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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) participou, nos dias 9 e 10 de abril, da XXVIII Plenária da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), realizada na cidade de Concórdia, Argentina. A abertura do evento contou com a participação das quatro delegações integrantes da RECM, além de autoridades argentinas e integrantes de diversas cooperativas locais.
O presidente pró-tempore da RECM, Patrício Juan Griffin, ressaltou que a escolha do local foi pautada pela necessidade de se pensar em ações de desenvolvimento das regiões de fronteira, com o intuito de melhorar a relação vertical entre cooperativas do Mercosul. "Com isso, a RECM avança no apoio a projetos que possibilitem a intercooperação, pilar fundamental ao desenvolvimento do cooperativismo em cada país", declarou.
Durante a Plenária, representantes de entidades públicas e privadas da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai discutiram temas como o Fundo de Promoção das Cooperativas do Mercosul, o Estatuto das Cooperativas do Mercosul, a Oficina de Negócios e o Observatório do Cooperativismo. Na ocasião, a OCB apresentou as ações que estão sendo desenvolvidas para o Ano Internacional das Cooperativas - 2012.
Após o encerramento da reunião, os participantes puderam conhecer as potencialidades turísticas da cidade, que faz divisa com o Uruguai, por meio da Cooperativa de Trabalho Ferroviária de Concórdia.
"Líderes do cooperativismo brasileiro apresentaram hoje (10/04) ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, propostas de políticas públicas importantes para o desenvolvimento do setor e da agropecuária nacional, em especial neste que é o Ano Internacional das Cooperativas. As medidas foram detalhadas pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, e representantes de oito unidades estaduais do sistema, mostrando a realidade das cinco regiões do país. O superintendente da OCB, Renato Nobile, também participou da audiência realizada na sede do ministério, em Brasília (DF).
Ao falar sobre as demandas comuns a todos os estados, Freitas elegeu quatro pontos considerados prioritários pelo setor cooperativista para a continuidade da produção. Segundo ele, é preciso trabalhar em uma política de garantia de renda para os produtores rurais brasileiros. “Estamos falando em preços mínimos justos, um seguro rural que realmente cumpra com eficiência a sua função e possa auxiliar o homem do campo em incidentes climáticos, por exemplo”, disse.
A inclusão das cooperativas como legítimas beneficiárias do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) foi outra questão apontada como determinante. Hoje, apenas os associados, como pessoa física, podem participar e ter acesso aos recursos. “Pela natureza societária das cooperativas, elas não têm acesso à diversidade de recursos como outras empresas. Por isso, precisam ser contempladas em outras políticas”, comentou o presidente da OCB.
Freitas também destacou a importância de se ter financiamento de capital de giro que contemple pelo menos 30% da movimentação das cooperativas, e que seja uma linha robusta, com taxas menores. “Essa é uma necessidade latente, e as cooperativas não têm a capacidade para arcar com esses custos na velocidade que precisam”, enfatizou.
Nesse contexto, o dirigente ressaltou ainda a necessidade de alavancar a capitalização das cooperativas de crédito, para que as mesmas possam continuar atuando na disponibilização do crédito rural. “Só em 2011, por exemplo, elas responderam por 14% do crédito rural”, disse.
Estavam presentes os presidentes das organizações estaduais do Rio Grande do Sul, Vergilio Perius; do Paraná, João Paulo Koslovski; de Minas Gerais, Ronaldo Scucato; de Goiás, Haroldo Max; do Mato Grosso do Sul, Celso Régis; do Ceará, João Nicédio Nogueira; e do Amazonas, Petrúcio Magalhães Júnior, e, representando a unidade de São Paulo, o presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), Ismael Perina Júnior. Também participaram da reunião, o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro, e o coordenador da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Odacir Zonta.
O Sistema Unimed promoveu nesta terça-feira (10/4), com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o 3º Encontro do Sistema Unimed com o Congresso Nacional. Uma oportunidade para debater as demandas prioritárias para o cooperativismo de saúde no Brasil diretamente com o governo, o evento aconteceu na sede da OCB, em Brasília (DF) e contou com a presença de diversos parlamentares. Entre eles, o senador Waldemir Moka, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e o deputado federal Lelo Coimbra, representante do ramo Saúde na Frencoop, que compuseram a mesa de abertura, juntamente com o diretor-presidente do Sistema Unimed, Eudes Aquino, o representante nacional do ramo Saúde na OCB e coordenador do Comitê Político Nacional do Sistema Unimed, José Abel Ximenes, e o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Dando início ao evento, Freitas ressaltou a importância do Ano Internacional das Cooperativas como forma de elevar o reconhecimento sobre a força do movimento cooperativista brasileiro. “É extremamente importante e gratificantes estarmos sendo reconhecidos dessa maneira. Porém, nossa responsabilidade também aumenta”, destacou o dirigente. “É hora de intensificarmos o nosso discurso como empresas que representam um papel fundamental em uma área tão carente que é a saúde. Precisamos de políticas públicas que nos auxiliem a vencer os desafios existentes”, complementou.
Freitas exaltou, ainda, a expectativa de estreitar o relacionamento com a esfera pública, destacando a necessidade de se avançar na aprovação do Ato Cooperativo e nos entendimentos com a agência reguladora do setor. “Esperamos poder criar uma aproximação maior dos interesses, alinhar nossas agendas, e criar mecanismos para vermos nossas necessidades atendidas”, pontuou.
Eudes Aquino realçou a importância de tornar o Ano Internacional das Cooperativas uma oportunidade de reflexão sobre como firmar a identidade do cooperativismo no cenário nacional. “É um movimento que tem um potencial enorme para promover transformação social e minimizar o repertório de mazelas vividas pela população brasileira, mas que no entanto não possui o reconhecimento merecido e o respeito devido”, declarou. Segundo Aquino, o cooperativismo de saúde investiu cerca de R$ 1,25 bilhões em ações sociais e de sustentabilidade ao longo de 2011, de forma voluntária: “O que queremos é contribuir para dissipar os problemas da saúde no Brasil, em conjunto com as esferas públicas. Nossa proposta é entrar com a ideia, com o projeto, e o governo assinar embaixo a execução”.
O deputado Lelo Coimbra falou sobre a necessidade de unificar as demandas, estabelecer prioridades e alinhar as agendas para agilizar a evolução do setor. “Temos um governo cada vez mais auto-suficiente e precisamos nos articular para nos relacionarmos e refletir sobre as formas de evoluirmos mais celeremente”, frisou.
“Enquanto houver hostilidade entre as partes será difícil alcançarmos um denominador comum em uma área tão importante para a população quanto a saúde e que possui um déficit de aceitação tão grande”, destacou Abel Ximenes. O presidente do Sistema Unimed agradeceu a receptividade e sensibilidade dos parlamentares às demandas do ramo, e elencou as quatro prioridades do segmento para o ano de 2012: a defesa do cooperativismo de trabalho médico e de saúde como força de desenvolvimento econômico e social; a aprovação do Ato Cooperativo e seu adequado tratamento tributário; a sistematização de uma agenda regulatória positiva para o ramo e a aprovação do Ato Médico.
Segundo Ximenes, o setor vive um momento de muita insegurança. “Por isso, precisamos da ajuda dos parlamentares, abraçando estas propostas, para encontrarmos o caminho mais rápido para superar essas dificuldades”, resumiu. O senador Moka endossou o pensamento do Ximenes, destacando que o Ato Médico é uma prioridade no Senado. “Estamos trabalhando fortemente para construir um texto que contemple a todos. É preciso haver consenso”, disse. E encerrou afirmando: “Precisamos mobilizar o Congresso pela força da representatividade das cooperativas. Estou bem otimista de que este é um ano decisivo para esses compromissos no Legislativo”.
"Representantes das confederações nacionais da Agricultura (CNA), da Indústria (CNI), do Comércio (CNC), dos Transportes (CNT), das Instituições Financeiras (CNF), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do grupo Ação Empresarial (AE) estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (10/4), na sede da CNI, em Brasília, para mais um encontro do Fórum das Confederações do Legislativo. O objetivo da reunião realizada semanalmente é debater as prioridades do setor junto ao Congresso Nacional. A presença extraordinária do deputado federal Sebastião Bala Rocha (AP) deu maior peso às discussões do grupo.
Bala Rocha, que é presidente da Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, se colocou à disposição para avaliar e discutir as prioridades apresentadas. Afirmou que fará um trabalho intensivo para dar andamento às matérias de interesse do segmento. “Apesar de termos iniciado os trabalhos com um pouco de atraso, e este ano ser mais curto devido às eleições municipais, pretendemos que a Comissão trabalhe intensivamente no sentido de alcançar as conquistas que são necessárias para o crescimento do setor”, afirmou.
A Comissão presidida por Bala Rocha tem como particularidade o fato de ter que lidar com demandas por vezes divergentes entre entidades patronais e sindicais. Por esse motivo, o parlamentar solicitou ao grupo formado por técnicos das Confederações a formulação de uma pauta propositiva, contendo o consenso sobre as prioridades para agilizar a deliberação por parte da Comissão.
O cooperativismo de crédito brasileiro continua crescendo e consolidando seu papel no processo de inclusão financeira no país. O segmento fechou 2011 com R$ 86,5 bilhões em ativos, contra R$ 68,7 bilhões contabilizados em 2010, registrando, assim, um aumento de 25,8%, perfazendo um total 8,7% superior às demais instituições financeiras. Os dados sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN) foram divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC), incluindo as 1.312 cooperativas atuantes, e, dentre elas, as 1.047 ligadas ao Sistema OCB.
A evolução patrimonial foi outro indicador de destaque, no qual o setor registrou uma expansão de 20,6%, praticamente o dobro do percentual percebido pelo restante do mercado, chegando a R$ 15,9 bilhões no último ano. Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, isso se deve principalmente às ações do Programa de Capitalização das Cooperativas de Crédito (Procapcred), mas também ao reinvestimento em reservas de capital social decorrente das sobras apresentadas no final de cada exercício.
Para Freitas, os resultados alcançados em 2011 refletem o olhar do cooperativismo de crédito para o profissionalismo da gestão dos negócios. “Temos trabalhado para oferecer produtos e serviços diferenciados, com um atendimento personalizado aos nossos associados. Dessa forma, temos ganhado espaço no Sistema Financeiro Nacional e vamos continuar atuando nesse sentido”, diz.
Os depósitos, por sua vez, totalizaram um crescimento de R$ 8 bilhões, passando de R$ 30,1 bilhões para R$ 38,1 bilhões, com um aumento de 26,3%. Ao mesmo tempo, a média das instituições financeiras restantes foi de 14,1%. As operações de crédito também tiveram uma evolução significativa, superando o mercado, que apresentou 22,3% de expansão nesse indicador, apontando incremento de 26%.
A ampliação do quadro de associados às cooperativas de crédito também deve ser ressaltada, uma vez que registrou o maior número de adesões em todos os anos. Com os 700 mil novos sócios que passaram a integrar o setor em 2011, as cooperativas de crédito já somam 5,8 milhões de cooperados. O mesmo se pode dizer dos postos de atendimento cooperativo (PAC). Em 2011, foram inauguradas 354 novas unidades, mais de um PAC por dia útil, ou seja, praticamente 30 por mês. Essa foi a maior evolução dos últimos seis anos.
Ramo crédito (dados – BC/Sistema OCB) – Hoje, existem no país 1.312 cooperativas de crédito em atuação, reunindo 5,8 milhões de associados.
Ramo crédito (Sistema OCB) – No Sistema OCB, há 1.047 cooperativas de crédito, formadas por 4,7 milhões de associados.
Mais um passo na prospecção de parcerias entre a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi dado hoje, em reunião na sede da unidade Estudos Estratégicos e Capacitação, em Brasília (DF). Representantes do Sescoop e do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) da Embrapa se reuniram para redigir a minuta do Protocolo de Intenções entre as entidades, que deverá ser assinado no próximo dia 25, data em que a Empresa completa 39 anos.
“A exemplo da experiência que tivemos no final de 2011, quando promovemos uma capacitação para médicos veterinários com o apoio do Cenargen, estamos com uma expectativa muito boa em relação a esse trabalho junto ao DTT com o objetivo de aplicar nas propriedades rurais dos cooperados o aprendizado desenvolvido pela Embrapa”, afirmou a gerente de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop, Andréa Sayar.
Segundo a gestora, o acordo que será assinado entre as instituições terá como foco a formação de multiplicadores, o desenvolvimento de estudos e pesquisas em áreas de interesse comum entre as organizações, além da promoção de ações voltadas a sustentabilidade. Como próximo passo, ficou acordado na reunião que as duas instituições vão discutir e avaliar as prioridades de cada uma para que sejam identificados os pontos convergentes e delineadas as linhas de ação.
Na opinião do supervisor do DTT, André Coutinho, a parceria que se inicia trará respostas aos anseios da Embrapa, contribuindo para o desenvolvimento do cooperativismo agropecuário. “A OCB e o Sescoop são órgãos com uma capilaridade muito grande dentro da agricultura, e isso é muito importante para a Embrapa. São duas instituições de representação com muita legitimidade. Precisamos abrir novos caminhos para a transferência de tecnologia chegar ao produtor e trazer desenvolvimento, que é o nosso ideal. É uma parceria que nos dá muito mais pernas e braços do que temos hoje para trabalharmos”, declarou.
"Apresentar políticas de promoção internacional. Esse foi o objetivo da reunião entre representantes da Secretaria de Relações Institucionais do Ministério da Agricultura (SRI/Mapa) e o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, realizada na tarde desta quarta-feira, em Brasília (DF). Com o intuito de engajar o sistema cooperativista no processo de promoção internacional, o secretário Célio Porto disse a Freitas que conta com o suporte das cooperativas nessa tarefa.
“O Mapa promove uma série de feiras internacionais onde vários sucessos de produtos brasileiros são apresentados, principalmente agroindustrializados. É de interesse das cooperativas, também, dar publicidade a essa produção, tendo em vista o nível de desenvolvimento tecnológico em que várias se encontram”, explicou o analista de Ramos e Mercados da OCB, Paulo César do Nascimento.
O analista pontua que a relação do Brasil com o mercado no exterior pode e precisa ser aprimorada. “O cenário internacional não quer produto novo, mas sim estabilidade em termos de produção. Os países querem continuidade nas negociações internacionais com o Brasil”. Segundo o técnico, o que acontece muitas vezes é o Brasil ser visto como potencial nicho de mercado, e não manter o produto ou negócio em linha. “Por esse motivo, os representantes do governo estão querendo fazer essa ponte, essa relação, além de já terem percebido que as cooperativas estão muito engajadas nesse sistema, contando com unidades de negocio próprias, com boa gestão, boa elasticidade de oferta”, avaliou.
Membros do governo e entidades cooperativistas se reuniram na manhã desta quarta-feira, em Brasília (DF), para discutir o andamento de projetos prioritários para o setor no Congresso Nacional. A reunião aconteceu na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e contou com a presença de representantes dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), da Fazenda (MF), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria Geral da Presidência da República, da Casa Civil, da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), da União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
O objetivo do encontro, segundo a gerente de Relações Institucionais da OCB, Tânia Zanella, foi priorizar alguns projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que possam ter resultados efetivos ainda no ano de 2012, quando se comemora o Ano Internacional das Cooperativas. “A nossa Agenda Legislativa apresenta uma série de prioridades, no entanto, temos um banco de projetos bem maior. Conseguimos nesse encontro o compromisso do governo em trabalhar juntamente conosco para dar andamento às proposições mais relevantes que tenham consenso entre todo o setor, dentre eles o PL 4622/2004”, relatou.
A gestora se refere ao Projeto de Lei nº 4622/2004, que regulamenta a atividade de cooperativas de trabalho. Na opinião de Tânia, a votação não se dará em curto prazo, mas é ponto certo de se concretizar. “Acreditamos na votação do projeto, pois trata-se de uma matéria para a qual não há dificuldades, a não ser do ponto de vista burocrático, uma vez que várias Medidas Provisórias estão trancando a pauta do Plenário da Câmara dos Deputados desde o início de 2010. No entanto, não existe falta de alinhamento nem de vontade política, nem por parte do governo nem das entidades, a questão é puramente regimental”, explicou.
Fazendo um balanço do encontro, Tânia diz ter se tratado de uma oportunidade ímpar para o setor. “Estar reunido de uma só vez com esse grande leque de órgãos possibilitou uma exposição muito importante para o segmento. O Ano Internacional das Cooperativas chamou essa responsabilidade para o governo, fazendo com que nos procurassem e realmente se colocassem como um ente a mais para somar no esforço de conseguir conquistas para o cooperativismo”, avaliou.
O cooperativismo tem se consolidado como fonte de renda e inserção social a um universo cada vez maior de pessoas. Os indicadores do Sistema OCB confirmam essa tendência. Em 2011, o total de associados às cooperativas ligadas à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) passou dos 10 milhões, registrando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados cerca de 9 milhões. Seguindo essa mesma linha, também foi observado crescimento no quadro de empregados, que fechou o último período em 296 mil, 9,3% a mais do que em 2010. Os dados fazem parte de um estudo da Gerência de Monitoramento e Desenvolvimento do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
O número de cooperativas ficou em 6.586, representando um decréscimo de 1% no comparativo a 2010. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, essa redução mostra um caminho natural, de busca por maior competitividade no mercado. “As cooperativas se juntam, seja por fusão ou incorporação, para ter maior escala e, assim, ganharem mais espaço e ampliarem seus negócios. Em consequência disso, observa-se uma evolução significativa no total de associados e de empregados, ou seja, na força de trabalho”, diz.
Nesse contexto, o ramo crédito se destaca, apresentando o maior contingente de associados, com crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2011, o segmento chegou a 4,7 milhões de cooperados. Já em 2010, eram 4 milhões. Em seguida, aparecem os ramos consumo, com 2,7 milhões e 18% de aumento, e agropecuário, chegando próximo de 1 milhão, com 3% de expansão.
Regiões – Quando avaliada a quantidade de cooperativas, a região Sudeste aparece em primeiro lugar, com 2.349 empreendimentos e crescimento de 3% no comparativo ao ano anterior. Em seguida, está o Nordeste, com 1.738 e 1% de aumento. A região Sul aparece em terceiro lugar, com 1.050, mesmo tendo registrado 14% de diminuição no total de sociedades cooperativas no comparativo com 2010.
No tocante à relação de cooperados, o quadro muda um pouco. O Sudeste continua na primeira posição, com 4,7 milhões e 36% de expansão. Nesse caso, a região Sul ocupa o segundo lugar, com praticamente 4 milhões de associados e 15% de aumento. O Centro-Oeste aparece na terceira posição, com 644 mil e 10% de crescimento.
E quanto à geração de empregos diretos, a realidade é outra. A região Sul é a que tem maior quadro de colaboradores – 152 mil e 10% de expansão, e a Sudeste, figura em segundo, com 94 mil e 13% de crescimento. Também nesse item, o Centro-Oeste ocupa a terceira colocação, com 21 mil empregados e 20% de aumento no período.
Estados – O Estado de São Paulo é o que tem mais cooperativas registradas no Sistema OCB - 932. Minas Gerais e Bahia aparecem em seguida, praticamente empatados, com 785 e 783, respectivamente, no ano.
No total de cooperados, destacam-se os estados de São Paulo (3,4 milhões), Rio Grande do Sul (1,9 milhões) e Santa Catarina (1,2 milhões). Já no de empregados, quem lidera é o Paraná (64,9 mil), seguido do Rio Grande do Sul (48,7 mil) e de São Paulo (48,5 mil).
Perspectivas / Brasil - Com base nos dados históricos, é possível fazer, estatisticamente, uma previsão do comportamento desses indicadores para os próximos cinco anos. A estimativa é de que o número de cooperativas registradas no Sistema OCB permaneça estabilizado. Já o total de cooperados, segue uma linha ascendente e constante, prevendo chegar, também até esse ano, a 12 milhões. Seguindo a mesma metodologia, espera-se que o Sistema ofereça, até 2016, 353 mil empregos.
CLIQUE AQUI para acessar o estudo da GeMDC/Sescoop.
CLIQUE AQUI para acessar a matéria veiculada no Valor Econômico.
O Grupo Técnico do Conselho Consultivo do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco/OCB) esteve reunido nesta segunda-feira (2/4) com representantes do Banco Central do Brasil (BC) para tratar de temas ligados a fundo garantidor, auditoria e co-gestão. Sugestões e entendimentos passarão, posteriormente, por um nivelamento junto à coordenação do conselho.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou hoje a Circular nº 14/2012 prorrogando o Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito (Procapcred) para março de 2014, com orçamento de R$ 1,5 bilhão.
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), representada pelo presidente Márcio Lopes de Freitas, e o Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco) atuaram fortemente e de forma preventiva para que o programa não fosse interrompido. A princípio, a vigência terminaria no final do mês de março.
"O Procapcred tem proporcionado o aumento do patrimônio das cooperativas de crédito permitindo que elas alavanquem sua condição de atender a gradativa demanda de crédito aos seus associados e, ainda, que o cooperativismo mantenha sua marcha de crescimento", explicou o gerente do Ramo Crédito da OCB, Silvio Giusti. "Além disso - complementou o gestor - a prorrogação do Procapcred, reflete o entendimento do BNDES e do Governo quanto ao importante papel das cooperativas de crédito no sentido de contribuir com o sistema financeiro nacional na oferta de crédito, na inclusão financeira e no fomento a produção de produtos e serviços".
A prorrogação e nova dotação orçamentária do Procapcred são fundamentais para a continuidade da expansão do cooperativismo de crédito brasileiro. "Sem sombra de dúvidas, é motivo de celebração, principalmente porque não deixa de ser também o reconhecimento ao cooperativismo neste ano de 2012 em que mundialmente se comemora o ano internacional das cooperativas, com o tema 'cooperativas constroem um mundo melhor', ressalta Giusti.
Saiba mais - Desde 2006, quando o programa foi lançado, mais de 170 mil liberações foram feitas, atingindo cerca de R$ 900 milhões de reais. Este montante contribuiu para o fortalecimento das cooperativas de crédito e os atuais índices de desenvolvimento do ramo crédito. Hoje, são mais de 1,3 mil cooperativas, com cerca de 5,7 milhões de associados, quase 5 mil pontos de atendimento, presentes em mais de 45% dos municípios do país.
O programa tem como objetivo promover o fortalecimento da estrutura patrimonial das cooperativas de crédito, por meio da concessão de financiamentos diretamente aos cooperados, na prática, os sócios das cooperativas de crédito podem financiar o aumento de suas cotas-partes na cooperativa no valor de até R$ 10.000,00 (dez mil reais) com prazo total de até 6 anos considerando até 1 ano de carência.
Com o objetivo de promover uma maior disseminação das tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, ao mesmo tempo, suprir necessidades das cooperativas brasileiras, representantes do Sistema OCB e do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa reuniram-se nesta sexta-feira (30/03), em Brasília (DF). Durante o encontro, propostas foram sugeridas e uma minuta de protocolo de intenções entre as entidades foi iniciada.
De acordo com o chefe do Departamento de Transferência de Tecnologias (DTT) da Embrapa, Lúcio Brunale, a parceria é mais que oportuna e trará benefícios a ambas as partes. “Essa possibilidade de trabalho conjunto é fundamental, e acreditamos numa condição muito favorável para que se efetive o quanto antes. Entendemos que a Embrapa tem condições de atender a anseios do cooperativismo, assim como o Sistema OCB também proporcionará respostas a necessidades nossas”, pontuou Brunale.
Segundo o dirigente, a capilaridade do cooperativismo é ideal para fazer com que os produtos da Embrapa cheguem de fato ao público de interesse – os produtores: “Para realizarmos transferência de tecnologia, é necessário conhecer o produtor e suas necessidades, identificar seu perfil e de suas regiões. A estrutura da Embrapa não permite esse alcance, ao contrário do sistema cooperativista, cujo contato com o segmento é constante e direto”.
O superintendente da OCB, Renato Nobile, endossou a expectativa de que a parceria se concretize o mais rápido possível, e disponibilizou a equipe para formar imediatamente um grupo de trabalho. “Demos início à construção de uma minuta para um protocolo de intenções. Nossa equipe técnica vai avaliar as oportunidades de parceria, do ponto de vista do Sistema OCB. A Embrapa fará o mesmo e, na próxima semana, nos encontraremos novamente para finalizar o escopo da parceria”, relatou. A reunião está prevista para a quinta-feira (5/4), na sede da Embrapa.
Oportunidades – Dentre algumas oportunidades de atuação conjunta entre Embrapa e Sistema OCB, foram destacadas a prospecção de demandas do cooperativismo para pesquisas, a realização de projetos de inclusão digital, além da capacitação de multiplicadores do conhecimento produzido pela Embrapa.
Em discurso realizado nesta semana, o deputado Arnaldo Jardim (SP) enalteceu a capacidade de mobilização das cooperativas de crédito em prol do fortalecimento do marco regulatório do setor. O deputado, que é representante do ramo crédito na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) destacou que o mesmo envolvimento dos líderes cooperativistas pela aprovação da lei complementar que instituiu o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), tem sido observado na discussão que envolve o acesso do cooperativismo de crédito aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Apresentado no início de 2011 pela senadora Ana Amélia (RS), o projeto possibilita o acesso direto aos recursos provenientes do FAT pelos bancos cooperativos, confederações e centrais de cooperativas de crédito. A redação da proposta foi redigida a partir das sugestões do Conselho Especializado de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco/OCB) e alinhada com a Frencoop desde o início da Legislatura.
No Senado Federal, a matéria tramitou na forma do Projeto de Lei do Senado (PLS) 40/2011, sendo distribuído às Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Assuntos Econômicos (CAE), sob a relatoria da ex-senadora Marisa Serrano (MS) e do senador Casildo Maldaner (SC), que apresentaram pareceres favoráveis à aprovação da matéria. Recebido no final de 2011 pela Câmara dos Deputados, a proposição tramita atualmente na forma do Projeto de Lei (PL) 3067/2011, sob a análise da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), com a relatoria do deputado Valdir Colatto (SC), representante do ramo agropecuário da Frencoop.
Em enquete realizada recentemente pela Agência Câmara, 1661 internautas votaram sobre a aprovação do PL 3067/2011, sendo 1644 votos favoráveis (98,98%) e 17 contrários (1,02%). Segundo o deputado Arnaldo Jardim, o resultado reflete a expectativa da sociedade referente à aprovação da proposição. Com forte atuação em municípios e regiões onde as grandes entidades financeiras não têm interesse em atuar, as cooperativas de crédito atingiram em 2011 o número de 5,8 milhões de associados, sendo importantes agentes de desenvolvimento social e econômico do País.
(Fonte: OCB)
A Federação Brasileira das Cooperativas de Anestesiologia (Febracan) promoverá no dia 13 de abril o V Encontro Febracan de Contadores e Advogados das Coopanest - cooperativas de anestesiologistas. O evento tem o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e será realizado na sede da instituição, em Brasília (DF). O objetivo é promover um alinhamento de entendimentos entre os profissionais das áreas jurídica e tributária que atuam nas cooperativas.
Com uma representação ampla no mercado (presente em 19 estados da federação), as Coopanest são constituídas para prestar serviços a seus associados por meio do fornecimento de serviços médicos de anestesia, mediante solicitação direta dos cirurgiões, a pacientes, clientes de planos de saúde de empresas privadas, seguradoras, fundações, hospitais, clínicas, ou de outros modos legalmente permitidos.“Com algumas peculiaridades em relação a cooperativas de trabalho médico que atuam no segmento de planos de saúde, as Coopanest possuem demandas específicas e modelo de negócio diferenciado. O encontro da Febracan tem o objetivo de esclarecer as dúvidas vivenciadas pelos profissionais no dia a dia”, explica o gerente do Ramo Saúde da OCB, Laudo Rogério dos Santos.
Técnicos das áreas jurídica e tributária da OCB estarão presentes ao evento, com intuito de ampliar a atuação em rede através da sinergia entre a OCB e o sistema Febracan. “É uma oportunidade de mostrarmos o trabalho desenvolvido pela OCB em apoio às demandas das cooperativas e também alinhar os entendimentos com os atores do setor”, afirma o gestor.
Na oportunidade, o Sistema OCB promoverá, ainda, uma reunião entre o representante nacional do Ramo Saúde, Dr. José Abel Ximenes, e o presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas Médicas (Confemed), Dr. José Augusto, com o objetivo de buscar soluções compartilhadas entre os temas de interesse da confederação e a agenda de debates do conselho nacional do ramo saúde.
O cooperativismo será tema de homenagem na reunião anual de início de safra organizada pela Guarani, uma das empresas líderes do setor sucroenergético brasileiro. O encontro acontece nesta sexta-feira (30/3), no Parque do Peão de Barretos (SP) e contará com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A reunião anual marca a nova temporada que terá início em abril de 2012 e deverá se estender até o final de novembro. Produtores e fornecedores do grupo participarão do encontro que, além de formalizar o início da safra junto aos produtores, vai tratar sobre o tema cooperativismo. Duas personalidades serão homenageadas: Geraldo Diniz Junqueira, fundador e primeiro presidente da Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia (Carol) e Cooperativa de Crédito (Credicarol), e Ismael Perina Júnior, atual presidente da Organização dos Plantadores de Cada na Região Centro-Sul (Orplana).
Números - A Guarani incentiva o trabalho dos produtores agrícolas com os quais se relaciona. Eles somam mais de 1,5 mil agricultores da região Noroeste do Estado de São Paulo e são responsáveis pela entrega da maior parte da matéria-prima processada na indústria. Na última safra, o grupo moeu no Brasil 16,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Desse volume, 2/3 foram cultivados por fornecedores agrícolas. Para esta safra, a perspectiva da Guarani é processar 18,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e atingir uma média de 74 ton/ha. O grupo está renovando 50 mil hectares de cana, o que representa 16,7% da área cultivada pela companhia.
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Integrar redes e compartilhar estruturas de atendimento. Esse é um dos desafios internos traçados pelo Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco) em seu plano de ação e que está sendo construído com o suporte da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Reunidos na sede do Sistema OCB, em Brasília (DF), nesta quarta-feira (28/3), técnicos responsáveis pelas áreas de tecnologia da informação dos Sistemas Sicredi, Sicoob e Unicred discutiram os pontos preliminares de um estudo para a construção do modelo de compartilhamento. De acordo com o gerente do Ramo Crédito da OCB, Silvio Giusti, o estudo inicial prevê, inclusive, a possibilidade de integração com outros sistemas.
O gestor conta que o estudo sugere a realização da primeira etapa do projeto com as máquinas de auto-atendimento espalhadas por todo o país: “Existem várias possibilidades de compartilhamento de estruturas, que passam pelas operações de pagamentos, depósitos, convênios, etc. A equipe técnica decidiu, neste primeiro momento, apresentar um estudo de interligação dos caixas eletrônicos, como forma de propiciar ao cooperado a facilidade de acesso a saques e emissão de saldos”.
Giusti ressalta que o projeto trará benefícios tanto aos cooperados quanto aos sistemas, proporcionando, inclusive, a otimização no investimento de recursos. “Com a criação desta possível integração de redes, os sistemas cooperativos poderão pensar em investir em tecnologia de forma conjunta e não mais isoladamente, gerando a redução de despesas e a consequente economia e ganho de escala”, explica.
A iniciativa está gerando uma expectativa bastante positiva. Segundo Giusti, a integração de redes de atendimento é uma ação frequente no mercado nos dias de hoje e o cooperativismo está constantemente se estruturando para acompanhar essa tendência. “Depois da avaliação e aprovação, daremos continuidade à construção do modelo, analisando os requisitos técnicos, e acreditamos que ele é extremamente possível de ser realizado”, ponderou o gestor. O estudo será apresentado à coordenação do Ceco no próximo dia 11.
"Discutir e divulgar técnicas e pesquisas relacionadas à cafeicultura irrigada. Esse é o objetivo do XIV Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, que acontece hoje (29/3), em Araguari (MG). O evento está inserido na programação da Feira Nacional de Irrigação em Café (Fenicafé) 2012, que teve início na quarta-feira (28) e segue até sexta (30). O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, acompanhou no período da manhã a palestra do deputado federal Paulo Piau com o tema “Código Florestal: o que muda para os cafeicultores?”.
Em reunião na sede do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em Brasília (DF), na tarde desta quarta-feira (28/3), a gerência de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) foi apresentada à nova vice-presidente Técnica do órgão, Verônica Souto Maior, eleita em janeiro deste ano. O encontro, realizado a pedido do CFC, teve como objetivo dar prosseguimento ao trabalho conjunto realizado pelas instituições no sentido de convergir os interesses de ambas.