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O Sistema OCB e a Ocepar promovem, no próximo dia 25 de outubro (terça-feira), o 3º Encontro de Sustentabilidade. O evento vai abordar as políticas públicas adotadas para o pagamento por serviços ambientais e créditos de carbono.
O presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, afirma que o evento ampliará os debates, em especial, na percepção de oportunidades para o coop. “O mundo passa por constantes transformações e as questões climáticas e ambientais são temas sempre em evidência. Saber como captar as oportunidades apontadas é muito importante”.
Marcio reforça que as cooperativas já estão alinhadas à preservação, proteção e restauração de áreas e que essas preocupações sempre fizeram parte das atividades cooperativistas. “Logo teremos a oportunidade de participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27) e estaremos preparados para destacar ainda mais o que o cooperativismo brasileiro tem feito pelo bem do planeta e redução de impactos na natureza”.
Entre os temas principais do encontro da próxima semana estão o alcance da neutralidade de carbono e o cumprimento dos compromissos climáticos globais. Serão apresentadas as iniciativas de pagamentos de serviços ambientais e crédito de carbono para que o coop desenvolva projetos cada vez mais sustentáveis.
As inscrições podem ser realizadas por meio de formulário online até a sexta-feira (21).
Alinhada ao princípios de estratégia e governança, preservação ambiental e social (ESG), a cooperativa paranaense Frísia, juntamente com seus cooperados, têm conservado as matas nativas de suas propriedades além do que estipula o Código Florestal. A norma define que a Reserva Legal dos chamados Campos Gerais do Paraná deve ser de no mínimo de 20%. Os cooperados da Frísia têm alcançado um índice superior a 30%.
O resultado é mais uma prova de que o cooperativismo tem a sustentabilidade como parte do seu DNA. “Ele demonstra que atuamos em conformidade com a legislação ambiental. Quando as coops fazem isso junto com seus cooperados temos excelentes resultados como é o caso deste excedente de preservação de mata nativa. Este é o primeiro passo para o acesso aos pagamentos por serviços ambientais e aos incentivos como o do recém criado Mercado Brasileiro de Crédito de Carbono, além de reconhecimento em novos mercados internacionais”, destaca o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato.
A harmonia entre a preservação ambiental e a produção de grãos, proteína e leite sempre foi uma prática dos cooperados da Frísia, conforme explica seu coordenador Florestal e Ambiental, Francis Bavoso. “Dos mais de 900 cooperados, dentro das suas propriedades rurais, há um excedente de 10% a 12% de reservas naturais. Isso mostra a conscientização ambiental do cooperado”. Ainda segundo ele, a cooperativa tem quase 100% dos CARs dos cooperados, o que contribuiu para a verificação dos dados.
O cooperado João Guilherme Brenner conta que mais de 50% dos 360 hectares da propriedade de sua família em Imbituva (PR) é reserva legal e área de preservação permanente. “Há mais de 140 anos temos uma área de mata de pinheiro, que a minha família preservou, além de áreas de fundo de vale e de banhado. Temos separador de sólidos e líquidos. Mesmo com toda essa preservação não temos queda de desempenho nem nos grãos e forrageira, nem nos rebanhos de gado leiteiro”, diz o produtor.
ESGCoop - Lançado na Semana de Competitividade do Sistema OCB, em agosto, o ESGCoop quer criar métricas próprias do cooperativismo em relação às estratégias de governança, social e preservação ambiental. A Frísia já colabora para os parâmetros.
Frísia - A cooperativa foi fundada em 1925 e tem atualmente 971 cooperados no Paraná e no Tocantins. Juntos, produziram,em 2021, 290,6 milhões de litros de leite, 895 mil toneladas de grãos, 89 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína.
A eficiência na gestão de energia atrelada à busca pela sustentabilidade foi o foco da troca de experiências entre cooperativas brasileiras e alemãs. Entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro, dez cooperativas do Sistema OCB realizaram missão técnica à Alemanha, onde foram recebidas pela Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV). As coops foram selecionadas pela diversidade de modelos e pelo relacionamento com as Unidades Estaduais do Sistema.
Para conhecer melhor os exemplos de geração distribuída da Alemanha, além do apoio institucional, as coops brasileiras conheceram a estrutura da DGRV, o Sistema Cooperativo Elétrico Alemão e as estruturas voltadas para o cooperativismo de energia, bem como realizaram três visitas técnicas para conhecer os cases de referência. A comitiva foi até as sedes de duas cooperativas de energia fotovoltaica e de uma outra que atua com produção de biogás. Esta, além de produzir energia elétrica, fornece aquecimento e internet de fibra óptica para 150 famílias.
O grupo visitou também o Instituto de Pesquisa Fraunhofer e conheceu as técnicas aplicadas no Sistema AgriFotovoltaica, que demonstra a possibilidade de realização de duas atividades: agricultura e geração de energia para o melhor aproveitamento do terreno. O interesse em um software de soluções de gestão das usinas chamou atenção da comitiva brasileiras.
O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, avaliou a visita como uma importante reflexão do que pode ser feito para estruturar um futuro mais sustentável e competitivo para as coops, por meio da prestação desse serviço.
“Nossa visita foi muito rica porque conseguimos enxergar que, embora sejamos países em continentes diferentes, temos muitas afinidades e desafios em comuns. Entre eles, fazer da geração distribuída um negócio permanentemente viável. As alterações regulatórias da Alemanha dificultaram esse processo e eles precisaram ser criativos para fazer novos arranjos e buscar soluções conjuntas para ter maior eficiência, competitividade e perenidade”, explicou.
Para o coordenador, esse desafio também acontece no Brasil e, por isso, os exemplos vistos podem contribuir significativamente. “Estamos passando por um momento entre uma legislação maior e outra um pouco mais restritiva, que é a Lei 14.300/22 [geração de energia distribuída], em que, apesar de manter bons incentivos para quem já está conectado, exige enxergar novos caminhos, novas soluções”.
Morato ressaltou ainda que pensar em soluções efetivas é fortalecer o cooperativismo de energia de maneira eficiente e perene. “Foi isso que vimos lá, a caminhada alemã nessa transição é uma experiência muito boa para refletirmos como podemos fazer um futuro mais sustentável por meio das cooperativas brasileiras”, pontuou.
Experiências
As cooperativas brasileiras também retribuíram o conhecimento adquirido demonstrando como vêm atuando de múltiplas formas para fortalecer e buscar soluções para o compartilhamento de energias. Há o destaque para o modelo de duas delas que atuam dentro de comunidades: Bem Viver, da Paraíba; e Percília e Lúcio, do Rio de Janeiro.
A cooperativa Bem Viver, além de compartilhar a energia gerada por ela, capacita pessoas de baixa renda para atuarem na atividade. Já a coop Percília e Lúcio, atua no Morro da Babilônia, onde gera e compartilha energia entre a comunidade.
“O encontro foi enriquecido pela heterogeneidade do nosso grupo. Ao mesmo tempo em que tínhamos lá cooperativas com aspectos mais sociais, de inclusão e acesso à energia, também levamos coops maiores que tem parceria, inclusive, com cervejarias para construir e possibilitar energia renovável para seus cooperados. Essas diferenças nos trazem oportunidades de criar soluções mais robustas. Certamente, essa visita nos dará bons resultados”, acrescentou Morato.
Na oportunidade, um grupo de trabalho (GT) para intercâmbio de informações foi criado e já tem reunião agendada para a próxima segunda-feira (12). As cooperativas brasileiras que integraram a comitiva e pertencem ao GT são: Ambicoop e Sinergi, do Paraná; Ciclos, do Espírito Santo; Coopervales, do Rio Grande do Sul; Coopsolar e Bem Viver, da Paraíba; Revolusolar e Percília e Lúcio, do Rio de Janeiro; Photon, do Sergipe; e Sol Invictus, de Goiás.
A tendência do mercado mundial é incorporar os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança, em português) em todas as suas atividades e segmentos. Para o cooperativismo, essa conduta já é uma realidade, uma vez que, desde suas raízes, esses princípios sempre estiveram presentes em seu DNA. O segundo eixo da publicação Propostas para um Brasil mais Cooperativo, elaborado pelo Sistema OCB, descreve como o movimento vem se consolidando como modelo econômico do desenvolvimento sustentável.
“Nosso movimento existe para melhorar a vida das pessoas e das comunidades onde as cooperativas estão inseridas. Quem coopera, constrói um futuro melhor para si e para todos. A questão ambiental é pauta fixa no cooperativismo desde o seu surgimento e o Sistema OCB sempre esteve alinhado pelo alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), validados na Agenda 2030 da ONU”, declara o presidente Márcio Lopes de Freitas.
Ainda segundo ele, a partir de uma produção agropecuária que se preocupa com os princípios de ESG, as cooperativas são necessárias e fundamentais para as políticas de combate à fome e de segurança alimentar mundial. “Um mundo mais próspero, solidário e sustentável passa obrigatoriamente pelas ações do cooperativismo”, reforça.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), em 2021, o painel “Cooperativismo como ferramenta para a economia de baixo carbono” apresentou exemplos práticos de que é possível aliar produtividade e desenvolvimento com responsabilidade social, equilíbrio ambiental e viabilidade econômica, e como o cooperativismo está no centro desta agenda.
As sugestões propostas no segundo eixo apontam, assim, contribuições sobre como criar um ambiente mais favorável para o aproveitamento do potencial do país como protagonista na transição para a economia verde.
Políticas de fomento e estímulo
Um dos pontos de destaque defende a importância de se garantir a continuidade e o fortalecimento da atual política de Crédito Rural voltada aos produtores e cooperativas agropecuárias, bem como o volume de recursos e taxas de juros compatíveis com o retorno das atividades no campo. O texto aponta que o Crédito Rural tem papel relevante na previsibilidade e segurança da cadeia produtiva ao assegurar o financiamento da safra. A previsibilidade de liberação do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) é outro ponto considerado importante para o movimento.
O estímulo à agricultura familiar dentro do movimento por meio de regulamentações e atenção ao setor, em previsões na Lei Orçamentária Anual (LOA), também é assinalada como propulsora da sustentabilidade, o que agrega valor à produção de pequenos produtores das cooperativas que, por consequência, gera economia de larga escala.
O fomento às pesquisas direcionadas ao agronegócio também é elencado como um dos principais estimuladores de políticas para o ramo. A sugestão proposta é elevar os níveis de investimentos públicos por meio da Embrapa, universidades e outros centros de pesquisas que podem apresentar novas formas de captar investimentos e inovar diante dos desafios enfrentados pelo agro.
A cadeia de suprimentos também não foi esquecida. Nesse caso, a publicação ressalta a necessidade de se planejar e promover políticas para o setor de fertilizantes e defensivos agrícolas para as próximas décadas. O texto lembra que as cooperativas possuem capacidade tecnológica e de armazenagem destes suprimentos o que as coloca como parte estratégica para a implementação do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). Além disso, destaca que o Sistema OCB tem atuado, junto a outros países, com estudos sobre produção de biofertilizantes.
Economia de baixo carbono
O cooperativismo possui inúmeras iniciativas que corroboram com o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+). Os cases de sucesso vão desde a recuperação de pastagens degradadas, disseminação de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), de Sistemas Agroflorestais (SAFs), até outras técnicas de tratamento de dejetos animais e resíduos para redução de emissão de metano, produção de adubo orgânico e geração de energia limpa, por meio da biomassa. A ideia é fortalecer, cada vez mais, o protagonismo das cooperativas nesta política.
Outro tema com papel central na publicação é a efetivação completa do novo Código Florestal, com a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) dinamizado, que utiliza mecanismos de sensoriamento remoto para aumentar a velocidade da análise dos cadastros. O sistema cooperativista apoia a iniciativa e considera importante a implantação da ferramenta do CAR Dinamizado em todos os estados, desde que feita de forma responsável, com previsibilidade e sem gerar insegurança jurídica aos produtores, de modo a colocar em plena aplicação as diretrizes do Código Florestal e fortalecer o combate irrestrito ao desmatamento ilegal no país.
Para otimizar e estimular ações similares, o documento de propostas do cooperativismo ressalta a necessidade de regulamentação da Lei 14.119/2021, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNSA). Além disso, a publicação apoia o avanço da emissão de títulos verdes (green bonds) e de certificados de serviços ambientais como instrumento que podem colaborar decisivamente para aumentar o interesse de pessoas e instituições por projetos sustentáveis. Para tanto, recomenda-se que o poder público adote a lógica de estímulo a medidas de proteção e promoção da qualidade do meio ambiente para títulos verdes e certificados que não se restrinjam apenas ao viés repressivo e punitivo.
Durante a palestra Construindo o Coop do Futuro, apresentada no encerramento da programação da Semana de Competitividade, nesta quarta-feira (24), o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, propôs um desafio ao movimento cooperativista: o de atingir a meta de R$ 1 trilhão de prosperidade e de 30 milhões de cooperados até 2027. A provocação faz referência ao poder que o cooperativismo tem em gerar desenvolvimento e prosperidade para todos a sua volta: cooperados, cooperativas, comunidades em que estão inseridas, ao país.
“Como cada centavo gerado dentro de uma cooperativa se transforma em qualidade de vida, vamos gerar novas oportunidades para o povo brasileiro. Estas oportunidades aparecem na forma de trabalho, renda, programas de inovação, cursos, projetos sociais, ações de sustentabilidade e investimentos diretos na melhoria das comunidades onde atuamos. É a nossa hora de mostrar que o nosso jeito de fazer negócios gera mais que números, traz prosperidade”, assegurou o presidente.
De acordo com Márcio, o objetivo de movimentar R$ 1 trilhão até 2027 é totalmente plausível. “Não estamos muito distantes disso. Em 2021, as cooperativas movimentaram quase R$ 525 bilhões. Em um cenário arrojado chegaríamos nesta meta logo em 2024, mas como somos pé no chão, no formato moderado, até 2027 alcançaremos a meta. Importante reforçar que tudo isso é revertido em emprego, renda, oportunidades, negócios e prosperidade não apenas para o coop, mas para todos os brasileiros”.
O Sistema OCB pretende apoiar o crescimento por meio de suas Unidades Estaduais com estratégia unificada e com diretrizes capazes de balizar o desenvolvimento do movimento de maneira integrada, respeitando a diversidade de cada cooperativa. “As especificidades, características, sotaques de cada região e de cada cooperativa será considerado nessa caminhada. A estratégia unificada é importante, no entanto, para crescermos e nos fortalecermos juntos”, declarou Márcio.
O presidente lembrou que ainda há a necessidade de construção de um ambiente regulatório que contribua ainda mais para alavancar o movimento, bem como a de disponibilizar uma série de programas com foco em monitoramento, performance e resultados. “As ações da OCB já estão focadas nessa direção”, acrescentou.
“Temos o Identidade, o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), as plataformas CapacitaCoop, NegóciosCoop, InovaCoop e, agora, conforme divulgado na abertura da nossa Semana de Competitividade, o ESGCoop. Começamos hoje a construir esse futuro para comemorar, em cinco anos”, complementou, ao convidar os presentes para acompanhar a divulgação de vídeo promocional da campanha do BRC 1 Tri - Brasil Mais Cooperativo 1 trilhão de prosperidade.
Confira o vídeo:
“Tocante, inesquecível, maravilhoso, perfeito, enriquecedor”. Estas foram algumas das palavras utilizadas pelos participantes para avaliar a Semana de Competitividade promovida pelo Sistema OCB, entre os dias 22 e 26 de agosto. Realizado em formato híbrido, o evento contou com a participação de mais de 600 pessoas, representando mais de 300 cooperativas de todas as regiões do Brasil.
“Estamos muito felizes pela realização dessa semana e os resultados que alcançamos. A retomada de um evento presencial após esses dois anos de pandemia foi muito importante. Foi uma oportunidade única para trocarmos experiências, revermos uns aos outros e abordarmos temas extremamente relevantes para o futuro do nosso movimento, como o ESGCoop e o desafio que lançamos para atingir R$ 1 tri de prosperidade e alcançarmos mais de 30 milhões de cooperados até 2027”, ressaltou o presidente Márcio Lopes de Freitas.
O presidente da Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Açúcar (Coaf), de Pernambuco, Alexandre Andrade Lima, concorda. Segundo ele, a capacitação oferecida nas palestras, trilhas e laboratórios permitiu um aprendizado significativo. “Esse evento foi muito bom. Revi amigos e outros colegas de cooperativas. Participei de painéis importantes como o de exportação. Foi muito interessante para aprender mais sobre como colocar os produtos de cooperativas lá fora. As questões do ESG e da sustentabilidade também são muito relevantes para que nossos produtos não recebam nenhum tratamento que possa ser penalizado”, descreveu.
“Foi maravilhoso! Ainda estou emocionada porque vou poder levar todo o conhecimento que adquiri aqui para as mulheres da nossa cooperativa. Só tenho a agradecer e espero que, futuramente, minha equipe também tenha a oportunidade de participar de um evento como este, que planta sementes na nossa mente, nos faz crescer e enxergar novas possibilidades”, acrescentou Dinê Rodrigues dos Santos Silva, presidente da Cooperativa de Costureiras de Fardamento União Confecção de Teresina (PI).
Beatriz Ribeiro Antônio do Vale, presidente da Cooperativa dos Profissionais de Educação em Guaxupé (Copeg), de Minas Gerais, destacou que o evento serviu como um alerta para o movimento. “Estou encantada, a organização, as apresentações, os palestrantes, tudo muito bem pensado e com uma sintonia incrível. Uma qualidade muito grande e boas dicas para a gente trabalhar, olhando o lado humano, empresarial e de gestão. Desperta no cooperativista que ele precisa mostrar o trabalho dele. Nós fazemos um trabalho muito bom, de qualidade, diferenciado, gerenciado e precisamos mostrar. Esse evento veio dar um puxão de orelha na turma toda. Nosso papel hoje é trabalhar nossos princípios, nossos valores e mostrá-los”, declarou.
Pauta atual
A superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella, lembrou que o evento teve como um de seus objetivos intensificar as discussões iniciadas no 14º Congresso do Cooperativismo Brasileiro, realizado em 2019. “Foi um momento muito rico porque conseguimos abordar temas atuais, que estão na pauta do mundo todo como é o caso da inserção em mercado, inovação, intercooperação, ESG. São assuntos que precisavam ser discutidos para que nossas cooperativas possam alcançar patamares cada vez maiores de desenvolvimento”, afirmou.
Para a gerente geral, Fabíola Nader Motta, o principal destaque da Semana de Competitividade foi a possibilidade de refletir sobre o cooperativismo do futuro. “O evento foi sensacional, uma oportunidade única da gente se reconectar depois de dois anos e gerar todo esse contato, mas, principalmente, de refletir sobre o cooperativismo do futuro que queremos e como construir esse futuro. Refletir sobre como podemos trabalhar com inovação, diversidade, intercooperação, liderança. Ficamos muito empolgados com a meta de gerar cada vez mais prosperidade, de crescermos juntos, trazendo cada vez mais impacto para a sociedade brasileira”.
“Falar de ESG, de competitividade, de inovação está dentro da nossa visão de futuro. São pautas que certamente vão impactar nossas cooperativas e é necessário estarmos atentos e conectados para gerarmos essa entrega de valor para elas”, acrescentou a gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira. Ainda segundo ela, foi muito bom ouvir dos participantes que as palestras apresentadas foram de alto nível. “Por isso, nosso balanço é muito positivo. Além de ser uma oportunidade para abordar temas importantes, tivemos também essa troca, essa intercooperação entre as cooperativas e unidades estaduais que, com certeza, vão fortalecer nossa atuação enquanto sistema”.
Exposição
Além de participar das palestras, painéis, trilhas de aprendizagem e outros itens previstos na programação do evento, algumas cooperativas também contaram com estandes para demonstração e venda de seus produtos. Para os convidados a expor, essa foi mais uma oportunidade de fortalecer suas marcas. “Nossa cooperativa investe muito na formação das cooperadas. Além de bordadeiras, elas precisam ser gestoras, empreendedoras. É um trabalho de produzir, mas também de empoderar. Por isso, a importância de mostrar nosso trabalho, de conhecer novos potenciais compradores e fazer esse networking que um evento como este proporciona”, afirmou Selma Gleide, presidente da Cooperativa Bordana de Goiânia (GO).
“Todos que passam por aqui levam nossos cartões de contato, o que comprova que nossos produtos têm qualidade e demanda. Estamos demonstrando alguns dos nossos produtos como sucos variados, açaí puro e com guaraná, sorvetes e azeite. Muita gente quer comprar, mas dessa vez é apenas para degustação”, declarou Eliane Brito, que trabalhou no estande da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (PA).
“Foi a primeira vez que participamos de um evento presencial promovido pelo Sistema OCB, apesar da nossa cooperativa já ter seis anos de existência. Para nós, a demonstração dos nossos produtos foi muito importante porque muita gente conhece o mel silvestre, mas os nossos sãos especiais. São méis de Aroeira, de pequi, da flor do café e do abacateiro. O evento nos deu a oportunidade de divulgarmos essa variedade que oferecemos aos nossos clientes”, completou Luciano Fernandes, presidente da Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), localizada em Bocaiúva (MG).
Estão abertas as inscrições para concorrer à XI edição do Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio. A Premiação é promovida pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (Cases), de Portugal, que busca reconhecer iniciativas de pessoas e grupos que se destacaram na área da economia social. As candidaturas podem ser efetivadas até o dia 30 de setembro e cada vencedor receberá 5 mil euros (5.000 €).
“A cooperação de saberes entre os países de língua portuguesa é fundamental para ampliarmos nossos conhecimentos e avançarmos em questões similares enfrentadas por todas as cooperativas destas nações. Os estudos brasileiros têm toda muita qualidade e chance de serem premiados, por isso, incentivamos as inscrições, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A premiação está distribuída em cinco categorias: Inovação e Sustentabilidade; Estudos e Investigação; Estudos e Investigação da Lusofonia; Trabalhos de âmbito Escolar; e Trabalhos Jornalísticos. O destaque para esta edição é a categoria de Estudos e Investigação na Lusofonia, que premiará pessoas e entidades autoras de estudos e trabalhos de investigação sobre Economia Social em países de língua portuguesa com Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Há ainda duas categorias de Prêmio de Honra Personalidades da Economia Social, que reconhece ações e estudos na área da economia social como promoção de ações inovadoras e sustentáveis; criação ou reforço de dinâmicas interinstitucionais; divulgação e contribuição para relevância pública do tema; capacidade de mobilização social e melhorias das relações do setor com o Estado. Esta premiação está dividida em duas categorias: Honra à Carreira e Honra à Capacidade Empreendedora.
Sobre António Sérgio de Sousa (1883-1969) - O pensador, pedagogo e político português é um dos nomes mais importantes para o movimento cooperativista e para o socialismo democrático português. Sua obra teórica lançou a ideia do cooperativismo em Portugal. Em consonância, ele fundou a Junta Propulsora dos Estudos e difundiu o método Montessori. António criou o ensino para pessoas com deficiência e o cinema educativo, além de fundar o Instituto Português do Cancro.
O humanista foi agraciado com o título póstumo com os graus de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade (1980) e de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1983). Além de seu busto em avenida, na cidade de Campo Maior, que recebeu seu nome e diversas outras homenagens como o nome da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (Cases). Veja mais sobre a vida e obra de António Sérgio.
A relevância do setor de mineração no Estado do Mato Grosso motivou a Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin) e a Companhia Matogrossense de Mineração (Metamat) a promover diálogos entre cooperativas, empresas, governos, agência reguladora, pesquisadores e especialistas para discutir pautas e propostas envolvendo todas as escalas de produção e os novos padrões de sustentabilidade voltados à mineração. Neste ano, a 3ª edição do Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso, foi realizado entre os dias 19 e 21 de julho, em Guarantã do Norte.
O evento teve ainda a parceria do Sistema OCB-MT e o apoio da Prefeitura Municipal de Guarantã, Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), Agência Nacional de Mineração (ANM) e Serviço Geológico Brasileiro (SGB-CPRM). As cooperativas de crédito Sicredi e Sicoob patrocinaram o evento, além de empresas do setor mineral.
A atividade garantiu R$ 6,2 bilhões aos cofres do estado no último ano. Gera, ainda, 150 mil empregos diretos e indiretos e está presente em 80 dos 141 municípios do Mato Grosso. Na abertura do seminário, o presidente da Fecomin e coordenador da Câmara Temática de Minerais do Sistema OCB, Gilson Camboim, destacou os bons frutos que mais um evento sobre o tema certamente trará. “Novas oportunidades de negócios serão ocasionadas, assim como serão realçadas as oportunidades já traçadas. Também teremos cada vez mais afinado o diálogo entre empresas e pequenos garimpeiros com desenvolvimento sustentável e respeito às comunidades onde estão as lavras”, destacou.
O diretor da Agência Nacional de Mineração, Guilherme Santana, agradeceu o convite de Gilson Camboim para participar e se disse satisfeito com a evolução da atividade. “Estou muito feliz em ver o que aconteceu com as cidades e com as áreas de exploração. Em 2007, presenciamos vários conflitos como o da empresa que tinha requerido toda a região para atuar levando os garimpeiros para a ilegalidade. Começamos então a fazer um Censo e trabalhar pela legalidade e sustentabilidade desses garimpos. Outra boa notícia é que vamos lançar no dia 30 de agosto um edital de leilão de áreas voltado para as garimpeiras, com critérios sociais, onde grandes corporações ficarão de fora”, informou.
Painéis
O painel, Desafios do Licenciamento ambiental da pequena mineração, ESG e ODS contou com esclarecimentos do analista técnico e econômico do Sistema OCB, Alex dos Santos Macedo, que também participou no painel Certificação no Cooperativismo Mineral. No primeiro, Alex abordou as ações da Mineração Artesanal em Pequena Escala (Mape) e as boas práticas de governança, meio ambiente e social (ESG).
“Entre 70% e 80% dos trabalhadores da Mape atuam na informalidade. Em 2017, 88,2% das minas brasileiras eram de micro e pequeno porte. Então, essa é uma atividade de importância social gigantesca quando falamos de inserção social e trabalhadores, pois em todo mundo, pessoas recorrem à mineração como meio de subsistência”, declarou.
Alex pontuou que a Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Mape) no Brasil tem características de informalidade, conflitos sociais e ambientais, exploração de depósitos de pequeno porte ou pequeno valor econômico, baixo aporte de capital, pouca tecnologia no processo produtivo, trabalho intensivo em mão de obra, dificuldade no acesso a mercados formais e padrões de saúde e segurança insatisfatórios.
“Essas características, em processos de licenciamento ambiental afetam o setor como um todo. Os problemas tecnológicos, por exemplo, são decorrentes de ausência de políticas públicas voltadas à ciência e tecnologia para desenvolver inovações para a pequena mineração”, acrescentou.
Linha do tempo ESG
O analista apresentou, em slide, uma linha do tempo que demonstrou que as discussões para o setor vêm acontecendo desde 1962, mas que ganhou força em 1972, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou a Conferência para o Meio Ambiente e discutiu o Manifesto Ambiental, com os 19 princípios para melhorar a vida no planeta. Alex avaliou a evolução das discussões até o ano de 2004, quando a ONU questionou investidores sobre a alocação de recursos em empresas que seguem padrão de sustentabilidade. “Nestes critérios já eram levadas em consideração as questões ambiental, social e de governança. Hoje vemos uma série de mercados favoráveis a quem está dentro desta tendência”, disse.
Segundo Alex, toda agenda ambiental e ESG se aplica no setor de mineração. “Na governança é preciso ter rastreabilidade, para saber como o minério foi retirado; combater a corrupção e lavagem de dinheiro, priorizar a diversidade, a equidade e ser transparente. Na questão social, entre outros aspectos, é preciso verificar como essa cooperativa ou empresa está conectada com sua sociedade, com seu funcionário e com outros empreendimentos locais. Se ela está atenta à saúde e segurança ocupacional, ao combate à exploração sexual e ao trabalho infantil, à coexistência com outras empresas de forma conciliadora e também à diversificação econômica para desenvolver a pós atividade”, exemplificou.
Já na parte ambiental, o analista pondera que o impacto positivo está no bom uso da energia, no tratamento de rejeitos, na redução de emissão de gases, na preservação da biodiversidade, e na recuperação de áreas degradadas, entre outros. “Se não cumprirmos estas questões poderemos ter problemas não só no licenciamento ambiental, mas com nossa imagem diante dos atores interessados na atividade como comunidades, empresas, mídia e principalmente quem financiará, que pode estar olhando com base nesta lente e pode recuar caso não sejam cumpridos esses relatórios de sustentabilidade”, recomendou.
Certificação
No painel Certificação no Cooperativismo Mineral, Alex apresentou a palestra O Papel da Governança na Certificação Mineral. Ele provocou reflexões sobre controle de produção, regularização, certificado de origem e comercialização. “Conseguimos atestar desde a ponta, lá no garimpo, até a joalheria, a origem desse minério? Se não, há falhas nesses processos. Por isso, a importância da gestão e governança das cooperativas. Quando falamos de governança, falamos do coração da organização. A cooperativa está ali para defender o direito de propriedade dos sócios, a boa gestão da organização e garantir os objetivos sociais e econômicos da cooperativa”, disse.
O analista apresentou dados do estudo elaborado pelo Sistema OCB Diagnóstico da Gestão das Coops, que apontam, em termos de gestão e governança, que as cooperativas minerais estão com status em 58%, neste quesito. “As maiores falhas estão na relação com os cooperados, com indicador de 66%. Muitos não estão com o cadastro atualizado na cooperativa, ou não participam do capital social, ou das decisões. É preciso observar também se esta cooperativa está realizando assembleia regularmente e registrando as atas das reuniões na junta comercial. É preciso mais transparência. Estas e outras reflexões são na verdade uma série de oportunidades para melhorar os processos de certificação”, avaliou Alex.
Ele reforçou que estas mudanças são importantes, sobretudo, para que “quando a certificadora for averiguar, perceba que a cooperativa tem processos que atestam o controle da produção”. Ele explicou que há hoje três modelos organizacionais das cooperativas minerais: no primeiro, os cooperados comercializam direto com o mercado; no segundo, a produção é toda comercializada por meio da cooperativa; e, no terceiro, o comércio é efetuado tanto pelo cooperado, como pela cooperativa.
“Isso pode acarretar problemas como ações trabalhistas, processos tributários e sonegação. Além de descaminho, dificuldade na rastreabilidade, geração de multas ambientais e até perda de licença. É importante investir na certificação para controle de produção e garantia de origem. Com isso, há maior possibilidade de ampliar a arrecadação das coops (com taxas de administração) e do poder público (com tributos) e acessar mercados diferenciados que pagam mais pelo minério extraído de forma responsável. Isso melhora a imagem e reputação da organização”, assegurou.
Para além das melhorias da gestão e governança das coops, Alex sinalizou os principais desafios para otimizar o setor, como a atualização da Lei 7.805/89, da Permissão de Lavra Garimpeira (PLG); do Estatuto do Garimpeiro; a criação das notas fiscais eletrônicas; cadastro de compradores e vendedores; fortalecimento das capacidades institucionais e maior interação dos órgãos governamentais.
Além de gestão e governança, o seminário também trouxe debates sobre escala de produção e os novos padrões de sustentabilidade, em especial, no garimpo do ouro. O encontro encerrou os trabalhos com visita técnica dos participantes nas áreas de garimpo e mineração, em Guarantã do Norte, região conhecida pelo depósito de ouro e prata em pórfiro.
Para conferir todos os painéis de seminário basta acessar o canal da Fecomin.
O Sistema OCB participou de fórum virtual com a presença de cooperativas agropecuárias e do Secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Bastos e do Diretor da SPA Wilson Araújo, nesta terça-feira (5). O tema abordado foi o Plano Safra 22/23 anunciado na última semana pelo Governo Federal. O presidente Márcio Lopes de Freitas fez a abertura e agradeceu aos representantes pelo empenho e dedicação ao construir, considerando as demandas do cooperativismo, um Plano Safra positivo.
“Quero salientar o empenho do Mapa, mas também do Ministério da Economia ao ouvir as demandas cooperativistas. Representamos 54% da produção agrícola do país e com este plano será possível continuar mantendo a safra brasileira. Mais importante que debater o plano lançado é enxergarmos as tendências para construirmos um ambiente para que nossos cooperados continuem produzindo com competitividade e abundância”, ressaltou.
Guilherme Bastos também agradeceu o emprenho do Sistema OCB no processo de construção do plano. “Este plano com o montante de quase R$ 341 bilhões é um patrimônio do Ministério graças ao empenho de todos os setores envolvidos. Segundo ele, há a necessidade de se trabalhar em uma peça orçamentária plurianual, que detenha dinâmica para negociar a equalização.
A respeito dos programas de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Bastos destacou que continuam sendo prioridades do Ministério e que novas frentes estão sendo trabalhadas para ampliar o leque de opções de fomento. O secretário também anunciou que já há renovação de entendimento junto aos organismos internacionais sobre as linhas de financiamento para iniciativas que estão adequadas ao plano, a exemplo do ABC+, que trata das metas para reduzir emissões de gases do efeito estufa.
O diretor Wilson Araújo ressaltou a sustentabilidade dentro da atividade agro brasileira. “Todas as tratativas sobre programas de investimentos e linhas de financiamento estão em harmonia com os conceitos de ESG [meio ambiente, social e governança]. Fizemos estudos esmiuçando dados e chegamos ao resultado de que 46% do que é financiado pelo Plano Safra está de acordo com as políticas de sustentabilidade. De R$ 260 bilhões, R$ 122 bilhões são do financiamento ESG”, ponderou.
Araújo também destacou a relevância das cooperativas de crédito na distribuição dos recursos. “Neste plano há participação maior das cooperativas de crédito na distribuição dos recursos equalizáveis”, reforçou.
O coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, reconheceu o esforço realizado pelo Mapa durante a estruturação do plano reforçou a necessidade de que os diálogos junto aos formuladores de políticas públicas sejam mantidos mesmo após a divulgação do Plano Safra 2022/2023, no intuito de que sejam buscados aprimoramentos possíveis ainda com a safra vigente, assim como o desenho para o próximo período.
Plano Safra - Com o montante de R$ 340,88 bilhões, o Plano Safra 22/23 anunciado no último dia 29, teve aumento de 36%, se comparado ao ano anterior. Deste valor, R$ 94,6 bi são para investimentos; R$ 53,61 para o Pronaf; e R$ 6,19 bi para o Programa ABC. O Pronaf terá taxa de juros de 5% para produção de alimentos e produtos oriundos da sóciobiodiversidade e 6% para os demais produtos. Já o Pronamp contará com o volume de R$ 43,75%, com juros de 8% ao ano. O PCA, que financia investimentos para construção ou ampliação de armazéns conta com R$ 5,13 bilhões, com taxas de juros que variam entre 7% e 8,5%.
Confira a notícia completa sobre o lançamento do Plano Safra 22/23, que contou com a participação do Sistema OCB.
Na próxima quarta-feira (6), às 10h, acontece em Manaus a 2ª Etapa do Seminário de Inovação e Sustentabilidade no Cooperativismo. O evento é uma parceria entre o Sistema OCB, o
Canal Rural e a OCB/AM para debater os caminhos que as cooperativas do Brasil vem adotando para cumprir as metas assumidas para alcançar a neutralidade de carbono e outros ativos ambientais.
Os assuntos tratados estão em consonância com o que foi indicado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021 (COP26). O seminário será realizado na sede do Sicoob Uniam e poderá ser acompanhado por meio do perfil no Youtube do Canal Rural.
“Essa parceria de longa data com o Canal Rural sempre rendeu bons frutos. Agora, de forma muito especial, vamos discutir no epicentro da sustentabilidade, que é a Amazônia, as inovações e ações sustentáveis para o meio ambiente, para a economia e para o desenvolvimento social. Convido a todos a acompanharem”, ressalta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Entre os temas que serão abordados nesta segunda etapa estão a regulamentação dos créditos de carbono e como participar desse mercado; os critérios e fontes de recursos para o financiamento de projetos sustentáveis, econômicos, sociais e ambientais; e cases de inovação e sustentabilidade na Região Norte.
Outras duas etapas do seminário serão realizadas em Minas Gerais (3/8) e no Distrito Federal (24/8).
Estudo com análise sobre nova métrica para emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), principalmente para o gás metano, foi publicado pelo Observatório de Bioeconomia, do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A análise leva em conta a métrica sugerida pelo Painel Internacional Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e também o Acordo de Paris, que definiu uma meta limite de aumento da temperatura global até 1,5º C acima dos níveis pré-industriais, ao invés do volume de emissões dos GEE, até 2050.
A nova métrica de conversão do metano é denominada de Global Warming Potential Star (GWP*) ou Potencial de Aquecimento Global Estrela em português. Ela é baseada na variação das emissões ao longo do tempo (ao invés da emissão anual) e considera os impactos em diferentes momentos da permanência do gás na atmosfera, afetando diretamente a atividade pecuária. Representa ainda um menor potencial para o aquecimento global se comparado com outras métricas oficiais como a GWP100, onde são considerados os gases que permanecerão 100 anos na atmosfera.
Segundo o estudo da FGV, o gás metano (CH4) é o segundo gás de efeito estufa presente na atmosfera, sendo responsável por 17,6% das emissões globais. Já o dióxido de carbono (CO2) representa 74,4%. O esforço global está na neutralidade do metano, pois o ciclo de vida do gás na atmosfera tem duração média de 12 anos, enquanto o CO2 permanece por 100 anos. Então, a redução de metano na atmosfera simboliza um método mais rápido de frear o aumento da temperatura do planeta.
O cooperativismo apoiou o estudo que ajuda a comprovar a sustentabilidade da agropecuária brasileira. Saiba mais no site Cooperação Ambiental.
Em parceria com o Canal Rural e apoio da OCB/AM, o Sistema OCB promoveu a 2ª Etapa do Seminário de Inovação e Sustentabilidade no Cooperativismo, nesta quarta-feira (6), em Manaus. O objetivo da série de encontros é refletir sobre os caminhos que as cooperativas brasileiras vêm adotando para cumprir as metas assumidas para alcançar a neutralidade de carbono e de outros ativos ambientais. Os temas dos painéis estão em consonância com o que foi indicado durante Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021 (COP26).
O presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou o simbolismo da realização do debate na Amazônia. “É muito importante estarmos discutindo sustentabilidade e inovação dentro do cooperativismo, mas também é muito especial debater esses temas no epicentro da sustentabilidade, que é a Amazônia. Temos capacidade de nos organizar e estratégia para fazer um desenvolvimento cada vez mais sustentável nos negócios com inovação, tecnologia e boas governanças cooperativas. Assim, vamos construir um mundo melhor para os nossos descendentes”, afirmou.
Já o presidente da OCB/AM, José Merched Chaar, declarou que o cooperativismo sustentável do estado desmistifica algo que parecia longínquo. “O mercado de crédito de carbono é especialíssimo para nós que sabemos como preservar a floresta. Temos aqui 98% da floresta intacta, então vamos encontrar uma equação para que a floresta continue sendo preservada e os guardiões sejam reconhecidos por isso”, considerou.
Além da regulamentação dos créditos de carbono, os convidados debateram sobre fontes de recursos para o financiamento de projetos sustentáveis, econômicos, sociais e ambientais. Foram apresentados os cases de inovação da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), no Pará, com seu sistema de plantio agroflorestal, e da Cooperativa Agroextrativista do Mapiá e Médio Purus (Cooperar), de Boca do Acre (AM), que concilia trabalho e renda das comunidades ribeirinhas com a preservação e conservação da floresta no cultivo do cacau.
O Secretário de Estado da Produção Rural, Petrucio Pereira, concordou com Meched no que diz respeito a mais garantias financeiras aos protetores da floresta. “O caminho é manter nossa floresta em pé e oferecer condições dignas aos seus guardiões. Além disso, somos o grande produtor de agro sustentável e de bioenergia, que são outros ativos valorosos”.
O diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (IDAM), Tomás Igo Sanches, apresentou dados do órgão e salientou que o órgão vem atuando em 62 municípios para avançar com as inovações para melhor atender os produtores.
A coordenadora do Programa Floresta+Amazônia, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Andreia Bolzon, destacou o compromisso do programa com as gerações futuras e que outros fundos de organismos internacionais podem ser abertos para projetos de sustentabilidade no país. Ela também reforçou que continuam abertas as inscrições para o Programa Floresta+Conservação deste ano, até 31 de julho.
“Projetos que articulem as questões sociais, ambientais e econômicas merecem reconhecimento porque possuem compromisso com as próximas gerações. O Floresta+Amazônia já recebeu mais de 100 milhões de dólares, por meio do Fundo Verde para o Clima (GCF), para pagamentos diretos aos produtores da Amazônia sustentável. Queremos alcançar um valor maior para a manutenção do excedente de floresta nativa. Queremos incentivar também projetos de bioeconomia e preservação, bem como inciativas que inovam na recuperação e preservação de mata nativa”, destacou.
Uma mensagem do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, também foi exibida durante o seminário. Ele falou sobre a Política Nacional de Crédito de Carbono regulamentada por meio do Decreto 11.075/22. “Seremos a maior economia verde do mundo. O Brasil é protagonista em destravar essa agenda e, com esse decreto, já regulamentamos o mercado nacional. É um brasileiro criando receita de crédito de carbono para vender a quem precisa compensar. Temos capacidade de gerar crédito com custo menor e com diversas fontes. O mercado nacional regulado traz a tranquilidade necessária para se exportar esses créditos”.
O diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bruno Laskowsky, fez sua consideração inicial sobre a parceria entre o banco e a OCB e seguiu com exposições sobre linhas de créditos e outras formas de fomento para projetos de economia de baixo carbono.
“O Brasil tem uma posição invejável quando se trata de matriz energética, isso nos dá uma vantagem no chamado Custo Brasil para fazer negócios. A economia verde é um bônus que temos naturalmente. No BNDES, temos um portfólio com mais de 160 projetos de concessões em parques e em áreas de conservação. São linhas de crédito de garantias, serviços e fundos de investimento. Há soluções financeiras para o agro, para o microcrédito, para iniciativas de baixo carbono, para o fundo de clima e outros serviços. Temos também uma visão estratégica para fomentar o mercado cooperativista na área de desenvolvimento sustentável”, concluiu.
Mais duas etapas do seminário estão previstas na parceria firmada entre o Canal Rural e o Sistema OCB. Elas serão sediadas em Minas Gerais (3/8) e no Distrito Federal (24/8). Para rever o evento completo da etapa Manaus, clique aqui.
Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o governo federal lançou nesta quarta-feira (29/06) o Plano Safra 2022/2023, com R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. O valor reflete um aumento 36% em relação ao Plano anterior.
Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos (+29%). Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões (alta de 18%) e com juros livres R$ 145,18 bilhões (alta de 69%). O montante de recursos equalizados cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões na próxima safra.
O evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, dos ministros Marcos Montes (Agricultura), Paulo Guedes (Economia), do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, além de diversos parlamentares e representantes de entidades da cadeia produtiva no Brasil.
Em seu discurso, o presidente Márcio destacou a importância do crédito rural para o agronegócio nacional e para a segurança alimentar do mundo. “O agro continua sendo o principal motor da economia nacional. É indiscutível que um dos eixos fundamentais para o alcance de resultados cada vez mais positivos é o adequado desempenho do crédito rural no país. O fomento ao agro brasileiro via políticas públicas não pode ser visto apenas como uma questão setorial, mas sim, como garantia da produção e fornecimento alimentar, tanto no âmbito doméstico quanto no global, principalmente em momentos de desafios como os impostos atualmente”.
O dirigente também ressaltou a importância das cooperativas no cenário agro brasileiro. “Por sua atuação predominante junto aos pequenos e médios produtores, as cooperativas agropecuárias prestam grande contribuição à promoção de justiça social por meio da maior distribuição de renda, pela produção econômica coletiva e por seu envolvimento com as comunidades onde atuam, motivo de serem legítimas beneficiárias do crédito rural. Já as cooperativas de crédito garantem capilaridade à distribuição dos recursos, atuando prioritariamente junto aos pequenos produtores e possibilitando o adequado acesso ao financiamento de suas atividades”.
O ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou que o agro tem conquistado o reconhecimento merecido também nas políticas públicas. “É um protagonismo há tempos aguardado e que agora estamos conseguindo conquistar. O Plano Safra 22/23 traz um conjunto de recursos capaz de atender as necessidades do setor produtivo em suas mais diversas necessidades, com um montante expressivo e juros abaixo dos praticados pelo mercado”.
Já o presidente Jair Bolsonaro, lembrou a relevância do agro brasileiro no cenário mundial. “Nosso agro, muitas vezes criticado, mas tão essencial para todos nós. E o Brasil é um exemplo para o mundo em produtividade, além de protagonista da segurança alimentar”, declarou.
Principais destaques do novo Plano Safra:
- Montante de R$ 340,88 bilhões (+36%)
- R$ 94,6 bi para investimento (+29%)
- R$ 53,61 bi para o Pronaf (+36%)
- R$ 6,19 bi para o Programa ABC (23%)
Articulação
O Sistema OCB participou ativamente do processo de construção do Plano Safra, apontando as principais demandas das cooperativas em diversas reuniões com os ministérios da Agricultura e da Economia, e também com o Banco Central. “Nosso esforço focou na ampliação dos recursos disponibilizados, na priorização das linhas de investimento, na equalização da taxa de juros e no ajuste de normas operacionais, sempre com a contínua preocupação de manter as bases do modelo atual de financiamento rural, fundamental para que o país possa continuar produzindo e alimentando nossa população e a do mundo”, explicou o presidente Márcio.
Fortalecimento de pequenos e médios
Os produtores pequenos e médios continuam sendo prioridade no Plano Safra, com aumento da disponibilidade de recursos de custeio e taxas de juros favoráveis.
Os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 36%. Serão destinados R$ 53,61 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 5% ao ano (para produção de alimentos e produtos da socio biodiversidade) e 6% ao ano (para os demais produtos).
Para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões, um aumento de 28% em relação à safra passada, com juros de 8% ao ano.
Outro destaque foi o aumento das subexigibilidades do Pronaf e do Pronamp, que passou de 22% e de 28% para 35%, respectivamente, refletindo a prioridade do Plano Safra para os pequenos e médios produtores.
Sustentabilidade
O incentivo a técnicas sustentáveis de produção agropecuária também são destaque. O Programa ABC, que financia a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária florestas e a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, contará com R$ 6,19 bilhões. As taxas de juros serão de 7% ao ano para ações de recomposição de reserva legal e áreas de proteção permanente e de 8,5% para as demais.
Além do Programa ABC, o Plano Safra prevê o incentivo à utilização de fontes de energia renovável. Outra novidade é o financiamento de remineralizadores de solo (pó de rocha), que tem o potencial de reduzir a dependência dos fertilizantes importados.
Também será mantida a priorização do programa Proirriga, que contempla o financiamento de todos os itens inerentes aos sistemas de irrigação, inclusive infraestrutura elétrica, reserva de água e equipamento para monitoramento da umidade no solo. Serão disponibilizados R$ 1,95 bilhão, maior aumento de recursos entre os programas de investimento (+44%), com carência de três anos e prazo máximo de reembolso de 10 anos.
Inovação
Por meio de programas como o Inovagro, o novo Plano Safra disponibiliza recursos para o incentivo à inovação tecnológica e para investimentos necessários para a adoção de boas práticas agropecuárias e de gestão da propriedade. Na próxima safra, o Inovagro terá R$ 3,51 bilhões em recursos, com juros de 10,5% ao ano.
Entre os financiamentos previstos no Plano Safra 2022/2023 estão os investimentos relacionados a sistemas de conectividade no campo, softwares e licenças para gestão, monitoramento ou automação das atividades produtivas, além de sistemas para geração e distribuição de energia produzida a partir de fontes renováveis.
Pesca e Aquicultura
O Ministério da Agricultura também vem trabalhando para ampliar a inserção da pesca no crédito rural, com o fortalecimento do apoio à comercialização de produtos da pesca e da aquicultura e o acesso a financiamentos de investimento nas áreas de inovação e modernização das atividades pesqueiras.
Armazéns
O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que financia investimentos necessários à ampliação e à construção de novos armazéns, terá R$ 5,13 bilhões disponíveis na próxima safra, com taxas de juros de 7% ao ano para investimentos relativos à armazenagem com capacidade de até 6 mil toneladas, e de 8,5 % ao ano para os demais investimentos. O prazo de reembolso é de até 12 anos, com carência de até 3 anos.
Neste ano, foi instituído um limite de financiamento de R$ 50 milhões para investimentos relativos a armazenagens de grãos. Para o armazenamento dos demais itens, o limite continua sendo de R$ 25 milhões.
Clique aqui para conhecer todos os detalhes do plano.
Transformar realidades para melhor é uma das premissas do cooperativismo. O interesse pela comunidade e pelas pessoas é demonstrado diariamente nas ações e atividades desenvolvidas pelas cooperativas.
Unidas, elas também investem em projetos específicos e voluntários que contribuem para minimizar os efeitos da desigualdade social e promover cidadania entre os beneficiados. É o movimento Dia de Cooperar, mais conhecido como Dia C, que envolve iniciativas planejadas pelas cooperativas durante todo o ano.
E, todo ano, no primeiro sábado de julho, as cooperativas brasileiras, apoiadas pelo Sistema OCB, festejam os resultados do Dia C com eventos sociais realizados simultaneamente em todo o país, a partir de ações de responsabilidade social e voluntárias que incluem prestação de serviços, difusão de diversas culturas e recreação nas áreas de saúde, educação, meio ambiente e outras, para as comunidades onde estão inseridas.
“O Dia C é uma data para incentivar práticas de voluntariado e confirmar o compromisso do cooperativismo com a construção de um mundo mais justo, equilibrado e próspero. Nosso papel é disseminar a importância do movimento e aproveitar esta data para demonstrar à sociedade um pouco do que o cooperativismo faz, diariamente, para melhorar a vida das pessoas e preservar o meio ambiente”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Como evento nacional, o Dia C já totaliza mais de 14 mil iniciativas que beneficiaram 24,8 milhões de pessoas. Em 2021, foram 5,1 milhões de pessoas atendidas com as mais de duas mil iniciativas e ações realizadas por 2.579 cooperativas e seus mais de 145 mil voluntários. Ao todo, 1.411 munícipios registraram a força do voluntariado cooperativista.
Para este 2 de julho, depois de dois anos de pandemia e de eventos realizados de forma virtual, o Dia C volta ao formato presencial com uma programação diversificada. Os eventos estão confirmados em onze estados: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rondônia. Além das capitais, as ações também serão realizadas em inúmeros municípios Brasil a fora.
Os estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, e Paraíba também realizarão seus eventos de celebração pelo Dia C, mas em outras datas ainda a serem divulgadas.
Programação:
- Em Belo Horizonte, capital mineira, as comemorações serão na Praça da Assembleia, entre 9h e 13h. O Sistema Ocemg vai oferecer uma manhã recheada de música, cultura, brincadeiras e conteúdo sobre o voluntariado do movimento cooperativista. Coral infantil, grupo de dança, performance circense e orquestra compõem a parte cultural, enquanto em outros pontos serão ofertados serviços de aferição de pressão, massagem e exposição de produtos e serviços das coops mineiras.
- No Distrito Federal o evento será celebrado na Escola Classe 1, da Cidade Estrutural, entre 9h e 13h. O Dia C da capital espera atender mil pessoas e contará com tendas e palco para realização de oficinas; apresentações culturais, como contação de histórias e quadrilha; recreação infantil; prestação de serviços de assessoria contábil, jurídica; de saúde; bem-estar e beleza.
- No Espírito Santo, a celebração será na Grande Vitória, entre 8h e 13h, no bairro José de Anchieta. Serão oferecidos serviços médicos, de educação financeira, corte de cabelo, orientação jurídica e profissional, além de atendimento do juizado itinerante da Lei Maria da Penha. Também estão previstas palestras e orientações educativas de trânsito, técnicas de alongamento e primeiros socorros. Entre as atrações para os pequenos estão previstas apresentações de teatro, pula-pula, tobogã, cama elástica, cabine de fotos, pintura de rosto e bola mania. Serão distribuídos cachorro-quente, pipoca, churros, algodão doce, picolé e refrigerante.
- Em Goiás, o evento será no Jardim Botânico de Goiânia entre 9h e 13h. Embora a comemoração vá oferecer serviços, ações de educação e lazer, o foco será em ações de sustentabilidade ambiental. Terá ponto de coleta de materiais para reciclagem e a composição de um orquidário no parque, com 90 plantas de 60 espécies diferentes de orquídeas, além de um grande roseiral, com 262 tipos de rosáceas - cada uma representando uma cooperativa de Goiás.
- No Mato Grosso do Sul, a celebração da capital Campo Grande será no Parque Tarsila do Amaral, entre 13h e 18h, com atendimentos de saúde, bem-estar e beleza; assessoria jurídica e financeira; esporte e recreação; apresentação cultural e outras ações. Outras 20 cidades do estado também receberão ações voluntárias das cooperativas como Dourados, Corumbá, Três Lagoas, São Gabriel do Oeste, Angélica, Naviraí, Novo Horizonte do Sul e Nova Andradina.
- O Pará escolheu uma semana inteira para promover ações em benefício de suas comunidades. Entre os dias 2 e 8 de julho, a comunidade santarena contará com atendimento médico, serviços de higiene e beleza, lazer e atividades ecológicas e educacionais. Terá ainda prestação de serviços de assistência social e outros serviços úteis à população como doação de cestas básicas e de sangue.
- No Paraná, a Ocepar fez parceria com a Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e o evento receberá cobertura especial na TV, que divulgará ações das cooperativas do estado no programa Estúdio C, que vai ao ar a partir das 14h40. Entre as ações previstas estão recreação, esporte e lazer; arrecadação de roupas, alimentos, leite, materiais de higiene pessoal e produtos de limpeza; conscientização sobre cuidados com a saúde, meio ambiente, vida financeira, doação de sangue e medula óssea; incentivo à educação e leitura; inclusão social de novos imigrantes; consultas e exames (visual, odontológico, laboratoriais), além de revitalização e reformas (plantio de árvores, doação de mudas, pintura de escola). Em Curitiba, o Sistema Ocepar já vem promovendo, desde 27 de junho, arrecadação de alimentos não perecíveis, fraldas geriátricas, sapatos, roupas, mantas e cobertores, para serem distribuídos.
- Em Pernambuco, as comemorações serão em Petrolina, a partir das 8h. As cooperativas ofertarão para a comunidade café da manhã, doação de 12 ares-condicionados ao Hospital Apami, palestra sobre o sétimo princípio do cooperativismo e dinâmicas de solidariedade.
- No Rio Grande do Norte, a celebração será na sede da ONG Atitude Cooperação, que fica na Avenida Capitão-Mor Gouveia, bairro Felipe Camarão, na capital, entre 8h e 12h. A comunidade vai desfrutar de atrações culturais e também de serviços médicos, odontológicos, aplicação de vacinas e consultas com especialistas em finanças.
- Em Rondônia, a comemoração será realizada na Escola Estadual de Ensino Nova Brasília, em Ji-Paraná, entre 9h e 13h. A expectativa da organização é atender 800 pessoas com serviços de emissão de documentos, atendimento médico, odontológico e jurídico, cortes de cabelo, atividades recreativas e apresentações culturais.
O Sistema OCB participou do Fórum de Energia Cooperativa, evento realizado nos dias 8 e 9 de junho pela Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV). O objetivo foi debater os desafios e as alternativas para o crescimento do setor no Brasil, em especial, no que tange a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) sobre a energia produzida e consumida pelas cooperativas. O encontro reuniu representantes de cooperativas e instituições de apoio no país.
O coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Marco Morato, fez a moderação do painel Inovação social em energia e oportunidades nos resíduos agropecuários, além de comandar palestra como tema Apresentação de projetos e ações com as cooperativas de energia renovável. Segundo Morato, esse diálogo do movimento cooperativista é essencial para o avanço de políticas públicas que reconheçam o potencial do movimento na geração e distribuição de energia limpa.
“O Fórum promoveu o debate dos principais desafios das cooperativas, que vão desde a organização do setor, adoção de ações de compliance e necessidade de um trabalho efetivo para a desoneração da atividade, principalmente na esfera tributária. O Sistema OCB tem muito a contribuir tanto na capacitação destas cooperativas, como em questões institucionais para avançar na desoneração da atividade", reforçou Morato.
A abertura do evento foi realizada pela diretora da DGRV-Brasil, Camila Japp e o primeiro painel abordou O movimento internacional da energia cooperativa. O debate destacou pessoas que atuam no centro da transição energética, com relato de experiências no mundo. Já o painel Ecossistemas de negócios das cooperativas de energia na Alemanha trouxe casos típicos das experiências alemãs no setor e potenciais lições para as cooperativas de energia brasileiras.
Outro tema de destaque no fórum foi o compartilhamento de produtos e serviços entre as cooperativas para o alcance de economia de escala, incluindo as tecnologias dos softwares de gestão. O aprimoramento da Resolução Normativa da ANEEL 482/12, que, entre outras medidas, permite ao consumidor brasileiro gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis também foi explorado, assim como as oportunidades de negócios entre União Europeia e Brasil para a economia de baixo carbono; e a geração compartilhada no planejamento energético nacional.
O fórum salientou, ainda, discussões sobre o impulsionamento na diversidade de geração de energia compartilhada, a defesa dos interesses do movimento cooperativista; as oportunidades no hidrogênio verde para as cooperativas de energia renovável; a sustentabilidade do modelo de negócios cooperativista; os desafios e oportunidades; e o conhecimento e disseminação da plataforma Energia.Coop.
Em reuniões temáticas foram debatidos, além da questão do ICMS, os modelos inclusivos mais comunicação, mais crédito; e a intercooperação e centralização. Ao final do evento, o grupo tomou a decisão de se constituir uma federação representativa para atuar em defesa dos interesses destas cooperativas, bem como compartilhar soluções com elas.
O Sistema OCB participou, na quinta-feira (2), de evento promovido pelo Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FVG) que debateu as estratégias do cooperativismo para o desenvolvimento sustentável. No evento, moderado pelo pesquisador Daniel Vargas, o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Marco Olívio Morato, destacou que o modelo de negócios cooperativista está um passo à frente em termos de sustentabilidade, pois atende as premissas de ser ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável.
“O cooperativismo tem sido um dos indutores de tecnologias e soluções sustentáveis há anos. Somos referência em programas de sucesso como adoção de tecnologias de sequestro e baixa emissão de carbono, na recuperação de nascentes e matas ciliares, em ações que transformam passivos ambientais em energia renovável e biofertilizantes”, afirmou Morato. Ainda segundo ele, “essas ações corresponderem aos anseios do movimento, das comunidades e principalmente do mercado”, acrescentou.
Três cooperativas foram convidadas a apresentar projetos de sucesso em sustentabilidade durante o evento: a Cooperativa Lar Agroindustrial, do Paraná; a Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus), que abrange São Paulo, Minas Gerais e Goiás, e a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), do Pará.
Exemplos
A apresentação da Lar detalhou como são realizados os trabalhos de assistência técnica e capacitação desenvolvidos e, ainda, sobre o protagonismo da cooperativa quando se trata de biodigestores e aproveitamento de dejetos. O presidente Irineo Rodrigues reforçou que o biogás é o vetor de descarbonização do agronegócio e que a Lar já recebeu prêmios por seu projeto sustentável que prevê a emissão zero de carbono até 2060.
“Nossas práticas buscam e alcançam melhor qualidade da água, do ar, de energias renováveis e gestão de resíduos. São mais de 150 nascentes recuperadas em propriedades de associados, procedimentos de logística reversa, de reciclagem de embalagens, de aproveitamento de dejetos para a geração de energia. Essa integração de atividades gera muita matéria-prima que, com o devido tratamento, como é o caso dos biodigestores, permite uma destinação correta e a produção de energia limpa”, explicou.
Irineu destacou ainda que o inventário elaborado pela Lar para definir metas e prazos para redução de emissão de carbono é o principal método utilizado por seus associados. “Temos o Programa de Inovação e o Lar e Associados, mas nessa temática, o Prêmio Lar Sustentabilidade é o que reconhece as melhores práticas sustentáveis. Neste caminho, o próximo passo a conquistarmos seria o pagamento por serviços ambientais”.
A Coopercitrus foi representada pelo presidente do Conselho de Administração, Matheus Marinho, que pontuou que a sustentabilidade é um pilar estratégico dentro da cooperativa. Ele atribui o sucesso à criação da Fundação Coopercitrus Credicitrus, que recebe investimentos ocasionando mudanças significativas para os cooperados.
“Na Fundação, temos três pilares base: educação para o agro, onde ofertamos graduação em big data e outro curso técnico em agronegócio – aberto para a sociedade. O segundo é o meio ambiente, com equipe técnica que vai ao campo trabalhar com recuperação de matas ciliares, nascentes, projetos de fixação de carbono no solo e mais uma gama ampla de ações desenvolvidas pelo do time da fundação. O terceiro pilar é utilizar a tecnologia de máquinas e implementos a céu aberto, para que o produtor possa caminhar e ver as soluções desenvolvidas para cada situação, bem como o que está alinhado com sua necessidade, com seu nível tecnológico”, afirmou.
A Camta é referência no que diz respeito à sustentabilidade econômica e ambiental a partir do Sistema Agroflorestal de Tomé-Açú (Safta). O Safta contribui para o fim do uso de fogo na escala produtiva, permeando a cultura de baixo carbono; para a geração de emprego, renda e qualificação por conta da necessidade de mão de obra para o manejo das variadas culturas. Segundo o coordenador do Núcleo Agroflorestal de Pesquisa Aplicada da cooperativa, Raul Monteiro, o Safta é um piloto de larga escala.
“Nosso triturador como opção para queima já ganhou premiação da ONU como tecnologia de grande impulso para sustentabilidade. Temos 500 hectares de terra para expansão da produção agroflorestal, estruturação da patrulha mecanizada, agricultura sem queima e fábrica de fertilizantes para otimizar o uso do resíduo da agroindústria. Nossa tecnologia reduz em cinco vezes os gases de efeito estufa. Nosso projeto junto à Embrapa para mecanização e expansão do Sistema da Camta, que vai até 2026, vai nos ajudar a superar limitações e dar continuidade na pesquisa aplicada em agricultura sem queima. Isso agrega valor ao desenvolvimento sustentável e também gera mais rentabilidade aos cooperados, além de replicar tecnologias da agricultura biológica, diminuindo a dependência de insumos externos”, ressaltou.
Agenda
O evento contou também com as considerações do coordenador da FGV Agro e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Ele se mostrou satisfeito com as apresentações e destacou a agenda da sustentabilidade tem estimulado as inovações no campo. “Diversas e importantes ações de inovação e sustentabilidade são lideradas por cooperativas de várias regiões Brasil. São experiência diversificadas e exitosas. Então, esse tipo de encontro traz luz sobre como a sustentabilidade pode se tornar fonte de renda e riqueza para o produtor brasileiro”.
O ex-ministro também agradeceu o apoio do Sistema OCB, ao Observatório da FGV e sugeriu a promoção de um congresso brasileiro de cooperativas e sustentabilidade para divulgar amplamente os modelos expostos durante o webinar.
O Comitê Nacional de Mulheres do Sistema OCB Elas pelo Coop quer aumentar a participação feminina no movimento cooperativista. Reunindo pautas estratégicas e prioritárias, o Manual de implantação de Comitês de Mulheres nas Cooperativas traz os sete princípios de empoderamento da ONU Mulheres.

O documento constrói o passo a passo para implementar o comitê de mulheres dentro de uma cooperativa, detalhando desde o planejamento até a formação continuada. O manual relata sobre os espaços ocupados por elas no âmbito da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e também dentro do Sistema OCB, que reúne a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
O presidente Márcio Lopes de Freitas, destaca que a iniciativa é fundamental para colaborar com o crescimento e fortalecimento do movimento no país. “Nossa obrigação é construir alicerces sólidos para um processo permanente e natural de ocupação de espaços pelas mulheres. Para que isso aconteça, precisamos viabilizar o acesso às ações de desenvolvimento pessoal e profissional. Só assim elas poderão, cada vez mais, colaborar com o crescimento sustentável das coops. Este manual é mais um passo para fomentarmos a participação feminina em cargos de decisão”.
A Coordenadora do Comitê Nacional de Mulheres, Jamile Guimarães, instiga as cooperadas a participarem do projeto. “Marcamos presença no movimento cooperativista como a força que move o mundo e que gera sustentabilidade. Representamos quase metade dos cooperados do Brasil e temos ocupado a cada dia novas posições, em especial, de lideranças. Nossa base sólida é o que nos dá segurança de uma colheita certa. Precisamos nos capacitar para conquistarmos mais espaços. Topam o desafio?”, indagou.
A superintendente Tânia Zanella, destacou que a instituição está alinhada às demandas da sociedade com estratégicas de igualdade de gênero. Segundo ela, o manual é mais uma solução para que a inclusão aconteça na prática. “Vamos em busca de mais espaço e oportunidade para continuarmos contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e impactando positivamente comunidades onde atuamos. Já está mais que provado que, com isso, todo mundo ganha. É na diversidade que o coop mostra sua força”, frisa Tânia.
O Sistema OCB e a Apex-Brasil realizaram, nesta semana, visita à Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), no Pará. A agenda é mais uma ação da parceria entre a OCB e a Apex que, desde 2020, têm por objetivo promover negócios comerciais e qualificação das coops do agro para exportação. Com 93 anos de atuação, a Camta é referência no que diz respeito à sustentabilidade econômica e ambiental a partir do Sistema de Agroflorestal de Tomé-Açú (Safta), no qual as culturas semeadas convivem em harmonia, dividindo terreno umas com os outras e também com a floresta nativa.
Os resultados da visita técnica apontam que a renda da Camta é contínua se observados o curto, médio e longo prazo, a garantia de venda dos produtos, a ausência de desmatamento, e o cultivo em áreas desmatadas que, por consequência, auxilia na recuperação da biodiversidade na região. Isso porque o sistema agroflorestal mantém o solo úmido e fértil, respeita o clima, não empobrece o solo e aumenta a produtividade. As entidades avaliaram ainda que sistema agroflorestal adotado pela Camta tem sido fundamental para que a cooperativa alcance patamares cada vez maiores.

Os analistas observaram ainda que o Safta contribui ainda para o fim do uso de fogo na escala produtiva; gera emprego, renda e qualificação por conta da necessidade de mão de obra para o manejo das variadas culturas; adota tecnologia adequada ao Custo Amazônia; fortalece a economia local; e reaproveita os resíduos sólidos e líquidos para produzir fertilizantes organominerais.
Em resumo, o Safta, não apenas possibilitou a diversificação da produção como também reduziu consideravelmente a incidência de pragas e doenças, além de recuperar a biodiversidade, com sustentabilidade e ampliação de mercados.
Sobre a Cooperativa - A Camta foi fundada em 1929 por imigrantes japoneses e, hoje, conta com 172 cooperados, somados a mais de 1,8 mil produtores familiares. O Safta é um modelo exclusivo de agricultura sustentável, baseado na vivencia dos povos ribeirinhos e seu policultivo. Em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - após ser selecionada em edital – a Camta pretende expandir a tecnologia já utilizada, que evita em mais de cinco vezes a emissão de gases poluentes.
A cooperativa comercializa dentro e fora do país polpas pasteurizadas (sem uso de conservantes) de abacaxi, pitaya, açaí, caju, acerola, cupuaçu, goiaba, graviola, manga, maracujá, morango, murici e taperebá. Além de geleias, óleos vegetais, pimenta-do-reino e amêndoas de cacau. Atualmente, a cooperativa fornece seus produtos para a Argentina, Japão, Estados Unidos, Alemanha, França e Israel.
As certificações como Orgânico Brasil, USDA, Agricultura Orgânica, Kosher e JAS, validam sua credibilidade no ramo das exportações. Em 2019, obteve o selo de Indicação Geográfica (IG) para o cacau, que comprova que o produto é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem. O desafio atual é a obtenção da certificação ISO 22000 - Gestão de Segurança de Alimentos para atender alguns países com restrições pela ausência do selo.
O Selo IG rendeu, em números, à Camta, em 2019, 145 toneladas de cacau dentro do país e 376 toneladas do cacau especial (meijii) para o mercado internacional. Estas vendas representaram um faturamento de quase R$ 5 milhões, só com o cacau. No mesmo ano, o açaí em polpa também representou uma das maiores demandas da cooperativa, que exportou 182 toneladas para o Japão e outras 32 toneladas para a Alemanha.