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Notícias ESG

Agricultura brasileira é sustentável, diz presidente Dilma

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 17 de junho, que a agricultura brasileira é uma potência ambiental. “Temos produzido alimentos com a menor redução de florestas no mundo”, disse a presidenta, que anunciou nesta sexta-feira, 17 de junho, em Ribeirão Preto, o Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2011/2012.

Dilma Rousseff mencionou como exemplo de produção sustentável o programa brasileiro do etanol, que produz energia renovável por meio da cana-de-açúcar. “O etanol – um combustível renovável - depende da agricultura”, lembrou.  A presidenta também falou da importância do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) para o cumprimento das metas assumidas durante a conferência de Copenhagen (COP15). O ABC incentiva o uso de práticas que reduzem a emissão de gases de efeito estufa gerados pela atividade agropecuária, um dos compromissos voluntários estabelecidos pelo governo brasileiro na conferência.

“O programa visa também a assegurar a competitividade da agricultura brasileira no mercado internacional ao oferecer um alimento produzido de forma sustentável. Tem juros de 5,5% ao ano que incentivam o produtor a contratar o crédito”, enfatizou Dilma Rousseff.

Ela também reforçou o papel do Brasil como grande fornecedor de alimentos em longo prazo. Para a presidenta, com o aumento da renda da população e o consequente crescimento da demanda por alimentos, a função do Brasil como importante produtor agropecuário ficará mais evidente. “Também é fundamental que consigamos abastecer o mercado interno crescente com alimentos de qualidade a preços acessíveis”, completou.

As melhores condições de financiamento estipuladas no novo Plano Agrícola e Pecuário foram também lembradas pela presidenta. Segundo ela, o governo tem a estratégia de dar as condições adequadas para que o Brasil possa competir com qualquer país no mundo. Por isso, 80% dos R$ 107,2 bilhões destinados à agricultura comercial estão disponíveis a juros fixos de até 6,75% ao ano. “Temos as armas para competir lá fora e aqui dentro”, disse.

A presidenta finalizou falando do papel social da agricultura. “A atividade agrícola também pode ser uma potência social porque o alimento é essencial para que a nossa população tenha condições de sair da desigualdade e para nos orgulharmos da situação social do país”, concluiu. (Fonte: Mapa)

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Sescoop apoia Seminário Internacional da FNQ

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Debater a importância da gestão da inovação com foco na sustentabilidade é o objetivo do 19º Seminário Internacional em Busca da Excelência, que a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) realiza nos dias 9 e 10 de junho, em São Paulo. Por meio de palestras, painéis de debate e apresentação de cases de sucesso, o evento aborda os desafios de gestão das organizações para promover a inovação voltada para a sustentabilidade. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) é um dos apoiadores do evento.

Sob o tema “Gestão da inovação para sustentabilidade”, o seminário ainda pretende debater a insustentabilidade do atual modelo econômico, em que o foco dos esforços da sociedade e das organizações ameniza provisoriamente os sintomas e não soluciona totalmente as causas dos problemas da humanidade, que atualmente é fundamentada na cultura de consumo e no uso exponencial dos recursos naturais.

Será proposta ainda uma reflexão sobre as medidas mais comumente aceitas, tal como a redução da emissão dos gases na atmosfera, que são relevantes para minimizar os impactos ambientais, mas não suficientes para o crescimento sustentável.

O evento contará com a palestra da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e a apresentação do ex-secretário do Meio Ambiente do México Victor Lichtinger. Haverá ainda painéis de debates com a apresentação dos cases da petroquímica Braskem, da distribuidora de energia elétrica AES Sul, do banco Itau Unibanco e da empresa de alimentos e bebidas PepsiCo, que mostrarão suas boas práticas de inovação e suas contribuições para a sustentabilidade.

Para o diretor executivo da FNQ, Ricardo Correa, é preciso que as organizações e a sociedade saibam cooperar e promover a inovação na gestão para conquistar a sustentabilidade. “Vivemos em uma sociedade de consumo que alimenta a economia. Essa combinação é insustentável e traz um desafio de gestão, que demanda muito mais do que a criação de produtos que não poluem o ambiente. Para conquistarmos uma economia mais sustentável, é fundamental que haja uma mudança de cultura e de atitude das pessoas e das organizações, reduzindo assim o consumo e usando de maneira consciente os recursos naturais”, destaca.

Para mais informações e inscrições, acesse http://www.fnqsebeinternacional2011.com.br/

Serviço
19º Seminário Internacional em Busca da Excelência
Data: 9 e 10 de junho
Horário: 8 às 17h30 (dia 9) e 9h às 13h (dia 10)
Local: Espaço APAS (Rua Pio XI, 1200 - Alto da Lapa - São Paulo)

Sobre a FNQ

Criada em 1991, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) é uma instituição sem fins lucrativos cujo objetivo é disseminar amplamente os Fundamentos da Excelência em Gestão para organizações de todos os setores e portes. Desta maneira, a FNQ contribui com o aperfeiçoamento da gestão, o aumento da competitividade das empresas e, consequentemente, com a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. A instituição é responsável pela organização, promoção e avaliação do Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), que reconhece anualmente as melhores práticas de excelência de gestão das empresas brasileiras.

Mais informações para imprensa

Carolina Thomaz
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(11) 3526-4545

Rafael Faustino
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(11) 3526-4561
(Fonte: Assessoria FNQ)

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Próxima safra terá R$ 107 bilhões

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, anunciou nesta quinta-feira, 26 de maio, que o governo colocará R$ 107 bilhões à disposição dos produtores rurais para a safra 2011/2012. “É um aumento de 7% em relação ao Plano Agrícola passado. São recursos que darão o suporte necessário para mantermos um protagonismo no mercado mundial de alimentos", disse.

Rossi fez o anúncio em São Paulo, durante a abertura do Seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2011 e 2012, promovido por BM&F Bovespa e Ministério da Agricultura. O ministro fez um balanço da agricultura brasileira e ressaltou as sucessivas quebras de recorde de produção de grãos. "Para a próxima safra, o Brasil vai colher mais de 160 milhões de toneladas de grãos", disse. "A agricultura empresarial e familiar terá à disposição R$ 123 bilhões", completou.

O anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2011/12 está previsto para junho, em data a ser definida pelo ministro e a presidenta Dilma Roussef, provavelmente antes da reunião dos ministros da Agricultura do G-20, a ser realizada em Paris, a partir de 21 de junho.

Cana-de-açúcar - Durante o seminário, Rossi confirmou, entre as medidas do plano, a criação de uma linha de crédito para financiar a renovação das plantações de cana-de-açúcar. "Isso é importante para garantir competitividade e ganhos de produtividade do setor", comentou.

Ele também anunciou recursos de estímulo à pecuária. “O produtor precisa de condições especiais de financiamento, que permitam a retenção e a compra de matrizes”, disse o ministro. Rossi destacou que, no passado recente, na média nacional, um terço das vacas foram abatidas. "Isso garantiu rentabilidade no curto prazo, mas trouxe riscos para o produtor no médio e longo prazos", admitiu.

O ministro da Agricultura comentou que o plano safra prevê crédito para projetos agropecuários destinados à recuperação de pastagens degradadas. "O Programa Agricultura de Baixo Carbono tem como meta recuperar, em dez anos, 30 milhões de hectares de áreas degradadas", disse. O objetivo é garantir ganhos de produtividade com a mitigação da emissão de gases de efeito estufa, garantindo o cumprimento das metas fechadas pelo Brasil em Copenhagen.

"Poucos países do mundo têm condições de aumentar a produção de alimentos sem comprometer seus recursos naturais. O Brasil está na vanguarda em projetos agropecuários sustentáveis", disse Wagner Rossi. Ele ressaltou que o país tem condições de ampliar as exportações, garantir o abastecimento interno, conciliando o aumento da produção de grãos e de proteína com a preservação do meio ambiente.

A redução da emissão dos gases de efeito estufa é um dos principais objetivos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo em julho de 2010, e está no centro estratégico do novo Plano Agrícola e Pecuário. O Programa ABC vai englobar todas as iniciativas do governo para estimular a produção sustentável, como o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora).

Saiba mais-Plano Agrícola e Pecuário (PAP) – Principal pacote de medidas do governo federal para incentivar a produção agropecuária. Lançado antes do início de cada safra, o plano inclui crédito para custeio, investimento, comercialização e subvenção ao seguro. As linhas de financiamento são elaboradas com condições facilitadas para o produtor, incluindo taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado. O plano também prevê os preços mínimos para mais de 40 produtos agropecuários. Esses valores fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) gerenciada pelo governo federal para dar garantia de renda mínima ao produtor.

Programa ABC – O Programa Agricultura de Baixo Carbono foi instituído em junho de 2010 para incentivar o uso de práticas no campo que tragam maior eficiência e permitam a redução da emissão dos gases de efeito estufa. O programa previa, na safra passada, R$ 2 bilhões a taxas de juros de 5,5% ao ano para o produtor investir em técnicas como plantio direto na palha, recuperação de áreas degradadas, projetos de integração lavoura-pecuária-floresta e plantio de florestas comerciais. A linha central da iniciativa é garantir mais renda ao produtor e preservação do meio ambiente. (Fonte: Mapa)
 

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Ministro anuncia medidas para próxima safra

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, anunciou, nesta terça-feira, 24 de maio, novas medidas para apoiar a safra 2011/2012, que começa em julho. Entre as novidades programadas para o próximo Plano Agrícola e Pecuário estão a criação de uma linha de crédito para financiar a renovação das plantações de cana-de-açúcar e outras três linhas de estímulo à pecuária.

“Vamos dar mais apoio ao produtor. A idéia é oferecer condições especiais de financiamento que permitam ao pecuarista a retenção e a compra de matrizes”, disse o ministro. Ele destacou que também estará à disposição dos pecuaristas uma linha de crédito para a recuperação de pastagens degradadas. O objetivo é garantir maior produtividade e, ao mesmo tempo, mitigar a emissão de gases de efeito estufa.

O novo plano agrícola e pecuário será lançado em junho e a expectativa é que o governo coloque à disposição dos produtores um valor superior aos R$ 100 bilhões oferecidos na última safra. “Teremos condições de ampliar as exportações, garantir o abastecimento interno, conciliando o aumento da produção de grãos e de proteína com a preservação ambiental”, disse.
Ele informou que o plano incluirá, neste ano, mecanismos para dar às culturas agrícolas voltadas ao mercado interno o mesmo apoio já oferecido às commodities destinadas à exportação. “Esses aperfeiçoamentos foram discutidos entre os técnicos dos ministérios da Agricultura e da Fazenda e já tivemos o aval da presidenta Dilma (Rousseff)”, comentou.

Eficiência e meio ambiente- De acordo com o ministro, o foco do financiamento para indústrias e produtores independentes de cana-de-açúcar é ampliar o uso de tecnologia na lavoura para aumentar eficiência e ao mesmo tempo permitir a recuperação do campo.

Wagner Rossi lembrou que a redução da emissão dos gases de efeito estufa é um dos principais objetivos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo em 2010, e que é um dos carros-chefes do novo plano agrícola e pecuário.

“A questão da sustentabilidade é estratégica para a nossa produção agropecuária. O Brasil alcançou um nível de participação no mercado mundial de alimentos que está consolidada, mas será desafiado certamente a manter-se mais competitivo”, comentou.

Na próxima safra, o Programa ABC englobará todas as iniciativas do governo para estimular a produção sustentável, como o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora). 
Saiba mais
Plano Agrícola e Pecuário (PAP) – principal pacote de medidas do governo federal para incentivar a produção agropecuária. Lançado antes do início de cada safra, o plano inclui crédito para custeio, investimento, comercialização e subvenção ao seguro. As linhas de financiamento são elaboradas com condições facilitadas para o produtor, incluindo taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado. O plano também prevê os preços mínimos para mais de 40 produtos agropecuários. Esses valores fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) gerenciada pelo governo federal para dar garantia de renda mínima ao produtor.
Programa ABC – O Programa Agricultura de Baixo Carbono foi instituído em junho de 2010 para incentivar o uso de práticas no campo que tragam maior eficiência e permitam a redução da emissão dos gases de efeito estufa. O programa previa, na safra passada, R$ 2 bilhões a taxas de juros de 5,5% ao ano para o produtor investir em técnicas como plantio direto na palha, recuperação de áreas degradadas, projetos de integração lavoura-pecuária-floresta e plantio de florestas comerciais. A linha central da iniciativa é garantir mais renda ao produtor e preservação do meio ambiente. (Da Redação)
 

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10/05/2011 - Dívida rural fará parte de negociação do Código

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Mauro Zanatta | De Brasília

O governo apresenta hoje ao Congresso um texto com novas concessões para aprovar a reforma do Código Florestal sem alterações substanciais consideradas "inaceitáveis" pela presidente Dilma Rousseff.

Nos bastidores, o governo também passou a negociar um programa de troca de parte da dívida rural - estimada hoje em R$ 80 bilhões - pelo compromisso de recomposição das matas ciliares, as chamadas Áreas de Preservação Permanente (APPs).

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, listou ontem os dois pontos nos quais o governo está disposto a ceder para aprovar um "código para valer".

O primeiro é reduzir, de 500 para 100 metros, as APPs em margens de rios com mais de 200 metros de largura. Mais: se essa área estiver "integralmente" dentro dos 100 metros, a APP poderia ser reduzida a apenas 30 metros. Mas esse benefício será restrito à agricultura familiar e servirá apenas em casos de recomposição de APPs. Até agora, o governo queria deixar esse detalhe para a regulamentação do código.

"É uma válvula de escape. Até 30 metros, protegemos água, solos, retenção de nutrientes e evitamos erosão. Até 100 metros, resolvemos a fauna e a biodiversidade", afirmou a ministra ao Valor.

A segunda concessão oficial seria aceitar a isenção de recomposição da vegetação mínima obrigatória (reserva legal) para produtores associados a cooperativas rurais. O benefício estaria limitado a áreas de até quatro módulos fiscais (média de 20 a 400 hectares, segundo a região do país). O produtor familiar ou cooperado teria, ainda, direito a somar as APPs nas reservas legais, além de "oferecer" a mata nativa remanescente, seja do tamanho que for, como forma de cumprimento da regra ambiental. "O que não foi desmatado, permanece. Essa é a exceção da exceção", disse Izabella Teixeira. "A proposta é boa. Admitimos novas alterações com os cooperados e os rios mais largos".

A terceira "inovação" do governo seria estimular a recuperação das APPs via conversão das dívidas rurais. A alternativa está em negociação no governo e a presidente Dilma Rousseff teria "simpatia" pela solução. O Ministério do Meio Ambiente calcula ser possível gerar um abatimento de até R$ 110 bilhões com a recuperação de um "passivo" de 78 milhões de hectares de APPs e reservas legais. Apenas em APPs, haveria um potencial conversão das dívidas de R$ 55 bilhões para "cobrir" um déficit estimado em 43 milhões de hectares no país. O governo usa como base US$ 10 por tonelada de carbono. Com a média é de 90 toneladas por hectare, cada fração "renderia" US$ 900 ao produtor, estima o MMA.

A dúvida, no setor rural, é se esse benefício alcançaria a todos os produtores em situação irregular. E se esse público endividado teria condições de investir na recuperação da propriedade diante das exigências bancárias.

A ministra defendeu as concessões como uma "moldura política e institucional". E afirmou que o meio ambiente não perderá com as alterações. "Nossa proposta não aumenta as emissões (de gases do efeito estufa), não compromete as APPs, mantém os recursos hídricos, a biodiversidade e não induz ao desmatamento", resumiu Izabella. A ministra afirmou que as saídas elaboradas pelo governo "envolvem a agricultura familiar" e dão "condições de produção ao agronegócio". "É uma proposta para valer. É prática, resolve tudo na lei, não remete a regulamentações. Tem critérios objetivos. E não tem fundamentalismos nem radicalismos", afirmou Izabella Teixeira.

A proposta do governo permite a consolidação de áreas desmatadas até 2008, mas sob conceitos objetivos de interesse social, utilidade pública e baixo impacto ambiental. A ministra defende que a proposta, "que não gera negativos", simplifica os procedimentos de regularização ambiental, elimina a averbação em cartório, protege APPs em topos de morros e áreas acima de 1,8 mil metros de "forma objetiva e precisa".

Também reduz a "imprecisão" das faixas de APP na margem de rio, ajuda aos pequenos proprietários com "parâmetros técnicos", traz mecanismos simplificados de "uso racional e sustentável" da vegetação da reserva legal, permite o cômputo da APP na reserva legal e remanescentes de vegetação nativa existente, além de regularizar essas reservas com percentuais exigidos à época da conversão da área.

O Meio Ambiente afirma que o texto do governo dá segurança jurídica e amplia previsões de usos admitidos em APPs, redu"

Ainda melhores expectativas!

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*Roberto Rodrigues, Folha de S. Paulo, 29/01/11

Não descartam o uso de tecnologias mais recentes, como transgenia, clonagem e nanotecnologia

O GOVERNO DO Reino Unido acaba de divulgar um trabalho de grande fôlego analisando o cenário mundial da produção de alimentos nos próximos 20 anos. O estudo consumiu dois anos e envolveu 400 especialistas de 35 países e se chama “Foresight report on food and farming futures” (em tradução livre, significa: Prognóstico sobre o futuro da alimentação e da agricultura).

A publicação replica e consolida relatório similar apresentado pela OCDE/FAO (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico/Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) publicado há pouco mais de três meses.

O estudo OCDE/FAO olha um prazo menor e aponta a necessidade de aumentar em 20% a produção de alimentos em dez anos, considerando basicamente um crescimento de demanda nos países emergentes.

O trabalho enfatiza que, para o mundo ofertar mais 20% de alimentos em dez anos, o Brasil precisa ofertar o dobro, isto é, 40%.

O novo trabalho do Reino Unido vai além no tempo -20 anos- e aponta as condições para atingir o crescimento de 40% da oferta de alimentos no período! Em outras palavras, dobra o período, dobra a demanda e dobra a necessidade de produção.

O relatório também enfatiza a importância das tecnologias que deverão ser desenvolvidas para que haja mudanças na agricultura capazes de permitir esse aumento demandado e, ao mesmo tempo, preservar os recursos naturais e reduzir os riscos de aquecimento global. Nesse sentido, há temas muito interessantes, revertendo algumas ideias que vêm sendo repetidas sobre o assunto.

Os pesquisadores começam dizendo que não há uma ““solução única” para a compatibilização da maior produção com a sustentabilidade e não descartam o uso de tecnologias mais recentes, como a transgenia (nem sempre bem aceita), a clonagem e a nanotecnologia.

Recomendam ainda que governos e agricultores dos países onde a produção vai crescer prestem contas de suas políticas e progressos a toda a população do planeta, seja na redução da fome, seja na mitigação do aquecimento global.

Ainda mais forte, os especialistas admitem que o aumento da produção se dê até com a derrubada de florestas, afirmando que isso ““não precisa afetar negativamente o bem-estar da sociedade”. O estudo reconhece que a maior parte desse crescimento produtivo, especialmente no Brasil, se dará muito mais com a expansão da agricultura sobre áreas hoje ocupadas com pastagens, o que implica evidentemente avanços técnicos na pecuária.

Mas, no capítulo florestal, o estudo defende políticas apropriadas para assegurar o “‘bom desflorestamento”, ressaltando a necessidade de promover o uso correto da terra, o que nem sempre significa preservar qualquer pedaço do ecossistema da floresta sem considerar seu nível de uso ou tamanho.

Os pesquisadores também descartam a concorrência entre a produção de alimentos e a agroenergia no Brasil, que já foi uma tese insistentemente defendida pelos adversários dos biocombustíveis e da bioeletricidade.

O relatório considera como muito positivas as políticas sociais que o Brasil adotou recentemente e deixa um claro alerta: “A experiência brasileira nos últimos dez anos mostra que, se há vontade política, a pobreza e a fome podem ser diminuídas substancialmente”.

Esse é um ponto fundamental.

Terá o Brasil vontade política de implementar os instrumentos indispensáveis para se transformar nesse gigantesco general contra a fome que o mundo necessita e espera? Afinal, dois estudos sérios e de diferentes instituições apontam para o mesmo destino: crescer agricolamente!

Nesta semana, Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, exortou os países agrícolas a investir na produção rural, dizendo que, se isso não acontecer, estará em risco a própria expansão da economia global.
Não podemos tratar essa visão mundial com pouco-caso. E, se cuidarmos de atendê-la, iremos desenvolver espetacularmente a economia nacional.

*ROBERTO RODRIGUES -  coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto. de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal

 

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Tecnologia diminuirá gastos para produtor rural

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Os produtores rurais vão poder reduzir os gastos no plantio de milho, cana-de-açúcar, arroz e trigo, com o emprego de tecnologia à base de inoculante ─ bactérias que fixam nitrogênio no solo. Esse tipo de produto é empregado com sucesso no cultivo da soja desde a década de 70. A Instrução Normativa Nº 13, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira, 25 de março, moderniza o registro desses produtos no Brasil, melhorando as regras existentes para produção, pesquisa e importação.

De acordo com o coordenador do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Hideraldo Coelho, os inoculantes diminuem bastante a quantidade de fertilizantes nitrogenados usada na lavoura. “No cultivo de soja, por exemplo, os agricultores chegam a gastar, em média, R$ 15 por hectare. Entre os que não aderem à tecnologia, os custos podem chegar a aproximadamente R$ 700,00 por hectare, calculam os especialistas da área”, diz Hideraldo Coelho.

Diferentemente da adubação mineral, os inoculantes têm como base material biológico. Além de mais baratos, os produtos não causam danos ao meio ambiente. “A fixação biológica de nitrogênio pelas plantas leguminosas pode suprir a adubação mineral dependendo da espécie e sistema de cultivo”, explica o coordenador.

As novas normas para o registro do material produzido, importado e comercializado em território nacional incluem os micro-organismos aprovados para uso e as orientações para embalagens. “O pedido de registro deverá conter a relação das matérias-primas utilizadas na fabricação e as suas funções, bem como a espécie de micro-organismo utilizado e a qual cultura se destina”, informa Coelho.

Saiba mais - Após a fotossíntese, a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) é considerada o mais importante processo biológico fundamental para a vida. A FBN é o processo que captura o nitrogênio presente na atmosfera e o converte em formas que podem ser utilizadas pelas plantas.Em termos de agricultura, a simbiose entre bactérias fixadoras de nitrogênio (denominadas rizóbios e bradirizóbios) e plantas leguminosas (família à qual pertencem a soja, o feijão e a ervilha) é a mais importante. Após a formação de nódulos nas raízes dessas plantas, a bactéria passa a fixar o nitrogênio atmosférico e a planta o transforma em compostos orgânicos, diminuindo uso de adubos nitrogenados. No Brasil, graças ao processo de FBN, a inoculação substitui totalmente a necessidade do uso de adubos nitrogenados nas lavouras de soja.

A disseminação desta técnica é uma das ações previstas no Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do Ministério da Agricultura. O objetivo do programa é promover ações na agropecuária nacional para atingir as metas acordadas na conferência de Copenhague, em 2009. O uso de inoculantes evita a contaminação da água pelo nitrato existente nas fórmulas de adubo nitrogenado e contribui para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. (Fonte:Mapa)

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Pecuaristas contratam R$ 10,8 bi em 2010

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As contratações do crédito rural para a pecuária de corte, em 2010, alcançaram R$ 10,8 bilhões. Do total, R$ 4,8 bilhões foram destinados ao investimento (como aquisição de animais, implantação de pastagens, curral e cerca) e R$ 6 bilhões para custeio (compra de ração, vacina e manutenção de pastagens). O resultado representa crescimento de 40,2%, em relação ao registrado em 2009, de R$ 7,7 bilhões. Os números foram apresentados pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura nesta segunda-feira, 21 de março, na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, em Brasília.

Hoje, existem quatro programas do Ministério da Agricultura voltados aos produtores de pecuária de corte. O de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa), que tem limite de R$ 400 mil por beneficiário para os projetos destinados à recuperação de áreas degradadas, com taxa de juros de 5,75% ao ano. O de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro), com limite de financiamento de R$ 300 mil e juros de 6,75% ao ano; o de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) e o de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que financia a implantação e ampliação de sistemas de integração de agricultura com pecuária ou de integração Lavoura-Pecuária-Florestas.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, Antenor Nogueira, o setor produtivo encaminhará ao governo, nesta semana, algumas sugestões para serem incluídas no Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012. Entre elas, a criação de uma linha de financiamento específica para retenção de matrizes – que tem o objetivo de manter as fêmeas no rebanho para produção de bezerros.

“Vamos avaliar as propostas encaminhadas pelo setor produtivo em conjunto com outros órgãos do governo envolvidos no Plano Agrícola e Pecuário. As novas normas passarão a vigorar no dia 1° de julho de 2011”, explica o coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes do Ministério da Agricultura, João Antônio Fagundes Salomão.

Saiba mais - As exportações de carne bovina, em 2010, alcançaram US$ 4,8 bilhões, contra US$ 4,1 bilhões, em 2009. As vendas representaram crescimento de 16,4% no período.  Os principais destinos da carne bovina in natura, em 2010, foram Rússia, com US$ 1 bilhão, Irã, US$ 807,3 milhões e Egito, com US$ 409,9 milhões.

A Câmara Setorial é um fórum consultivo ligado ao Ministério da Agricultura, que reúne representantes dos setores público e privado. (Fonte: Mapa)
 

 

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Dia 27 encerram inscrições para o Prêmio Frederico de Menezes Veiga

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Todos os anos, pesquisadores que contribuem significativamente para a sociedade são agraciados com o Prêmio Frederico de Menezes Veiga, concedido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Sob o tema “Tecnologias Florestais para Sustentabilidade dos Biomas”, poderão participar da 33ª edição do prêmio trabalhos sobre “Conservação florestal”, “Dendrologia e estatística florestal”, “Florestas energéticas”, “Manejo de florestas nativas e plantadas”, “Melhoramento de espécies florestais”, “Recuperação de áreas de preservação permanente”, “Silvicultura de precisão”, “Sistemas de produção sustentáveis”, “Tecnologias e utilização de produtos florestais”, “Usos madeireiros sustentáveis de espécies nativas” e “Usos não madeireiros sustentáveis de espécies nativas”.

Os candidatos, no entanto, deverão ser indicados por instituições como universidades e sociedades científicas até 27 de março.São escolhidos dois vencedores por ano: um da própria Embrapa e outro de instituição parceira do sistema de pesquisa. Cada um dos pesquisadores vencedores receberá uma peça de arte, um diploma e uma quantia em dinheiro.

Frederico de Menezes Veiga (1911-1974) foi professor fundador do Colégio Agrícola de Campos, em 1956. Entre 1967 e 1970, ocupou a Secretaria de Agricultura da Prefeitura Municipal de Campos. Agraciado com as Medalhas do Conselho do Mérito Agrícola e Mérito Rondon, foi ainda membro da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar e diretor técnico da Cooperativa Fluminense de Açúcar.
Mais informações: www.premiofmv.com.br

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inpEV reforça importância da destinação correta de embalagens

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No dia 24 de março, as empresas e os executivos interessados em obter mais conhecimento e trocar experiências sobre soluções em sustentabilidade ambiental terão a oportunidade de compartilhar informações sobre o tema no II Fórum Internacional e Expo de Logística Reversa, que acontece no Centro Empresarial de São Paulo.
 
Na ocasião, entre os diversos palestrantes do evento, o inpEV estará presente com o tema 'Logística Reversa de pós-venda', que abordará o funcionamento do programa de logística reversa das embalagens de agrotóxicos.

II Fórum Internacional e Expo de Logística - www.clrb.com.br
Palestra: Logística Reversa de pós-venda - ministrada por Mário Fuji, diretor de Logística do inpEV
Data / Hora: 24 de março, às 10h10
Local: Centro Empresarial de São Paulo (Centro de Eventos Panamby)
Endereço: Av. Maria Coelho Aguiar, 215
Jardim São Luís - São Paulo/SP
CEP 05804-900
Fonte: Assessoria de imprensa do inpEV
 

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Cooperativa especializada em soluções ambientais reforça parceria com OCB/AM

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A Cooperativa de Empreendedorismo e Reflorestamento da Amazônia (ERA), especializada em soluções sustentáveis ao meio ambiente, reforçou, em visita de cortesia ao presidente do sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães Júnior, a relação de parceria e cooperação que deve existir entre os atores do cooperativismo. A ERA esteve representada pelo seu presidente, Aparecido Cavalcante e a diretora Natália Castro. Homologada em 2010, a cooperativa inicia 2011 investindo em relacionamento.

"É uma parceria boa, que nós vimos com bons olhos, de aderência ao mercado. Nosso objetivo é atingir os outros cooperados, bem como indústrias e instituições como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresa do Amazonas) ", declarou Cavalcante.

O encontro resultou no fortalecimento da relação que deve existir entre o Sistema OCB/Sescoop-AM (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Amazonas) e as cooperativas, com o fim de produzir resultados positivos através da capacitação técnica e responder com soluções eficazes as problemáticas nas áreas de preservação, conservação e recuperação ambiental, área de atuação da ERA.

A soma desses esforços tem por objetivo melhorar a qualidade de vida do cidadão.
"Nossa proposta é atender as necessidades de empresas que estão com passivo ambiental no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e no Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas). Nosso foco é criar soluções ambientais para o futuro", reforçou o presidente da ERA.

Elaboração de EIA/Rima, reflorestamento, florestamento, recuperação de áreas degradadas, diagnóstico ambiental e produção de mudas; elaboração de projetos para captação de recursos, estudo passivo ambiental, manejo florestal e licenciamento ambiental. Estas são algumas das especificidades que os cooperados da ERA, estão prontos a responder aos seus clientes.

Prestar serviços agloflorestais a pessoas físicas e jurídicas que estejam sob Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental (TAC) é outra competência da Era. Na condição de cooperativa, é possível dar respostas mais céleres às dificuldades encontradas por clientes, e ao próprio setor cooperativista, sobre impacto ambiental em implantação de projetos do setor primário.

Congregando profissionais de graduação acadêmica em diversas áreas, como engenharia florestal, direito ambiental, análise de sistemas, despacho aduaneiro, comércio exterior e secretariado executivo, a ERA é mais um avanço do cooperativismo amazonense.
"O Amazonas é o estado mais preservado da Amazônia. A Cooperativa de Empreendedorismo da Amazônia é uma aposta do cooperativismo para manter o capital verde valorizado", ratificou Petrucio Magalhães Junior. (Fonte: OCB/AM)
 

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OCB-Sescoop/AM recebe selo Parceiro Verde

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O Sistema OCB-Sescoop/AM é a primeira instituição do terceiro setor no Brasil a receber o selo Parceiro da Natureza. O título é um reconhecimento à empresas ou instituições que aplicam e divulgam ações pró-ativas que ajudem a reduzir o impacto negativo que causam ao meio ambiente.
 
Conferido pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN), Organização Não-Governamental (Ong) ambiental radicada em São Paulo, que há 20 anos promove e difunde educação ambiental no país, o compromisso firmado na manhã desta segunda-feira (21/2), na sede da OCB/AM, em Manaus (AM), é uma resposta efetiva do representante cooperativista à sociedade amazonense com relação ao respeito à natureza.

“Espera-se do terceiro setor sempre alguma coisa. Este segmento são os braços da iniciativa privada e do poder público, que nem sempre responde a essas demandas. Essa diretriz de reduzir o impacto ambiental causado por suas atividades é louvável. Esta decisão do presidente da OCB-AM, Petrucio Magalhães Jr., alçou a instituição à condição de primeira do Brasil do terceiro setor a receber o selo Parceiro da Natureza. Considerando sua representatividade sobre o amplo universo de empreendimentos na região amazônica, esta parceria é extremamente relevante, quando falamos de mudanças climáticas, processo que a Amazônia tem considerável influência”, considerou o presidente do IBDN, Rogério Iório.

Coleta de lixo seletiva, redução do consumo de água e energia, difusão de educação ambiental. Estes são alguns dos dez itens do caderno de encargos, contidos no compromisso entre ambos. Outra novidade é a elaboração de um plano de trabalho com propostas de redução do impacto ambiental para cada segmento do cooperativismo. Com o selo, a OCB amplia sistematicamente o sentido de preservação dos recursos naturais.
“O selo Parceiro da Natureza significa uma expressão ecológica em consonância com o pensamento do sistema OCB-Sescoop/AM, que investe em ações que promovem a sustentabilidade dos negócios ancorados na educação. Esta parceria abre um novo caminho no sentido de investir cada vez mais em conhecimento que valorize o capital verde que é a Amazônia, resultando no desenvolvimento sustentável, econômico e social, da região”, afirmou o presidente do sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Jr.
Para saber mais sobre o selo Parceiro da Natureza e a possibilidade de agregar valor ao seu empreendimento, acesse: WWW.ibdn.org.br ou WWW.ambientalfm.com.br. (Fonte: OCB/AM)
 

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Agricultura é aliada na redução de gases estufa

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A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) trabalha na produção de um banco de dados mundial com informações sobre a emissão de gases de efeito estufa lançados pela agricultura e seu potencial para minimizar o aquecimento global. O Brasil já está fazendo a sua parte ao incentivar o uso de tecnologias que reúnem eficiência produtiva e conservação ambiental.

O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em 2010, permite que o produtor rural tenha acesso a financiamento a um custo baixo (5,5% de juros anuais) para investir em práticas como recuperação de pastagens e plantio direto que ampliam a produtividade da lavoura e, ao mesmo tempo, reduzem a emissão dos gases estufa.

“A nova agricultura colocada em prática está voltada para diminuir a quantidade de gases poluentes e tem como consequência um clima menos quente no mundo”, destaca o coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa.

A atuação do Brasil está alinhada com o Projeto de Mitigação das Mudanças Climáticas na Agricultura (Mitigation of Climate Change in Agriculture - MICCA) da FAO. O organismo da ONU utilizará os dados sobre as emissões para revertê-los em oportunidades de amenizar o aquecimento global por meio de técnicas agrícolas adequadas a essa realidade.

No início da semana, a FAO divulgou que o Projeto MICCA receberá apoio de US$ 5 milhões dos governos da Noruega e Alemanha. O objetivo do projeto é tornar pública a quantidade das emissões de todos os países do mundo, facilitando, o acesso às informações por representantes governamentais e agricultores.

A FAO também usará as informações como ferramenta na operação de linhas de financiamento internacionais para projetos de mitigação e redução das emissões provenientes da agricultura e de aumento da quantidade de carbono seqüestrado nas explorações agrícolas.

Experiência brasileira
O Brasil ocupa posição estratégica no combate ao aquecimento global. “A aposta em projetos sustentáveis na área da agricultura e pecuária, como o programa ABC, posicionou o Brasil entre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15)”, explica o coordenador do ministério, Derli Dossa.

O ABC é uma das principais ações adotadas pelo Ministério da Agricultura para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O programa oferece R$ 2 bilhões em financiamento a produtores rurais e promove estudos e pesquisas, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Apoia a capacitação profissional para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF), que contribuem para a preservação das áreas de produção.

O programa destina-se aos produtores rurais de todos os biomas brasileiros. Nos próximos dez anos, tem como meta deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2.

Ações do ABC
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) - O programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) está no foco da chamada “agricultura verde”. O sistema combina atividades agrícolas, florestais e pecuárias, promovendo a recuperação de pastagens em degradação.

De acordo com o Ministério da Agricultura, a área utilizada nesse sistema pode ser aumentada em quatro milhões de hectares nos próximos dez anos. A previsão é que o volume de toneladas de dióxido de carbono (CO2) diminua entre 18 milhões e 22 milhões no período.

Recuperação de pastagens degradadas
Com o incentivo do programa ABC, a meta do governo é ampliar, nos próximos dez anos, a área atual de pastagens recuperadas de 40 milhões de hectares para 55 milhões de hectares. O maior uso da tecnologia vai proporcionar, no período, a redução da emissão de 83 milhões a 104 milhões de toneladas equivalentes dos gases de efeito estufa.

A recuperação de terras degradadas é uma técnica que funciona há mais de 20 anos e pode ser aplicada em qualquer bioma brasileiro. É considerada fundamental porque representa a permanência do produtor na atividade e garante a conservação dos ecossistemas.

No uso do plantio direto, estima-se a ampliação da área atual em oito milhões de hectares, de 25 milhões para 33 milhões de hectares, nos próximos dez anos. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 milhões a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Além de promover o sequestro de dióxido de carbono da atmosfera, o plantio direto é exemplo de agricultura conservacionista, mantendo a qualidade dos recursos naturais, como água"

Cooperativa investe na água da chuva

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Cada vez mais o setor produtivo vem buscando soluções para aliar a lucratividade desejada com a necessária preservação do meio ambiente. E por um motivo muito simples: garantir os insumos para o futuro da produção. Um exemplo é o sistema de captação e aproveitamento da água da chuva implantado em 2009 pela Coopavel.

Adaptação
Com um investimento de R$ 1,5 milhão, a cooperativa adaptou os telhados de alguns prédios de seu imenso parque industrial, em Cascavel, totalizando uma área de 46 mil m2 para captação da chuva. Essa água, que é usada em processos menos nobres - como lavagem de caminhão, limpeza de pátios e descarga de vasos sanitários, é armazenada em dois reservatórios que, juntos, têm capacidade para reter 1,5 milhão de litros de água.

Redução de gastos
Para Dilvo Grolli, diretor-presidente da Coopavel, o reaproveitamento do recurso representa uma redução de gastos - inclusive futuros - e uma mensagem clara à sociedade sobre a postura ambiental da companhia. "Uma cooperativa é uma empresa econômica de abrangência social, que tem um compromisso regional e, portanto, precisa preservar os recursos para garantir a sustentabilidade do produtor e do meio ambiente", analisa.

Fora o aproveitamento da água da chuva, a cooperativa possui uma estação de tratamento de esgoto que recebe o efluente do processo de abate e industrialização.

Consumo
Na ponta do lápis, hoje a água da chuva representa apenas 5% do consumo total diário da Coopavel, que é de - acreditem - 6,5 milhões de litros, sendo 5,6 milhões apenas nos processos de beneficiamento de aves. Atualmente, a maior parte da água usada pela cooperativa vem de 16 poços artesianos em operação. São 27 ao todo.

Trata-se de um investimento com retorno futuro, sem dúvida. A estimativa é que o sistema se pague em seis anos e meio. "Em 22 anos de funcionamento do sistema vamos economizar 1 ano de água do subsolo", calcula Grolli.

Retorno
Mas o retorno do investimento não para por aí. O custo para abrir ou aprofundar novos poços, mais a manutenção, pesam nos cofres da cooperativa. "Também existe uma tendência futura de cobrança pelo uso da água no sentido de punir o abuso", acrescenta Grolli. Pior seria usar a rede da Sanepar. A conta chegaria a R$ 21,5 mil ao dia ou R$ 5,7 milhões por ano. Mais do que nunca, como na lavoura, a chuva é bem-vinda. 
(Fonte: Ocepar)

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Coopavel destaca técnicas sustentáveis

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Temas de interesse do agricultor brasileiro, como as práticas sustentáveis que podem ser utilizadas na lavoura, serão abordados na 23ª edição do Show Rural Coopavel, entre os dias 7 e 11 de fevereiro, em Cascavel/PR. Técnicos do Ministério da Agricultura vão apresentar as vantagens da produção integrada, Indicação Geográfica e da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

“As novas regras para os produtores de orgânicos, que começaram a vigorar em janeiro deste ano, também serão explicadas aos visitantes. Trata-se de um selo do governo que está presente nas gôndolas dos supermercados”, informa o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, José Maranhão.

Durante a feira, técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vão divulgar a situação do tempo em todas as regiões do país. Já a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estará presente com a vitrine de tecnologias. Serão 19 unidades da empresa, entre centros de pesquisa e de serviços, que vão expor cerca de 100 tecnologias.

Tecnologias
Na quinta-feira, 10 de fevereiro, a Embrapa fará o lançamento de cinco tecnologias. Entre elas, a soja BRS 316 RR, uma cultivar transgênica que confere às plantas tolerância a herbicidas à base de glifosato, sendo indicada para semeadura nos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e na região sul de Mato Grosso do Sul. Já a soja BRS 317 (não-transgênica), tem ciclo semiprecoce, com maturação média de 125 dias.

O feijão BRS Estilo (grão tipo carioca), possui alto potencial produtivo, com boa resistência ao acamamento (tombamento) e tem qualidade comercial. O feijão BRS Esplendor (grão tipo preto) apresenta potencial de rendimento e é direcionado para a colheita mecanizada -- ciclo normal que varia de 85 a 90 dias.

A última tecnologia é o inoculante AzoTotal, que consiste em nova alternativa em biofertilizante promotor de crescimento de plantas. Além disso, contribui para a tolerância à seca, maior absorção de água e nutrientes, bem como permite maior produção de grãos.

Saiba mais
O Show Rural Coopavel difunde tecnologias voltadas ao aumento da produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais. A feira facilita o acesso dos agricultores a equipamentos e técnicas que auxiliam a produzir mais e melhor. O evento recebe, em média, 180 mil visitantes por ano, em uma área de 72 ha.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Combina atividades agrícolas, florestais e pecuárias, ao promover a recuperação de pastagens em degradação. De acordo com o Ministério da Agricultura, a área utilizada nessa prática poderá ser aumentada em 4 milhões de hectares nos próximos dez anos. A previsão é que o volume de toneladas de dióxido de carbono (CO2) diminua entre 18 milhões e 22 milhões no período.

Produção Integrada
Esse sistema alinha requisitos de sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, viabilidade econômica e rastreabilidade de todas as etapas produtivas. O sistema prevê a inserção de tecnologias sustentáveis na agropecuária que propiciam a certificação dos produtos.

Indicação Geográfica
Esse tipo de registro é conferido aos produtos ou serviços característicos do seu local de origem, que se distinguem dos similares disponíveis no mercado. Apresentam qualidade única, em função das condições geográficas naturais como solo, vegetação, clima e modo de produção.
(Fonte: Mapa)

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Mercado interno de orgânicos cresce 40%

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As vendas de produtos orgânicos no Brasil alcançaram R$ 350 milhões em 2010. O valor é 40% superior ao registrado em 2009, conforme os números divulgados pelo Projeto Organics Brasil, organização não-governamental (ONG) que reúne empresas exportadoras de produtos e insumos orgânicos. “Esse crescimento representa a difusão do setor.

Cada vez mais pessoas buscam informações sobre produtos orgânicos e, consequentemente, consomem mais esse tipo de alimento”, destaca o coordenador do Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. “As novas regras para a cadeia produtiva de orgânicos, que passaram a ser obrigatórias a partir de 1º de janeiro deste ano, fomentam ainda mais o crescimento do setor”, diz.

O mercado externo de orgânicos também cresceu em 2010. As 72 empresas associadas ao Organics Brasil, que representam mais de 60% do setor, exportaram cerca de U$ 108 milhões no ano passado, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Esse valor é 30% superior às receitas geradas em 2009. Os produtos mais exportados são os do complexo soja (grão, farelo e óleo), açúcar, café, cacau e frutas (abacaxi, mamão e manga). Os principais países consumidores são Holanda, Suécia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Bélgica e Canadá.

Rogério Dias destaca também que o número de feiras de produtos orgânicos tem crescido bastante no país, o que também favorece e incentiva a comercialização. Segundo o coordenador, hoje, os produtos orgânicos mais procurados pelos brasileiros são as hortaliças, legumes, frutas e produtos processados como sucos, arroz, açúcar e café. “O consumidor busca esses produtos nas feiras agroecológicas, onde há uma relação de confiança com o agricultor, que garante a origem dos alimentos oferecidos”, ressalta Dias.

Regulamentação do setor
De acordo com o Ministério da Agricultura, cerca de 5,5 mil produtores já estão de acordo com as novas regras de produção orgânica. Desde o dia primeiro de janeiro, o produto comercializado na rede varejista como orgânico deve conter o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica.

Durante alguns meses, os consumidores ainda poderão encontrar produtos sem o selo em função da comercialização de parte dos estoques produzidos em 2010. Os agricultores que vendem em feiras livres não recebem o selo, mas também devem estar cadastrados no Ministério da Agricultura.

Quem ainda não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se a alguma entidade certificadora. Produtores que fazem venda direta devem se cadastrar no hosite do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do Ministério da Agricultura para as orientações sobre o processo de regularização.

A legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Os agricultores que buscarem a certificação e estiverem de acordo com as normas poderão usar o selo oficial nos seus produtos.

O selo é fornecido por certificadoras cadastradas no Ministério da Agricultura que são responsáveis pela fiscalização dos produtos.

Produtos orgânicos
Verduras, legumes, frutas, castanhas, carnes, pães, café, laticínios, sucos e outros produtos, tanto in natura, quanto processados, são considerados  orgânicos quando cultivados sem agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias sintéticas. A prioridade é empregar matéria orgânica e adotar boas práticas que harmonizem os processos biológicos.

Os produtos orgânicos também são provenientes de sistemas agrícolas baseados em processos naturais, que não agridem a natureza e mantêm a vida biológica do solo ativa. As técnicas para obter o produto orgânico incluem manejo especial do solo e diversidade (rotação) de culturas, que garantem a qualidade dos alimentos.

Também são características fundamentais na produção orgânica a responsabilidade social e ambiental, como o uso adequado do solo, água, ar e dos recursos naturais.

O coordenador de Agroecologia Rogério Dias acredita que o grande desafio para ampliar o sistema orgânico de produção é aumentar o número de profissionais formados nas escolas técnicas e universidades. O ministério pretende reforçar a assistência aos produtores interessados em converter o sistema convencional em orgânico.

Desenvolvimento tecnológico específico, mecanismos que ampliem o acesso da população aos produtos orgânicos e à utilização dos instrumentos de controle para garantia da qualidade são também considerados importantes pelo coordenador.
(Fonte: Mapa)
 
 
 

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Cooperja também realiza Campo Demonstrativo este mês

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No próximo dia 17 de fevereiro acontece a 7 ª edição do Campo Demonstrativo Cooperja (CDC). Esta promete ser uma das mais completas edições já realizadas. Mais de 50 empresas são parceiras do evento. São esperadas mais de 1.500 pessoas, interessadas na busca de novos conhecimentos na área da agricultura.

Segundo o eng. Agrônomo e coordenador do evento, Jordanis Hoffmann, a expectativa é muito positiva. “Os preparativos estão na reta final. Esperamos que os agricultores compareçam em peso. Afinal, todo o trabalho de um ano é dedicado a eles”, afirma Hoffmann.

Nesta edição, além das exposições e inovações para as culturas de arroz, banana, pastagem e milho, o CDC apresenta algumas novidades: a cultura do feijão e o reflorestamento farão parte das demonstrações; as plantas medicinais terão uma área própria para sua exposição e haverá uma área destinada ao lazer das crianças. Mas a grande novidade é a inclusão das tradicionais técnicas de plantio de arroz em solo seco.

A Cooperativa destina uma área com 6 hectares, exclusivamente para o CDC, na localidade de Picadão, em Jacinto Machado (SC). O evento é destinado não apenas para os associados da Cooperja, mas para todos os produtores rurais da região.
(Fonte: Cooperja)

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O que o alimento representa para o mundo de hoje

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*Alysson Paulinelli
Economia
Tenho sempre falado que quem conviveu no Brasil nas décadas de 60 e 70 com os problemas de alimentação tem muito mais experiências nesse campo que os que vivem nos dias de hoje. Até quase o final do século passado, os países tropicais, como o Brasil, pagaram muito caro o seu despreparo de conhecimentos de tecnologias que permitissem o uso dos seus recursos naturais e deles conseguir retirar, competitivamente, os produtos e alimentos para a sua própria manutenção.

Ou eram receptores de "sobras" internacionais ou pagavam um preço muito caro por aquilo que não sabiam fazer (produzir bem e barato). Creio que o Brasil experimentou essas duas condições.

Atribuo isso à evolução que houve no ensino das ciências agrárias no Brasil, no início dos anos 60, colocando próximo ao modelo dos land grant colleges dos americanos, que permitiu que os nossos profissionais passassem a ser muito mais realistas e preparados para enfrentar o novo desafio que surgira.

A crise da ineficiência industrial, com a urbanização repentina do País, o desabastecimento, provocado pela incapacidade de produzir o alimento para o próprio consumo nos centros urbanos, e a primeira grande crise do petróleo, que elevava o preço de um barril de US$ 3 para US$ 11, num país que dependia de 80% de petróleo importado em seu consumo, levaram-nos toda a liquidez da nossa conta café para o buraco e à expectativa de que passaríamos a viver num país derrotado e falido.

Foi aí que valeu o melhor preparo e a evolução das ciências agrárias do País. Permitiram aos governos que acreditassem e investissem em projetos de busca de novos conhecimentos, em criação de novas estruturas de pesquisas, mais ágeis, com autonomia técnica, científica, administrativa e financeira, dando condições de trabalho e produção aos seus pesquisadores.

Não somente o governo federal criou a Embrapa, mas também 17 Estados ou criaram ou fizeram evoluir as suas já tradicionais instituições de pesquisas, num esforço sem precedente, cujos resultados não demoraram a aparecer. Pode-se dizer que, em menos de 30 anos aqui, se desenvolveu a primeira e mais competitiva agricultura tropical do globo.

O País, mesmo com as dificuldades financeiras pelo acúmulo das três crises, teve a lucidez de acreditar que os investimentos em ciência e tecnologia valeriam a pena. Antes de desperdício poderia ser essa a solução de tantos e inreplaceáveis problemas de um Brasil que necessitava se afirmar, e não se curvar diante das ameaças. De país consumidor de alimentos mais caros do mundo, na década 70, que chegava a consumir quase a metade da renda média familiar só em alimentação, chegamos aos anos 2 mil com um dos mais baratos alimentos do mundo, conforme prova o Ipea em sua última pesquisa sobre custos com alimentação, onde esse gasto não passa de 13,6% da renda familiar. De país receptor ou importador de alimentos à custa da conta café, produto tropical que dominávamos, passamos a ser exportador de comida, fibras, outras matérias-primas agrícolas, óleos e até da energia renovável que o mundo tanto necessita. Criamos em 30 anos uma nova e competitiva agricultura tropical, hoje indiscutivelmente uma solução para garantir que o mundo, mesmo com sua demanda duplicada a cada 30 anos, não fique só na dependência de suas regiões temperadas, que praticamente já esgotam os seus recursos de terra.

Agora tanto se fala, novamente, em crise mundial de alimentos, matérias-primas agrícolas e energia renovável, na subida dos preços das commodities agrícolas e o que isso irá representar econômica, social e ambientalmente para todo o mundo. As vistas de todo o mundo se voltam para o potencial produtivo de suas regiões tropicais e, logicamente, para as tecnologias e capacidade produtiva desenvolvidas no Brasil nesses últimos anos do século 20. E o que é mais engraçado é que nem os governos nem o povo brasileiro se apercebem disso. O agricultor, aqui, para o nosso cidadão urbano desinformado (ou, intencionalmente, mal informado), continua como o vilão de toda a história, como um eterno latifundiário, explorador de mão de obra, caloteiro e aproveitador ou destruidor dos nossos recursos naturais. Numa verdadeira fúria legiferante, procura impor e imputar no produtor nacional todas as culpas, crimes e responsabilidades por todos os males e tormentas climáticas que nos assolam. Arbitram-lhes multas impagáveis ou penas insuportáveis, numa ansiedade de justificar sua insanidade estranhamente criada pelos benefícios que receberam em redução de preços de seus alimentos, pela qualidade melhor dos produtos que consomem e pela tranquilidade de que aqui ainda temos as melhores condições de garantias da existência de alimentos, matérias-primas agrícolas, energia renovável, sem a dependência ou os favores de terceiros, como tínhamos há 30 anos. Esse tem sido o preço que o produtor rural brasileiro está pagando por gerar quase US$ 60 bilhões anuais líquidos para nossa balança comercial, afastar o Brasil definitivamente da"

Rotary Club de Teutônia é pioneiro ao neutralizar emissão de gases poluentes

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O Rotary Club de Teutônia é o primeiro do País a neutralizar sua emissão de gases de efeito estufa, principais causadores do aquecimento global. Através do projeto Energia Verde em Harmonia Ambiental, desenvolvido pela Certel Energia, a entidade plantará 32 árvores para neutralizar 6,16 toneladas de carbono equivalente.

A parceria foi oficializada na manhã de terça-feira, dia 18, no auditório da Certel Energia, em Teutônia, onde o presidente, Ivandro Carlos Rosa, acompanhado por colegas rotarianos, recebeu o Selo Carbono Neutro e o certificado do projeto, entregues pela direção da cooperativa.

“É uma satisfação contribuir com o plantio de algumas espécies que serão muito importantes para os nossos filhos e netos. Devemos ter atitudes que influenciem positivamente o futuro das novas gerações”, assinala Ivandro.

Em 2010, o Rotary de Teutônia também participou do projeto Revive Boa Vista, por meio de mutirão de limpeza e arborização nas margens do arroio que passa pelo município.

Na mesma ocasião, houve a renovação de contrato com a Sicredi Ouro Branco e a Reinigend Química do Brasil, ambas de Teutônia, e com a Malharia Silva, de Barão, que novamente neutralizarão suas emissões.

Reinigend Química do Brasil
É a terceira vez que a Reinigend Química do Brasil, que industrializa produtos de limpeza, recebe o Selo Carbono Neutro. Agora, 388 árvores serão plantadas para neutralizar 77,35 toneladas de carbono.

Segundo o diretor, Renato Lauri Scheffler, a recuperação ambiental se alia ao ganho de imagem da marca. “Os clientes perguntam qual o significado do Selo Carbono Neutro nas notas fiscais, e se impressionam pela preocupação que temos em preservar a natureza.

O projeto é importante também por motivar os funcionários que, de diversas maneiras, procuram evitar a poluição”, afirma, acrescentando que as catástrofes ambientais registradas no Brasil e em todo o mundo são um sinal de que a natureza pede socorro.

Sicredi Ouro Branco
“Neste primeiro ano de caminhada que se passou, percebemos especialmente a conscientização das equipes que trabalham na Sicredi, que efetivamente se engajaram no projeto”. A afirmação é do superintendente regional da Sicredi Ouro Branco, Neori Ernani Abbel que, juntamente com o presidente, Silvo Landmeier, recebeu o selo pela segunda vez.

Conforme o superintendente, o projeto desperta para a realidade de que é preciso preservar. “Dentro de nossas operações diárias, a Sicredi tem feito isso, desde o reaproveitamento de papel, utilização de luz solar e economia de energia elétrica. É necessário respeitar muito mais o lugar em que vivemos. Projetos como o Energia Verde mostram que é possível viver em harmonia com o meio ambiente”, ressalta Abbel.

Nesta segunda participação, a Sicredi plantará 586 árvores para neutralizar 116,93 toneladas de gases.

Malharia Silva
Já a Malharia Silva, de Barão, que também recebeu o selo pela terceira vez, plantará 80 árvores para neutralizar 15,77 toneladas de carbono equivalente. “Estamos procurando fazer a nossa parte. Paralelamente, captamos água da chuva, usamos retalhos de madeira na caldeira, reciclamos retalhos de malha e plástico e realizamos o tratamento biológico de esgoto doméstico por zona de raízes”, sublinha o gerente de produção, Luiz Carlos de Souza.

Distribuídos pelo Brasil, os clientes também já se manifestaram surpresos pela responsabilidade ambiental da malharia. “Como já usávamos o selo nas etiquetas da marca Use Tricot e Mix Tricot, e agora também incluímos na Kardiê, grande parte da nossa clientela vê que estamos comprometidos com a preservação do meio ambiente. Na próxima convenção, queremos realizar um trabalho junto aos nossos representantes para que, cada vez mais, levem o bom exemplo desta iniciativa e ajudem a divulgar, por todo o País, tudo que estiver relacionado à recuperação da natureza”, assegura o gerente.

Próximas gerações
O engenheiro agrônomo Ricardo Jasper, responsável pelo departamento de meio ambiente da Certel Energia, diz que o projeto já conta com 39 entidades, entre privadas e públicas, e, com estas novas adesões, o plantio de aproximadamente 66 mil árvores já neutralizou mais de 13 toneladas de carbono equivalente. O vice-presidente, Erineo José Hennemann, destacou que o projeto simboliza uma semente que está germinando e que dará bons frutos para as próximas gerações.
(Fonte: Certel)

 

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Leilão CoE tem preço de abertura de R$ 775 por saca

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O concorrido leilão internacional do Cup of Excellence será realizado, via internet, na próxima terça-feira (18), a partir das 11h (horário de
Brasília). Com preço mínimo de abertura fixado em US$ 3,50 por libra peso, ou cerca de R$ 775,00 por saca de 60 kg, o pregão será disputado por compradores de Brasil, Américas do Norte e Central, Europa e Ásia.

No leilão, serão ofertados os 31 lotes vencedores do 11º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil – Cup of Excellence 2010, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) em parceria com Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Agricoffee Consultoria em Café e Alliance for Coffee Excellence (ACE).

O campeão do certame foi o lote do produtor Cláudio Carneiro Pinto, da Grota São Pedro, localizada no município de Carmo de Minas, no sul de Minas Gerais, com nota 93,91 do Júri Internacional.

Em 2º lugar, com 90,68 pontos, ficou o lote de Carlos Sérgio Sanglard, da Fazenda Serra do Boné, situada na cidade de Araponga, também em Minas. Uma particularidade comum a ambos é o fato de produzirem cafés orgânicos.

A relação completa dos 31 lotes finalistas, com características sobre o café, a propriedade e o sistema de processamento, além da preocupação do cafeicultor com qualidade e sustentabilidades ambiental e social, pode ser acessada no site da BSCA, através do link http://bit.ly/fQse6I.

Neste mesmo endereço estão disponíveis informações sobre todas as etapas do concurso, incluindo as seleções feitas pelos júris nacional e internacional. Expectativa — Segundo o novo presidente da BSCA, Luiz Paulo Pereira Dias Filho, há grande expectativa de bons preços no pregão da próxima terça-feira, uma vez que o mercado cafeeiro apresenta, atualmente, excelentes cotações.

“Além disso, o fato de o campeão e o vice serem cafés orgânicos deve possibilitar quebra de recordes no leilão do Cup of Excellence deste ano, pois são cafés muito bem aceitos em todo o mundo", avalia.

Qualidade preservada — Os cafés que serão comercializados no leilão do Cup of Excellence, no dia 18, não são armazenados nas tradicionais sacas de 60 kg. Por serem grãos de altíssima qualidade, são embalados em plástico resistente e a vácuo, em pacotes de 7,5 kg.

Em cada caixa são colocados quatro pacotes, totalizando 30 kg, o que implica que duas caixas correspondem a uma saca de café. A BSCA explica que, embalados dessa maneira, os cafés verdes preservam todas as suas
características e qualidades até a safra seguinte, também possibilitando que os compradores, como as cafeterias, abram os pacotes de acordo com sua demanda.

O 11º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil teve como juiz principal Eduardo Ambrocio, da Associação Nacional do Café da Guatemala (Anacafé) – considerada uma das instituições de excelência em organização de eventos sobre cafés especiais.

A coordenação técnica ficou com o classificador e presidente da Agricoffee, Sílvio Leite. A auditoria de todas as etapas foi feita pela conceituada BCS ÖKo-Garantie-Brasil.

O leilão pode ser seguido através do link: http://cupofexcellence.org/coeauctions.aspx?tabid=36

Mais informações: http://www.bsca.com.brhttp://www.cupofexcellence.org
(Fonte: CNC)

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