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CT de Distribuição de Energia discute desafios e oportunidades do setor

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Reunião tratou sobre impacto das mudanças climáticas e ambiente regulatório 

A Câmara Temática de Distribuição de Energia realizou reunião, nesta sexta-feira (13), com o objetivo de discutir os desafios e as oportunidades do setor. O coordenador do Ramo Infraestrutura do Sistema OCB, Jânio Stefanello, destacou os principais obstáculos enfrentados pelas cooperativas de distribuição de energia, como o impacto das mudanças climáticas, o aumento dos custos de energia e o ambiente regulatório do setor. 

As catástrofes climáticas no Rio Grande do Sul também foram destaque no encontro, tendo em vista os desafios enfrentados pelas cooperativas de distribuição e geração de energia da região, que lidam com prejuízos de milhões de reais pela destruição dos seus ativos e equipamentos. Além disso, a estiagem em várias partes do país tem comprometido a estabilidade e a capacidade de operação das cooperativas, agravando os problemas do setor.

O encontro também discutiu projetos estratégicos, como o convênio com o Sescoop Nacional para o desenvolvimento de um estudo sobre a abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores de baixa tensão. O objetivo é promover um projeto piloto nas cooperativas, visando analisar o comportamento desses consumidores diante das oportunidades oferecidas pelo mercado livre de energia. 

Entre os demais projetos em andamento, destacaram-se o estudo sobre a regularização das cooperativas autorizadas e a análise das cooperativas permissionárias, com ênfase na modicidade tarifária. “Estamos progredindo em diversas frentes, como a abertura do mercado livre e os estudos técnicos sobre permissionárias e autorizadas. Esses avanços são essenciais para manter a competitividade das cooperativas", ressaltou Jânio.

O Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024 foi apresentado para mostrar o crescimento e a relevância das cooperativas do Ramo Infraestrutura. Outro ponto discutido foi a Energia Cooperativa. Em 2023, as cooperativas investiram significativamente na geração de energia própria, com 736 delas operando unidades próprias, 3.554 empreendimentos de geração e uma potência instalada de 244 MW. 

Jânio ressaltou a relevância de que o Sistema também considere e integre de forma abrangente os dados das demais usinas do cooperativismo, que, por sua vez, atuam sob outros modelos de negócio. “Essa inclusão é fundamental para garantir uma visão mais completa e robusta do setor, fortalecendo ainda mais o papel das cooperativas na matriz elétrica limpa”, afirmou.

O PL 1.303/2022, que trata das cooperativas de telecomunicações também foi abordado. Jânio afirmou que as expectativas são positivas, pois o projeto visa melhorar as condições do setor e ampliar o acesso aos serviços no país. "É crucial que avancemos com este tema no Senado Federal, pois o cooperativismo pode desempenhar um papel fundamental na universalização da internet no campo. As cooperativas têm o potencial de serem grandes parceiras na expansão da conectividade, oferecendo soluções inovadoras e acessíveis que podem levar a internet de qualidade a regiões rurais", destacou.

O Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa foi mencionado, para destacar  a participação de mais de 200 representantes, de 24 estados e 7 países. Para Hugo Andrade, coordenador de Ramos do Sistema OCB, o evento trouxe troca de experiências e inovações na área de energia, com fortalecimento  da integração entre cooperativas de diferentes nações.

 

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