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Cooxupé mostra como transforma sustentabilidade em ação na COP29

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Com ações inovadoras e compromisso ESG, modelo de negócio alia tecnologia e impacto social

 

A Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, vai levar para a COP29, em Baku, no Azerbaijão, um relato inspirador de suas práticas sustentáveis no painel O papel das cooperativas no avanço da ação climática, promovido pelo Centro de Comércio Internacional (ITC), no dia 19 de novembro,. Com a apresentação Nosso café faz o mundo sorrir, a cooperativa vai mostrar como o modelo de negócios é essencial para enfrentar os desafios climáticos globais e promover o desenvolvimento sustentável.

Este ano, a Cooxupé deu um importante passo ao publicar seu relatório de sustentabilidade de acordo com o padrão da Iniciativa Global de Relatórios - Global Reporting Initiative (GRI), que reflete o compromisso da cooperativa com a transparência e as melhores práticas globais. Para Natália Carr, gerente de ESG da Cooxupé, levar essas conquistas à COP é uma oportunidade valiosa. “Publicar um relatório de sustentabilidade é uma grande vitória. Estar na COP e mostrar que a cafeicultura brasileira é responsável e sustentável, além de educar o consumidor sobre tudo o que está por trás da xícara de café que ele consome, é algo transformador”, destaca.

Atualmente, a cooperativa possui 19,3 mil cooperados, sendo 96% pequenos produtores. Destes, 85% são agricultores familiares, ou seja, produtores que dependem exclusivamente do trabalho doméstico e não contratam mão de obra externa. Esse ponto destaca o perfil de inclusão da cooperativa, que oferece suporte técnico especializado e promove ações sociais que garantem a sustentabilidade das propriedades no longo prazo.

 

Projetos que transformam o campo

Protocolo de gerações trabalha sucessão no campoEntre as iniciativas apresentadas pela Cooxupé, se destaca o Protocolo Gerações, uma ferramenta de melhoria contínua que conta com auditorias independentes e prepara os produtores para atender às demandas atuais e futuras da sustentabilidade. Segundo Natália, o protocolo é um dos pilares da transformação que vem ocorrendo no campo em prol da sustentabilidade. “Nosso protocolo não é elitista. Ele foi criado para incluir o máximo de cooperados possível, com a garantia de que até mesmo os pequenos produtores tenham acesso às exigências do mercado global. A assistência técnica que oferecemos olha para a propriedade como um todo e ajuda o produtor a se desenvolver, a garantir a sucessão e a resiliência da lavoura para que futuras gerações possam continuar cuidando do café”, explica.

Outro programa relevante é o Núcleo de Educação Ambiental (NEA), que promove a educação ambiental em comunidades de Guaxupé (MG), com o objetivo de conscientizar sobre as questões que envolvem o meio ambiente e distribuir, gratuitamente, mudas de espécies nativas. “Essas ações visam tanto a recuperação de áreas degradadas quanto a formação de corredores ecológicos”, acrescenta  Natália.

Além disso, a cooperativa conta com o projeto de Cafeicultura Regenerativa, desenvolvido em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que busca implementar práticas agrícolas voltadas para a melhoria do solo e da biodiversidade, reforçando o compromisso da Cooxupé com o futuro do planeta. “Buscamos soluções adaptadas à realidade brasileira, sempre com base científica. Nosso objetivo é ajudar os produtores a se desenvolverem, enquanto garantimos que o Brasil continue a liderar como um exemplo de agricultura sustentável”, destaca a gerente.

Para além dos impactos locais, as iniciativas possuem alcance global, com ações voltadas à economia circular, geração de energia renovável e redução de emissões que levam a cooperativa à consolidação de uma atuação como referência em ESG no setor.  Para Natália, ser uma cooperativa significa acreditar que ninguém perde quando todos ganham. “Nosso trabalho é garantir que cada cooperado, cada família e cada consumidor entenda que sustentabilidade é um compromisso de todos”, conclui.

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a Cooxupé é mais um exemplo que reforça o protagonismo do cooperativismo brasileiro no combate às mudanças climáticas. “É muito significativo acompanhar como nossas cooperativas, a exemplo da Cooxupé, adota práticas responsáveis que impactam diretamente a proteção do meio ambiente e melhoram a qualidade de vida da população. Mostrar isso na COP29 é um orgulho e uma forma de disseminar ainda mais o potencial do nosso movimento na busca por uma economia verde”, ressalta.

 

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