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13/11/2025

Foco no Cooperativismo: artigos do 8º EBPC são liberados para acesso

Publicação reúne 67 estudos apresentados no encontro e amplia a difusão científica para o setor O conhecimento produzido no 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) já pode ser acessado por todos os interessados. Os anais do evento, que reúnem os 67 artigos científicos apresentados durante o encontro, estão disponíveis neste link. A publicação reúne estudos e análises que ajudam a compreender os desafios e oportunidades do cooperativismo brasileiro em diversas áreas. Promovido pelo Sistema OCB, a 8ª edição do EBPC foi realizada em outubro de 2025, em Brasília, e reuniu 180 participantes, entre pesquisadores, estudantes, dirigentes e profissionais do setor. Durante três dias de programação, o evento foi espaço de reflexão, troca de conhecimento e integração entre academia e prática cooperativista no país. Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, a publicação dos anais é uma forma de ampliar o impacto do evento. “Cada edição reforça o quanto o conhecimento científico é fundamental para o fortalecimento do cooperativismo. As pesquisas apresentadas ajudam a traduzir desafios reais em soluções que inspiram inovação, sustentabilidade e competitividade para o setor”, destacou. A organização científica do evento contou com a participação de 11 membros, com representação de universidades de todas as regiões do país. Os anais do 8º EBPC são a reunião dos 67 artigos que foram apresentados no evento para acesso e leitura em sua integralidade a fim de dar continuidade nas discussões e fomento de pesquisa do setor. Temas e destaques Os debates do EBPC abordaram questões estratégicas para o futuro do cooperativismo, com painéis sobre impacto social, sustentabilidade ambiental e identidade cooperativista. Entre os temas discutidos estiveram a atuação das cooperativas na redução de desigualdades, o papel do setor na preservação ambiental e os desafios de crescimento sem perda de identidade. A programação também incluiu a audiência pública “50 anos do Ensino Superior em Cooperativismo no Brasil”, realizada no Senado Federal, e as sessões de apresentação dos trabalhos científicos.   Saiba Mais: ACI discute governança e futuro do cooperativismo global em Brasília Café cooperativista ganha destaque na SIC Cooperativismo estreia na Blue Zone com protagonismo climático
Foco no Cooperativismo: artigos do 8º EBPC são liberados para acesso
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13/11/2025

ACI discute governança e futuro do cooperativismo global em Brasília

Encontro focou em código de conduta, regras eleitorais e plano estratégico 2026–2030 Aconteceu em Brasília, nos dias 11 e 12 de novembro, a reunião do Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). O encontro reuniu lideranças de diversas regiões do mundo para debater temas estratégicos, como ética, governança, planejamento e finanças. Fundada em 1895, a ACI é uma das mais antigas e respeitadas organizações de representação do mundo. Ela reúne mais de 320 entidades cooperativas de 110 países, representando mais de 1 bilhão de membros. A entidade é a guardiã da Declaração sobre a Identidade Cooperativa, documento que consolida os Valores e Princípios que orientam o movimento mundial, como ajuda mútua, democracia, equidade e solidariedade, baseados na tradição dos pioneiros de Rochdale. Na sessão estratégica de terça-feira (11), o foco esteve em discutir as normas internas e os instrumentos de integridade da organização. Foram debatidos o Regulamento para as Eleições do Conselho de Administração, o Código de Conduta, o Protocolo de Denúncias e o Formulário de Aceite das Diretrizes Éticas da ACI, todos aprovados previamente pelo Grupo de Trabalho de Recursos Humanos e submetidos ao Conselho. O Código de Conduta estabelece os princípios éticos e comportamentais que norteiam a atuação de dirigentes, funcionários, voluntários e representantes da ACI. Já o Protocolo de Denúncias define um fluxo padronizado e transparente para o tratamento de casos éticos e comportamentais, centralizando o recebimento das informações na Linha-Direta de Denúncias. Durante a reunião do Conselho, realizada nesta quarta (12), o destaque foi a aprovação do Plano de Trabalho do Escritório Global e do orçamento para 2026, primeiro ano do novo ciclo estratégico 2026–2030, intitulado Prática, Promoção e Defesa. O plano propõe que o movimento cooperativo avance “da consciência à ação”, com foco em três mandatos centrais: segurança geopolítica e resiliência comunitária, inclusão econômica e financeira, e transformação tecnológica e digital. O novo plano está alinhado à Estratégia Global 2026–2030 da ACI, que define a visão e as prioridades do movimento para os próximos cinco anos. A proposta busca fortalecer as cooperativas em todo o mundo, ampliar sua presença nos mercados e aprofundar sua contribuição para o desenvolvimento sustentável. O Conselho também aprovou revisões importantes nos regulamentos internos de comitês da ACI, entre eles o da Plataforma de Desenvolvimento Internacional (ICADP) e o das Cooperativas Habitacionais Internacionais (CHI), além da atualização das Normas Internas do próprio Conselho. A principal mudança é a obrigatoriedade de participação presencial de, pelo menos, uma reunião por ano para todos os membros do Conselho. Outro ponto de destaque foi a aprovação do Regulamento e Código de Conduta para a Assembleia Geral e as Eleições de 2026, que definem critérios de elegibilidade, prazos, formatos de campanha e regras para garantir transparência e equidade no processo eleitoral. As campanhas deverão seguir estritamente os princípios éticos estabelecidos pela ACI, sob supervisão do Comitê Eleitoral. Durante o encontro, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas,  único brasileiro entre os 29 líderes que compõem o Conselho da ACI, representando 19 países,  destacou a relevância da presença do Brasil no debate internacional sobre governança e transparência no cooperativismo. “A ACI tem papel fundamental na consolidação dos princípios cooperativistas em escala global, e o Brasil tem contribuído de forma ativa para esse avanço. Reforçar práticas de governança, ética e transparência é essencial para garantir a credibilidade e o impacto do movimento no mundo inteiro”, afirmou. Entre as ações recentes da ACI, estão o lançamento do “Contrato para uma Nova Economia Global” — iniciativa que convida governos e instituições a reconhecerem as cooperativas como parceiras essenciais na construção de um futuro justo e sustentável, e o Mapa do Patrimônio Cultural Cooperativo, proposta liderada pela OCB e que busca valorizar e preservar a memória e a identidade do movimento. A realização da reunião em Brasília também foi influenciada pela proximidade da COP30, que ocorrerá em Belém (PA). Muitos dos conselheiros seguirão para as atividades da conferência climática, onde o cooperativismo estará representado em debates e celebrações paralelas sobre transição justa e desenvolvimento sustentável. O Conselho também aprovou o calendário de reuniões de 2026, que inclui encontros presenciais na China, Bruxelas e Panamá, além de sessões virtuais em maio, agosto e novembro.   Saiba Mais: Sistema OCB recebe encontro global da ACI em Brasília Cooperativismo impulsiona o crédito verde no primeiro dia da COP30 Da floresta ao café: coop evidencia soluções sustentáveis na Agri Zone
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13/11/2025

Coop ganha mapa global e livro histórico em celebração no Itamaraty

Cerimônia lançou iniciativas que valorizam o legado cultural das cooperativas O coop ganhou novos marcos de valorização cultural nesta quarta-feira (12), em Brasília. Durante cerimônia no Palácio Itamaraty, foram lançados o Mapa do Patrimônio Cultural Cooperativo, o livro Cooperativas do Brasil: retratos de um mundo melhor e o trailer do documentário Histórias de um mundo melhor, produções que integram o legado do movimento para o Ano Internacional das Cooperativas, celebrado pela ONU em 2025. As iniciativas unem memória, identidade e inovação, com destaque para como as cooperativas moldam comunidades mais sustentáveis, inclusivas e solidárias. Um mapa vivo da cooperação A Unesco reconheceu em 2016 (quatro anos após o Ano Internacional das Cooperativas 2012), a ideia e prática de organizar interesses em cooperativas como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, abrindo caminho para institucionalizar o legado cultural do movimento e projetá-lo para o future.  O Mapa surge não é só como um inventário, mas como um instrumento que resgata e valoriza os marcos históricos e simbólicos da nossa identidade cooperativa, preservando a memória, identidade e o legado do nosso movimento, com padrões internacionais que preservam autenticidade, participação, inclusão e sustentabilidade. Ele faz parte do Cooperative Cultural Heritage Programme (CCH Programme), desenvolvido pela ACI, com mentoria do Sistema OCB. A plataforma digital reúne 31 sítios em 25 países, representando locais, instituições e tradições que simbolizam o legado histórico e social do cooperativismo, um verdadeiro “mapa vivo” da cooperação no mundo. Essa será a primeira etapa do site. O objetivo de longo prazo do GT é continuar alimentando o portal com outros sítios importantes para o cooperativismo, posteriormente incluindo patrimônios imateriais. “O mapa, o livro e a exposição mostram o que o cooperativismo tem de mais humano: sua capacidade de transformar realidades, gerar pertencimento e inspirar novas gerações”, destacou Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB e mentor do Grupo de Trabalho da ACI sobre Patrimônio Cultural Cooperativo. Em seu discurso, Márcio também celebrou o protagonismo brasileiro na agenda global do cooperativismo: “O cooperativismo é um modelo de negócio baseado em gente. Nosso principal capital são as pessoas. E é por isso que digo: desenvolvimento econômico pode até ser individual, mas prosperidade só existe quando toda a comunidade melhora. As cooperativas têm conseguido fazer isso no mundo todo”, afirmou. O presidente da ACI, Ariel Guarco, reforçou a dimensão histórica e simbólica da iniciativa, que contou com o trabalho do Grupo de Patrimônio Cultural Cooperativo ao longo de um ano. “O mapa que hoje ganha vida aqui em Brasília não é apenas uma coleção de lugares históricos. É uma cartografia do impacto cultural que o cooperativismo deixou no mundo, cada sítio é um testemunho vivo de solidariedade, criatividade e compromisso coletivo”, declarou. O embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Itamaraty, ressaltou a importância do evento para o reconhecimento institucional do cooperativismo: “O lançamento do mapa e da exposição marca um momento relevante para o reconhecimento da contribuição das cooperativas à sociedade. O modelo cooperativo tem demonstrado capacidade de promover inclusão social, desenvolvimento sustentável e fortalecimento comunitário, oferecendo respostas democráticas e solidárias aos desafios do nosso tempo”. Durante o evento, Tiago Schmidt, presidente da Sicredi Pioneira e idealizador do projeto do mapa, lembrou que a proposta nasceu do desejo de dar visibilidade às raízes do movimento cooperativo. “O cooperativismo sobreviveu aos séculos porque nasceu da força da educação, da identidade e da solidariedade. Assim como há praças e monumentos que guardam a história da humanidade, o cooperativismo também tem seus territórios de memória e esperança. Este mapa é uma forma de honrar nossos precursores e inspirar as próximas gerações”, disse. Representando o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o diretor de Cooperativismo, Eduardo Pagot, destacou a parceria com o Sistema OCB e o fortalecimento de políticas públicas voltadas ao cooperativismo. “O MDA e o Sistema OCB tem caminhado lado a lado, porque nossas políticas se cruzam no fortalecimento da agricultura familiar e do cooperativismo como um todo. Programas como o Mais Gestão e o Cooperar Brasil são exemplos concretos dessa colaboração, que tem ampliado o impacto social e econômico das cooperativas”. Conhecimento, intercâmbio e legado Durante a apresentação do portal do mapa, o diretor de Legislação da ACI, Santosh Kumar, destacou que o programa busca ser mais do que uma base de dados. “Este é um projeto vivo, que combina memória, intercâmbio e aprendizado. Queremos construir um espaço de formação e inspiração entre gerações, promovendo trocas entre países e criando oportunidades para jovens lideranças cooperativas. Nosso objetivo é que o programa se torne financeiramente sustentável, apoiado por turismo educativo e experiências de liderança”. Já o diretor-geral da ACI, Jeroen Douglas, ressaltou que o lançamento representa um passo importante no reconhecimento global da cultura cooperativa: “Estamos mostrando que o papel das cooperativas na promoção da cultura é, por si só, um pilar do desenvolvimento sustentável. A Unesco já reconheceu que a cooperação é uma evolução viva da solidariedade humana, e este programa é a prova de que esse legado continua em construção”, afirmou. Livro, exposição e documentário Além do mapa, o público conheceu o livro Cooperativas do Brasil: retratos de um mundo melhor, resultado de uma jornada de campo realizada ao longo de 2025, que percorreu 60 cooperativas em todos os estados brasileiros. A obra reúne imagens e histórias que revelam como o modelo cooperativo contribui para o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e a preservação de tradições locais. As fotografias também compõem a exposição no Itamaraty, que ofereceu um retrato sensível da força do cooperativismo no Brasil. O evento ainda marcou a estreia do trailer do documentário Histórias de um mundo melhor, produção audiovisual do Sistema OCB que dá voz a cooperados e cooperativas de diferentes regiões do país — histórias reais de transformação, pertencimento e propósito coletivo.   Saiba Mais: Da floresta ao café: coop evidencia soluções sustentáveis na Agri Zone Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia Soluções reais para resiliência climática são destaque na Green Zone
Coop ganha mapa global e livro histórico em celebração no Itamaraty
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13/11/2025

Cooperativismo mostra que soluções climáticas começam nas comunidades

Iniciativas revelam como educação, reciclagem, crédito e inovação transformam realidades  O painel Cooperação que transforma: comunidades, inclusão e financiamento climático para o desenvolvimento sustentável, realizado no pavilhão do cooperativismo brasileiro na Green Zone da COP30, mostrou de forma profunda e concreta como o cooperativismo está presente na linha de frente das soluções climáticas, impulsionando desenvolvimento territorial, inclusão produtiva e acesso democrático ao crédito verde.   Mediado por Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, o debate reuniu cooperativas de crédito, de reciclagem, representantes do governo federal e do Sebrae para demonstrar como a força das parcerias e da atuação comunitária gera resultados reais e escaláveis para os territórios. “É na base, no território, que nossas cooperativas promovem inclusão e desenvolvimento sustentável. Esse é o espírito da COP30 e é isso que o cooperativismo traz para a mesa: resultado, impacto e pertencimento”, afirmou.  A primeira experiência apresentada veio do Pará, com o relato de Márcia Rejane Montinho Ramos, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Coesa, sobre a Cooperativa Mirim Santo Ezequiel Moreno — a primeira cooperativa mirim ribeirinha e marajoara do Brasil, formada por 61 crianças e adolescentes em situação de alta vulnerabilidade social no arquipélago do Marajó.   A comunidade, localizada a 16 horas de barco de Belém, encontrou no cooperativismo um caminho de transformação: educação cooperativista, inclusão digital, geração de renda, produção com caroço de açaí e desenvolvimento de competências de gestão. “Estamos trabalhando o futuro dessas crianças. O cooperativismo mudou a realidade da comunidade. Elas aprendem gestão, cooperação, educação ambiental e sentem orgulho de pertencer a algo maior. Participar da COP30 é mostrar ao mundo que é possível transformar vidas mesmo nos territórios mais afastados”, disse Márcia.   Impacto ambiental e social  Esse olhar para a inclusão produtiva também orientou a fala de Mônica Mendes Araújo, superintendente da Recicle a Vida, no Distrito Federal, que apresentou a jornada da cooperativa desde sua origem como associação de catadores até sua transformação em uma indústria estruturada e reconhecida por seu impacto ambiental e social. “Nenhum catador começou seu trabalho para salvar o planeta; ele começou para sobreviver. Mas aquilo que fazemos hoje é fundamental para o clima, para a economia circular e para o futuro das cidades. O cooperativismo transforma vulnerabilidade em oportunidade e nos permite construir uma estrutura industrial sem perder nossa essência social”, afirmou.   Da Cresol Encostas da Serra Geral, a vice-presidente Fabiana Cesária apresentou duas experiências que reforçam o papel das cooperativas de crédito na dinamização de economias locais e na valorização da sociobiodiversidade. O primeiro é o projeto das Abelhas Sem Ferrão, que fez de Santa Rosa de Lima (SC) a Capital Nacional da Meliponicultura por meio de uma parceria entre cooperativa, associação de meliponicultores e poder público. O segundo vem da Bahia, com o trabalho junto à comunidade quilombola de Várzea do Sal, que apoia mulheres artesãs na estruturação da produção, ampliação de renda e fortalecimento da identidade cultural. “O cooperativismo vai muito além do crédito. Quando conhecemos o território, escutamos as pessoas e construímos parcerias, conseguimos realizar coisas extraordinárias”, ressaltou.  Empreendedorismo climático  A dimensão governamental foi trazida por Fernanda Rosa Pires Saboia, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério do Empreendedorismo (Memp) que enfatizou que o cooperativismo é um dos pilares estratégicos do empreendedorismo climático no país. Ela também anunciou o lançamento da Plataforma do Empreendedorismo Climático, que vai democratizar o acesso ao Fundo Clima gerando trilhas de conhecimento, orientação técnica e um modelo simplificado de elaboração de projetos capaz de permitir que pequenos empreendedores e cooperativas acessem o financiamento.   “Hoje quem consegue acessar o Fundo Clima são as grandes empresas. Queremos mudar essa realidade. O cooperativismo é a base para criar uma verdadeira ‘manada de unicórnios’. Democratizar o crédito verde é fundamental para incluir quem está na ponta”, disse Fernanda. Ela adiantou ainda que o Memp e o Sistema OCB assinarão, durante a COP30, um Acordo de Cooperação Técnica para desenvolver ações voltadas à agricultura familiar, ao artesanato e às economias populares ao longo de 2026.   Encerrando o painel, Carol Westrup, analista de inovação do Sebrae, apresentou o Ali-Coop, programa desenvolvido em parceria com o Sistema OCB para fortalecer gestão, governança, inovação e acesso a mercados das cooperativas — com foco inicial na Amazônia Legal. O programa acompanhará 50 cooperativas em cadeias estratégicas da sociobiodiversidade, como castanha, açaí, cupuaçu e abacaxi, ao longo de quatro anos. “A parceria entre Sebrae e OCB nasce para aumentar faturamento, reduzir resíduos, melhorar governança e abrir novos mercados”, destacou.    Saiba Mais:  Da floresta ao café: coop evidencia soluções sustentáveis na Agri Zone  Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia  Soluções reais para resiliência climática são destaque na Green Zone 
Cooperativismo mostra que soluções climáticas começam nas comunidades
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13/11/2025

Coops mostram caminhos para uma agricultura de baixo carbono

Práticas sustentáveis e regenerativas fortalecem segurança alimentar e resiliência climática  O terceiro dia de atividades da COP30 na Agri Zone voltou a destacar o cooperativismo como protagonista em soluções para a crise climática. No painel Agricultura de baixo carbono: caminho para sistemas alimentares sustentáveis e resilientes, cooperativas brasileiras apresentaram experiências que integram produtividade, preservação ambiental e inclusão social, pilares da agricultura de baixo carbono.  O debate reuniu representantes da Lar Cooperativa Agroindustrial (PR), Coasa (RS), Camta (PA) e contou com a presença de Carlos Venâncio, coordenador de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Agricultura (Mapa); e Camila Rodrigues, Secretária Executiva no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), sendo mediado por Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB.O objetivo foi discutir como o cooperativismo tem contribuído para tornar a produção agropecuária mais sustentável e adaptada aos desafios climáticos. “As coops são uma verdadeira máquina de impacto do setor produtivo brasileiro. Onde tem cooperativa, tem desenvolvimento sustentável e territorial”, destacou Eduardo.  A Lar apresentou o Programa Lar de Sustentabilidade, reconhecido pelo Ministério da Agricultura pelos avanços em boas práticas agrícolas. O programa já avaliou 450 propriedades, certificou 20 associados com o Selo de Sustentabilidade e realizou 10 mil horas de treinamento, o que a permitiu alcançar 72% de conformidade com seus pilares, gestão de processos, gestão de propriedade, responsabilidade social e gestão ambiental. “Cada produtor certificado é um aliado da segurança alimentar e da agricultura de baixo carbono”, explicou Márcia Pessini, gerente de Gestão da Qualidade, Meio Ambiente, Inovação e Sustentabilidade da cooperativa.  Já a Coasa, representada por Ronaldo Scariot, engenheiro agrônomo, mostrou como o trabalho cooperativo pode regenerar o solo e fortalecer a produção familiar. Com o projeto Nosso Solo, Nossa Colheita, a cooperativa desenvolveu, em parceria com a Embrapa, práticas de manejo sustentável e plantio direto, que favorecem o sequestro de carbono e a conservação dos recursos naturais. “A verdadeira riqueza de uma sociedade é a fertilidade do seu solo e a sabedoria com que o preserva”, disse Ronaldo ao sintetizar a filosofia da cooperativa.   A experiência amazônica foi apresentada pela Camta, referência nacional em agricultura regenerativa. Desde a década de 1970, a cooperativa desenvolve o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (SAFTA), que integra culturas como cacau, cupuaçu, pimenta e andiroba com espécies nativas da floresta. O modelo alia produtividade e conservação, garantindo renda e estabilidade para as famílias cooperadas. “Enquanto muitos emitem, nós armazenamos carbono em forma de vida. Diversificar é proteger o presente e garantir o amanhã”, destacou Claudio Suagya, diretor da organização.  Contribuindo com as discussões, Carlos Ramos destacou o papel estratégico do Plano ABC+ como principal instrumento nacional de promoção da agricultura de baixo carbono. “O objetivo central é sempre melhorar a renda do agricultor e, ao mesmo tempo, entregar resultados ambientais. Na primeira fase, o plano superou a meta de 200 milhões de toneladas de CO₂ equivalente mitigadas. Na segunda, o objetivo é uma mitigação cinco vezes superior à original.  Já Camila reforçou que os temas debatidos no painel, como cooperativismo, sistemas agroflorestais e agricultura regenerativa, estão diretamente conectados à pauta do MDA e às políticas voltadas à agricultura familiar. “Para a agricultura familiar, regenerar o solo, preservar a biodiversidade e produzir de forma equilibrada nunca foi novidade. Antes mesmo de existirem políticas de baixo carbono, nossos agricultores e agricultoras familiares já cultivavam sustentabilidade na prática”, afirmou.   Transferência de tecnologia  Em painel promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken ao lado de lideranças da Abramilho, Abrapa, Aprofir, Aprosoja Brasil e Aprosoja Mato Grosso, representou o cooperativismo brasileiro e destacou o papel do movimento como instrumento de transferência de tecnologia e sustentabilidade no campo. “Onde existe cooperativa, há mais eficiência e inclusão: 63% dos produtores cooperados têm acesso à assistência técnica e extensão rural, contra 20% da média nacional”, pontuou.  O dirigente reforçou que a COP30 é uma oportunidade estratégica para reafirmar o compromisso do agro brasileiro com a produção sustentável e socialmente responsável, alinhada às premissas do Manifesto do Cooperativismo para a COP30. Ele considerou também a necessidade de que a agenda climática global reconheça o verde como valor social e econômico, trate o clima como vetor de desenvolvimento e coloque as comunidades no centro das políticas de adaptação e mitigação.   Por fim, Ricken defendeu a tropicalização dos padrões de produção sustentável, para que métricas e tecnologias globais reflitam as condições e boas práticas da agricultura tropical brasileira. “Precisamos ser valorizados pelo que já fazemos e pelo que ainda podemos fazer para fortalecer uma transição verdadeiramente justa”, afirmou. Saiba Mais:  Da floresta ao café: coop evidencia soluções sustentáveis na Agri Zone  Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia  Soluções reais para resiliência climática são destaque na Green Zone 
Coops mostram caminhos para uma agricultura de baixo carbono
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12/11/2025

Cooperativismo estreia na Blue Zone com protagonismo climático

Transição justa do agro, inovação e fortalecimento de pequenos empreendimentos foram destaques  No terceiro dia da COP30, o cooperativismo brasileiro fez sua estreia na Blue Zone, local onde acontecem as negociações e decisões entre os países em torno das questões climáticas. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, participou em diferentes momentos de painéis que destacaram a força do cooperativismo como protagonista das soluções climáticas, desenvolvimento sustentável e inclusão produtiva.   Durante o painel O que significa transição justa para o agro?, promovido pela CNA, o Sistema OCB, representado por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, apresentou a contribuição das coops para uma agricultura de baixo carbono, inclusiva e conectada às realidades locais. Segundo ela, a transição energética e produtiva só será justa se considerar as desigualdades regionais e o acesso a recursos básicos. “Não é possível falar em transição justa sem garantir condições mínimas para todos”, afirmou, ao citar desafios enfrentados por cooperativas amazônicas.  O painel reforçou que o cooperativismo é, por essência, mais justo e sustentável, pois coloca as pessoas no centro das decisões. O movimento congrega mais de 1 milhão de produtores rurais, sendo 71% agricultores familiares, organizados em cerca de 1,2 mil cooperativas. “Elas são responsáveis pela originação de 75% do trigo, 55% do café, 53% do milho, 52% da soja, 50% dos suínos, 46% do leite e 43% do feijão, além de terem participação expressiva nas cadeias de frutas, hortaliças, fibras e no setor sucroenergético”, relatou Débora. Dados apontados por ela comprovam que a cada R$ 1 investido em bens e serviços de cooperativas, são gerados R$ 1,65 no valor da produção, R$ 0,88 no valor adicionado e R$ 0,33 em salários.   A apresentação também abordou três virtudes do modelo diante da transição global: Educação e conhecimento, essenciais para que o produtor rural compreenda e adote práticas sustentáveis; Princípios e valores, que orientam as decisões com base na cooperação e na responsabilidade social; e Intercooperação, que fortalece redes de apoio, inovação e acesso a mercados.  De acordo com análise feita, as cooperativas são protagonistas em práticas de agricultura de baixo carbono, como plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs), além de cumprirem papel essencial na transferência de tecnologia e assistência técnica. Enquanto a média nacional de produtores atendidos é de 20%, entre cooperados o índice chega a 63%.  Fortalecimento de pequenas cooperativas na Amazônia  No pavilhão do governo brasileiro, José Roberto Ricken participou do painel dedicado a celebração do Ali-Coop: Agentes Locais de Inovação para o Cooperativismo, iniciativa do Sebrae realizada em conjunto com o Sistema OCB e outros parceiros institucionais para levar inovação aos territórios da Amazônia e impulsionar o desenvolvimento sustentável por meio do cooperativismo. “Esse é um programa que vai fortalecer pequenas cooperativas e focar em sociobioeconomia, agroindustrialização e desenvolvimento territorial, ações que dialogam diretamente com a economia verde e com as políticas de adaptação às mudanças climáticas”, ressaltou.   Ricken lembrou que o Sebrae é uma referência técnica e institucional nas soluções voltadas à competitividade e ao desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e que a parceria com o cooperativismo brasileiro vai permitir que ele utilize sua expertise para a inserção das cooperativas atendidas pela iniciativa nos mercados interno e externo. “Assim, contribuiremos de forma ainda mais concreta para a preservação da floresta amazônica que desejamos”, completou.   Voltado a cooperativas de pequeno porte formadas por agricultores familiares e comunidades extrativistas, o Ali-Coop adapta a metodologia do Programa Agentes Locais de Inovação (Ali Produtividade) ao universo cooperativista, incorporando os insumos e a expertise do Programa de Negócios do Sistema OCB. O objetivo é fortalecer a gestão, aprimorar processos produtivos e ampliar o acesso a mercados em cadeias estratégicas da sociobiodiversidade, como babaçu, castanha-do-Brasil, açaí e cupuaçu.     Saiba Mais:  Da floresta ao café: coop evidencia soluções sustentáveis na Agri Zone  Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia  Soluções reais para resiliência climática são destaque na Green Zone 
Cooperativismo estreia na Blue Zone com protagonismo climático
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12/11/2025

Soluções reais para resiliência climática são destaque na Green Zone

Painel mostrou como crédito, seguros, pesquisa e manejo sustentável fortalecem comunidades   O painel O papel do cooperativismo na construção da resiliência climática, realizado no  Pavilhão do Coop na Green Zone, durante o segundo dia da COP30, contou com a presença de diferentes cooperativas, instituições financeiras e representantes do setor de seguros, que apresentaram iniciativas concretas que já estão ajudando comunidades rurais e urbanas a enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. A conversa reuniu a Vinícola Aurora, Sicoob Credip, CCPR, Sicredi e Confederação Nacional das seguradoras (CNseg) que apresentaram experiências complementares e ancoradas na mesma lógica: colaboração, inovação e acesso ao conhecimento como base da adaptação.  O encontro foi mediado pelo coordenador de Meio Ambiente, Alex Macedo, que reforçou a importância da articulação entre os setores para que soluções se tornem replicáveis e acessíveis. “Resiliência climática não nasce de ações isoladas. Ela é construída coletivamente, com informação, planejamento e capacidade de mobilizar as comunidades. As cooperativas já trabalham assim há décadas. Isso nos coloca em posição privilegiada para antecipar riscos e proteger quem está na ponta”, afirmou.  Impactos no território  A Vinícola Aurora destacou como o monitoramento climático, a adoção de variedades mais resistentes, o manejo adequado do solo e a disseminação de conhecimento por meio das UDCs vêm ajudando mais de 1.100 famílias a se adaptar aos novos padrões climáticos da Serra Gaúcha. Em 2025, a cooperativa lançou seu primeiro relatório ESG com dupla materialidade, referência no setor vitivinícola.  A CCPR apresentou os resultados das Práticas Nota 10, um programa de certificação de fazendas que organiza processos, reduz impacto ambiental e melhora a eficiência da produção. Cerca de 70% do leite coletado pela cooperativa já vem de fazendas certificadas. No campo, isso se traduz em mais produtividade, menos emissões e leite de melhor qualidade.  A CNseg, representando o setor de seguros, por sua vez, chamou atenção para a lacuna de proteção no país. Mais de 90% das perdas relacionadas a eventos climáticos extremos não são seguradas, onerando famílias e governos. A entidade defendeu a criação de um Seguro Social de Catástrofe, que permitiria acionamento automático em desastres e pagamento rápido, garantindo retomada mais ágil das comunidades atingidas. Também apresentou seu Hub de Inteligência Climática, focado em análises de risco, impactos socioeconômicos e desenvolvimento de soluções de proteção.  A Sicredi, por sua vez, mostrou como a quantificação de riscos climáticos tem guiado decisões estratégicas. Com uma metodologia implementada em 2024, a instituição consegue avaliar ameaças por cultura, por território e por atividade econômica, permitindo ajustar crédito, ampliar seguros agrícolas, diversificar o portfólio e orientar práticas de adaptação. Segundo a instituição, mais de 16 milhões de ativos de associados já são monitorados pela ferramenta.  Durante o painel também foi apresentado o CarbCafé, iniciativa construída a partir da atuação conjunta de produtores, cooperativas e pesquisa científica, com os resultados mais recentes do trabalho conduzido pela Embrapa em parceria com o Sistema OCB, Sicoob Credip e a Caferon. O relatório mostrou como a cafeicultura das Matas de Rondônia conseguiu aumentar produtividade e gerar saldo ambiental positivo mesmo com forte redução da área cultivada ao longo dos anos.  O estudo revela que o modelo adotado sequestra 6.874 kg de carbono por hectare e emite 2.991 kg, garantindo saldo positivo de 3.883 kg de carbono, e ainda integra 150 famílias de sete etnias, com protagonismo indígena e práticas sustentáveis que preservam a floresta.    Saiba Mais:  Da floresta ao café: coop evidencia soluções sustentáveis na Agri Zone Cooperativismo impulsiona o crédito verde no primeiro dia da COP30 Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia  
Soluções reais para resiliência climática são destaque na Green Zone
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11/11/2025

Da floresta ao café: coop evidencia soluções sustentáveis na Agri Zone

Painéis apresentaram práticas voltadas à bioeconomia, descarbonização e rastreabilidade  No segundo dia de atividades da Agri Zone na COP30, o Sistema OCB marcou presença em debates que mostraram, na prática, como as cooperativas brasileiras articulam desenvolvimento econômico, preservação ambiental e impacto social positivo. Representantes da Coplacana, Cooxupé, Camta e D’Irituia participaram em três diferentes momentos e painéis que inspiraram os visitantes com histórias reais de produção com sustentabilidade.   No painel Bioeconomia regenerativa da Amazônia: do carbono circular à cooperação sustentável, mediado pelo coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, o tom foi de união de esforços. O encontro defendeu a cooperação como caminho estrutural para escalar modelos de restauração produtiva.  Para Mauro Costa, gerente sênior de Relacionamento e Abastecimento da Sócio Biodiversidade da Natura, a inclusão das florestas tropicais como pauta relevante dentro da conferência já é um legado da COP30. “Temos uma grande oportunidade de gerar renda e riqueza para quem realmente protege a floresta. E isso só acontece quando se fortalece organizações locais, cooperativas e associações. O cooperativismo dá voz, escala e segurança às comunidades”, afirmou.  O pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Osvaldo Kato, apresentou experiências com alternativas ao sistema tradicional de derruba-e-queima, que substituem o fogo por uso da vegetação secundária como fonte de matéria orgânica. Ele lembrou que o desenvolvimento de sistemas agroflorestais diversificados, incluindo cacau, açaí, dendê e outras espécies, surgiu como estratégia de restauração, aumento de produtividade e captura de carbono. “Para comercialização e organização produtiva, as cooperativas são fundamentais. A diversificação só se mantém com organização coletiva”, ressaltou.   Maria Fernanda Lima, coordenadora de Projetos da Cooperativa D’Irituia, destacou a importância dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) e dos créditos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). A cooperativa, com 42 cooperados e impacto indireto em mais de 200 famílias, vem ampliando a diversidade das áreas cultivadas e fortalecendo cadeias extrativistas como o tucumã, com apoio técnico da Natura. Já no campo dos PSA a iniciativa ainda está em fase piloto, mas a construção participativa do projeto traz confiança às famílias locais. “Sempre chegavam muitas promessas, mas sem continuidade. Desta vez, o processo está sendo construído com a gente, do início, respeitando nossa realidade”, acrescentou.  Já Cláudio Sugaya, diretor da Camta, falou sobre as experiências da cooperativa com os Sistemas Agroflorestais e com os PSA. Reconhecida internacionalmente como referência no uso de modelos que conciliam produção agrícola com conservação ambiental, a Camta tem quase um século de história. “Exportamos frutas tropicais e derivados para Europa, Ásia e América do Norte, e levamos a marca da Amazônia para o mundo com rastreabilidade e compromisso ambiental. Os SAFs recuperam áreas degradadas, protegem a biodiversidade e asseguram renda a centenas de agricultores familiares cooperados”, contou.   Ainda durante o painel, Moisés Savian, secretário nacional de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), abordou a experiência da AgriHub e trouxe também a perspectiva das políticas públicas conduzidas pela pasta. Ele destacou como o governo vem apoiando produtores na transição para modelos sustentáveis, com foco na bioeconomia e na expansão dos sistemas agroflorestais. Segundo ele, a regulamentação de novos instrumentos, a oferta de editais direcionados e o fortalecimento do crédito rural têm sido caminhos para estimular inovação e ampliar oportunidades no campo. “A combinação entre tecnologia, governança e incentivo público é essencial para dar escala às soluções regenerativas e enfrentar eventos climáticos cada vez mais severos”, declarou.  Essência sustentável  No espaço Agrosfera UPL, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, e João Paulo Félix dos Santos, diretor administrativo do Conselho Administrativo da Coplacana, participaram de um videocast conduzido por Rogério Melo, consultor sênior de Carbono e Cadeia de Valor Alimentar da UPL, sobre sustentabilidade nas cooperativas.   Débora enfatizou logo no início que o cooperativismo é sustentável por essência e estrutura. “Ser sustentável significa ser ambientalmente correto e socialmente justo ao mesmo tempo em que se mantém economicamente viável e isso faz parte das premissas do cooperativismo desde a sua raiz”. Ela também apresentou o Programa ESGCoop, importante para comprovar a sustentabilidade das cooperativas, e reforçou a importância de parcerias estratégicas. “Elas fortalecem a jornada de sustentabilidade no campo, conectando assistência técnica, boas práticas e acesso a ferramentas confiáveis de medição”, completou.  João Paulo, por sua vez, reforçou o papel do cooperativismo e do agronegócio como soluções concretas para a sustentabilidade e a descarbonização global com exemplos práticos da Coplacana. Fundada em 1948 por 57 produtores rurais, a cooperativa soma hoje 13 mil cooperados e 850 colaboradores, com atuação em cinco estados e forte presença em culturas como cana-de-açúcar, soja, milho, citros, amendoim e pecuária.  Um dos exemplos apresentados pelo diretor foi o Programa de Descarbonização, com metas de redução de emissões de carbono de 10% até 2027, 50% até 2035 e neutralidade total até 2040 — iniciativa desenvolvida com base na Solução Neutralidade de Carbono do Programa ESGCoop do Sistema OCB e com o qual a cooperativa já alcançou o selo prata do GHG Protocol. Outro exemplo ditado por ele, desenvolvido em parceria com a UPL, foi o PASS, um programa autossustentável que vai cuidar da materialidade e dos planos de sustentabilidade de 200 produtores cooperados. “A Coplacana tem orgulho de mostrar que produtividade e sustentabilidade caminham juntas”, explicou.   Rastreabilidade  A gerente de ESG da Cooxupé, Natália Carr, foi uma das convidadas do painel Rastreabilidade total da cadeia de alimentos do Fórum Planeta Campo realizado no pavilhão da CNA. Ela falou sobre o protagonismo do cooperativismo cafeeiro brasileiro na transição para uma economia de baixo carbono. A gerente apresentou o protocolo de sustentabilidade Gerações, desenvolvido pela cooperativa para apoiar os produtores na adoção de práticas ambientais, sociais e econômicas mais sustentáveis, com foco na sucessão familiar, gestão eficiente das propriedades e valorização do café responsável.   Natália destacou também as ações de rastreamento e certificação socioambiental do café produzido pelos 21 mil cooperados da Cooxupé, 96,7% deles pequenos agricultores responsáveis por 60% da produção total da cooperativa — que exporta para mais de 50 países. “O cooperativismo é peça-chave para dar escala às soluções baseadas na natureza, integrando tradição e tecnologia para fortalecer uma produção regenerativa e de baixo impacto. “Precisamos comunicar melhor o que fazemos no campo e mostrar, com dados, que o café e o cooperativismo fazem parte da solução para as mudanças climáticas”, salientou.    Saiba Mais:  A força da cooperação que navega pelos rios da Amazônia  Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia  Cooperativismo impulsiona o crédito verde no primeiro dia da COP30 
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11/11/2025

Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia

Painel na COP30 destaca experiências da Amazônia e do semiárido na transição para economia verde Sob o olhar atento de um público diverso, o painel Cooperativismo e Bioeconomia: da floresta ao sertão, deu início as atividades do cooperativismo na Green Zone da COP30 e mostrou que a transição para uma economia verde só será possível com o protagonismo das comunidades que vivem e produzem nos territórios. Representantes de cooperativas da Amazônia e do semiárido, da iniciativa privada e do governo brasileiro compartilharam experiências que unem sustentabilidade, inclusão produtiva e valorização dos saberes tradicionais. Em comum, a certeza de que o cooperativismo é uma das chaves para transformar biodiversidade em prosperidade, sem perder as raízes locais. Mediado pela gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, o painel destacou a importância de discutir políticas públicas voltadas à valorização da socioeconomia e do papel das grandes organizações, especialmente as cooperativas, nesse processo. Segundo ela, as cooperativas têm uma natureza singular, por serem formadas justamente pelas pessoas que vivem e produzem nos territórios onde a bioeconomia acontece. Débora ressaltou que o Brasil pode movimentar até US$ 140 bilhões por ano até 2032 com a bioeconomia do conhecimento e lembrou que as cooperativas têm o potencial necessário para garantir que esse impacto se concretize de forma rápida e eficiente. “As cooperativas estão onde as soluções nascem — nas comunidades e nos saberes tradicionais. Nosso desafio é fazer com que o valor gerado pela bioeconomia retorne a esses territórios e impulsione o desenvolvimento local”, afirmou. A Coopatrans, dona da marca Cacauway, abordou a trajetória da cadeia do cacau na Transamazônica, mostrando como o cooperativismo virou eixo de reorganização territorial, autoconfiança e geração de renda. A vice-presidente da cooperativa, Mônica Franco, valorizou a virada cultural vivida pela região. “Há 15 anos, o cooperativismo aqui era desacreditado. Com a Coopatrans, esse espírito se fortaleceu e, depois dela, surgiram outras cooperativas. Hoje somos exemplo para toda a região Norte”. Ela destacou ainda a importância simbólica da presença na COP30. “Espero que mais olhares se voltem para a nossa cooperativa, não só para o chocolate, mas para o que representamos. O isolamento não leva ninguém a nada. Cooperar é o que faz a diferença.” Já a Cooperativa Ser do Sertão apresentou um modelo transformador de agrofloresta e reflorestamento que vem recuperando áreas degradadas no semiárido baiano. A presidente, Valdirene Nascimento, relatou com emoção a evolução da cooperativa, da produção artesanal de polpa de umbu para uma indústria estruturada, sustentável e liderada por mulheres: “A cooperativa nasceu de um sonho. Começamos processando umbu no fundo de quintal. Hoje temos uma fábrica, absorvemos a produção de 16 municípios, saímos de 150 para 362 cooperados e produzimos com energia solar. Mostramos que é possível recuperar a Caatinga e gerar renda com sustentabilidade”, descreveu emocionada. Ela definiu a participação na COP30 como um divisor de águas. “Estar aqui ainda é um sonho. Isso mostra que estamos no caminho certo, desenvolvendo algo que pode mudar vidas. Queremos que esses modelos influenciem políticas públicas, financiamentos e projetos que respeitem a especificidade de cada território”, completou. A experiência da Natura em ações voltadas à bioeconomia e ao fortalecimento das cadeias da sociobiodiversidade (SBD) nos territórios onde a empresa atua — Brasil, Peru, Colômbia e Equador foi apresentada por Raoni Silva. O conteúdo evidenciou o papel das parcerias locais e da assessoria técnica para enfrentar os desafios da produção sustentável, especialmente em áreas de pasto, agricultura e regiões sem cobertura vegetal. “A construção de uma bioeconomia sólida depende do diálogo e da valorização de quem vive e produz na floresta. É nas parcerias territoriais que a inovação ganha propósito e gera resultados concretos”, relatou. Como representante do governo federal, William Saab, coordenador geral de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente (MMA) trouxe uma leitura estratégica sobre a bioeconomia. Segundo ele, as políticas do governo andam lado a lado com o fortalecimento das cooperativas. “O cooperativismo está totalmente alinhado às agendas que o MMA está lançando aqui na COP30, como o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia, o Programa de Agentes de Crédito e o Prospera Sociobio. Todas essas iniciativas têm um elo comum: inclusão e protagonismo das comunidades locais. Neste sentido, as cooperativas são parceiras essenciais. Elas têm finanças de proximidade e entendimento do território. É exatamente isso que o Ministério quer: protagonismo dos povos”, relatou. Saiba Mais: Cooperativismo impulsiona o crédito verde no primeiro dia da COP30 Cooperativismo marca presença histórica na COP30 Café cooperativista ganha destaque na SIC
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10/11/2025

Sistema OCB recebe encontro global da ACI em Brasília

Evento tem foco em estratégia, cooperação e projeção internacional do movimento A reunião do Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) começou nesta terça-feira (11), em Brasília, com o Sistema OCB recebendo representantes de países para dois dias de debates estratégicos sobre os rumos do cooperativismo global. A programação se estende até quarta-feira (12), e combina sessões de trabalho, visitas técnicas e momentos institucionais. A ACI é a principal entidade representativa do cooperativismo no mundo, responsável por articular políticas de fortalecimento, orientar diretrizes globais e promover a integração entre organizações de mais de 100 países. O encontro em Brasília reúne o conselho que conduz essas decisões e avança na preparação das prioridades pós-2025, especialmente após o Ano Internacional das Cooperativas. “Trazer o Conselho da ACI para o Brasil é uma chance de mostrar a força e a diversidade do nosso movimento. O cooperativismo brasileiro vem ganhando protagonismo internacional, e receber essa agenda aqui é um reconhecimento do trabalho que construímos coletivamente”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB e conselheiro da Aliança Cooperativa. A agenda começou com a recepção das delegações e segue, nesta terça-feira (11), com uma rodada de sessões dedicadas à estratégia da ACI, alinhamentos institucionais e debates sobre o papel das cooperativas diante dos desafios socioeconômicos e climáticos globais. À tarde, os conselheiros fazem duas visitas técnicas: à Centcoop, referência nacional em reciclagem e inclusão socioambiental; e ao Sicredi, sistema cooperativo financeiro que é um dos modelos de organização e crescimento no país. Na quarta-feira (12), ocorre a reunião formal do conselho, seguida de uma sessão reservada. O dia se encerra com um dos momentos mais simbólicos da programação: o lançamento do Mapa Global do Patrimônio Cultural Cooperativo, no Palácio do Itamaraty. A iniciativa apresenta, pela primeira vez, uma plataforma que reúne os marcos históricos e culturais do cooperativismo no mundo, desenvolvida pelo Sistema OCB junto à ACI e com apoio técnico da Unesco. Após o encerramento em Brasília, os integrantes do Conselho seguem para Belém (PA), onde integram a agenda da COP30 e participam dos eventos cooperativos.   Saiba Mais: Cooperativismo conecta floresta e sertão na construção da bioeconomia Cooperativismo impulsiona o crédito verde no primeiro dia da COP30 A força da cooperação que navega pelos rios da Amazônia
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10/11/2025

Cooperativismo impulsiona o crédito verde no primeiro dia da COP30

BNDES, MDIC e líderes do setor para discutem acesso ao financiamento climático e inclusão produtiva O primeiro dia do Cooperativismo na COP30 começou cedo, com ou auditório três da Agri Zone lotada para acompanhar o painel Cooperativismo e Financiamento Climático. A sessão apresentou dados, experiências e análises que mostram como as cooperativas têm papel decisivo para ampliar o crédito verde no país, conectar produtores às políticas públicas e impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono, especialmente em municípios onde a presença bancária é limitada. A abertura foi feita pelo coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, que também mediou o painel. Ele apresentou um panorama geral do cooperativismo de crédito no Brasil e lembrou que o segmento foi criado para resolver problemas reais, principalmente no que diz respeito ao financiamento justo e acessível. “Estamos presentes em 60% dos municípios brasileiros e somos a única instituição financeira em 469 deles”, declarou. O coordenador também apresentou resultados que colocam o cooperativismo no centro da agenda climática: liderança em crédito a pequenos negócios, R$ 90 bilhões em crédito verde em 2024 e mais de 50 milhões de pessoas alcançadas com educação financeira. “O cooperativismo é essencial para o financiamento climático e para o desenvolvimento sustentável, acrescentou. Redução de desigualdades Tiago Peroba, chefe do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destacou a relevância crescente do cooperativismo de crédito para viabilizar operações voltadas à economia verde e reduzir desigualdades territoriais no acesso ao financiamento. “As cooperativas são grandes parceiras do BNDES. Desde 2023, já financiamos R$ 96 bilhões em economia verde, e 73% dessas operações, em número, são intermediadas pelo cooperativismo de crédito”, afirmou. Para Tiago, apesar dos importantes avanços do setor, ainda existem desafios estruturais e regionais que precisam ser vencidos, como regularização fundiária e limitações de garantias reais, que impedem, por exemplo, que o crédito alcance parte da Amazônia: “As cooperativas são essenciais porque são o principal canal de acesso do BNDES a pequenos negócios e operam com custo médio mais baixo que os bancos comerciais”, acrescentou. Impactos do crédito Sicoob, Sicredi e Cresol trouxeram suas experiências para o debate. Danilo Macedo, superintendente de Relações Institucionais do Sicredi, destacou a expansão da instituição e sua atuação em energia renovável, inclusão produtiva e fortalecimento de comunidades. “Temos mais de R$ 12 bilhões financiados em energia solar. Crescemos de R$ 200 milhões em 2004 para R$ 37 bilhões em operações com o BNDES em 2024”, destacou. Danilo também ressaltou a relevância da inclusão de mulheres no crédito rural: “Trinta por cento dos financiamentos rurais vão para mulheres, com programas específicos de capacitação e empreendedorismo feminino”. O gerente nacional do Sicoob, Gustavo Soares, reforçou o impacto do sistema sobre pequenos produtores e a força do cooperativismo de crédito nos territórios. “Atendemos mais de 600 mil produtores e liberamos R$ 55 bilhões em crédito rural. Também trabalhamos com a Embrapa em boas práticas agropecuárias, atuamos com comunidades indígenas, fortalecemos cadeias tradicionais e incentivamos o uso responsável do crédito”, destacou. Jaap van Waalwijk van Doorn, gerente de Relações Internacionais da Cresol, por sua vez, apresentou resultados do microcrédito para agricultura familiar e do trabalho com bioeconomia amazônica. Ele salientou que a Cresol opera hoje com ativos de R$ 50 bilhões, mais de mil agências e forte presença territorial. “Somos top 3 no crédito para agricultura familiar, com R$ 7,6 bilhões e 117 mil contratos. Vamos financiar R$ 320 milhões em bioeconomia amazônica e incorporar 8 mil novos cooperados”, complementou. Para ele, a transição climática só ocorrerá com crédito acessível e apoio técnico contínuo. “Nascemos do cooperativismo de agricultores sem acesso ao crédito, e seguimos comprometidos com inclusão e sustentabilidade”, concluiu. O painel também contou com participação da secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércios e Serviços (MDIC), Júlia Cruz, que apresentou um programa piloto de desenvolvimento inclusivo em cadeias amazônicas. Ela defendeu que a transição sustentável só ocorrerá com inclusão econômica real. “Não há preservação da Amazônia sem inclusão social e renda local. Não se pode pedir que as pessoas abandonem atividades predatórias sem oferecer alternativas econômicas sustentáveis e, para isso a parceria com o cooperativismo é fundamental. Cada cooperativa vai aprender a operar maquinário, fazer gestão financeira e criar reservas para garantir continuidade. É inclusão produtiva de verdade”, ressaltou. Realidade Amazônica Ainda na Agri Zone, o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, participou do painel O Senar na AgriZone, promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em sua fala, ele salientou os desafios e as potencialidades do cooperativismo na Amazônia, especialmente em um contexto de limitações fundiárias e ambientais que dificultam o acesso ao crédito e a ampliação da produção sustentável. Segundo ele, o Pará possui 82 cooperativas distribuídas em mais de 80 municípios, muitas delas atuando na recuperação de áreas degradadas por meio de sistemas agroflorestais. “Nossas cooperativas têm recursos e capacidade de investir, mas ainda enfrentam barreiras legais que impedem o crédito de chegar a quem produz. Não é falta de vontade nem de responsabilidade ambiental — é falta de garantias e de políticas públicas que compreendam a realidade amazônica”, afirmou. Raiol também defendeu o fortalecimento das parcerias entre o setor cooperativo, o Sistema CNA/Senar e o governo federal e considerou que a COP30 deve deixar legados práticos para o desenvolvimento da região. “A Amazônia precisa de tecnologia, infraestrutura e segurança jurídica. O cooperativismo está pronto para fazer a sua parte e provar que é possível gerar renda e preservar ao mesmo tempo”, completou.   Saiba Mais: Cooperativismo marca presença histórica na COP30 A força da cooperação que navega pelos rios da Amazônia Café cooperativista ganha destaque na SIC
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10/11/2025

Café cooperativista ganha destaque na SIC

Estande do Sistema OCB reuniu cooperativas de seis estados, gerou negócios e ampliou visibilidade  O Sistema OCB marcou presença na 13ª edição da Semana Internacional do Café (SIC), realizada de 5 a 7 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), com um estande institucional que reuniu cooperativas de seis estados e colocou o café cooperativista no centro da atenção de compradores, especialistas e lideranças do setor. A participação integrou a      Governador Romeu Zema no estande do Sistema OCBprogramação da Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro.  Ao longo de três dias, o estande recebeu produtores, importadores, parceiros institucionais, representantes de entidades e autoridades, entre elas o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que visitou o espaço e conversou com cooperados sobre a relevância do modelo cooperativista para a economia do estado, maior produtor nacional de café.  Neste ano, o Sistema OCB levou para a feira uma comitiva formada por 12 cooperativas do Acre, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo. A diversidade dos perfis de produção e das origens agrícolas se refletiu na variedade de cafés apresentados, nas histórias dos cooperados e nas oportunidades de mercado identificadas durante o evento.  A participação das cooperativas no estande também ampliou a capacidade de exposição e networking. Ao longo da SIC, circulou pelo espaço um fluxo constante de compradores internacionais, parceiros do setor privado e representantes de organismos de certificação, atraídos pela oferta plural de cafés especiais, pela organização coletiva e pelo posicionamento institucional das cooperativas brasileiras.  Para o presidente da ApasCoffee, Maurício Alves Hervaz, que participou da Rodada Internacional de Negócios, a iniciativa do Sistema OCB fez a diferença. “Fiquei muito feliz de ter participado da rodada de negócios. É uma ação que valoriza o nosso produto, nos abre portas e permite buscar novos parceiros.”  A coordenadora de Negócios do Sistema OCB, Pâmella Jerônimo, destacou que a presença das cooperativas na SIC traduz uma estratégia ampliada de fortalecimento do setor. “O estande foi pensado para potencializar a presença das cooperativas e criar um ponto de encontro entre quem produz, quem compra e quem constrói reputação no mercado. A cada edição, percebemos que a integração entre as cooperativas e compradores internacionais ganha mais qualidade e profundidade. Estar aqui, juntas, fortalece a cadeia, gera negócios reais e reafirma o papel do cooperativismo no posicionamento do café brasileiro no mundo.”  O vice-presidente da Cocapec, Saulo Faleiros, reforçou a importância da participação conjunta com o apoio institucional do Sistema OCB. “Participarmos da SIC é fundamental para fortalecer a representatividade do setor, ampliar conexões e gerar novos negócios. O suporte do Sistema OCB, com estande, estrutura e orientação, permite que as cooperativas apresentem seus produtos, alcancem novos mercados e fortaleçam a intercooperação. Foi uma semana muito rica e produtiva. Somos muito gratos pela oportunidade.”    Saiba Mais:  Cooperativismo marca presença histórica na COP30  Estudo da ACI Américas destaca avanços do coop entre 2012 e 2025  Juventude cooperativista representa Brasil em Fórum Global na Coreia 
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10/11/2025

A força da cooperação que navega pelos rios da Amazônia

Na Ilha do Combu, cooperativa fluvial mostra como o movimento transforma realidades  A poucos minutos de Belém (PA), atravessando o rio Guamá, está a Ilha do Combu — um paraíso de natureza exuberante, casas sobre palafitas e sabores típicos da Amazônia. É nesse cenário que a Cooperativa de Transporte Fluvial da Ilha do Combu (Cooppertrans Combu) se consolidou como protagonista do desenvolvimento local. Ela conecta comunidades, impulsiona o turismo sustentável e gera renda para dezenas de famílias ribeirinhas. Durante a COP30, que inicia nesta segunda-feira (10), a cooperativa quer apresentar seu trabalho e reforçar o papel das cooperativas amazônicas na construção de uma economia mais justa e sustentável.  Criada em 2014, a Cooppertrans Combu nasceu da necessidade de oferecer um transporte mais seguro e ágil entre a capital e as ilhas da região. À época, o turismo ainda engatinhava, e o acesso era feito apenas por barcos pequenos, lentos e sem estrutura. A iniciativa de um grupo de trabalhadores locais mudou essa realidade. Hoje, a cooperativa conta com 51 cooperados e 30 embarcações, responsáveis por transportar cerca de 6 mil passageiros por mês — número que deve quadruplicar durante a COP30.  “A cooperativa surgiu do nosso desejo de melhorar as condições de trabalho e de atender com conforto e segurança quem visita a ilha”, conta Anderson dos Santos Nascimento, presidente da Cooppertrans Combu. “No começo, éramos 24 cooperados. Hoje, já somos mais de 50, e continuamos crescendo. A cooperativa mudou a vida de todos nós e da nossa comunidade”, conta. Para o dirigente, o avanço do turismo na região só foi possível porque o cooperativismo trouxe organização e confiança ao serviço. “Antes, o transporte era precário e demorado. Agora, oferecemos viagens rápidas, seguras e com o cuidado de quem conhece e ama a ilha”.       Anderson dos Santos Nascimento, presidente da Cooppertrans CombuTurismo sustentável e geração de oportunidades  A Cooppertrans Combu é parte essencial da experiência turística da ilha. Os cooperados realizam travessias diárias entre Belém e os principais pontos turísticos, além de passeios que apresentam aos visitantes as belezas naturais e culturais da região. Os roteiros incluem paradas em restaurantes à beira-rio, trilhas na floresta, visitas a produtores locais e vivências que valorizam a sociobiodiversidade amazônica. “A gente recebe turistas de todos os lugares do país e até do exterior. Sempre mostramos o melhor da nossa comunidade, com acolhimento e respeito”, afirma Renan Teles, cooperado há quatro anos. “Ser cooperado mudou minha vida. É gratificante ver o sorriso das pessoas quando chegam aqui e conhecem o Combu. Isso mostra que o cooperativismo é também uma forma de educar e inspirar”.  Para Déborah Vieira, gerente de terminal e cooperada há nove anos, a cooperativa representa uma oportunidade de evolução pessoal e coletiva. “No começo, tínhamos apenas duas lanchas. Fomos crescendo, nos organizando e nos qualificando. Hoje somos 51 cooperados e trabalhamos com estrutura e orgulho. A cooperativa abriu portas para todos nós. Antes, dependíamos apenas do açaí e da pesca. Agora, temos outra fonte de renda e uma nova perspectiva de futuro”, afirma.  Transformação social e consciência ambiental  O impacto da cooperativa vai além da questão econômica. O trabalho coletivo fortalece os laços comunitários e contribui para a preservação ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) do Combu. “Ser cooperado me trouxe reconhecimento e estabilidade. A gente se preocupa com o meio ambiente também — como somos moradores da ilha, sabemos a importância de cuidar do rio e reduzir a erosão nas margens”, explica Raísson Lopes, fiscal de embarque e cooperado há sete anos. “Antes, a gente não era reconhecido. Depois da cooperativa, passamos a ter voz, renda e respeito. Hoje posso sustentar minha família e ajudar a cuidar do lugar onde vivo”, acrescenta.  A consciência ambiental é um dos diferenciais do grupo. As embarcações seguem regras rígidas de segurança e navegação, limitando a velocidade para evitar danos às margens e garantindo que todos os passageiros usem coletes salva-vidas homologados. O valor acessível do transporte — R$ 12 por trajeto — e o atendimento acolhedor consolidaram a Cooppertrans Combu como referência de eficiência e hospitalidade no turismo amazônico.     Cooperativismo que inspira e transforma  Para o presidente Anderson, o sentimento de pertencimento é o que move a Cooppertrans Combu: “A cooperativa é tudo para nós. Ela transformou a nossa realidade, deu emprego, organização e orgulho de fazer parte de algo maior. Hoje, além de transportar pessoas, transportamos histórias e esperança. E queremos que o mundo veja isso.”  Ele destaca ainda a expectativa para a COP30, quando o Combu deverá receber um número recorde de visitantes. “Esperamos que esse seja um momento histórico, com a Amazônia sendo olhada com carinho e respeito. Queremos mostrar que o cooperativismo é um caminho concreto para o desenvolvimento sustentável.”  Durante a COP30, a Cooppertrans Combu participará das atividades do cooperativismo brasileiro em Belém. O objetivo é apresentar o trabalho desenvolvido e reforçar o papel das cooperativas amazônicas na construção de uma economia mais justa e sustentável. “A COP é uma chance de mostrar o quanto a Amazônia tem a ensinar. Nosso trabalho é simples, mas representa algo muito maior: a união das pessoas para proteger e desenvolver esse território”, afirma Anderson.  A Ilha do Combu é uma das principais ilhas fluviais de Belém, localizada a cerca de 15 minutos de barco da capital. Rica em biodiversidade, abriga comunidades tradicionais, produtores de cacau, restaurantes flutuantes e uma série de iniciativas sustentáveis.     Saiba Mais:  Cooperativismo marca presença histórica na COP30 Café cooperativista ganha destaque na Semana Internacional do Café em BH Estudo da ACI Américas destaca avanços do coop entre 2012 e 2025  
A força da cooperação que navega pelos rios da Amazônia
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10/11/2025

Cooperativismo marca presença histórica na COP30

Movimento mostra que desenvolvimento e conservação podem caminhar juntos  O cooperativismo brasileiro inicia nesta segunda-feira (10) sua participação na COP30, em Belém (PA), com uma presença histórica no principal evento climático do planeta. Ao longo das próximas duas semanas, o Sistema OCB coordena uma programação abrangente em todos os principais espaços da conferência — Blue Zone, Green Zone, Agri Zone e Casa do Seguro, para levar soluções concretas que unem produção sustentável, inovação e inclusão social.  A agenda do movimento representa o que o Brasil tem de mais inovador na transição para uma economia de baixo carbono. Iniciativas em bioeconomia, crédito verde, energia renovável, agricultura regenerativa, reciclagem e turismo sustentável serão apresentadas, reforçando o papel do modelo de negócios como força econômica e social de transformação. Além disso, também será reforçado o Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, documento que propõe ampliar o acesso ao financiamento climático, fortalecer a agricultura de baixo carbono, incentivar a bioeconomia e consolidar a transição energética justa com base na inclusão produtiva.  Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a COP30 é uma oportunidade única para o Brasil reafirmar sua vocação sustentável com o protagonismo das cooperativas. Segundo ele, o evento vai evidenciar o papel das cooperativas na construção de soluções reais. “O cooperativismo brasileiro chega com resultados concretos. Temos projetos que conciliam produção e conservação com impacto positivo na vida das pessoas e no meio ambiente. Vamos mostrar que a transição climática passa pelo território, pelas comunidades e pelo trabalho coletivo que as cooperativas representam”.  A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, reforça que o cooperativismo é parte essencial das soluções que o planeta busca. “O cooperativismo tem o poder de traduzir grandes compromissos globais em ações locais e transformadoras. Quando falamos de bioeconomia, energia limpa, segurança alimentar ou inclusão financeira, estamos falando de práticas que as cooperativas já realizam todos os dias no Brasil. Nosso objetivo é mostrar que a economia verde precisa ser, acima de tudo, uma economia cooperativa”.  O primeiro dia de atividades contará com a participação do cooperativismo tanto na Green Zone quanto na Agri Zone.  O painel Cooperativismo e Financiamento Climático abre os trabalhos na Agri Zone.  Com representantes do Sicredi, Sicoob, Cresol e Sistema OCB, o debate vai abordar o papel das cooperativas de crédito na democratização do acesso a recursos sustentáveis e na promoção de negócios de impacto. Na Green Zone, as cooperativas Coopatrans, Coopsertão e o Sistema OCB estarão presentes no painel Cooperativismo e Bioeconomia: da floresta ao sertão, experiências de comunidades para a transição justa.  A COP30 ocorre em um momento simbólico: 2025 é o Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela ONU. Para o Sistema OCB, essa coincidência reforça a mensagem que o movimento leva a Belém — de que o futuro sustentável do planeta passa, inevitavelmente, pela força das pessoas que cooperam.  Mais informações e a programação completa da participação do cooperativismo na COP30 estão disponíveis em: somoscooperativismo.coop.br/cop30.      Saiba Mais:  Prêmio SomosCoop 2025 premiará 133 cooperativas  Cooperativismo brasileiro mostra soluções sustentáveis na COP30  Lideranças cooperativistas discutem cenário econômico em SC 
Cooperativismo marca presença histórica na COP30
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07/11/2025

Estudo da ACI Américas destaca avanços do coop entre 2012 e 2025

Publicação reconhece papel do Brasil no fortalecimento institucional e legislativo  O cooperativismo nas Américas foi tema de um novo estudo da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI Américas), que analisa a trajetória do setor entre dois marcos históricos: o Ano Internacional das Cooperativas de 2012 e o que está sendo celebrado novamente pela ONU em 2025. O relatório, intitulado Evolução do cooperativismo entre os anos internacionais 2012-2025, foi apresentado, nesta quinta (7), em reunião on-line com o Sistema OCB.  A pesquisa reúne análises de especialistas de países como Argentina, Brasil, Chile, México e Paraguai, e aborda políticas públicas, avanços normativos e novas formas associativas que tem fortalecido o cooperativismo como modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo na região.  No caso brasileiro, o estudo reconhece o avanço expressivo do ambiente regulatório, com 115 marcos legais e institucionais identificados entre 2012 e 2025, resultado direto da atuação conjunta do Sistema OCB e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). O documento ressalta que esse processo contribuiu para ampliar a segurança jurídica das cooperativas, promover tratamento tributário adequado ao ato cooperativo e incluir demandas do setor em políticas públicas estratégicas.  Para a ACI Américas, esse conjunto de transformações posiciona o Brasil como referência no fortalecimento institucional do cooperativismo nas Américas. O estudo destaca ainda o impacto do movimento cooperativo na inclusão produtiva, na inovação social e na construção de economias mais sustentáveis, pilares que se conectam diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.  O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que a publicação da ACI Américas reforça o papel do cooperativismo como agente de transformação social e econômica. “O estudo traduz, com base em dados e análises consistentes, aquilo que o movimento brasileiro tem demonstrado ao longo dos anos: o cooperativismo é uma força viva, capaz de inovar, gerar prosperidade e promover inclusão de forma sustentável”, avaliou.  Ele acrescenta que o reconhecimento internacional é um incentivo para ampliar o diálogo com a sociedade. “O cooperativismo brasileiro vem mostrando resultados concretos e estudos como este ajudam a dar visibilidade a esse trabalho. Em um momento em que o mundo busca alternativas mais humanas e colaborativas, o modelo cooperativo se consolida como um caminho seguro para o desenvolvimento”, completa.  O relatório da ACI Américas também aponta tendências emergentes, como o fortalecimento da participação de mulheres e jovens nas cooperativas; o uso de tecnologias digitais e big data em processos de gestão e a expansão de experiências de economia verde e circular.     Saiba Mais:  Sistema OCB abre Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro em BH  Senado aprova por unanimidade isenção para rendas de até R$ 5 mil  Prêmio SomosCoop 2025 premiará 133 cooperativas 
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07/11/2025

Juventude cooperativista representa Brasil em Fórum Global na Coreia

Evento da ONU reuniu 150 jovens líderes para debater paz, sustentabilidade e cooperação  A juventude cooperativista brasileira marcou presença na Conferência Internacional We the Youth – IFWY 2025, realizada de 26 a 29 de outubro em Seul, na República da Coreia. O evento, promovido pelas Nações Unidas através da United Nations Research Institute for Social Development (UNRISD), pela emissora Munhwa Broadcasting Corporation (MBC), pela Hanyang University e pela organização Green Chorus Eunpyeong, reuniu 100 jovens líderes de mais de 70 países para discutir soluções sobre paz, sustentabilidade e cooperação global  Representando o Sistema OCB, participaram os analistas da Gerência de Relações Governamentais, Larissa Lima de Souza e Rodolfo Jordão. Rodolfo foi um dos oito selecionados da América Latina e Caribe para atuar como Navigator, função que lhe permitirá representar a região em eventos internacionais e defender as propostas construídas durante o fórum.  Durante quatro dias, a conferência promoveu painéis, oficinas e sessões abertas ao público, sediadas na Hanyang University. As discussões culminaram na elaboração da Global Youth Resolution, documento que sintetiza as visões e compromissos da nova geração em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).  Entre os palestrantes, estiveram nomes de destaque da ONU, do governo coreano e do setor privado, como Maher Nasser, secretário-assistente da ONU; Seong-sook Han, ministra de Pequenas e Médias Empresas e Startups da Coreia; Seung-gun Lee, CEO da Viva Republica (Toss); e Alfredo Villalonga, presidente global do Impact Hub, e outros. O encerramento, realizado no templo Jingwansa, no distrito de Eunpyeong, mesclou cultura e espiritualidade com a leitura solene da declaração global.   O evento contou com momentos culturais de integração, como o concerto U&I, realizado na Praça Heungnyemun do Palácio Gyeongbokgung, com participação de grupos coreanos como ENHYPEN, STAYC e N.Flying. A apresentação uniu elementos da cultura tradicional coreana ao K-art moderno, simbolizando a conexão entre gerações e nações.  A analista Larissa Lima de Souza ressaltou o caráter inspirador e transformador da experiência. “O evento foi uma oportunidade extraordinária para apresentar as necessidades e potencialidades da América Latina, especialmente do Brasil. Pude conhecer iniciativas inspiradoras desenvolvidas pela juventude em diferentes países e culturas, o que ampliou minha compreensão sobre como essas experiências podem contribuir para o desenvolvimento de soluções no contexto brasileiro. O Fórum foi inesquecível e tenho certeza de que frutificará em contribuições concretas ao debate global sobre paz, sustentabilidade e inclusão”, descreveu.   Já Rodolfo destacou o significado da missão como Navigator. “Ser escolhido como um dos navegadores foi um grande privilégio. Isso significa representar as ideias construídas por jovens de mais de 76 países e demonstrar, com orgulho, como o cooperativismo é capaz de transformar realidades e oferecer soluções para os desafios sociais, econômicos e ambientais do nosso tempo”.  Saiba Mais:  Prêmio SomosCoop 2025 premiará 133 cooperativas  Cooperativismo brasileiro mostra soluções sustentáveis na COP30  Lideranças cooperativistas discutem cenário econômico em SC 
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07/11/2025

Sistema OCB reforça papel das coops de reciclagem na economia circular

Entidade apresentou propostas para fortalecer cooperativas e ampliar impacto da reciclagem no país  O cooperativismo participou da 4ª Reunião Ordinária do Fórum Nacional de Economia Circular, realizada nesta quinta-feira (6). O Sistema OCB foi representado por Letícia dos Reis Monteiro, analista técnica, em um dos grupos de trabalho voltados para elaboração do Plano Nacional de Economia Circular (Planec). Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o fórum tem como objetivo consolidar uma agenda nacional para a economia circular e articular ações entre governo, setor privado e sociedade civil.  O grupo de trabalho em que o Sistema OCB está inserido é voltado para a criação de estratégias que promovam a articulação interfederativa e o envolvimento de trabalhadores e trabalhadoras da economia circular, desta forma o grupo direciona suas atividades em três frentes principais:  Incentivo à contratação de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reciclados, além de comunidades envolvidas com manejos regenerativos e programas de conscientização ambiental;  Desenvolvimento de estudos de viabilidade e potencial regional, com análises detalhadas dos fluxos de materiais nos territórios;  Fomento à redes de cooperativas e organizações sociais voltadas à economia circular, ampliando a capacidade de comercialização e escala das iniciativas.  Essas ações estão alinhadas às diretrizes da estratégia nacional de economia circular (ENEC), e busca identificar e mapear projetos em andamento e em fase de planejamento, além de propor novas inciativas. A sistematização dessas iniciativas é considerada fundamental para atrair investimentos, orientar políticas públicas e acelerar a adoção de modelos produtivos sustentáveis em todo o país.  A reunião do Fórum também abordou temas como a PEC da Reciclagem, o Decreto de Logística Reversa de Embalagens Plásticas e o Programa Computadores para Inclusão, além de atualizações sobre a Lei de Incentivo à Reciclagem (LIR), o Painel de Indicadores de Economia Circular e as preparações para a COP30.    Saiba Mais:  Sistema OCB abre Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro em BH  Senado aprova por unanimidade isenção para rendas de até R$ 5 mil  Prêmio SomosCoop 2025 premiará 133 cooperativas
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07/11/2025

Lideranças cooperativistas discutem cenário econômico em SC

Sistema OCB analisou cenário atual e reforçou o potencial transformador do movimento  O cooperativismo como força estratégica para o desenvolvimento econômico e social foi o foco da palestra apresentada por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, durante o Fórum de Lideranças Cooperativistas, evento realizado nesta quarta-feira (5), em Blumenau (SC). Promovido pelo Núcleo de Cooperativas da Associação Comercial e Industrial de Blumenau (Acib), o fórum reuniu lideranças de diversas cooperativas da região para debater desafios, oportunidades e o futuro do setor.  Em sua apresentação, Cenário Econômico Atual – Impactos no Cooperativismo, Débora analisou tendências macroeconômicas, como inflação, taxa de juros e desempenho do PIB, e suas implicações diretas para os diferentes ramos cooperativos. “Vivemos um momento de cautela, mas também de oportunidades. Mesmo com juros altos e leve desaceleração do crescimento, as cooperativas seguem mostrando resiliência e protagonismo, especialmente por estarem próximas das pessoas e entenderem as demandas locais”, destacou.  Com base em dados do Ipea, FGV e Banco Central, a gerente explicou que o cenário atual impõe desafios importantes às cooperativas de crédito, consumo e serviços, o que exige planejamento estratégico e inovação. Por outro lado, o bom desempenho da agropecuária e a expectativa de redução gradual da inflação a partir de 2026 abrem espaço para crescimento sustentável. “A perspectiva é de que, em 2026, a inflação se aproxime da meta de 3%. A partir do momento em que o Banco Central sentir essa estabilização, deve começar a queda dos juros, um movimento muito positivo para todos os ramos do cooperativismo”, ressaltou Débora. “Com juros menores, há uma busca maior por crédito: as cooperativas de crédito poderão ampliar a oferta, e os demais ramos terão acesso a financiamentos mais baratos para investir em infraestrutura, tecnologia e pessoas.”  Outro ponto destacado foi o atual cenário de pleno emprego, com a taxa de desemprego em torno de 5,7%, considerada saudável para a economia. “Esse contexto reforça a importância de as cooperativas valorizarem seus mais de 550 mil colaboradores, mostrando que trabalham com propósito e geram impacto direto nas comunidades onde atuam”, completou.  O encontro também abordou a relevância das redes de intercooperação e da governança colaborativa como fatores-chave para o fortalecimento do movimento. Débora destacou que o cooperativismo brasileiro tem ampliado seu impacto, com mais de 4,3 mil cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e R$ 757,9 bilhões em ingressos, conforme dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025. “Quando olhamos para os números, percebemos que o cooperativismo brasileiro já é uma potência. Mas, mais que isso, ele é um modelo que inspira: mostra que é possível crescer com propósito, gerar riqueza com equidade e conectar prosperidade com sustentabilidade”, concluiu.  Além da palestra, o Fórum contou com painéis sobre o papel do cooperativismo no desenvolvimento de Blumenau e reconhecimentos ligados ao Ano Internacional das Cooperativas.    Saiba Mais:  Coop 2025: encerramento do Ano Internacional conta novo pacto global  Cooperativismo brasileiro mostra soluções sustentáveis na COP30  Sistema OCB defende ações urgentes para proteger produtores de leite 
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06/11/2025

Senado aprova por unanimidade isenção para rendas de até R$ 5 mil

Decisão mantém incentivos ao cooperativismo e ao agronegócio; texto segue para sanção  O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (5), por unanimidade, o Projeto de Lei 1.087/2025, que reformula a cobrança do Imposto de Renda (IR) no país. A proposta, aprovada poucas horas antes pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), segue agora para sanção presidencial e deve entrar em vigor em janeiro de 2026.   A nova legislação eleva a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês, amplia as deduções para rendas de até R$ 7.350 e cria uma tributação mínima sobre altas rendas, acima de R$ 600 mil anuais. O texto também estabelece que lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil mensais serão tributados em 10%, preservando, no entanto, a isenção para lucros                                     Carlos Moura/Agência Senado apurados até 31 de dezembro de 2025, ainda que pagos até 2028.  De acordo com o relator da matéria, senador Renan Calheiros (AL), as mudanças buscam corrigir distorções históricas do sistema tributário brasileiro e promover justiça fiscal.  A votação em Plenário manteve a versão aprovada pela Câmara dos Deputados, apenas com ajustes de redação, para evitar que o projeto retornasse para nova análise.   Benefícios e preservação de incentivos produtivos  Além de ampliar a isenção do IR para trabalhadores e fortalecer o poder de compra da população, o PL 1.087/2025 mantém a isenção para investimentos produtivos, como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). Também seguem isentos rendimentos de títulos voltados à infraestrutura e pesquisa, como debêntures de infraestrutura, FIPs de inovação e Fundos de Investimento Imobiliário (FII).  Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas a aprovação representa um avanço relevante para o cooperativismo e a economia nacional. “A aprovação da reforma do Imposto de Renda é uma medida que traz mais previsibilidade e equilíbrio ao ambiente de negócios, especialmente para o cooperativismo. Ao ajustar a tributação e garantir isenção para rendas mais baixas, o país avança em justiça fiscal e amplia o poder de consumo das famílias, o que também movimenta as economias locais e as cooperativas. É um passo importante para fortalecer um sistema tributário mais simples e coerente com o crescimento sustentável do Brasil”, afirmou.  Ele também ressaltou a importância da manutenção de dispositivos voltados a investimentos produtivos. “A inclusão de dispositivos que resguardam investimentos ligados ao agronegócio e ao mercado imobiliário é uma conquista relevante para setores que têm forte presença cooperativista. Essa segurança jurídica incentiva o investimento responsável e dá fôlego às cooperativas para continuarem gerando emprego, renda e desenvolvimento regional”, completou.     Saiba Mais:  Sebrae e Sistema OCB lançam projeto de inovação para coops da Amazônia  Sistema OCB abre Semana Estratégica do Cooperativismo Cafeeiro em BH  Cooperativismo brasileiro mostra soluções sustentáveis na COP30 
Senado aprova por unanimidade isenção para rendas de até R$ 5 mil
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06/11/2025

Na COP30, cooperativas vão mostrar que soluções locais geram impacto global

A capacidade das cooperativas de promover ações sustentáveis e sua forte conexão com as comunidades colocará o movimento cooperativista em destaque na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Realizado pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA), o evento buscará o comprometimento de líderes mundiais com ações urgentes para conter a crise climática, além da garantia de financiamento para adaptação em regiões e comunidades mais afetadas pelas mudanças do clima. As cooperativas darão sua contribuição ao debate com soluções concretas em energia limpa, agricultura de baixo carbono, gestão de resíduos, finanças sustentáveis, segurança alimentar e bioeconomia. “Vamos apresentar propostas e posicionamentos construídos coletivamente no Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30 e cases que mostram como ações locais de combate à mudança do clima geram impactos globais”, antecipou o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo. De 10 a 21 de novembro, o cooperativismo participará da COP30 tanto no espaço oficial de negociação, a Blue Zone, quanto na área dedicada à sociedade civil, Green Zone; além de presença estratégica na Agri Zone, organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e em eventos de instituições parceiras do coop.  Leia a entrevista completa com o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo:  Sistema OCB: Qual será o papel do cooperativismo COP30? Alex Macedo: A COP30 é o maior evento global sobre mudanças climáticas e, por ser realizada em Belém (PA), no coração da Amazônia, representa um marco simbólico e estratégico para o Brasil. A participação do cooperativismo brasileiro na COP30 tem como objetivo posicionar o setor como parceiro estratégico da transição climática global, reforçando sua contribuição para uma economia de baixo carbono e sua inserção nos mecanismos internacionais de financiamento e governança ambiental. Em quais espaços as cooperativas brasileiras estarão representadas no evento? O Sistema OCB coordenará a presença das cooperativas em múltiplos ambientes. Na Agri Zone (Embrapa), por exemplo, teremos o Pavilhão do Cooperativismo, um espaço de 300 metros quadrados (m²) que funcionará por duas semanas com exposições, oficinas, feiras, painéis e encontros institucionais, destacando o papel das cooperativas do agro e do crédito. Já nosso espaço na Green Zone foi construído em parceria com a ONU. Trata-se de um pavilhão próprio de 100 m² e uma programação de painéis temáticos, alinhados aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro (transição energética, segurança alimentar, bioeconomia, adaptação climática e financiamento sustentável). Além disso, teremos na Green Zone participação em painéis promovidos por parceiros como o Consórcio Amazônia, ABDI, CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Adicionalmente, haverá presença das coops no Pavilhão Brasil, na Casa do Seguro, reforçando o vínculo entre inovação, mitigação de riscos climáticos e proteção da produção agrícola. Quais as atividades do Sistema OCB programadas para a COP30? A programação está estruturada em torno de um plano que combina representação institucional, disseminação de conhecimento e exposição de cases. As atividades confirmadas até agora são: Painéis temáticos nos espaços oficiais, com a presença de representantes das coops e especialistas em sustentabilidade; Apresentações de casos de sucesso, selecionados a partir de um edital nacional que recebeu 100 cases de 60 cooperativas; Exposição e comercialização de produtos e marcas cooperativas nos pavilhões oficiais; Ações de relacionamento e imprensa, garantindo ampla cobertura midiática e visibilidade internacional; Eventos comemorativos pelo Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o papel do setor como vetor da transição justa e sustentável. Como foi a escolha dos cases cooperativistas para a COP30? Selecionamos casos que representam não só inovação e impacto, mas também diversidade de ramos e de territórios. Os critérios de escolha das coops consideram cinco dimensões principais: impacto ambiental mensurável; potencial de replicabilidade e contribuição à agenda climática global; inovação tecnológica e integração com as metas de neutralidade de carbono; engajamento comunitário e inclusão social; e aderência aos eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30. Quais são os resultados esperados pelo cooperativismo brasileiro na COP30? Com a participação das coops, o Sistema OCB busca o reconhecimento e a valorização do cooperativismo como aliado da transição justa. Nesse sentido, o movimento deve ser reconhecido como ator estratégico dessa transição, representando milhões cooperados e produtores – sobretudo pequenos e médios – que estão na base da segurança alimentar, da conservação ambiental e da inovação rural. E um dos motivos é que as cooperativas já desenvolvem soluções práticas de mitigação e adaptação climática, promovendo inclusão, geração de renda e sustentabilidade territorial. Além disso, esperamos que as cooperativas sejam integradas de forma estruturada à implementação das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) e aos espaços de governança climática, em níveis nacional e subnacional, pois essa inclusão amplia a capilaridade e legitimidade das políticas públicas, garantindo que as ações climáticas cheguem aos territórios, propriedades e comunidades locais. Acreditamos que o cooperativismo oferece infraestrutura institucional, escala e capacidade técnica para apoiar metas de energia renovável, bioeconomia, manejo sustentável e restauração de áreas degradadas, consolidando a ideia de que a ação climática eficaz depende da ação coletiva e organizada. Por fim, defendemos que haja financiamento e valorização econômica da sustentabilidade, pois ela precisa ser reconhecida não como custo, mas como modelo de negócio do futuro.  Quais as contribuições do cooperativismo para a agenda climática? As cooperativas promovem inclusão social, desenvolvimento territorial e organização social nas comunidades onde estão inseridas. A sua capilaridade e o alcance das suas redes de assistência permitem que o cooperativismo se torne uma plataforma poderosa para o financiamento climático e a implementação de práticas sustentáveis em áreas como agricultura, energia renovável, gestão de resíduos e conservação ambiental. Nas cooperativas agropecuárias, práticas de agricultura de baixo carbono, integração lavoura-pecuária-floresta e uso eficiente da água reduzem emissões e aumentam a resiliência do solo. No setor energético, cooperativas têm instalado usinas solares e biodigestores, para levar energia limpa a comunidades inteiras. No crédito, as coops democratizam o acesso a recursos climáticos e fomentam projetos de descarbonização. Além disso, o cooperativismo atua na capacitação e conscientização: programas como a Solução Neutralidade de Carbono e os cursos ambientais da plataforma CapacitaCoop têm preparado centenas de cooperativas para medir emissões, desenvolver inventários e criar planos de mitigação. Portanto, ao integrar a agenda ambiental em suas práticas, as cooperativas desempenham um papel crucial na justiça climática, promovendo a adaptação das comunidades, a mitigação dos impactos ambientais e a ampliação do acesso a recursos e tecnologias mais sustentáveis. Como esse impacto cooperativo na ação climática se dá em âmbito local?  Ao nascerem das necessidades das próprias comunidades, as cooperativas assumem como prioridade a sustentabilidade do território em que atuam. Em pequenas comunidades rurais, por exemplo, vemos cooperativas que implantam sistemas agroflorestais e projetos de bioeconomia, que conciliam a geração de renda e a preservação da biodiversidade. Em áreas urbanas, cooperativas de catadores transformam resíduos em fonte de renda e reduzem a poluição. Essas ações locais geram impactos globais. Uma usina solar que abastece uma escola em Santarém (PA) ou uma cooperativa que implanta biodigestores em Assis Chateaubriand (PA), reduzindo custos ou emissões, vão além – elas mostram que é possível um desenvolvimento que respeita os limites do planeta.  O cooperativismo, nesse sentido, é uma verdadeira ponte entre o local e o global: soluções que nascem na comunidade, mas reverberam em todo o planeta. O futuro será cooperativo ou simplesmente não será sustentável, porque só a cooperação é capaz de equilibrar o que produzimos, o que consumimos e o que deixamos como legado.
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