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Ciência e sustentabilidade: Sicoob Credip apoia desenvolvimento de polo cafeeiro em Rondônia

Imagem Destaque

2024
Norte
-
Não
Sicoob Credip
Finanças Verdes
ESGCOOP
Ambiental
Região: Norte Categoria: Finanças verdes Ação/projeto: Recuperação da força da cafeicultura de Rondônia a partir da produção sustentável da valorização do agricultor local. ODSs: Objetivo 12 - Consumo e Produção Responsáveis Objetivo 15 - Vida Sobre a Terra Resultados: Recuperação do potencial produtivo da região Diversidade e inclusão no segmento de cafeicultura Reconhecimento da qualidade do café de Rondônia
O estado de Rondônia, situado na região amazônica do país, preservou suas condições de fauna e flora por muito tempo. No entanto, as coisas começaram a mudar no último quarto do século XX, devido aos movimentos migratórios para a região - movimento esse que causou muitas transformações econômicas, sociais e ambientais. O resultado desse movimento é que quase 35% das florestas do estado foram convertidas em áreas de produção agropecuária, causando desmatamento e impactos ambientais. O enfrentamento para tornar a atividade econômica mais sustentável se deu com a modernização do campo e a introdução da cafeicultura na região, que hoje é referência de qualidade. Tudo isso se deu com o apoio do Sicoob Credip. Quem conta essa história é Oberdan Pandolfi Ermita, Presidente do Conselho de Administração da cooperativa: “Além do crédito orientado para o produtor acessar novas tecnologias e processos produtivos, hoje somando quase R$ 200 milhões para 4 mil produtores atendidos, o Sicoob Credip juntamente com Sebrae apoiou a CAFERON (Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia) na criação das identidades visuais da Identificação Geográfica dos Robustas Amazônicos da Região Matas de Rondônia”.  

Revitalização produtiva sustentável

A cafeicultura local passava por um declínio de produtividade e renda. Nesse cenário, muitos produtores migravam para a pecuária extensiva ou desmatavam áreas de floresta a fim de aumentar a área de pastagem. Era como um ciclo vicioso que gerava cada vez mais incentivo para o desmatamento. No entanto, dentro desse contexto complexo, os produtores locais construíram a base de uma genética única e desenvolveram sua própria maneira de produzir café. Na última década, um esforço coletivo de pesquisa científica, extensão rural e apoio de entidades como o Sicoob Credip, passaram a fomentar e difundir entre os produtores o uso de boas práticas agronômicas. Para isso, os investimentos contribuíram para selecionar e melhorar o material genético das plantas, orientar a plantação e a colheita, aprimorar a irrigação e aumentar os cuidados no processamento da produção. A Embrapa foi a grande aliada para o desenvolvimento científico e tecnológico da iniciativa. O processo foi desafiador, narra o Presidente do Sicoob Credip: “O maior desafio é convencer o produtor a investir em qualidade e adotar novas tecnologias produtivas. No início era apenas uma ideia, os pioneiros que acreditaram não tiveram de imediato o reconhecimento ou renumeração pelo seu produto diferenciado. Mas a persistência e a atuação das entidades apoiando os concursos de qualidade começaram a revelar para o mercado algo novo e surpreendente”. O resultado desse processo foi a obtenção de uma bebida de perfil sensorial exótico e único, com plantas que se adaptaram e se naturalizaram com rusticidade e alta produtividade, dando origem aos cafés especiais Robustas Amazônicos, que obteve até mesmo uma Identificação Geográfica inédita para cafés canéforas sustentáveis do mundo. “Antigamente se acreditava que vinho de qualidade somente eram os europeus, de denominação de origem. O investimento em ciência e pesquisa e a dedicação de pessoas em todo o mundo provaram que existem novos terroirs. Exatamente esse paralelo podemos traçar com os Robustas Amazônicos”, compara Ermita.  

Potencial de mercado

A posição de cooperativa financeira ocupada pela Sicoob foi essencial para essa jornada, mas essa característica foi apenas o começo de uma série de pontos estratégicos que permitiram o sucesso desse projeto. Entre eles, estão a liberação de crédito orientado para produtores com interesse no acesso a novas tecnologias e processos produtivos. A parceria com a CAFERON (Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia) também foi um divisor de águas, ajudando na consolidação das marcas dos produtores locais. O reconhecimento também está na mira dessa iniciativa, uma vez que a CAFERON passou a contar com suporte financeiro para promover eventos locais de cafeicultura, premiações e muito mais. A ideia é mostrar o potencial da região para o mundo e reforçar o valor que os grãos cultivados localmente têm para o país.  

Protagonismo sustentável

Fomentar o mercado e estimular a produção local foi apenas uma parte do esforço do Sicoob Credip para recuperar o ramo de cafeicultura em Rondônia. Desde o começo, a cooperativa sabia que também era necessário cuidar do ambiente rico em fauna e flora que cerca essas fazendas. Temas como a pegada de carbono do Robustas Amazônicos são mensurados com frequência e assertividade. O plano é, inclusive, transformar a metodologia de propriedade do Sicoob, Embrapa e CAFERON em uma fonte de geração de créditos de carbono. Para alinhar o aumento da produtividade e a preservação ambiental, foi usada uma inteligência inédita, que acolhe o conceito de vulnerabilidade do pequeno produtor e aplica estratégias desde os momentos iniciais para que ele não se torne um potencial agente desmatador. Graças aos esforços concentrados na região Matas de Rondônia, a produção saltou de dois para mais de três milhões de sacas beneficiadas de café. Tudo isso se deu com redução de área plantada, de 345 mil para 65 mil hectares. “Adotar novas tecnologias produtivas, que agregam produtividade e renda, trazendo para a questão da preservação também a dimensão do amazônida e da sua dignidade é a única forma que o Sicoob tem enxergado para apoiar no enfrentamento ao desmatamento. Portanto, passamos a entender que o apoio ao pequeno cafeicultor na sua transição tecnológica representa a condição de trazer dignidade e preservação da floresta”, ressalta Ermita E não é apenas o café que se beneficia: toda a região está sendo estudada e diversos pontos de expansão da atividade sem desmatamento estão sendo registrados, bem como os ativos ambientais locais. A ideia é criar uma cadeia de colaboração, proporcionando linhas de crédito para ajudar o produtor em toda a transição tecnológica.   Um resultado digno de um café tão fino A qualidade do café rondoniense é reconhecida. “Trata-se de algo novo que está surpreendendo o mundo e rompendo paradigmas na indústria do café. O Robusta Amazônico possui suas singularidades e é tão bom quanto o mais fino café arábica”, elucida Ermita. Tanto é que os cafés rondonienses estão colecionando prêmios. Em 2022, os cafés das Matas de Rondônia conquistaram os cinco melhores lugares nos concursos “Coffee of The Year” e “Florada/3 corações. Além disso, os cafés produzidos na região também venceram competições internacionais, como a Great Taste Awards 2023. Mas os resultados da dedicação dessas três instituições proporcionou, também, a melhoria na condição de vida de milhares de trabalhadores. Além de trazer oportunidades para comunidades que são constantemente excluídas, tal como as indígenas, a iniciativa também gerou uma onda de reconhecimento. O ciclo, agora, é virtuoso. “Quanto mais o produtor investe em qualidade, mais demanda investimentos em novos serviços, gerando externalidades positivas para toda a comunidade”. Diversas famílias que sofriam para posicionar suas produções, agora contam com selos de qualidade e podem ver seus grãos conquistando apreciadores do mundo todo. É esse o efeito de uma causa que une sustentabilidade, cuidado social e colaboração.

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Coopfam lidera desenvolvimento da economia circular do café
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Região: Sudeste Categoria: Resíduos Sólidos Ação: Integração da cafeicultura à economia circular, com base no reuso, reciclagem e destinação adequada dos resíduos decorrentes da atividade agrícola. ODSs: 2 - Fome zero e agricultura sustentável 11 - Cidades e comunidades sustentáveis 12 - Consumo e produção responsáveis Resultados: Os resíduos orgânicos gerados na indústria cafeeira da Coopfam são usados pelos produtores cooperados no processo de adubação de suas terras. Materiais recicláveis são coletados e destinados à usina local de reciclagem. Resíduos que não podem ser reutilizados ou apresentam risco de contaminação ao ambiente têm a destinação adequada. Lixo eletrônico é comercializado para empresas especializadas, gerando recursos para outras aplicações ambientais.

Água: um bem precioso
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Projeto: Programa Pronascentes – Cuidando das Águas do Canavial Objetivo: Proteção, preservação, conservação e recuperação de todas as 83 nascentes mapeadas da microbacia do Córrego Canavial (Minas Gerais) através do cercamento das áreas das nascentes, plantio e replantio de mudas. Resultados: Número total de nascentes preservadas: 24 (antes) e 54 (após a finalização do projeto). Produtores aptos pelo programa de preservação: 0 (antes) e 22 (após a finalização). Aumento da vazão do Córrego Canavial: 8,5 milhões l/dia (antes) para 10 milhões l/dia (depois).

Multiplicando resultados
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Objetivo: Gerar energia limpa e renovável por meio da biodigestão anaeróbia dos dejetos e resíduos da agroindústria, minimizando os impactos ambientais da atividade de produção de alimentos, promovendo e incentivando as boas práticas de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. Resultados: Projetos implantados em função da capacitação: • COOPERATIVA C. VALE Sede: Palotina, Oeste do Paraná Volume produzido: Entre 1500 a 2000 m³/dia para energia elétrica e 1050 m³/hora para uso térmico. Fonte de material utilizado: Dejetos suínos (geração energia elétrica) e efluente industrial de produção de amido de mandioca (uso térmico). COOPERATIVA CASTROLANDA Sede: Castro, Leste do Paraná Volume produzido: 12.593 nm³/dia de metano. Fonte de material utilizado: Lodo biológico ETE, Lodo tridecanter frigorifico, resíduo de batata lavador, glicina vegetal, resíduo de cerveja, ovos, óleo fritadeira, casca de batata, batata frita, farelo de fritadeira, dejetos e carcaça de suínos. COOPERATIVA COPACOL Sede: Cafelândia, Oeste do Paraná Volume produzido: Não possuem informação em volume de biogás gerado. Contudo, nos últimos três meses a geração de energia média com biogás foi de 88.116 kWh/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos de suínos de uma Unidade de Produção de Leitões com 4.300 matrizes. COOPERATIVA FRÍSIA Sede: Carambeí, Leste do Paraná Volume produzido: 86.457 m³/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos e carcaças provenientes da atividade de suinocultura. COOPERATIVA LAR Sede: Medianeira, Oeste do Paraná Volume produzido: 3.126.438,00 metros cúbicos de biogás, convertido em energia elétrica equivalem a 1.334.801 KWh de bioenergia (evitando a emissão de 1.719.540,9 metros cúbicos de gás metano). Fonte de material utilizado: Dejetos suínos. A unidade de produção localizada no município de Serranópolis do Iguaçu (PR) tem 3 biodigestores e produz 52% da energia consumida. Para 2021, a expectativa é produzir 100% da energia elétrica por meio do biogás.

Aprender cooperando
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Objetivo: Disseminar o conceito de Sustentabilidade e Educação Ambiental no contexto escolar por meio de um projeto de Geração Solar Fotovoltaica com a implantação de um Sistema Off-Grid. Resultados: Capacitação de alunos e professores no desenvolvimento de projetos voltados à geração de energia limpa. Premiação em eventos científicos externos à escola na categoria Engenharia e Ciências da Natureza pelos alunos na forma de pesquisa científica. Valores doados em equipamentos para o projeto: R$ 3.600,00. Avaliação dos participantes do projeto em relação à satisfação em ter participado: 92%.