Até 16 de maio de 2020, o número de casos confirmados e mortes no Brasil devido ao COVID-19 atingiu 233.142 e 15.633, respectivamente, tornando o país um dos mais afetados pela pandemia. O Estado de São Paulo (SSP) abriga o maior número de casos confirmados no Brasil, com mais de 60.000 casos até o momento. Neste estudo, investigamos a distribuição espacial e os padrões de disseminação do COVID-19 no SSP, mapeando a autocorrelação espacial e os padrões de agrupamento do vírus em relação à densidade populacional e ao número de leitos hospitalares. A análise de autocorrelação espacial indicou que a cidade de São Paulo é um ponto quente significativo tanto para os casos confirmados quanto para as mortes, enquanto outras cidades do Estado podem ser consideradas pontos frios. A análise de Moran bivariada também mostrou que a densidade populacional é um indicador-chave para o número de mortes, enquanto o número de leitos hospitalares tem menos relação, o que implica que a letalidade depende substancialmente da condição real do paciente. As medidas de isolamento social em todo o SSP têm aumentado gradualmente desde o início de março, uma ação que ajudou a retardar o surgimento de novos casos confirmados, destacando a importância das medidas de distanciamento seguro na mitigação da transmissão local dentro e entre as cidades no SSP.