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Encontro definiu caminhos e ações para ampliar o protagonismo da juventude no movimento
O futuro do cooperativismo já está em movimento – e tem sotaques, vivências e ideias vindas de todas as regiões do país. Prova disso é o Comitê Geração C, que se reuniu nesta quinta-feira (25) para mais um encontro com representantes de 15 estados brasileiros. Criado com a missão de ampliar o protagonismo jovem no cooperativismo e fomentar lideranças futuras, o comitê é composto por 19 integrantes, entre jovens embaixadores Coop e representantes indicados pelas Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB.
O encontro foi marcado pela troca de experiências, alinhamento de ações e reforço ao compromisso coletivo de ampliar a participação juvenil nos espaços de decisão do movimento. Na pauta, os participantes debateram o papel do Comitê na formulação de estratégias para engajar novos públicos, com foco em comunicação, formação e articulação em rede.
“Cada reunião da Geração C reforça o quanto há potencial no movimento. Temos jovens preparados, apaixonados pelo cooperativismo e com uma enorme vontade de fazer a diferença nos seus territórios”, afirmou a analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira.
A secretária do Comitê, Daniele Scopel, do Sicoob Costa do Descobrimento (BA), conduziu a reunião junto com Lucas Zorzette, vice-coordenador do Cômite, e Elaine Araujo, suplente. Eles destacaram a importância do plano de trabalho para o período 2025-2027. As discussões incluíram o incentivo à participação nas trilhas do CapacitaCoop, o engajamento no Dia de Cooperar e a preparação para o 1º Encontro Nacional de Jovens Cooperativistas, que acontecerá em 12 de agosto. “Foi uma reunião produtiva, com diálogo e ações concretas que já estão em andamento”, afirmou Daniele.
Formado oficialmente em 2020, o Geração C é um dos desdobramentos do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que estabeleceu diretrizes para fortalecer a diversidade e a inclusão no movimento. Desde então, o grupo atua como órgão consultivo da Unidade Nacional do Sistema OCB, contribuindo para o desenvolvimento de políticas e ações que envolvam e ampliem a atuação de jovens cooperativistas.
Durante a reunião, os membros também compartilharam desafios e avanços nas atividades promovidas nos estados, além de trocar ideias para ações futuras em âmbito nacional. Um dos destaques foi a importância de fortalecer as conexões entre os comitês estaduais, incentivando a criação de espaços permanentes de escuta e atuação juvenil dentro das cooperativas e das unidades estaduais do Sistema OCB.
O Comitê Geração C segue como uma das iniciativas centrais do Sistema OCB para a formação de lideranças e renovação do movimento. Ao lado do Comitê de Mulheres, o Elas pelo Coop, criado na mesma época, a proposta é fortalecer a democracia interna das cooperativas e garantir que os espaços de governança reflitam a realidade da base cooperada.
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Delegação desembarca em Rondônia para conhecer boas práticas desenvolvidas por cooperativas
O terceiro dia da Imersão Pré-COP30 levou a delegação de autoridades brasileiras e internacionais ao coração da Amazônia brasileira nesta quarta-feira (23). O destino
foi o estado de Rondônia, onde os participantes iniciaram uma nova jornada de aprendizados sobre o impacto transformador das cooperativas na promoção do desenvolvimento sustentável em territórios de fronteira. Após dois dias de atividades no Rio Grande do Sul, o grupo teve a oportunidade de mergulhar na realidade amazônica e conhecer as cooperativas Reca e Sicoop Credip, referências em inclusão, bioeconomia e preservação ambiental.
Fundada em 1989, a Reca (Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado) é formada por mais de 300 famílias agricultoras da região de Nova Califórnia. A cooperativa nasceu da união de agricultores migrantes com comunidades tradicionais da floresta, em um esforço coletivo para desenvolver sistemas agroflorestais adaptados à realidade amazônica. “A Reca trabalha com pequenos agricultores em sistemas produtivos que respeitam a sociodiversidade, valorizam os saberes locais e geram renda com preservação”, explicou Hamilton Condack de Oliveira, presidente da cooperativa. 
Além da produção sustentável, a Reca opera agroindústrias de óleos, palmitos e polpas de frutas da floresta, com reconhecimento nacional e internacional. A organização também participa de um projeto de carbono com a União Europeia, voltado à preservação florestal e agregação de valor com base em critérios socioambientais.
O Sicoob Credip, por sua vez, é uma cooperativa de crédito com forte atuação regional e foco no desenvolvimento territorial. Para Oberdan Pandolfi Ermita, presidente do Conselho de Administração, o desafio do Sicoob Credip vai além da inclusão financeira. “Queremos nos tornar relevantes para o território. Nosso trabalho com a cafeicultura é exemplo disso: unimos ciência, pesquisa e boas práticas para transformar a realidade dos produtores, conectar pessoas e valorizar a Amazônia”, afirmou.
O projeto de cafés especiais Robustas Amazônicos, apoiado pelo Sicoob Credip, foi citado como uma inovação sustentável de grande impacto. Por meio de investimento em boas práticas agrícolas e manejo responsável, a região obteve reconhecimento inédito com a Identificação Geográfica (IG) dos cafés canéforas amazônicos, primeira do mundo nesse segmento.
Para João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, a etapa amazônica da imersão é estratégica. “Estamos aqui para mostrar ao Brasil e ao mundo o que o cooperativismo já faz há muito tempo: proteger o meio ambiente colocando as pessoas no centro. Rondônia mostra que é possível promover inclusão, conservação e desenvolvimento em territórios complexos. Esta imersão é uma oportunidade única de conectar nossa agenda à COP30, especialmente no Ano Internacional das Cooperativas”, destacou.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, reforçou essa conexão histórica do cooperativismo com a sustentabilidade. “Aprendemos lá na Sicredi Pioneira, no Rio Grande do Sul, que nosso pioneiro Theodor Amstad já pensava em manejo sustentável no século XIX. O cuidado com a terra, com a saúde, com o dinheiro das pessoas, tudo isso nasce da centralidade nas pessoas. Quando colocamos o ser humano no centro, o meio ambiente também entra nele. Isso é cooperativismo”, afirmou.
Segundo ela, a tendência global de sustentabilidade e ESG encontrou no cooperativismo um modelo pronto. “Fomos surpreendidos por uma agenda que já praticávamos. Agora, com metodologia e indicadores, estamos mostrando de forma mais estruturada esse valor. E é por isso que trouxemos tantos parceiros nacionais e internacionais: para vivenciarem conosco o que já sabemos e praticamos há muito tempo”, completou.
O dia foi encerrado com um jantar temático com representantes da cooperativa Reca e do Sicoob Credip, promovendo a integração entre os participantes e os anfitriões locais. A programação segue nesta quinta-feira (24), com visitas a comunidades rurais, cooperativas mirins e experiências com povos indígenas. A imersão se encerra na sexta-feira (25), em Vilhena, com visitas ao Hospital Cooperar e à Favoo Coop.
A delegação que participa da Imersão reúne representantes de órgãos estratégicos do governo brasileiro, organismos internacionais e entidades empresariais. Estão presentes os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), das Relações Exteriores (MRE), do Meio Ambiente (MMA) e da Secretaria-Geral da Presidência (SGPR). Também participa um um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Entre os organismos internacionais estão a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA), o Centro de Comércio internacional (ITC), o BID Invest e a Rede Brasil do Pacto Global. Completam a comitiva lideranças do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), da Agência Brasileira de Promoção a Exportações e Investimentos (ApexBrasil), do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e do Banco Central do Brasil (BCB), além de dirigentes e técnicos do Sistema OCB.
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Delegação conheceu história, impactos sociais e ambientais das cooperativas no 2º dia da jornada
A Imersão Pré-COP30 seguiu nesta terça-feira (22) com uma programação intensa no Rio Grande do Sul, destacando o papel do cooperativismo como agente de transformação social e ambiental. O grupo de lideranças nacionais e internacionais iniciou o dia em Nova Petrópolis, conhecida como a capital nacional do cooperativismo, e encerrou as atividades em Porto Alegre, com visita a iniciativas de impacto comunitário.
A primeira parada foi na Sicredi Pioneira, a cooperativa de crédito mais antiga da América Latina, fundada em 1902 pelo padre Theodor Amstad. Com mais de 120 anos de atuação, a instituição se mantém fiel aos princípios cooperativistas ao mesmo tempo em que inova em soluções financeiras e ações de sustentabilidade.
Tiago Luiz Schmidt, presidente do Conselho de Administração da Sicredi Pioneira, apresentou ao grupo os programas sociais e educacionais que têm mudado a realidade de muitas famílias, com destaque para o trabalho de sucessão rural. “A cooperativa vem, há quase dez anos, organizando turmas de um programa de sucessão rural familiar onde o principal requisito é a participação de toda a família. Os jovens criam vínculos emocionais com a atividade dos pais, enquanto os pais passam a respeitar mais a participação dos filhos. Temos uma taxa de retorno muito positiva e vemos famílias voltando a investir no campo. Sempre lembramos que sucessão é diferente de substituição: sucessão se faz em vida”, explicou.
Schmidt também destacou o papel da cooperativa no avanço das energias renováveis. “A Sicredi Pioneira sempre acreditou no potencial da energia solar. Trabalhamos na educação sobre essa pauta com nossos cooperados, mostrando os benefícios econômicos, ambientais e técnicos. Hoje, temos uma das maiores carteiras de crédito de energia fotovoltaica do país, mesmo numa região com irradiação solar abaixo da média nacional. Isso mostra o enorme potencial do Brasil para avançar em uma matriz energética mais sustentável”, completou.
Em seguida, a delegação conheceu a Casa Cooperativa, espaço que guarda a memória do cooperativismo brasileiro e latino-americano. Para
a presidente da entidade, Heloísa Helena Lopes, preservar e difundir essa história é essencial. “Um dos principais concorrentes do cooperativismo é o desconhecimento. Nosso propósito maior é divulgar e promover esse modelo, para que mais pessoas possam vivenciá-lo”, afirmou.
O coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, reforçou o simbolismo de Nova Petrópolis. “Existe um ditado que diz: ‘aqui não se sabe sobre cooperativismo, aqui se vive o cooperativismo’. É isso que presenciamos na Sicredi Pioneira e na Casa Cooperativa. Um legado que o Brasil inteiro precisa conhecer.”
Após o almoço, o grupo seguiu para Porto Alegre, onde visitou a Cootravipa, cooperativa de trabalho criada há 41 anos em uma comunidade periférica da cidade. A presidente Imanjara Alessandra Marques de Paula relatou como o empreendimento coletivo surgiu como resposta ao desemprego e à exclusão social. “Acreditamos que, por meio do trabalho e da geração de renda, podemos transformar pessoas em protagonistas de suas histórias. Essa é a nossa missão até hoje.”
Entre os projetos sociais apresentados, destacam-se o Coleta Tri, que promove a conscientização sobre a segregação correta de resíduos, e o Empreender para Crescer, que leva educação ambiental e conceitos de sustentabilidade para crianças de escolas públicas. “Estamos construindo
hoje o futuro da nossa comunidade com cuidado ao meio ambiente e inclusão social”, acrescentou Imanjara.
Representantes de organismos internacionais também destacaram o alinhamento das cooperativas brasileiras com a agenda global de sustentabilidade. Rosemary Lane, Chefe do Departamento de Povos Indígenas e Desenvolvimento da ONU, disse estar impressionada com o que viu. “Já conhecia o potencial das cooperativas em inclusão social, mas fiquei surpresa ao ver o quanto elas estão conectadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e à agenda climática”, ressaltou.
Para Guilherme Guedes Xavier, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, a imersão reforça a sinergia entre os princípios do movimento cooperativista e os do Pacto Global. “É uma oportunidade única ver como o cooperativismo transforma realidades. E para mim tem um significado pessoal, porque meu pai participa de cooperativas de leite e crédito. Estou muito feliz com essa vivência”.
A programação do dia foi encerrada com um jantar oferecido pela Ocergs, que promoveu mais um momento de integração entre os participantes. A Imersão segue até o dia 25 de julho com o objetivo de fortalecer parcerias e consolidar o reconhecimento internacional das cooperativas brasileiras
como protagonistas da agenda climática global.
A delegação que participa da Imersão reúne representantes de órgãos estratégicos do governo brasileiro, organismos internacionais e entidades empresariais. Estão presentes os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), das Relações Exteriores (MRE), do Meio Ambiente (MMA) e da Secretaria-Geral da Presidência (SGPR). Também participa um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Entre os organismos internacionais estão a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA) Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA) Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA), o Centro de Comércio internacional (ITC), o BID Invest e a Rede Brasil do Pacto Global. Completam a comitiva lideranças do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), da Agência Brasileira de Promoção a Exportações e Investimentos (ApexBrasil), do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e do Banco Central do Brasil (BCB), além de dirigentes e técnicos do Sistema OCB.
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Encontro destacou manifesto das cooperativas brasileiras e papel do setor na agenda climática
Em Montevidéu, nesta terça-feira (22), as Cooperativas Agrarias Federadas (CAF) realizaram sua Assembleia Geral Anual com a presença de autoridades uruguaias e representantes do cooperativismo agro do Cone Sul. O evento marcou uma etapa importante na preparação do setor para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, no Brasil.
Entre os destaques da programação esteve o painel Rumo à COP30: O cooperativismo agrário como caminho articulador, que reuniu lideranças e especialistas para discutir os desafios e as oportunidades de um agro mais sustentável e conectado com a agenda climática global. Na ocasião, o Sistema OCB apresentou o Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, documento que reúne propostas e compromissos do setor para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Quem representou o Brasil no encontro foi o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, que participou de forma remota. Em sua apresentação, Alex destacou os cinco pilares do manifesto, construído a partir de uma ampla escuta do setor cooperativista nacional:
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Segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono: O manifesto reconhece que as cooperativas agro brasileiras são responsáveis por grande parte
da produção nacional de alimentos, com mais de 50% das safras de soja, milho e café passando por produtores associados. O compromisso é intensificar práticas de agricultura regenerativa e de baixo carbono, aliadas ao uso de tecnologias que aumentem a produtividade e reduzam o impacto ambiental.
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Valorização das comunidades e acesso a financiamento climático: O documento defende a ampliação de linhas de crédito e instrumentos financeiros que permitam a pequenos e médios produtores acessar recursos para adaptação e mitigação. Segundo Alex, “é essencial garantir que o financiamento climático alcance o campo e apoie quem está na linha de frente das transformações”.
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Transição energética e desenvolvimento sustentável: As cooperativas já vêm investindo em bioenergia, energia solar e outras fontes limpas. O pilar propõe acelerar essa transição e tornar as cooperativas polos de inovação energética, com ações voltadas também para o uso racional da água e manejo eficiente de resíduos.
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Bioeconomia e uso eficiente dos recursos naturais: A proposta inclui fomentar cadeias produtivas ligadas à bioeconomia, certificações e rastreabilidade de produtos, valorizando o conhecimento local e práticas tradicionais que conciliam produção e conservação.
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Adaptação e mitigação de riscos climáticos: Com o setor agrícola altamente vulnerável aos extremos climáticos, o manifesto enfatiza a importância de fortalecer políticas de seguro rural, assistência técnica e sistemas de alerta precoce. A ideia é construir resiliência para enfrentar secas, enchentes e outras ameaças decorrentes da crise climática.
Alex também apresentou um panorama do cooperativismo brasileiro e pontuou a expressiva contribuição do setor para o desenvolvimento sustentável. Ele reforçouque as 4,5 mil cooperativas espalhadas pelo Brasil reúnem mais de 23 milhões de cooperados, o que representa cerca de 11% da população do país. Somadas, elas geram US$ 124 bilhões em receitas anuais, movimentam 450 milhões de toneladas de cargas e estão presentes em 90% dos municípios brasileiros.
O coordenador ressaltou ainda o protagonismo das cooperativas agrícolas, responsáveis por mais da metade da produção nacional de grãos como soja (52%), milho (53%) e trigo (75%). “Esses números reforçam como o modelo cooperativista alia inclusão produtiva e eficiência econômica, sendo estratégico para avançarmos em uma agricultura de baixo carbono e resiliente ao clima”, destacou.
A CAF convidou o Sistema OCB para integrar o evento no âmbito da Coopsul, articulação criada em 2023 para unir as principais entidades cooperativistas do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai.
O evento contou com a presença do prefeito de Canelones, Yamandú Orsi; do ministro da Agricultura, Alfredo Fratti; do ministro do Meio Ambiente, Edgardo Ortuño; e da subsecretária de Relações Exteriores, Valeria Csukasi, além de apoio institucional das organizações uruguaias, como o Banco República, o Instituto Nacional de Carnes (Inac) e a Administração Nacional de Telecomunicações (Intel).
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Parceria entre as entidades prevê projetos estratégicos e presença conjunta na COP30 em Belém
O cooperativismo e a ciência agropecuária deram mais um passo em direção a parcerias estratégicas que podem transformar o campo brasileiro. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, se reuniram nesta quinta-feira (17) para discutir iniciativas conjuntas voltadas a fortalecer a inovação, a sustentabilidade e a competitividade no agronegócio nacional, com foco especial no papel das cooperativas.
“Essa aproximação com a Embrapa é fundamental para levarmos ainda mais tecnologia e conhecimento aos nossos cooperados. Estamos falando de uma parceria que pode gerar impacto direto na produtividade e na sustentabilidade do agro brasileiro”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Para Silvia Massruhá, a colaboração entre ciência e cooperativismo representa um caminho para acelerar inovações no setor. “O cooperativismo tem uma capacidade extraordinária de mobilização no campo. Juntar essa força com a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico é potencializar resultados para o Brasil e para o mundo”, afirmou.
Entre os temas debatidos, ganharam destaque projetos estratégicos para a inclusão socioprodutiva e digital de pequenos e médios agricultores cooperados. As lideranças também discutiram formas de ampliar a transferência de tecnologias em ambientes digitais, garantindo que soluções inovadoras cheguem com mais agilidade às propriedades rurais.
Outro ponto central foi o avanço de uma parceria para fomentar a pesquisa agropecuária e expandir a rede de extensionistas vinculados a cooperativas. A proposta é criar mecanismos que aproximem ainda mais o trabalho técnico-científico da realidade dos produtores, contribuindo para práticas mais eficientes e sustentáveis no campo.
A reunião também consolidou as tratativas para a presença conjunta da Embrapa e do Sistema OCB no Espaço Agri Zone, da Embrapa, durante a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). A iniciativa pretende garantir uma participação qualificada do cooperativismo no espaço institucional, que contará com estandes, vitrines tecnológicas e divulgação de boas práticas em mitigação e adaptação da agricultura à mudança do clima.
Na ocasião, o Sistema OCB apresentou ainda as diretrizes do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro à COP30, documento que reforça o papel das cooperativas como protagonistas do desenvolvimento sustentável e da inovação no campo. O manifesto também destaca o alinhamento do setor às demandas globais da agenda climática e à busca por soluções que conciliem produção e preservação ambiental.
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Solução Eficiência Energética apontou caminhos para maior eficiência no uso de recursos energéticos
Com o objetivo de impulsionar a sustentabilidade no cooperativismo, a Solução Eficiência Energética chegou, nos dias 15 e 16 de julho, à Cooperativa Viacredi, em Blumenau (SC). A iniciativa faz parte do portfólio de soluções do Sistema OCB e contou, nessa etapa, com a parceria da Central Ailos, da Ocesc e da consultoria Stride. Durante os dois dias de atividades, foi realizada a etapa de diagnóstico, que envolveu visitas técnicas, análise de dados e reuniões com a diretoria da cooperativa.
A Viacredi foi indicada pela Central Ailos para integrar a iniciativa, que busca promover maior eficiência no uso de energia, redução de custos operacionais e alinhamento às práticas ESG (ambientais, sociais e de governança). Foram diagnosticadas três unidades da cooperativa: a sede, um Ponto de Atendimento (PA) e um Ponto de Relacionamento (PR), onde foram observadas oportunidades de melhorias e inovações nos sistemas já implementados.
Logo no primeiro dia, a equipe da consultoria, acompanhada por representantes da unidade nacional do Sistema OCB, da Ocesc e da Central Ailos, se reuniu com a diretoria da Viacredi para apresentar os objetivos da ação e alinhar expectativas. Ao fim da etapa, no segundo dia, uma nova reunião foi realizada para apresentação dos primeiros resultados e próximos passos, com destaque para o plano de ação que será implementado e monitorado pelas equipes envolvidas.
“A aplicação do diagnóstico é fundamental para que a Viacredi possa avançar ainda mais em seu programa de eficiência energética e se fortalecer enquanto agente de transformação ambiental e social. Além disso, é uma forma importante de demonstrar como o cooperativismo se compromete com as agendas globais de sustentabilidade e preservação ambiental”, afirma Laís Nara Castro, analista de Meio Ambiente do Sistema OCB e representante da entidade no processo de diagnóstico da Viacredi.
Para Ricardo Miotto Ternus, diretor superintendente da Ocesc, a atuação da Viacredi reforça o protagonismo das cooperativas catarinenses na pauta da sustentabilidade. “A Viacredi possui uma trajetória consolidada em práticas sustentáveis, e agora avança ainda mais ao integrar uma iniciativa nacional que une eficiência operacional, responsabilidade ambiental e alinhamento com os princípios ESG. O cooperativismo de crédito de Santa Catarina está conectado com os grandes temas da atualidade e preparado para liderar soluções transformadoras”, afirmou.
Cátia Schäffer Tomaz, coordenadora de Governança Cooperativa e Sustentabilidade da Central Ailos, destacou os ganhos da iniciativa para a cultura interna da cooperativa. “Essa experiência ampliou o nosso olhar estratégico para a gestão de dados nos processos de compras, manutenção e infraestrutura. Também contribuiu para a educação ambiental dos colaboradores, com reflexos inclusive nas suas casas. Acreditamos que esse movimento liderado pelo Sistema OCB com apoio da Ocesc fortalece demais a atuação das cooperativas em sustentabilidade.”
A Viacredi já conta com ações consolidadas na área, como a instalação de 355 painéis fotovoltaicos e sistemas de captação de água da chuva. Para o superintendente de Administração, Compliance, Controladoria e Riscos, Marcelo Marques, a consultoria contribui para elevar ainda mais os padrões adotados. “Estamos sempre buscando maneiras de melhorar nossa estrutura. Essa consultoria potencializa nossas operações, oferecendo soluções que aprimoram a eficiência e reduzem custos. Também contamos com linhas de crédito específicas para apoiar iniciativas sustentáveis entre os nossos cooperados”.
Segundo Tatiana Kraetzer, coordenadora administrativa da Viacredi, participar da Solução Eficiência Energética é uma oportunidade de aprendizado e transformação. “Estamos evoluindo tecnicamente e fortalecendo nosso compromisso com a responsabilidade ambiental. Isso está em plena sintonia com os princípios do cooperativismo que carregamos em nosso DNA”, descreveu.
A etapa de diagnóstico é o primeiro passo da Solução Eficiência Energética, que agora seguirá com o acompanhamento da execução do plano de ação e a mensuração dos resultados. A iniciativa integra o Programa ESGCoop, lançado pelo Sistema OCB para apoiar as cooperativas na implementação de boas práticas ESG, sempre com foco em inovação, impacto positivo e perenidade dos negócios cooperativistas.
Saiba Mais:
- Sistema OCB impulsiona eficiência energética no cooperativismo
- Programa ESGCoop elva solução eficiência energética à Cotripal
- ESGCoop Expocacer reforça liderança em sustentabilidade no café
Iniciativa reunirá autoridades nacionais e internacionais entre os dias 21 e 25 de julho
Com o objetivo de destacar o papel estratégico do cooperativismo no enfrentamento das mudanças climáticas, o Sistema OCB promove, de 21 a 25 de julho, a Imersão em Cooperativismo Pré-COP30. A iniciativa faz parte da agenda nacional de mobilização para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), em novembro.
Durante cinco dias, representantes de organizações internacionais, ministérios e órgãos governamentais brasileiros percorrerão cooperativas de
referência nos estados do Rio Grande do Sul e Rondônia. A proposta é apresentar, de forma prática e imersiva, como o modelo cooperativista tem gerado impacto positivo em territórios diversos, promovendo desenvolvimento sustentável, inclusão produtiva e uso responsável dos recursos naturais.
“Queremos mostrar que o cooperativismo brasileiro já é uma resposta concreta para muitos dos desafios que serão discutidos na COP30. Nossas cooperativas estão na vanguarda de soluções que integram economia verde, bioeconomia, agricultura de baixo carbono, energia limpa e inclusão social”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB. “Ao promover essa imersão com atores estratégicos, buscamos ampliar o entendimento sobre nosso papel e abrir caminhos para mais diálogo, parcerias e protagonismo na agenda climática global”, completa.
Convidados estratégicos
A programação da Imersão Pré-COP30 contempla visitas técnicas, rodas de conversa e experiências em campo, com a participação de autoridades de diversos ministérios – como Meio Ambiente, Agricultura, Relações Exteriores, Desenvolvimento Agrário, Empreendedorismo e Secretaria Geral da Presidência da República – além de representantes do Banco Central, da ApexBrasil, da Embrapa, do Consórcio Amazônia, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e de outras instituições públicas.
No cenário internacional, estão confirmadas presenças de representantes de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), sede de
Nova Iorque (ONU/NY); o Pacto Global da ONU, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o Centro de Comércio Internacional (ITC).
Segundo Márcio Freitas, o objetivo é que os convidados possam não apenas conhecer, mas vivenciar a realidade das cooperativas, entender sua lógica de funcionamento e seus resultados efetivos. “Vamos mostrar que o cooperativismo é uma força econômica com valores. Ele organiza cadeias produtivas, gera renda, protege o meio ambiente e transforma comunidades. Tudo isso baseado em princípios como solidariedade, democracia e intercooperação”, afirma.
Cooperativas anfitriãs
As visitas serão realizadas em duas rotas paralelas. No Rio Grande do Sul, devem ser visitadas as cooperativas COASA, Aurora, Cresol, Sicredi Pioneira e Cootravipa. Já em Rondônia, estão previstas agendas nas cooperativas Sicoob Credip, Sicoob Credisul, Cooperativa Recca, Cooperativa Mirim e Favoo Coop.
A ação faz parte da mobilização Coop na COP30, lançada pelo Sistema OCB para dar visibilidade às soluções do cooperativismo no contexto da conferência climática. Além da imersão, a estratégia inclui a produção de materiais técnicos, articulação política e institucional e a presença ativa no evento em Belém.
Construção coletiva
A proposta da Imersão Pré-COP30 está sendo construída de forma colaborativa com o apoio de cooperativas, unidades estaduais do Sistema OCB e parceiros nacionais e internacionais. A expectativa é que o resultado fortaleça o reconhecimento do cooperativismo como ator relevante nas negociações climáticas e na implementação dos compromissos ambientais do Brasil.
Saiba Mais:
Movimento reforça sua relevância estratégica nas discussões globais sobre desenvolvimento sustentável
O Brasil sediará, entre os dias 10 e 21 de novembro, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém (PA). Com 12% da água doce do planeta, uma das maiores biodiversidades do mundo e uma economia fortemente conectada ao uso da terra, o país tem papel central nas negociações ambientais globais — e o cooperativismo quer estar no centro dessas discussões como parte da solução.
Com esse objetivo, o Sistema OCB vem promovendo uma série de ações preparatórias, incluindo a elaboração do Manifesto do Movimento Cooperativista Brasileiro para a COP30, que reúne as principais contribuições e propostas do setor para a agenda climática. A iniciativa foi destaque no site da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), que entrevistou a gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, sobre as expectativas e prioridades das cooperativas brasileiras para o evento.
Na entrevista, Fabíola destaca que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 e 15 — que tratam da vida na água e da vida terrestre, respectivamente — são particularmente importantes para o cooperativismo brasileiro, especialmente pelas ações das cooperativas agropecuárias.
“As cooperativas ajudam os produtores a adotarem tecnologias mais eficientes, que reduzem o impacto ambiental. Ninguém valoriza mais o meio ambiente do que o agricultor, porque ele quer garantir sua produção para as próximas gerações. As cooperativas se preocupam genuinamente com a prosperidade do meio ambiente e das comunidades onde atuam”, reforça.
O Brasil conta hoje com mais de 1 milhão de produtores rurais cooperados, que têm acesso facilitado a boas práticas e inovações sustentáveis por meio do modelo cooperativista. “O que queremos mostrar na COP30 é que as cooperativas são instrumentos de solução. Levamos uma mensagem clara ao governo: estamos prontos para ajudar o país a alcançar suas metas climáticas”, afirma Fabíola.
Manifesto e articulação com o governo
Para fortalecer essa mensagem, a OCB está articulada com diversos grupos de trabalho e lideranças cooperativistas, promovendo pesquisas e debates sobre os principais desafios e oportunidades do setor. O resultado desse esforço coletivo foi a elaboração do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, que apresenta cinco eixos estratégicos:
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Segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono;
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Valorização das comunidades e financiamento climático;
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Transição energética e desenvolvimento sustentável;
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Bioeconomia como vetor de desenvolvimento;
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Adaptação e mitigação dos riscos climáticos.
Além disso, o Sistema OCB trabalha para garantir um pavilhão próprio na COP30, onde serão apresentadas experiências reais de cooperativas que já promovem práticas sustentáveis no Brasil e no mundo. Muitas dessas histórias já estão disponíveis no portal da COP30 lançado recentemente, que reúne cases, boas práticas e aprendizados do cooperativismo na agenda ambiental.
Financiamento para escalar impacto
Outro ponto crucial destacado por Fabíola é a necessidade de acesso a financiamento para que as cooperativas ampliem seu impacto positivo, especialmente em regiões como a Amazônia. “Todos olham para as árvores e os rios da Amazônia, mas esquecem das pessoas que vivem lá. Sempre dizemos que uma árvore em pé precisa valer mais do que uma derrubada — e as cooperativas são um ótimo caminho para tornar isso realidade. Mas, muitas vezes, esses empreendimentos não conseguem acesso ao crédito necessário para manter seus negócios e sustentar suas famílias. Isso precisa mudar”, defende.
Presença nas discussões globais
A entrevista também destaca a importância de o cooperativismo brasileiro participar ativamente das negociações internacionais, como a COP30 e a Cúpula Social Mundial, que acontecerá em Doha uma semana antes. Segundo Fabíola, esse engajamento é essencial para que o movimento seja reconhecido como agente de transformação. “Se não estivermos presentes, não seremos lembrados. As cooperativas oferecem soluções para problemas ambientais, sociais e econômicos. Precisamos mostrar do que somos capazes e buscar o apoio necessário para escalar nosso impacto”, conclui.
No Brasil, o Sistema OCB trabalha para fortalecer redes de cooperação entre as 4,5 mil cooperativas existentes, com ações de planejamento, articulação institucional e compartilhamento de soluções. Um exemplo disso foi o Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), evento promovido em 2024, que reuniu mais de 3 mil lideranças cooperativistas para debater o futuro do movimento.
Saiba Mais:
Cooperativa mineira avança na gestão energética e potencializa ações para redução de emissões
A Expocacer, cooperativa de cafeicultores com sede em Patrocínio (MG), recebeu, entre os dias 8 e 10 de julho, a visita técnica da Solução Eficiência Energética, iniciativa do Programa ESGCoop coordenada pelo Sistema OCB em parceria com o Sistema Ocemg. A ação foi realizada nas duas unidades de armazenamento e beneficiamento de café da cooperativa e contou com a consultoria especializada da Stride.
Reconhecida por sua forte atuação socioambiental, a Expocacer é referência no setor: a cooperativa possui relatório de sustentabilidade, é certificada com o selo Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol e integra ações inovadoras que vão do campo à exportação. Agora, com a Solução Eficiência Energética, a proposta é potencializar
essa agenda e avançar ainda mais na redução das emissões de gases de efeito estufa.
“O diagnóstico que aplicamos nesta etapa vai somar aos esforços já consolidados pela Expocacer, especialmente na redução do consumo de energia elétrica e, consequentemente, das emissões de escopo 2 no inventário de GEE da cooperativa. Essa é uma solução pensada para fortalecer estratégias de sustentabilidade e competitividade no cooperativismo”, destacou Laís Nara Castro, analista de meio ambiente do Sistema OCB.
A programação da visita contemplou reuniões iniciais com as lideranças da cooperativa, vistorias técnicas detalhadas nas duas plantas industriais e encontros para alinhamento sobre o levantamento de dados e metodologias. O diagnóstico resultará em um plano de ação com propostas de curto, médio e longo prazos para otimização energética, com acompanhamento contínuo da equipe técnica.
Futuro do café
Para a Expocacer, a participação no Programa ESGCoop reforça a cultura de inovação e responsabilidade ambiental que já faz parte de sua trajetória. “Iniciativas sustentáveis sempre estiveram presentes nas práticas da Expocacer, fomentadas junto aos nossos cooperados e parceiros. Participar deste projeto de soluções energéticas reforça que estamos trilhando o caminho certo para o nosso propósito, gerando impacto positivo no mundo do café. Não medimos esforços para atingir metas sustentáveis, e com este projeto vamos trazer ainda mais resultados a partir da melhoria contínua e dos métodos apresentados”, afirmou Jorge Luiz de Carvalho Leite, coordenador de Sustentabilidade da cooperativa.
Além de consolidar os compromissos já assumidos pela Expocacer, a iniciativa inspira outras organizações do setor a seguirem o mesmo caminho.
“Ao promover eficiência energética, otimizar recursos e gerar impactos positivos, mostramos que competitividade e sustentabilidade não apenas podem caminhar juntas, como se fortalecem mutuamente. Iniciativas como essa inspiram outras cooperativas e reforçam o protagonismo do cooperativismo na transição para uma economia de baixo carbono”, ressaltou Letícia Soares, analista de Educação e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Ocemg.
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Superintendente do Sistema OCB apresentou ações para o Ano Internacional das Cooperativas
O cooperativismo brasileiro vive um momento de destaque no cenário internacional. Nesta quinta-feira (3), a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou da live promovida pelo Sistema Ocepar, que celebrou o Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, abriu o evento reforçando a importância da mobilização nacional em torno das comemorações. “É um ano muito especial. Estivemos em Washington, onde ouvimos ao vivo a manifestação da Organização das Nações Unidas sobre sua escolha por priorizar as cooperativas neste ano. Ficamos felizes em saber que cooperativas ao redor do mundo terão mais oportunidades a partir da recomendação da ONU para iniciativas que fortaleçam ainda mais esse sistema que leva desenvolvimento, segurança e prosperidade às comunidades”, comentou.
Tania, por sua vez, destacou durante a sua apresentação, que “o reconhecimento da ONU às cooperativas como agentes de transformação econômica e social é uma conquista de todos nós, que trabalhamos diariamente para construir um mundo melhor. Esse é um ano histórico para o nosso movimento”.
A superintendente apresentou dados que comprovam a relevância do cooperativismo no Brasil e no mundo. "Hoje, mais de 1 bilhão de pessoas no planeta são cooperadas. Se as 300 maiores cooperativas fossem um país, teríamos a 9ª maior economia mundial. No Brasil, são mais de 4,5 mil cooperativas, com 23,4 milhões de cooperados e um faturamento superior a R$ 692 bilhões", ressaltou.
Tania também detalhou as principais iniciativas do Sistema OCB para o Ano Internacional das Cooperativas, com destaque para a campanha SomosCoop 2025, as projeções em prédios de capitais brasileiras no Coops Day e o lançamento de um manifesto do cooperativismo brasileiro para a COP30. “Este é o momento de mostrar para o mundo a força do nosso modelo, que promove inclusão, gera renda e transforma comunidades”, afirmou.
Entre os impactos esperados com o Ano Internacional, Tania citou o fortalecimento da imagem do setor, a atração de novos cooperados, especialmente jovens, e o estímulo ao orgulho em ser parte do movimento cooperativista. “O futuro é cooperativo, e cabe a nós aproveitarmos essa oportunidade estratégica para ampliar a conscientização e consolidar o cooperativismo como protagonista no cenário econômico e social global”, concluiu.
A ONU e o tema do Ano Internacional
A Assembleia Geral da ONU proclamou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, com o tema Cooperativas Constroem um Mundo Melhor. A iniciativa reconhece o papel vital das cooperativas para o desenvolvimento sustentável e para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
“As cooperativas são soluções essenciais para os desafios globais que enfrentamos, porque unem pessoas, comunidades e propósitos em torno de um modelo econômico mais justo e resiliente”, destacou Tania.
Ao final da live, José Roberto Ricken e Robson Mafioletti, superintendente da Ocepar, apresentaram as ações programadas pelo sistema paranaense para celebrar a data, reforçando a sintonia entre o Sistema OCB e suas organizações estaduais na mobilização nacional.
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Último dia reuniu ONU e NCBA para fortalecer papel global das cooperativas
Encerrado com força institucional e visão de futuro. Assim foi o último dia da etapa internacional da Jornada dos Presidentes do Sistema OCB, na última sexta-feira (27), em Washington. A agenda contou com uma reunião com o representante da ONU, Andrew Allimadi, coordenador de Assuntos Cooperativos no Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas. O encerramento marcou o ponto alto de uma semana dedicada à articulação global, à troca de experiências e à consolidação da imagem do cooperativismo brasileiro como um agente estratégico para os desafios do desenvolvimento sustentável.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que liderou a comitiva, reforçou a importância da presença do cooperativismo brasileiro em foros internacionais. “Acreditamos no papel das cooperativas na promoção de uma economia mais sustentável e resiliente. Estar aqui, dialogando com o movimento cooperativista norte-americano, é reafirmar que temos muito a contribuir para os grandes debates globais”, afirmou.
Na manhã do último dia, a delegação participou de um diálogo institucional com o representante da ONU, responsável por assuntos cooperativos. A conversa abordou o papel das cooperativas frente aos compromissos globais de neutralidade de carbono e adaptação climática. A aproximação é estratégica, principalmente às vésperas da COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro deste ano.
Durante o encontro, o presidente Márcio destacou o esforço do movimento para ampliar sua atuação em temas ambientais. “Temos cooperativas com práticas alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com impacto direto na redução de emissões. A COP30 será uma oportunidade de mostrar isso ao mundo. E nossa participação ativa começa aqui, com escuta, articulação e posicionamento institucional”, ressaltou.
A programação também contou com uma apresentação da NCBA CLUSA, principal organização representativa das cooperativas nos Estados Unidos. O presidente da entidade, Doug O’Brien, compartilhou dados sobre o impacto do cooperativismo norte-americano em setores como energia, crédito, habitação e agricultura, além de destacar as estratégias de defesa institucional em um cenário político incerto. No mesmo encontro, o representante da ONU, Andrew Allimadi, reforçou o legado do Ano Internacional das Cooperativas e incentivou a participação ativa do Sistema OCB na construção do World Social Summit 2025, previsto para setembro, como uma oportunidade de dar visibilidade global às soluções cooperativas.
“A missão termina, mas os vínculos criados aqui seguem fortalecendo nossa atuação estratégica. O que vimos nos últimos dias nos inspira a ampliar a presença das cooperativas brasileiras no debate internacional, com voz ativa, propostas concretas e o orgulho de sermos quem somos: cooperativistas”, concluiu o presidente Márcio.
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Sistema OCB entrega documento com propostas ao vice-presidente da República
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e a superintendente da entidade, Tania Zanella, estiveram reunidos com o vice-presidente da República e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (11), com o objetivo de manifestar a preocupação do cooperativismo com o conjunto de medidas que afetam a tributação de instrumentos financeiros e a estrutura de captação do sistema financeiro nacional.
Grande parte das mudanças anunciadas afeta diretamente o ambiente de captação e investimento do mercado financeiro e o cooperativismo tem preocupação com os efeitos, como oneração do setor produtivo, alterações na atratividade de produtos, aumento do custo para investidores e necessidade de ajustes operacionais. Um dos principais focos da discussão foi o Decreto nº 12.466, que altera as regras de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A norma determina que cooperativas com operações passivas ou ativas superiores a R$ 100 milhões no exercício anterior passam a ser tributadas. Para o Sistema OCB, essa medida representa um risco de descaracterização do modelo cooperativo, ao penalizar justamente aquelas instituições que mais contribuem para o desenvolvimento das comunidades em que atuam.
O Sistema OCB reforçou a importância de preservar a natureza diferenciada do cooperativismo dentro da arquitetura financeira nacional, garantindo condições justas para que as cooperativas continuem contribuindo com a inclusão financeira e o crescimento regional. “Nos preocupa o movimento de desincentivar o papel do cooperativismo no Brasil. Um cooperativismo forte, independente do porte da cooperativa, é uma plataforma essencial de desenvolvimento social e econômico, desde os municípios até todo o país”, destacou Márcio de Freitas.
Geraldo Alckmin ouviu atentamente as considerações apresentadas pelas lideranças cooperativistas, reconheceu a importância do tema e se comprometeu a analisar as preocupações levantadas pelo setor cooperativista.
COP30
Mais um passo importante rumo à construção de um futuro mais sustentável e justo: no contexto do Ano Internacional do Cooperativismo, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025, o Sistema OCB aproveitou a ocasião para entregar ao vice-presidente o Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30. O Manifesto é uma das contribuições do setor à Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém do Pará. Fruto de um trabalho coletivo que envolveu cooperativas de todo o país, o manifesto apresenta propostas concretas e estruturadas em cinco eixos temáticos, todos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Segundo Márcio Freitas, o momento é estratégico para mostrar a força do modelo cooperativista nas soluções climáticas e sociais. “A COP30 é uma oportunidade única para o Brasil mostrar ao mundo que é possível produzir com responsabilidade, incluindo as pessoas e protegendo o meio ambiente. O cooperativismo já faz isso todos os dias, em milhares de comunidades. Nosso manifesto é a voz desse Brasil que dá certo”, afirmou.
A superintendente Tania Zanella destacou a importância de inserir o cooperativismo no centro das decisões globais. “Queremos que as cooperativas sejam reconhecidas como aliadas estratégicas no enfrentamento das mudanças climáticas. As soluções estão nos territórios, nas comunidades que vivem a realidade dos desafios e já constroem caminhos sustentáveis com base na cooperação.”
O manifesto conta é dividido em cinco eixos:
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Segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono: destaca o papel das cooperativas na produção de alimentos saudáveis com práticas sustentáveis.
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Valorização das comunidades e financiamento climático: propõe ampliar o acesso a recursos para projetos climáticos nas bases cooperativas.
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Transição energética e desenvolvimento sustentável: posiciona o cooperativismo como agente da democratização da energia limpa e renovável.
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Bioeconomia como vetor de desenvolvimento: promove o uso sustentável da biodiversidade e o fortalecimento de cadeias produtivas de base biológica.
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Adaptação e mitigação de riscos climáticos: incentiva práticas resilientes e regenerativas, com foco na proteção de populações vulneráveis.
O Sistema OCB participou ativamente das últimas quatro edições da conferência climática da ONU (COP26, COP27, COP28 e COP29). Agora, com a COP30 em solo brasileiro, o setor busca protagonismo como uma solução viável, democrática e eficaz na construção de uma economia verde e de baixo carbono.
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Mensagem global destaca o papel das cooperativas de crédito no desenvolvimento.
Em 2025, o cooperativismo de crédito mundial tem um novo convite à reflexão, à união e à ação: Cooperação por um mundo próspero. Esse é o tema oficial do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), divulgado pela World Council of Credit Unions (Woccu).
A data será celebrada no dia 16 de outubro, tradicionalmente na terceira quinta-feira de outubro, como ocorre todos os anos. A escolha do tema reforça a essência do cooperativismo de crédito: gerar prosperidade por meio da cooperação, da inclusão financeira e da valorização das pessoas — pilares que fortalecem comunidades e constroem um futuro mais justo e equilibrado.
Instituído para celebrar as conquistas e o impacto das cooperativas de crédito ao redor do mundo, o DICC é um momento simbólico de reconhecimento ao trabalho que transforma vidas. Com mais de 393 milhões de cooperados em 118 países, segundo dados da Woccu, o sistema de crédito cooperativo é uma força global que cresce com base na confiança, na solidariedade e no compromisso com o bem comum.
O tema de 2025 dialoga com os grandes desafios globais — como redução das desigualdades, sustentabilidade econômica, acesso ao crédito e fortalecimento da cidadania — e posiciona o cooperativismo de crédito como agente ativo de mudança. A mensagem também convida as cooperativas a refletirem sobre seu papel na construção de soluções coletivas, sempre com foco na prosperidade compartilhada.
A identidade visual elaborada pela Woccu, em português, também foi disponibilizada às cooperativas, e o Sistema OCB está trabalhando em uma adaptação própria, que será divulgada em breve — fortalecendo ainda mais a conexão com a realidade brasileira e com a identidade do movimento SomosCoop.
O Dia Internacional das Cooperativas de Crédito é uma iniciativa de longa data, celebrada desde 1948, e se consolidou como uma oportunidade anual de engajar cooperados, dirigentes, colaboradores e comunidades em torno dos valores e princípios do cooperativismo de crédito.
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Evento discutiu papel da agricultura das Américas na agenda climática rumo à COP30
O Sistema OCB participou, nesta quinta-feira (22), da 34ª Reunião do Conselho Consultivo para a Transformação dos Sistemas Agroalimentares (CATSA), iniciativa vinculada ao Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Representada pela superintendente Tania Zanella, a organização levou ao debate a visão do cooperativismo brasileiro sobre o financiamento climático para o setor agropecuário, destacando o papel estratégico das cooperativas na construção de um modelo agrícola mais sustentável e resiliente.
A reunião foi centrada no tema Rumo à COP30 no Brasil: desafios para o posicionamento de uma agricultura sustentável e resiliente nas Américas. A proposta reuniu representantes dos países latino-americanos para debater contribuições conjuntas que reflitam as realidades regionais e que possam ser levadas de forma coesa à próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
Durante o encontro, lideranças reforçaram que a agricultura, ao mesmo tempo em que sofre os impactos da mudança do clima, também pode ser uma aliada poderosa no enfrentamento desse desafio. Foi nesse contexto que a superintendente do Sistema OCB apresentou a proposta do cooperativismo brasileiro para a COP30, fundamentada no Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a Ação Climática.
Em sua fala, Tania Zanella ressaltou que as cooperativas agropecuárias e de crédito têm o potencial de liderar a transição para uma agricultura regenerativa, devido a sua forte presença territorial e capacidade de inclusão produtiva. “As cooperativas formam uma aliança estratégica para viabilizar o financiamento climático no campo — com capilaridade, inclusão e impacto real. Com mais de um milhão de produtores associados, sendo 71% da agricultura familiar, somos protagonistas na segurança alimentar e temos legitimidade para estar no centro das soluções climáticas”, afirmou.
Ela também chamou atenção para os obstáculos que ainda dificultam o acesso dos pequenos produtores aos instrumentos de financiamento climático, como a baixa adaptação dos mecanismos internacionais à realidade rural e a pouca valorização de arranjos coletivos. “É urgente repensar os fluxos de financiamento climático. Precisamos de incentivos que reconheçam a atuação das cooperativas como canais confiáveis e eficientes de distribuição de recursos sustentáveis”, defendeu.
O Sistema OCB propôs, entre outras ações, a criação de linhas específicas de crédito climático com canais cooperativos, a remuneração por serviços ambientais e a integração das cooperativas de crédito aos fundos climáticos nacionais e internacionais.
O CATSA é um espaço de articulação estratégica do IICA, que busca promover sistemas agroalimentares mais produtivos, sustentáveis e equitativos nas Américas. A 34ª reunião teve como foco preparar a região para a COP30, reforçando a necessidade de posicionar a agricultura como parte da solução global para o clima, com protagonismo dos agricultores e das instituições locais.
“O futuro da agricultura depende de cooperação. E o cooperativismo é o melhor caminho para conectar produção, crédito e responsabilidade ambiental em uma só agenda”, concluiu Tania.
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Sistema OCB e DGRV promovem troca de boas práticas em cooperativas de energia solar
Entre os dias 13 e 15 de maio, o Espírito Santo recebeu uma agenda intensa e estratégica voltada ao fortalecimento do cooperativismo em geração distribuída (GD). A Imersão Cooperativas GD, realizada pelo Sistema OCB em parceria com a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV), reuniu representantes de seis cooperativas de energia solar de diferentes estados brasileiros, no âmbito do projeto-piloto Energias Renováveis, que já está em seu segundo ano de execução.
O projeto surgiu para promover o desenvolvimento sustentável e integrado das cooperativas de GD, que atuam com geração de energia renovável. Na sua primeira fase, foram realizados diagnósticos assistidos, consultorias técnicas e elaboração de planos de ação personalizados para cada cooperativa.
Agora, na segunda etapa, o foco está em comunicação, marketing e fortalecimento das redes de intercooperação, objetivo central da imersão realizada no Espírito Santo. A programação do encontro incluiu visitas técnicas, painéis de troca de experiências e uma oficina colaborativa na sede do Sistema OCB/ES, que contou com o apoio fundamental da unidade estadual do Espírito Santo.
A imersão começou com uma visita ao Sicoob Central ES, onde os participantes puderam compreender o papel estratégico das centrais no ecossistema cooperativista. Segundo Nailson Dalla Bernadina, diretor-executivo da entidade, a experiência foi muito positiva. “Foi uma excelente oportunidade para falarmos sobre os caminhos do
futuro da geração distribuída e para fortalecer o diálogo com as autoridades competentes. A troca de experiências é essencial para alavancar as operações das cooperativas de GD”, afirmou.
Em seguida, o grupo conheceu a Cooperativa Ciclos, referência nacional em geração distribuída e exemplo de intercooperação efetiva, fundada dentro do próprio Sicoob. A experiência da Ciclos mostrou como a diversificação de produtos e serviços, aliada à gestão focada no cooperado, é um diferencial para o sucesso e fidelização.
Outra etapa importante da imersão foi a visita à Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha (Cooabriel). Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, ressaltou o valor da troca entre cooperativas de diferentes ramos: “A intercooperação, quando feita com boa vontade e foco no cooperado, traz grandes resultados. Só temos a agradecer à OCB Nacional e à unidade estadual pelo trabalho realizado com maestria”, disse.
Victor Henrique Ribeiro Lima, assessor contábil-tributário do Sistema OCB/ES, refletiu sobre a importância do encontro para a valorização do cooperativismo local: "É uma satisfação poder observar as práticas das cooperativas capixabas reverberando em nível nacional e, principalmente, essa oportunidade de estarmos juntos, refletindo sobre essas práticas. Com as cooperativas do Sicoob Central, da Ciclos e da Cooabriel, conseguimos identificar possíveis ações de melhoria e, além disso, acolher sugestões valiosas das cooperativas visitantes. É muito positivo trabalhar a intercooperação em sua forma mais pura e essencial, por meio da troca de experiências que impulsionam o crescimento conjunto".
Já Camila Japp, diretora da DGRV Brasil, enfatizou o potencial da diversidade entre as cooperativas participantes. “Foi incrível ver que, mesmo atuando no mesmo ramo, essas cooperativas têm características muito particulares e complementares. Podem se apoiar, se inspirar e crescer juntas. Foi uma vivência prática e autêntica de intercooperação", salientou.
O encontro foi finalizado com uma oficina de integração na sede do Sistema OCB/ES, onde os participantes consolidaram os aprendizados e refletiram sobre os próximos passos para ampliar o alcance e o impacto do cooperativismo em energia renovável.
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Sistema OCB apresenta estratégias para ampliar a presença do movimento no cenário internacional
O cooperativismo brasileiro deu mais um passo rumo ao protagonismo global nesta quinta-feira (15), durante o evento Legado Coop, realizado em Nova Petrópolis (RS). Com 2025 oficialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional das Cooperativas,
o Sistema OCB lidera uma ampla mobilização para transformar esse marco em um momento estratégico de fortalecimento, visibilidade e conexão internacional para o setor.
O LegadoCoop 2025, que ocorreu na quinta (15) e sexta-feira (16), foi uma experiência de imersão no legado cooperativista, no Berço do segmento de crédito na América Latina. O evento contou com dois palcos simultâneos, Rochdale e Sunchales, para homenagear marcos históricos do cooperativismo mundial. A programação incluiu palestras, painéis e cases de sucesso, totalizando mais de 12 horas de conteúdo e 40 palestrantes.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, conduziu a palestra Perspectivas para o cooperativismo no Brasil no Ano Internacional das Cooperativas e destacou as diretrizes que estão norteando as ações do Sistema ao longo de 2025. “Temos no cooperativismo um modelo de negócios que alia viabilidade econômica com impacto social. O que a ONU propõe para 2025, nós já entregamos todos os dias. Agora, é hora de mostrar essa força ao mundo, com ainda mais estratégia e consistência”, afirmou Fabíola.
A agenda de iniciativas inclui o lançamento do hotsite, produção de materiais de mobilização, ações integradas de comunicação e articulações com organismos internacionais. O Sistema OCB também planeja envolver diretamente as cooperativas de todos os ramos e regiões, incentivando o protagonismo local e a disseminação de boas práticas.
Fabíola explicou que o foco não é apenas comemorar a data, mas sim preparar uma mobilização nacional que envolva cooperativas de todos os tamanhos, para que cada uma delas seja protagonista dessa jornada. “A intenção é transformar 2025 em um marco de reconhecimento e orgulho para todo o movimento”, salientou.
Com mais de 23,4 milhões de cooperados, presença em 90% dos municípios brasileiros e uma movimentação financeira que ultrapassou os R$ 692 bilhões em 2023, o cooperativismo nacional já demonstra sua força e impacto em inclusão produtiva, geração de renda, sustentabilidade e desenvolvimento regional.
A expectativa é que 2025 consolide esse modelo no centro do debate sobre o futuro da economia global, servindo de vitrine para o mundo e reposicionando o cooperativismo no imaginário coletivo brasileiro. Para Fabíola, “o cooperativismo sempre esteve pronto — e agora o mundo está começando a perceber isso”.
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Painel reúne especialistas para discutir como acessar recursos para adaptação e sustentabilidade
O Sistema OCB participou, nesta quinta-feira (8), do Congresso Internacional de Sustentabilidade – Ciclos 2025, evento que marca o início do ano da COP30 no Brasil. O evento reuniu especialistas nacionais e internacionais para tratar de temas prioritários da agenda climática global, como adaptação, zero carbono e compensação de emissões nos dias 7 e 8 de maio no auditório do Sebrae Nacional, em Brasília (DF).
Feulga Reis apresentou destaques do cooperativismo no financiamento climáticoA analista técnica do Sistema OCB, Feulga Abreu dos Reis, representou a instituição no painel Financiamento climático: como acessar recursos para adaptação e sustentabilidade. O painel teve como foco um dos principais gargalos para a concretização da agenda climática: o acesso a recursos financeiros para viabilizar projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O objetivo foi apresentar soluções práticas, instrumentos de financiamento e casos de sucesso que sirvam de inspiração para empresas, cooperativas, governos e organizações da sociedade civil.
Feulga Reis destacou o papel estratégico das cooperativas como agentes facilitadores do acesso ao financiamento climático, sobretudo para pequenos negócios em diferentes territórios do Brasil. Segundo ela, o modelo cooperativista, por sua capilaridade e compromisso com o desenvolvimento sustentável, tem potencial para conectar produtores e empreendedores às oportunidades disponíveis. “Participar deste congresso é uma oportunidade valiosa para reforçarmos o papel do cooperativismo na agenda climática global. As cooperativas são protagonistas na construção de uma economia mais justa, inclusiva e sustentável. Este espaço é essencial para mostrar como a cooperação transforma territórios e promove o bem comum”, afirmou.
A analista também reforçou alguns números do cooperativismo que expressam sua representatividade no repasse de recursos para os micro, pequenos e médios empreendedores no Brasil. “Somos os maiores financiadores do Brasil para esse grupo, com 17% da carteira, segundo dados do Banco Central. Também somos o principal repassador de recursos do BNDES, com destaque para as linhas do Fundo Clima, Pronaf e Pronaf Biotecnologia. A proximidade e o interesse das cooperativas com as comunidades as transformam em uma alternativa importante para os desafios da sustentabilidade”, complementou.
Além da representante do Sistema OCB, a discussão contou com a presença de especialistas do setor, como Kátia Silene (Maia Consultoria), Alexandre Batista (Climate Finance Hub) e Felipe Vignoli (Impacta Finanças Sustentáveis), que abordaram temas como fundos internacionais, linhas de crédito verdes, incentivos fiscais, títulos verdes, créditos de carbono e blended finance (ferramentas úteis). Os painelistas esclareceram critérios de elegibilidade e como estruturar propostas eficazes para aumentar as chances de captação.
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Evento reforçou como o modelo de negócios impacta a sociedade e promove crescimento sustentável
O Sistema OCB marcou presença em evento promovido pelo Sistema OCB/PA para o lançamento da campanha COOP na COP. A iniciativa convidou a imprensa paraense para inserir o modelo de negócios no centro das discussões sobre mudanças climáticas globais, além de evidenciar o papel essencial das cooperativas na preservação ambiental e no desenvolvimento econômico sustentável. A partir de temáticas sobre jornalismo e sustentabilidade, o lançamento da campanha COOP na COP e do Portal Coop na COP se consolidou como um marco em prol do fortalecimento da comunicação cooperativista no Pará.
Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA, ressaltou o papel do movimento como motor da bioeconomia e do desenvolvimento social. Ele enfatizou a importância da imprensa paraense na divulgação das iniciativas do setor. “Queremos, cada vez mais, estreitar laços entre os jornalistas e as cooperativas locais para ampliar a visibilidade das ações do cooperativismo”, disse.
Samara Araújo, gerente de Comunicação do Sistema OCBA gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, apresentou aos participantes a campanha SomosCoop, que possui o objetivo de aumentar o reconhecimento do movimento no Brasil. Ela destacou que, apesar das cooperativas estarem presentes no dia a dia da população, na produção de alimentos, no acesso ao crédito e em serviços essenciais, o setor ainda enfrenta desafios para ser amplamente reconhecido. “A campanha busca mudar essa realidade e demonstrar como o modelo de negócios transforma vidas e impulsiona o desenvolvimento sustentável”, explicou.
As ações planejadas pelo Sistema OCB para o Ano Internacional das Cooperativas e para o COOP na COP30 também foram apresentadas pela gerente.
Para enriquecer o debate, a jornalista Mari Palma foi convidada para abordar reflexões sobre autenticidade e os desafios do jornalismo digital. Com uma carreira marcada pela inovação e pela proximidade com o público, ela compartilhou sua visão sobre a construção de uma comunicação confiável e relevante em um cenário de constantes mudanças no consumo de informação.
Mari ressaltou a importância do jornalismo em momentos decisivos, como a COP30, e o papel essencial dos profissionais de comunicação na disseminação de informações sobre o cooperativismo. “Para mim, o jornalismo faz diferença na vida das pessoas e tem um propósito muito forte. Por isso, participar deste evento foi especial, principalmente ao conversar com colegas jornalistas, que serão responsáveis por levar essa mensagem adiante. Estamos diante de um momento crucial aqui em Belém, com a COP30, e foi fundamental apresentar o cooperativismo como uma pauta relevante nesse contexto”, afirmou.
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Encontro tratou sobre desenvolvimento específico para o segmento
O Grupo de Trabalho (GT) ESGCoop realizou sua oitava reunião, nesta terça-feira (25), com um olhar direcionado à definição de indicadores específicos para as cooperativas de crédito. O encontro contou com a participação de representantes das Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB e de cooperativas de crédito, confederações, centrais e algumas singulares. Foi um debate rico e intenso, realizado por 30 especialistas do setor.
A discussão sobre os indicadores ESG para o cooperativismo teve início em 2024, com o objetivo de estabelecer um conjunto de métricas universais para mensurar o impacto das cooperativas brasileiras na sustentabilidade e responsabilidade social. Em novembro do ano passado, o grupo consolidou 56 indicadores gerais que atendem a todo o setor cooperativo e permitem uma avaliação mais robusta da evolução das cooperativas em temas ligados aos pilares ESG.
Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica do Sistema OCB, explicou que o foco é desenvolver indicadores específicos para cada ramo do cooperativismo, começando pelo Crédito. “Ao longo de 2025, outros ramos também passarão pelo mesmo processo de discussão e aperfeiçoamento. Em junho, será a vez do Ramo Saúde; em setembro, do Agro; e em novembro, do Transporte e Infraestrutura”, afirmou.
A iniciativa está alinhada ao Programa ESGCoop, que através de um conjunto de diagnóstico e soluções se torna ferramenta estratégica que visa fortalecer e mensurar as boas práticas de governança e sustentabilidade dentro das cooperativas. “Esse processo nos permitirá não apenas apoiar na identificação e aprimoramento das iniciativas ESG das cooperativas, mas também demonstrar, com dados concretos, o impacto positivo do cooperativismo na sociedade e no meio ambiente”, destacou Simone.
Com esse debate estruturado e a definição de indicadores claros, o Sistema OCB segue, de acordo com Simone, com foco no fortalecimento da sua atuação na promoção da sustentabilidade dentro do cooperativismo, com a garantia de que as cooperativas brasileiras estejam preparadas para os desafios futuros e contribuam ainda mais para o desenvolvimento socioeconômico do país.
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Documento destaca as cooperativas como ferramentas para construção de um mundo mais justo e equilibrado
O Sistema OCB elaborou o Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, com destaque para o papel fundamental das cooperativas na agenda climática global. Com o tema Juntos por um futuro mais próspero e sustentável, o material reforça a capacidade do movimento cooperativista de promover soluções efetivas para os desafios ambientais, sociais e econômicos.
A COP30 ocorrerá em Belém (PA), entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, com foco na discussão de estratégias globais para o enfrentamento das mudanças climáticas. O evento dará prioridade a temas como redução das emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono, preservação de florestas e biodiversidade, bem como justiça climática e os impactos das mudanças climáticas.
Para Márcio Lopes de Freitas, este é o momento de aproveitar as oportunidades de forma estratégica. “É tempo de fortalecer parcerias, consolidar compromissos e reforçar a presença do setor na busca por soluções sustentáveis”, afirmou.
O manifesto defende que a agenda climática global deve reconhecer o verde como um valor social e econômico, promovendo a produção sustentável e a preservação ambiental. Já o clima deve ser um vetor de desenvolvimento, sem gerar barreiras comerciais ou limitar o acesso a mercados, enquanto que as políticas climáticas precisam ter as comunidades no centro, impulsionando o desenvolvimento local e a inclusão produtiva e financeira. Além disso, o cooperativismo deve ser visto como caminho estratégico para fortalecer a sustentabilidade e viabilizar a implementação eficaz dessa agenda
Desta forma, o manifesto ressalta que as cooperativas são modelos de negócios criados por pessoas e voltado para pessoas, que priorizam o desenvolvimento comunitário e a inclusão produtiva. Além disso, destaca que a sustentabilidade é inerente ao modelo cooperativista, pois equilibra crescimento econômico, justiça social e responsabilidade ambiental.
"O cooperativismo já promove, na prática, a sustentabilidade. Somos um modelo de negócios que alia desenvolvimento econômico, inclusão social e responsabilidade ambiental. Na COP30, queremos que nosso papel seja reconhecido como ferramenta para a construção de um mundo mais justo e equilibrado", destaca Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O documento centraliza as propostas do setor em cinco eixos temáticos: segurança alimentar, tecnologia e agricultura de baixo carbono; valorização das comunidades e financiamento climático; transição energética e desenvolvimento sustentável; bioeconomia como vetor de desenvolvimento; e adaptação e mitigação de riscos climáticos.
Por meio desse manifesto, o Sistema OCB convoca governos, organismos internacionais e demais atores da sociedade a promover políticas públicas que possam incentivar o cooperativismo como solução eficaz para os desafios climáticos. O objetivo é que o modelo cooperativo seja reconhecido e fortalecido como protagonista no desenvolvimento sustentável global.
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da produção nacional de alimentos, com mais de 50% das safras de soja, milho e café passando por produtores associados. O compromisso é intensificar práticas de agricultura regenerativa e de baixo carbono, aliadas ao uso de tecnologias que aumentem a produtividade e reduzam o impacto ambiental.