Open banking: OCB realiza 2º Encontro Técnico



Brasília (14/4/21) – As cooperativas de crédito estão contribuindo com a construção do open banking aqui no Brasil. E, por isso, o Sistema OCB realizou nesta quarta-feira (14/4) o 2º Encontro Técnico sobre o assunto. O evento contou com a participação de representantes do Sistema Nacional do Cooperativismo de Crédito (SNCC) e, também, do Banco central. A primeira edição do evento ocorreu em janeiro.

O objetivo do evento foi apresentar o que tem sido feito em prol das cooperativas de crédito, no âmbito do Conselho Deliberativo do Open Banking. Vale dizer que se trata de um conjunto de regras e tecnologias que permitirá o compartilhamento de dados e serviços de clientes entre instituições financeiras, por meio da integração de seus respectivos sistemas.

Assim, a programação contou a apresentação do status geral da implementação do open banking no país, da evolução da infraestrutura e dos requisitos de segurança. Também debateu a experiência do usuário; o compartilhamento de dados e a comunicação com o mercado.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, reconheceu o empenho do Banco Central em criar um ambiente favorável ao debate das questões que envolvem esse novo jeito de consumir produtos e serviços financeiros.

Segundo ele, a participação das cooperativas está ajudando a construir um caminho seguro para que o open banking se torne realidade no país. “Esse processo – muito bem conduzido pelo Banco Central – é moderno, arrojado e conta com muita precaução. Aliás, essas são marcas da gestão do presidente Roberto Campos e sua equipe. Dessa forma, nós agradecemos por fazermos parte dessa construção”, comenta o presidente.

 

RELEVÂNCIA

O chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro, Denor João André Calvino Marques Pereira, enfatizou que o projeto do open banking é importantíssimo para o Banco Central, sobretudo devido à transformação digital dos últimos anos.

“O que vemos é algo que nunca aconteceu. É um volume grande de dados indo e vindo em alta velocidade. O acesso à informação está mais ágil e tudo isso muda a forma de relacionamento das pessoas e das empresas. E no Sistema Financeiro Nacional isso não é diferente. Por isso, com todo mundo se ajustado, é preciso ter um arcabouço de proteção dos dados dos clientes. E essa é a nossa função: organizar o ambiente para esse momento mais digital”, explicou.

 

COOPERADO

Atualmente, o SNCC é representado no Conselho Deliberativo do Open Banking pelos cooperativistas César Bochi e Márcio Alexandre. Para Bochi, um dos grades diferenciais das coops de crédito é sua capacidade incomparável de resiliência. “Tem muitas novidades vindo por aí. E quando a gente pensa que elas beneficiam o associado, as cooperativas se organizam, viabilizam formas de conseguir vencer os desafios e de estar à frente, competindo em tecnologias, já que o nosso atendimento atento ao associado é imbatível”, declarou.

 

OPEN BANKING

O princípio fundamental do open banking é o consentimento do usuário, ou seja, as empresas deverão, obrigatoriamente, compartilhar informações de um cliente (seja pessoa física ou jurídica), se ele solicitar e autorizar a transmissão dos dados para outra instituição.Não é um aplicativo que vai permitir o compartilhamento, nem um produto. Os clientes poderão pedir para suas instituições financeiras compartilharem seus dados, se assim desejarem, por meio dos aplicativos já existentes das respectivas instituições.

 

PAÍSES

Vale dizer que o open banking não é uma exclusividade do Brasil. O Reino Unido foi o pioneiro, ao implementar um sistema parecido em 2018, enquanto a Austrália implementou a primeira fase do seu programa em julho do ano passado, por exemplo. A Índia também já deu os primeiros passos para a criação do seu open banking.Além disso, países como Estados Unidos, Canadá e Rússia estão analisando maneiras de incorporá-lo aos seus sistemas financeiros.

 

BRASIL

No Brasil, de acordo com a Resolução Conjunta nº 1, do Banco Central, com data de 4 de maio de 2020, está previsto o compartilhamento de dados cadastrais, usados para abrir uma conta em banco, tais como: dados pessoais (nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço, etc.); dados transacionais (informações sobre renda, faturamento no caso de empresas, perfil de consumo, capacidade de compra, conta corrente, entre outros); e dados sobre produtos e serviços que o cliente usa (informações sobre empréstimos pessoais, financiamentos, etc). Tudo sempre com o consentimento do usuário. O processo de liberação dos dados vai acontecer de forma gradual ao longo de 2021.

 

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