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Energia Cooperativa

O que é Energia Cooperativa

22%

Das Cooperativas já estão gerando sua própria energia.

A Energia Cooperativa é um movimento no qual cooperativas desenvolvem iniciativas voltadas à geração de energia renovável. Essas ações podem ser conduzidas tanto por cooperativas constituídas especificamente para esse fim — como as cooperativas de geração distribuída ou de geração para comercialização — quanto por cooperativas de outros ramos, como agropecuário, crédito, saúde e consumo, que passam a gerar energia para uso próprio ou para seus cooperados.

Esse modelo alia inovação, sustentabilidade e participação coletiva, permitindo que cooperados e cooperativas tenham protagonismo na construção de um sistema energético mais democrático e transparente. Além disso, contribui para a transição energética, engajando a sociedade em soluções descentralizadas e sustentáveis.

A transição energética não se dará apenas pelo avanço da tecnologia, mas também por mudanças no comportamento da sociedade. A Energia Cooperativa é uma forma de se engajar nesse processo por meio de projetos descentralizados e distribuídos, trazendo as pessoas para o centro das mudanças e quebra de paradigma. Nesse contexto, cooperados e cooperativas deixam de ser agentes passivos e tornam-se protagonistas da transição energética, cooperando ativamente por um futuro mais justo, sustentável e inclusivo.

Em 2024, o movimento de energia cooperativa alcançou um novo patamar, totalizando mais de 550 megawatts (mw) de potência instalada e reunindo mais de 4.914 empreendimentos de geração espalhados por todo o país — uma demonstração de que o cooperativismo está energizando o Brasil com inclusão, eficiência e visão de futuro.

Panorama do cooperativismo da geração de energia própria

O cooperativismo tem se consolidado como uma alternativa estratégica para a democratização do acesso à geração de energia por meio da Geração Distribuída (GD). Cooperativas de diversos ramos têm adotado a GD como instrumento de inserção direta na transição energética, ampliando a autonomia dos cooperados e fortalecendo a atuação das cooperativas como "prossumidores" — consumidores que também produzem sua
própria energia.

Dados gerais da Geração Distribuída

Em 2024, as cooperativas de todos os ramos investiram ainda mais na geração de energia:

906
Cooperativas com geração própria
4.914
Empreendimentos de geração
550,467 MW
Potência instalada

Em 2024, as 4.384 cooperativas brasileiras registradas somavam, juntas, cerca de 25,8 milhões de cooperados. Dentre elas, 906 cooperativas atuaram como geradoras de energia por meio da Geração Distribuída (GD), representando 22% do total — um crescimento de 231 cooperativas em relação a 2023. Isso significa que, direta ou indiretamente, cerca de 8,37 milhões de cooperados estão ligados à essa iniciativa, seja por meio da geração da própria energia, seja por integrarem cooperativas que adotam práticas sustentáveis.

Esse avanço reforça a consolidação do cooperativismo na geração de energia por meio de modelos descentralizados, com impactos positivos tanto na eficiência técnica quanto na sustentabilidade econômica das iniciativas. Também evidencia o fortalecimento institucional das cooperativas na estruturação de empreendimentos coletivos, ampliando sua capacidade técnica e organizacional para atuar no setor elétrico.

Em termos de infraestrutura, o número total de empreendimentos de GD operados por cooperativas chegou a 4.914 em 2024, frente a 3.554 em 2023 — um aumento de 1.363 usinas. Esse crescimento refletiu-se também na potência instalada, que passou de 244,3 mw em 2023 para 550,4 mw em 2024; um crescimento ano a ano de 125%.

A fonte solar fotovoltaica manteve sua liderança entre os investimentos realizados, com 4.881 usinas em operação em 2024. As demais fontes renováveis, embora ainda pouco exploradas, também estiveram presentes no portfólio cooperativista: 3 centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) e 31 usinas termelétricas movidas a resíduos agrícolas, urbanos, agroindustriais e florestais.

Cooperativas geradoras
2024
906
2023
825
2022
662
2021
0
2020
0
2019
0
Negócios geradores
2024
4.914
2023
3.553
2022
2.328
2021
0
2020
0
2019
0
Potência gerada
2024
550,4 MW
2023
244,2 MW
2022
136,5 MW
2021
0 MW
2020
0 MW
2019
0 MW

Distribuição por Estados

As cooperativas que já geram sua própria energia estão presentes em quase todas as regiões e estados do Brasil, demonstrando a capilaridade e a força do modelo cooperativo na expansão da geração distribuída. Em mais de 650 municípios, essas iniciativas vêm promovendo o uso de fontes renováveis, como a solar, hídrica e a biomassa, contribuindo para a diversificação da matriz energética nacional.

Estado

Região

-
cooperativas

-
empreendimentos

-
potência gerada

Distribuição por ramo

A geração própria de energia tem ganhado cada vez mais espaço entre os diferentes ramos do cooperativismo brasileiro, refletindo o potencial da Geração Distribuída como ferramenta de sustentabilidade, economia e autonomia energética. Embora o ramo de infraestrutura concentre a maior parte dos empreendimentos, os dados de 2024 mostram um avanço significativo de cooperativas agropecuárias, de crédito, saúde, transporte, consumo e trabalho.

No ramo Infraestrutura, estão as cooperativas cujo objeto principal é a geração de energia para os próprios cooperados. Essas cooperativas constroem ou alugam usinas de forma coletiva, configurando o modelo mais consolidado no setor.

Nos demais ramos, a geração de energia aparece como uma estratégia complementar, permitindo que cooperativas reduzam custos, aumentem sua competitividade e agreguem valor aos serviços prestados aos cooperados.

Em 2024:

  • O ramo Infraestrutura continuou liderando a geração de energia no cooperativismo, com 89 cooperativas responsáveis por 2.891 empreendimentos, o que representou 73,84% da energia gerada por cooperativas no Brasil;

  • O ramo Agropecuário manteve a segunda posição, com 259 cooperativas operando 651 empreendimentos, equivalentes a 12,79% da geração total;

  • Cooperativas dos ramos Crédito, Saúde, Transporte, Consumo e Trabalho/Produção de Bens e Serviços (TPBS) também desenvolveram projetos de geração distribuída, fortalecendo sua sustentabilidade e ampliando os benefícios aos cooperados.

A presença da geração de energia em múltiplos ramos comprova a versatilidade do modelo cooperativo e sua capacidade de adaptação às demandas do setor elétrico, consolidando as cooperativas como agentes ativos na transição para uma matriz energética mais limpa, democrática e descentralizada.

Cooperativas

Cooperativas
-
-
Empreendimentos
-
-
Potência Instalada
-
-

Panorama da energia para comercialização

Diferentemente das cooperativas que atuam com geração distribuída — que, por definição legal, não podem vender a energia produzida —, as cooperativas de geração para comercialização têm autorização para operar no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e vêm desempenhando um papel cada vez mais expressivo na transição energética do país. Esse tipo de cooperativa existe exclusivamente no ramo infraestrutura e é originário de cooperativas de distribuição de energia elétrica, que, devido a exigências regulatórias, precisaram separar suas atividades de geração e distribuição.

Em 2024, esse segmento contou com 73 usinas em operação somando mais de 385 MW de potência instalada, oriunda de fontes renováveis, como a hidráulica, a solar fotovoltaica e a biomassa. Muitas dessas usinas são resultado de iniciativas de intercooperação, em que duas ou mais cooperativas se unem para viabilizar empreendimentos conjuntos, compartilhando investimentos, riscos e benefícios — o que fortalece ainda mais a lógica coletiva e colaborativa do modelo cooperativista no setor elétrico.

Além disso, as usinas operadas por cooperativas geraram aproximadamente 1,67 bilhão de kWh de energia elétrica — volume capaz de suprir o consumo de cerca de 560 mil unidades consumidoras. Esse desempenho reflete o crescimento contínuo do setor, que foi impulsionado, no mesmo ano, pela entrada em operação de seis novas usinas. Esses empreendimentos adicionaram 10% à potência instalada em relação a 2023, demonstrando o dinamismo e a capacidade de investimento do cooperativismo. Para 2025, a previsão é ainda mais promissora, com a entrada em operação de cinco novas unidades, ampliando a presença das cooperativas no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Somados, os investimentos realizados nesses 73 projetos ultrapassam R$ 2 bilhões, reafirmando o compromisso do setor com a expansão sustentável e coletiva da geração de energia no Brasil.

Mais informações sobre essas usinas e os projetos em andamento podem ser consultadas na aba específica do Ramo Infraestrutura no Anuário.

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