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O Encontro Nacional de Educação Cooperativa (Enec), que acontece até amanhã (18/8) na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), em Brasília (DF) proporcionou aos participantes uma apresentação realizada pela Fundação Dorina Nowill Para Cegos, instituição sem fins lucrativos e de caráter filantrópico que se dedica à inclusão social das pessoas com deficiência visual.
Na palestra “A inclusão das pessoas com deficiência visual, por meio do acesso à educação e à cultura”, a gerente de serviços especializados da fundação, Eliana Cunha, abordou a importância desse trabalho e o papel que o cooperativismo tem a desempenhar nesse processo. “Os principais espaços para inclusão das pessoas com todo tipo de deficiência são as escolas, os ambientes educacionais. Nesse sentido, o cooperativismo tem um papel bastante importante inserindo o ramo educacional nessas discussões”, afirmou.
A gerente de Promoção Social do Sescoop, Andréa Sayar, diz que a intenção do Sescoop ao trazer uma entidade como a Fundação Dorina para falar aos educadores cooperativistas é fazer com que as ações dos programas desenvolvidos pela instituição passem a atender às necessidades das pessoas com deficiência, tornando materiais didáticos, por exemplo, acessíveis a todos. “As apostilas que estão sendo produzidas para implantação do programa Aprendiz Cooperativo a partir de 2012, por exemplo, terão versões escritas, em audiobook e em libras. E o mesmo deverá ser feito com todas as outras ações e projetos do Sescoop”, afirma a gerente.
Na manhã desta quarta-feira (17/8), os participantes do Enec se dividiram em grupos para trabalhar três temas essenciais para nortear a inserção do tema educação cooperativa nas instituições de ensino brasileiras. Na primeira oficina, as equipes debateram a convergência metodológica para a inserção do conteúdo nas escolas. O segundo trabalho foi sobre como estabelecer resultados de qualidade para os programas de Educação Cooperativa e, depois, foram definidos indicadores de resultado para os programas. No último dia do encontro, os participantes irão consolidar os resultados alcançados em cada oficina.
Com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), a Escola Municipal Antônio Pinto da Silva, de Amambaí (MS), desenvolve há dez anos um trabalho de inclusão da educação cooperativa no currículo dos alunos dos ensinos fundamental e médio. Estudantes do 6º ao ano 9º anos têm na grade curricular uma disciplina sobre cooperativismo, ministrada por uma professora que trabalha o conteúdo de maneira a integrar todos os alunos com os conceitos do cooperativismo.
“São dez turmas por ano que desenvolvem o conteúdo. O objetivo é manter vivo neles os valores da cooperação e da ajuda ao próximo. Os alunos aprendem, inclusive, a trabalhar em cooperativa”, explica a professora responsável pela disciplina, Kelly Silva Nascimento. A escola Antônio Pinto, cuja direção é da professora Maura Vicentim, é pioneira no Mato Grosso do Sul em trabalhar o cooperativismo dessa forma.
Um dos resultados mais visíveis desse trabalho é a mudança de atitudes dos alunos. “Os alunos dão mais valor para a escola, aprendem a colaborar uns com os outros, o que faz com que eles se interessem mais pelos assuntos escolares”, diz Kelly. E as mudanças não são visíveis apenas dentro da instituição. Fora da sala de aula, os alunos também apresentam melhorias de comportamento, conforme explica a aluna do 9º ano, Lohana Nascimento: “nós levamos isso para fora da sala, usamos no nosso dia a dia, em casa. Aprendemos que não fazemos nada sozinhos - tudo precisa de cooperação, de ajuda”.
Lohana é presidente da cooperativa formada pelos jovens que estudam a disciplina - a CooperArt, que nasceu com a intenção de colocar em prática os conceitos aprendidos em sala. “O cooperativismo despertou nos jovens a vontade de se unir e cooperar em prol da comunidade acadêmica”, explica a diretora Maura Vicentim.
A escola funciona como sede da cooperativa. Os alunos compõem a diretoria, contando com apoio da professora Kelly, que os ajuda no desenvolvimento de seus projetos. “Quando alguém tem uma ideia, a gente leva para a professora, ela analisa e depois leva para a diretoria, que diz se é viável ou não”, conta a aluna Eliane dos Santos, vice-presidente da cooperativa.
De acordo com a coordenadora pedagógica, Vera Lorenzetti, tudo é organizado pelos alunos e decidido por votação: desde a escolha da diretoria da cooperativa, passando pelos projetos que querem desenvolver, até o que fazer com as sobras. A CooperArt trabalha com a fabricação artesanal de cachecóis e outras peças de vestuário, produzidas pelos alunos em teares manuais. Toda a produção é vendida e a renda é revertida para os alunos, que abriram uma conta da cooperativa no Sicredi. “Esse dinheiro pode ser usado para a compra de materiais para os alunos ou em benfeitorias para a escola”, explica a coordenadora.
Esta semana, na sede do Sescoop, em Brasília (DF), educadores cooperativistas de diversos estados estarão reunidos para discutir estratégias de inclusão da formação cooperativa nas escolas brasileiras. O Encontro Nacional de Educação Cooperativa (Enec) será realizado de 16 a 18 de agosto e contará com a participação do senador Cristovam Buarque, que fará a palestra magna traçando um panorama sobre o cenário da educação no Brasil.
(Com informações - Amambaí Notícias)
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Teve início na manhã desta segunda-feira (8/8) o IV Encontro Nacional de Contadores do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Entre contadores, auditores e técnicos das áreas financeiras, 45 profissionais das unidades estaduais e nacional da instituição estão reunidos para uma oficina intensiva sobre as novas regras contábeis que regem o segmento no país.
As normas atendem a necessidades do setor contábil das diversas instituições brasileiras que, com a expansão dos mercados e a globalização da economia, encontrou a necessidade da elaboração de demonstrações contábeis baseadas em critérios uniformes e homogêneos. Tudo isso para garantir que gestores, investidores e analistas de todo o mundo possam ter acesso a informações transparentes, confiáveis e comparáveis nos processos de tomadas de decisões.
Para orientar os participantes e esclarecer as dúvidas com relação aos temas, foi convidado o palestrante Fábio Lira, especialista em Contabilidade e Controladoria pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ), sócio fundador da Escola de Negócios da Paraíba (ENP) e palestrante do Conselho Federal de Contabilidade com atuação em todo o Brasil na área motivacional.
Na palestra de abertura, Fábio Lira apresentou aos participantes os principais temas que serão abordados no encontro e destacou: “Já não existem mais normas contábeis internacionais, agora elas são nacionais. Por isso é necessária uma harmonização entre elas e o acompanhamento eficaz das constantes transformações no cenário econômico”. Segundo Lira, as normas internacionais trouxeram mais transparência e, consequentemente, o Brasil passou a ser mais interessante para os investidores.
O International Accounting Standards Board (IASB) é o órgão responsável por agilizar o processo de convergência e equalização das práticas contábeis mundiais. A instituição emite um conjunto de normas contábeis, denominado International Financial Reporting Standards (IFRS). Este conjunto de normas, de acordo com o palestrante, estabelece e adapta a utilização das normas internacionais já existentes (as International Accounting Standards – IAS) para os demais países do mundo.
O coordenador de Processos da gerência Financeira do Sescoop e responsável pela organização do encontro, Carlos Baena, diz que é fundamental que todos coloquem em prática os temas abordados: “esse alinhamento é importante para que os procedimentos contábeis sejam devidamente padronizados”. Nesta segunda-feira, tópicos como avaliação patrimonial e critérios de depreciação para ativo imobilizado e intangível, e classificação e reversão de despesa nas práticas contábeis aplicadas ao Sescoop movimentaram as discussões entre os participantes.
Durante os três dias de encontro, os participantes discutirão a legislação brasileira referente ao setor: 11.638/2007, 11.941/2009 e MP 449/2008. Na quarta-feira (10/8) a programação prevê uma oficina de trabalho, na qual os conceitos trabalhados no encontro serão colocados em prática.
O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em julho do ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será apresentado nesta quinta-feira, 30 de junho, no fórum Contexto Ambiental e Agronegócio — das conferências da ONU ao dia-a-dia do produtor rural brasileiro. O evento será realizado em Uberlândia (MG) e promovido pelo Portal Dia de Campo.
O ABC busca dar suporte financeiro e apoio técnico para os produtores que desejem adotar práticas agronômicas a fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura e coordenador do Programa ABC, Derli Dossa, apresentará o programa.
Dossa vai falar sobre as linhas de financiamento mais baratas e as taxa de juros compatíveis com o setor. Também vai abordar a adoção de boas práticas agropecuárias e as medidas para neutralizar os gases que afetam a temperatura média do planeta. “Vou mostrar os benefícios que os produtores poderão ter se adotarem as ações previstas pelo programa”, ressalta.
O potencial da agricultura brasileira e os produtos que mais deverão remunerar os produtores no longo prazo também serão demonstrados. Outro tema da palestra será o retorno financeiro proporcionado pelo bom uso das tecnologias e as vantagens competitivas do Brasil na nova agricultura.
O foco principal do evento será o de apontar caminhos práticos para a atividade agropecuária brasileira dentro de modelos sustentáveis, tendo como base o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
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O ABC incentiva a adoção de boas práticas agrícolas e a integração de sistemas produtivos que permitam a redução dos gases de efeito estufa e ajudem a preservar os recursos naturais.
O programa busca difundir uma nova agricultura mais sustentável mediante seis ações a serem adotadas pelos agricultores: plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas, recuperação de pastos degradados e tratamento de resíduos animais. Nos próximos dez anos, a meta é deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2.
Dentro do ABC estão garantidos recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano, mais baixa que o fixado para a maioria das linhas de crédito para agricultura (6,75%). O prazo para pagamento é de 15 anos.
(Fonte: MAPA)
“O desafio de preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável está entre os princípios do cooperativismo brasileiro. A busca pela sustentabilidade é, na verdade, parte do nosso DNA”. Assim, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, reafirma o seu apoio a iniciativas que tenham esse objetivo, como o Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), promovido pelo governo federal.
O Programa ABC reflete o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáricas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados por alguns setores produtivos. É também um caminho para tornar a produção brasileira mais competitiva, inclusive diante de barreiras ambientais. Para somar, estão previstos repasse de tecnologias e assistência técnica que irão fomentar a redução e o sequestro de carbono.
Nesse contexto, Freitas ressalta o papel desempenhado pelo setor cooperativista. “Nossas cooperativas trabalham constantemente com foco na sustentabilidade dos seus produtos e processos, com a adoção de técnicas que conciliem eficiência na produção e proteção dos recursos naturais. E, como elas são formadas justamente pelos produtores, estão muito próximas a eles e têm um grande poder de disseminar as boas práticas”, comenta.
Ele conta que, pelo fato do movimento ter essas questões tão arraigadas e já realizar ações dessa natureza, a OCB participou da formatação do programa, a convite da Casa Civil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), coordenador do projeto. “Algumas cooperativas inspiraram, por exemplo, a inclusão de técnicas como o tratamento de dejetos de animais pra a geração de energia, o plantio direto e a fixação biológica de nitrogênio”, conta o presidente da entidade. Com o intuito de propagar e ampliar os conceitos de eficiência na produção e sustentabilidade no sistema, a organização colabora na divulgação e execução do programa ABC.
Programa ABC – Para disseminar seus objetivos, o governo federal tem realizado ações como seminários, além de sua inserção em planos como o Agrícola e Pecuário 2011/2012, lançado no último dia 17 de junho, em Ribeirão Preto (SP), que contém linhas de crédito para adoção das técnicas previstas no programa, com taxas diferenciadas.
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