Cirede Carloto, coordenadora do Elas pelo Coop na região Norte, ressaltou o potencial das mulheres dessa região: "Trabalhamos com 150 mulheres que querem fazer a diferença e estão profundamente interessadas em participar desse movimento", afirmou.
Lys Andrade, representante do Sicredi de Sergipe, por sua vez, comentou sobre o lançamento do comitê no estado em setembro e deu destaque ao envolvimento crescente das mulheres cooperativistas local . "O engajamento das mulheres é cada vez mais notável, e o lançamento do comitê em Aracaju reforça essa mobilização".
O encontro também reforçou a importância de sensibilizar as participantes para a conclusão da trilha da Jornada de Formação em Liderança Feminina, como parte essencial para o desenvolvimento contínuo das mulheres nas cooperativas. “Buscar desenvolvimento é dar um passo essencial para fortalecer o protagonismo das mulheres no cooperativismo. Concluir essa etapa capacita e vai além. Ela inspira cada uma a ocupar mais espaços de decisão e liderança nas cooperativas em prol de um movimento contínuo de transformação", concluiu Divani.
Ao final, Luzi Vergani fez um convite às participantes para que realizem também, na Capacitacoop, os cursos de uma das trilhas da temática ESG: ESG - Environmental, Social and Governance.
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- Artigo Secundário 3
Mudanças Climáticas, neutralidade e economia de baixo carbono guiaram as discussões
Rebeca Rocha, do MMA, durante sua apresentação
Nesta quarta-feira (25), o Sistema OCB realizou reunião da Câmara Temática da Conferência das Partes sobre as Mudanças Climáticas, em Belo Horizonte. O foco do encontro foi debater e alinhar as estratégias de atuação do cooperativismo brasileiro nas próximas edições das COPs 29 e 30, que irão discutir as ações globais em relação às mudanças climáticas.
A COP 29 acontece entre os dias 11 e 24 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão. O país espera a participação de 80 mil delegados e 200 chefes de estado nos debates. A conferência reunirá, assim como nos anos anteriores, além de agentes governamentais, representantes de organizações da sociedade civil de todo o planeta.
A reunião contou com a participação de Rebeca Rocha, analista ambiental da Secretaria de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA). Ela trouxe uma visão clara das expectativas do governo brasileiro para a participação das cooperativas nas COPs, especialmente com foco na neutralidade de carbono e no combate às mudanças climáticas. Para ela, o modelo de negócios tem um papel central na estratégia climática do Brasil. "As boas práticas adotadas podem ser replicadas em diversos setores da economia, promovendo uma transição sustentável e de baixo carbono", disse.
A reunião também discutiu as estratégias de atuação do cooperativismo nas edições anteriores das COPs e como esse conhecimento será aplicado para fortalecer a participação do setor nas próximas conferências, especialmente na COP 30, que será realizada no Brasil. Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, afirmou que os resultados da Jornada rumo à COP 29 realizada em julho também foram discutidos. "Criamos um planejamento para fortalecer nossa atuação com foco na COP 30, com o objetivo de mostrar ao mundo o papel do movimento na agenda climática”, afirmou.
Segundo Débora, o MMA reconhece o potencial das cooperativas e está disposto a apoiar o setor na busca por maior representatividade nas discussões sobre mudança climática. “Estamos comprometidos em garantir que o cooperativismo brasileiro assuma novos compromissos com a sustentabilidade e contribua efetivamente com a neutralidade de carbono. Isso não apenas fortalece o setor no cenário internacional, como também demonstra a capacidade das cooperativas em liderar soluções inovadoras para os desafios ambientais", destacou.
Os representantes definiram que um dos compromissos do cooperativismo para a COP 30 será trabalhar a neutralização de suas emissões. Ao se posicionar, evidenciando que o cooperativismo está comprometido com a neutralidade de carbono, o grupo reforça que o compromisso é um passo fundamental para a construção de um movimento coletivo em prol da sustentabilidade, pontuou Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB. “Ao firmar esse compromisso, as cooperativas se tornam protagonistas na luta contra as mudanças climáticas, demonstrando que a ação local pode ter um impacto global”.
A gerente destacou ainda que, “ao incentivar uma cultura de descarbonização dentro das cooperativas, estamos criando um ambiente propício para a inovação e a adoção de práticas sustentáveis. Isso não só beneficia as cooperativas em termos de eficiência operacional, mas também alinha seus objetivos à agenda climática global, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável”.
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Grupo debateu boas práticas para engajar movimento nas metas de sustentabilidade global
Aconteceu, nesta quarta-feira (25), a primeira reunião da Câmara Temática Social (CT Social) do Grupo de Trabalho ESGCoop do Sistema OCB, em Belo Horizonte. O Sistema OCB coordenou o encontro, que teve como foco o desenvolvimento de projetos de impacto social para o cooperativismo, além de discutir a importância do alinhamento das cooperativas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Andrew Allimadi, representante ONU para assuntos de cooperativismoO evento foi aberto com a participação de Andrew Allimadi, representante das Nações Unidas para assuntos de cooperativismo, que destacou a relevância das cooperativas no cenário global e sua capacidade de contribuir para a resolução de desafios sociais, econômicos e ambientais. Ele reforçou a importância do Pacto Global e dos ODS, além de ressaltar a declaração de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas.
De acordo com Andrew, ao escolher o cooperativismo como tema central, a ONU reafirma sua confiança no modelo de negócios como uma ferramenta eficaz para acelerar o cumprimento das metas globais de sustentabilidade. "O cooperativismo é visto pela ONU como um dos principais aliados na promoção de uma economia mais inclusiva e sustentável, capaz de enfrentar os grandes desafios globais”, afirmou.
Na sequência, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG e os ODS. “Discutimos estratégias para a coleta de indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto social e ambiental das cooperativas. Isso é fundamental para alcançarmos um nível mais elevado de reconhecimento nacional e internacional, além de gerar dados consistentes para o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, previsto para 2025", explicou.
Débora apresentou a Solução Gestão e Impacto Social, projeto sistêmico coordenado pelo Sistema OCB, que objetiva orientar sobre como organizar e relatar projetos, com registros detalhados sobre a transformação gerada por suas ações. A solução conta com cinco etapas.
“A plataforma visa aprimorar a qualidade dos projetos, dos relatórios e dos registros dos impactos sociais gerados pelas cooperativas. Além disso, a iniciativa oferece workshops de sensibilização dos envolvidos, com a promoção de uma gestão de comunidade, trilha de capacitação e organização do processo de monitoramento, que inclui uma avaliação contínua e o acompanhamento dos progressos realizados. O processo se consolida com a elaboração de um relatório anual de impacto social do cooperativismo, com resultados e, o mais importante, astransformações alcançadas”, descreveu Débora.
Aureo Gionco Jr, consultor da Bússola SocialAureo Gionco Jr, consultor da Bússola Social, também fez uma apresentação detalhada sobre o framework da plataforma de Gestão e Impacto Social, com destaque para a necessidade de uma definição clara dos problemas que os projetos buscam solucionar.
Ele afirmou que a inclusão de indicadores sociais específicos é essencial para garantir que os resultados reflitam o verdadeiro impacto social gerado pelas cooperativas. "O cooperativismo já representa o maior modelo de negócios de investimento social no Brasil, mas sem indicadores precisos e metas claras, esse impacto ainda não é totalmente reconhecido. O desafio é construir ferramentas que demonstrem, no curto e médio prazo, o alcance real das ações sociais e ambientais dessas organizações”.
Ao final do encontro, foram apresentados exemplos de cooperativas que já estão adotando práticas alinhadas aos ODS, e mostram que o setor está comprometido em promover um desenvolvimento sustentável e contribuir com as metas estabelecidas pela ONU.
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Métricas para mensurar impacto social, ambiental e de governança das cooperativas foram priorizadas
Débora Ingrisano em apresentação durante encontro do GTO Sistema OCB promoveu o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop, realizado em Belo Horizonte, nesta terça-feira (24). O evento reuniu representantes do cooperativismo e especialistas para debater os indicadores globais de sustentabilidade, que devem nortear o futuro das cooperativas no Brasil. Marcou também a importância da construção de uma estrutura robusta e organizada para a mensuração de impactos ESG, de forma a permitir o posicionamento competitivo e sustentável das cooperativas no cenário global.
A programação se desenrolou em formato de workshop, focado na priorização de indicadores ESG universais para o cooperativismo. O evento seguiu uma metodologia que partiu de uma visão geral acerca dos desafios e oportunidades ESG no planeta e no Brasil, até uma abordagem específica do projeto, com destaque para a relevância de definir evidências universais de mensuração das atividades desenvolvidas e da participação de cada um dos presentes no processo de reflexão e debate.
A primeira dinâmica abordou a problematização de temas específicos, guiando os grupos para uma reflexão sobre questões essenciais para o cooperativismo brasileiro, por meio de perguntas direcionadas. Em seguida, os grupos discutiram e apresentaram as principais questões ESG, trazendo à tona diferentes perspectivas. A segunda dinâmica focou na priorização dos indicadores, com o uso de critérios que consideraram a aplicabilidade universal a todos os ramos do cooperativismo.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG. “A reunião foi muito positiva. Foi marcada pela intercooperação e troca de conhecimentos entre os participantes. Discutimos estratégias e completamos a primeira etapa de definição dos indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto econômico, social e ambiental das cooperativas", explicou.
Participantes do encontroAinda segundo a gerente, a ideia é transformar dados sobre as ações das cooperativas em relatórios claros e estratégicos, que possam ser utilizados em negociações e planejamentos, tanto em nível nacional quanto global. Para Débora, com esse esforço de coleta de indicadores qualificados, será possível alcançar o rating ESG do cooperativismo. "Até o final do Ciclo 2025, teremos em mãos o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, que irá refletir a força do setor em promover um desenvolvimento sustentável", complementou.
O ESGCoop é uma solução do Sistema OCB que mapeia boas práticas e indicadores específicos, além de formar lideranças comprometidas com a sustentabilidade, tendo como intuito o desenvolvimento e a implementação de soluções alinhadas aos critérios ESG do cooperativismo.
No 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado em maio deste ano, foram estabelecidas diretrizes para comunicar à sociedade sobre os impactos positivos das iniciativas ambientais das cooperativas. No âmbito da agenda ESG, foram definidas ações como a promoção da educação ambiental entre cooperados e colaboradores; o aprimoramento das lideranças com foco em gestão e tomada de decisões baseadas em dados; a implementação de programas de sucessão nas cooperativas; e a realização de estudos que comprovam os benefícios e impactos sociais que a atuação das cooperativas traz às comunidades onde estão presentes.
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