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03/12/2025
Sistema OCB prestigia lançamento de plano contra fraudes digitais
Tania Zanella representou o cooperativismo no anúncio da nova aliança de segurança financeira
O Sistema OCB marcou presença, nesta quarta-feira (3), no lançamento do Plano de Ação Conjunto para Combate a Fraudes Bancárias Digitais, realizado pelo governo federal em parceria com o setor financeiro fruto da Aliança Nacional de Combate a Fraude, da qual o Sistema OCB passa a compor. A superintendente da entidade, Tania Zanella, representou o cooperativismo no evento promovido pelo Ministério da Justiça, em Brasília.
A iniciativa foi apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que destacou a dimensão global dos crimes digitais e a necessidade de atuação coordenada para enfrentá-los. Segundo ele, as fraudes bancárias deixaram de ser fenômenos locais. “O crime deixou de ser local ou nacional e passou a ser global”, afirmou. Lewandowski também comparou a complexidade do tema a desafios mundiais como aquecimento climático, crises econômicas e até o terrorismo.
O plano foi resultado do trabalho desenvolvido no âmbito da Aliança de Combate a Fraudes Digitais Bancárias, que reúne órgãos públicos e instituições financeiras para fortalecer ações de prevenção, educação, detecção rápida e repressão, além da recuperação de ativos. Participam da articulação Ministério da Justiça, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Banco Central, Receita Federal, Polícia Federal e outras entidades governamentais. Do lado privado, integram a aliança associações representativas do setor financeiro, instituições de pagamento, empresas de tecnologia e organizações de crédito, incluindo a CNF, a Febraban, Zetta e a OCB.
A superintendente Tania Zanella destacou a importância da participação das cooperativas de crédito em agendas de segurança financeira. “A segurança digital depende também de informação, preparo e proximidade com as pessoas. As cooperativas têm um papel estratégico na conscientização dos cidadãos e seguem comprometidas em apoiar ações que ampliem a prevenção e reduzam a vulnerabilidade dos usuários”, afirmou.
Entre as ações previstas estão o aprimoramento dos processos de prevenção a golpes, a intensificação do combate e da repressão a crimes digitais, o compartilhamento qualificado de dados, a capacitação de agentes públicos e privados, o atendimento às vítimas e campanhas de conscientização para a população.
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03/12/2025
Geração C e Elas pelo Coop encerram 2025 com balanço e novas metas
Últimas reuniões do ano destacam avanços, formaturas, integração e diretrizes para 2026
O Sistema OCB realizou, nesta quinta-feira (27), as últimas reuniões ordinárias de 2025 dos comitês Geração C e Elas pelo Coop, marcando o encerramento de um ano de expansão, fortalecimento institucional e renovação do engajamento de jovens e mulheres no cooperativismo brasileiro. Os encontros, que contaram com a participação de representantes de diversas organizações estaduais, compartilharam resultados, experiências e perspectivas para 2026.
Geração C: crescimento e novas representações
O Geração C abriu os trabalhos com as boas-vindas aos participantes e a chegada de novos integrantes. A coordenação apresentou uma atualização dos números que marcaram o avanço do comitê ao longo do ano: 19 unidades federativas representadas e 12 comitês estaduais instituídos, resultado de um movimento crescente de organização da juventude cooperativista em diferentes regiões do país.
A reunião também registrou as participações recentes do comitê em agendas nacionais, como o Encontro de Comitês na Bahia, o CoopsParty em Goiás, o encontro do Paraná e as ações realizadas no Amazonas, além da presença da juventude cooperativista na COP30 O grupo celebrou ainda a formatura dos integrantes que concluíram as trilhas de capacitação da CapacitaCoop.
A coordenação apresentou a agenda de reuniões ordinárias para 2026 e adiantou pontos do Plano de Trabalho, que será finalizado com foco no fortalecimento da cultura cooperativista. A reunião também destacou o papel do comitê na difusão de materiais orientadores, como regimento interno, manual de constituição de comitês e manual de identidade visual, essenciais para apoiar cooperativas na formação de núcleos e novos grupos jovens.
Elas pelo Coop: integrações, formatura e ações dos comitês estaduais
O comitê Elas pelo Coop, por sua vez, reuniu suas integrantes para uma pauta marcada por integração, compartilhamento de práticas e reconhecimento. A abertura foi seguida de um momento de acolhimento às novas participantes e da apresentação dos direitos e deveres do grupo, reforçando o compromisso com a atuação colaborativa.
O comitê celebrou a formatura das integrantes concluintes da trilha de capacitação Liderança Feminina e apresentou o mapa atualizado dos comitês estaduais. Representantes do Tocantins e de Alagoas compartilharam suas experiências e ações locais, contribuindo para a troca de aprendizados entre os estados. A programação incluiu ainda uma conversa sobre liderança com foco no desenvolvimento pessoal e coletivo.
Foco no futuro
Para 2026, os comitês seguirão contribuindo diretamente para o plano nacional do Sistema OCB, com foco na expansão da representação nos estados, promoção da formação continuada, estímulo à intercooperação e engajamento ativo nas agendas estratégicas do cooperativismo.
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02/12/2025
Sistema OCB reforça defesa do leite em audiência com Alckmin no MDIC
Reunião restabelece método tradicional da defesa comercial do leite e reafirma o leite in natura como produto similar na investigação antidumping
O Sistema OCB participou, nesta terça-feira (2), de audiência no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que marcou um avanço importante para a defesa comercial do setor leiteiro. Representado pela superintendente Tania Zanella, o cooperativismo integrou as discussões que resultaram na reconsideração da Circular SECEX nº 62/2025 e na retomada do entendimento técnico historicamente adotado pelo governo nas investigações antidumping do leite.
A reunião contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin; do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; do secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa; de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); de entidades do setor produtivo;e dos deputados Domingos Sávio (MG), Ana Paula Leão (MG), José Silva (MG) e Welter (PR). Durante o encontro, foi comunicada a decisão de atender ao pedido de reconsideração da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), para restabelecer critérios que vinham sendo aplicados há mais de duas décadas.
Para o Sistema OCB, a mudança é essencial para proteger a base produtiva, já que devolve ao processo o entendimento de que o produto similar é o leite in natura, e não apenas o leite em pó industrializado. Essa definição corrige uma divergência levantada na Circular SECEX nº 62/2025 e recoloca o produtor como parte integrante da indústria doméstica avaliada na investigação.
Com o realinhamento, o MDIC restaura a metodologia tradicional de defesa do setor, permitindo que os impactos das importações sejam analisados sobre o leite produzido nas propriedades, onde o dano econômico efetivamente se manifesta. A decisão também garante a continuidade da investigação de dumping e a reavaliação sobre a aplicação de direitos provisórios.
O Sistema OCB seguirá monitorando cada etapa da investigação e contribuindo tecnicamente para assegurar que os interesses dos produtores e das cooperativas estejam no centro das decisões. Conforme afirmou Tania, “a decisão do MDIC corrige uma distorção e reconhece o impacto real das importações sobre o leite in natura. Continuaremos contribuindo com dados e diálogo para fortalecer a cadeia leiteira”.
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02/12/2025
Sistema OCB integra visita da Aneel às cooperativas Certel e Certaja
Agenda técnica no RS reforça avanços do Sandbox Tarifário e aproximação institucional entre setores
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou nos dias 26 e 27/11, uma visita técnica com participação do Sistema OCB às cooperativas Certel e Certaja, no Rio Grande do Sul, para acompanhar o desenvolvimento do Sandbox Tarifário, iniciativa pioneira conduzida pela Agência com recursos do convênio firmado com o Sescoop Nacional.
A comitiva reuniu Otávio Henrique Galeazzi Franco, assessor do diretor Sandoval Feitosa Mosna (relator do processo), representantes da Superintendência de Gestão Tarifária e Regulação Econômica da Aneel e da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Também acompanharam a programação o superintendente da Infracoop, José Zordan, e representantes da Coprel, cooperativa que integra o projeto ao lado da Cerbranorte, Certaja e Certel.
Resultados e desafios
As cooperativas apresentaram o andamento das atividades, os primeiros resultados e os desafios identificados na execução do Sandbox Tarifário, que simula, em ambiente controlado, a experiência de consumidores de baixa tensão no Mercado Livre de Energia.
Apesar do potencial de transformação do tema para o futuro do setor elétrico, as equipes destacaram que a complexidade técnica ainda dificulta o entendimento do público. Muitos participantes relataram, por exemplo, confundir o Mercado Livre de Energia com o marketplace ‘Mercado Livre’. Outros demonstraram insegurança diante de siglas e termos como TUSD e TE, e chegaram a desconfiar da legitimidade da iniciativa, situação que evidencia a necessidade de ações de comunicação mais claras e acessíveis.
Mesmo no ambiente cooperativo, onde existe maior proximidade com o consumidor, dúvidas permaneceram. Cooperados manifestaram receio de “deixar a cooperativa”, sem compreender que, no Mercado Livre, apenas a compra de energia é alterada, enquanto o vínculo e o atendimento permanecem com a cooperativa. Esses relatos reforçaram a importância de campanhas educativas e de orientação contínua, especialmente diante da abertura plena prevista para 2028.
Em fase final de implementação, o Sandbox Tarifário será o primeiro do país a ser concluído, com abrangência em 3.150 unidades consumidoras e geração de dados essenciais para a modernização tarifária no Brasil. Os resultados preliminares incluem reduções de até 20% nas faturas de energia dos cooperados participantes e a identificação de padrões importantes sobre comportamento e preferências dos consumidores na contratação de energia no mercado livre.
Modernização
Durante a visita, os representantes da Aneel destacaram que o estudo antecipa tendências e contribui para a formulação de uma regulação mais moderna. Para Otávio Henrique Galeazzi, “este é um projeto estratégico para o futuro tarifário do Brasil”. Na mesma linha, Diego Brancher, da Superintendência de Gestão Tarifária, afirmou que a iniciativa “antecipou o que está previsto para daqui a dois anos no setor de energia”.
O Sistema OCB também ressaltou a relevância do projeto. Para Maria do Carmo, coordenadora de convênios, acompanhar a experiência de perto reforçou o valor do investimento feito pelo cooperativismo e demonstrou o caráter transformador da iniciativa. “Ver resultados concretos e ouvir da Aneel e cooperativas que se trata de um projeto estratégico e inovador traz a certeza de que estamos no caminho certo”, afirmou. Já Thayná Côrtes, analista de relações institucionais, destacou que a agenda reforçou o quanto as cooperativas estão preparadas para contribuir com os debates que moldarão o futuro do setor elétrico.
Para o superintendente da INFRACOOP, José Zordan, o Sandbox Tarifário tem ampliado a compreensão das cooperativas sobre a abertura do mercado de baixa tensão. Segundo ele, a iniciativa rompe com a cultura tarifária tradicional e proporciona um aprendizado inédito. “O projeto é inovador e tem superado nossas expectativas. A presença da Aneel, ao verificar in loco os trabalhos e demonstrar admiração pelos resultados, reforça nossa responsabilidade e confirma a relevância dessa experiência”, afirmou.
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Cooperativismo leva 34 pleitos à Encontro Nacional do Agro
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27/11/2025
Cooperativismo leva 34 pleitos à Encontro Nacional do Agro
Sistema OCB reforça diálogo com adidos agrícolas e amplia articulação para acesso a mercados
O Sistema OCB marcou presença no Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas, realizado de 25 a 28 de novembro, em Brasília. A participação da entidade se concentrou nas reuniões individuais com os adidos agrícolas, agendadas para os dias 26 e 27, quando foram apresentados 34 pleitos construídos a partir das demandas encaminhadas por cooperativas de nove estados (BA, CE, ES, MT, MG, PE, RS, SC e SP).
O processo de levantamento das demandas envolve uma atuação coordenada entre as Organizações Estaduais e o Sistema OCB Nacional. As cooperativas enviaram seus pleitos relacionados à promoção comercial, abertura de mercados e aperfeiçoamento das condições de acesso ao comércio internacional. Após consolidação, o material foi encaminhado à organização do encontro, composta pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), responsáveis pela construção das agendas com os adidos de cada país.
Durante os dois dias de reuniões, representantes do Sistema OCB apresentaram e defenderam os pleitos diretamente aos adidos. As informações, respostas e orientações colhidas ao longo dos encontros serão posteriormente repassadas às Organizações Estaduais, que farão a devolutiva às cooperativas interessadas. A síntese completa das tratativas também integrará o Relatório dos Adidos Agrícolas, documento anual que consolida informações, análises e encaminhamentos.
O presidente do Sistema OCB, resumiu a importância do processo. “Além do trabalho concentrado durante o evento, a interlocução com os adidos agrícolas se mantém ativa ao longo do ano. Os escritórios de representação da Apex no exterior, assim como os adidos lotados nas embaixadas, permanecem disponíveis para apoiar demandas específicas do cooperativismo, contribuindo para a solução de barreiras, construção de oportunidades e fortalecimento da inserção internacional do setor”, afirmou.
O Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas também conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A edição deste ano reuniu 54 adidos, 40 em missão e 14 recém-designados, além das equipes dos escritórios da ApexBrasil em Bogotá, Miami, Bruxelas, Moscou, Dubai, Lisboa e Pequim. A programação incluiu debates, painéis regionais e sessões de alinhamento estratégico com setores produtivos.
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Reunião com ANTT avança em soluções para multas e segurança jurídica
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27/11/2025
Reunião com ANTT avança em soluções para multas e segurança jurídica
Encontro abordou dúvidas sobre fiscalizações e buscou soluções para reduzir autuações
Cooperativas de transporte rodoviário de cargas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso participaram, nesta terça-feira (25), de uma reunião técnica com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O encontro, articulado pelo Sistema OCB e pelo Conselho Consultivo do Ramo Transporte, buscou esclarecer dúvidas e avançar em soluções para autuações e procedimentos fiscalizatórios que têm afetado o setor.
A reunião teve como eixo central temas ligados à aplicação da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC) e às novas regras do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e). Também foram discutidas práticas de fiscalização adotadas pela agência, que vêm gerando penalidades consideradas, em algumas ocasiões, injustificadas pelas cooperativas.
Pela ANTT, participaram representantes de três áreas estratégicas: Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (Suroc), com a superintendente substituta Gizelle Coelho Netto e o coordenador Alamar Augusto Araújo Durce de Oliveira; Gerência de Processamento e Cobrança de Auto de Infração (Geaut), representada por Clarissa Fernandes dos Santos; e Superintendência de Fiscalização de Serviços de Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros (Sufis), com o superintendente Hugo Leonardo Cunha Rodrigues e o coordenador Geraldo Luiz Anselmo.
Os debates foram guiados pelos 22 questionamentos consolidados no Ofício 449/2025 – OCB, que reúne dúvidas recorrentes das cooperativas. Entre os pontos mais sensíveis estiveram a base de cálculo do frete mínimo, a retenção de INSS no valor do frete, a aplicação de multas em casos de repasse líquido abaixo do piso, questões relacionadas a CEP único e alteração de rotas, além das autuações no transporte classificado na tabela como “operações de alto desempenho”, . Problemas nos prazos e na tramitação dos processos recursais também foram abordados.
Durante a reunião, a ANTT demonstrou disposição para aprofundar o diálogo e aperfeiçoar orientações ao setor cooperativista. Os representantes da agência destacaram que ajustes operacionais e normativos serão avaliados, especialmente nos pontos em que há interpretações divergentes ou lacunas na regulamentação.
O Sistema OCB avaliou o encontro como um avanço na construção de um canal técnico permanente entre o cooperativismo de transporte e a ANTT.
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27/11/2025
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Medida amplia faixa, reduz desigualdades e altera regras para altas rendas
O Sistema OCB acompanhou, nesta quarta-feira (26), a cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. A medida, uma das mais aguardadas de 2025 na área econômica, também estabelece descontos para rendimentos de até R$ 7.350 e passa a valer para a declaração do próximo ano.
Segundo o governo, cerca de 15 milhões de brasileiros deixarão de pagar Imposto de Renda a partir da nova regra, 10 milhões tornam-se isentos e outros 5 milhões passam a ter redução significativa no imposto. Para evitar impacto fiscal, a lei aumenta a tributação sobre altas rendas anuais acima de R$ 600 mil, com cobrança progressiva e alíquota máxima de 10%. A estimativa é de que 140 mil contribuintes serão alcançados por essa mudança, sem afetar serviços públicos ou exigir cortes no orçamento.
A equipe econômica reforçou ainda que a nova configuração torna o sistema mais simples e mais progressivo, alinhado à capacidade contributiva de cada faixa de renda. Ao garantir maior proteção aos investimentos ligados ao agronegócio e ao mercado imobiliário, os novos dispositivos reforçam a segurança jurídica desses segmentos. Esse ambiente mais previsível favorece o investimento responsável e fortalece a atuação das cooperativas, que desempenham papel essencial na dinamização econômica e no desenvolvimento regional.
Para o Sistema OCB, a sanção representa um movimento importante para estimular renda, fortalecer consumo e ampliar a segurança econômica de milhões de brasileiros.
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26/11/2025
Sistema OCB prestigia cerimônia de entrega do Prêmio CNA Agro Brasil
Deputado Arnaldo Jardim e Roberto Rodrigues foram reconhecidos por atuação estratégica no setor
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nesta terça-feira (25), em Brasília, a cerimônia de entrega do Prêmio CNA Agro Brasil 2025. O evento reuniu lideranças do setor produtivo, parlamentares, representantes de entidades e especialistas para reconhecer personalidades que contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento da agropecuária brasileira.
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, participou da solenidade, que destacou nomes de forte atuação institucional e política, especialmente aqueles que dialogam diretamente com o cooperativismo. Entre os homenageados estiveram o deputado federal Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), na categoria Política; e Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e referência global do agro, premiado na categoria Destaque.
Arnaldo Jardim foi reconhecido por sua atuação no Congresso Nacional em temas estruturantes para o desenvolvimento sustentável do setor. O parlamentar tem sido protagonista em pautas como o Fundo de Investimento das Cadeias Agroindustriais, o Programa de Aceleração da Transição Energética, a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e o Marco Regulatório do Hidrogênio Verde. À frente da Frencoop, tem reforçado o diálogo federativo e o papel do cooperativismo como vetor de inclusão produtiva e geração de oportunidades no campo.
Já Roberto Rodrigues recebeu o prêmio por sua trajetória marcada pela defesa do agro brasileiro e pela capacidade de articular o setor nos grandes debates internacionais. Sua participação na COP30 como enviado especial para Agricultura foi lembrada como um momento-chave para apresentar ao mundo a agenda de sustentabilidade, inovação e segurança alimentar construída pelo país. Rodrigues destacou que o agro tropical brasileiro se tornou referência internacional e pode ser um pilar para a paz, a segurança energética e o combate à fome.
Tania comentou a importância das homenagens. “Estamos falando de pessoas que dedicaram suas carreiras a ampliar oportunidades, promover inovação e abrir caminhos para o agro brasileiro. Esse reconhecimento também inspira o cooperativismo e o agro a seguirem contribuindo com soluções para os grandes desafios nacionais”, afirmou.
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Encontro dos Agentes de Inovação destaca potencial da gamificação
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25/11/2025
Encontro dos Agentes de Inovação destaca potencial da gamificação
Reunião apontou como a abordagem potencializa aprendizagem, colaboração e participação
O quinto e último encontro de Agentes de Inovação do Sistema OCB em 2025, realizado nesta terça-feira (25), trouxe uma discussão prática e desmistificada sobre o uso da gamificação no ambiente de trabalho. A reunião contou com a participação de 21 agentes e a condução dos consultores da Go Gamers, empresa parceira que apresentou fundamentos, estratégias e casos de aplicação da abordagem em diferentes contextos corporativos.
O encontro buscou romper a percepção comum de que gamificação se limita a jogos ou dinâmicas recreativas. Ao contrário, os consultores reforçaram que o recurso, quando bem planejado, funciona como ferramenta estratégica para estimular comportamentos, facilitar aprendizagens e engajar pessoas em processos que, muitas vezes, são percebidos como rotineiros ou obrigatórios.
Durante a apresentação, foram discutidas formas de utilizar elementos de jogos para desenvolver competências, ampliar a participação de colaboradores em programas internos e fortalecer iniciativas de formação. A palestra também destacou como a lógica dos games contribui para treinar times, promover colaboração e criar experiências mais motivadoras, alinhadas aos objetivos institucionais.
Outro ponto central do encontro foi evidenciar que a gamificação pode ser aplicada em diferentes áreas das cooperativas, desde processos de gestão e capacitação até campanhas de mobilização e programas de inovação. A abordagem, segundo os consultores, ajuda a transformar tarefas recorrentes em experiências mais envolventes, permitindo que equipes avancem com maior motivação e clareza de propósito.
Ao longo do ano, a agenda dos Agentes de Inovação consolidou um espaço de troca permanente. O encerramento marca a preparação para novos desafios e aprendizados que serão retomados no próximo ano, com o objetivo de ampliar a integração nacional e o alinhamento das ações de inovação no cooperativismo.
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25/11/2025
Cooperativismo encerra participação na COP30 com impacto social
Modelo evidencia sua força para gerar renda, proteger a floresta e impulsionar produção sustentável
O cooperativismo brasileiro encerrou sua participação na COP30 deixando um legado que ultrapassa os debates técnicos e alcança efetivamente o que move a transição climática: gente, território e pertencimento.
Ao longo de duas semanas, o movimento mostrou que a transformação que o mundo busca já acontece em milhares de comunidades brasileiras, onde a cooperação sustenta renda, preserva florestas, gera oportunidades e impulsiona inovação de forma coletiva.
Em Belém, ficou evidente que a força das cooperativas está além do que elas produzem. Está também no que elas provocam mudanças que nascem de baixo para cima, com impacto social profundo e duradouro.
Força motriz
A programação do setor — que ocupou espaços na Blue Zone, Green Zone e Agri Zone — apresentou ao público um mosaico de soluções que conectam ciência, tradição, governança e inclusão produtiva. Painéis sobre financiamento verde, agricultura de baixo carbono, energia renovável, bioeconomia, logística sustentável, segurança alimentar e adaptação climática reforçaram que o cooperativismo brasileiro é hoje um dos atores mais preparados para impulsionar práticas sustentáveis em larga escala.
Casos apresentados por cooperativas mostraram como o manejo florestal comunitário, os sistemas agroflorestais, a verticalização da produção e o fortalecimento de cadeias de sociobiodiversidade transformam territórios vulneráveis em modelos de desenvolvimento local. “As cooperativas brasileiras já são protagonistas da agenda climática. Elas representam o elo entre a economia real e os grandes compromissos globais, levando inovação, sustentabilidade e inclusão a quem está na base produtiva”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Ao mesmo tempo, debates conduzidos por lideranças do agro cooperativista deixaram claro que a transição para modelos regenerativos depende de políticas públicas consistentes, financiamento adequado e segurança jurídica — temas reforçados pelos representantes do Sistema OCB ao longo de toda a COP.
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, destacou a importância dessa atuação institucional. “Nós saímos muito melhores do que entramos. Trouxemos informações, combatemos a desinformação e mostramos, com números e evidências, tudo o que o agro cooperativista já faz pelo clima e pelas pessoas. Agora seguimos para a etapa de alinhamentos e construção de políticas que permitam ampliar esse impacto”, declarou.
Impacto social
Para além das soluções ambientais e energéticas, a COP30 expôs o papel central das cooperativas na vida das pessoas. Em territórios da Amazônia, por exemplo, a organização coletiva garante renda para famílias extrativistas, valoriza saberes tradicionais e cria oportunidades para jovens que antes migravam por falta de perspectivas.
Em regiões do Sul e Centro-Oeste, sistemas cooperativos de produção animal, agricultura de precisão e biogás mostraram como a tecnologia pode ser democratizada quando compartilhada em rede. E nas cidades, cooperativas de saúde, crédito e infraestrutura ampliam acesso a serviços essenciais, contribuindo diretamente para o bem-estar das comunidades.
A participação das cooperativas de perfil social também teve papel decisivo para reforçar o impacto humano do movimento na COP30. Em oficinas de artesanato, turismo comunitário, biojoias e produtos da sociobiodiversidade, cooperados compartilharam como a organização coletiva transforma realidades locais.
Um dos depoimentos mais emblemáticos veio de Massao Shimon, da Copatrans, dona da marca Cacauway e uma das cooperativas expositoras no Espaço da Biodiversidade coordenado pelo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp). Ele celebrou o alcance e o reconhecimento proporcionados pela conferência. “Foi maravilhoso, uma vitrine que a gente não imaginava”, declarou.
“Esse conjunto de iniciativas evidencia que o impacto do cooperativismo não se limita às metas de redução de emissões — ele fortalece autonomia, reduz desigualdades e amplia a resiliência dos territórios. Por isso, a presença do setor na COP30 também abriu portas para novas parcerias, programas de apoio à bioeconomia, aumento da visibilidade internacional e articulações com governos, bancos de desenvolvimento e organismos multilaterais. Encerrar a participação em Belém significa, para o movimento, iniciar um novo ciclo marcado por oportunidades concretas de ampliação de escala”, acrescentou Tania.
Na visão do presidente Márcio, esse é apenas o começo de uma agenda mais ambiciosa para o cooperativismo brasileiro: “O que apresentamos é só uma parte do que construímos todos os dias. A COP30 reforçou que cooperar é um caminho real para um futuro mais sustentável, inclusivo e próspero. Agora é hora de transformar a visibilidade conquistada em parcerias, investimentos e políticas que expandam esse modelo”, complementou.
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24/11/2025
Portas Abertas: Sistema OCB recebe Sicoob Credi-Rural
Coop goiana conheceu a atuação da entidade e discutiu desafios e oportunidades do setor
O Sistema OCB recebeu, nesta terça-feira (18), representantes do Sicoob Credi-Rural para mais uma edição do Portas Abertas, iniciativa que aproxima cooperativas de todo o país da atuação institucional da entidade. Com forte presença em Goiás e expansão recente para o Mato Grosso, a Credi-Rural é uma das maiores cooperativas do Sicoob, sustentada por mais de três décadas de história, mais de 27 mil cooperados e resultados expressivos em crescimento, governança e participação comunitária.
A cooperativa, fundada em Rio Verde, vem se consolidando como referência no cooperativismo de crédito brasileiro. Nos últimos anos, ampliou sua rede de atendimento, modernizou estruturas físicas, fortaleceu programas de educação cooperativista e valorizou a participação dos associados em decisões estratégicas. Sua trajetória foi registrada no livro comemorativo de 35 anos da instituição, lançado em 2024.
Durante o encontro o Sistema OCB apresentou um panorama detalhado do cooperativismo no Brasil e no mundo, e destacou o papel da OCB na representação política, na articulação institucional e na oferta de soluções para gestão, educação e competitividade das cooperativas. A apresentação contextualizou o crescimento do movimento no país e reforçou a importância da intercooperação entre unidades estaduais, cooperativas singulares e a entidade nacional para enfrentar desafios comuns, especialmente em um ambiente regulatório e tecnológico em constante transformação.
Foram apresentados ainda os principais eixos estratégicos do Sistema OCB, incluindo inovação, educação, sustentabilidade, advocacy, modernização regulatória e fortalecimento político-institucional.
O grupo também acompanhou apresentações sobre a agenda legislativa e regulatória do Sistema OCB, com destaque para temas prioritários do ramo crédito, como aprimoramento do marco legal, segurança cibernética, educação financeira, capitalização, prevenção a fraudes e avanços recentes discutidos no âmbito do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (CECO). A comitiva conheceu iniciativas estruturantes, como o Programa de Educação Política, o movimento SomosCoop, as diretrizes estratégicas do 15º CBC e as soluções oferecidas pela Unidade Nacional às cooperativas em todo o país.
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21/11/2025
Saber ancestral e empreendedorismo movem oficinas na COP30
Experiências práticas mostram como produzir com sustentabilidade, gerar renda e preservação
A segunda semana de oficinas e exposições do cooperativismo na COP30 reforçou, mais uma vez, que o combate às mudanças climáticas só ganha escala quando encontra a força da economia real nos territórios.
Na Green e na Agri Zone, cooperativas amazônicas, do Nordeste, do Sudeste e do Sul do país mostraram que tradição, biodiversidade e empreendedorismo caminham juntas quando o trabalho coletivo sustenta oportunidades, renda e floresta em pé. Biojoias, artesanato, chocolate de origem, degustações, turismo comunitário e agricultura familiar estiveram no centro da programação — desta vez pelas mãos de mulheres, jovens e comunidades que vivem o cooperativismo no cotidiano.
Massao Shimon, da Coopatrans, dona da marca Cacauway, uma das cooperativas expositoras no Espaço da Biodiversidade coordenado pelo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), celebrou o impacto da iniciativa. “Foi maravilhoso, uma vitrine que a gente não imaginava. Estamos em várias frentes, mas com muito orgulho. As vendas superaram nossas expectativas”, afirmou.
Degustação e aprendizado
A artesã Sílvia Rodrigues Rosa, da Biojoias e Artesanato da Ilha do Combu, coordenou uma oficina de biojóias e emocionou o público ao explicar como transforma elementos descartados pela natureza em peças que carregam identidade ribeirinha e respeito ambiental. “A gente transforma o que a natureza descarta em arte. É o nosso jeito de manter as árvores em pé e mostrar que a floresta tem valor vivo”, contou. Para Sílvia, participar da COP30 foi um marco na trajetória da comunidade: “Estar aqui foi maravilhoso. Mostramos nosso trabalho para o mundo e a cooperativa constrói um futuro melhor para todos nós, ribeirinhos.”
A produtora Fabiane Rheinholz, da Rheinholz Chocolates (PR), apresentou chocolates elaborados com agricultura familiar e práticas sustentáveis. “Trazer nosso chocolate para um evento mundial é dizer que agricultura familiar e sustentabilidade podem andar juntas”, explicou. Ela reforçou a importância do cooperativismo na trajetória da empresa: “O cooperativismo transformou nossa vida empreendedora”.
Uma das cooperadas da Cacauway, apresentou a produção de chocolates que conta, inclusive, com integração de indígenas. “Foi uma grande satisfação trazer o chocolate produzido pelos cooperados da Transamazônica”, disse. “Essa ação colocou nosso produto nessa vitrine mundial e permitiu que nosso trabalho fique ainda mais conhecido e reconhecido”, descreveu.
Jailma Araújo, presidente da Comart explicou que a cooperativa de mulheres bordadeiras é de uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Norte que tem conquistado cada vez mais espaço e notoriedade com seu trabalho. “É muito importante mostrar nosso trabalho na COP30. A Comart é o grande diferencial para o empreendedorismo na nossa cidade e, por isso, a cooperativa tem crescido e ganho mercados cada vez maiores tanto no Brasil quanto no mundo. Fomos responsáveis pelos bordados dos uniformes do Brasil nas Olímpiadas de Paris e, mais recentemente, pela roupa que o João Gomes usou no Grammy Latino”, descreveu.
A artesã Sandra Carolina de Oliveira, da cooperativa Turiarte, também brilhou ao apresentar o processo de produção do artesanato amazônico com palha de tucumã. “Eu não esperava tantas pessoas interessadas no nosso fazer. Esse reconhecimento fortalece a nossa cooperativa”, relatou emocionada. Sobre a técnica, ela explicou que a palha é retirada da palmeira, secada, beneficiada e tingida com folhas da própria natureza. “É um trabalho antigo, de muitas mulheres das comunidades”, complementou.
Entre as participantes das oficinas, a engenheira eletricista Alexia Ribeiro, 25 anos, moradora de Belém, viveu a experiência de acompanhar de perto o trabalho das artesãs da Turiarte — e saiu encantada. “Achei incrível. Amo artesanato e sempre procuro aprender”, disse. “Já tinha visto esse tipo de peça nas feiras locais, mas nunca tinha visto fazer. É a primeira vez.”
Ao descobrir que o tingimento e o processamento da palha são totalmente naturais, Alexia se surpreendeu: “É tudo natural, inclusive o tingimento. É lindo, é perfeito. Eu achei maravilhoso”. A jovem também revelou que não sabia que existiam cooperativas de artesanato: “Eu não sabia que dava para ter uma cooperativa de artesanato. Achei incrível. Tu juntas várias pessoas, várias formas de artesanato. É maravilhoso”, concluiu.
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21/11/2025
Cooperativismo encerra COP30 como força do agro de baixo carbono
Painéis na Green e Agri Zone mostram como unir segurança alimentar e proteção ambiental
A última programação do cooperativismo na COP30 aconteceu tanto na Green quanto na Agri Zone. O painel Cooperativismo, inovação e baixo carbono – caminhos para a segurança alimentar global evidenciou, com dados, ciência e experiências de campo, que o cooperativismo agropecuário brasileiro está preparado para liderar soluções climáticas e ampliar a segurança alimentar mundial. A mensagem central foi direta: agricultura sustentável, baseada em conhecimento científico e em redes cooperativas, é parte essencial da resposta global à crise climática.
Na Green Zone, Bazílio Wesz Carloto, presidente da Coopernorte, ilustrou de maneira viva a transformação possível quando produtores se unem e a ciência guia o caminho. Ele relatou a trajetória de Paragominas após o fim do ciclo madeireiro, há quase 30 anos, quando o município enfrentava a estagnação econômica e extensas áreas de pastagens degradadas. “A Coopernorte nasceu em um cenário em que o ciclo da madeira tinha se encerrado, as serrarias estavam fechando e o que se via eram pastos degradados e juquira. Desmatar nunca foi opção. A agricultura só conseguiu se consolidar recuperando esses pastos. O solo a gente constrói com pesquisa, tecnologia e persistência”, afirmou.
A cooperativa começou com apenas 33 produtores e sem infraestrutura, mas deu um passo decisivo ao chamar a Embrapa para a estrutura, com a doação de área para pesquisa e a criação do Centro de Inovação e Agricultura da Coopernorte (Cica). “Nós precisávamos ser produtivos, rentáveis e sustentáveis. Não adiantava fazer só uma coisa; tudo tinha que andar junto”, contou Bazílio, ao destacar os resultados do Programa CooperMais, que estimula inovação por meio da competição saudável entre produtores e levou a produtividades muito acima da média nacional em áreas antes degradadas.
Inclusão produtiva e desenvolvimento territorial
Na Agri Zone, experiências da Cocamar e da Coplana, além de depoimentos de representantes da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e Embrapa reforçaram que o modelo cooperativista, ao integrar produtores em redes organizadas e orientadas por governança coletiva, tem uma característica única: ele já nasce voltado à inclusão produtiva, ao desenvolvimento territorial e ao uso responsável dos recursos naturais. “O cooperativismo é um aliado natural da transição justa, porque é construído para promover inclusão social, desenvolvimento local e práticas sustentáveis”, disse o moderador do painel, Daniel Vargas, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A experiência da Cocamar, apresentada pelo presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, contou que a cooperativa nasceu na cafeicultura em Maringá (PR) e precisou se reinventar quando o café entrou em crise. “A Cocamar teve origem na cafeicultura, mas quando a atividade entrou em dificuldade, migramos fortemente para a produção de grãos, em um estado que hoje é um dos maiores produtores do país”, explicou. A partir daí, a cooperativa se consolidou como referência em grãos, gás e integração de sistemas produtivos, em um território com altíssimo potencial de intensificação.
Lourenço também detalhou o papel do plantio direto e da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na estratégia da cooperativa. “A ILPF é uma intensificação sustentável da terra. Ela recupera pastagens degradadas, melhora a fertilidade do solo, aumenta o bem-estar animal e reduz a pressão pela abertura de novas áreas. É possível aplicar em propriedades pequenas e grandes”, ressaltou.
Além das práticas de manejo, ele citou ainda políticas e iniciativas estruturantes da sustentabilidade no agro, como o programa de logística reversa de embalagens de defensivos, do qual a Cocamar participou desde o início. Ele lembrou que a recuperação de embalagens, que antes eram descartadas de forma inadequada, se tornou um sistema organizado que recolhe e recicla centenas de milhares de toneladas, dando origem a novos produtos plásticos e evitando emissões adicionais.
Exemplos concretos
José Antonio Rossato Junior, representante da Coplana, apresentou exemplos concretos do que a cooperativa tem feito para integrar produção de alimento, energia e sustentabilidade. “O mundo quer alimento e quer transição energética. O cooperativismo tem sido protagonista nesta agenda”, afirmou. O modelo que integra cana-de-açúcar, grãos e bioenergia foi um deles. Ele explicou que a região, antes baseada em queima de cana para facilitar o corte manual, migrou para a colheita mecanizada sem fogo, mantendo a palha no solo. “Ao deixar a palha, deixamos de jogar toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera e ainda fixamos carbono no solo”, detalhou.
A logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas, uma agenda que começou dentro da Coplana e inspirou políticas nacionais foi outro exemplo apresentado por Rossato. “Em 1994, nossa cooperativa participou da criação da primeira central de recebimento de embalagens do Brasil, em uma parceria público-privada que mudou a forma de lidar com esse resíduo no campo”, disse.
Ele destacou o salto obtido com o Sistema Campo Limpo, que hoje recolhe toneladas de embalagens e já evitou cerca de 1 milhão de toneladas de CO₂ equivalente com a reciclagem e a reutilização de materiais. “Algo que começou como uma solução para um problema local virou referência para a lei de logística reversa e para a Política Nacional de Resíduos Sólidos”, ressaltou.
Acesso à tecnologia e assistência técnica
O coordenador de Inteligência Comercial da CNA, Felipe Ody Spaniol, reforçou a importância de democratizar o acesso à tecnologia e à assistência técnica para que a transição de baixo carbono alcance pequenos e médios produtores. “O Senar já levou assistência técnica gratuita a cerca de 500 mil produtores em todo o país, mas precisamos fazer muito mais — e o cooperativismo é decisivo para transformar técnica em solução prática no dia a dia”, destacou.
Ele lembrou pesquisa da Cecafé que mostra como a cooperação viabiliza a presença de pequenos produtores em mercados exigentes: “Em média, cada contêiner de café exportado para a União Europeia reúne a produção de 140 agricultores, e há casos como o da Cooxupé, com milhares de cooperados participando com pequenas quantidades. Só é possível chegar nesse volume e nessa qualidade porque se trabalha de forma cooperada”.
Para Spaniol, o modelo cooperativista brasileiro também é exemplo para outros países, sobretudo para a inclusão de milhões de pequenos produtores rurais no mercado internacional e na agenda sustentável. “Não podemos deixar esse debate trancado dentro dos nossos estandes. Precisamos levar essas histórias para os fóruns internacionais, mostrar que o cooperativismo é pilar do sucesso do agro brasileiro e da transição climática”, completou.
Divisor de águas
Encerrando o painel, Daniel Trento, chefe da Assessoria da Presidência da Embrapa, avaliou que a COP30 marcou um divisor de águas na forma como o agro brasileiro – especialmente o organizado em cooperativas - é percebido nos debates climáticos. Segundo ele, a ciência tropical desenvolvida pela Embrapa e difundida em parceria com o cooperativismo já mostrou capacidade de revolucionar a produção em clima tropical e agora precisa ganhar escala em adaptação climática. “A tecnologia está pronta. O desafio é criar condições para que chegue ao produtor. Ninguém faz essa revolução sozinho: precisamos da integração entre pesquisa, cooperativas, governo e mercado”, afirmou.
Trento lembrou que a própria criação da Embrapa foi baseada na ideia de adaptação — levar cultivos de clima temperado para o clima tropical. “Se conseguimos adaptar no passado, podemos adaptar agora às mudanças climáticas”, disse, ressaltando que o setor agropecuário é, ao mesmo tempo, um dos mais cobrados e o primeiro a sentir os impactos da crise climática, o que torna ainda mais estratégica a atuação conjunta com o cooperativismo.
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21/11/2025
Eficiência ambiental guia expansão da produção de aves e suínos
Em painel na Agri Zone, C.Vale mostra como tecnologia reduz emissões e fortalece mercados globais
O último dia de atividades do cooperativismo na COP30 teve como um de seus focos a sustentabilidade na produção de aves e suínos. O painel A sustentabilidade da produção de aves e suínos no Brasil: respeito ao meio ambiente e o compromisso em atender às demandas globais por alimentos seguros, saudáveis e sustentáveis, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta quinta (20), na Agri Zone, contou com a participação da C.Vale, representada por Fernando Varollo, coordenador de produção da cooperativa.
Fernando apresentou dados, cases e práticas que mostram como as cooperativas vêm contribuindo de forma estruturada para uma produção mais eficiente e responsável. Segundo ele, metade da produção de suínos do Paraná, e mais da metade do volume de aves, estão nas mãos de cooperativas. “Isso revela a relevância do movimento no Brasil, que cresce ano após ano e ainda tem enorme potencial de expansão”, afirmou.
Entre os exemplos apresentados, o coordenador destacou a implantação de uma estação de tratamento de água para reuso, que permite à C.Vale reaproveitar cerca de 60 milhões de litros por mês em atividades operacionais. O processo reduz a captação de novas fontes e garante retorno de água tratada ao meio ambiente em padrões de alta qualidade. “Inserir sustentabilidade na tomada de decisão deixou de ser opcional. A gente percebe o impacto direto disso no território, na operação e na eficiência”, acrescentou.
Fernando também apresentou resultados de projetos de geração de energia a partir do biogás das granjas, iniciativa que permite injetar eletricidade na rede em horários estratégicos, reduz emissões e custos operacionais. Outro ponto mencionado foi o aproveitamento integral dos dejetos da produção: mais de 97% do material é destinado à adubação de áreas agrícolas, o que contribui para fechar ciclos produtivos e fortalecer a economia circular. “Para muitos produtores, o adubo gerado vale mais aplicado na lavoura do que vendido”, explicou.
O nível de integração das etapas produtivas da C.Vale também chamou atenção. Desde a semente que origina a soja, passando pela armazenagem, esmagamento, fabricação de ração, matrizeiros, terminação e abate, até chegar à logística e ao varejo, todas as etapas são controladas pela cooperativa. O resultado é um dos sistemas de rastreabilidade mais completos do país, garantindo segurança alimentar e acesso a mercados exigentes no mundo todo. “Quando a gente fala de rastreabilidade é saber exatamente onde, como e por quem cada lote foi produzido”, completou.
O painel também contou com a participação de Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reforçou o papel do Brasil como potência produtiva sem pressão ambiental. Para ele, o país reúne tecnologia, eficiência e capacidade para ampliar a oferta de alimentos no mundo. “Temos condições de produzir com sustentabilidade e atender uma demanda global crescente, ao mesmo tempo em que enfrentamos o desafio da fome”, argumentou.
Sálvio Silvia, secretário municipal de Produção e Agronegócio de Santa Izabel do Pará, lembrou que a realidade produtiva da região amazônica impõe desafios únicos, sobretudo pela alta proporção de áreas preservadas nas propriedades rurais, muitas delas com mais de 70% de reserva legal. Segundo ele, essa configuração exige que qualquer nova estrutura produtiva respeite rigorosamente a legislação ambiental, já que muitos empreendimentos ficam próximos a cursos d’água que alimentam o rio Guamá.
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20/11/2025
Coop leva soluções climáticas, energéticas e produtivas à COP30
Painéis mostram como energia limpa, bioeconomia e inclusão entregam resultados concretos
A participação do cooperativismo brasileiro na COP30, nesta quarta-feira (19), evidenciou a força do modelo e sua capacidade de integrar inovação, inclusão e sustentabilidade para responder aos maiores desafios climáticos, alimentares e energéticos do país. Painéis na Green Zone e na Agri Zone reuniram dirigentes de cooperativas, pesquisadores, técnicos e produtores para apresentar experiências concretas que mostram como a ação coletiva já transforma territórios.
Em todos os debates, a mensagem central foi unânime: o cooperativismo não espera, entrega resultados mensuráveis na redução de emissões, no uso eficiente de recursos naturais e na geração de renda e oportunidades, posicionando-se como peça-chave para uma transição climática justa, inclusiva e territorializada.
Energia limpa, economia circular e logística sustentável
No Pavilhão do Coop, o painel Transição Energética Justa: Cooperar para Transformar, mediado por João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, reuniu três experiências que demonstram como o cooperativismo tem sido decisivo para acelerar a transição energética no Brasil e mitigar passivos ambientais de forma eficiente.
Alexandre Gatti Lages, superintendente do Sistema Ocemg, chamou atenção para o avanço das energias renováveis dentro do movimento. Ele lembrou que, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, cerca de 20% das cooperativas brasileiras já produzem sua própria energia e Minas Gerais possui potencial ainda maior. Por isso, a Ocemg criou, em 2020, o Projeto Minascoop Energia, estruturado nos pilares ESG. “O Minascoop nasceu com esse propósito de fazer um trabalho diferente, doando energia para entidades que precisam”, afirmou.
A iniciativa reduz custos energéticos (Econômico), promove geração fotovoltaica limpa (Ambiental) e estimula a doação de parte da energia produzida a instituições filantrópicas (Social). “Hoje, já são 52 cooperativas participantes, com 138 usinas instaladas em 88 municípios, que juntas produzem 14 MW”, complementou.
Juliano Millnitz, diretor-executivo da Primato — cooperativa paranaense que atende mais de 11 mil cooperados e é a maior produtora de suínos do Brasil — apresentou o case Suíno Verde: Energia Limpa do Campo ao Transporte. O programa vem sendo observado por pesquisadores e autoridades por transformarum enorme passivo ambiental em combustível limpo.
A cooperativa produz, diariamente, 9,5 milhões de litros de dejetos suínos e implantou um sistema que centraliza 630 mil litros/dia para produzir biometano. No processo, o material sólido é convertido em fertilizante, enquanto o líquido gera biogás e biometano. A planta é autossuficiente em energia e o foco agora é a mobilidade sustentável. “Hoje já operamos seis caminhões totalmente movidos a biometano e a meta é que toda a cadeia de suínos seja transportada com combustível limpo, o que representará uma economia de 447 toneladas de óleo diesel por ano, equivalente a R$ 920 mil anuais”, explicou Nunes.
O terceiro case foi apresentado por Evaldo Matos, diretor da Coopmetro, que abordou um dos maiores desafios brasileiros: a dependência da matriz rodoviária, responsável por 70% do transporte nacional. A cooperativa lidera o Programa de Renovação de Frota (Pave), que democratiza o acesso de pequenos transportadores a caminhões novos, conectando cooperados, cooperativas de crédito e fabricantes.
Os impactos ambientais são expressivos: 14% menos CO₂, 75% menos óxidos de nitrogênio e 12% mais autonomia. No campo social, o programa alcança 13,5 mil beneficiados, fortalece renda e promove inclusão — com aumento de 15% na presença feminina. “O Pave é uma contribuição concreta para uma logística mais verde, mais saudável”, afirmou Matos, destacando ainda que a operação registra zero inadimplência com os bancos parceiros.
A representante do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Melissa Pesconi, elogiou a abordagem das cooperativas, reforçando que seus resultados são exemplos para grandes empresas. Ela apresentou as coalizões setoriais de descarbonização lideradas pelo CEBDS: iniciativas multissetoriais que reúnem setor privado, governos e sociedade civil para desenvolver e implementar planos de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em diversos setores da economia.
Melissa destacou que “a visão técnica dos dados precisa dialogar com a prática transformadora, e as cooperativas já mostram que a transição energética deve ser guiada também por critérios sociais, econômicos e políticos”.
Amazônia reforça protagonismo comunitário
Também na Green Zone, o painel Identidade e Inclusão para a Soberania Alimentar na Agricultura Amazônica, mediado por Beatriz Barros Braga, secretária de Desenvolvimento Rural do Amapá, trouxe uma discussão profunda sobre como diferentes Amazônias — com culturas, ecossistemas e modos de produzir próprios — constroem caminhos para garantir segurança alimentar em meio às desigualdades estruturais.
Com mais de duas décadas de atuação, a Cooperacre levou ao painel a visão dos extrativistas. O assessor Alberto “Dande” de Oliveira Tavares descreveu a trajetória de verticalização da cooperativa, que investe em agroindústrias de castanha, borracha, frutas e óleos. “A Amazônia não é vista apenas como fornecedora de matérias-primas. A Cooperacre investiu na verticalização, garantindo renda, autonomia e permanência das famílias”, disse.
Ele reforçou a importância do reconhecimento do serviço ambiental prestado pelos extrativistas: “Essas famílias entregam muito além de alimentos. Entregam equilíbrio climático, água de qualidade, biodiversidade. O pagamento por serviços ambientais precisa chegar até elas”, complementou
Já o agricultor e gerente comercial da Camta, Emerson Tsunoda, relatou o processo de reinvenção da cooperativa, que deixou a dependência da monocultura da pimenta e adotou sistemas agroflorestais integrados (cacau, açaí, pimenta e outras culturas). A mudança ampliou mercados, diversificou renda e elevou a resiliência produtiva. Ele celebrou também que bancos passaram a financiar apenas produtores estruturados em SAFs. “Quem consome nossos produtos consome também uma história de união e reinvenção”, resumiu.
Bioenergia e desenvolvimento regional
Na Agri Zone, o painel Desenvolvimento Regional e Transição Energética, promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), reuniu especialistas do setor de bioenergia para discutir como a interiorização da indústria e a diversificação das matérias-primas podem impulsionar cidades e regiões inteiras.
O cooperativismo foi representado pela analista de Sustentabilidade do Sistema OCB, Laís Nara Castro. Ela apresentou dados atualizados do setor e reforçou que o movimento já é parte essencial da transição energética nacional. “Hoje, mais de 910 cooperativas já geram sua própria energia, seja para consumo interno ou para abastecer processos produtivos. Somando tudo, temos mais de 4,9 mil empreendimentos de geração distribuída espalhados pelo Brasil. É energia limpa, descentralizada e que chega na ponta, no pequeno e no médio produtor”, descreveu.
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20/11/2025
Tania Zanella: “COP30 deixa semente forte para o agro brasileiro”
Superintendente ressalta que o setor provou seu papel central na agenda climática global
A superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, destacou, nesta quarta-feira (19), que o agro brasileiro encerra sua participação na COP30 mais forte, mais preparado e reconhecido internacionalmente como parte decisiva das soluções climáticas. A fala ocorreu durante o painel O Legado da COP30, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Blue Zone.
Foto: Wenderson Araujo/TriluxTania ressaltou que a presença coordenada de entidades como Sistema OCB, CNA e outras organizações do setor produtivo foi determinante para “mostrar com números, dados e informações o que o agro de fato faz pela sustentabilidade”. Segundo ela, a decisão de ocupar espaços estratégicos da conferência garantiu que a agricultura tropical brasileira fosse apresentada com transparência, consistência técnica e evidências concretas de resultados. “Nós saímos muito melhores do que entramos. Trouxemos informações, combatemos a desinformação e mostramos o que o agro faz”, afirmou.
Em sua avaliação, o evento abre uma nova agenda de trabalho para o agro brasileiro, que segue a partir da COP com desafios de diálogo, negociação e articulação legislativa. “Esta COP deixa uma semente muito bem plantada. Agora começa um trabalho árduo de alinhamentos e debates no Parlamento para fortalecer segurança jurídica e ampliar o uso de tecnologias e práticas sustentáveis pelo produtor rural”, completou.
Reconhecimento internacional do agro brasileiro
O painel reuniu lideranças do setor produtivo, especialistas, representantes internacionais e parlamentares que analisaram o protagonismo inédito do agro na COP30.
O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço, destacou a criação da AgriZone, primeiro espaço dedicado exclusivamente ao agro dentro de uma conferência do clima. “A COP permitiu mostrar ao mundo uma produção sustentável amparada por uma das legislações ambientais mais rigorosas do planeta”.
O enviado especial da agricultura para a COP30, ex-ministro da Agricultura e ex-presidente do Sistema OCB, Roberto Rodrigues, disse que esta edição foi um divisor de águas e consolidou o agro brasileiro como solução climática global. A avaliação foi compartilhada pelo vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (Freencoop), deputado Arnaldo Jardim (SP), que ressaltou o papel do setor como produtor de biocombustíveis, sequestrador de carbono e protagonista da agenda legislativa de sustentabilidade.
Para o deputado Henderson Pinto (PA), o legado da COP30 torna impossível que a comunidade internacional ignore um setor que representa quase 30% do PIB brasileiro e alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. “É um setor que pratica as técnicas mais sustentáveis do planeta”, reforçou.
Agro latino-americano como referência
O diretor-geral do IICA, Muhammad Ibrahim, afirmou que Brasil e América Latina despontam como referências globais em agricultura de baixo carbono e inovação tecnológica aplicada ao campo. A representante da Organização Mundial dos Agricultores (WFO), Luisa Volpe, acrescentou que esta foi a primeira conferência do clima em que o agro assumiu papel central como solução — e não como problema.
O coordenador da FGV Agro, Guilherme Bastos, também destacou o avanço do setor, que passa a ocupar posição estratégica no debate climático global com tecnologias capazes de sequestrar carbono e impulsionar práticas sustentáveis de forma escalável.
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19/11/2025
BNDES Mais Perto de Você movimenta cooperativas em Palmas e Porto Nacional
Eventos reuniram empreendedores para apresentar soluções de crédito e apoio ao desenvolvimento
Tocantins recebeu, nesta semana, duas edições do BNDES Mais Perto de Você, circuito nacional promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aproximar micro, pequenas e médias empresas das principais linhas de financiamento e programas de fomento disponíveis no país. Os encontros, realizados em Palmas e Porto Nacional, tiveram ampla participação do setor produtivo e presença do Sistema OCB, representada pelo presidente, Ricardo Khouri, e a superintendente da OCB/TO, Maria José Oliveira.
Em Palmas, o evento ocorreu no dia 18, terça-feira, reunindo cooperativas e empresários interessados em conhecer, de forma prática, as alternativas de crédito, garantias e programas de apoio oferecidos pelo Banco e por instituições parceiras.
Os especialistas do BNDES detalharam opções para capital de giro, investimentos, aquisição de máquinas e equipamentos, além de apresentarem instrumentos de garantia, recursos não reembolsáveis para projetos específicos e mecanismos de consultoria e capacitação voltados à melhoria da gestão empresarial. Ao longo da programação, os participantes puderam tirar dúvidas diretamente com representantes do Banco e entidades parceiras, em um ambiente pensado para facilitar a tomada de decisão e aproximar o setor produtivo das oportunidades disponíveis.
Já em Porto Nacional, o encontro ocorreu nesta quarta (19). Maria José Oliveira destacou o papel das cooperativas no desenvolvimento regional e a importância do crédito acessível para impulsionar negócios de diferentes portes.
Durante o encontro, empreendedores da região acompanharam apresentações sobre as soluções financeiras do Banco, puderam conversar com instituições parceiras e identificar opções adequadas ao estágio e às necessidades de cada negócio. Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo, José Orlando, a ação representa um avanço importante.
“Este evento é uma ferramenta essencial para fomentar os negócios de pequeno, médio e micro portes, permitindo que eles acessem linhas de crédito vantajosas. A parceria com o BNDES e outras instituições financeiras vai impulsionar nosso comércio, oferecendo opções com juros subsidiados e condições facilitadas, funcionando como uma ponte fundamental entre o município e os empreendedores”, afirmou o secretário.
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Brasil debate cultura do seguro e inovação cooperativa na COP30
Cooperativismo consolida papel em PSA, restauração e bioeconomia
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19/11/2025
Cooperativismo consolida papel em PSA, restauração e bioeconomia
Painéis da COP30 discutem impacto social, conservação e permanência no território amazônico
A COP30 reforçou, nesta terça-feira (18), que o cooperativismo é peça-chave para impulsionar a bioeconomia, valorizar serviços ambientais e ampliar ações de restauração florestal no Brasil. Em debates realizados na Green Zone e na Agri Zone, representantes de cooperativas, governo, setor privado e instituições parceiras mostraram como o modelo coop transforma riqueza ambiental em oportunidades econômicas, renda, permanência no território e adaptação climática.
PSA e permanência no território
Moderado pelo coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, o painel realizado no estande do Governo Federal na Green Zone intitulado de O modelo cooperativo como impulsionador da agenda climática no Brasil, destacou o avanço da regulamentação do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
A diretora do Ministério do Meio Ambiente (MMS), Bruna de Vita, foi uma das painelistas e lembrou que o reconhecimento dos serviços ambientais é essencial para manter atividades sustentáveis no campo e na floresta. Ela lembrou, porém, que o PSA precisa vir acompanhado de crédito, assistência técnica e inovação: “Precisamos de um conjunto de políticas públicas que compreenda os desafios da Amazônia”.
Já o assessor da Cooperacre, Alberto “Dande” de Oliveira Tavares voltou a apresentar o caso da Cooperacre, que atende cerca de 5 mil famílias. “A cooperativa nasceu para garantir renda, logística e permanência no território”, disse. Ele reforçou o pioneirismo do Acre em políticas de PSA. “É possível valorizar a floresta em pé e quem vive dela. A cooperativa organiza, inova e faz alianças”, acrescentou.
Gicarlos Souza de Lima, gerente Comercial da Reca, por sua vez, explicou como sistemas agroflorestais consolidados há décadas se tornaram referência em restauração de áreas antes degradadas. Em seguida, Eduardo Nicolau, da Natura, falou sobre o programa de PSA da empresa em parceria com a Reca, que já destinou R$ 11 milhões e conservou 4,2 milhões de hectares. “O PSA não é a renda principal, mas aumenta a capacidade de investimento das famílias e incentiva que os jovens permaneçam no território”, afirmou.
Restauração florestal e água
Na Agri Zone, o painel Cooperar para Recuperar: Restaurando Áreas Degradadas e Nascentes, moderado pelo coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, destacou iniciativas de recomposição florestal, manejo sustentável e segurança hídrica.
O presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, Matheus Kfouri Marino, enfatizou a integração entre agricultura eficiente e restauração. “Não existe restauro de nascentes sem agricultura regenerativa”. A Fundação Coopercitrus já restaurou mais de mil nascentes e recuperou 400 hectares. “O produtor deixa de ser apenas consumidor e passa a ser também produtor de água”, afirmou
Representando a cooperativa Coomflona, Arimar Feitosa Rodrigues explicou como o manejo comunitário da Flona do Tapajós garante regeneração natural e amplia a legalidade. “Nós cuidamos da floresta porque vivemos nela”. A cooperativa reúne 27 comunidades e possui movelaria e indústria licenciada para agregar valor.
A coordenadora da Cresol Horizonte, Kelly Ramos, apresentou ações no Vale do Ribeira (PR) para melhorar produtividade e conservação em áreas de bubalinocultura. “Sustentabilidade gera resultado direto dentro da propriedade”, afirmou.
O pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Pavão, por sua vez, alertou para a urgência da adaptação climática. “O agricultor já sente as ondas de calor, a irregularidade de chuvas e a pressão por mais resiliência. Precisamos de sistemas agrícolas com proteção contra extremos climáticos. Não é para daqui a 20 anos — é para agora”.
Bioeconomia e PSA: cooperativas como base da transformação
No painel Coopera+, sobre cooperativismo e novos modelos de negócio para impulsionar a bioeconomia, promovido pela ABDI, na Green Zone, o Sistema OCB apresentou iniciativas que estruturam cadeias produtivas da sociobiodiversidade na Amazônia. A analista de Sustentabilidade do Sistema OCB, Laís Nara Castro, reforçou que o cooperativismo é uma das principais forças de proteção da sociobiodiversidade brasileira. “O cooperativismo permite que as comunidades permaneçam na floresta, garantam renda com manejo sustentável e preservação dos ecossistemas. As cooperativas funcionam como guardiãs da floresta em pé porque conseguem transformar a biodiversidade em oportunidade econômica sem romper com a natureza”, afirmou.
O assessor da Cooperacre, Alberto “Dande” de Oliveira Tavares, falou sobre a importância da verticalização e da industrialização regional. “A Amazônia não pode continuar exportando só matéria-prima bruta. A Cooperacre mostra que é possível agregar valor no território e gerar renda para milhares de famílias”, afirmou. Para ele, as políticas públicas e alianças institucionais são determinantes. “O cooperativismo é o modelo mais eficaz para enfrentar a emergência climática e a desigualdade social ao mesmo tempo”, complementou.
Representando o setor privado, Izabella Gomes, coordenadora de Sustentabilidade da Natura, destacou o trabalho em rede e o financiamento Amazônia Viva, que combina crédito e fundo filantrópico. “Sozinha, nenhuma instituição faz verão. Trabalhar em rede é o único jeito de ampliar impacto”. Ela explicou que o mecanismo já destinou R$ 26 milhões a 15 cooperativas, com 100% de adimplência. “O crédito só funciona porque as cooperativas são organizadas e têm governança”.
A diretora de Sustentabilidade da ABDI, Perpétua Almeida, lembrou o potencial econômico da bioindústria amazônica. “A floresta tem riqueza — precisamos de investimento para que ela gere renda para quem vive nela”.
Iniciativas conectam floresta, inovação e desenvolvimento
O superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra, participou do painel Bioeconomia Regenerativa: Soluções para sistemas produtivos circulares, resilientes e de baixo carbono, realizado no Pavilhão Pará da Green Zone. Convidado pela Natura, ele destacou que discutir bioeconomia na Amazônia passa, necessariamente, pelo fortalecimento do cooperativismo e mostrou iniciativas que nasceram no Pará e hoje possuem escala nacional, como o Programa NegóciosCoop, que conecta cooperativas a mercados privados e institucionais.
Serra também ressaltou o novo foco da Organização Estadual na assistência técnica cooperativista, essencial para apoiar a transição de modelos convencionais para práticas baseadas em bioinsumos e sistemas agroecológicos. “Reafirmamos o protagonismo das cooperativas para manter a floresta em pé, valorizar nossos povos tradicionais e impulsionar soluções que contribuem para o desenvolvimento sustentável do Pará e do mundo”, declarou.
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19/11/2025
Coop mostra caminhos para adaptação climática na agricultura tropical
Painel na Green Zone destacou práticas sustentáveis, inovação e inclusão produtiva no campo
O painel Transição Climática na Agricultura, promovido pelo Sebrae na Green Zone, deu início às atividades do cooperativismo na COP30 nesta terça-feira (18). O encontro reuniu representantes de instituições do agro para discutir adaptação climática, sustentabilidade e o papel do cooperativismo na agricultura tropical. Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), foi a medidora. Em sua fala de abertura, ela lembrou que os efeitos do clima já fazem parte da rotina produtiva e que o Brasil tem experiências sólidas para compartilhar. “Não posso deixar de ressaltar o que as cooperativas fazem nesse tema. É uma agricultura que produz, preserva e se adapta”, afirmou.
Agricultura tropical e soluções brasileiras
O painel contou com a participação de Romélia Moreira de Souza, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA); Antônio Carlos de Souza Lima Neto, superintendente do Sebrae Goiás; Daniel Trento do Nascimento, chefe da assessoria da Presidência da Embrapa; e Nelson Ananias Filho, coordenador de Sustentabilidade da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Romélia apresentou o papel histórico do IICA no fortalecimento das agendas agrícolas das Américas e o respeito internacional pelo modelo brasileiro de produção. Segundo ela, há crescente interesse externo em entender como o país alia competitividade, diversidade produtiva e práticas de conservação. “Quando viajamos, vemos que o olhar para o Brasil é de respeito e curiosidade. O mundo quer aprender com a agricultura tropical”, afirmou.
Antônio Carlos reforçou a importância da integração entre instituições para levar inovação ao campo, especialmente aos pequenos negócios. Ele apresentou iniciativas do Polo Sebrae Agro, que organiza soluções, capacitações e curadorias tecnológicas para produtores de todo o país. “Se hoje o Brasil é reconhecido pela sua agropecuária, isso se deve à ciência, à tecnologia e ao esforço conjunto de entidades como Embrapa, CNA, cooperativas e tantos outros parceiros”, disse.
Na mesma linha, Daniel Trento mostrou como a trajetória da agricultura tropical brasileira é marcada pela adaptação, conceito central para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. Ele destacou a presença inédita da Agri Zone, vitrine tecnológica criada pela Embrapa, cooperativas e demais entidades, a menos de dois quilômetros da Green Zone. “Ali, sistemas de plantio direto, ILPF, manejo de pastagens e cultivos de baixo carbono são apresentados de forma prática aos visitantes. Com ela, depois de 30 COPs, finalmente conseguimos mostrar presencialmente o que é agricultura tropical. É tecnologia em uso, não apenas discurso”, afirmou.
Sustentabilidade como prática cotidiana
Nelson Ananias reforçou que mais de 90% das propriedades rurais brasileiras são de pequenos e médios produtores e que muitos deles já adotam práticas sustentáveis sem sequer nomeá-las assim. Ele lembrou que o cumprimento do Código Florestal e a adoção de sistemas de baixo carbono fazem parte da rotina produtiva. “O produtor rural protege rios, preserva vegetação e produz alimento. Muitas dessas ações precisam ser reconhecidas e valorizadas”, declarou.
Ao encerrar o painel, Tania chamou atenção para a necessidade de superar a falsa divisão entre pequenos, médios e grandes produtores. “Nossa agricultura é uma só. Todos estão incluídos no propósito de produzir aliado ao de preservar”, afirmou. Segundo ela, o cooperativismo é fundamental para a produção agrícola porque gera escala, renda e acesso a mercados. “Por trás das grandes marcas cooperativas estão pequenos produtores que, sozinhos, jamais chegariam às gôndolas ou ao mercado internacional. A cooperativa transforma essa realidade”
Para a superintendente, a agenda de adaptação precisa avançar com instrumentos de financiamento, políticas públicas, governança e ações que cheguem ao pequeno produtor. “Se queremos escala, precisamos apoiar quem está na ponta. O cooperativismo tem mostrado que esse caminho é possível, sustentável e inclusivo”, concluiu.
Roberto Rodrigues é homenageado por cooperação Brasil–Japão
A superintendente Tania Zanella também participou da homenagem prestada ao ex-ministro da Agricultura, ex-presidente do Sistema OCB e enviado especial da COP30 para a Agricultura, Roberto Rodrigues, pela Associação de Universidades Amazônicas (Unamaz).
O reconhecimento celebrou sua longa trajetória em defesa do cooperativismo e sua contribuição decisiva para o estreitamento das relações Brasil–Japão, especialmente no desenvolvimento de sistemas agroflorestais sustentáveis. “É uma justa homenagem a quem tanto contribuiu e continua contribuindo para o fortalecimento da nossa agricultura”, afirmou Tania.
Durante a cerimônia, pesquisadores, representantes da comunidade nipo-brasileira e dirigentes da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) lembraram a influência direta de Rodrigues na consolidação do modelo agroflorestal de Tomé-Açu, referência nacional e internacional em bioeconomia.
Ao receber a homenagem, o ex-ministro agradeceu emocionado, reforçou sua admiração pelo povo japonês e afirmou que seguirá comprometido com o fortalecimento das parcerias que impulsionam o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
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18/11/2025
Com apoio histórico, cooperativas amazônicas protagonizam agenda da COP30
Projeto Coopera+ Amazônia amplia governança, assistência e investimentos em cadeias extrativistas
A COP30 foi marcada, nesta segunda-feira (17), por uma presença forte e estratégica do cooperativismo brasileiro, tanto na Green Zone quanto na Agri Zone. Um dos momentos marcantes do dia foi o lançamento do Coopera+ Amazônia, iniciativa do governo federal para fomentar cooperativas extrativistas da Amazônia Legal. O anúncio, realizado no pavilhão do BNDES na Green Zone, com a presença do Sistema OCB, reuniu autoridades e lideranças que reforçaram o papel das cooperativas na bioeconomia e no desenvolvimento territorial da região.
Com R$ 107,2 milhões em investimentos, sendo R$ 103,5 milhões do Fundo Amazônia (via BNDES) e R$ 3,7 milhões do Sebrae, o projeto apoiará cooperativas do Pará, Rondônia, Maranhão, Acre e Amazonas, selecionadas com apoio do Sistema OCB, que também participará do projeto com soluções voltadas à conformidade e ao modelo de gestão das cooperativas. O projeto-piloto beneficiará 3.350 famílias com ações voltadas à inovação, assistência técnica, gestão, governança, integridade e aquisição de máquinas e equipamentos.
O evento reuniu o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), Márcio França, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, além de representantes do MMA, MDIC e BNDES.
Para Alckmin, o fortalecimento das cooperativas amazônicas é decisivo para alavancar uma nova economia baseada na floresta em pé. “"O Coopera+ Amazônia marca um novo ciclo de desenvolvimento na Amazônia. Fortalece quem vive da floresta, amplia renda e leva inovação para dentro das cooperativas. Assim construímos um modelo de desenvolvimento que protege, inclui e gera prosperidade", afirmou.
Também no pavilhão do BNDES na Green Zone,o representante da Cooperacre Alberto “Dande” de Oliveira Tavares, participou de painel que tratou do papel do Fundo Amazônia como estratégia para incluir cada vez mais o cooperativismo no repasse de recursos. “O modelo de sociobioeconomia baseado no cooperativismo é o que pode entregar as respostas urgentes que a Amazônia necessita. Diversificar a base produtiva traz segurança, gera renda e garante resiliência às famílias extrativistas”, destacou.
A agenda do Sistema OCB na Green Zone também contou com a visita do ministro Márcio França ao estande do cooperativismo no Espaço da Sociobiodiversidade organizado pelo Memp, onde ele ressaltou o cooperativismo como arranjo produtivo essencial para a inclusão socioeconômica e a valorização das comunidades amazônicas.
Pecuária sustentável apoiada pela ciência
Na Agri Zone, o cooperativismo esteve representado no painel Pecuária – As conquistas e os desafios dos sistemas pecuários brasileiros, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com a participação do Sicoob. Durante o encontro, pesquisadores da Embrapa apresentaram evidências e soluções para uma pecuária cada vez mais sustentável e integrada às estratégias de enfrentamento das mudanças climáticas.
Presente no painel, o consultor de agronegócios do Sicoob CCS, Fernando Luiz Vidigal, destacou a parceria do cooperativismo de crédito com a Embrapa na qualificação de técnicos e produtores para uma pecuária de baixo carbono. De acordo com ele, o Curso de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) tem se destacado como forma de capacitar profissionais para levar ao campo tecnologias e métodos de manejo que ampliam a produtividade, promovem bem-estar animal e contribuem para a captura de carbono. “A união entre Sicoob e Embrapa traz ao produtor soluções reais que aumentam a eficiência e garantem sustentabilidade ao sistema produtivo da carne no Brasil”, afirmou
O pesquisador Fernando Flores Cardoso, chefe da Embrapa Pecuária Sul, citou como sistemas baseados em pastagens nativas, predominantes no Pampa, Pantanal e campos de altitude, podem unir conservação ambiental, geração de renda e eficiência produtiva. Ele lembrou que o manejo adequado, aliado a tecnologias acessíveis, pode multiplicar por até dez a produtividade por hectare e reduzir pela metade a intensidade de emissões.
Segundo Fernando, “a pecuária sustentável precisa ser vista como um sistema integrado, que combina eficiência produtiva, conservação de solo e água, redução de emissões e dinamização econômica dos territórios”. Ele também reforçou que a maioria dos pecuaristas brasileiros adota boas práticas e tecnologias que contribuem para metas climáticas e para o aumento do sequestro de carbono.
O painel também abordou resultados de pesquisas sobre fixação biológica de nitrogênio, genética voltada para animais mais eficientes e estratégias de manejo, como pasto sobre pasto e recuperação de áreas degradadas, elementos essenciais para uma pecuária de baixo carbono.
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