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Como preparação para COP30, movimento impulsiona a transição energética
O cooperativismo brasileiro avança rumo à construção de um futuro sustentável com o lançamento oficial do Manifesto para a COP30 e consolida seu compromisso com a transição energética. O manifesto destaca o papel essencial das cooperativas na transição energética, ao permitir que comunidades se organizem para produzir e consumir energia renovável, promovendo um modelo descentralizado e acessível.
Para tanto, a matriz energética brasileira deve ser valorizada e impulsionada com políticas que fortaleçam energias renováveis, como solar, eólica e biogás. Ao mesmo tempo, o papel das cooperativas na distribuição de energia também é essencial para ampliar o acesso à energia no campo e em pequenos municípios. Além disso, a expansão dos biocombustíveis é estratégica para reduzir a dependência das fontes fósseis e fortalecer a segurança energética nacional.
Para contribuir com esta agenda, o Sistema OCB apresenta a nova Solução Eficiência Energética, um projeto que materializa o compromisso com a transição energética e que impulsiona a transição para um modelo de gestão energética mais limpo e eficiente dentro das cooperativas brasileiras.
Inserida na agenda ESG do Sistema OCB, a iniciativa pretende otimizar o consumo de energia, ampliar o uso de fontes renováveis e reduzir os impactos ambientais.
Com apoio de consultoria especializada, as cooperativas participantes passarão por um processo estruturado que inclui formação de gestores em eficiência energética, diagnóstico detalhado, desenvolvimento de projetos técnicos e implementação de melhorias.
A primeira etapa da solução começou hoje e consiste em preparar tecnicamente gestores em eficiência energética que serão responsáveis por acompanhar e conduzir a temática na cooperativa. Técnicos e lideranças de 15 cooperativas, que estão no piloto, participaram da formação que inclui três módulos. Juntas, essas organizações, distribuídas em oito estados, somam faturamento de R$66 bilhões, contam com 1,2 milhão de cooperados e geram 71 mil empregos diretos.
A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, destacou a relevância dessa solução no contexto energético brasileiro, que já possui uma matriz predominantemente limpa, mas com potencial ainda pouco explorado. "O cooperativismo reúne força coletiva e capacidade de organização indispensáveis para suprir essa lacuna, o que evidencia seu papel na redução de emissões e na promoção de um futuro energético mais eficiente", ressaltou.
Os números confirmam essa tendência. Em 2024, 913 cooperativas já produziam sua própria energia, representando 20,6% do total.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, enfatizou a importância da transição energética e da descarbonização para o futuro do setor. "Essa solução foi criada com o objetivo de permitir que as cooperativas possam atingir esses objetivos de maneira organizada e eficaz, com fortalecimento do seu papel estratégico na agenda climática global", destacou.
Com a junção das diretrizes políticas expressas no manifesto e a implementação de soluções inovadoras, o Sistema OCB reforça sua posição como protagonista no debate sobre sustentabilidade e transição energética. O movimento demonstra, assim, que a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico podem caminhar juntos, com resultados e impactos positivos nas comunidades e a construção de um futuro mais resiliente para todos.
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Iniciativa busca aperfeiçoar a avaliação dos processos de Governança e Gestão das coops
O Sistema OCB reuniu, entre os dias 11 e 13 de março, avaliadores da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) para uma capacitação sobre os processos de governança e gestão das cooperativas. O encontro foi realizado, de forma estratégica, em São Paulo, na sede do Sistema Ocesp, para garantir que os participantes pudessem ter acesso facilitado à iniciativa.
Com um total de 80 avaliadores de diversas regiões do Brasil, a capacitação teve como objetivo preparar os profissionais para a análise das 150 cooperativas que serão visitadas este ano. A atividade teve como foco atualizar e aprofundar os conhecimentos dos participantes, que possuem a responsabilidade de verificar se as auto-avaliações feitas pelas cooperativas estão coerentes com os critérios do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão. Com um olhar criterioso e técnico, esses profissionais farão a checagem dos processos requeridos no diagnóstico de Governança e Gestão e o atendimento das cooperativas aos requisitos solicitados.
O treinamento foi conduzido por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, e Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica, ambas do Sistema OCB. A capacitação também contou com o apoio de especialistas da FNQ, que apresentaram, com profundidade, as técnicas dos instrumentos de Governança e Gestão.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de CooperativasDébora abriu o evento dando destaque ao impacto do cooperativismo no Brasil e no mundo, e reforçou como o movimento é um motor essencial para o desenvolvimento econômico e social. Ela também enfatizou que um processo avaliativo bem estruturado é fundamental para que as cooperativas recebam diagnósticos precisos e construtivos, além de possibilitar a identificação de oportunidades de melhoria e o fortalecimento da governança e gestão.
“A excelência na gestão começa com uma avaliação bem-feita. Garantir um processo estruturado e alinhado aos princípios do cooperativismo é essencial para que as cooperativas cresçam de forma sustentável, competitiva e com impacto positivo para seus cooperados e comunidades”, destacou.
Simone, por sua vez, explicou que o Sistema OCB decidiu levar os avaliadores para uma capacitação presencial, como um passo estratégico. “O alinhamento profundo dos processos é essencial para garantir que a avaliação seja precisa, justa e contribua para o crescimento contínuo das cooperativas. Além disso, todo o processo do prêmio agora está completamente integrado ao sistema de governança e gestão, proporcionando mais transparência e eficiência”, disse.
Além de aprofundar os conhecimentos sobre os critérios e premissas do prêmio, o treinamento também abordou a postura e o papel dos avaliadores, com garantia de que as visitas às cooperativas sejam conduzidas de forma padronizada. O novo modelo permite que todo o processo seja realizado dentro de um sistema digital, com uma análise mais ágil e segura.
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Histórias reais, transformação social e compromisso com a sustentabilidade marcam nova iniciativa do movimento SomosCoop
Sistema OCB celebra histórias que transformam realidades no Dia Internacional das Mulheres
Outdoor da campanha Mulheres cooperam por um mundo melhor
No Dia Internacional das Mulheres, o Sistema OCB apresenta uma ação especial para homenagear e reconhecer a força feminina no cooperativismo. Com o mote Mulheres cooperam por um mundo melhor, a iniciativa destaca histórias inspiradoras de cooperadas que encontraram no movimento uma forma de prosperar, fortalecer laços e transformar realidades.
Mais do que uma homenagem, a ação busca evidenciar o papel essencial das mulheres, seja no campo, no transporte, no artesanato ou na indústria, onde estão presentes e concretizam a construção de um futuro mais justo e sustentável.
Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, afirma que ser inspiração para outras mulheres que ocupam cargos de liderança também traz responsabilidades. “Acredito que, pelo exemplo, pela capacitação contínua e pelos resultados que entregamos, podemos abrir portas para que mais mulheres se sintam encorajadas a trilhar esse caminho”, disse.
Reconhecimento
Para tornar essa homenagem ainda mais especial, cinco mulheres foram escolhidas para representar as cooperadas de todo país a partir de suas trajetórias pessoais que contribuem para comprovar a força do cooperativismo. Essas protagonistas foram surpreendidas com suas imagens estampadas em outdoors instalados em pontos estratégicos de suas cidades.
Outdoor em homenagem às mulheres cooperativistasAs homenageadas são Valdemarina Cruz, cooperada da Copamart/AM (Cooperativa de Artesanato da Amazônia), que transformou talento em arte e, com isso, mudou sua vida e a de sua família. Artesã, ela encontrou na cooperação com outras mulheres um espaço para crescer e fortalecer sua identidade cultural. Suas peças, amplamente premiadas, carregam a essência da Amazônia, e geram impacto positivo para sua comunidade.
Maria José Rodrigues, a Zezé do Requeijão, faz parte da Complem/GO (Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos). Ela é uma pequena agricultora que fortalece o cooperativismo com produtos premiados, além de ser um exemplo de como o modelo de negócios impulsiona a agricultura familiar. Seu requeijão simboliza qualidade, mas também revela a força do trabalho feminino no campo.
Geórgia Deon, cooperada da Coopexvale/PE (Cooperativa de Produtores e Exportadores do Vale do São Francisco), é uma agricultora que promove o desenvolvimento da sua comunidade. No sertão pernambucano, seu trabalho vai além da produção agrícola e fortalece sua comunidade, impulsiona o cooperativismo e prova que, com cooperação, é possível crescer e inovar.
Flávia Reis, da Coopmetro/MG (Cooperativa de Transporte), é uma caminhoneira que inspira outras mulheres e, como cooperada, ajuda no desenvolvimento do país, abrindo caminho para o exemplo e o fortalecimento do movimento.
Eliane Dorn, cooperada da Coasa/RS (Cooperativa Agrícola Água Santa), é uma produtora rural que atua para além da produção de alimentos de qualidade. Ela estimula o empreendedorismo feminino, com incentivo à outras mulheres para se unirem ao cooperativismo.
Essas mulheres representam a diversidade e a força do cooperativismo, além de mostrar que cada uma tem potencial para construir sua própria história e mudar a realidade ao seu redor. Por isso, as homenageadas foram convidadas para um encontro surpresa, onde tiveram a oportunidade de ver seus sorrisos estampados nos outdoors de suas cidades. O momento de emoção e orgulho foi registrado em um vídeo especial, compartilhado nas redes sociais do SomosCoop.
A ação também ganhou força com posts e vídeos que celebraram a força das mulheres. O objetivo foi reforçar que, quando as mulheres cooperam, o impacto é real e imenso e, assim, o Sistema OCB destaca que a atuação feminina dentro das cooperativas é essencial para impulsionar o desenvolvimento sustentável, a inclusão e a inovação. Seja criando produtos de qualidade ou abrindo a novos caminhos, elas encontram no cooperativismo um terreno próspero para transformar suas vidas.
Quer ver de perto essa homenagem? Acesse as redes sociais do SomosCoop e confira os vídeos dessa ação inspiradora!
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Solução contribui para uso eficiente e consciente de energia, bem como apoio na transição energética
A busca por um futuro mais sustentável e eficiente acaba de ganhar um novo capítulo no cooperativismo brasileiro. O Sistema OCB lançou oficialmente, na última quinta-feira (27), a Solução Eficiência Energética, uma iniciativa inovadora que alia sustentabilidade e inovação para transformar a gestão de energia nas cooperativas do país. A solução faz parte da agenda ESG do movimento cooperativista e promete apoiar as cooperativas na transição para um modelo energético mais limpo e eficiente.
A Solução Eficiência Energética, nova iniciativa do Programa ESGCoop, tem como objetivo fortalecer a gestão sustentável das cooperativas, impulsionando a economia de recursos e a eficiência no uso da energia. Entre os principais benefícios estão: otimização do consumo energético, implementação de soluções renováveis, redução dos impactos das mudanças climáticas e alinhamento com os compromissos ESG.
Com o suporte de uma consultoria especializada, as cooperativas terão acesso a ferramentas e conhecimento para desenvolver projetos que reduzam custos operacionais e ampliem o uso de fontes renováveis, contribuindo para a sustentabilidade econômica e ambiental do setor. O cooperativismo brasileiro segue inovando e reafirmando seu papel estratégico na agenda climática global.
A energia é um dos principais insumos da economia global, e sua gestão eficiente tornou-se fundamental para a competitividade e sustentabilidade dos negócios. No Brasil, onde a matriz elétrica já é predominantemente renovável, a eficiência energética e a transição para fontes mais limpas e descentralizadas são peças-chave para um sistema mais resiliente e sustentável. As cooperativas, reconhecidas por seu papel social e econômico, estão se consolidando como protagonistas dessa transformação.
A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, destacou sua fala nesta direção ao apontar que o Brasil possui uma matriz energética predominantemente limpa, mas ainda subaproveita as vantagens dos climas tropicais para potencializar sua produção de energia renovável. “O cooperativismo tem a força coletiva e a capacidade organizativa necessária para preencher essa lacuna, demonstrando seu impacto na neutralização de emissões e na construção de um futuro energético mais eficiente”, ressaltou.
Os números reforçam essa tendência. Em 2024, 913 cooperativas geraram sua própria energia, o que representa 20,6% do total. Com isso, o tema ganha cada vez mais adesão no setor, e a Solução Eficiência Energética já conta com a participação de 15 cooperativas distribuídas em oito estados, com um faturamento conjunto de R$ 66 bilhões, 1,2 milhão de cooperados envolvidos e geração de 71 mil empregos diretos.
O coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, apresentou a jornada estruturada que as cooperativas participantes percorrerão ao longo do projeto. A trilha inclui formação de gestores, diagnóstico detalhado, elaboração de projetos técnicos e implementação de melhorias. “A transição energética e a descarbonização são prioridades globais. Essa solução ajudará as cooperativas a alcançar esses objetivos de forma estruturada e eficiente”, destacou.
Alexandre Mater e Marcos Beuren, sócios da consultoria Stride, parceira do Sistema OCB na implementação da solução, destacaram que essa solução “é uma oportunidade única para impulsionar a gestão energética” e explicaram que a consultoria acompanhará cada cooperativa, desde a formação dos gestores até a elaboração de um plano de ação baseado em diagnósticos precisos. “Avaliamos porte, consumo, impacto da energia e maturidade da gestão. Com base nisso, traçamos oportunidades de melhoria, definimos prioridades estratégicas e faremos um acompanhamento contínuo, com ajustes necessários para garantir que as metas sejam alcançadas”, detalhou Marcos Beuren.
As cooperativas que aderiram à Solução de Eficiência Energética e já possuem agenda nesse sentido, destacaram a importância da iniciativa para otimizar processos, reduzir custos e impulsionar a sustentabilidade. Anderson Facco, coordenador de engenharia elétrica da Aurora Coop, ressaltou que a cooperativa está sempre em busca de inovação e que a participação na solução foi uma honra, podendo alinhar estratégia de adoção de novas tecnologias para aumentar a eficiência energética.
Felipe Ferreira, supervisor da área de energia da C.Vale, compartilhou que a cooperativa trata a gestão de energia de forma própria há oito anos, investindo no treinamento dos colaboradores para garantir eficiência desde o monitoramento do consumo até a melhoria dos processos internos. Ele destacou que a parceria com o Sistema OCB proporcionou novas oportunidades para expandir ainda mais esses projetos.
Já Alcione Korte, superintendente da Cocatrel, explicou que a cooperativa tem investido em projetos integrados e já conta com iniciativas dentro da Solução de Eficiência Energética, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Por sua vez, José Ramos, coordenador de geração de energia da Cooperativa Holambra, destacou que a cooperativa tem contratos de energia incentivada firmados até 2028 e, desde 2022, vem ampliando sua matriz energética com a instalação de cinco usinas fotovoltaicas, além da extensão desse modelo para os cooperados. Essa estratégia reforça a busca pela autossuficiência energética e pela redução do impacto ambiental.
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Há mais de cinco anos, iniciativa promove campanhas que divulgam os benefícios do modelo de negócios
Em 2017, um novo capítulo começou a ser escrito na história do cooperativismo brasileiro com a idealização do movimento SomosCoop. Materializado um ano depois, em 2018, a iniciativa tem como missão levar o coop para além de suas fronteiras, para ser conhecido e reconhecido por toda a sociedade. Desde então, a marca funciona como uma bandeira na jornada de promoção do modelo de negócios. Um manifesto, divulgado em conjunto com o lançamento, ajudou a marcar o ponto de partida do movimento.
A motivação para a mudança aconteceu a partir da realização de uma pesquisa de imagem coordenada pelo Sistema OCB. Os dados coletados revelaram que apenas 44% da população conhecia o conceito de cooperativismo. Mas, a partir de uma série de ações, como campanhas de mídia, parcerias com influenciadores digitais, e a participação em programas de televisão de grande audiência, foi possível conquistar cada vez mais o reconhecimento do público. O impacto dessas estratégias foi notável. Em 2024, o Sistema OCB divulgou uma pesquisa que mostrou que 77% da população soube citar o nome de uma cooperativa, revelando aumento no reconhecimento do cooperativismo.
Para Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, o movimento SomosCoop tem o potencial de destacar os valores do coop. Ela acredita que, ao evidenciar seu propósito, a identidade da marca fortalece o cooperativismo e, também, constrói relacionamentos mais profundos e emocionais com seus públicos. “O SomosCoop atua para que o propósito do cooperativismo seja amplamente reconhecido e valorizado, permitindo que as pessoas se conectem verdadeiramente e contribuam para um mundo mais justo e equilibrado a partir do movimento de cooperação”, disse.
A conquista é resultado de diversas iniciativas que se destacaram ao longo dos anos. Entre elas, as parcerias com o ex-tenista Gustavo Kuerten na campanha Nova Onda e Vem Ser Coop, tudo ao seu redor já é. Ele vestiu a camisa do coop e mostrou ao Brasil como o movimento representa uma maneira inovadora de empreender e realizar negócios de forma colaborativa.
Outro destaque é a websérie SomosCoop na Estrada, comandada pela jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski, que percorre o país e promove o cooperativismo em diferentes regiões, cada uma com suas próprias histórias e desafios. Com três temporadas completas, lançadas em 2022, 2023 e 2024, o programa traz ao público relatos reais de transformação e superação vividos por cooperativas e cooperados. A cada episódio, os princípios do modelo de negócios são evidenciados e mostram que o potencial de cooperação muda realidades, fortalece comunidades e impulsiona o desenvolvimento local, com poder de gerar impactos positivos e prosperidade para as pessoas envolvidas.
Mais uma ação que gerou ainda resultados significativos foi a adoção do carimbo SomosCoop, criado em 2019 para facilitar a identificação de produtos e serviços oferecidos por cooperativas. Ao ver a marca, os consumidores e parceiros reconhecem facilmente que estão consumindo algo que é resultado de um trabalho de cooperação, com base em valores como a solidariedade, a transparência e o compromisso com o desenvolvimento sustentável.
A campanha #BoraCooperar, divulgada em 2023, também surgiu com o intuito de fortalecer ainda mais a visibilidade dos benefícios do cooperativismo no desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Com o mote E se em vez de competir a gente decidisse cooperar?, a iniciativa destaca como o modelo cooperativista impacta diversos setores da economia, como produção de alimentos, saúde, inclusão financeira e cuidado ambiental. A campanha conta com a participação de ex-BBBs influentes nas redes sociais, como Thelma Assis (saúde), João Luiz (educação) e Caio Afiune (agronegócio), que compartilham suas experiências profissionais ligadas ao cooperativismo. Além disso, um jingle exclusivo em quatro gêneros musicais complementa a comunicação nas mídias tradicionais e digitais.
Para mostrar que O cooperativismo é um bom negócio, uma nova campanha tomou forma em 2024. Ela reforça a mensagem de que o coop é uma escolha vantajosa para todos e mostra como o modelo de negócios impacta positivamente a vida das pessoas e suas comunidades, simplifica seu entendimento e enfatizando suas vantagens econômicas. A campanha foi divulgada por meio de vídeos, redes sociais e spots de rádio.
Além disso, o Movimento SomosCoop também tem marcado presença em podcasts populares como BrainCast e NerdCast, além do canal PodCooperar. A mensagem ainda encontra repercussão em grandes emissoras de TV, como a Band, no programa Melhor da Noite, que ajuda a amplificar sua voz e alcançar ainda mais pessoas. Na Rede Globo, os programas É de Casa, em 2021, e Encontro com Fátima Bernardes, em 2022, mostraram o poder transformador e o potencial econômico do cooperativismo.
“O aumento expressivo no reconhecimento do cooperativismo é, sem dúvida, um reflexo direto do trabalho promovido pelo SomosCoop, que busca reafirmar o compromisso de tornar o modelo de negócios uma força cada vez mais conhecida e respeitada em todo o Brasil”, complementa Samara.
A websérie #BoraEntender, de 2024, também surgiu como uma websérie para explicar de maneira simples e acessível o que é o cooperativismo, seus princípios e funcionamento. Em quatro episódios, a série explora a história do cooperativismo, sua presença em diversas atividades econômicas no Brasil, e o impacto positivo para cooperados e a sociedade. O primeiro episódio, já disponível no YouTube, revela como o cooperativismo promove prosperidade e desenvolvimento econômico e social, oferecendo uma visão prática e educativa do movimento.
Agora, em 2025, a campanha Bora Cooperar por um mundo melhor ganha vida a partir do próximo dia 10 de março . A iniciativa tem como objetivo engajar a sociedade na construção de um mundo mais justo e sustentável por meio do cooperativismo. O tema escolhido faz referência ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em reconhecimento às contribuições do movimento no desenvolvimento de comunidades, na promoção de inclusão social, sustentabilidade e justiça social, além de ser uma solução considerada eficaz para os desafios sociais, econômicos e ambientais globais.
Confira um breve histórico do que o movimento SomosCoop fez até aqui:
Realizado pelo Sicoob Primavera, iniciativa atende jovens em situação de vulnerabilidade
O Espaço Cooperar, projeto desenvolvido pelo Sicoob Primavera por meio do programa Voluntário Transformador, é prova de como o cooperativismo é uma força poderosa, capaz de gerar transformação social e desenvolvimento sustentável. Criado para promover educação financeira e cidadania, o Espaço Cooperar oferece atividades de arte e cultura gratuitas com a colaboração de 194 voluntários.
São aulas de música, balé, teatro, coreografia, entre outros, que permitem a descoberta de novos talentos e contribuem para o crescimento pessoal e profissional dos participantes. Por seu impacto, a iniciativa conquistou o troféu ouro na categoria Coop Cidadã do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024. “Esse é um projeto social que busca ajudar crianças a partir de um ambiente de aprendizagem e crescimento sem precedentes para as comunidades onde está inserido”, explica o presidente do Sicoob Primavera, Edson Luiz Dapper.
O projeto nasceu em Canarana, no Mato Grosso, mas ultrapassou fronteiras e, atualmente, está presente também nas cidades de Dom Eliseu e Rondon, no estado do Pará. Essa expansão permitiu que mais de 800 jovens fossem beneficiados pelas 13 oficinas oferecidas nos três Espaços Cooperar. Dessas vagas, 70% são destinadas a alunos em situação de vulnerabilidade social, o que reforça o compromisso do Sicoob Primavera com a inclusão e a justiça social. “As oficinas promovem o desenvolvimento de habilidades, a integração social e o fortalecimento de laços comunitários”, acrescenta Edson Luiz.
Ainda segundo ele, com foco na sustentabilidade e na responsabilidade social, o Espaço Cooperar representa o verdadeiro espírito cooperativista. “Sua expansão para outros municípios é um testemunho do impacto positivo que projetos como esse podem gerar e servem de inspiração para outras iniciativas semelhantes em todo o país”.
Kélyta Brito, gerente de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob Primavera, descreve os impactos do projeto com emoção. “Cada etapa tem um significado importante que faz a verdadeira diferença na vida das pessoas envolvidas. As aulas de balé, por exemplo, vão muito além da dança. A professora ensina até como amarrar o cabelo. Então, não só fazer uma aula. É ser transformado, ser cidadão. Ser uma pessoa de bem. E esse resultado se estende também para toda a comunidade”, destaca.
A presidente do Sicoob Rondon, Aifa Naomi Uehara de Paula, reforça o efeito da iniciativa para as comunidades atendidas. “Quando abrimos uma agência no interior, rapidamente observamos suas carências. E a cooperativa chega para suprir um pouco dessas carências. E assim nasceu essa ideia de montar um espaço de cooperação, muito bem aceito. As crianças amam, virou um espaço da cidade. Não é nem mais da cooperativa, é da própria cidade”, afirma.
Além de transformar realidades, o Espaço Cooperar também tem contribuído para o fortalecimento do Sicoob Primavera, que alcançou a marca histórica de R$ 1 bilhão em ativos nos últimos anos. O resultado é considerado mais um exemplo de como a sinergia entre o impacto social e o crescimento sustentável, premissas do cooperativismo, caminham juntos e podem ser plenamente acessíveis. 
Ao receber o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024, Edson Luiz agradeceu especialmente colaboradores e cooperados pela dedicação ao projeto. “Esse prêmio não é apenas um reconhecimento do nosso trabalho, mas um reflexo da força do cooperativismo. Ele demonstra que, quando nos unimos, podemos transformar vidas e construir um futuro mais justo e sustentável”, declarou.
Confira o vídeo com detalhes sobre o Espaço Cooperar em Canarana:
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Encontro discutiu assuntos de interesse mundial e realizou a transição da liderança para a África do Sul
O Grupo de Trabalho do G20 (GT G20) da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) realizou, nesta quarta-feira (05), uma reunião estratégica para dar continuidade às iniciativas que tem como objetivo ampliar a presença do cooperativismo nos principais organismos multilaterais do mundo. Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, representou a entidade no encontro.
Para ela, os esforços de coordenação por parte da ACI são cruciais para a inserção do cooperativismo no cenário global. "Ao cooperarmos com os movimentos de outros países, conseguimos organizar o movimento e mostrar o seu verdadeiro tamanho nos fóruns internacionais multilaterais. Isso abre espaço para que as cooperativas atuem junto a seus governos nacionais para conquistar espaço para o nosso modelo de negócios”, disse.
O GT, criado para coordenar e aconselhar os países que assumem a presidência do G20, tem como missão garantir que o cooperativismo esteja inserido nas discussões globais, a partir da promoção do movimento e, também, da integração em agendas de impacto econômico, social e ambiental.
Em 2024, o Brasil foi presidente do grupo e desempenhou papel fundamental na articulação e na defesa dos interesses do cooperativismo nos debates realizados. Com a transição para a presidência da África do Sul, neste ano, o encontro serviu para compartilhar experiências, alinhar expectativas e traçar estratégias para a nova liderança.
Um dos destaques da reunião foi a apresentação dos planos do Sistema OCB para a COP30, que será realizada no Brasil, em 2025. A presença do cooperativismo no evento que trata sobre mudanças climáticas é vista como estratégica para fortalecer a contribuição do setor para a sustentabilidade. O GT discutiu, ainda, a atuação do cooperativismo em outros fóruns multilaterais, como o G7, o que reforça a importância da representatividade do setor nessas esferas de decisão.
O encontro reafirmou o compromisso do GT da ACI em manter uma atuação coordenada para garantir que o cooperativismo seja reconhecido como um modelo econômico sólido e alinhado aos desafios globais. Com a liderança sul-africana, o grupo segue mobilizado para fortalecer a voz do cooperativismo no cenário internacional e promover a inclusão do setor nas discussões de alto nível, além de impulsionar soluções inovadoras para um desenvolvimento mais justo e sustentável.
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Potencial do cooperativismo como protagonista na agenda de sustentabilidade mundial é evidenciado
O webinário Mercado de Carbono: Cooperativas Rumo à Descarbonização, realizado pelo Sistema OCB, nesta terça-feira (4), reuniu mais de 400 participantes em transmissão online pelo YouTube da entidade para debater as oportunidades e os desafios do tema para o cooperativismo. O evento destacou o papel fundamental das cooperativas na agenda de descarbonização e abordou tanto o mercado regulado quanto o voluntário.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, deu início ao evento com três perguntas iniciais: Como sua cooperativa poderia se beneficiar do mercado regulado ou voluntário de carbono? Quais são os desafios para a inserção das cooperativas no mercado de carbono? Quais práticas sustentáveis sua cooperativa já adota e poderiam ser potencializadas com a agenda de descarbonização? Essas reflexões nortearam o debate, que teve como foco transformar os problemas ambientais em soluções e negócios sustentáveis.
Arnaldo Jardim: coops lideram mercado de carbonoPara o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o evento vai além de um debate técnico. "Estamos transformando a descarbonização em valor para as cooperativas e seus cooperados. Esse é o momento de receber a COP30 no Brasil, e usar dessa oportunidade para mostrar o potencial do modelo de negócios. Nossas cooperativas transformam realidades, e isso foi reconhecido uma segunda vez pela ONU. Por isso, precisamos discutir amplamente esse tema, tão atual para construir soluções que beneficiem a todos", declarou.
Em sua participação, o deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), reforçou a relevância do cooperativismo nesse contexto. "O movimento lidera o mercado de descarbonização. Temos exemplos extraordinários de cooperativas que mostram como é possível aliar desenvolvimento econômico e sustentabilidade. O coop sabe se atualizar e se adaptar aos novos desafios", afirmou.
Compromisso
Durante o primeiro painel, com o tema Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono, Daniel Vargas, consultor do Sistema OCB para a COP30 e professor de Economia e de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacou que o mercado de carbono é uma criação política que transforma o meio ambiente em ativo econômico. Para ele, o cooperativismo é capaz de organizar essa cadeia, criar escala e impacto positivo. "O grande desafio é reconhecer as boas práticas do agro e, também, das cooperativas como geradores de créditos de carbono. Esse modelo de negócios possui um papel decisivo ao incentivar que produtores passem a enxergar o meio ambiente não como um obstáculo, mas como uma oportunidade", afirmou.
Daniel Vargas: mercado de carbono é oportunidadeO professor acredita que o Brasil possui enorme potencial de descarbonização. “Nosso país tem virtudes tropicais singulares que precisam ser valorizadas no mercado de carbono global. Nossas práticas agrícolas e ambientais geram benefícios que ainda não possuem devido reconhecimento econômico”. Daniel entende que o mercado de carbono é uma oportunidade. “É o momento que nos permite transformar boas práticas em créditos valorizados, com geração de renda e estímulo de transição para uma economia de baixo carbono, com as cooperativas na linha de frente desse movimento”, acrescentou.
Leonardo Papp: contribuição para a sustentabilidadeLeonardo Papp, advogado e consultor jurídico do Sistema OCB, explicou que a Lei 15.042/24 representa um marco para o Brasil. “Ao inserir o mercado de carbono na legislação nacional, se estabelecem regras claras para operadores e se define um caminho para o amadurecimento desse mercado nos próximos anos”. Ele pontuou que o mercado de carbono possui três modalidades: o regulado internacionalmente pela ONU; o nacional, que agora ganha força com a nova lei; e o voluntário, que funciona de forma privada. “Todos compartilham a mesma lógica, mas variam quanto à origem das metas e aos mecanismos de controle. Agora, com o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), serão estabelecidas metas de redução e, além disso, a comercialização de créditos de carbono, o que cria boas oportunidades para as cooperativas que conseguem exceder essas metas".
O advogado ainda falou sobre outros benefícios que podem incidir sobre o cooperativismo a partir da adoção de práticas de redução de emissões em suas atividades. “Isso não apenas contribui para a sustentabilidade, mas também cria novas oportunidades de negócios e parcerias”, declarou. E, por fim, esclareceu que o mercado regulado brasileiro está em período de transição. “Pode levar de cinco a seis anos até o seu pleno funcionamento. Nesse tempo, será fundamental a regulamentação de metodologias de monitoramento, verificação de emissões e a integração com mercados internacionais”, concluiu.
Cases
Aline Simões: selo ouroNo segundo painel, foram apresentados cases de sucesso que demonstram o impacto positivo do cooperativismo na agenda de descarbonização. Aline Simões, especialista em Sustentabilidade do Sicredi Confederação, compartilhou a trajetória da instituição. "Em 2019, realizamos nosso primeiro inventário sistêmico de emissões de GEE. Desde então, evoluímos continuamente, aderindo ao Programa Brasileiro GHG Protocol e neutralizando emissões de forma sistêmica. Em 2021, recebemos o selo ouro pelo nosso inventário, e, em 2024, iniciamos a mensuração das emissões financeiras com adesão ao PCAF (Partnership for Carbon Accounting Financials)”, contou.
Ela relembrou que a construção do inventário sistêmico de emissões de GEE foi desafiador e, no entanto, essencial para consolidar a gestão climática do Sicredi. “Conseguimos reunir todos os dados, de todas as cooperativas, o que nos permitiu implementar um processo contínuo de aprimoramento, com capacitações e treinamentos para engajar as equipes e fortalecer a cultura da sustentabilidade”.
Boris Wiazowski: inovaçãoPor sua vez, Boris Wiazowski, head de sustentabilidade da Coopercitrus, falou sobre o foco da cooperativa em inovação e investimento em novas tecnologias. “Acreditamos que a descarbonização do agro passa pela inovação. Levamos tecnologia para os produtores e soluções de mapeamento do solo, além do uso de drones para pulverização de áreas específicas. Tudo isso, reduz o consumo de diesel e aumenta a eficiência de produção”, explicou. Ele ressaltou que o compromisso da Coopercitrus com o tema sustentabilidade é prioritário. “Investimos em usinas fotovoltaicas, gestão de resíduos e uso de biomassa, enquanto otimizamos o consumo de combustíveis. Por meio dessas ações concretas, entendemos que é possível aliar produção agrícola e responsabilidade ambiental”.
Cássio Camargos: adesão ao GHG ProtocolCássio Camargos, Gerente de Qualidade e Integração da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), destacou que, desde 2023, a cooperativa busca por transformação da cultura organizacional e adesão ao GHG Protocol. “Em parceria com o Sistema OCB e o Sistema Ocemg criamos uma matriz de materialidade e revisamos nosso planejamento estratégico que promoveu uma mudança de olhar sobre a sustentabilidade e a logística”, descreveu.
Ele ressaltou que, em 2024, foram priorizados combustíveis limpos e parcerias importantes foram firmadas, como, por exemplo, com a Embrapa. “Tivemos acesso à tecnologias para recuperação de pastagens e lavouras. Nossa meta para este ano é conquistar o selo ouro e, ano que vem, queremos ampliar o foco para bioinsumos, bioeconomia e bio competitividade, que são pilares fundamentais para o movimento coop”, planejou. O gerente concluiu sua fala afirmando que o GHG Protocol é um programa essencial para mapeamento, quantificação e auditoria das emissões. “Alcançar a etapa prata em 2023 foi um marco que incentivou, ainda mais, nossa trajetória”.
Ao final do webinário, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, salientou que a COP30 é o momento em que o movimento poderá mostrar a força que possui no Brasil e no mundo. “Precisamos chegar lá evidenciando nossa potência com indicadores que comprovam nossa capacidade. O Ramo Agro é uma verdadeira máquina de fotossíntese e esperamos que todas as cooperativas interessadas possam se unir ao Sistema OCB para demonstrar que sabemos usar nossas melhores características de forma estratégica”, provocou.
Para ela, além da economia, do conhecimento e do desenvolvimento social que o cooperativismo gera, ainda é possível realizar tudo isso enquanto se amplia a presença nos mercados global, nacional e voluntário. “Esse é um potencial que atravessa todos os ramos do cooperativismo”, declarou.
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Solução Neutralidade de Carbono inicia ações com a participação de 16 cooperativas
O Sistema OCB realizou, nesta quinta-feira (29), reunião de abertura da Solução Neutralidade de Carbono. O encontro reuniu representantes de 16 cooperativas de diferentes ramos e estados brasileiros indicadas pela Câmara Temática da COP para participar das etapas, cronogramas e entregas da iniciativa. “Esse evento marca o início de uma jornada estratégica que posiciona o cooperativismo brasileiro na vanguarda da sustentabilidade, com o alinhamento de suas práticas às demandas globais de descarbonização e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, afirmou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas da entidade.
Parte do Programa ESGCoop, a Solução Neutralidade de Carbono é uma ação pioneira destinada a apoiar as cooperativas na mensuração, gestão e neutralização de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), para promover a elaboração de inventários alinhados ao Programa Brasileiro GHG Protocol e assegurar maior transparência e competitividade no mercado.
Durante a reunião, Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, enfatizou o papel estratégico da sustentabilidade no cooperativismo. Ele detalhou as etapas do programa e os serviços técnicos oferecidos pela parceira Ambipar, como consultorias especializadas, elaboração de relatórios de descarbonização e apoio à publicação de inventários no Registro Público de Emissões. O cronograma apresentado reforçou o compromisso com prazos claros e entregas consistentes, destacando a importância do engajamento das cooperativas para o sucesso da iniciativa.
Alex evidenciou que, em 2024, 247 cooperativas participaram do diagnóstico ESGCoop, revelando uma média de adesão de 49,70%. Ele lembrou, contudo, que os desafios na dimensão ambiental ficaram evidentes, especialmente no critério de mudanças climáticas, que registrou um índice de apenas 28%. “Essa realidade destaca a urgência de ações concretas para transformar o setor em um modelo de referência na adoção de práticas sustentáveis”, acrescentou.
A Solução Neutralidade de Carbono surge como resposta a essa necessidade, oferecendo um caminho estruturado para que as cooperativas avancem em sua agenda ambiental. A iniciativa busca atender aos requisitos regulatórios e criar uma cultura de descarbonização que alinha o setor às metas globais, posicionando o cooperativismo brasileiro como protagonista na diplomacia ambiental.
Segundo Laís Nara, analista técnico institucional do Sistema OCB, o inventário mostra que as cooperativas brasileiras não apenas reconhecem suas emissões, mas adotam práticas para mitigá-las, contribui para a redução de GEE e fomenta o mercado de pagamento por serviços ambientais. “Convidamos todas as cooperativas a fazerem seus inventários e publicarem no Registro Público de Emissões. Essa transparência gera retornos significativos, tanto ambientais quanto econômicos, além de fortalecer a reputação do cooperativismo”, destacou.
A Ambipar participou do encontro e apresentou o trabalho de consultoria e atuação da empresa, que oferece serviços e produtos completos voltados à gestão ambiental. Maria Cláudia Martinelli, coordenadora de Projetos em Sustentabilidade da Ambipar, destacou o compromisso de oferecer soluções inteligentes e expertise para superar os desafios da sustentabilidade. “Para nós, sustentabilidade não é apenas um discurso, é parte do nosso dia a dia e precisa ser para vocês também”, declarou.
Representantes de cooperativas como Copacol, Frísia e Sicoob Unicoob marcaram presença na reunião, reforçando o valor estratégico de integrar um projeto alinhado à sustentabilidade e à neutralidade de carbono. Para essas cooperativas, participar de uma iniciativa como essa não apenas contribui para o fortalecimento de práticas sustentáveis no setor, mas também posiciona o cooperativismo como protagonista na construção de uma economia mais verde e responsável.
A reunião foi finalizada com o convite para que as cooperativas participantes se tornem agentes de transformação, assumindo o protagonismo na agenda climática e reforçando o compromisso do cooperativismo com a neutralidade de carbono. A mensagem central do evento foi clara: juntos, o cooperativismo brasileiro pode moldar um futuro mais sustentável e inclusivo, consolidando sua relevância no cenário nacional e internacional.
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Resultados prometem ampliar competitividade e aumentar impacto sustentável
Diante da crescente preocupação global com as mudanças climáticas e seus impactos sociais, ambientais e econômicos, o Sistema OCB deu mais um passo importante no fomento às práticas sustentáveis dentro do cooperativismo e lançou, nesta segunda-feira (09), a Solução Neutralidade de Carbono, que visa ajudar as cooperativas no monitoramento e neutralidade das emissões de gases de efeito estufa (GEE), com o objetivo de contribuir para um futuro mais sustentável e alinhado às metas globais de descarbonização.
A iniciativa faz parte do Programa ESGCoop, que integra as melhores práticas de sustentabilidade e governança ambiental, social e corporativa dentro das cooperativas. “O movimento possui papel essencial na construção de uma economia mais verde e sustentável e, por isso, promove práticas que não só preservam o meio ambiente, mas também aumentam a competitividade e eficiência de suas operações”, afirma o presidente da entidade,Márcio Lopes de Freitas. Nesse cenário, segundo ele, se torna cada vez mais necessário que as coops passem a adotar estratégias voltadas para a redução e neutralização das emissões de GEE.
Débora Ingrisano, Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, explica que a solução surgiu a partir de um projeto piloto que aproximou a unidade nacional das cooperativas. "Conseguimos inventariar as emissões de diversas coops e, assim, a iniciativa se conecta, diretamente, à agenda global de mudanças climáticas. O foco da iniciativa é apoiar ações e processos que as ajudem a contribuir de maneira significativa no combate ao aquecimento global”.
O Inventário de Emissões de GEE é a ferramenta-chave da solução, uma vez que permite mapear, quantificar e registrar as fontes de emissões, com identificação de oportunidades de melhoria e redução de impactos. Além disso, o relatório apresenta os tipos de gases emitidos, metas de mitigação, estratégias e ferramentas de gestão, o que permite um acompanhamento contínuo e transparente dos resultados alcançados ao longo do tempo. “A realização do inventário é um poderoso instrumento de gestão. Com ele é possível aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e conquistar um posicionamento mais competitivo no mercado", acrescenta o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo.
Um dos grandes diferenciais da Solução Neutralidade de Carbono, segundo Alex, é a capacitação oferecida pelo Sistema OCB para técnicos e colaboradores das cooperativas. O treinamento abrange desde a elaboração e gestão do inventário de GEE até o monitoramento das emissões, o que se alinha ao princípio cooperativista de Educação, Formação e Informação. "Essa nova iniciativa fortalece as práticas de responsabilidade socioambiental, estabelecidas no Mapa Estratégico do Sistema OCB, que busca a adoção de soluções sustentáveis pelas coops. A criação de uma pegada de carbono dos produtos e serviços, por exemplo, também abre portas para programas globais de sustentabilidade e linhas de crédito especiais".
Ainda de acordo com o coordenador, quando as cooperativas conhecem suas fontes de emissão e tornam esses dados públicos, elas fortalecem sua imagem perante a sociedade. “Com isso, elas podem acessar novos recursos financeiros, atender melhor às regulamentações e reforçar sua atuação na agenda ambiental”.
Trilha da descarbonização
A nova solução faz parte da chamada Trilha da Descarbonização, que oferece uma série de benefícios e entregas para as cooperativas que aderirem à iniciativa. Entre os principais destaques estão:
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Inventário de Emissões de GEE: monitoramento e mapeamento das fontes de emissões de gases de efeito estufa;
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Consultoria especializada: elaboração do inventário com suporte técnico e consultivo, além de desconto especial para cooperativas, por meio do contrato guarda-chuva com a empresa Ambipar Environment;
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Relatório de oportunidades de descarbonização: identificação de projetos e ações para mitigar ou reduzir as emissões nas áreas de maior impacto;
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Publicação no GHG Protocol: apoio no preenchimento e publicação do inventário no Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol, garantindo transparência e credibilidade para a cooperativa;
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Apresentação dos resultados: divulgação e análise dos dados coletados para toda a cooperativa, destacando os avanços e metas futuras.
A implementação da solução também contribui, segundo Alex, para o fortalecimento da imagem das cooperativas como líderes em responsabilidade ambiental, que garante que estejam alinhadas com os requisitos regulatórios e demandas do mercado.
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Iniciativa da Frimesa busca de soluções para os desafios operacionais e estratégicos da cooperativa
O Sistema OCB foi convidado para participar da banca de julgamento dos projetos apresentados no Programa Gente de Resultado da Frimesa, que se destaca como um exemplo de inovação e sustentabilidade. O programa busca soluções criativas para os desafios operacionais e estratégicos da cooperativa, além de promover o engajamento dos colaboradores e gerar impactos significativos tanto para a organização quanto para a comunidade. No evento, realizado no dia 4 de dezembro, as propostas apresentadas demonstraram o compromisso da cooperativa com a melhoria contínua, a eficiência operacional e a preservação ambiental.
Hellen Beck, analista de inovação do Sistema OCBHellen Beck, analista de inovação do Sistema OCB e representante da entidade na banca, destacou a experiência como marcante. “A qualidade dos projetos apresentados foi impressionante, não apenas pelos excelentes resultados financeiros, mas pela abordagem de temas essenciais como intercooperação, sustentabilidade e sucessão. Foi inspirador ver o impacto dessas iniciativas na cooperativa e na comunidade”, afirmou. Ela também elogiou a organização do evento. “Outro ponto de destaque foi o cuidado, o carinho e o profissionalismo da equipe, que tornaram esse momento incrível”, concluiu.
Entre os projetos avaliados, o primeiro lugar ficou com o Muito Além do Mel, que alia intercooperação, sustentabilidade e economia circular. A parceria entre a Frimesa e a Coofamel utiliza áreas de reflorestamento para promover a apicultura, gera renda para comunidades locais e contribui para a preservação da biodiversidade por meio da polinização. A iniciativa também reforça o papel social da cooperativa e posiciona a Frimesa como uma empresa ambientalmente responsável.
O segundo lugar foi para a proposta Automação do Certificado Sanitário Internacional. O projeto substituiu processos manuais por automáticos, e agilizou as exportações para mais de 34 países, com aumento da eficiência e redução de erros operacionais.
Banca de julgadores dos projetosA iniciativa Redução da Gramatura do Fundo do Iogurte, por sua vez, conquistou a terceira colocação. O projeto diminuiu em 10% o peso das embalagens de um dos produtos mais representativos da cooperativa. A solução, que não comprometeu a qualidade do produto, proporcionou economia financeira significativa e reduziu o consumo de materiais, aprimorando as práticas sustentáveis da Frimesa.
Outros projetos inscritos no programa que chamaram a atenção foram Produtos Químicos para Lavanderia, que trouxe ganhos financeiros e operacionais, além de fortalecer as parcerias estratégicas da cooperativa; e o Entregas Compartilhadas de Soda Cáustica e Ácido Nítrico, que se destacou pela otimização logística. A iniciativa economizou R$ 199.162,60 e reduziu as emissões de CO₂, ao integrar as demandas de diferentes unidades da cooperativa, com reforço da eficiência do planejamento e do compromisso ambiental.
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Formação aborda análise crítica de resultados, riscos financeiros e estratégias cooperativas
O Sistema OCB realizou, nos dias 27 e 28 de novembro, a fase presencial da Capacitação de Analistas das Unidades Estaduais para Devolutivas do Sistema de Desempenho. A iniciativa é voltada para o atendimento e desenvolvimento das cooperativas brasileiras, com o objetivo de capacitar os participantes a realizarem uma análise crítica das demonstrações contábeis das cooperativas, que refletem sobre os resultados e ações estratégicas.
Analistas de diferentes estados, como Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraíba, que totalizaram mais de 90 profissionais, foram capacitados ao longo do ano. Além disso, a formação abordou os diferentes tipos de riscos financeiros, a partir da compreensão de como prevenir e mitigar esses fatos, com base em análises de dados. Também foram trabalhadas habilidades de apresentação, essenciais para que os analistas realizem devolutivas assertivas e embasadas às cooperativas.
Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica do Sistema OCB, destacou a importância da iniciativa. “Encerramos mais uma turma da capacitação para devolutivas do Desempenho, e foi uma alegria fomentar a preparação de tantas pessoas, com foco neste importante diagnóstico que o Sistema OCB disponibiliza para as cooperativas brasileiras. O Desempenho é fundamental para uma gestão orientada por dados e oferece suporte à alta direção da cooperativa para a tomada de decisões”, disse.
A primeira turma, composta por 46 participantes, foi treinada em 40 horas distribuídas em sete módulos, entre janeiro e junho de 2024. Os conteúdos abarcaram desde a análise de cenários macroeconômicos e indicadores financeiros até técnicas de comunicação assertiva e gestão de riscos. A programação incluiu módulos on-line e presenciais, como o de simulação de devolutivas, que proporcionou um treinamento prático com situações reais enfrentadas durante o processo de devolutiva.
Já a segunda turma, com 48 participantes, passou por uma capacitação de 48 horas, entre agosto e novembro de 2024. Essa fase ampliou a abordagem com a inclusão de um módulo extra sobre os retornos econômicos e sociais gerados pelas cooperativas, com destaque para como essas estratégias impactam os resultados e a distribuição para os cooperados.
Para Georgeana Caldas, coordenadora de Apoio à Governança e Gestão de Cooperativas, do Sistema OCB/MT, o Sistema de Desempenho tem sido uma ferramenta essencial para o crescimento e a sustentabilidade das cooperativas mato-grossenses, principalmente porque oferece um acompanhamento detalhado de seus indicadores. “As cooperativas conseguem identificar suas posições atuais, projetar metas e ajustar estratégias de forma precisa, com garantia de um controle mais eficiente”, disse. Ela ressaltou que “o curso oferecido pelo Sistema OCB trouxe uma abordagem prática e detalhada, que capacita as unidades estaduais a realizarem devolutivas assertivas e embasadas e fortalecem ainda mais o papel do cooperativismo no estado”.
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Iniciativa visa fomentar desenvolvimento sustentável e criar novas oportunidades de negócios
O Sistema OCB deu início a um projeto piloto que promete transformar o papel das cooperativas no Brasil para englobar o modelo de negócios ao setor de Turismo. A iniciativa, que envolve os estados do Pará, Paraíba e Espírito Santo, busca diagnosticar o potencial turístico das localidades, mapear oportunidades e criar um ecossistema integrado, capaz de conectar cooperativas de diferentes ramos a um mercado em expansão. Executada, por meio da consultoria realizada pela Cooperativa Paranaense de Turismo e Conhecimento (Cooptur), e com o objetivo de promover um turismo sustentável, comunitário e de base local, o projeto reforça o protagonismo do Sistema OCB como catalisador de mudanças socioeconômicas em nível nacional.
A proposta pretende incluir as cooperativas à cadeia turística e explorar oportunidades que vão além de suas atividades habituais. Uma das ideias envolve a criação de roteiros turísticos conectados ao core business de cada cooperativa, além de identificar e potencializar ações sustentáveis que dialoguem com as demandas do setor. Outro intuito é diagnosticar o potencial turístico local e mapear oportunidades para cooperativas atuarem no turismo sustentável baseado na comunidade e na valorização das culturas locais.
De acordo com Priscilla Coelho, analista de Relações Institucionais do Sistema OCB, esse ecossistema integrado vai reunir cooperativas e parceiros para oferecer produtos e serviços turísticos. “Vamos elaborar um diagnóstico detalhado, incluindo desafios, oportunidades e capacitações necessárias para as cooperativas ampliarem sua atuação”, afirmou. Para ela, o projeto poderá dar um novo impulso ao potencial das cooperativas como agentes de transformação. “Esse projeto é uma oportunidade de diversificar as fontes de renda para criar um impacto positivo nas comunidades, a partir da promoção, da inclusão, da sustentabilidade e da valorização cultural”, acrescentou.
A etapa inicial ocorreu no estado do Pará, onde representantes do Sistema OCB visitaram quatro cooperativas com potenciais turísticos distintos e já explorados, cada uma destacando características únicas do território amazônico. A Turiarte, uma cooperativa de turismo e artesanato, e a Coomflona, dedicada ao manejo florestal sustentável, chamaram a atenção pelo equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental, com reflexos no desenvolvimento das comunidades locais.
Para Diego Andrade, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do SIstema OCB/PA, o projeto já está gerando impactos positivos. "Ele estrutura e fortalece iniciativas existentes, mas também inspira outras cooperativas a explorar o turismo como uma nova frente de negócio, integrando cultura, história e desenvolvimento econômico e social”, explica.
Ainda no Pará, em Tomé-Açú, a Camta é um exemplo de inovação por meio do uso do Sistema Agroflorestal (SAF), que combina práticas agrícolas sustentáveis com a conservação da biodiversidade. Essa abordagem promove a produção responsável e também abre espaço para o turismo como ferramenta de valorização das práticas agroecológicas e da conexão com o meio ambiente.
Alberto Oppata, presidente da Camta, explica que a cooperativa promove a conservação da biodiversidade e, também, transforma a agricultura em uma experiência educativa e turística. “Buscamos criar um modelo em que visitantes possam vivenciar, de perto, o manejo agroflorestal e entender a importância da integração entre produção responsável e preservação ambiental. O projeto permite mostrar ao mundo que práticas agrícolas sustentáveis podem ser uma vitrine de inovação e conservação. O turismo é uma ferramenta poderosa para valorizar nossa cultura e engajar a comunidade”, disse.
Já a Coopertrans Combu, situada no entorno de Belém, oferece um mergulho na singularidade da vida ribeirinha e permite aos visitantes uma experiência imersiva nas tradições amazônicas. Suas atividades capturam a essência cultural da região, ao mesmo tempo em que reforçam a importância do turismo de base comunitária e da preservação dos saberes locais.
Rota do turismo
Com o avanço do projeto, novas imersões estão previstas para os estados da Paraíba, em janeiro, e do Espírito Santo, em fevereiro. Nessas etapas, o foco será realizar diagnósticos detalhados das regiões, identificar cooperativas com potencial turístico e iniciar a construção de roteiros alinhados às características locais. Em seguida, o Sistema OCB irá estruturar uma trilha de capacitação e mentoria para as cooperativas envolvidas. A formação será direcionada para que elas estejam preparadas para atender ao mercado turístico com excelência e sustentabilidade.
“O diferencial do projeto está em sua capacidade de integrar cooperativas de diferentes ramos, sem distinções, para atender às demandas do setor turístico. A ideia é que cada cooperativa, independentemente de sua área de atuação, possa encontrar maneiras de se conectar ao mercado, seja por meio do fornecimento de produtos, serviços ou experiências únicas para turistas, completou Priscilla.
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Ferramenta pretende organizar práticas e alinhar padrões globais de sustentabilidade
O Sistema OCB disponibilizou, nesta segunda-feira (25), o questionário do Diagnóstico ESG específico para as cooperativas do Ramo Transporte. O documento estará disponível para respostas até 31 de dezembro deste ano e retomará em novo ciclo em fevereiro de 2025, com duração até dezembro. O Diagnóstico ESG é fruto de um trabalho conjunto entre a Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas (Gedec) e o Conselho Consultivo do Ramo Transporte, que marca um avanço importante para incorporação de práticas de sustentabilidade ao setor.
Para Evaldo Matos, coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Transporte, o Diagnóstico ESG é uma ferramenta estratégica que conecta as cooperativas às exigências de um mercado cada vez mais comprometido com a sustentabilidade. Ele destacou que a iniciativa não apenas fortalece o alinhamento às diretrizes do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) – Diagnóstico Governança e Gestão, mas também estimula melhorias contínuas em governança e impacto socioambiental, essenciais para o futuro do ramo e, sobretudo, o futuro do planeta.
“Estamos em um momento decisivo para as cooperativas de transporte. O ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para garantir competitividade e relevância no mercado. O questionário é uma oportunidade de identificar desafios, impulsionar melhorias e construir um setor mais ético, eficiente e sustentável. O futuro do transporte cooperativo depende das escolhas que fazemos agora”, declarou.
Tomás Nascimento, analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, explicou que a ação busca fortalecer a agenda ESG da entidade. “Esse assunto é tão importante para o cooperativismo quanto para o mundo. O segmento de transportes é fundamental para um cooperativismo e uma economia mais sustentáveis”, disse.
Desenvolvimento
O Diagnóstico ESG avalia a aderência das cooperativas aos padrões mais utilizados globalmente, com foco em aspectos ambientais, sociais e de governança, além de medir o impacto das ações realizadas e proporcionar uma visão estratégica de como as coops podem aprimorar suas práticas e atender às exigências de mercados cada vez mais seletivos, tanto no Brasil quanto no exterior.
Responder ao questionário é um passo importante e uma forma de medir suas práticas e colaborar com a crescente demanda por medidas mais sustentáveis nos mercados nacional e internacional, além de alinhar as diretrizes para estruturar e consolidar um diferencial competitivo. Atualmente, cerca de 120 países só importam mercadorias produzidas de forma sustentável, e normas de órgãos como o Banco Central do Brasil e da Agência Nacional de Saúde (ANS) reforçam a importância da pauta ESG para o acesso a novas oportunidades de negócios.
Entre os benefícios da participação no Diagnóstico ESG estão o fortalecimento da imagem da cooperativa, com reconhecimento por práticas sustentáveis; a sistematização das ações realizadas, com mapeamento do que já é feito nas áreas ambiental, social e de governança; a comparação com outras cooperativas, a partir da identificação de boas práticas; e áreas de melhoria, novas oportunidades de negócios e definição de indicadores estratégicos, que auxiliam no monitoramento contínuo das ações sustentáveis.
Intercooperação
Outro ponto de destaque, colocado em pauta durante as reuniões do Conselho Consultivo do Ramo Transporte foi a proposta de coletar informações por meio do questionário como estratégia para intensificar a intercooperação entre as cooperativas do segmento, por meio de um mapeamento nacional das infraestruturas e pontos de apoio disponíveis, como postos de combustíveis e centros de operação. O intuito é reduzir custos operacionais e fortalecer a rede de apoio entre cooperativas de transporte, bem como de criar um ambiente colaborativo que amplia benefícios para todas as partes interessadas, especialmente os cooperados.
Programa ESGCoop
O Sistema OCB busca investir no fortalecimento das práticas ESG dentro das cooperativas brasileiras com o objetivo de tornar o movimento referência global em competitividade sustentável. Por meio do Programa ESGCoop, uma solução baseada em metodologias de avaliação de performance e análise de indicadores de sustentabilidade, as cooperativas conseguem ter acesso a ferramentas que impulsionam sua atuação nos eixos ambiental, social e de governança.
Entre as principais frentes de trabalho estão o mapeamento de boas práticas, a capacitação de dirigentes e técnicos, a elaboração de matrizes de materialidade, o desenvolvimento de planos de ação com soluções estratégicas e a comunicação consistente das iniciativas ESG, que promovem visibilidade e impacto para o setor.
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Sugestões serão consolidadas para gerar rating robusto sobre as boas práticas do coop
O Grupo de Trabalho ESGCoop se reuniu novamente nesta terça-feira (5) para debater os indicadores globais de sustentabilidade que devem nortear o futuro sistema de rating ESG do cooperativismo no Brasil. O encontro contou com a participação de representantes de 15 entidades sistêmicas, cinco Organizações Estaduais (OCEs) e dez confederações e finalizou a primeira sugestão de lista de indicadores. “Nosso objetivo é mostrar ao mundo que o cooperativismo consegue ser sustentável em todos os aspectos, tanto no social, que é o objetivo do movimento, quanto no ambiental e na governança. Queremos comprovar que fazemos tudo de maneira economicamente viável”, afirmou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O avanço na implementação das práticas ESG é, segundo Débora, estratégica para fortalecer a sustentabilidade nas cooperativas, alinhando-as com padrões globais que atendam as demandas de um mercado cada vez mais consciente. “Para isso, o Programa ESGCoop está estruturado em quatro pilares, ou entregáveis para as cooperativas, que são: Diagnóstico, Capacitação, Materialidade e Soluções para os critérios ESG. Embora o assunto não seja novo, a implementação ainda exige muita atenção das cooperativas, e nosso papel é apoiar e contribuir para que planos sejam elaborados e ao final, resultem em práticas e em relatórios qualificados para que cooperados e comunidades saibam sobre nossa atuação sustentável”, explica.
Débora acrescenta que o rating ESG contará com uma uma estrutura robusta de indicadores de sustentabilidade para que as cooperativas avaliem, monitorem e aprimorem continuamente suas práticas. “Organizados para atender as especificidades de cada setor do cooperativismo, esses indicadores vão permitir que cada cooperativa adapte suas ações de acordo com as exigências e oportunidades de seu mercado, promovendo uma gestão integrada e eficiente da sustentabilidade”, acrescentou.
Entre os principais indicadores ambientais, destaca-se o monitoramento de emissões de gases de efeito estufa (GEE), com foco na meta de neutralidade de carbono. Com eles, as cooperativas participantes podem medir sua pegada de carbono, identificar pontos de melhoria e estabelecer metas de redução e compensação, fortalecendo seu compromisso com o meio ambiente e aderindo aos padrões globais de sustentabilidade.
Outro indicador ambiental importante é a eficiência energética, que avalia o consumo de energia e incentiva o uso de fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa. Essa abordagem permite que as cooperativas reduzam seus custos e minimizem a dependência de recursos não renováveis, fortalecendo seu papel no desenvolvimento sustentável.
No aspecto social, o ESGCoop prioriza indicadores de inclusão, diversidade e equidade, que avaliam a presença e a valorização de diversidade nas cooperativas, incluindo gênero, raça e idade. Essa prática visa promover um ambiente de trabalho inclusivo, onde diferentes perspectivas são valorizadas, o que fortalece a inovação e o engajamento das equipes. Outro indicador social considerado essencial é o impacto social das ações cooperativas medido a partir de registros documentados dos benefícios que suas atividades trazem para as comunidades ao seu redor, criando uma relação de confiança e contribuição para o desenvolvimento social.
As atividades do encontro foram coordenadas pelas especialistas em sustentabilidade da Gália Consultoria, Rosilene Rosado e Marina Dall'Anese. A partir da lista de indicadores definidos, os membros do grupo irão analisar individualmente os dados, revisar e sugerir alterações que identificarem necessárias. Em seguida, as sugestões serão consolidadas para apresentação do resultado consolidado.
“Esses indicadores fornecerão uma visão clara do compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento sustentável. Além disso, propiciará às cooperativas medir seus resultados em sustentabilidade e reforçar seu posicionamento como uma organização responsável. Com esses indicadores, as cooperativas poderão, ainda, realizar uma análise mais criteriosa de seus resultados e a partir disso, definir e acompanhar metas de curto, médio e longo prazo. Paralelamente, cooperativas de todos os ramos irão fortalecer suas relações com as principais partes interessadas, especialmente cooperados, colaboradores e comunidades”, declarou Rosilene Rosado.
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Em entrevista, ela destacou como cooperativas podem impulsionar soluções ambientais
Shereen Zorba é secretária executiva do Fórum ONU Ciência-Política-Empresas para o Meio Ambiente (UN-SPBF) e chefe da interface entre Ciência, Política e Negócios no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Com mais de duas décadas de experiência nas organização internacional, ela lidera esforços globais para promover a sustentabilidade por meio da integração de ciência, política e setor privado.
Shereen também atua em áreas como proteção ambiental, tecnologia e Big Data, sendo uma das principais figuras na formulação de estratégias globais de dados ambientais do PNUMA. Sob sua liderança, o Fórum SPBF tem trabalhado para engajar diversas partes interessadas na criação de soluções ambientais sustentáveis que envolvem inovação tecnológica e cooperação entre setores.
Convidada para a Jornada Cooperativa rumo à COP29, organizada pelo Sistema OCB, Shereen concedeu uma entrevista exclusiva, em que compartilhou sua visão sobre o papel das cooperativas no enfrentamento das crises planetárias e como elas podem se posicionar de forma mais proeminente nas discussões globais sobre sustentabilidade. Entre outros tópicos, ela destacou a importância da inovação e da inclusão tecnológica para as cooperativas, especialmente em regiões vulneráveis, e o papel fundamental que essas organizações desempenham na construção de um futuro resiliente e sustentável.
Para ela, as cooperativas são fundamentais no enfrentamento aos desafios globais, e a COP30, a ser realizada no Brasil em 2025, será uma oportunidade de fortalecer o papel dessas entidades na promoção de um desenvolvimento ambientalmente responsável. Confira a entrevista!
- Qual é sua perspectiva sobre o modelo de negócios cooperativo?
O modelo de negócios cooperativo é mais relevante do que nunca. Com seu longo histórico, já está comprovado que ele funciona. Trata-se de um modelo bastante específico e importante, que confere poder aquisitivo aos produtores e impulsiona grandes movimentos em direção ao progresso, com garantia de participação social. Seja para mulheres, fazendeiros, operários ou grupos vulneráveis que necessitam de atenção, o modelo oferece espaço, voz e formas alternativas de cooperação. Sinto que, agora, mais do que nunca, diante dos desafios globais, como as mudanças climáticas, poluição e crises ecológicas, é essencial que esse modelo se fortaleça. Com o aumento das tensões geopolíticas, bem como as oportunidades e desafios trazidos pelos avanços tecnológicos, especialmente a inteligência artificial e outras tecnologias digitais, acredito que desenvolver capacidade, presença e resiliência entre as cooperativas pode proporcionar ao mundo, e às pessoas, uma oportunidade única de progresso.
- Pode contar um pouco sobre o Fórum Ciência-Política-Empresas da ONU, sobre o meio ambiente e como se relaciona com as cooperativas por todo o mundo?
O Fórum foi criado em 2017 e concebido desde o início para atuar em todo o sistema das Nações Unidas. É uma plataforma construída com base na ideia de inclusão, conforme solicitado pelos estados-membros, visando especialmente a interação com cooperativas. O principal objetivo do Fórum é criar um espaço para interações diretas, reais e autênticas entre o setor privado e as políticas governamentais, fundamentadas tanto na inclusão social quanto na ciência. Ele orienta como devemos agir, além de abarcar a pesquisa e o desenvolvimento, economia, ciências digitais e inteligências artificiais — ferramentas e inovações científicas essenciais para alcançarmos metas ambientais complexas, mas cruciais. No que tange às cooperativas, tenho o orgulho de afirmar que nossa parceria com elas, especialmente as brasileiras, será um dos grandes marcos para transformar a perspectiva global e impulsionar o papel das cooperativas através da COP30. Já iniciamos esse processo e acredito que será um avanço significativo. Como mencionei anteriormente, não se trata apenas de promover interações, mas de assegurar a inclusão de forma ampla e eficaz. Isso é fantástico, especialmente considerando que a COP30 ocorrerá no Brasil, o que torna esse trabalho de interação ainda mais relevante no momento.
- Quais são os desafios globais mais significativos que enfrentamos no que diz respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade?
Acredito que o Programa das Nações Unidas para o Ambiente e a ONU abordam essa questão como uma das três grandes crises planetárias. Fica claro que estamos lidando com um quadro de poluição, crises climáticas e na natureza, especialmente no que diz respeito à ecologia, biodiversidade e ecossistemas. O ponto é que elas estão interligadas. Não podemos isolar uma delas e, por exemplo, tratar das mudanças climáticas sem considerar a natureza, ou lidar com a natureza sem levar em conta a poluição. Quando olhamos por diferentes perspectivas, especialmente em relação às Conferências das Partes (COPs), é importante destacar que, entre todas as COPs em andamento, a do clima é uma das mais famosas e impactantes. Isso nos dá uma clara noção da importância de aproximar todos esses setores e, ao mesmo tempo, nos faz questionar se estamos realmente no caminho certo.
Nossa expectativa para a COP30 é mostrar que esse espaço é destinado ao trabalho e à iniciativa, onde responsabilizamos a nós mesmos e ao mundo. É um espaço em que relatamos nosso desempenho enquanto setores da sociedade, seja no governo, nas diversas indústrias, no setor privado ou no cooperativismo em relação às metas de sustentabilidade estabelecidas. Isso vale em âmbito global, nacional, local e regional. Acredito que uma parte essencial desse processo seja integrar os relatórios de metas ambientais e climáticas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). As Nações Unidas estão trabalhando para mapear essas metas através do que chamamos de Acordos Multilaterais Ambientais. Há diversos indicadores científicos, além de 24 ou 25 indicadores que abrangem o quadro geral dos ODS.
Acredito que estamos vivendo um momento em que, antes de mais nada, precisamos nos responsabilizar pelos resultados alcançados, em vez de apenas divulgar grandes mensagens. Precisamos assumir responsabilidade por nosso papel e resultados. Além disso, é uma excelente oportunidade para mobilizar pessoas e recursos para abrir portas ao cooperativismo. Todos com quem converso sentem que, com o Brasil sediando a COP30, temos uma grande oportunidade de fazer melhor se estivermos realmente dispostos a nos unir. Isso é algo extraordinário. O que mais precisamos agora é responsabilidade e iniciativa.
- Por todo o mundo, como o papel e a performance das cooperativas respondem aos desafios ambientais? Há como as cooperativas crescerem com desenvolvimento sustentável e proteção ambiental em mente?
Acho que uma coisa que, definitivamente, podemos concordar é que o papel das cooperativas, assim como o modelo coop, está diretamente ligado à performance ambiental. Vimos exemplos claros de como as cooperativas lidam com os desafios ambientais e a razão para isso é simples: quando se representa comunidades, especialmente as mais vulneráveis, como na Amazônia, pequenos fazendeiros e outros, essas comunidades são as mais impactadas, e de forma mais direta, pela deterioração do meio ambiente. Elas estão na linha de frente quando se trata de eficiência no uso de recursos e na busca pela sustentabilidade. Nesse sentido, fica claro que essas comunidades precisam que o meio ambiente seja sustentável e resiliente diante dos desafios ambientais, já que elas são as mais atingidas. Ao mesmo tempo, para alcançarmos os melhores resultados possíveis com o engajamento das diversas cooperativas existentes, precisamos de resiliência e de um movimento de cooperação cada vez mais fortalecido. Isso inclui a cooperação entre países de renda média e baixa. Globalmente, o empoderamento das cooperativas por meio da tecnologia, da resiliência financeira, de garantias, de avanços tecnológicos e do acesso a essas inovações, certamente capacitaria as cooperativas a desempenharem o papel que esperamos delas. Além disso, é animador ver o Brasil na liderança desse movimento. Ver o cooperativismo alcançar esse estágio, estabelecendo contatos e criando oportunidades, nos dá a confiança de que um trabalho excelente está sendo feito na prática e que trará resultados e dividendos no futuro.
- Em 2023, o Sistema da OCB realizou um diagnóstico entre 365 cooperativas pelo país, revelando uma pontuação média de 51% de aderência ao modelo ESG. Como você enxerga a performance das cooperativas brasileiras e como elas podem se desenvolver mais?
Vejo que as cooperativas brasileiras trabalham com muita seriedade. Evidentemente, ao analisarmos as estatísticas e ao expor, com transparência, o que está indo bem e o que não está, percebemos que essa é a atitude correta a ser adotada. Considero uma verdadeira inspiração para outras cooperativas. No entanto, é claro que sempre há espaço para melhorias e, para isso, muitas questões precisam ser estabelecidas. Já discutimos sobre como construir capacidade e garantir que exista uma estratégia clara. O processo realmente começa com números e análises. Agora, talvez seja o momento de aprofundarmos um pouco mais para entender quais setores estão prosperando, como os sistemas alimentares ou a agricultura, e quais não estão, identificando as razões por trás disso.
Compreender as causas é de extrema importância, e pode ser que a solução exija intervenções e apoio governamentais, regulamentações de comércio e legislações internacionais, regionais ou nacionais. O comércio é crucial para fortalecer o movimento cooperativista, pois a troca justa é essencial para empoderar as comunidades que produzem e executam o trabalho. Portanto, existem uma série de fatores complexos que precisam ser considerados. A primeira medida é ter como base a ciência, algo que já está em andamento, e estarmos dispostos a realizar uma análise adequada. Além disso, é necessário que possamos nos manifestar para gerar e incentivar o apoio de diferentes comunidades, governos, da indústria e do setor privado, para que eles compreendam melhor o papel vital que as cooperativas desempenham e como potencializar seu avanço. Por fim, um dos aspectos mais importantes é o próprio movimento cooperativista assumir a liderança, tomando a iniciativa de melhorar e estar disposto a encarar os fatos.
- Qual é o papel da inovação no desenvolvimento sustentável e como isso se aplica às cooperativas em diferentes setores?
Seja na cultura, no espaço de trabalho ou em outros contextos, a inovação é extremamente importante em nossa vida de forma geral. Acredito que vivemos em um mundo onde a inovação transformou completamente nossas vidas em menos de uma geração. Não pretendo falar sobre a minha idade, mas cresci sem a internet. Não tínhamos iPhone e veja onde estamos agora. Considero que as oportunidades, especialmente quando falamos de inovação tecnológica, estão ligadas ao acesso e à inclusão, principalmente em relação aos países em desenvolvimento e às comunidades vulneráveis. Precisamos estar conscientes de que, para o mundo alcançar suas metas, todos precisam ser empoderados. O acesso à tecnologia, a construção de capacidade e o financiamento de inovações são questões fundamentais que precisamos abordar. Também é crucial reconhecer que, embora inovações em tecnologias digitais e inteligência artificial sejam evidentemente importantes, a inclusão tecnológica é igualmente relevante. Além disso, é necessário reconhecer que a inovação também ocorre no nível comunitário, particularmente em soluções relacionadas à natureza e que buscam a sustentabilidade. Podemos sempre observar as sociedades que estão na vanguarda do trabalho comunitário, onde a natureza tem um papel essencial, e perceber como a sabedoria tradicional contribui para a construção de resiliência.
Saiba Mais:
Gargalos na submissão de editais e ampliação do diálogo para apoio ao setor foram abordados

A Câmara Temática de Reciclagem realizou, nesta segunda-feira (28), reunião que contou com 21 participantes entre representantes do Sistema OCB, de Organizações Estaduais (OCEs) e representantes estaduais das cooperativas de reciclagem. No encontro, foram discutidos temas importantes para o fortalecimento do segmento, como a Lei de Incentivo à Reciclagem (14.260/2021) e, também, as oportunidades do setor. Com a troca de experiências e o mapeamento dos principais obstáculos, o Sistema OCB e as unidades estaduais esperam implementar ações direcionadas para apoiar as cooperativas em suas demandas estratégicas.
Programas do governo federal, como o Pró-Catador, tem impulsionado o interesse das coops do segmento por editais de incentivo. No entanto, os participantes relataram os principais desafios enfrentados, como gargalos no processo de submissão de propostas e na obtenção de apoio técnico e informacional.
Letícia Monteiro, analista técnico-institucional e representante do segmento de gestão de resíduos do Sistema OCB, destacou a importância de reforçar o diálogo entre as cooperativas e as entidade estaduais, de modo que seja aberto um espaço para demandas urgentes e soluções conjuntas, entre as cooperativas e o Sistema OCB. "A reunião foi fundamental para fortalecermos o diálogo com os cooperativistas, além de promover uma abertura para que as demandas mais urgentes e possíveis soluções fossem compartilhadas. Os representantes trouxeram contribuições valiosas e exemplos concretos de como estão buscando soluções junto ao Sistema OCB”, disse.
A experiência positiva de algumas cooperativas no Programa de Negócios também foi compartilhada por representantes de estados que já tiveram suas coops beneficiadas na estrutura e governança das organizações.
Magnun Vinicius Borges da Cruz, analista de Desenvolvimento de Cooperativas, apresentou números sobre diagnósticos oferecidos pelo Sistema OCB, e enfatizou a importância de uma participação ativa das cooperativas nesse processo. “Cada vez mais elas estão se fazendo valer dessas ferramentas, o que as apoia nos processos de tomada de decisão. No entanto, ainda temos espaço para aperfeiçoar os números, a fim de aprimorar o autoconhecimento e o desenvolvimento das cooperativas nesse segmento,” observou.
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Participação reforça compromisso do movimento com boas práticas ESG
Evento discutiu adoção de práticas para fortalecimento das cooperativas e das comunidades
Aconteceu, nesta quinta-feira (3), o 1º Fórum de Sustentabilidade da Cresol. O evento, realizado em Francisco Beltrão (PR), contou com a participação da gerente-geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Fabíola Nader Motta, que apresentou a palestra O impacto do ESG no Desenvolvimento do Cooperativismo. Representantes das cooperativas singulares das três centrais da Cresol: Cresol Baser, Cresol Sicoper e Central Brasil, além de integrantes do Comitê ESG da Cresol Confederação estiveram presentes, bem como o presidente do Cresol Instituto, Alzimiro Thomé.
O principal objetivo do Fórum foi promover um alinhamento sobre a Estratégia de Sustentabilidade da Cresol, que evidencia a conexão entre ESG e o modelo de negócios cooperativo. Em sua participação, Fabíola destacou a importância dessa integração. Para ela, a adoção de práticas ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o fortalecimento e a sustentabilidade do cooperativismo.
Em um momento de talk show, também durante o evento, a temática O Impacto da Agenda ESG no Negócio, explorou como as iniciativas podem ser catalisadoras para o desenvolvimento das cooperativas. Perguntas sobre como podemos atuar de forma proativa para conectar o ESG à nossa atuação? e qual é o papel das lideranças das cooperativas de crédito na estratégia ESG? permitiram um diálogo enriquecedor sobre as responsabilidades e oportunidades que surgem a partir da implementação dessas práticas.
Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OCB, em Fórum sobre Sustentabilidade da CresolFabíola voltou a enfatizar que as cooperativas de crédito possuem um papel importante na promoção da Agenda ESG e contribuem para a gestão responsável e o fortalecimento das comunidades que atendem. "As estratégias ESG da Cresol estão fundamentadas em dez temas, que incluem empreendedorismo, educação financeira e inovação, com impacto diretamente em 14 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", avaliou.
Para ela, a relevância de incorporar abordagens ESG é clara. "A gestão de riscos nas operações de crédito, a atração de investidores e cooperados, e o fortalecimento da reputação institucional são apenas alguns dos benefícios. A integração da agenda ESG no cooperativismo de crédito oferece inúmeras oportunidades para promover a sustentabilidade e garantir a eficiência no mercado", concluiu.
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