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Brasília (7/2/18) – Quando o assunto é aliar desenvolvimento no campo e sustentabilidade ambiental, um grande exemplo que o Brasil tem para mostrar é a Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa). Há quase 20 anos, ela contribui para a melhoria do processo produtivo nas lavouras da região de Pedro Afonso, importante polo produtor de grãos naquele estado. Além disso, a Coapa tem uma forte atuação no cuidado com as pessoas, apoiando projetos desenvolvidos por organizações da sociedade civil.
Entre as instituições assistidas de forma contínua está a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Pedro Afonso. Além de contribuir mensalmente para a realização das atividades, a cooperativa desenvolve campanhas, como o Dia de Cooperar – com a participação de dezenas de voluntários –, para viabilizar a manutenção, reforma e ampliação das instalações da entidade que, atualmente, atende cerca de 100 pessoas com necessidades especiais.
PENSANDO NO FUTURO
Outra iniciativa é realizada com o grupo Amigos do Meio Ambiente (AMA), criado em 2010 pelo professor e historiador Fabrício Rocha. No projeto, que atualmente atende 35 adolescentes com idades entre 14 e 16 anos, são realizadas atividades de educação ambiental, como a implantação de praças ecológicas, ações de incentivo a preservação ambiental e práticas esportivas.
“A cooperativa é uma parceira de todas as horas. Desde que o grupo foi criado sempre contamos com o apoio dos associados da Coapa, seja na doação de mudas, na mobilização social, entre outras atividades em prol do meio ambiente”, afirmou o professor Fabrício Rocha.
ESPORTE E EDUCAÇÃO
No esporte, além do apoio individual a atletas de diversas modalidades, a cooperativa é uma das patrocinadoras oficiais da Liga Esportiva de Pedro Afonso (Lepa). Conforme o diretor da instituição, Filho Tranqueira, poucas empresas têm o interesse em ações sociais como a cooperativa. “A Coapa tem esse olhar positivo para esse tipo de atividade que gera mudanças na comunidade. Não apenas em relação ao esporte, mas em diversas áreas que atende”, frisou.
Uma das parcerias de sucesso foi a realização da Taça Coapa. A competição foi realizada em 2017 e teve a participação de 11 equipes. “Foi algo que ficou marcado como um dos principais eventos do esporte municipal e também estadual”, destacou Filho Tranqueira.
Já na área educacional, a entidade cooperativista apoiou as quatro edições do Concurso de Redação, Educação e Jornalismo: Cristo Rei e Centro-Norte Notícias. Somente em 2017, o evento literário contou com a participação de 304 estudantes do 1º ao 3º ano do ensino médio do Colégio Cristo Rei, instituição de ensino de Pedro Afonso considerada uma das mais tradicionais do Tocantins.
TRANSFORMANDO REALIDADES
O engajamento da cooperativa em prol da melhoria social, da igualdade de direitos e do acesso a serviços rompe as esferas cooperativistas e une forças com as mais diversas entidades desde o executivo municipal até o Poder Judiciário. Desta forma, a Coapa disponibiliza seus profissionais para atuarem de forma efetiva nos conselhos municipais, estaduais e de cooperativismo, pois entende que a participação em deliberações em prol da sociedade é uma forma de contribuir com a aplicação correta das políticas públicas para a população de Pedro Afonso e região.
A agente de Desenvolvimento Humano Maria Silvana Ramos explicou que a Coapa decidiu que é muito mais produtivo e de maior alcance apoiar de forma contínua projetos sociais que contemplem ações voltadas ao bem comum do cidadão. “Os dirigentes da Coapa acreditam que ações bem estruturadas como o Dia de Cooperar e o patrocínio para projetos sociais obtém melhores resultados que a simples doação, pois o cooperativismo não é assistencialismo, uma vez que é voltado para o equilíbrio social e econômico”, destacou.
Dessa forma, a cooperativa une esforços para apoiar causas e projetos que mudam a realidade das pessoas envolvidas. “Todos os projetos que apoiamos são estudados com seriedade e aprovados pelos cooperados na Assembleia Geral”, concluiu.
Já o presidente da Coapa, Ricardo Khouri, enfatizou que a cooperativa tem como princípio de existência o interesse pela comunidade na qual ela está inserida. “O incentivo de ações que visam o desenvolvimento social garante que a sociedade deixe de ter ilhas de prosperidade isoladas para garantir uma oportunidade igualitária a todos os cidadãos”, comentou.
Para ele, as ações da cooperativa, em junção a projetos desenvolvidos pela comunidade, são bastante efetivas e garantem uma mudança na realidade dos municípios onde a Coapa atua. “Levamos diretamente, através destas ações, noções de cidadania aos moradores das cidades”, ressaltou Ricardo Khouri. (Ascom Coapa)
Brasília (07/02/18) – Inspirar pessoas e motivá-las a conhecer o cooperativismo, o jeito mais humanizado de cuidar das pessoas e de gerar resultados financeiros, ao mesmo tempo. Este é o objetivo da Websérie SomosCoop, que está com um novo episódio pronto para mostrar que cooperar vale a pena.
O SomosCoop é um movimento iniciado pelo Sistema OCB que pretende mobilizar os cooperados brasileiros em torno do orgulho de ser cooperativista, além de divulgar o cooperativismo para a sociedade.
A ideia da websérie é apresentar, em vídeos curtos para a internet, exemplos de histórias de vidas transformadas a partir do cooperativismo, ressaltando tanto os valores quanto os benefícios desse modelo de negócio.
“Como no cooperativismo o grande capital são as pessoas, nada melhor que disseminar para a sociedade essa corrente a partir de exemplos que mostrem, na prática, esse poder de mobilização e de transformação”, conta Daniela Lemke, gerente da Gerência de Comunicação do Sistema OCB.
Novo Capítulo
O novo capítulo, com o título Um Caminho a Ser Seguido, tem foco nas experiências e histórias de cooperativistas que vivem no Rio Grande do Sul, na região de Nova Petrópolis e Caxias do Sul. Uma equipe de colaboradores do Sistema OCB e suas unidades estaduais, além de fornecedores, tem trabalhado bastante para apresentar os novos capítulos com histórias de famílias produtoras de uva (vinho, suco), leite e hortaliças. Gente que vive do cooperativismo e que aposta nesse modelo empreendedor de negócios para mudar suas vidas. Clique na imagem para assistir.
1º Episódio
No primeiro episódio, intitulado Apontando Para o Futuro, vimos a história da cidade de São Roque de Minas (MG), que teve sua vida totalmente transformada pelo cooperativismo. O destaque era a formação da cooperativa de crédito – Saromcredi – que ajudou a financiar a produção local, fomentar o comércio e a economia e, ainda, levou a constituição de uma cooperativa educacional.
Continua
A produção da websérie continua e a equipe já vai iniciar a gravação de mais um capítulo com histórias inspiradoras. A ideia é mostrar outros exemplos, de regiões, cooperativas e ramos diferentes pelo país. Todo esse material está nas páginas das nossas mídias sociais ( Facebook, YouTube, Twitter), aqui em nosso site, e no site do movimento, o somos.coop.br.
SomosCoop
O movimento SomosCoop busca despertar a consciência das pessoas para a importância do cooperativismo e, ainda, gerar orgulho naqueles que abraçam a causa. Seu principal objetivo é conectar cooperativas, cooperados e a sociedade em torno de uma única causa: construir um Brasil mais justo, equilibrado e com mais oportunidades para todos.
O movimento SomosCoop acredita que é possível, sim, unir desenvolvimento econômico e social, e somar forças e compartilhar resultados. E é por acreditar nessa proposta diferenciada que as cooperativas brasileiras trabalham diariamente pelo fortalecimento do país.
Ex-ministro da Agricultura entre 2003 e 2006, o empresário paulista Roberto Rodrigues tem no currículo uma grande atuação no ramo do agronegócio e do cooperativismo. Foi secretário estadual de Agricultura de São Paulo nos anos 1990, criou a Agrishow e foi presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) por dois mandatos (1985/1991), da Organização Internacional de Cooperativas Agrícolas (1992 a 1997) e da Aliança Cooperativa Internacional - ACI (1997/2001), órgão centenário que congrega mais de 900 milhões de pessoas no mundo, por meio de 250 organizações nacionais cooperativas.
Rodrigues palestrou em 2017 na UFSM e concedeu uma entrevista exclusiva ao Diário, em que defendeu sua proposta para o desenvolvimento do Brasil: de se consolidar como o maior produtor mundial de alimentos e transformar essa na principal bandeira do país, não só para gerar mais renda e empregos ao homem do campo, mas também ao das cidades. Confira:
Diário - O cooperativismo é o futuro no agronegócio?
Rodrigues - É uma das alternativas. No agronegócio, e na agricultura, particularmente, há uma regra dada pela economia globalizada, que é a seguinte: a margem por unidade de produto tende a diminuir cada vez mais pela economia globalizada e a economia internacional. De modo que no médio e no longo prazo, a renda do produtor rural se dará pela escala, e não pela unidade de produto. Então, o pequeno produtor, por definição, não tem escala, porque é pequeno. Ele está morto, liquidado? Não, porque ele pode fazer a escala através da cooperativa.
Além do que ela é um instrumento de distribuição de tecnologia, de insumo adequado, de crédito, do seguro, ela agrega valor e negocia em pool. Ela vai ajudar o produtor a ter custo menor e a ter maior renda, e ainda por cima, ele participa do processo em escala. Então, para o pequeno produtor, a cooperativa é a única saída, e também para o grande. Por maior que seja um produtor, ele compra x toneladas de fertilizantes, se a cooperativa compra 10x, ele vai ser beneficiado também. Só que a sua presença beneficia o pequeno. A cooperativa tem esse lado solidário, em que o grande ajuda o pequeno, e vice-versa.
Diário - Qual sua visão do agronegócio hoje?
Rodrigues - Há um olhar das instituições multinacionais quanto ao futuro sobre o tema segurança alimentar, e hoje todos os estudiosos nessa área entendem que o Brasil tende a ser e tem de ser o grande supridor mundial de alimentos. Para isso, é preciso que haja dois tipos de movimento. Um público, de políticas públicas, com estratégias ligadas à área de renda, comércio, logística e infraestrutura, legislações que estão obsoletas. Mas a gestão privada também precisa fazer a parte dela e se organizar para enfrentar a concorrência internacional. E essa parte é a cooperativa. O Brasil tem um desafio global fantástico para que se torne o campeão mundial da segurança alimentar, mas só pode falar isso se tiver uma política pública adequada e uma estrutura cooperativista sólida, que permita a competitividade de maneira clara.
Diário - Recentemente, o senhor defendeu uma revolução na área do agronegócio. Que revolução é essa?
Rodrigues - Eu estou propondo uma plataforma para o Brasil. Os países hoje, emergentes, criaram todos uma plataforma para o desenvolvimento. A China, exportação. A Índia, TI (informática). A Coreia, eletroeletrônica. O Brasil tem vocação natural que é o agro, mas não acho que esse seja o nosso sistema. Ele deve ser alimentar o mundo, segurança alimentar. Eu estou propondo uma plataforma em que o agro seja responsável, mas que a sociedade toda se incorpore ao programa para alimentar o mundo e seja o campeão mundial da segurança alimentar. Esta é a segunda vez que estou falando e propondo isso. A primeira vez foi num evento em Gramado e eu estou ainda refletindo sobre isso.
A sociedade brasileira já reconhece a importância da agricultura hoje, mas não assume a agricultura como um setor dela. A Catherine Deneuve, atriz francesa, ao ganhar um prêmio, no seu discurso de agradecimento, dedicou o prêmio aos agricultores franceses. Depois, instada a explicar, ela disse "eu estou viva graças a eles, senão, não teria comida e agradeço a eles". Eu fiquei imaginando qual seria o ator brasileiro que diria uma coisa dessas.
Diário - Para esse projeto sair do papel, o que é preciso?
Rodrigues - É preciso ter uma série de políticas públicas e privadas. As públicas precisam ter uma política de renda. O banco e a seguradora são urbanos, mas é preciso que haja uma visão desses segmentos no projeto de segurança alimentar do país. O seguro rural foi a primeira coisa que eu fiz quando assumi em 2003, e hoje, 14 anos depois, não tem 10% que usam na agricultura brasileira. E isso que é seguro contra questões climáticas, não é seguro de renda.
Não existe nada nessa direção porque o Estado não se interessou, e nem o agronegócio enxerga a vantagem de ter um seguro contra acidentes de toda ordem, climáticos ou comerciais. É preciso que haja seguro de renda. Hoje, 40% dos negócios agrícolas no mundo se dão por acordos bilaterais, mas nós não temos nenhum acordo, estamos à margem do processo. Precisamos olhar isso com mais interesse. Políticas logísticas, de infraestrutura. Uma fotografia de centenas de caminhões encalhados no BR-163, por causa de 50 km de estrada de terra, é inacreditável que ainda exista isso.
Por que não asfaltaram aquele trecho? E todo mundo sabe que é uma tragédia anunciada, mas ninguém faz nada. Política logística é essencial, ferrovia, porto, e todo mundo que trabalha nessas áreas é urbano. Então, o compromisso é de toda a nação. E não são necessárias só políticas públicas, mas também ações privadas. Hoje, tecnologia não é mais um tema de discussão e debate.
Tecnologia transitou em julgado. Qualquer país sabe que, sem tecnologia, não se produz e não será competitivo. O problema é poder comprar tecnologia, o acesso a ela. Nem sempre os produtores conseguem comprar tecnologia por razões das mais variadas. Mas todo mundo sabe que precisa dela. Um tema que não é igualmente reconhecido é o da gestão na agricultura e na agroindústria, menos nas cooperativas. Não há uma matriz mais ou menos uniforme em que todo mundo possa fazer uma conta aproximada. Se não tiver essa questão de custos de produção minimamente adequada, como você vai saber se está ganhando dinheiro ou não? Saber quanto custa, qual o estoque, qual a melhor ferramenta de vender e de comprar o insumo. Gestão comercial, tributária, fiscal, é uma coisa tão essencial. Aqui tem um cenário importante para a universidade avançar, que é a questão da gestão, financeira, comercial, fiscal e tributária, de RH, meio ambiente, gestão de risco, tem "n" capítulos na área de gestão que precisam ser incorporadas com tanto vigor quanto a tecnologia foi incorporada.
Uma máquina de cortar cana custa R$ 1,5 milhão, então você precisa ter um engenheiro para administrar aquilo, tem de formar gente. Outro dia, na Agrishow, vi máquinas que daqui a três ou quatro anos vão estar andando sozinhas. O cara no escritório administra três máquinas. Plantadoras com 38 linhas. Mas como fica o pequeno produtor? Onde ele entra nessa história? Vai ter um drone para ele. O problema é ter renda para comprar. Do que adianta ter um drone ou pulverizador aéreo se ele não puder comprar? Por isso tudo, é preciso investir muito na gestão e em processos. Gestão de recursos humanos, de riscos, e ambiental são temas que ainda estão ao largo na agropecuária brasileira. Há gente com gestão primorosa, mas não é uma coisa universal.
Diário - Nesse aspecto, por que o senhor defende o papel das cooperativas?
Rodrigues - O papel das cooperativas é cada vez mais importante. A economia globalizada tende a reduzir a margem dos produtos, e o pequeno produtor rural, por definição, não tem escala. Ele está morto? Não, pois ele consegue escala por meio da cooperativa. A cooperativa também oferece gestão e tecnologia, assistência técnica e crédito, vai industrializar o produto e o embalar. Então, a cooperativa não só dá escala ao pequeno produtor, mas como dá uma condição de renda, pois sozinho, o produtor pequeno não consegue isso. Há pesquisas que mostram que onde o produtor rural é associado a uma cooperativa, ele tem uma renda 5% maior do que aquele produtor da mesma região que não é cooperativado.
Quando se fala em projeto de transformar o Brasil no líder em segurança alimentar no mundo, as cooperativas têm um papel fundamental. Uma cooperativa para ter sucesso precisa de três fatores. Primeiro, ela tem de ser necessária. "Vamos fazer uma cooperativa? Vamos". Mas se ela não for sentida pela base cooperativada como uma empresa necessária, não adianta fazer. Nós temos exemplos disso às carradas. O governo militar, nos anos 1970, decidiu ocupar a fronteira agrícola com cooperativas de reforma agrária e levaram colonos do Sul para a Amazônia, o Centro-Oeste. Todas morreram. Não eram sentidas pelos assentados como importantes. Mais do que isso, o governo nomeava o presidente (das cooperativas). Cooperativa tem de ser de baixo para cima. Em segundo lugar, cooperativa é uma empresa, e para isso, precisa ter resultado, ter lucro. E terceiro: tem de haver uma liderança que consiga expor para sua base os valores e os princípios da doutrina para harmonizar esse processo todo.
O bom líder cooperativista, até o começo desse século, era aquele que era capaz de interpretar os anseios dos cooperados. A globalização acabou com essa velha forma de liderar, pois agora precisa ter agilidade nas decisões, e a cooperativa por definição democrática, tende a perguntar o que vocês acham. Com a globalização, não dá mais tempo de perguntar o que vocês acham que tem de fazer. O novo líder não é mais o intérprete dos sonhos, ele é o propositor dos sonhos. Ele é o visionário que rasga a cortina do horizonte e enxerga o caminho que tem de ser seguido e prova para os cooperados. É preciso ter um programa e não só qualidades pessoais.
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FONTE: Diário de Santa Maria
Brasília (16/1/18) – A história que você vai ler está servindo de modelo para o cooperativismo e também para o Banco Central do Brasil. Ela mostra como uma cooperativa é capaz de transformar, para sempre, as vidas de milhares de pessoas. Estamos falando da Sicoob Credichapada – cooperativa de crédito sediada na cidade mineira de Chapada Gaúcha, onde é realizado o Programa de Educação Cooperativa, Empreendedora e Financeira.
Para o Banco Central, o programa é considerado referência nacional e, com o apoio do Sicoob Credichapada as aulas de educação financeira são ministradas em 30 escolas públicas da região, beneficiando mais de sete mil estudantes. O assunto foi o destaque principal da 22ª edição da revista Saber Cooperar, editada pelo sistema OCB e que já está disponível aqui em nosso site Revista Saber Cooperar. Confira!
Crédito para o futuro
Sete da manhã, sol a pino, poeira a rodo. É cedo, faz calor e o pó incomoda, mas os estudantes da Escola Municipal Getúlio Inácio de Farias, encravada na Comunidade Marimbas, zona rural do município de Chapada Gaúcha, no norte de Minas Gerais, estão prontos para mais um dia de estudo. No programa, aulas de matemática, português, história, geografia, artes e cooperativismo. Sim, é isso mesmo que você leu: cooperativismo.
Os alunos da escola, dirigida por Marinho Neves, 42 anos, são moradores da própria comunidade Marimbas, além das comunidades de Pequi, Cabeçudo e Mangal. No dia a dia, eles aprendem sobre cooperativismo, empreendedorismo e educação financeira. Nessas aulas, descobrem como economizar dinheiro, comprar de maneira consciente, calcular juros e escolher, de forma responsável, o que fazer com os próprios recursos.
A iniciativa ocorre graças ao Programa de Educação Cooperativa, Empreendedora e Financeira, um dos muitos projetos apoiados pela Sicoob Credichapada – cooperativa de crédito sediada na cidade e liderada pelo gaúcho Marcos Maier, 42 anos. Considerado referência nacional de educação financeira pelo Banco Central, o programa atende sete mil estudantes, em mais de 30 escolas públicas, nos municípios de Chapada Gaúcha, Urucuia, Pintópolis, São Francisco e Januária.
Em sala de aula, esses meninos e meninas estudam e aplicam os sete princípios cooperativistas (veja quadro), além de exercitar o comportamento empreendedor e a gestão das finanças pessoais. O conhecimento é aplicado de forma prática em cooperativas escolares – espécie de “laboratórios” para a vivência dos conceitos estudados a partir da produção e venda de produtos, com gestão dos alunos.
Atualmente são duas: a Cooperativa Escolar União (Unicoop), na Escola Municipal Getúlio Inácio de Farias, e a Cooperativa Escolar Moacir Cândido, da Escola Estadual Moacir Cândido (Coopermoc). A terceira está em processo de constituição, na Escola Estadual José Manoel Cirino, no Distrito de São Joaquim, em Januária (MG).
Eleita democraticamente presidente da Unicoop, a estudante Kelly Mendes, 17 anos, tem se empenhado em ajudar a cooperativa escolar a constituir um patrimônio. Somente em outubro do ano passado, ela e os outros cooperados – todos do ensino fundamental e médio – arrecadaram R$ 3.500 com a venda de hortaliças, frutas, bolos, biscoitos, doces e artesanato, como bonecas de palha.
O dinheiro foi reinvestido na própria escola e também na cooperativa. Depois de muito negociar com as empresas locais, eles conseguiram bancar a reforma do colégio, construir a sede da Unicoop, comprar móveis e eletrodomésticos, confeccionar camisetas e ainda montar uma horta comunitária.
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Brasília (20/12/17) – O desenvolvimento regional no Norte do país. Este o objetivo do convênio assinado nesta terça-feira (19/12), entre o Bancoob e o Banco da Amazônia, visando o repasse de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), por meio do cooperativismo de crédito.
O Banco da Amazônia é o administrador do fundo e os mecanismos de repasse dos recursos estão previstos na Portaria 23/2017, do Ministério da Integração – que estabelece as normas da gestão dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FNO, FCO e FNE)
Esta Portaria é fruto do trabalho realizado pela OCB, em parceria com os Sistemas Cooperativos, junto ao Ministério da Integração Nacional, no final de 2016. As regras estabelecidas pela Portaria para repasse ficaram mais claras e passam a dar maior previsibilidade para os agentes operadores realizarem a operação com o tomador final do recurso.
NA PRÁTICA
Devido à sua capilaridade, as cooperativas de crédito reúnem todas as condições para democratizar o acesso aos recursos dos fundos constitucionais. Para se ter uma ideia, em todo o país, há mais de 5,7 mil pontos de atendimento de bancos cooperativos e, em 564 municípios, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes.
Em função disso, por exemplo, os Bancos Cooperativos já operam os recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), administrados pelo Banco do Brasil. Agora, com a assinatura do convênio com o Banco da Amazônia, espera-se repetir a experiência de sucesso, também, na região Norte. Inclusive, o Banco Sicredi já está trabalhando para, ao lado do Bancoob, operar com os recursos do FNO.
“Em breve, o Sistema Cooperativo estará, por meio de seus dois Bancos, fazendo com que os recursos do FNO cheguem com mais facilidade a quem mais precisa dele nos longínquos rincões do Norte do Brasil”, comenta Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Brasília (15/1/18) – O ano de 2017 foi de crescimento acima da média para o cooperativismo catarinense no agronegócio. A perspectiva é de que 2018 acompanhe esse resultado – que vem melhorando a cada ano – e seja positivo para o setor. Clima favorável, plano safra coerente, bons preços e o aumento das exportações são as apostas para o sucesso neste ano.
Para o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc), Luiz Vicente Suzin, o ano será de desafios, mas o produtor e o empresário rural enfrentarão com determinação, fé no trabalho e visão de futuro.
“Estamos otimistas. No plano interno, teremos uma boa safra e não deve faltar matéria-prima para a agroindústria. Não haverá aquela escassez acentuada de milho no mercado interno como ocorreu em 2016. Os preços dos grãos devem reagir e o ano será bom para os produtores rurais e, por extensão, para toda a economia brasileira. No plano externo, acreditamos na ampliação das exportações do agronegócio brasileiro”, projeta.
MUDANÇAS
O ano eleitoral que vem pela frente é considerado uma oportunidade para se discutir o atual estágio da agricultura e do agronegócio brasileiro e realçar as prioridades para o setor, de modo que façam parte do programa de governo dos candidatos. “Com certeza a agricultura estará na pauta da campanha eleitoral porque a sociedade brasileira reconhece, hoje, a importância do setor primário como a locomotiva da economia nacional, especialmente nesses tempos de crise”, aponta Suzin.
Outra mudança para este ano é o projeto de lei que tramitou em 2017 e permite que as cooperativas de crédito administrem recursos dos municípios. “Essa inovação facilitará a vida das administrações dos municípios brasileiros que não contam com bancos oficiais. As cooperativas de crédito atuam em todos os municípios, prestando serviços aos correntistas, às empresas e, agora, ao Poder Público municipal. Milhares de brasileiros serão beneficiados”, considera o presidente da OCESC.
A melhoria para o crédito rural também é uma perspectiva para 2018. Essa será uma das reivindicações das entidades de defesa e representação do setor primário da economia brasileira. Com a redução da Selic para 7%, é preciso rever a situação dos juros e demais encargos cobrados nas operações de crédito agrícola que tornaram-se relativamente elevados. A estabilização da inflação, associada à lenta retomada do crescimento econômico e a estabilização do câmbio, permitiu à autoridade monetária reduzir o nível da taxa básica da economia (Selic) e isso deve contribuir para a redução das taxas de juros aplicadas sobre o crédito rural no próximo Plano Agrícola e Pecuário.
CENÁRIO COOPERATIVISTA
As 265 cooperativas catarinenses reúnem mais de 2 milhões de associados, mantêm 58 mil empregos diretos e faturam mais de R$ 31,5 bilhões por ano. O associativismo integra metade da população catarinense e também registra alto crescimento. “As pessoas estão compreendendo que o cooperativismo é um caminho para trabalho com dignidade e renda proporcional ao seu esforço. Isso se deve a ação das cooperativas em todos os municípios catarinenses e ao esforço de comunicação social que temos feito nos últimos anos através da Ocesc, do Sescoop e das próprias cooperativas”, destaca o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de SC, Luiz Vicente Suzin.
BALANÇO
Em 2017, a Ocesc completou 46 anos de história. Fundada em 28 de agosto de 1971, ao longo desse período tornou-se uma das mais atuantes entidades do setor, coordenando ações que são referência em todo o País. Por outro lado, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Santa Catarina (Sescoop/SC) completou 18 anos e promoveu intensa qualificação profissional, envolvendo dirigentes, conselheiros, colaboradores e cooperados, incluindo seminários para assessores jurídicos, assessores de comunicação, secretárias e gestores.
O Sescoop/SC fomentou e financiou, durante o ano, a formação e capacitação profissional, promoção social, monitoramento e desenvolvimento de cooperativas, ações centralizadas, ações delegadas, auxílio educação, Programa Cooperjovem, Programa Jovens Lideranças Cooperativistas (JovemCoop), Mulheres Cooperativistas, Jovem Aprendiz, auxílio-educação, Programa de Desenvolvimento da Gestão de Cooperativas (PDGC), formação para conselheiros administrativos e fiscais para cooperativas de crédito (Formacred), monitoramento e auditoria em pequenas cooperativas. (Fonte: Ocesc)
Brasília (15/1/18) – As cooperativas de Transporte mineiras têm colecionado bons resultados nos últimos anos. Prova disso foi que, mesmo em um ano de crise econômica em todos os setores, elas registraram um crescimento de cerca de 4% em seu faturamento de 2017, segundo estimativa da Federação das Cooperativas de Transporte de Cargas e Passageiros do Estado de Minas Gerais (Fetranscoop-MG).
Para o presidente da entidade, Evaldo Moreira de Matos, essa evolução se deve, entre outros fatores, à melhoria dos processos de gestão, estimulada pela adesão ao Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativa (PDGC), desenvolvido pelo Sescoop Nacional e disseminado pelo Sistema Ocemg.
"Percebemos que a iniciativa traria ganhos para a nossa gestão ao promover um alinhamento entre as nossas ações e a prática de mercado. Além disso, passou a haver um maior envolvimento do quadro social e funcional- cooperados, colaboradores e diretoria, além da percepção dos nossos clientes sobre esse movimento, o que permitiu a conquista de uma fatia maior de mercado. Tudo isso nos trouxe redução dos índices de retrabalho, padronização e sistematização dos processos, além, é claro, do incremento financeiro", explica o presidente.
CRESCIMENTO
Criado em 2002, o ramo Transporte vem registrando crescimento constante, sendo um dos segmentos cooperativos que mais crescem no país. De acordo com o presidente do Sistema, Ronaldo Scucato, o ramo foi oficializado em função do entendimento de que as cooperativas de transporte contavam com especificidades importantes que deveriam ser consideradas para sua evolução.
"A desvinculação do ramo Transporte dos ramos Trabalho e Lazer comprovou que as cooperativas de Transporte precisavam de regulação e legislação próprias para avançarem e isso está mais que comprovado 16 anos depois. Atualmente, o ramo é um dos que mais cresce em Minas. Percebemos uma mudança em termos de organização e, consequentemente, de retorno das cooperativas de cargas, que têm se destacado significativamente nos últimos anos. Já o transporte de passageiros vem enfrentando concorrência de aplicativos e passa por um momento muito oportuno de reinvenção e fortalecimento", comenta Scucato.
NÚMEROS
Minas Gerais conta, atualmente, com 144 cooperativas de carga e de passageiros. O setor emprega 1.692 pessoas, possui 22.465 associados e registra um faturamento de R$ 1,13 bilhão ao ano. A frota tem aproximadamente 14 mil veículos, responsáveis pela circulação de mais de 15,5 milhões de toneladas de cargas. Já as cooperativas de transporte de passageiros contam com sete mil veículos, que transportam aproximadamente 1,4 milhão de pessoas por mês. No Brasil, o cooperativismo de Transporte reúne 1.205 cooperativas, com mais de 136 mil associados e gera 12 mil empregos diretos. (Fonte: Ocemg)
Brasília (18/12/17) – Os brasileiros devem começar a sentir, nos próximos anos, os efeitos pós-crise econômica. E, se as previsões do economista Ricardo Amorim se confirmarem, eles serão positivos! O especialista em administração e finanças internacionais foi o convidado especial do último evento com foco econômico e destinado a cooperativas de crédito, realizado, em 2017, pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). O evento ocorreu na Casa do Cooperativismo Brasileiro, em Brasília, na quinta-feira, dia 14/12.
Ricardo Amorim, que atua no mercado financeiro desde 1992, dentro e fora do país, sempre como economista e estrategista de investimentos, apresentou um estudo no qual é possível visualizar que, desde 1900, todas as vezes que o Brasil viveu uma grande recessão, os anos seguintes registraram um crescimento econômico favorável.
Segundo ele, esse fenômeno vai voltar a ocorrer nos próximos três anos. Ele considerou a atual crise econômica, pela qual passam os brasileiros, como algo de proporções que o Brasil nunca viu antes. Amorim também fez questão de frisar que o momento de as cooperativas crescerem é agora, já que o cenário é favorável para ramos como crédito, agropecuário, saúde e educacional.
Ele que é um dos debatedores do programa Manhattan Connection da Globo News desde 2003 e colunista na revista IstoÉ, é o entrevistado desta semana no portal do Sistema OCB. Confira abaixo o que ele pensa sobre crise, oportunidade e cooperativismo.
Em momentos de crise econômica, qual o grande problema das expectativas, independentemente de serem positivas ou negativas?
A questão das expectativas é que elas refletem o passado e não o futuro, normalmente. Quando o passado é bom, as expectativas tendem a ser muito altas. Quando o passado é ruim elas tendem, pelo contrário, a ser muito baixas.
Ou seja, como o passado recente da economia brasileira foi péssimo, as expectativas são as piores possíveis. A gente viveu a mais longa, profunda e grave crise econômica da história brasileira e ela veio junto com uma crise política e moral, também, em proporções que o Brasil nunca tinha visto. E a conclusão é: o brasileiro tem expectativas muito ruins para os próximos anos, considerando o aspecto econômico.
Eu, ao contrário, tenho exatamente as expectativas opostas. Porque, se analisarmos a história brasileira desde 1900, todas as vezes que vivemos crises econômicas graves, na sequência o que nós tivemos foi um crescimento econômico muito forte.
Veja só, todas as vezes que saímos de uma crise econômica muito aguda – e nenhuma delas foi tão aguda quanto essa, o Brasil cresceu, pelo menos 5% ao ano, por pelo menos três anos seguidos, na sequência.
Hoje, os economistas estimam um crescimento econômico de 2% para o Brasil, nos próximos três anos, na média. Contudo, para mim, a economia brasileira vai crescer muito mais do que as pessoas acreditam, atualmente.
Então, uma crise é importante para o processo econômico?
Ouvimos falar muito que as crises trazem oportunidades, mas eu prefiro pensar diferente. As crises, na verdade, trazem problemas! O que pode trazer oportunidade é como nós reagimos a elas. No cooperativismo, por exemplo: o que faz com que se converta crise em oportunidade é exatamente o fato de que as pessoas se aproximarem mais.
Então, o que a crise cria é a oportunidade de nos reinventarmos de uma forma melhor e mais forte. Se as cooperativas conseguirem ter a capacidade de melhorar seus processos, suas equipes, seu atendimento, seu serviço e seus produtos, aí, sim, elas terão criado as oportunidades.
Mas é possível registrar crescimento, sem passar por uma crise?
Em tese, sim, mas infelizmente, a natureza humana mostra que só nos mexemos quando a coisa fica difícil, não quando a coisa está fácil. Eu costumo dizer, em tom de brincadeira, que sou uma pessoa ‘do contra’. Quando as coisas vão bem, costumo ser aquele que faz o papel de chato, que alerta para não afrouxar, que é o costumamos fazer, já que tudo está favorável.
Quando as coisas estão indo bem, achamos que continuarão caminhando bem sozinhas, mas isso não acontece. Elas só foram bem, graças ao que fizemos bem anteriormente. É por isso que precisamos continuar assumindo o nosso papel de protagonista para que as coisas continuem indo bem. Afinal, tudo é reflexo do que fazemos.
A crise faz o contrário. Quando as coisas vão mão, elas nos apertam, nos chacoalham e aí, sim, percebemos que precisamos fazer o que precisa ser feito para tudo melhor.
Então, considerando esse cenário em que as coisas começam a melhorar, quais as oportunidades que as cooperativas têm diante de si?
Falando especificamente sobre as cooperativas de crédito, a grande oportunidade vem do fato de que, hoje, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, não estão em uma situação financeira tão tranquila quanto estavam há alguns anos.
Na minha opinião, isso se deve a algumas diretrizes erradas de pisar no acelerador num momento em que a economia brasileira estava piorando (estamos falando de três, quatro anos atrás). Essas diretrizes erradas causaram alguns problemas de crédito na carteira dessas duas instituições, deixando-as mais limitadas para expandir seu crédito.
Os bancos estrangeiros têm reduzido sua presença no Brasil e os bancos privados também têm sido reticentes. Isso é que cria as oportunidades para as cooperativas de crédito.
Outro ponto, é que as cooperativas, de maneira geral, atuam nos setores que estão entre os que mais crescem no Brasil. Dentre eles, posso citar três:
- Educação: temos a participação de cooperativas muito importantes nesse setor. O Brasil viveu um momento de expansão da classe média – fenômeno que deve volta a ocorrer nos próximos anos – e isso fez com que muitas pessoas buscassem mais educação.
- Saúde: o mesmo fenômeno fez com que muitas pessoas buscassem mais saúde. E essa é uma outra área em que as cooperativas são muito fortes. Aliás, saúde é um setor que as pessoas tendem a buscar cada vez mais, porque o setor público está em uma situação financeira difícil, limitando sua capacidade financeira de prover esse serviço básico ao cidadão. Consequentemente, isso gera oportunidade para quem trabalha com saúde no setor privado.
- Agronegócio: esse setor vem sendo e continuará a ser um dos motores da economia brasileira, porque a demanda por comida no mundo, principalmente vinda da China e da Índia, deve crescer muito mais nas próximas décadas. E isso gera, mais uma vez oportunidades para as cooperativas agrícolas porque elas são muito fortes.
Aliás, por falar em cooperativas agropecuárias, temos um outro fator de oportunidade para todas as outras cooperativas: graças ao agronegócio forte, o interior do país também tem se fortalecido muito.
Nos últimos 15 anos, para se ter uma ideia, as cidades do interior cresceram muito mais que as capitais brasileiras. E em 2018 isso não será diferente. A grande questão é que, as cooperativas, em geral, têm uma grande presença nas cidades do interior do país, especialmente as agropecuárias e de crédito.
Brasília (14/12/17) – O bairro do Guamá, em Belém (PA), foi o local escolhido para sediar as primeiras cooperativas mirins da Região Norte do Brasil. Com o apoio do Instituto Sicoob, Sicoob Cooesa, Sistema OCB/PA e a organização Espaço Cultural Nossa Biblioteca, a Assembleia Geral de Constituição de duas singulares do programa ocorreu no auditório da Central Sicoob Unicoob - Regional Amazônia, junto aos novos cooperados.
Formada por 33 crianças, entre 8 a 13 anos, a Cooperativa Flor do Norte, escolheu como objeto de aprendizagem a confecção de livros de poemas, contos, minicontos e parlendas, enquanto a Cooperativa Guamá Primeira do Norte, formada por 24 adolescentes de 14 a 17 anos, optou por trabalhar com obras acerca da história da instituição sede.
Ambas as cooperativas têm por objetivo promover a responsabilidade, o compromisso e a cidadania visando principalmente a prática do cooperativismo como uma experiência do empreendedorismo.
“É de suma importância essa oportunidade em que as crianças aprendem, desde cedo, a serem cidadãos conscientes e não dependentes do capitalismo buscando outra forma de se organizar economicamente”, afirma a professora orientadora das cooperativas, Joana Chagas.
As iniciativas para a implantação do programa no Pará deram início em maio deste ano onde, por meio de um curso de capacitação sobre cooperativas mirins, diversas instituições e professores sentiram-se interessados em poder participar e buscar melhores oportunidades de inclusão e transformação da realidade de pais e filhos através do cooperativismo.
“No nosso bairro há muita criminalidade, mas também muita cultura. Queremos um futuro melhor para todos nós. Há crianças aqui que querem ser empresárias, jogadores de futebol e escritores. Todos esses sonhos são possíveis de realizar, basta acreditar e se esforçar para que se realizem”, afirmou a presidente da Flor do Norte, Maria Niele Soeiro.
A Assembleia de Constituição contou com a presença da vice-diretora regional do Instituto Sicoob, Vera Almeida, presidente da Cooperativa Sicoob Cooesa, Francisca Uchôa, do diretor regional da Central Sicoob Unicoob, Elisberto Torrecillas e do presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol. O evento foi palco para a deliberação de membros da Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal além das aprovações de estatuto, logomarca e objeto de aprendizagem das cooperativas.
Para a presidente do Sicoob Cooesa, Francisca Uchôa, o Sistema Sicoob acredita ser parte responsável das comunidades onde está inserido. “Temos a obrigação de nos preocupar com o entorno onde as cooperativas funcionam. Nossa preocupação é com o desenvolvimento da sociedade. Este é o trabalho que iremos desenvolver pelas Cooperativas Mirins, promover que as crianças ditem futuramente as normas do cooperativismo e continuem essa história”, declara Uchôa.
O Programa Cooperativa Mirim fomenta a formação de cooperativas nas escolas e instituições que atendam crianças e adolescentes. A cooperativa mirim é uma associação de alunos que, sob a orientação de um Professor Orientador, se unem voluntariamente visando satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio da vivência e prática do cooperativismo.
Essas cooperativas são dirigidas e coordenadas pelos próprios alunos da instituição social ou instituição de ensino regular – públicas ou particulares – e tem por finalidade o desenvolvimento de competências, hábitos e atitudes por meio de uma prática pedagógica disseminando os princípios do cooperativismo, harmonizando-os aos interesses com a comunidade, na produção de bens ou prestação de serviços, obtendo, por fim, responsabilidades sociais, morais e econômicas dentro e fora do ambiente escolar, com distribuição dos resultados proporcionais entre os membros participantes.
Nas cooperativas mirins, os alunos produzem trabalhos artesanais, como caixas decoradas, pintura em tela, panos de prato pintados à mão, objetos de decoração com recicláveis, e doces como brigadeiros, bolos e biscoitos. O desenvolvimento dos produtos acontece sob a orientação do professor orientador e demais profissionais da escola capacitados pelo Instituto Sicoob. É importante ressaltar que a finalidade está na prática pedagógica, na vivência do cooperativismo, de seus valores, e na formação de futuras lideranças cooperativistas e empreendedoras. (Fonte: Imprensa Instituto Sicoob)
Brasília (13/12/17) – Um dia inteiro dedicado a pensar nos próximos passos do cooperativismo do país. Foi assim o Encontro dos Presidentes do Sistema OCB, realizado hoje, na Casa do Cooperativismo Brasileiro, em Brasília, e que contou com a participação dos representantes do movimento cooperativista nacional.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou o empenho de todos os presentes. “A participação de todos aqui demonstra o nível do comprometimento das nossas lideranças. É fundamental discutirmos o hoje para planejarmos, juntos, um amanhã melhor. Isso fortalece, sem dúvida, as nossas cooperativas e um cooperativismo forte é sinônimo de economia forte”, destaca.
O grupo de líderes discutiu dentre outros temas o movimento SomosCoop, uma campanha nacional de valorização das cooperativas brasileiras, seus cooperados e empregados. Eles conheceram as etapas e a forma de adesão tanto das unidades estaduais quanto das cooperativas do país.
Para participar basta acessar o site: www.somos.coop.br, fazer o cadastro e baixar o material disponível. “A participação de todas as organizações estaduais e cooperativas fará a diferença nesse movimento que vai mostrar ao Brasil que o cooperativismo é feito de pessoas engajadas, motivadas e comprometidas com o coletivo, com o global”, comenta Márcio Freitas.
PAUTA
Os presidentes de organizações estaduais do Sistema OCB também discutiram questões relacionadas à realização da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que deve ocorrer em 2019, indicadores de desempenho, diretrizes finalísticas e governança do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), uma das entidades que integram o Sistema OCB, ao lado da OCB e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). O evento contou, também, um a participação de Valdir Simão, ex-ministro da Controladoria Geral da União.
Brasília (6/12/17) – Atrelada ao modo como as empresas são geridas, a governança foi o foco principal do painel que trouxe ao Brasil o professor holandês George Hendrikse, especialista em economia das organizações. Ele foi um dos convidados de honra do Sistema OCB para participar da programação da quarta edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo.
Dentre as áreas de atuação, George ensina sobre governança, tomada de decisão coletiva e esquemas de remuneração. Fundou um dos centros de pesquisa voltados para cooperativas agropecuárias mais importantes dos Países Baixos. É autor de 14 livros e mais de 100 artigos publicados em revistas científicas. Para ele, trabalhar a sucessão pode ser um dos melhores caminhos para encontrar soluções ligadas à governança das cooperativas. Confira!
Poderia explicar o que é governança?
A governança diz respeito à organização de transações e está associada à gestão de uma empresa/cooperativa. É responsável pelo estabelicimento de políticas e pelo monitoramento contínuo de um planejamento, dentre outras coisas.
Você poderia resumir suas palavras, disse durante a EBPC?
A cooperativa é uma empresa criada por um grupo de pessoas, objetivando a promoção de seus interesses em comum. Essas pessoas possuem um negócio baseado em relacionamentos e são essas relações que farão toda a diferença nas transações comerciais. O que percebo, com relação ao universo cooperativista, é que as cooperativas possuem uma série de vantagens quando as comparamos às empresas tradicionais. No entanto, essas vantagens exigem boa governança. Só assim, as cooperativas poderão transformar uma boa relação em lucro.
Qual é a importância da EBPC para desenvolver nosso movimento cooperativo?
O EBPC é uma ótima plataforma para reunir as cooperativas e os acadêmicos. Por meio de eventos como este, os acadêmicos apresentam seus trabalhos e pesquisas uns dos outros e tomam conhecimento dos problemas e dos desafios enfrentados pelas cooperativas. É ainda um espaço para que as lideranças cooperativistas troquem ideias e apertem os laços com a comunidade acadêmica.
Me senti contemplado com uma programação de três dias e resultado de uma excelente combinação entre apresentações realizadas tanto por acadêmicos quanto por cooperativas. Outro ponto que gostaria de destacar foi a presença dos jovens. É gratificante ver tantos jovens acadêmicos pesquisando sobre as cooperativas.
Por fim, acredito que o envolvimento do Sescoop e da OCB com a pesquisa científica é fundamental e pode resultar em projetos conjuntos, beneficiando os dois lados dessa relação.
Qual é o nível de maturidade das cooperativas brasileiras em termos de governança?
O Brasil é um país enorme e, por isso, possui uma variedade de realidades quando se trata de cooperativas. Isso é bastante evidente e, claro, requer um status de governança diferente. Por exemplo, os agricultores do Sul do Brasil geralmente não têm mais de 100 hectares de terra, enquanto um agricultor no estado de Mato Grosso tem, às vezes até seis mil hectares. São perfis distintos.
Outro exemplo de variedade está na composição da cooperativa. As médias, por exemplo, possuem cooperados com maior nível de escolarização per capta do que as cooperativas agrícolas, onde há cooperados que, possivelmente, nem sabem ler.
Se falarmos de legislação, há muito a ser feito, ainda, considerando o grau de regulação de outros países. Tudo isso nos coloca numa posição de avaliar de maneira bem distinta o grau de governança das cooperativas do Brasil.
Como as cooperativas podem aprimorar suas práticas de governança?
O princípio orientador deve ser o de que a cooperativa atenda aos interesses de seus membros e o principal deles tem de ser o bem-estar da cooperativa. Essa deve ser a principal preocupação daqueles que a dirigem. Por exemplo, em muitos países, o presidente não pode ocupar o cargo por mais de quatro anos. Isso faz com que ele, obrigatoriamente, prepare um sucessor. Aqui no Brasil isso não ocorre, embora perceba uma preocupação com a questão da sucessão.
Talvez uma solução pudesse ser a criação de um programa que estimule novas lideranças. A OCB, por exemplo, poderia criar mecanismos para preparar os jovens cooperados a participar de órgãos representativos como o conselho fiscal e o de administração.
Outra coisa que pode ser revista é a origem do presidente de uma cooperativa. Na Europa e nos EUA, um CEO é, muitas vezes, um gerente profissional e não necessariamente um cooperado. Para isso, é claro, ele deve ter uma e comprovada experiência em gestão de empresas. Existe também uma tendência para profissionalizar o conselho de administração e o conselho fiscal.
Brasília (27/11/17) – O cooperativismo tem sido reconhecido pela sociedade por ser uma das ferramentas de geração de trabalho e renda mais justas e socioeconomicamente inclusivas. Além disso, o movimento cooperativista brasileiro é considerado, também, como um importante ator no cenário econômico do país. Por essas razões, o jornal Valor Econômico acaba de divulgar um caderno especial sobre esse setor econômico de destaque.
Além de um panorama das cooperativas no Brasil, o material também chama a atenção para o aumento da atuação do setor ao longo deste ano e para participação das cooperativas na balança comercial brasileira, mostrando como as cooperativas contribuem com segmentos importantes do setor econômico, tais como logística, armazenagem e exportação.
Ramos como Crédito, Consumo, Educacional e Transporte também aparecem com destaque na publicação que tratou, ainda, de investimentos em gestão profissionalizada e intercooperação. Ficou interessado em ler? É simples, basta clicar nos títulos abaixo.
2. Consultoria prevê ampliação da oferta de crédito em 15% este ano
3. Fusões e incorporações aumentam concentração no setor
4. Modelo avança e eleva venda anual para R$ 123 bilhões
5. Vinícolas gaúchas apostam em produtos de alto valor agregado
6. Transporte cresce com preocupação no futuro
7. Escola busca inspiração na Alemanha
8. Ramo de consumo sofre com tributo e insegurança
9. Exportações alcançam participação histórica
10. Marcas comuns revelam uma boa sinergia entre as operações
Brasília (5/12/17) – Refletir sobre o presente e planejar o futuro. Com esses dois objetivos, o Sistema Cooperativista Baiano reuniu sua estrutura de governança e lideranças cooperativistas entre os dias 30/11 e 1º/12, em Salvador, para a oitava edição do Encontro de Alinhamento Estratégico. O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, participou do evento, que também contou com representantes de cooperativas do estado baiano.
Para o presidente anfitrião, Cergio Tecchio, “o encontro tem se consolidado como um importante espaço de reflexão sobre o cooperativismo da Bahia, direcionando os rumos do cooperativismo no estado da Bahia.
DEBATE
A temática Relacionamento da cooperativa com o associado foi o mote do debate entre os participantes a partir da palestra de Marcos Antônio Zordan, diretor de Agropecuária da Aurora Alimentos, que apresentou o caso de sucesso da Cooperativa Central Aurora e afirmou diversas vezes que “a força do cooperativismo é muito grande”.
Ele fez um resgate histórico desde a fundação da cooperativa e a trajetória até os dias atuais, destacando aspectos relacionados à gestão, governança e também aos fatores de sucesso, tais como: valorização do trabalho dos produtores rurais cooperados, treinamento e capacitação do quadro social, fidelização dos associados e estímulo à participação desses nas suas cooperativas e o trabalho pautado na honestidade, simplicidade e integração.
RESULTADOS
A programação do encontro também contemplou a apresentação dos resultados das ações realizadas pela OCEB e pelo Sescoop/BA em 2017 e o que vem pela frente em 2018. No ano que vem, o Sistema OCEB prevê a realização de mais de 350 ações para beneficiar 223 cooperativas e um público de mais de 7,5 mil pessoas, dentre associados, funcionários e conselheiros.
SOMOSCOOP
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, fez um apanhado das questões que foram pauta do ano para o cooperativismo brasileiro, destacando a atuação do Sistema OCB junto aos Três Poderes da República. Ele também lançou a campanha SomosCoop. “O objetivo desse movimento é conectar cooperativas, cooperados e a sociedade em torno de uma única marca para tornar o cooperativismo conhecido e reconhecido por mais e mais brasileiros”. (Com informações do Sistema OCEB)
Brasília (5/12/17) – Reguladas por um amplo arcabouço legal, as cooperativas do Ramo Trabalho têm ampliado sua participação no mercado graças à união e à sua constante busca pela melhoria dos processos que envolvem gestão, governança e competitividade. Um bom exemplo disso é o Seminário Regional do Cooperativismo de Trabalho, cujo objetivo é discutir as alternativas que permeiam aspectos como legislação, ato cooperativo e aspectos tributários e previdenciários.
E foi com essa intenção que representantes das cooperativas da região Centro-Oeste se reuniram nestas segunda e terça-feira, na sede do Sistema OCB/MT, em Cuiabá. O grupo foi recebido pelo presidente da entidade, Onofre Cezário de Sousa Filho, e pelo diretor da OCB, Petrucio Magalhães Júnior, que acompanha o Ramo Trabalho.
Para ambos, o Seminário Regional é uma excelente oportunidade para troca de experiências, repasse de informação e fortalecimento do orgulho de ser cooperativista.
Durante sua fala, a coordenadora nacional do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho, Margareth Garcia da Cunha, reforçou a necessidade de maior intercooperação entre as cooperativas, o que, para ela, é condição básica para superar as barreiras impostas pela realidade do mercado brasileiro atual.
DIAGNÓSTICO
A coordenadora fez um apelo para que todas as cooperativas disponibilizem seus dados e respondam ao diagnóstico do Ramo que está sendo realizado em todo Brasil. “É preciso conhecer quem somos, quanto impactamos no mercado, quanto contribuímos para o desenvolvimento nas nossas regiões. Precisamos de informação para traçarmos um planejamento estratégico e sob medida”, alerta.
RAIO X
Vanderlei Aparecido Silva, representante mato-grossense no Conselho Consultivo do Ramo Trabalho, fez um retrato estadual do segmento, que conta com 13 cooperativas e com mais de sete mil associados. Com relação ao diagnóstico, Silva explicou que 11 cooperativas do MT já responderam aos questionários e reforçou a importância da participação. (Com informações do Sistema OCB/MT)
Brasília (24/11/17) – Mais um brasileiro tem a chance de fazer parte de um dos maiores projetos de intercâmbio agropecuário do mundo: o Nuffield International Farming Scholarship 2018/19. É que os realizadores do projeto acabam de abrir uma vaga para um representante da piscicultura brasileira. A vaga é o resultado de uma parceria que acaba de ser firmada entre o Grupo Bom Futuro e Nuffield Farming, organizadora do projeto. Cooperados que lidam com piscicultura podem participar.
Os interessados só precisam participar do processo de seleção. As inscrições terminam no próximo dia 3/12 e podem ser feitas, clicando aqui. O brasileiro selecionado terá a oportunidade de conhecer as melhores práticas da agricultura mundial e contribuir com a disseminação dos casos de sucesso e com a segurança alimentar ao redor do mundo.
O escolhido receberá uma bolsa de US$ 30 mil e, ao longo de 19 meses viajará em grupos e individualmente para conhecer experiências bem-sucedidas e desafios do agronegócio em muitos países. Vai conhecer, ainda, os mecanismos produtivos dos mais variados grupos ao redor do globo, bem como se organizam, agem e pensam.
PRÉ-REQUISITOS
Três requisitos são imprescindíveis aos que se interessarem pelo programa da Nuffield: 1) ter perfil de liderança, o que inclui senso natural de compartilhar conhecimento; 2) identificar-se com a essência do “desenvolvimento” e 3) trabalhar em algum segmento do agronegócio (produção, gestão, distribuição, comunicação, políticas do setor).
É preciso ainda ter conversação fluente em inglês e idade no intervalo aproximado de 25 a 40 anos. Ao se inscrever, o candidato deve apresentar um projeto de estudo sobre tema que o motive a buscar informações em diferentes partes do mundo. Nos primeiros meses do programa, o selecionado pode ajustar ou mesmo mudar seu tema, em linha com a mentoria que recebe.
Os novos Nuffieldianos devem manter suas atividades profissionais durante o programa. Precisarão reorganizar seus afazeres apenas nos períodos em que viajarão em grupo ou individualmente.
CONTRAPARTIDA
Os participantes deverão, ao final da experiência, auxiliar a Nuffield Farming, uma entidade sem fins lucrativos com mais de 70 anos de atuação, a disseminar as boas práticas de segurança alimentar, promover, desenvolver e inspirar outras lideranças do agronegócio, estar conectados a agricultores de todo o mundo, visando a troca de experiências e a serem promovedores da transferência de conhecimentos, além de um entusiasta da criatividade a favor da produtividade no campo.
A ideia é que os representantes de cada país consiga expandir seu conhecimento de mundo e realizar uma pesquisa sobre um tópico de seu interesse e que traga benefícios para o agronegócio da sua região. “Em síntese, estimulamos protagonistas de desenvolvimento”, explica a embaixadora da Nuffield no Brasil, Sally Thomson.
SAIBA MAIS
A Nuffield Farming mantém um programa de estímulo ao desenvolvimento de profissionais do agronegócio há 70 anos. O objetivo é a “transformação” das pessoas que já se dedicam ao agronegócio. Além do Brasil, a Nuffield Farming seleciona anualmente profissionais com perfil de liderança também em países como Reino Unido, Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, França, Holanda e Estados Unidos, entre outros.
O número de vagas em cada país varia de acordo com parcerias firmadas com empresas e entidades. Ao todo, são selecionados cerca de 80 profissionais por ano, que se somam aos já cerca de 1,7 mil membros da rede Nuffield, cuja missão é Liderar mudanças positivas no agronegócio, estimulando a dedicação e o potencial das pessoas.
O cooperativismo de crédito é uma alternativa para enfrentar as mudanças no mercado financeiro no país e proporcionar melhoria da vida das comunidades e das cidades. E para isso as cooperativas precisam se adequar às mudanças em andamento que o Banco Central do Brasil está promovendo. As cooperativas de crédito do Amazonas, dado as questões geográficas do estado, têm um grande desafio para aumentar o acesso a produtos e serviços financeiros.
O que isso significa para as cooperativas? É isso que Silvio Giusti veio dizer para as lideranças e todos os cooperados do cooperativismo de crédito. O encontro começa às 8h30 no auditório da Sicoob Uniam, na rua Afonso Pena, e leva o dia todo. Silvio Giusti é coordenador do projeto OCB/DGRV e consultor da DGRV, a entidade que centraliza e fiscaliza as cooperativas da Alemanha. O projeto que Giusti coordena é esse encontro, que é realizado em todo o país. A Alemanha é o berço desse cooperativismo e hoje atingiu um nível de confiança da população, que tem integral confiança da população dos municípios.
- alemão já reconhece essas cooperativas como sendo o diferencial inquestionável. Antes de colocar seu recurso em um banco internacional, ele coloca na sua cooperativa. Porque ela pertence a ele. Ela é da comunidade. É da cidade. É dele. A sociedade percebe que deixar o recurso ali depositado é fácil, o bem é para a toda a comunidade, para toda a acidade, para as próximas gerações”, explica.
Giusti observa que as cooperativas do Amazonas precisam ficar atentas para as mudanças e trabalhar a educação financeira. “Quanto mais fortalecidas forem as cooperativas de crédito mais vão poder fazer esse processo de inclusão financeira e educação cooperativista da educação financeira
Brasília (20/11/17) - Cooperativas de Recife, Garanhuns, Caruaru e Petrolina participam, desde a última segunda-feira (13/11), de uma missão internacional de estudos na cidade de Mondragon, no País Basco, ao norte da Espanha. A missão técnica, possibilitada pelo Sescoop/PE, contempla reuniões estratégicas e visitas a cooperativas dos ramos Crédito e Saúde. A programação segue até o próximo domingo (19/11).
O objetivo é oportunizar o conhecimento de práticas exitosas da corporação Mondragon, referência internacional no âmbito do segmento. A programação e o roteiro de visitas foram elaborados pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebrás).
As cooperativas participantes são: Unimed Recife, Unimed Caruaru, Uniodonto Caruaru, Unimed Vale do São Francisco (VSF), Coomeb, Uniodonto Garanhuns, Uniodonto Recife, Coopanest, Sicredi Centro PE, Sicredi VSF e Sicredi Pernambucred.
As visitas às cooperativas, nos três primeiros dias da missão internacional, incluíram a Saiolan, incubadora de projetos, ideias e negócios para cooperativas; o supermercado Eiroski; a Faculdade de Educação da Universidade Mondragon; a Ulma, cooperativa industrial que fornece embalagens para produtos do mundo todo, inclusive do Brasil; e a Alecop, cooperativa de estudantes, que busca ampliar a inserção de jovens no mercado de trabalho. Para Giovanni Rattacaso Filho, conselheiro do Sescoop/PE, a experiência trará resultados positivos.
“Temos investido em ações para viabilizar aos representantes de cooperativas o conhecimento de outras realidades. A missão de estudos em Mondragón tem sido uma experiência ímpar para todos nós aqui presentes por termos a oportunidade de saber como eles criaram uma identidade tão forte do ponto de vista cooperativista, desde a identificação da família, passando por uma educação escolar onde se aborda também o cooperativismo. Aqui, a cultura cooperativista em todos os ramos está bem presente no sentimento das pessoas”, afirmou. O diretor financeiro da Unimed Recife, Divaldo Bezerra, partilha da opinião.
“Mondragon nos impressiona tanto em virtude de sua experiência quanto no que diz respeito à inter-relação com a sociedade. É uma relação em que os envolvidos têm uma participação direta não só na gestão, mas na propriedade e nos resultados. Existem, claro, as diferenças geográficas, mas, guardadas as devidas proporções, podemos aplicar e adequar a imensidade da experiência que Mondragon nos mostra”, afirmou.
Alguns exemplos exitosos vivenciados nos primeiros dias do evento incluem a participação bastante variada nos conselhos das cooperativas, a exemplo de sociedades do Ramo Educação onde pais de alunos e professores são associados com igual poder de manifestação.
Ainda, nesse âmbito, a Universidade Mondragon, com suas quatro faculdades e mais de 4 mil alunos, é uma referência onde os graduandos integram o Conselho de Administração junto aos seus professores e demais associados e podem participar, entre outros assuntos, na definição do próprio valor da matrícula a ser paga. Para o presidente do Sescoop/PE, Malaquias Ancelmo de Oliveira, a iniciativa trará grandes benefícios para o estado de Pernambuco.
“Este é um curso renomado e referência internacional no âmbito do cooperativismo, e o grupo que participa é bastante capacitado. Imaginamos que a junção dessas duas vertentes poderá resultar em um grande aprendizado. Esperamos preparar dirigentes das cooperativas de Pernambuco no âmbito da gestão e da governança de forma que isso se reflita em benefício dos associados”, concluiu.
CORPORAÇÃO MONDRAGON
Fundado em 1956 pelo sacerdote José María Arizmendiarrieta, o grupo é integrado por 102 cooperativas e conta com mais de 73 mil trabalhadores, além de possuir filiais e delegações em mais de 40 países e vendas em mais de 150. A corporação atua nas áreas de finanças, indústria, distribuição e conhecimento e figura como principal grupo empresarial do País Basco, além de estar entre as dez principais corporações espanholas.
O grupo possui uma estrutura que também abrange empresas de outras naturezas e sua atuação está presente nos cinco continentes. As cooperativas que integram o grupo são autônomas e, por isso, tomam as próprias decisões, mas integram o grupo como forma de se fortalecer e de compartilhar conhecimentos.
Um exemplo disso é um banco de dados de ideias inovadoras, disponível para todos os associados das cooperativas que integram a corporação. O conhecimento de novas tecnologias, produtos e processos são disponibilizados gratuitamente e podem ser utilizados e implementados por todos, com o apoio de consultoria dos que integram a corporação. (Fonte: Sistema OCB/PE)
Brasília (20/11/17) – Quando o assunto é cooperativismo, a teoria e a prática têm andado de mãos dadas pelo desenvolvimento das cooperativas brasileiras. E essa parceria – que envolve a rotina diária do setor e o estudo científico – está sendo celebrada de hoje até quarta-feira (22/11), durante a quarta edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC).
O evento é uma realização do Sistema OCB e ocorre no auditório da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), em Brasília. O tema deste ano é: “Desenvolvendo negócios inclusivos e responsáveis: cooperativas na teoria, política e prática”.
Os objetivos são evidenciar o cooperativismo como um modelo de negócios diferenciado e que precisa ser estimulado local e regionalmente, e promover uma aproximação entre a área acadêmica e a realidade das cooperativas brasileiras.
Pesquisadores de todas as partes do país, além de representantes de unidades estaduais do Sistema OCB, acompanham a programação baseada em quatro eixos norteadores: identidade e educação, quadro legal, governança e gestão e capital e finanças.
Tempestividade
Durante a abertura do evento, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez questão de ressaltar a velocidade com que tudo tem evoluído nos últimos tempos. Segundo ele, as cooperativas têm se empenhado em acompanhar as mudanças, entretanto, com o apoio dos pesquisadores acadêmicos esse ritmo de adaptação legal, operacional, mercadológica e social passa a ser muito mais tempestivo.
“As cooperativas precisam ser competitivas para dar resultados aos seus cooperados, por isso, é muito importante colocar em prática tudo aquilo que a academia pesquisa e desenvolve. As cooperativas subsidiam esses estudos com dados, informações, relatórios e documentos. E, como contrapartida, os pesquisadores devolvem estratégias diferenciadas, por exemplo, de como melhorar a rotina das nossas cooperativas”, argumenta Márcio Freitas.
Ao final de seu discurso, o anfitrião se disse muito grato pelo trabalho dos estudiosos. “Nós estamos muito agradecidos pela contribuição que as pesquisas de vocês trazem ao nosso movimento. Saibam que o sucesso de vocês é o sucesso das nossas cooperativas”, conclui.
Futuro
Para o secretário-executivo da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), Marco Antônio Lima, o EBPC é uma grande oportunidade de pensar e planejar o futuro tanto do movimento cooperativista quanto da economia nacional.
GANHA-GANHA
Davi Moura, professor doutor e integrante do Comitê Científico do IV EBPC, também ressaltou a relevância da relação entre cooperativa e pesquisadores. Para ele, quando ambos os lados somam suas forças, o resultado obtido são benefícios bilaterais de fundamental importância para o desenvolvimento tanto de um lado quanto de outro.
Cooperação
Por fim, Danilo Barros Nassif Junior, coordenador do Programa de Pesquisa em Engenharias do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou a celebração de um acordo de cooperação com o Sistema OCB, visando a inclusão do cooperativismo no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para ele, o cooperativismo é a solução para muitos problemas socioeconômicos no país. A previsão é de que o acordo seja assinado ainda neste ano.
Programação
Logo após a abertura do evento, o analista técnico e econômico da OCB, Hugo de Castro Andrade, fez uma apresentação institucional sobre o papel de cada uma das entidades que compõem o Sistema OCB (Sescoop, OCB e CNCoop), discorrendo ainda, sobre os principais números do setor.
A programação desta segunda-feira terminou com o painel Quadro Legal e Identidade Cooperativa, moderado pelo pesquisador da Escola Superior de Cooperativismo (Escoop), do Rio Grande do Sul, Márcio de Conto, e que contou, ainda, com a apresentação dos professores Gustavo Diniz, da USP, e Hagen Henry, da Universidade de Helsinki, localizada na Finlândia.
Veja a galeria de fotos do evento.
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite do último dia 16, por 345 votos a 8, o requerimento de urgência para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 100/11, que possibilita que as disponibilidades de caixa dos entes públicos municipais sejam depositadas em cooperativas de crédito.
Segundo o Deputado Domingos Sávio (MG), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e autor do projeto, o PLP 100/2011 vai fortalecer a economia local por meio das cooperativas de crédito, hoje presentes como única instituição financeira em mais de 10#$-$#dos municípios brasileiros.
Em pronunciamento durante a votação do requerimento de urgência, Domingos Sávio destacou que o projeto visa fortalecer o municipalismo brasileiro, trazendo às prefeituras mais alternativas de agentes financeiros. “Hoje, o cooperativismo de crédito está presente em todo o território nacional, organizado com toda a regulamentação do Banco Central. Porém, muitas vezes, sofremos uma situação em que os entes públicos acabam tendo que depositar suas disponibilidades de caixa em cidades vizinhas, muitas vezes em bancos privados, não incentivando a economia local”.
Por meio de emenda do Deputado Evair de Melo (ES), que faz parte da Diretoria da Frencoop, o Sescoop também poderá organizar, administrar e executar suas disponibilidades de caixa em cooperativas de crédito. Em pronunciamento no plenário, Evair de Melo destacou que o “cooperativismo de crédito precisa, merece e vai ter essa oportunidade de poder contribuir, com o setor público brasileiro, além dos setores privado e rural.”
O PLP 100/2011 está na pauta mínima de prioridades da Agenda Institucional do Cooperativismo 2017. Para o Sistema OCB, com maior alavancagem, as cooperativas poderão potencializar e pulverizar o financiamento de produtores, cooperativas e micro e pequenos empreendedores do interior do país. Hoje, 76#$-$#das operações de crédito das cooperativas estão abaixo de R$ 5 mil.
PRÓXIMOS PASSOS
Com a urgência aprovada, o PLP 100/2011 está pronto para ser incluído na pauta do plenário da Câmara. Caso aprovada, a matéria segue para análise do Senado Federal.
Brasília (8/11/17) – Competitividade, legislação e regulação, comunicação, governança, intercooperação e representação sindical. Estes são os seis desafios a serem enfrentados pelas cooperativas de crédito brasileiras, nos próximos quatro anos, e que fazem parte das Diretrizes para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, lançado nesta quarta-feira (8/11).
O lançamento foi feito pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e pelos integrantes da coordenação do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (CECO), durante o painel Definindo rumos para o Crédito Cooperativo, que contou com a participação do diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil, Paulo Sérgio Neves de Souza. A cerimônia ocorreu como parte da programação do III Fórum de Cidadania Financeira realizado pelo Banco Central do Brasil em Vitória (ES).
Além dos desafios, o documento também apresenta as respectivas diretrizes para a atuação conjunta das mais de mil cooperativas singulares que integram o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), composto, ainda, por 35 centrais, três federações e cinco confederações, para atender os 9 milhões de cooperados em todo o país.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou que graças à diversidade de ideias e ao apoio de todos os integrantes do SNCC, foi possível construir o documento de forma conjunta. O trabalho reflete que o cooperativismo de crédito está com o seu olhar voltado para o futuro, sem descuidar do presente.
“A elaboração desse material reflete o grau de maturidade de todo o SNCC, uma demonstração de força e união do segmento e, com certeza, um importantíssimo passo para o fortalecimento do cooperativismo de crédito brasileiro”, avalia o líder cooperativista.
O coordenador do CECO, Leo Airton Trombka, explicou o objetivo do documento. “Nós unimos nossos esforços para enfrentar esses desafios de maneira conjunta, como é a praxe do movimento cooperativista. Esse esforço resultou no nosso plano básico de voo. Uma rota que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo traçou com o devido respeito às peculiaridades de cada sistema, com seus respectivos quadros associativos e particularidades geográficas”, comenta. (entrevista sobre o assunto)
Por fim, segundo Trombka, é importante ressaltar que todas as diretrizes traçadas pelo segmento cooperativo serão desdobradas em ações e metas que deverão ser discutidas e executadas no âmbito do CECO. Conheça as Diretrizes Estratégicas do SNCC, clicando aqui.
FUNDO GARANTIDOR DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO - FGCoop
Alinhado à essa importante reflexão estratégica do cooperativismo de crédito, foi construído o Plano Estratégico do FGCoop 2018-2022, também lançado durante o III Fórum de Cidadania Financeira do Banco Central. Além de definir missão, visão e valores, o plano traça os objetivos estratégicos da instituição, que delinearão os projetos para o quinquênio.
“Esse documento será a base para os projetos com os quais o FGCoop quer consolidar o seu papel não de mero pagador de depósitos, mas de instrumento para fortalecimento, confiança e crescimento do SNCC, por meio de sua atuação proativa na detecção de problemas e contribuição para a busca de soluções sistêmicas”, comenta o presidente do Fundo Garantidor, Bento Venturim.
O plano possui três objetivos estratégicos finalísticos prioritários. São eles: a atuação preventiva para mitigar riscos de descontinuidade das cooperativas de crédito, o aprimoramento da qualidade do monitoramento e a consolidação da assistência financeira às associadas como um instrumento de proteção.
Saiba mais sobre o Plano Estratégico do FGCoop, clicando aqui.