Identidade cooperativa contribui para gerar vantagem competitiva

Painel do 15º CBC debateu importância da cultura organizacional como diferencial no mercado

 

Sonja NovKovic falou sobre a importância e os valores do cooperativismoSonja NovKovic falou sobre a importância e os valores do cooperativismoA essência do movimento cooperativista e as formas de enaltecer e perpetuar essa cultura, a partir de valores como solidariedade, democracia e responsabilidade social, foram o principal foco do painel Identidade Cooperativa: preservando o nosso diferencial. Promovido pela sala temática de Cultura Cooperativista durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, o debate abordou em que medida essa cultura contribui para gerar vantagem competitiva para as cooperativas e sua relação com a capacidade de inovação e adaptação do negócio. 

Os convidados para o painel foram Sonja NovKovic, diretora do International Centre for Co-operative Management, e Tiago Schmidt, presidente da Sicredi Pioneira. A mediação ficou sob a responsabilidade de Camila Luconi, consultora de Transformação no Sicredi. 

Sonja iniciou sua fala com um desafio aos participantes. Ela perguntou quantos deles conseguiriam listar, de cabeça, os sete princípios e os dez valores do cooperativismo. A resposta foi parcialmente positiva para os princípios, mas bastante restrita para os valores. Ela lembrou, então, o quanto esses pontos são importantes na formação da cultura cooperativista. 

Segundo Sonja, a cultura organizacional é um dos pilares fundamentais que delineiam o ambiente e o funcionamento de uma organização. “Ela é composta por princípios, valores e crenças que definem a identidade e a maneira como os integrantes de uma organização interagem entre si e com o ambiente externo. Reúne ainda, hábitos, costumes e comportamentos dos colaboradores que impactam diretamente em sua produtividade”, afirmou. 

A palestrante também destacou que o mundo moderno, muitas vezes, coloca a identidade organizacional sob ameaça, em razão do que classificou como isoformismo, ou seja, a semelhança entre entre propostas de diferentes realidades. “A transformações por imitação de formas, estruturas e processos pode tornar as organizações muito parecidas uma com as outras. O diferencial do cooperativismo está no propósito do modelo de negócios adotado, mas que, muitas vezes, é pouco conhecido ou compreendido”, acrescentou. 

Nesse  sentido, Tiago Schmidt salientou a importância da educação para o fortalecimento da cultura cooperativista. “A identidade não existe sem educação em seu sentido mais amplo, aquele que inclui experiências e vivências práticas. É preciso entender como e porque o cooperativismo é e tem os valores e princípios que defende. Seus propósitos econômicos e sociais precisam ser amplamente conhecidos”, ressaltou. 

Para Tiago, os propósitos econômicos costumam ser mais divulgados por ser mais simples apresentar os dados positivos que o cooperativismo registra no desenvolvimento das comunidades onde está presente e, consequentemente, no país. “Os sociais, no entanto, também são muito importantes para o fortalecimento da nossa cultura. Por isso, precisamos trazer mais pessoas para conversar sobre eles e mostrar o quão diverso, inclusivo e benéfico é nosso modelo de negócios”, completou. 

 

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