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Trabalho, Produção de Bens e Serviços

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TPBS

Você já imaginou um modelo de negócio em que os profissionais conseguem alcançar melhores condições de trabalho, crescimento da renda, garantia de direitos sociais e melhora da qualidade de vida? Ele existe, é o cooperativismo de Trabalho, Produção de Bens e Serviços. O setor reúne as cooperativas de prestação de serviços especializados a terceiros ou à produção de bens. Nesses negócios coletivos, os trabalhadores são empreendedores e donos do negócio, unem o capital (posse dos bens de produção) à mão de obra, e estão orientados à autonomia e autogestão.

Em 2024, o progresso é visto em muitas áreas:

597
Cooperativas
187.235
Cooperados
8.268
Empregos
Cooperativas
2024
597
2023
641
2022
655
2021
688
2020
685
2019
860
Cooperados
2024
187.235
2023
193.813
2022
182.783
2021
192.874
2020
180.074
2019
221.134
Empregados
2024
8.268
2023
12.964
2022
12.407
2021
9.750
2020
8.714
2019
9.759

Panorama do Cooperativismo
de Trabalho, Produção de Bens e Serviços no Brasil

Estado

Região

-
Cooperativas

-
Cooperados

-
Empregados

-
Ingressos

-
Ativos

-
Sobras

Dados

Segmentação do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços

Um dos atributos mais representativos do ramo é a pluralidade de atividades produtivas em que esses negócios estão presentes. Desde 2019, o então Ramo Trabalho passou a reunir também cooperativas de produção, minerais, sociais, e parte das que atuam nas áreas de turismo e lazer e educação.

Distribuição das cooperativas nos segmentos

Educação
18,6%
Demais serviços
18,0%
Gestão de resíduos
17,8%
Mineral
11,4%
Consultoria e instrutoria
11,1%
Manutenção, conservação e segurança
7,0%
Cultura e lazer
5,0%
Assistência técnica
5,0%
Produção artesanal
4,0%
Confecção
3,0%
Produção industrial
2,0%
Tecnologia e inovação
1,8%
Sociais
0,8%

Indicadores Financeiros

O cooperativismo de trabalho, produção de bens e serviços tem como base a valorização do ser humano através dos meios de produção, fomento ao trabalho e renda, sendo estas uma das muitas particularidades que fazem esse modelo de negócios tão especial.

O ramo é uma alternativa para pessoas com perfil empreendedor e colaborativo, que valorizam o coletivo e seus aspectos positivos para chegarem muito mais longe. As cooperativas são uma forma democrática de acesso dos cooperados ao mercado de trabalho, apoiando profissionais de diferentes formações e estando ao alcance de todos os cidadãos, mesmos os em situação de vulnerabilidade ou com deficiência. Ademais, a geração de riqueza pelos associados reforça a importância de nossas cooperativas para o desenvolvimento do país, em busca de uma sociedade com melhores oportunidades para todos.

Em 2024, os indicadores financeiros do cooperativismo de trabalho são mais uma prova da relevância do Ramo para o país:

R$ 2,6 bilhões
Em ativos
R$ 4,9 bilhões
Em ingressos do exercício

Indicadores financeiros do cooperativismo de trabalho,
produção de bens e serviços

Ingressos
Ativo total
Capital social
Sobras do Exercício

Em 2024, os resultados alcançados pelas cooperativas de trabalho também voltam para a sociedade na forma de mais desenvolvimento e qualidade de vida.

R$ 310,22 milhões

investidos em salários e
benefícios aos seus funcionários

Intercooperação
é Negócio

Intercooperar não é só um princípio do cooperativismo, é também uma forma inteligente e eficiente de fazer negócios com foco em mais cooperação e menos competição. Essa estratégia de mercado ocorre por meio de parcerias e negociações entre duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, que firmam acordos comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. Assim, essas ações conjuntas de cooperação e intercooperação podem ser o ponto de virada entre gerar prosperidade ou não provocar resultado algum, principalmente em momentos de adversidade e recuperação da sociedade frente aos efeitos da crise sanitária mundial que permeou a vida das pessoas nos últimos anos.

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46%

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços fizeram negócios com
Cooperativas de Crédito

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2%

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços fizeram negócios com Cooperativas Agropecuárias

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10%

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços utilizaram serviços de
Cooperativas de Transporte

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11%

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços utilizaram planos de saúde de
Cooperativas de Saúde

Dados complementares

Segmento Reciclagem

As cooperativas de reciclagem desempenham um papel fundamental na construção de uma economia circular, ao garantir que materiais recicláveis sejam reaproveitados de forma eficiente e sustentável. Além de contribuírem para a redução do desperdício e dos impactos ambientais, essas cooperativas geram trabalho digno e renda para milhares de catadores e catadoras, promovendo inclusão social e produtiva para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Organizados de forma coletiva, esses profissionais conquistam melhores condições de trabalho, acesso a equipamentos de proteção e oportunidades de formalização. As cooperativas também ampliam sua capacidade de atuação ao firmar contratos com o setor público e privado, prestando serviços como coleta seletiva, triagem, classificação e logística reversa. São verdadeiras agentes de transformação, que unem cuidado com o meio ambiente, justiça social e desenvolvimento local.

Confira alguns números complementares desse segmento

De acordo com o Anuário da Reciclagem de 2024:

  • As cooperativas e associações de catadores atuaram em + de 1.700 municípios;
  • As organizações de catadores alcançaram aproximadamente 1,7 milhões de toneladas de resíduos destinados à reciclagem;
  • A reciclagem dos materiais está associada ao potencial de redução de emissões de 1,045 milhões de toneladas a emissão de CO2 e para a atmosfera;
  • As organizações de catadores obtiveram um faturamento médio de 1,36 bilhão com a comercialização de resíduos para reciclagem, resultando em uma média de R$ 452 mil de faturamento anual por organização.

Você sabia?

Nos últimos anos, importantes avanços marcaram o fortalecimento da reciclagem popular no Brasil. Entre 2024 e 2025, um conjunto de políticas públicas, marcos legais e investimentos passou a reconhecer, de forma mais concreta, o papel essencial dos catadores e das cooperativas na construção de uma economia circular inclusiva. Juntas, essas medidas representam um novo ciclo de valorização do trabalho dos catadores, aumento da competitividade das cooperativas e reconhecimento do seu protagonismo ambiental e social. Abaixo, apresentamos 3 destas iniciativas.

  • Proibição de Importação de Resíduos sólidos: Em janeiro de 2025, a Lei nº 15.088 proibiu a importação de resíduos sólidos e rejeitos, medida que favoreceu as cooperativas ao eliminar a concorrência com materiais importados, garantindo espaço para a indústria nacional e participação dos catadores nos fóruns de decisão. A medida protegeu a renda de mais de 800 mil catadores e reduziu em 90% as importações concorrentes.
  • Programa Pró-Catador: Com investimento federal de R$ 425,5 milhões, o programa buscou estruturar cooperativas, melhorar condições de trabalho dos catadores e ampliar coleta e reciclagem. Recursos já foram acessados via editais, e os resultados serão avaliados até o fim de 2025.
  • Lei de incentivo à Reciclagem (LIR): Criada em 2021 e regulamentada em 2024, permite incentivos fiscais a empresas e pessoas físicas que apoiem projetos de reciclagem, fortalecendo a cadeia da economia circular. A LIR busca financiar projetos de capacitação, assessoria, estruturação de cooperativas, compra de equipamentos, inclusão produtiva de catadores e redes de comercialização.

Segmento Mineral

As cooperativas minerais têm como finalidade pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais de forma sustentável, promovendo a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida de seus cooperados. Além da atividade mineral em si, essas cooperativas oferecem serviços fundamentais, como acesso à saúde, capacitação profissional e educação cooperativista.

Segundo a Constituição Federal, a formalização da atividade garimpeira deve se dar por meio de cooperativas. Isso torna o cooperativismo um instrumento essencial para garantir aos garimpeiros o acesso aos direitos minerários, à cidadania, ao crédito, às políticas públicas, aos programas de capacitação, à comercialização da produção e à geração de desenvolvimento regional com inclusão social. Mais do que um modelo econômico, trata-se de uma estratégia de organização produtiva que valoriza o trabalho coletivo, promove dignidade e contribui para a construção de uma mineração mais justa e responsável

Cooperativas com títulos minerais ativos na Agência Nacional de Mineração (ANM)

A OCB representa 74 cooperativas minerais distribuídas em 232 municípios brasileiros, juntas estas cooperativas reúnem mais de 37 mil garimpeiros cooperados e empregam diretamente 163 funcionários. Em 2024, estas cooperativas possuíam 563 títulos minerários em produção (concessão de lavra, permissão de lavra garimpeira e licenciamento) e produziram 6,3 milhões de toneladas de minérios, dentre eles, ouro, estanho, quartzo, calcário, tântalo, argila, diamante, areia, entre outros.

Dos 563 títulos minerais em produção por elas somados:

  • 93% são de Permissão de Lavra Garimpeira (Regime simplificado, voltado à mineração artesanal e de pequena escala)

  • 2% são de Licenciamento (Modalidade aplicável principalmente a substâncias minerais consideradas de uso imediato na construção civil, como areia e argila)

  • 5% são Concessão de lavra (Título aplicado à mineração industrial, concedido após pesquisa mineral, permitindo a exploração em larga escala)

Dos 563 títulos minerais por elas somados:

93%

eram de Permissão De Lavra Garimpeira

2%

eram de Licenciamento.

5%

eram de Concessão de Lavra

Participação das substâncias minerais nos títulos outorgados de Lavra Garimpeira:

Ouro
64,2%
Cassiterita
18,7%
Diamante
5,1%
Ametista
4,3%
Argila
2,2%
Demais
2,1%
Quartzo
2,1%
Areia
1,0%
Feldspato
0,3%

Fonte: Cadastro Mineiro da ANM (consulta em 09/05/2025)

Segmento Produção Artesanal

O artesanato brasileiro é muito mais do que uma expressão cultural — é uma força vital que pulsa na economia de 67% dos municípios do país, movimentando R$ 100 bilhões por ano, segundo o IBGE. Representando 3% do PIB nacional, essa atividade ancestral sustenta cerca de 8,5 milhões de pessoas, com uma presença marcante de mulheres que transformam talento em sustento.

Nas mãos femininas, o artesanato floresce. De acordo com o Sebrae, 77% dos artesãos brasileiros são mulheres — muitas delas líderes em suas comunidades e pilares de suas famílias. São elas que mantêm vivas as tradições, repassando saberes de geração em geração, como verdadeiras guardiãs da memória cultural.

Hoje o sistema OCB representa em torno de 28 cooperativas e que representam 1.037 cooperadas e cooperados.

As cooperativas de artesanato vêm tendo destaque cada vez maior no que tange a participação no mercado, em feiras e eventos espalhados pelo país, levando não só suas obras, mas demonstrando que o cooperativismo é uma excelente alternativa à organização das artesãs e artesãos que atuam individualmente e encontram dificuldades para se inserirem no mercado e comercializarem seus produtos.

Desafios e
Oportunidades

O cooperativismo de trabalho ocupa um papel cada vez mais estratégico na construção de uma economia mais justa, inclusiva e solidária. Em um país marcado por desigualdades históricas, as cooperativas seguem como uma alternativa concreta de inserção econômica e geração de renda, frente a um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e dinâmico.

Como exemplo, podemos citar a ascensão da tecnologia e da inteligência artificial que está redesenhando o mundo do trabalho. Automação, algoritmos e plataformas digitais vêm substituindo funções tradicionais, ao mesmo tempo em que criam novas formas de organização produtiva.

Por outro lado, o cenário atual também traz novas possibilidades. A tecnologia pode ser uma aliada poderosa: plataformas digitais podem ampliar o alcance das cooperativas, facilitar a gestão, conectar produtores e consumidores, e democratizar o acesso ao conhecimento. Com apoio técnico, acesso ao crédito, incentivos fiscais e políticas públicas alinhadas, as cooperativas podem se tornar ainda mais potentes na promoção do desenvolvimento local e garantia de acesso ao mercado àqueles que acreditam no potencial do cooperativismo.

Outro aspecto a ser destacado, é a recente reforma tributária, que pode abrir uma janela de oportunidades — e também de desafios. A regulamentação adequada será essencial para que as cooperativas não sejam penalizadas por um modelo fiscal pensado para empresas convencionais, muitas vezes orientadas apenas pelo lucro. Nesse contexto, o Sistema OCB continuará representando e defendendo os pleitos a favor das cooperativas.

Por fim, quando falamos de processos de contratação pelo poder público, ainda encontramos muitas barreiras à participação das cooperativas. Seja por uma má interpretação do modelo, ou até mesmo pelo desconhecimento das leis e diretrizes que regem o cooperativismo, o resultado é a exclusão de iniciativas legítimas de processos licitatórios que poderiam fortalecer a economia local e promover inclusão social. Superar esses entraves exige não apenas ajustes normativos, mas também uma mudança de mentalidade: é preciso reconhecer o cooperativismo como um parceiro estratégico do Estado na promoção do desenvolvimento sustentável, da justiça social e da inovação no mundo do trabalho.

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