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Mercado de carbono: cooperativismo leva olhar técnico à Blue Zone

Participação enfatizou justiça regulatória, custo de oportunidade e inclusão produtiva 

O Sistema OCB marcou presença, nesta quinta-feira (13), em um dos debates mais estratégicos da programação da Mercado de carbono: cooperativismo leva olhar técnico à Blue ZoneConfederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Blue Zone da COP30. O consultor ambiental do Sistema OCB, Leonardo Papp, participou do painel Mercado de Carbono: o que é prioridade para o agro?, e reforçou a visão técnica do cooperativismo para uma inserção justa e eficaz do setor na economia de baixo carbono. 

Papp destacou que o mercado de carbono só será bem-sucedido se promover benefícios ambientais reais, com redução concreta de emissões de gases de efeito estufa (GEE), e se estiver ancorado em justiça social. “O mercado de carbono precisa equilibrar eficiência econômica e equidade social. As soluções devem considerar os contextos locais e respeitar desigualdades regionais para que ninguém fique para trás”, afirmou. 

Um dos pontos centrais apresentados pelo consultor foi a necessidade de tropicalizar as metodologias utilizadas no mercado de carbono. Ele explicou que modelos importados de realidades europeias frequentemente ignoram características fundamentais da agricultura tropical, como múltiplas safras anuais, plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta e a enorme diversidade climática do Brasil. “As metodologias precisam valorizar práticas de baixo carbono já consolidadas no país, reconhecendo a inovação e o protagonismo da agricultura tropical”, defendeu. 

Outro tema abordado foi o aperfeiçoamento do conceito de adicionalidade, que deve levar em consideração legislaçõesMercado de carbono: cooperativismo leva olhar técnico à Blue Zone ambientais distintas entre os países. O consultor ressaltou que o Brasil possui regras mais rígidas que a média global e que isso precisa ser incorporado aos critérios internacionais. “É fundamental garantir justiça regulatória. Obrigações legais brasileiras representam esforços adicionais e devem ser valorizadas nos projetos de carbono”, acrescentou. 

Papp também chamou atenção para a necessidade de precificar corretamente o custo de oportunidade da conservação, assegurando que países em desenvolvimento não sejam prejudicados por mecanismos de mercado que limitem a produção sem oferecer compensações justas. Além disso, apontou como prioridade superar o alto custo de transação que atualmente impede pequenos produtores de acessar o mercado de carbono. E, nesse ponto, ressaltou o papel decisivo do cooperativismo. “As cooperativas ampliam escala, reduzem barreiras financeiras e garantem transparência. São a estrutura mais preparada para incluir pequenos produtores na economia verde”, declarou. 

Ao final do painel, Papp reafirmou o protagonismo do cooperativismo na agenda climática apresentada na COP30. “Com mais de 1 milhão de produtores rurais cooperados somente no ramo agropecuário, o modelo demonstra capacidade real de democratizar o acesso ao financiamento climático, impulsionar práticas sustentáveis e apoiar uma transição justa para toda a cadeia produtiva”. 

 
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