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NOTÍCIAS REPRESENTAÇÃO

COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiro

Participação projeta o setor e reforça soluções que unem produção, inclusão e preservação ambiental 

A COP30 revelou, com clareza inédita, a força do cooperativismo brasileiro como agente de impacto socioambiental. Em um ano marcado por tensões globais e desafios crescentes relacionados ao clima, o movimento ocupou espaços estratégicos em Belém, apresentou soluções concretas para adaptação e descarbonização e ampliou parcerias com governos, organismos internacionais e delegações de todas as regiões do mundo.  

A presença ativa nas três zonas oficiais da Conferência — Green Zone, Agri Zone e Blue Zone — e em espaços temáticos COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileirocomo a Casa do Seguro, consolidou o setor como um dos principais articuladores de iniciativas climáticas baseadas no território. 

Green Zone 

No Pavilhão Coop, instalado na Green Zone em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o público teve contato direto com tecnologias sociais, produtos, experiências de campo e modelos de governança cooperativa.  

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a visibilidade alcançada refletiu a força das soluções construídas coletivamente. “A COP30 mostrou ao mundo que aquilo que o cooperativismo faz há décadas no Brasil — produzir, incluir e preservar — é exatamente o que o planeta precisa neste momento”, afirmou.  

Ao longo de duas semanas, a Green Zone recebeu 294.262 visitantes, com pico diário superior a 37 mil pessoas. O Pavilhão do Coop sediou 10 painéis temáticos, promoveu 17 oficinas e degustações abertas ao público e movimentou R$ 135 mil em vendas, com 3.883 produtos comercializados por 11 cooperativas na Feira da Sociobiodiversidade.  

Agri Zone COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiro

A participação na Agri Zone reforçou a capacidade das cooperativas de impulsionar a agricultura de baixo carbono e a adaptação produtiva. O estande integrou a casa da agricultura sustentável da Embrapa, visitada por 24.469 pessoas de 46 países e 40 delegações oficiais, enquanto mais de 350 debates técnicos destacaram práticas e inovações lideradas por agricultores e cooperados focados na segurança alimentar e nutricional e na agricultura de baixo carbono.  

O presidente Márcio observou que essa transversalidade foi determinante para o protagonismo do setor em Belém. “Estivemos presentes em temas tão diversos quanto energia, agricultura, bioeconomia, financiamento verde, seguros, inovação e educação. Isso demonstra o quanto o cooperativismo é parte estruturante da transição climática e um aliado indispensável para acelerar os compromissos assumidos na conferência.” 

Blue Zone e Casa do Seguro 

COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiroJá na Blue Zone, as cooperativas contribuíram para discussões centrais sobre mitigação, mercados de carbono e transição energética justa, participando de sete painéis e levando à mesa a experiência de quem vive o desafio climático no cotidiano da produção. A atuação na Casa do Seguro, por sua vez, ressaltou o avanço do cooperativismo no ramo de seguros e sua conexão direta com resiliência climática.  

O espaço, coordenado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), promoveu debates sobre instrumentos de proteção capazes de reduzir riscos associados a eventos extremos. Segundo Márcio, a presença das cooperativas nesse ambiente ampliou diálogos essenciais.  “A agenda climática exige inovação em mecanismos de proteção e gestão de risco, e o cooperativismo de seguros tem muito a contribuir para modelos que de fato atendam as comunidades e produtores mais expostos”, declarou.  

Necessidades reais 

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, reforçou que os avanços institucionais da COP30 dialogam diretamenteCOP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiro com as necessidades reais do território. “A crise climática custa caro — e vai custar mais. Para que produtores e comunidades se adaptem, é fundamental garantir instrumentos financeiros acessíveis, simples e adequados à realidade do campo”, destacou.  

Segundo ela, o conjunto de decisões firmado em Belém fortalece entre outros a capacidade de as cooperativas de ampliar o financiamento verde, projetos de energia renovável, bioeconomia, conservação e inovação agrícola.  

Entre esses marcos, ela citou a triplicação do financiamento global para adaptação até 2035, uma medida que cria espaço para programas específicos voltados, por exemplo, a produtores familiares e pequenas organizações econômicas; a definição da Meta Global de Adaptação (GGA) com 59 indicadores, que permitirá mensurar impactos e orientar políticas de forma mais alinhada ao território; e as diretrizes de transição justa, que reconhecem COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiroa importância da inclusão produtiva e do diálogo social na transformação ecológica. 

Papel do cooperativismo 

Tania ressaltou ainda que outros resultados da COP30 reforçam diretamente o papel do cooperativismo. O Plano de Ação de Gênero e Clima, ao promover equidade, fortalece práticas que já fazem parte da governança cooperativa. O mapa do caminho para a eliminação do desmatamento amplia, ainda que não tenha entrado na decisão final da conferência, gera oportunidades para cooperativas que atuam com sistemas agroflorestais, reflorestamento e manejo sustentável.  

O lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e o Plano RAIZ, voltado à agricultura resiliente e à degradação zero de solos, cria instrumentos adicionais para financiar iniciativas em biomas como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica — regiões onde as cooperativas têm presença consolidada e impacto direto. Além disso, o Documento Mutirão, com a proposta de mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento climático, representa uma oportunidade inédita para escalar projetos que unem produção, conservação e geração de renda, especialmente pelo papel estratégico das cooperativas de crédito nos territórios. 

Reconhecimento 

Nesse sentido, o reconhecimento formal da agricultura tropical como solução climática também é decisivo, pois valoriza práticas que muitas cooperativas já adotam, como o uso eficiente de recursos, a integração lavoura-pecuária-floresta, a recuperação de áreas degradadas e a produção de alimentos de baixo carbono. “Essas decisões fortalecem o ambiente institucional necessário para que o cooperativismo faça ainda mais pelo clima, pela biodiversidade e pelas pessoas”, explicou Tania. 

A superintendente enfatizou, por fim, que o impacto do movimento na COP30 foi sustentado pela qualidade técnica e humana das experiências apresentadas ao mundo. “Mostramos que o cooperativismo brasileiro entrega resultados de verdade: reduz emissões, restaura áreas, gera trabalho, fortalece cadeias produtivas e mantém as pessoas no centro. É esse tipo de solução concreta que o mundo busca — e que podemos ampliar nos próximos anos”.  

Celebração 

COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiroA COP30 também marcou um momento simbólico e histórico para o movimento: a celebração do Ano Internacional das Cooperativas, realizada no Pavilhão Coop na Green Zone com a presença de lideranças nacionais e internacionais.  

A cerimônia destacou o papel das cooperativas na construção de economias mais resilientes, inclusivas e sustentáveis, reforçando a importância do modelo cooperativo para responder aos desafios globais. O ato consolidou Belém como palco de encerramento de um ano que projetou as cooperativas para o centro das discussões sobre clima, desenvolvimento e prosperidade compartilhada. 

Acordos 

Além disso, a conferência foi marcada pela assinatura de acordos de cooperação técnica fundamentais para acelerar o impacto do cooperativismo na agenda climática. Essas parcerias, firmadas com a Natura e os ministérios do Empreendedorismo (Memp), Desenvolvimento Agrário (MDA) e Comércio e COP30 deixa legado estratégico para o cooperativismo brasileiroIndústria (MDIC), abrangem áreas como bioeconomia tropical, agricultura de baixo carbono, energias renováveis, manejo florestal sustentável, inovação e finanças verdes.  

Os acordos preveem capacitação técnica, desenvolvimento de tecnologias aplicadas ao território, intercâmbio de conhecimento e facilitação do acesso das cooperativas a mecanismos internacionais de financiamento. Com isso, ampliam-se as condições para transformar o legado da COP30 em ações permanentes de desenvolvimento sustentável nos territórios cooperativistas. 

Próximos passos 

Os próximos passos incluem ampliar o acesso das cooperativas a fundos internacionais, fortalecer parcerias técnicas e promover projetos que aliem inovação, assistência técnica, regularização ambiental e inclusão produtiva. Para o presidente Márcio, a COP30 deixou um legado inequívoco. “A construção de um futuro climático justo e sustentável passa pelo território — e o território brasileiro se organiza, cresce e se transforma por meio do cooperativismo”.  

 

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