Trabalhos acadêmicos
Título
Cooperativismo E Associativismo Na Produção Agropecuária De Menor Porte No Brasil
Autores
- Érica Basílio Tavares Ramos
- José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho
Ano da Publicação
2021
Idioma da Publicação
Português
Revista Publicada
Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Resumo
A produção de menor porte, ou agricultura familiar, impactou de forma positiva no valor da produção do tem dinâmica diferente da agricultura de maior escala, ou estabelecimento familiar. Os indicadores espaciais agricultura comercial. A questão da escala produtiva é uma mostraram que existe um padrão espacial: o cooperativismo variável importante na inserção competitiva dos mercados. é bastante forte na região Sul, enquanto o associativismo é Estabelecimentos produtivos com maior escala de produção mais frequente na região Nordeste. Essas observações são capazes de vender produtos a preços mais elevados e estão associadas ao ambiente institucional de cada de negociar insumos a preços mais baixos, aumentando região. No Nordeste, o desenvolvimento é fortemente assim a rentabilidade dos negócios. No entanto, o grau de marcado por restrições ao desenvolvimento de atividades participação dos pequenos agricultores em organizações agropecuárias. O caminho para que os agricultores coletivas (cooperativas e associações) impacta diretamente dessa região encontrem uma alternativa viável na tanto sobre a capacidade de produção quanto sobre o atividade agropecuária seria por meio do aumento uso efi ciente dos recursos escassos. da produtividade, que esbarra em questões exógenas (climáticas e geográfi cas) e endógenas (instituições O problema de pesquisa, aqui estudado, busca promotoras do desenvolvimento local). avaliar qual o impacto institucional da presença do cooperativismo e do associativismo na produção familiar Pela análise da fronteira estocástica espacial brasileira. O estudo parte das seguintes hipóteses: local, identifi cou-se que a média da efi ciência técnica organizações coletivas de produção (cooperativas dos estabelecimentos familiares foi de cerca de 0,87, ou associações de produtores) contribuem para o ou seja, 13% abaixo da fronteira de efi ciência ótima. crescimento da produção da agropecuária de menor Observou-se também que os municípios do Nordeste porte e contribuem também para o uso mais efi ciente dos possuem escores de efi ciência inferiores aos das regiões recursos. Acredita-se que a vinculação às cooperativas Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Possíveis indicações para isso e associações agropecuárias pode elevar a efi ciência é que o ambiente institucional no Sul promove políticas técnica dos agricultores familiares, uma vez a produção com maior participação local (bottom-up), enquanto no elevada, e pode haver um uso mais efi ciente dos Nordeste a participação de instituições locais e produtores recursos, promovidos pelo aumento das habilidades é mais passiva, dependendo de políticas públicas de gerenciais adquiridas em decorrência da participação desenvolvimento regional centralizadas (top-down). em uma cooperativa ou associação. Com o intuito de Portanto, os resultados encontrados podem subsidiar verifi car essa hipótese, utilizou-se o modelo de análise a formulação de políticas públicas que auxiliem a de fronteira estocástica espacial local com o uso de agricultura de menor porte a aumentar sua renda e seu indicadores locacionais para aferir a dinâmica produtiva bem-estar, principalmente nas regiões mais carentes, das variáveis de interesse (cooperativas e associações). as quais tiveram os escores de efi ciência mais baixos. Constatou-se que a presença institucional da participação produtiva em cooperativas e associações