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“DICC é oportunidade de propagar cooperativas de crédito”, diz coordenador

Um futuro mais próspero começa com cooperação. Com esse olhar,  o mundo celebra hoje (16/10) o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC) – data que, desde 1948, reconhece a contribuição das instituições financeiras cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico e seu papel como agentes de transformação. 

Este ano, o mote da campanha global liderada pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU, na sigla em inglês) é “Cooperação por um mundo próspero”. No Brasil, o Sistema OCB e os sistemas cooperativos de crédito se uniram em uma mobilização de intercooperação para aproximar o tema da realidade brasileira e mostrar  o impacto do segmento para a inclusão e o desenvolvimento no país. 

A ideia foi traduzida em uma pergunta simples e que está no cotidiano de milhões de pessoas, mas com uma resposta inovadora: “No crédito ou no débito? No coop!” Com linguagem acessível, a campanha lembra que escolher o cooperativismo tem um impacto coletivo: movimenta a economia, fomenta negócios locais e promove a prosperidade compartilhada.

“Com a ação unificada, queremos que nossas estruturas, nossas cooperativas, estejam alinhadas. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo de crédito, seus princípios, seus objetivos, e, claro, alcançar o maior número de pessoas”, explica o coordenador do Ramo Crédito no Sistema OCB, Thiago Borba.

A campanha para o DICC 2025 terá ações coordenadas nas redes sociais do SomosCoop, com postagens em colaboração com Sicoob, Sicredi, Unicred, Cresol, Ailos e Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) e chamado ao engajamento de cooperativas de crédito, tanto as filiadas a sistemas quanto as independentes. 

Em entrevista ao Sistema OCB, Borba explica a importância do DICC e de que forma o cooperativismo de crédito brasileiro gera prosperidade e transforma o futuro do país. Leia a seguir: 

thiago borba 1 0bc40Sistema OCB: Qual é a importância de uma data mundial para celebrar o cooperativismo de crédito?

Thiago Borba: É um momento em que todos os envolvidos no cooperativismo de crédito, ou seja, um movimento de milhões de pessoas, relembram a causa que os une. O DICC é um movimento mundial que, pelo seu alcance, chama a atenção de toda a sociedade, inclusive de pessoas que ainda não estão dentro do cooperativismo. Nós mostramos que existe um modelo de instituição financeira que trabalha em uma linha mais democrática, sustentável e inclusiva. 

Como o Sistema OCB mobiliza as cooperativas brasileiras para a data? 

Isso acontece por meio de conversas nos fóruns em que os sistemas cooperativos de crédito estão presentes. Buscamos alinhar estratégias e a comunicação. É claro que cada coop e sistema tem a sua característica, sua particularidade, mas a intenção é garantir uma identidade. Também buscamos desenvolver ações e iniciativas de modo coordenado para engajar os diferentes públicos, de forma que nos dê mais força, mais alcance. 

Quais os principais objetivos da mobilização nacional deste ano para o DICC? 

O que nós sempre buscamos é o engajamento, esse ano não vai ser diferente. Que as iniciativas sejam coordenadas e a gente consiga propagar de uma forma muito clara e didática para a sociedade o que é o cooperativismo, seus princípios, seus objetivos e, obviamente, alcançar o maior número de pessoas. Precisamos fazer com que o cooperativismo de crédito seja mais conhecido pela sociedade, pelos gestores, pelos tomadores de decisão e criadores de políticas públicas. Temos que ser claros na nossa mensagem para explicar nossos diferenciais, porque não somos uma instituição financeira como outra qualquer.

O mote do DICC 2025  é o papel das cooperativas financeiras para um mundo próspero. Como isso acontece na prática?

Nosso propósito é estar presente onde instituições financeiras de outra natureza societária não estão. Essa forma de atuação mostra claramente a preocupação do cooperativismo de crédito com a inclusão financeira. E nós demonstramos isso por meio de números: fisicamente, as cooperativas de crédito estão em aproximadamente 60 a 70% dos municípios brasileiros. E mais: dos 5.570 municípios, em 469 deles, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira no local. Então, em quase 10% dos municípios brasileiros, enquanto outros agentes bancários se retiram e migram para o virtual, nós permanecemos. Sabemos que, muitas vezes, o brasileiro não tem acesso a essas ferramentas digitais, por isso as cooperativas continuam expandindo a sua presença e a sua atuação, inclusive fisicamente.

No Brasil, a questão da inclusão financeira tem alguma particularidade em relação ao restante do mundo?

Essencialmente, a característica geográfica que a gente tem é um desafio. Estamos em um país de dimensões continentais, com culturas completamente distintas. A própria ocupação dos territórios é um traço que, muitas vezes, facilita ou dificulta a entrada do cooperativismo. Há algum tempo temos trabalhado no fortalecimento do cooperativismo de crédito de forma mais contundente nas regiões Nordeste e Norte. Com o propósito de levar a inclusão, bancarização e desenvolvimento local, temos trabalhado fortemente para que o cooperativismo se desenvolva cada vez mais nessas regiões. Muito em breve, teremos indicadores de market share, de penetração, similares ao que já temos no Sul e em alguns estados da região Centro-Oeste.

Como a estratégia de investir no atendimento físico, e não apenas nos serviços digitais, se conecta com os princípios do cooperativismo?

Nesse aspecto, temos o casamento de uma necessidade com um diferencial. Ainda temos a necessidade de comunicar para a sociedade o que é o cooperativismo. E a presença física tem esse potencial: “Olha, cheguei, estou aqui no seu município, sou o Sistema X, sou uma cooperativa de crédito”. E um traço muito característico do cooperativismo de crédito é a confiança. O relacionamento virtual ainda não está maduro o suficiente na sociedade brasileira para transmitir confiança entre partes, entre a instituição financeira e o seu cooperado. Essa presença olho no olho é importante, em especial para alguns públicos atendidos pelas cooperativas de crédito, como o cooperado rural, que tem essa necessidade do aperto de mão e da confiança, eles precisam desse acesso. Precisam conhecer quem é o presidente, o diretor, o gerente que o atende. Essas características continuam impulsionando o cooperativismo de crédito para que a gente avance na ocupação territorial física. 

Como valorizar esses diferenciais das cooperativas de crédito e ampliar o conhecimento sobre elas? 

Desde a pessoa que está ali no posto de atendimento, o segurança que cuida da porta giratória da agência, o presidente da cooperativa, as instituições de representação, sejam estaduais ou a OCB Nacional, todos têm que entender qual é o propósito da instituição em que trabalha. Temos que ter uma comunicação muito fluida, linear e homogênea sobre o que a gente é, porque existimos e qual é o nosso diferencial. 

Assista ao vídeo da campanha do Dia Internacional das Cooperativas 2025:

 

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