Sistema OCB participa da apresentação das propostas do agro para a COP30
Evento na FPA marcou entrega de documento que orientará contribuição brasileira na conferência
O Sistema OCB participou, nesta terça-feira (28), da reunião-almoço promovida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que marcou a apresentação oficial das propostas do agro brasileiro para a COP30. O encontro contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e da superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella, ao lado de lideranças do setor produtivo, parlamentares e representantes do governo federal.
O documento foi apresentado pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, enviado especial para a agricultura na COP30, e reúne as principais contribuições do setor agropecuário brasileiro que devem integrar a posição do país nas negociações climáticas internacionais, durante o evento que será realizado de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA).
A iniciativa foi coordenada pelo Fórum Brasileiro da Agricultura Tropical, com apoio do Instituto Pensar Agro (IPA), que reúne 59 entidades representativas da agropecuária nacional, incluindo o Sistema OCB. O objetivo foi consolidar uma proposta unificada e estratégica que reforce o papel da agricultura tropical como solução global para a segurança alimentar, a transição energética e o enfrentamento das mudanças climáticas.
Durante o evento, o ex-ministro Roberto Rodrigues destacou que o Brasil tem a oportunidade de liderar uma agenda climática positiva e baseada em resultados concretos. Segundo ele, o agro brasileiro é parte essencial da solução para o desafio global de produzir mais com menos impacto ambiental, conciliando conservação e crescimento econômico.
Compromisso
Representando o cooperativismo, Tania Zanella ressaltou que o documento apresentado reflete o amadurecimento da agenda de sustentabilidade do setor e o compromisso do movimento com a transição climática. “O cooperativismo reconhece esse documento como um retrato da força e da representatividade do nosso setor. É um material robusto, construído a muitas mãos, que reúne história, mas, sobretudo, propostas. E é isso que o agro quer: ocupar espaços, apresentar resultados e mostrar o que já faz há anos”, afirmou.
Tania também destacou o papel das cooperativas como agentes estratégicos da ação climática no campo. “As cooperativas têm mostrado, na prática, que é possível conciliar produção e preservação. Esse é um diferencial que o Brasil pode levar à COP30: um modelo que gera renda, conserva recursos naturais e promove desenvolvimento local”, acrescentou.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a presença do Sistema OCB no processo de construção e defesa dessas propostas reforça o papel do cooperativismo como protagonista da sustentabilidade no campo. “O cooperativismo é parte essencial da solução climática brasileira, porque é capaz de gerar escala e garantir que o desenvolvimento chegue a quem produz, sem abrir mão da sustentabilidade”, afirmou.
Setor produtivo
Tania falou ainda sobre a importância do documento no contexto do IPA. “Estamos levando adiante um trabalho conjunto entre as 59 entidades representadas pelo IPA, com a meta de garantir que o posicionamento do setor produtivo e o dos parlamentares caminhem alinhados, não apenas durante a COP30, mas também no pós-evento, porque a agenda climática é permanente”, completou.
O documento Agricultura Tropical Sustentável propõe ações concretas em quatro eixos principais: o fortalecimento do financiamento climático; a valorização da ciência e da inovação tropical; o incentivo à bioeconomia e à agricultura regenerativa; e a ampliação do papel do Brasil nas negociações internacionais sobre clima e segurança alimentar.