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03/10/2025
Cooperativas agro do Paraná participam do Portas Abertas
Comitiva conheceu atuação do Sistema OCB e discutiu desafios da transição energética
O Sistema OCB recebeu, nos dias 1º e 2 de outubro, a comitiva do Fórum de Energia do Sistema OCEPAR, que contou com representantes da própria OCEPAR e das cooperativas Agrária, C.Vale, Cotriguaçu e Coagro, para mais uma edição do Programa Portas Abertas. A iniciativa teve como objetivo aproximar técnicos e engenheiros das cooperativas agropecuárias paranaenses do funcionamento da representação política e institucional do cooperativismo em nível nacional, com ênfase nas pautas ligadas ao setor elétrico.
As cooperativas agro do Paraná vêm dedicando cada vez mais atenção ao tema energia, insumo fundamental para suas operações. Diante da abertura do mercado livre, das discussões sobre armazenamento, da transição energética e da expansão da geração distribuída, o Fórum de Energia da OCEPAR promove momentos de capacitação e acompanhamento das mudanças regulatórias. Atualmente, o Paraná conta com 62 cooperativas agro, que reúnem mais de 231 mil cooperados e geram mais de 113 mil empregos diretos. Em 2024, o setor faturou R$ 154 bilhões, respondeu por cerca de 64% da produção de grãos e 45% da produção de carnes e lácteos do Estado. Todo esse potencial produtivo reflete também no consumo de energia, que chega a aproximadamente 1.783,46 GWh por ano.
No diálogo com a comitiva, o Sistema OCB apresentou uma visão abrangente sobre seu papel institucional e político, destacando a importância de um canal permanente de articulação e defesa dos interesses do movimento. Foram detalhados o funcionamento da entidade, os posicionamentos adotados nas discussões legislativas e a atuação conjunta com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (FRENCOOP), reforçando o alinhamento entre a representação política e as demandas concretas das cooperativas.
As Medidas Provisórias 1300/25, que trata da reforma do setor elétrico, e 1304/25, referente à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), foram pontos centrais das discussões, uma vez que o Sistema OCB vem acompanhando de perto esses debates diante das grandes transformações em curso no setor de energia. O processo legislativo sobre essas MPs tem contado com o apoio de parlamentares estratégicos da FRENCOOP, como o presidente da Frente, deputado Arnaldo Jardim, o coordenador do Ramo Infraestrutura, deputado Tião Medeiros, e o coordenador do Ramo Transporte, deputado Covatti Filho, que têm desempenhado papel fundamental na defesa do cooperativismo no tema, garantindo que as especificidades do movimento cooperativista sejam consideradas nos debates do Congresso Nacional.
Foi ressaltada ainda a relevância do tema da energia para o cooperativismo brasileiro, sobretudo por se tratar de um dos principais insumos da agroindústria, essencial para a competitividade e sustentabilidade do setor. Nesse sentido, reforçou-se a importância de acompanhar as mudanças em andamento no setor elétrico, tanto no campo legislativo, por meio das MPs em tramitação, quanto no regulatório, para que as cooperativas estejam preparadas para se inserir de forma protagonista nas novas oportunidades que vêm se abrindo no mercado de energia.
A pauta ambiental também teve espaço de destaque, tanto no que se refere às soluções de eficiência energética quanto em relação a questões específicas do ramo agropecuário. No âmbito do Programa de Eficiência Energética, o Sistema OCB destacou que é preciso refletir não apenas sobre a geração de energia, mas também sobre a forma como as cooperativas consomem esse recurso. Foi ressaltada a necessidade de pensar em estratégias para tornar o consumo mais efetivo, reduzindo desperdícios e promovendo uma utilização racional, que ao mesmo tempo gera benefícios econômicos e ambientais. Essa abordagem amplia os ganhos coletivos, pois a eficiência energética reduz custos, aumenta a sustentabilidade das operações e fortalece a competitividade das cooperativas.
Além disso, foram discutidas iniciativas ligadas a biocombustíveis, com ênfase no Programa Combustível do Futuro, no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) e na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Esses programas foram apontados como instrumentos fundamentais para fortalecer a sustentabilidade, ampliar a diversificação da matriz energética e criar novas oportunidades de negócios para as cooperativas do agro.
Esse conjunto de discussões reforçou o compromisso do Sistema OCB em acompanhar de forma qualificada os debates legislativos e regulatórios, ao mesmo
tempo em que fortalece a capacidade das cooperativas de se posicionarem como protagonistas em um cenário de profundas mudanças no setor energético, garantindo que a agenda do cooperativismo esteja sempre presente nas decisões estratégicas do País.
À tarde, a agenda foi marcada por encontros parlamentares com lideranças estratégicas, entre elas os deputados Sérgio Souza, Arnaldo Jardim, Tião Medeiros e Pedro Lupion, todos integrantes da FRENCOOP e também da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Esses diálogos representaram uma oportunidade de aprofundar os debates sobre as Medidas Provisórias em tramitação, a pauta ambiental e os desafios regulatórios que impactam diretamente o cooperativismo. Ao longo das reuniões, foi possível reforçar a importância de assegurar condições adequadas para que as cooperativas possam continuar crescendo e inovando, bem como destacar a relevância da energia como insumo essencial para a agroindústria. O ambiente de diálogo permitiu não apenas alinhar estratégias, mas também consolidar o apoio político necessário para que as especificidades do movimento cooperativista estejam contempladas nas decisões do Congresso Nacional.
O segundo dia do Programa Portas Abertas começou com uma visita guiada ao Congresso Nacional, proporcionando aos representantes das cooperativas uma experiência prática sobre o funcionamento do Legislativo e o papel estratégico do Parlamento nas decisões que impactam diretamente o setor elétrico e, consequentemente, o cooperativismo.
Na sequência, a comitiva cumpriu agendas técnicas em órgãos fundamentais para o setor de energia. Na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), os participantes foram recebidos por Lívia Raggi, chefe adjunta do Gabinete do Diretor-Geral, e por João Luis dos Passos, Chefe da Assessoria de Gestão Institucional. Durante a reunião, a comitiva apresentou a relevância do Paraná no cenário nacional, destacando que o Estado ocupa a 4ª posição na contribuição do PIB brasileiro e, considerando apenas a indústria de transformação, figura como a 3ª maior economia do País. A partir desse panorama, foram debatidos pontos sensíveis para as cooperativas agropecuárias,
especialmente no que se refere aos critérios de continuidade do fornecimento de energia utilizados pela ANEEL, como os indicadores DEC e FEC. Ressaltou-se que a continuidade do serviço é fator crucial para a agroindústria, trazendo exemplos concretos do impacto que interrupções podem causar, como situações em que apenas um minuto sem energia pode resultar em prejuízos da ordem de R$ 10 mil.
Outro aspecto destacado foi a crescente eletrificação do setor produtivo, muitas vezes impulsionada pela escassez de mão de obra em determinadas atividades, o que amplia o consumo e a dependência de energia elétrica de forma acelerada. Nesse contexto, foram discutidas possibilidades de projetos-pilotos nas cooperativas voltados à qualidade e continuidade do fornecimento de energia. A ANEEL apontou que tais iniciativas podem ser viabilizadas, inclusive no formato de sandbox regulatório, desde que haja necessidade de afastamento regulatório, reforçando que a Agência tem incentivado propostas inovadoras que contribuam para o desenvolvimento do setor elétrico e tragam soluções práticas para os desafios enfrentados na ponta.
Já no Ministério de Minas e Energia (MME), a comitiva foi recebida por Frederico de Araújo Teles, Diretor do Departamento de Políticas Setoriais. A reunião concentrou-se em temas estratégicos para o futuro do setor. Foram discutidas as Medidas Provisórias em tramitação, ressaltando a importância da previsibilidade regulatória e legislativa, elemento fundamental para dar segurança ao planejamento de investimentos e para a operação das cooperativas em todo o País. Também esteve em pauta a flexibilização dos horários dos descontos aplicáveis às atividades de irrigação e aquicultura. O MME reforçou que as normas estão sendo construídas de modo a respeitar as particularidades regionais e setoriais, justamente porque cada realidade apresenta especificidades que precisam ser consideradas.
As visitas técnicas reforçaram a importância do diálogo institucional das cooperativas com os órgãos reguladores e com o Executivo, permitindo não apenas compreender com maior profundidade os rumos do setor energético, mas também apresentar as contribuições e necessidades concretas da base cooperativista.
Esse intercâmbio foi considerado essencial para fortalecer o alinhamento de agendas, ampliar a previsibilidade das políticas públicas e consolidar o cooperativismo como ator estratégico na construção do futuro do setor elétrico brasileiro.
O encerramento do Programa Portas Abertas ficou a cargo da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, que destacou a importância da aproximação entre a representação nacional e as cooperativas agropecuárias do Paraná. “O que construímos juntos nesses dois dias reforça a força do setor e mostra que estamos preparados para participar ativamente da construção do futuro da energia no Brasil”, finalizou.
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Notícias ESG
03/10/2025
Solução Neutralidade de Carbono: Cooperativas avançam na agenda climática
Workshop do Sistema OCB destaca resultados de 2025 e presença estratégica na COP30
Nesta sexta-feira (3), o Sistema OCB realizou o Workshop da Solução Neutralidade de Carbono: do projeto piloto ao palco internacional, com a participação de dirigentes e técnicos de cooperativas, representantes das organizações estaduais e parceiros estratégicos. O encontro online marcou a consolidação dos resultados do ciclo 2025 do projeto e apontou os próximos passos da iniciativa, que ganhará visibilidade internacional na COP30, em Belém (PA).
Na abertura, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou a importância do engajamento coletivo. “Este projeto só existe porque as cooperativas acreditaram e se engajaram. Hoje, temos a materialização prática do princípio da intercooperação. Juntos conseguimos negociar melhor, aprender juntos e avançar em uma pauta que parecia distante, mas que agora é realidade para o cooperativismo brasileiro”, afirmou.
A solução já conta com a adesão de 18 cooperativas, que realizaram seus inventários de emissões de gases de efeito estufa e publicaram no Registro Público de Emissões. Para Débora, esse movimento fortalece a imagem do cooperativismo como regime produtivo sustentável, capaz de responder a um dos maiores desafios globais. “Estamos saindo do discurso para a prática, e é essa experiência que queremos levar para a COP30. O cooperativismo brasileiro tem muito a mostrar ao mundo”, acrescentou.
Resultados e avanços
A apresentação dos resultados ficou a cargo de Laís Nara Castro, analista de sustentabilidade do Sistema OCB. Ela explicou que todas as cooperativas participantes conquistaram, no mínimo, o Selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol – reconhecimento que certifica a qualidade dos inventários de emissões.
Segundo Laís, a Solução Neutralidade de Carbono vai além da mensuração: oferece consultoria, ferramentas tecnológicas, capacitação e suporte metodológico, e cria condições para que as cooperativas avancem na redução de emissões e no desenvolvimento de projetos de descarbonização.
“O inventário funciona como um diagnóstico. A partir dele, conseguimos identificar oportunidades de melhoria de processos, redução de custos e até acesso a novos mercados e linhas de crédito. Mais do que uma exigência de mercado, a descarbonização se mostra como um diferencial competitivo para as cooperativas”, explicou.
Laís também apresentou o guia metodológico desenvolvido em parceria com a Ambipar, que orienta passo a passo o processo de inventário e será disponibilizado às organizações estaduais e às cooperativas interessadas.
Narrativa estratégica
Para o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, o maior desafio é construir uma narrativa clara e acessível para a alta liderança das cooperativas. “Carbono não é algo tangível, mas precisamos traduzir esse tema em valor: em redução de custos, reputação, novos negócios e acesso facilitado ao crédito. Esse é o papel da solução: apoiar tecnicamente e ajudar a comunicar de forma simples e direta o valor da descarbonização”, destacou.
Alex reforçou ainda que a agenda climática é um caminho sem volta, seja por demanda dos consumidores, exigências regulatórias ou pressão do mercado financeiro. “As cooperativas que quiserem se manter relevantes e competitivas precisam começar agora. E o Sistema OCB está preparado para apoiá-las nessa jornada”.
Conexão com a COP30
Um dos pontos altos do workshop foi a discussão sobre a presença do cooperativismo na COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém. O Sistema OCB terá participação em diferentes espaços de debate e articulação, com destaque para o AgriZone, em parceria com a Embrapa e cooperativas de crédito, e para o pavilhão de Negócios de Impacto, em cooperação com uma entidade da ONU.
“Não basta estar presente fisicamente. Precisamos ocupar espaços de diálogo e decisão, levando propostas e mostrando a relevância do cooperativismo na agenda climática”, afirmou Débora Ingrisano.
Próximos passos
Além dos reconhecimentos já conquistados, o Sistema OCB projeta a evolução da solução, para incentivar as cooperativas a darem continuidade ao processo de inventário e implementação de ações de descarbonização. Também foi anunciado que cursos do CapacitaCoop e o novo guia metodológico estarão disponíveis para ampliar a capilaridade do tema e dar suporte técnico às organizações.
“A COP30 não é um ponto de chegada, mas parte de um processo de fortalecimento da agenda climática dentro das cooperativas. O Sistema OCB seguirá ao lado das cooperativas brasileiras, potencializando a jornada rumo à neutralidade de carbono”, concluiu Alex Macedo.
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Notícias eventos
03/10/2025
EnANPAD 2025: conhecimento científico reforça impacto das cooperativas no Brasil
Maior evento científico de Administração da América Latina discutiu governança e sustentabilidade
O Sistema OCB participou do 49º Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD), realizado entre os dias 1º e 3 de outubro, em Aracaju (SE). Considerado o maior evento científico da área de Administração da América Latina e o segundo maior do mundo, o EnANPAD reuniu pesquisadores, gestores e representantes de diferentes setores para debater os rumos da pesquisa aplicada, com destaque para os temas de governança, sustentabilidade e inovação.
O Sistema OCB foi representado pelo analista de Estudos Econômicos Thiago Victorino, que participou ativamente da programação. No primeiro dia, ele atuou como debatedor na sessão de artigos dedicada a ESG, sustentabilidade e governança em cooperativas. O espaço trouxe reflexões sobre como alinhar as práticas do cooperativismo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para reforçar o compromisso do movimento com a agenda global.
Na mesma sessão, Thiago apresentou o artigo Forecasting Financial Distress in Brazilian Healthcare Cooperatives: A Regularized Logit Approach. A pesquisa propõe uma metodologia inovadora para prever riscos financeiros em cooperativas de saúde e ampliar as ferramentas de gestão e sustentabilidade econômica no setor.
“Participar do Encontro da ANPAD foi fundamental para reforçar o papel da pesquisa aplicada como um motor de inovação. É a partir disso que nós, no Sistema OCB, conseguimos transformar dados em estratégias que geram impacto concreto para o cooperativismo”, afirmou Thiago.
A programação também contou com o painel Educação e Pesquisa em Gestão de Cooperativas, que reuniu diferentes atores do cooperativismo nacional. Thiago apresentou os resultados do estudo Impactos do cooperativismo de crédito para o desenvolvimento econômico e social no Brasil, realizado pelo Sistema OCB em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). O levantamento evidencia como as cooperativas de crédito contribuem para dinamizar economias locais, ampliar a inclusão financeira e gerar desenvolvimento sustentável.
O painel também teve a participação de lideranças estaduais e de cooperativas. João Teles, presidente do Sistema OCESE, trouxe um panorama da realidade do trabalho e das cooperativas em Sergipe. Já os presidentes da Cercos, Aroldo Costa Monteiro, e da Certel, Erineo José Hennemann, compartilharam experiências sobre superação de desafios e estratégias de fortalecimento comunitário.
A atividade foi encerrada com uma dinâmica colaborativa, em que os participantes se dividiram em grupos para debater soluções para desafios estratégicos relacionados à governança, impactos socioeconômicos, sustentabilidade ambiental e resiliência comunitária no cooperativismo.
Para o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Souza Costa, a participação no EnANPAD reafirma o papel da instituição na promoção do conhecimento científico aplicado. “A presença do Sistema OCB no encontro reforça nosso compromisso com a produção e disseminação de conhecimento para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro”, destacou.
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Notícias eventos
03/10/2025
Cooperativismo de transporte participa de encontro nacional da ANTT
Fiscalização, sustentabilidade e diálogo estiveram no foco da participação do Sistema OCB
O Sistema OCB marcou presença no 1º Encontro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), realizado nesta quinta-feira (2), na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. O evento reuniu representantes do governo, de entidades setoriais e de transportadores para discutir temas estratégicos como fiscalização, descarbonização, movimentação de cargas e escassez de motoristas.
O coordenador nacional do Ramo Transporte do Sistema OCB, Evaldo Matos, participou do painel sobre fiscalização, ao lado de dirigentes da ANTT, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e de entidades representativas da logística.
Evaldo destacou que a fiscalização precisa ser compreendida como um instrumento de equilíbrio do setor, e não apenas de penalização. “As cooperativas de transporte atuam em um ambiente altamente competitivo e, muitas vezes, são surpreendidas por interpretações divergentes da legislação. A fiscalização é necessária, mas ela deve vir acompanhada de diálogo, transparência e previsibilidade”, afirmou.
O dirigente relatou que o evento surpreendeu positivamente pela abrangência dos temas. “A ANTT trouxe diversos assuntos importantes, que já vínhamos discutindo em outras esferas, inclusive no cooperativismo, como a escassez de motoristas, a sustentabilidade do transporte e a descarbonização. Também foi apresentado um banco de informações a partir do MDF-e, que vai nos ajudar muito a orientar nossas estratégias de mercado”, destacou.
Entre os pontos levantados no painel, Evaldo chamou atenção para gargalos relacionados à aplicação de multas, como falhas na comunicação de autos de infração, além da cobrança indevida de eixos suspensos em rodovias concessionadas. Também foram apresentadas demandas relacionadas ao vale-pedágio, ao transporte de contêineres e ao reconhecimento da natureza jurídica das cooperativas. “Muitas vezes, os fiscais não compreendem bem o conceito jurídico das cooperativas, o que gera distorções e penalizações indevidas. Estamos organizando um documento com todas as nossas contribuições para entregar à ANTT”, explicou.
Outro destaque foi o reforço da importância de um canal de diálogo permanente com a agência. “Precisamos de uma relação com periodicidade menor, mais ágil e refinada. Isso fará muita diferença para corrigir distorções e aprimorar as normas”, disse Evaldo. Ele também ressaltou a atuação ampla da entidade. “O Sistema OCB não atua apenas em defesa do Ramo Transporte, mas também do Ramo Agro. Buscamos o equilíbrio nessa relação, respeitando os embarcadores e valorizando nossas cooperativas parceiras do agronegócio.”
Durante o encontro, a ANTT reforçou o compromisso de manter esse espaço de diálogo, considerado estratégico pelo Sistema OCB para assegurar maior segurança regulatória às cooperativas de transporte em todo o país.
Ao final, Evaldo avaliou o encontro como um marco positivo para o setor. “Tivemos espaço de fala e de representação. Foi um momento muito importante, com a presença de dirigentes de cooperativas de vários estados, e que certamente fortalecerá a atuação conjunta entre a ANTT e o cooperativismo de transporte”, concluiu.
As cooperativas presentes representaram os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
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Notícias representação
02/10/2025
Sistema OCB e ANTT alinham ações para reduzir impacto de multas às cooperativas
Reunião tratou de gargalos na fiscalização e abriu agenda permanente de diálogo com a Agência
O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (1), de uma reunião estratégica com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para discutir os principais gargalos enfrentados pelas cooperativas de transporte em todo o país. O encontro abriu caminho para uma agenda de trabalho permanente entre a autarquia e o cooperativismo.
Pelo Sistema OCB, esteve presente Tiago Barros, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais, que levou à mesa uma série de demandas recebidas das cooperativas de diferentes regiões. Pela ANTT, participaram a superintendente de Transporte Rodoviário de Cargas e Multimodal, Gizelle Coelho, o superintendente de Fiscalização, Hugo Leonardo Cunha, e integrantes da equipe técnica da gerência de autos de infração.
Segundo Tiago, a reunião foi fundamental para apresentar os problemas recorrentes enfrentados pelas cooperativas, especialmente sobre a aplicação de multas e a gestão de autos de infração. “Muitas vezes, mesmo em casos em que a infração é reconhecida, as cooperativas não recebem a comunicação dentro do prazo, o que acaba gerando consequências graves, como a inscrição na dívida ativa”, explicou.
Outro ponto discutido foi a cobrança indevida do eixo suspenso em rodovias concessionadas. Embora a legislação determine que apenas os eixos em contato com o solo sejam considerados, algumas cooperativas vêm sendo penalizadas de forma irregular. “Esse é um problema que afeta diretamente a competitividade das cooperativas e precisa ser corrigido”, reforçou Tiago.
As cooperativas também relataram dificuldades com a interpretação da tabela da Política Nacional de Piso Mínimo do Transporte Rodoviário de Cargas. Situações de transporte de alto rendimento, que possuem regras específicas, estariam sendo enquadradas de forma equivocada, gerando multas injustas. Demandas com maior incidência foram levadas por cooperativas do Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mas havia relatos de todas as regiões do país.
Diante da complexidade dos temas, a ANTT propôs a criação de uma agenda de reuniões mensais com a Superintendência de Fiscalização. O objetivo é acompanhar de perto as situações relatadas e buscar soluções graduais, por tipo de carga ou por região. Além disso, está sendo organizada uma live inaugural com a participação da superintendência, que será voltada às cooperativas de transporte, como forma de abrir um canal direto de diálogo e orientação.
“Essa foi uma das reuniões mais importantes que realizamos recentemente. Saímos com encaminhamentos concretos e com a perspectiva de que a ANTT está disposta a conhecer melhor o cooperativismo e a trabalhar junto para eliminar problemas que há anos impactam nossas cooperativas”, avaliou Tiago.
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Notícias saber cooperar
02/10/2025
Histórias reais mostram a força do coop em ação inédita de comunicação
O cooperativismo brasileiro tem histórias reais de transformação por meio do trabalho, geração de renda e criação de oportunidades. Para apresentá-las aos brasileiros, o Sistema OCB e as 27 Organizações Estaduais (OCEs) se uniram em uma iniciativa inédita de intercooperação. O resultado é uma campanha nacional e colaborativa que mostra, com ações e exemplos, a contribuição das cooperativas para um país mais justo, próspero e sustentável.
Ao longo do mês de agosto, o perfil SomosCoop nas redes sociais publicou um vídeo para cada unidade da federação, em parceria com as OCEs, para contar a história de cooperativas e cooperados que constroem o futuro com ações concretas e coletivas, de Norte a Sul do país. As peças têm uma identidade visual própria, que unifica e integra a comunicação, amplificando o impacto da mensagem.
“Uma estratégia de comunicação nacional é fundamental para reforçar o conhecimento e o reconhecimento do cooperativismo. Quando unimos todos os estados em uma só narrativa, conseguimos dar força a essa mensagem, aumentar seu alcance e garantir que o cooperativismo seja visto como um modelo que transforma realidades em todo o Brasil”, destaca a gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Araujo.
Cada OCE ficou responsável por selecionar cooperativas que representassem a história, a diversidade e a relevância do movimento no estado. A partir dessas indicações, a Comunicação do Sistema OCB fez uma curadoria para garantir equilíbrio entre ramos, regiões e narrativas. “Foi um processo intenso, mas muito rico, porque mostrou a dimensão do que podemos construir juntos quando atuamos em rede”, pontua Samara.
Na avaliação da gerente, esse tipo de campanha fortalece a identidade cooperativista porque se apoia em histórias concretas, indo muito além de slogans. “Quando apresentamos exemplos reais, ajudamos o público externo a compreender melhor esse modelo de negócios e, ao mesmo tempo, reforçamos no público interno o sentimento de orgulho e pertencimento. É um movimento de dentro para fora e de fora para dentro”, explica.
A partir do material produzido junto às cooperativas, a iniciativa será desdobrada em outros produtos, incluíndo um livro e uma exposição fotográfica que serão lançados no fim do ano, como parte do legado do Ano Internacional das Cooperativas. “Esse formato colaborativo mostrou a força da nossa rede e a potência da comunicação quando trabalhamos de forma integrada”, resume Samara.
Os bons resultados da campanha também já estão inspirando novas iniciativas de intercooperação para comunicar. A próxima será no Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), comemorado em 16 de outubro, com uma ação colaborativa entre o Sistema OCB, OCEs e sistemas de cooperativas de crédito.
Tradição e identidade
No Paraná, a centenária Frísia foi a escolhida para representar o cooperativismo no estado. A trajetória da cooperativa, construída com o trabalho de imigrantes europeus que chegaram ao Brasil no século 20, se confunde com a história do próprio estado. Hoje, a coop tem mais de mil cooperados, cerca de 1,2 mil colaboradores e é reconhecida como uma das maiores do Brasil no ramo agropecuário.
“A Frísia é a mais antiga cooperativa ainda em operação no Paraná, completando um século neste ano. Na década de 1950 vieram para cá muitos grupos de imigrantes italianos, alemães, poloneses, japoneses e holandeses. A essência do cooperativismo está nessa história, que tem como tripé o aspecto da comunidade, da religião e da educação”, explica o coordenador de Comunicação e Marketing do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Filho.
Para ele, a experiência de uma campanha nacional unificada fortalece a identidade do cooperativismo. Ele lembra que o Paraná foi o primeiro estado a promover a adesão ao carimbo SomosCoop junto às cooperativas e ressalta a necessidade de reforçar a comunicação sobre o que está por trás dos produtos que carregam esse selo.
“O mesmo filme que está rodando aqui no Paraná, está no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina. Quem consome esse conteúdo percebe que existe essa unicidade, o que dá uma dimensão da importância que o movimento tem”, avalia.
Conheça mais exemplos da campanha:
São Paulo - Velling Holambra
A cooperativa de flores e plantas ornamentais vem apostando cada vez mais na liderança feminina para ampliar negócios e transformar a realidade local
Pernambuco - COPACOA
A cooperativa de criadores de tilápia de Juçaral, distrito do município de Cabo de Santo Agostinho, fortalece a agricultura familiar e profissionaliza a produção local, gerando renda e oportunidade
Goiás - Bordana
A cooperativa goiana de bordadeiras comercializa produtos cheios de afeto, cuidado e propósito, ao mesmo tempo em que promove a inclusão produtiva de mulheres e leva as belezas do Cerrado para o mundo
Rondônia - CrediSIS JiCredi
Integrante do primeiro sistema de crédito cooperativo da Região Norte, a coop vai muito além das finanças e constrói um futuro melhor por meio da educação. No Espaço Sonho Meu, já acolheu mais de três mil crianças em situação de vulnerabilidade.
Assista à série completa de vídeos no site e redes sociais do SomosCoop.
Notícias representação
02/10/2025
Câmara aprova isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil
Proposta segue para análise do Senado e prevê nova tributação para altas rendas
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1) o Projeto de Lei 1.087/25, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para contribuintes com salários de até R$ 5 mil mensais. O texto, relatado pelo deputado Arthur Lira (AL), foi enviado pelo governo em março. A proposta segue agora para análise do Senado Federal.
Com a mudança, ficam isentos do pagamento do IRPF trabalhadores que recebem até R$ 60 mil por ano. Além disso, haverá descontos parciais para quem ganha até R$ 7.350 mensais. Atualmente, a faixa de isenção atinge apenas salários de até R$ 3.036.
A ampliação da isenção foi tratada como prioridade pelo governo e era considerada a principal pauta da sessão.
Tributação de altas rendas
Para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 25,8 bilhões já em 2026, o relatório aprovado manteve a previsão Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados de tributação mínima sobre rendimentos mais elevados. Pela proposta, pessoas físicas com ganhos anuais acima de R$ 600 mil passarão a ser tributadas progressivamente, com alíquota de até 10%. A cobrança incidirá integralmente para quem recebe a partir de R$ 1,2 milhão ao ano, mas não afetará quem já tiver recolhido o imposto no montante exigido pela complementação.
O parecer também incluiu um dispositivo que destina parte da arrecadação adicional a estados e municípios. Segundo cálculos apresentados pelo relator, haverá sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027, valor que será utilizado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), prevista na Reforma Tributária.
Próximos passos
Apesar da aprovação na Câmara, a medida ainda precisa passar pelo Senado Federal antes de chegar à sanção presidencial. Em paralelo, já tramita no Senado um projeto de teor semelhante, apresentado pelo senador Renan Calheiros (AL) e aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Acompanhamento do Sistema OCB
Para o cooperativismo, é essencial que essas alterações considerem o equilíbrio entre justiça fiscal, competitividade econômica e sustentabilidade das contas públicas. Por isso, a entidade seguirá acompanhando o debate no Senado e vai dialogar com parlamentares para garantir segurança jurídica e tributária aos cooperados.
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Consulta pública é mais um passo para regulamentar o coop de seguros
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Notícias eventos
02/10/2025
Fórum reúne dirigentes do transporte no Paraná e debate desafios do setor
Reforma tributária, fiscalização da ANTT e negócios internacionais em pauta
Presidentes e dirigentes de cooperativas de transporte do Paraná estiveram reunidos em Foz do Iguaçu, nesta terça-feira (30), para o Fórum de Dirigentes das Cooperativas de Transporte, realizado na sede da Cooperativa Coottrafoz. O encontro teve uma programação intensa, com debates estratégicos sobre desafios regulatórios, perspectivas econômicas e novas oportunidades para o setor.
Representando o Sistema OCB, o analista técnico da Gerência de Relações Institucionais, Tiago Barros, participou das discussões e apresentou o plano estratégico do ramo transporte. Ele também realizou a abertura do evento ao lado de Marcos Antônio Trintinalli, coordenador estadual do ramo, do presidente da Coottrafoz, Vitalino Capeleto, da superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Gizelle Coelho Neto, e de João Gogola Neto, gerente de Monitoramento e Consultoria do Sistema Ocepar.
Entre os destaques do fórum esteve a apresentação de João Gogola. que detalhou o programa ESG+Coop, que integra práticas de sustentabilidade e inovação à realidade das cooperativas.
Outro momento importante foi a mesa sobre as oportunidades da missão China, que contou com a participação de Marcos Antônio, João Gogola e Tiago Barros. “Foi uma oportunidade de mostrar como a experiência internacional começa a se traduzir em resultados concretos para as cooperativas do Paraná. Há negociações em andamento para importação de insumos, o que pode gerar ganhos de escala e mais competitividade ao setor”, explicou Tiago.
A reforma tributária também esteve em foco, com apresentação conduzida por Devair Antonio Mem, coordenador contábil e tributário do Sescoop/PR. O tema despertou grande interesse entre os dirigentes, pela relevância das mudanças previstas para as cooperativas de transporte.
No período da tarde, a representante da ANTT, Gizelle Neto, apresentou os principais pontos ligados à fiscalização da Lei 13.703/2018 (Política Nacional de Piso Mínimo do Frete), além de desafios práticos enfrentados pelas cooperativas, como a cobrança de eixos suspensos em pedágios e as novas exigências do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e).
Em seguida, Tiago Barros apresentou o plano de trabalho e a estratégia de crescimento do ramo transporte, e destacou as prioridades estabelecidas para os próximos anos. “Nosso papel é garantir que as demandas levantadas pelas cooperativas estejam refletidas no plano nacional e, ao mesmo tempo, levar para a base as ações estruturadas pelo Sistema OCB. Essa integração é essencial para o fortalecimento do cooperativismo de transporte”, afirmou.
O fórum foi encerrado com a proposta de formação continuada para contadores de cooperativas do ramo transporte, apresentada por João Gogola Neto. A iniciativa apoia a profissionalização da gestão contábil e tributária, apontada como demanda recorrente das cooperativas.
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02/10/2025
Por Dentro do Coop: o cooperativismo na linguagem das novas gerações
Websérie desmistifica conceitos e expressões do coop e transforma curiosidade em engajamento
Por Raquel SachetoEdição: Samara Araujo Fotos: Lucas Badú
Imagina só: você está rolando o feed no Instagram ou navegando no YouTube e, de repente, aparece um vídeo curto, bem-produzido, falando de cooperativismo de um jeito diferente, dinâmico e que chama sua atenção. Você para, assiste, se identifica — e, quem sabe, fica com vontade de saber mais. Essa é a essência do Por Dentro do Coop, uma websérie pensada para falar a língua das novas gerações — sem jargões, sem complexidade — e mostrar que cooperar também é moderno.
O projeto nasceu da inquietação de um grupo de comunicadores e especialistas em cooperativismo que atuam no Sistema OCB, o órgão de representação máxima do modelo de negócios no Brasil. Como desconstruir siglas, expressões técnicas e mitos que se acumulam em torno do movimento cooperativista — especialmente para quem é jovem e consome os conteúdos digitais? A resposta, descobriram, estava num formato leve, visual e direto: vídeos curtos de 2 a 3 minutos, que funcionam bem no Instagram, no YouTube e no Tik Tok.
Para dar rosto e voz ao Por Dentro do Coop, foi fundamental encontrar uma apresentadora que tivesse conexão com o público jovem. A série é conduzida pela Luiza Cascaes, que atua como anfitriã desta conversa virtual entre o cooperativismo e os jovens. Ela dialoga com eles e mostra, de forma simples e atrativa, os conceitos e questões que podem parecer complexas, mas, na verdade, resumem apenas uma forma diferente de empreender de forma coletiva e compartilhada.
Em cada episódio, Luiza assume uma postura curiosa: pergunta com naturalidade, explica conceitos e expressões técnicas, mostra exemplos práticos, e até provoca momentos de humor. É exatamente esse tom — de quem sabe questionar para fazer entender — que busca atrair e manter o público atento a cada novo episódio. Para ela, a experiência de apresentar a série tem sido também uma oportunidade de aprendizado. “O cooperativismo está presente em situações muito mais próximas da nossa vida do que imaginamos. Nosso desafio é mostrar isso de forma simples, para que qualquer pessoa possa entender e se sentir parte desse movimento”, afirma.
A escolha de falar diretamente com as novas gerações não é por acaso. Estudos apontam que os jovens consomem informação de maneira cada vez mais rápida e visual, mas também exigem autenticidade e propósito. É nesse cenário que a websérie encontrou o tom certo para se destacar. Ela não tem periodicidade fixa — surge conforme os temas demandam e oportunidades de gravação aparecem —, mas carrega uma constância no tom: divertido, acessível, dinâmico.
A websérie também cumpre um papel estratégico de comunicação para o Sistema OCB. De acordo com Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação da entidade, o objetivo é renovar a imagem do setor. “Queremos mostrar que o cooperativismo não é algo distante ou burocrático. Pelo contrário, ele faz parte do presente e aponta caminhos para o futuro, especialmente quando pensamos em temas que mobilizam os jovens, como sustentabilidade, inclusão e novas formas de economia”, destaca. Para ela, o Por Dentro do Coop é um espaço de experimentação de linguagem e formatos, sempre com o propósito de aproximar o coop das novas gerações.
O impacto pode ser medido pelo engajamento nas redes sociais. Nos comentários dos vídeos, o público tem reagido de forma entusiasmada. “Não fazia ideia de que estava descobrindo a profissão da minha vida, o cooperativismo é pra mim o caminho que quero seguir e ajudar a desenvolver no Brasil e no mundo”, escreveu uma seguidora no Instagram. Outro jovem comentou: “Um modelo de negócio justo, sustentável e comprometido com a comunidade”. Um terceiro registro resume o sentimento geral: “É tanta coisa que o coop faz pela sociedade que não cabe em um comentário!”.
As manifestações confirmam que o Por Dentro do Coop está cumprindo seu papel de desmistificar conceitos e despertar curiosidade. Além de transmitir informação, a websérie constrói pontes: entre gerações, entre a teoria e a prática, entre o movimento cooperativista e a cultura digital. É nesse cruzamento que o cooperativismo se mostra, novamente, como um modelo vivo e em constante adaptação. Como resume Luiza Cascaes: “Se o cooperativismo sempre foi sobre pessoas, nada mais natural do que falar com elas da forma que elas querem ser ouvidas. E, hoje, isso passa pelas redes sociais, pelo dinamismo dos vídeos curtos e pelo diálogo aberto”.
Ao trazer essa proposta inovadora, o Sistema OCB reafirma sua disposição de experimentar novos caminhos para comunicar um modelo de negócios que já transformou comunidades inteiras, mas que agora busca conquistar também o coração e a mente da geração digital. Afinal, cooperar é um verbo que nunca sai de moda — só encontra novas formas de ser contado.
Confira os vídeos do projeto:
Ano Internacional das Cooperativas: a ONU reconhece, mais uma vez, o impacto real das coops na construção de um mundo mais justo, sustentável e colaborativo
Carimbo SomosCoop: por trás do produto tem gente de verdade, trabalho coletivo e propósito
Símbolos: você conhece os que representam o cooperativismo? Confira aqui!
Cashback cooperativista: sobras que geram um ciclo virtuoso e fortalecem comunidades
Notícias representação
01/10/2025
Governo federal sanciona pacote de leis voltadas para agricultura familiar
Percentual do PNAE sobe para 45% e fortalece cooperativas com mais alimentos saudáveis
O governo federal, sancionou na terça-feira (30), em cerimônia no Palácio do Planalto, um conjunto de leis voltadas à segurança alimentar e à agricultura familiar. As medidas alteram políticas públicas relevantes para o público de produtores rurais, tais como o Pronaf e o PNAE, além de criar o Selo Doador de Alimentos.
Dentre as sanções está a Lei nº 15.226/2025, que eleva de 30% para 45% o percentual mínimo de aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar no âmbito do PNAE. A mudança representa um aumento da exigência de aquisição dos produtos da agricultura familiar e logo fortalece o público como fornecedor de alimentos para alimentação escolar.
Além da mudança no PNAE, outras quatro leis foram sancionadas:
Instituição formal do Pronaf e do Plano Safra da Agricultura Familiar (Lei nº 15.223/2025).
Prioridade de aquisição e distribuição de alimentos do PAA em situações de emergência e calamidade (Lei nº 15.227/2025).
Inclusão do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como critério para priorização de recursos no Sisan (Lei 15.225/2025).
Instituição da Política Nacional de Combate à Perda e ao Desperdício de Alimentos e criação do Selo Doador de Alimentos (Lei 15.224/2025).
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Notícias LGPD
01/10/2025
ECA Digital entra em vigor em março de 2026: o que as cooperativas precisam saber
No dia 17 de setembro de 2025, foi sancionada a Lei nº 15.211/2025, conhecida como ECA Digital, que moderniza a proteção de crianças e adolescentes em ambientes virtuais.
Notícias eventos
01/10/2025
Campanha SomosCoop 2026 ganha destaque em encontro de comunicação no RS
Evento reforçou a importância do carimbo e estratégias conjuntas de uso entre cooperativas
A Casa do Cooperativismo em Porto Alegre (RS) viveu um dia diferente na última sexta-feira (26). Inspirado na cultura da National Basketball Association (NBA), o workshop Networking, Branding & Comunicação (NBC) reuniu 85 comunicadores de 55 cooperativas gaúchas em um ambiente de imersão criativa. Entre os destaques da programação esteve a participação da gerente de Comunicação e Marketing do Sistema OCB, Samara Caroline de Araujo, que apresentou a Campanha SomosCoop para 2026.
Com quadra montada, narrativa esportiva e clima de torcida, o evento buscou aproximar profissionais, compartilhar estratégias e fortalecer o espírito de equipe em torno do cooperativismo.
Promovido pelo Sistema Ocergs, o NBC foi considerado o maior encontro de comunicação já realizado pela entidade. A proposta, segundo os organizadores, foi oferecer uma experiência dinâmica que estimulasse a troca de conhecimentos e práticas entre cooperativas, e usou o basquete como metáfora para o trabalho coletivo.Nomes de diferentes setores compartilharam experiências sobre branding, posicionamento de marca e novas tecnologias aplicadas à comunicação.
Na apresentação do Sistema OCB, os participantes conheceram a evolução da marca SomosCoop e sua projeção para os próximos anos. Hoje, mais de 1,1 mil cooperativas já utilizam o carimbo e, segundo pesquisa recente, 63% da população brasileira entrevistada declara preferência por produtos e serviços cooperativos, reconhecendo seu impacto social e econômico.
Para a gerente de comunicação da Unidade Nacional, os números refletem uma oportunidade histórica para a consolidação da identidade cooperativista junto à sociedade. “O carimbo SomosCoop já é uma marca reconhecida e respeitada, e a nossa meta é ampliar essa presença. Quando mostramos que escolher o Coop é optar por um consumo consciente, estamos dando às pessoas a chance de transformar realidades por meio da sua decisão de compra”, afirmou.
Samara reforçou ainda a importância de os comunicadores estarem alinhados à estratégia de valorização da marca cooperativista: “Cada campanha, cada ação, cada história que contamos carrega a essência do nosso movimento. O SomosCoop é um convite para que todos entendam que o cooperativismo faz diferença na vida das pessoas.”
O workshop também contou com apresentações de profissionais do mercado, como o diretor de Marketing da Vulcabras, Márcio Callage, que trouxe o Case Olympikus, e o gerente de Marketing da Termolar, Roberto Wickert, que apresentou a trajetória da marca em produtos e posicionamento. Além disso, a estrategista Daniele Lazzarotto falou sobre o impacto da inteligência artificial no marketing e na produção de conteúdo.
Outro ponto relevante foi a divulgação de uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisas de Opinião (IPO), sobre como os gaúchos percebem o cooperativismo. O estudo revelou que o movimento segue fortemente associado a valores de união, esforço coletivo e solidariedade — aspectos que reforçam o vínculo com a proposta da comunicação cooperativista.
Nos intervalos, a descontração tomou conta com sorteios e, ao final, os participantes celebraram a “vitória” em um happy hour voltado para networking e troca de experiências.
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01/10/2025
Senado aprova projeto sobre a regulamentação da Reforma Tributária
Medida que define regras do IBS, cria Comitê Gestor e encerra etapa normativa retorna para a Câmara
O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (29), em votação no Plenário, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024. O texto encerra a fase normativa de regulamentação da Reforma Tributária e detalha as regras de funcionamento do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unificará o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).
Ao longo da tramitação, o Sistema OCB manteve intensa agenda de reuniões com senadores, assessorias parlamentares e representantes do Ministério da Fazenda e da Receita Federal. O objetivo foi apresentar as especificidades do modelo cooperativista e esclarecer pontos da regulamentação.
Com as alterações no Senado, o PLP 108/2024 retornará à Câmara dos Deputados. Nos próximos meses, os parlamentares Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado deverão deliberar sobre os dispositivos modificados antes que o projeto siga para sanção.
Consenso
O relator, senador Eduardo Braga (AM), destacou que a proposta é fruto de amplo diálogo com o Executivo e o Legislativo. O texto estabelece a criação do Comitê Gestor, órgão público responsável pela administração centralizada do IBS, coordenando a arrecadação, a distribuição das receitas entre estados e municípios e a solução de divergências sobre a aplicação do tributo.
Além disso, a proposta prevê a associação entre o Comitê Gestor e a Receita Federal para integrar a gestão do IBS e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tributo federal que substituirá PIS, Cofins e IPI. Também institui a Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo, destinada a uniformizar interpretações e julgamentos envolvendo os dois tributos.
O Comitê Gestor será composto por um Conselho Superior, com representantes dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e uma Diretoria-Executiva com nove áreas técnicas. Suas decisões exigirão quórum qualificado, garantindo equilíbrio entre os entes federativos.
O órgão contará ainda com mecanismos de uniformização, instâncias recursais e integração com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), no caso de matérias comuns ao IBS e à CBS.
Próximos passos
Com a regulamentação aprovada, o Brasil dá início à fase prática da Reforma Tributária. A expectativa é que o novo modelo entre em testes já em 2026, com a convivência gradativa dos atuais tributos e do IBS até 2032.
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30/09/2025
Cooperativas mostram que estão preparadas para participar da COP30
Histórias de inovação, inclusão e preservação projetam o movimento para a Conferência do Clima
Por Raquel SachetoEdição: Samara Araujo Fotos: Lucas Badú e Cleyton Silva
Quando o Brasil foi definido como sede da COP30, que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém (PA), cresceu também a expectativa sobre como o país mostraria ao mundo suas soluções para o clima e o desenvolvimento sustentável. Foi nesse cenário que o cooperativismo abriu suas portas para lideranças nacionais, organismos internacionais e jornalistas.
Em duas jornadas complementares — a Imersão Pré-COP30 e a Press Trip Coop na COP30 — o setor revelou, do Sul à Amazônia, experiências concretas de comunidades que unem preservação ambiental, geração de renda e inclusão social, para projetar o modelo de negócios como uma das respostas mais eficazes e efetivas aos desafios globais.
Imersão Pré-COP30: cooperativas do sul ao norte
A imersão reuniu autoridades de ministérios, agências da Organização das Nações Unidas (ONU), BID Invest (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Rede Brasil do Pacto Global, ApexBrasil e representantes da sociedade civil. A jornada começou no Rio Grande do Sul, em visitas à Coasa, referência na agricultura familiar; à Cresol, que alia crédito e sustentabilidade; e à Vinícola Aurora, com sua robusta agenda ESG. O roteiro seguiu por Nova Petrópolis, onde os participantes conheceram a Sicredi Pioneira, berço do cooperativismo de crédito na América Latina, e a Casa Cooperativa, guardiã da memória do setor. Em Porto Alegre, a Cootravipa mostrou como o trabalho coletivo promove inclusão social em comunidades urbanas vulneráveis.
Na Coasa, os visitantes conheceram projetos de manejo do solo e agricultura sustentável que fortalecem comunidades inteiras. “Aqui, acreditamos que cuidar do solo é cuidar do nosso futuro”, resumiu o presidente Orildo Germano Belegante. Já na Cresol, foi possível conhecer como a cooperativa integra crédito e práticas socioambientais em seu modelo de atuação. A Vinícola Aurora, por sua vez, destacou sua estratégia ESG, que já contempla 13 temas materiais e 20 compromissos assumidos, entre eles o uso eficiente da água, a destinação correta de resíduos e o investimento em programas sociais voltados para jovens e comunidades do entorno.
A Sicredi Pioneira chamou a atenção por seu programa de sucessão familiar no campo e pela carteira de crédito em energia solar. “Temos uma das maiores carteiras de energia fotovoltaica do país, mesmo em uma região de baixa irradiação solar”, destacou Tiago Luiz Schmidt, presidente do Conselho de Administração da cooperativa. O papel de guardião da memória e de promotora do modelo de negócios cooperativismo foi destacado pela Casa Cooperativa. “Um dos principais concorrentes do cooperativismo é o desconhecimento. Nosso propósito é divulgar e promover esse modelo para que mais pessoas possam vivenciá-lo”, disse a presidente da entidade, Heloísa Helena Lopes.
A visita à Cootravipa mostrou como o cooperativismo urbano pode transformar exclusão em oportunidade. Criada há mais de 40 anos em uma comunidade periférica, a cooperativa reúne trabalhadores que encontraram no coletivo uma forma de superar o desemprego e conquistar dignidade. Entre os projetos, destacam-se o Coleta Tri, que promove a segregação correta de resíduos, e o Empreender para Crescer, que leva educação ambiental a crianças da rede pública. “Acreditamos que, por meio do trabalho e da geração de renda, podemos transformar pessoas em protagonistas de suas histórias. É isso que nos move todos os dias”, afirmou a presidente Imanjara Alessandra Marques de Paula.
Na etapa amazônica, o grupo desembarcou em Rondônia para visitar a Reca, pioneira em sistemas agroflorestais, e o Sicoob Credip, que impulsiona a cafeicultura sustentável e foi responsável pela conquista da Identificação Geográfica dos Robustas Amazônicos. A jornada terminou em Vilhena, com experiências de intercooperação no Hospital Cooperar e a inovação social da Favoo Coop, que alia educação, inclusão digital e microcrédito solidário.
A Reca mostrou como sistemas agroflorestais podem unir preservação da floresta e renda para mais de 300 famílias. Formada por migrantes e comunidades tradicionais, a cooperativa é referência internacional e mantém agroindústrias de óleos, polpas e palmitos.“A Reca trabalha com pequenos agricultores em sistemas produtivos que respeitam a sociodiversidade, valorizam os saberes locais e geram renda com preservação”, explicou o presidente Hamilton Condack de Oliveira.
Na visita ao Sicoob Credip, o grupo descobriu como a cafeicultura sustentável é impulsionada pela organização que também apoiou a conquista da primeira Identificação Geográfica mundial para cafés canéforas amazônicos. Já no Sicoob Credisul, foi possível acompanhar como a cooperativa de crédito reinveste seus resultados na comunidade, apoiando desde produtores rurais até microempreendedores urbanos. Programas de educação financeira, linhas de crédito acessíveis e apoio a projetos sociais deram a dimensão de como o crédito cooperativo pode transformar territórios.
Idealizado inicialmente pelos cooperados do Sicoob Credisul, o Hospital Cooperar nasceu do desejo da comunidade de Vilhena de ter acesso a serviços de média e alta complexidade em saúde. Mais de 15 mil cooperados uniram recursos próprios, doações e distribuição de sobras para erguer a estrutura de 12 mil metros quadrados, com investimento superior a R$ 50 milhões. Hoje, sob gestão da Unimed Vilhena, o hospital atende toda a população local e mostra como a cooperação pode preencher lacunas históricas do sistema de saúde. “O que era um sonho coletivo se tornou um patrimônio para toda a região. Isso é a prova viva de que a união transforma realidades”, destacou Vilmar Saúgo, CEO do Sicoob Credisul.
O roteiro foi encerrado com a visita à Favoo Coop, cooperativa educacional que nasceu em comunidades periféricas e hoje mantém a Faculdade Cooperativa Favocop. Seu modelo combina educação com inclusão social e geração de renda. Projetos como o Favoo Sustentável, voltado a hortas comunitárias e segurança alimentar, o Favoo Costura Criativa, que capacita mulheres em situação de vulnerabilidade, e o Favoo Digital, que oferece cursos de tecnologia para jovens das periferias, mostraram como a educação cooperativista pode multiplicar oportunidades.
“Vivenciei o fortalecimento da agricultura familiar e da inclusão produtiva de mulheres e povos tradicionais. A Sicoob Credip, por exemplo, realiza um trabalho incrível com comunidades indígenas”, contou Ricardo Vieira Vidal, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. “Estar aqui, olho no olho, foi fundamental para compreender o papel das cooperativas na inclusão financeira”, acrescentou Isabela Maia, do Banco Central. “O cooperativismo valoriza cultura, relações e saberes comunitários. Conhecer iniciativas como a produção de café robusta por povos tradicionais e a cooperativa mirim foi transformador, completou Lilian Lindoso, do Ministério do Meio Ambiente.
Para Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, o saldo foi claro: “Mostramos, na prática, como o cooperativismo brasileiro contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para a agenda climática mundial. As cooperativas brasileiras estão preparadas para entregar soluções que o mundo precisa”, declarou.
Press Trip Coop na Cop30: imprensa vivencia o coop no Pará
Um mês depois, foi a vez da imprensa conhecer esse universo. A Press Trip Coop na COP30 reuniu 15 jornalistas de veículos nacionais em um percurso pelo Pará, entre Santarém, Alter do Chão, Belém e Tomé-Açu para conhecer iniciativas que simbolizam a diversidade e a força do cooperativismo brasileiro.
A primeira parada foi na Turiarte, localizada na comunidade de Anã, às margens do Rio Arapiuns, em Alter do Chão. Especializada em turismo de base comunitária e artesanato amazônico, a cooperativa mostrou como a renda é gerada de forma sustentável a partir da floresta em pé.
Os visitantes acompanharam de perto a confecção de mandalas, sousplats e cestos feitos da palha de tucumã, tingida com pigmentos naturais de urucum, jenipapo e açafrão. Além disso, participaram de vivências em piscicultura e meliponicultura, a produção de mel de abelhas sem ferrão. “Nosso trabalho é mostrar que a floresta pode gerar renda sem ser destruída. Cada peça que produzimos carrega a história da nossa comunidade”, afirmou a artesã e cooperada, Ivaneide de Oliveira.
Em Tomé-Açu, a visita foi à Camta, cooperativa agroindustrial com quase um século de história e reconhecida mundialmente por seus sistemas agroflorestais. O grupo percorreu propriedades que adotam o modelo de consórcio entre culturas como dendê, cacau e açaí, que recuperam áreas degradadas e preservam a biodiversidade. “O Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu é uma prova de que podemos produzir em escala e, ao mesmo tempo, cuidar da floresta. Levamos frutas e derivados da Amazônia para o mundo com rastreabilidade e compromisso socioambiental”, explicou o cooperado Ernesto Suzuki, um dos anfitriões da visita.
Já em Belém, a comitiva conheceu a Concaves, cooperativa formada por catadores de materiais recicláveis que se consolidou como referência em economia solidária. Ali, os jornalistas ouviram histórias de superação de trabalhadores que antes atuavam na informalidade e hoje têm renda digna, proteção social e voz ativa nas decisões. A Concaves terá papel de destaque na própria COP30, sendo uma das responsáveis pela coleta seletiva do evento. “Nosso trabalho vai muito além da reciclagem. Mostramos que inclusão social e cuidado com o meio ambiente caminham juntos, e a COP30 é uma oportunidade de dar visibilidade a essa realidade”, afirmou a presidente da cooperativa, Débora Bahia.
Além dessas experiências, a imprensa também conheceu cooperativas de crédito — como Sicredi Norte, Sicoob Coesa Cresol Amazônia — que ampliam o acesso a serviços financeiros em regiões da Amazônia antes desassistidas. Essas cooperativas reinvestem seus resultados nas próprias comunidades, gerando um ciclo virtuoso de desenvolvimento local. No Pará, suaatuação têm fortalecido agricultores familiares, empreendedores e comunidades tradicionais, oferecendo crédito acessível, educação financeira e projetos sociais.
“Queríamos mostrar que o cooperativismo brasileiro não é apenas um modelo de negócios, mas uma forma de transformar comunidades, gerar renda digna e preservar o meio ambiente. Cada visita foi uma oportunidade de revelar histórias inspiradoras, que agora ganharão ainda mais visibilidade”, afirmou Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB.
Ela reforça que a aproximação com a imprensa foi estratégica: “O jornalismo tem o poder de ampliar vozes e conectar pessoas. Ao vivenciarem o cotidiano das cooperativas, os repórteres perceberam que soluções locais já estão acontecendo, com potencial de serem replicadas em todo o mundo”.
Coop como resposta global
Com mais de 4,3 mil cooperativas, 25,8 milhões de cooperados e cerca de 578 mil empregos diretos, o Brasil mostrou, nessas duas experiências, que o cooperativismo é um ator essencial na construção de soluções para o futuro. A Imersão Pré-COP30 e a Press Trip Coop na COP30 confirmaram que o modelo cooperativo brasileiro está pronto para ocupar lugar de destaque na Conferência do Clima, em Belém.
Para saber mais sobre o Coop na COP30, acesse: cop30.coop.br
Notícias eventos
30/09/2025
Sistema OCB recebe comitiva do Equador para intercâmbio
Delegação conheceu práticas do ramo crédito no Brasil e trabalho de representatividade da entidade
O Sistema OCB recebeu, nesta segunda (29), a comitiva da Cooperativa Riobamba, uma das maiores instituições de crédito cooperativo do Equador. A visita, organizada em Brasília, teve como objetivo apresentar o modelo brasileiro de cooperativismo de crédito e promover a troca de experiências entre os dois países.
A programação começou pela manhã, com as palavras de abertura do coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Penna. Ele apresentou a estrutura do Sistema e destacou a importância do diálogo internacional. “Este encontro é muito importante para nossa narrativa quando defendemos os interesses das cooperativas perante o poder público, porque conseguimos demonstrar que o impacto das cooperativas é real. Elas fazem diferença nas cidades onde atuam. Por isso, apresentamos aqui um pouco da estrutura do Sistema OCB, formado por três casas que trabalham juntas pelo desenvolvimento do cooperativismo no Brasil”, afirmou.
João explicou o funcionamento da CNCoop, da OCB e do Sescoop, ressaltando que cada entidade exerce um papel específico, mas todas atuam de forma articulada em prol do mesmo objetivo. Ele também destacou o esforço de proximidade com as cooperativas para identificar desafios e construir soluções. “Mantemos uma prática permanente de escuta, por meio de pesquisas e consultas. Isso nos permite compreender as principais dores das cooperativas e atuar em conjunto para solucioná-las”, completou.
Panorama do cooperativismo de crédito
Na sequência, a comitiva acompanhou uma apresentação sobre o panorama do cooperativismo de crédito no Brasil. O coordenador do ramo no Sistema OCB, Thiago Borba, detalhou a evolução do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e ressaltou o papel dos bancos cooperativos, criados nos anos 1990.
“Na época, a legislação não permitia que as cooperativas realizassem alguns serviços, como a compensação de cheques. Por isso, foi necessário criar bancos controlados por cooperativas. Hoje, essas instituições são fundamentais para o desenvolvimento de produtos e soluções tecnológicas, especialmente em sistemas como o Sicoob e o Sicredi”, explicou.
Thiago também destacou a estrutura em três níveis – cooperativas singulares, centrais e confederações – que garante capilaridade, eficiência e representatividade nacional. Segundo ele, o Ramo de Crédito detém números expressivos: 21,3 milhões de cooperados, mais de 10 mil unidades de atendimento físico em todo o país e R$ 885 bilhões em ativos administrados.
Representação política
A representação política do cooperativismo de crédito foi tema da apresentação de Thereza Raquel Lima Silva, analista de Relações Governamentais do Sistema OCB. Ela compartilhou dados sobre a atuação junto aos três poderes, o acompanhamento legislativo e os resultados conquistados nos últimos anos.
“O cooperativismo brasileiro não está isolado. Trabalhamos diariamente para influenciar políticas públicas, defender o ato cooperativo e abrir novas oportunidades para o setor. Só na última Legislatura, monitoramos mais de 5 mil projetos de lei e participamos ativamente de audiências públicas, reuniões com parlamentares e debates estratégicos”, afirmou. Entre os avanços citados por ela estão a criação do FGCoop, a modernização da legislação do crédito cooperativo e a conquista de maior espaço no mercado financeiro nacional.
O encerramento da agenda da manhã ficou a cargo da gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, que reforçou o papel da entidade na defesa permanente dos interesses do cooperativismo. “Nosso trabalho de representação junto ao Poder Público é diário e contínuo. Estamos presentes no Congresso, no Executivo e nos tribunais para garantir que as cooperativas tenham voz e que o ambiente regulatório seja cada vez mais favorável ao seu desenvolvimento. Esse esforço constante é o que dá solidez e visibilidade ao nosso movimento”, afirmou.
À tarde, a comitiva participou de uma reunião com representantes do Banco Central. O encontro permitiu aprofundar o diálogo sobre regulação, inovação e desafios específicos do Ramo Crédito.
Cooperação internacional
Nos próximos dias, a delegação da Riobamba seguirá para Porto Alegre (RS), onde terá contato direto com experiências de cooperativas de crédito locais e conhecerá de perto como o modelo brasileiro tem contribuído para o desenvolvimento regional.
“A visita é uma oportunidade de aprendizado recíproco. Ao mesmo tempo em que mostramos nossos avanços, aprendemos com a experiência equatoriana. É assim que o cooperativismo cresce: unindo forças para transformar realidades”, concluiu Fabíola.
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30/09/2025
Consulta pública é mais um passo para regulamentar o coop de seguros
Minuta da resolução do CNSP detalha regras para constituição e funcionamento das organizações
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) abriu, na sexta-feira (26), consulta pública para regulamentar a atuação das sociedades cooperativas de seguros no Brasil. Trata-se de um passo decisivo após a aprovação da Lei Complementar nº 213/2025, que viabilizou a organização formal desse tipo de sociedade no Sistema Nacional de Seguros Privados.
O Edital de Consulta Pública nº 7/2025, publicado no Diário Oficial da União, apresenta minuta de resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que define as normas gerais para constituição, funcionamento e supervisão das cooperativas de seguros. A consulta ficará aberta por 30 dias e está disponível no site da Susep, no Sistema de Consultas Públicas.
Segundo a autarquia, a medida tem caráter histórico. Embora a possibilidade de constituição de cooperativas de seguros estivesse prevista desde 1966, nunca houve regulamentação específica. O diretor de Regulação Prudencial e Estudos Econômicos da Susep, Airton Almeida, reforçou que a iniciativa está alinhada a objetivos de inclusão e desenvolvimento.
Estrutura e principais pontos da minuta
A minuta de resolução do CNSP detalha como será a constituição e o funcionamento das cooperativas de seguros. O texto reconhece três tipos societários: cooperativas singulares, centrais e confederações, cada qual com atribuições próprias.
As cooperativas singulares poderão operar exclusivamente em benefício de seus associados, comercializando seguros diretamente. Já as centrais terão a função de prestar serviços complementares às filiadas e poderão, em casos específicos, admitir cooperativas de crédito como associadas, desde que respeitados limites de participação. As confederações, por sua vez, deverão reunir cooperativas centrais, atuando em nível nacional.
A minuta também estabelece:
Restrições de operação: as cooperativas não poderão atuar em ramos de grandes riscos, como petróleo, crédito à exportação e riscos nucleares.
Governança: exigência de conselhos de administração, diretoria e conselho fiscal, além de políticas de governança e sucessão compatíveis com o porte da cooperativa.
Capital social: cotas-partes integralizadas em moeda nacional, com regras prudenciais para restituição.
Auditoria independente: obrigatoriedade de auditorias contábeis anuais, incluindo avaliação de processos operacionais e de gestão de riscos.
Supervisão sistêmica: centrais e confederações terão papel de supervisionar as filiadas, prevenindo riscos e garantindo observância às normas.
Outro destaque é a previsão de mecanismos de cogestão e administração temporária, permitindo que centrais ou confederações assumam a gestão de cooperativas singulares em situações críticas, sempre com autorização e acompanhamento da Susep.
Impacto para o cooperativismo
O Sistema OCB acompanha de perto o processo e vê na regulamentação um avanço que pode ampliar o alcance do modelo cooperativista no setor de seguros. Para Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, a consulta pública representa um momento estratégico para o movimento cooperativista brasileiro. “A abertura dessa consulta marca um divisor de águas para o cooperativismo de seguros. É a oportunidade de consolidar um modelo que combina proteção, inclusão e solidariedade, levando soluções a regiões e públicos que hoje têm pouco acesso ao mercado tradicional”, avalia.
Ela destaca ainda que a participação efetiva do setor na consulta pública será essencial para aprimorar o texto. “Estamos diante de uma janela de construção coletiva. As contribuições enviadas à Susep serão fundamentais para garantir que a regulamentação traduza a realidade do cooperativismo e preserve seus princípios, ao mesmo tempo em que assegure solidez e confiança ao mercado”, acrescenta.
Próximos passos
Após o período de recebimentos das contribuições, a Susep deverá consolidá-las e submeter a versão final da resolução ao CNSP para aprovação. A expectativa é que a regulamentação definitiva entre em vigor ainda em 2025, permitindo a constituição das primeiras cooperativas de seguros no país.
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29/09/2025
Cooperativismo debate inclusão e diversidade para futuro mais justo
Encontro destacou a importância de ampliar vozes e lideranças diversas no movimento cooperativo
O Sistema OCB promoveu, nesta quinta-feira (25), um encontro virtual voltado aos comitês de jovens e mulheres do cooperativismo para discutir inclusão, diversidade e equidade. A atividade contou com a participação de Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira, analista da área, e da embaixadora da Global Women’s Leadership Network, Gisele Gomes, que trouxe reflexões sobre os futuros possíveis do setor.
Para Gisele Gomes, a inclusão não pode ser apenas um discurso: precisa se transformar em ação cotidiana nas cooperativas. “Quando falamos de diversidade, falamos de futuros possíveis. Mas esses futuros não se constroem sozinhos. É preciso assumir o protagonismo e se perguntar: qual é a mudança que eu posso gerar hoje no meu ambiente cooperativo?”, destacou.
A embaixadora afirmou que os programas Elas pelo Coop e Geração C, iniciativas do Sistema OCB, são caminhos estratégicos para formar novas lideranças. “As credenciais que cada pessoa traz não são apenas pessoais, são coletivas. Liderar no cooperativismo significa estar a serviço de um movimento maior, que precisa de vozes diversas para se fortalecer”, acrescentou.
Durante a abertura, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, reforçou que o desafio atual vai além de eventos motivacionais. “Precisamos de argumentos técnicos, dados e uma narrativa consistente que mostre, de forma clara, por que mulheres e jovens têm que estar nos espaços de decisão. O que move a ação não é só emoção, é racionalidade aplicada”, disse.
Para Divani Ferreira, analista da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas, o tema precisa estar incorporado às estratégias institucionais. “Estamos estruturando planos de trabalho que inserem mulheres e jovens como prioridades. Não é uma pauta lateral, mas central, que deve aparecer no orçamento, no calendário e na estrutura das organizações”, explicou.
A palestra também trouxe reflexões sobre interseccionalidade e a necessidade de ampliar o debate para outros grupos ainda pouco representados. “O futuro do cooperativismo depende da capacidade de reconhecer diferentes realidades e construir pontes que unam pessoas e comunidades. Isso é o que torna o modelo cooperativo único e relevante”, ressaltou Gisele Gomes.
O encontro faz parte da agenda contínua do Sistema OCB voltada à promoção de ambientes mais inclusivos, colaborativos e alinhados aos valores humanos.
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29/09/2025
Maranhão: Encontro de Líderes conta com presença do Sistema OCB
Evento reuniu dirigentes de vários ramos para compartilhar boas práticas e fortalecer integração
Na última sexta-feira (26), o cooperativismo maranhense realizou o Encontro de Líderes Cooperativistas 2025, promovido Sistema OCB/MA, em Barreirinhas. A programação contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que realizou a abertura oficial. Para ele, a ocasião simbolizou um reconhecimento do papel estratégico que o estado vem assumindo dentro do cooperativismo brasileiro. “O Maranhão está mostrando ao Brasil que o cooperativismo pode ser um motor de desenvolvimento regional. Ver de perto a evolução das cooperativas maranhenses e o impacto que elas geram nas comunidades é motivo de orgulho e esperança para todo o nosso movimento”, destacou.
O evento contou com a participação de dirigentes e presidentes de cooperativas dos ramos Crédito, Saúde, Educação, Agro, Transporte, Mineração, Produção e Trabalho, reforçando a diversidade e a força do movimento no estado. Os participantes puderam debater os desafios e oportunidades que o setor enfrenta, compartilhar boas práticas de gestão e fortalecer a integração entre os diferentes ramos.
-Segundo o presidente Márcio, o encontro foi uma oportunidade de reconhecer a evolução do cooperativismo no estado. “O que vemos aqui é um cooperativismo forte, inovador e cada vez mais conectado com as demandas da sociedade. O Maranhão está preparado para ampliar sua relevância no cenário nacional”, afirmou.
O movimento cooperativista do estado tem avançado em diferentes áreas. O encontro foi considerado pelos organizadores um marco ao simbolizar uma etapa de expansão, diálogo e transformação para o cooperativismo maranhense.
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29/09/2025
COP30 em pauta: cooperativismo paranaense alinha estratégias em webinar
Evento promovido pela Ocepar discutiu estratégias do setor rumo à conferência em Belém
O cooperativismo paranaense deu mais um passo na preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém. Na última sexta (26), a Ocepar promoveu o webinar Cooperativismo e COP30: a imagem que queremos mostrar, reunindo lideranças e técnicos de 42 cooperativas do Paraná para debater a estratégia de participação do setor no evento global. No encontro, o Sistema OCB foi representado pela gerente-geral, Fabíola Nader Motta, e pelo coordenador de Meio Ambiente, Alex Macedo, que detalharam o posicionamento do movimento diante da agenda climática e apresentaram as iniciativas já em curso.
Fabíola ressaltou a importância histórica da COP30 e o protagonismo esperado para o modelo de negócios. “Pela primeira vez desde a Rio-92, o Brasil sediará a conferência e, coincidentemente, o mundo celebra novamente o Ano Internacional das Cooperativas. Isso nos coloca em evidência e aumenta nossa responsabilidade. O cooperativismo precisa mostrar contribuições reais: práticas de agricultura sustentável, soluções de financiamento climático e iniciativas de transição energética. É hora de sair do discurso e apresentar resultados tangíveis”, afirmou.
Ela também reforçou que o modelo cooperativo tem legitimidade para ocupar os espaços de decisão. “Somos feitos de pessoas para pessoas, atuamos nos territórios e temos capilaridade. Essa presença nos dá condições únicas de oferecer respostas locais e, ao mesmo tempo, escaláveis para os desafios climáticos globais. A COP30 será o momento de afirmar o cooperativismo como parte essencial da solução para a crise climática, a segurança alimentar e o financiamento climático internacional”, destacou.
Alex Macedo apresentou as ações que vêm sendo implementadas pelo Sistema OCB para apoiar as cooperativas na transição climática, como a Solução Neutralidade de Carbono e a Solução Eficiência Energética. “A Neutralidade de Carbono tem permitido que as cooperativas façam seus inventários de emissões e avancem em planos concretos de descarbonização. Já a Solução de Eficiência Energética mostra como podemos reduzir custos e otimizar recursos, sem abrir mão da sustentabilidade. São entregas que dão credibilidade ao nosso discurso na COP30”, explicou.
O coordenador destacou ainda que diversas cooperativas paranaenses já aderiram a essas soluções. “Essas experiências comprovam que estamos transformando compromissos em resultados. O cooperativismo tem muito a mostrar em Belém, e queremos que isso seja reconhecido nos espaços oficiais de negociação”, completou.
Durante o webinar, também foi apresentada a agenda do setor para a COP30, que prevê a presença do cooperativismo em dois espaços estratégicos: o pavilhão do cooperativismo na AgriZone, dedicado à agropecuária sustentável, e o pavilhão de negócios de impacto na Blue Zone, em parceria com entidade da ONU. Além disso, estão previstos painéis e debates temáticos que reforçarão o papel do modelo cooperativo como aliado de uma transição justa.
Para Fabíola, a jornada supera a conferência em si. “A COP30 não é um ponto de chegada, mas parte de um processo contínuo de fortalecimento da agenda climática dentro das cooperativas. Nosso desafio é transformar a sustentabilidade em prática cotidiana, conectando inovação, inclusão social e resultados ambientais. Essa é a imagem que queremos mostrar ao mundo”, concluiu.
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26/09/2025
Mondiacult 2025: Brasil projeta legado cultural do cooperativismo
Vice-presidente da Sicredi Pioneira destacou movimento como motor de inclusão e sustentabilidade
O cooperativismo brasileiro marcou presença na Conferência Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável (Mondiacult), realizada em Barcelona, nesta sexta (26). Em um dos eventos paralelos mais aguardados da programação, a vice-presidente do Conselho da Sicredi Pioneira, Heloísa Lopes, participou do painel Posicionando as cooperativas como atores culturais na conquista do desenvolvimento sustentável, e reforçou o papel das cooperativas como expressão viva de cultura comunitária e agente de transformação social.
Organizado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), o encontro destacou como as cooperativas, presentes em mais de cem países e com mais de 1 bilhão de membros no mundo, representam um modelo organizacional que integra valores econômicos, sociais e culturais. O debate reuniu lideranças internacionais, gestores públicos e representantes de entidades cooperativas.
Durante sua participação, Heloísa Lopes sublinhou a relevância da experiência brasileira. “As cooperativas são comunidades culturais que preservam saberes, histórias e identidades locais, ao mesmo tempo em que projetam soluções para desafios globais. No Brasil, o cooperativismo é parte do cotidiano de milhões de pessoas, promovendo inclusão, educação e pertencimento”, afirmou.
Ela também destacou o papel histórico da Sicredi Pioneira, fundada em 1902 em Nova Petrópolis (RS), berço do cooperativismo de crédito na América Latina. Reconhecida como a ‘Capital Nacional do Cooperativismo’, a região simboliza o vínculo entre memória, identidade cultural e desenvolvimento sustentável. “Nossa trajetória mostra que cultura e cooperativismo caminham juntos. Preservar o patrimônio cooperativo é preservar uma forma de viver coletivamente, baseada na solidariedade, na democracia e na confiança mútua”, declarou.
A dirigente reforçou a necessidade do setor assumir cada vez mais protagonismo no diálogo global. “A Mondiacult é uma oportunidade para mostrar que o cooperativismo pode ser referência em políticas culturais e sociais. Temos legitimidade porque atuamos com base em princípios que valorizam as pessoas e os territórios. Queremos contribuir com a construção de sociedades mais justas, diversas e sustentáveis”, disse.
O painel abordou também a importância de iniciativas como o Mapa Mundial do Patrimônio Cooperativo, que vem sendo desenvolvido pela ACI e conta com a contribuição ativa do Sistema OCB e da Sicredi Pioneira. A proposta é mapear locais, símbolos e práticas que representam o legado cultural do cooperativismo, reforçando seu reconhecimento como patrimônio da humanidade.
A presença da liderança brasileira no encontro conectou-se às pautas da COP30, que será realizada em novembro deste ano, em Belém. A sustentabilidade, tema central da conferência, é tratada no cooperativismo como uma prática cultural cotidiana, que integra dimensões sociais, ambientais e econômicas. Assim, cultura e clima se cruzam como eixos estratégicos de atuação do movimento.
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