A interdisciplinaridade se sustenta na atualidade como uma aposta epistemológica e metodológica que tem como objetivos quebrar paradigmas entre os conhecimentos, religar conhecimentos que se departamentalizaram, construir pontes que permitam o diálogo entre saberes e, de modo geral, contribuir para a proposição de soluções para os problemas e obstáculos que a pós-modernidade impõe para a atual sociedade. Diante desse cenário apresentado, esse artigo propõe uma discussão sobre a complexidade da construção de pesquisas científicas a partir do viés interdisciplinar. Esse diálogo é proposto e sustentado a partir do questionamento que indaga se a interdisciplinaridade é condição obrigatória para os estudos da ciência, tecnologia e inovação. Com o propósito de responder à pergunta problematizadora e galgar o objetivo proposto, realizou-se pesquisa bibliográfica em livros, teses, dissertações e artigos e um recorte a partir de uma observação participante em um fórum acadêmico organizado por um programa de pósgraduação, nível mestrado e doutorado, interdisciplinar. A partir dos dados coletados, elaboraram-se considerações que versam sobre o desafio de se fazer a interdisciplinaridade pelos docentes e pelos discentes e a importância da interdisciplinaridade para a compreensão do mundo contemporâneo e a realização de pesquisas na atualidade. Como considerações finais, entende-se que é necessário repensar os conceitos de departamentalização das ciências e os meios de se fazer pesquisas frente as necessidades que a sociedade pós-moderna e industrial impõe para os pesquisadores