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Da Olympikus para o coop: como marcas fortes nascem da coerência

  • Artigo Secundário 1

Márcio Callage compartilha lições sobre foco, propósito e conexão com o público em plenária da Semana de Competitividade 

"Se um dia minha marca desaparecer, eu quero que as pessoas sintam falta”. Com essa frase, Márcio Callage, diretor de marketing da Vulcabras eDa Olympikus para o coop: como marcas fortes nascem da coerência responsável pela virada estratégica da Olympikus, abriu a plenária, nesta quarta-feira (11), do último dia da Semana da Competitividade 2025 promovida pelo Sistema OCB, em Brasília. Durante três dias, o evento reuniu cerca de 800 comunicadores de cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs), especialistas e influenciadores para discutir inovação, sustentabilidade e comunicação no universo cooperativo. Coube à fala de Callage dar o tom mais humano e provocativo dos debates. 

Sob o tema O poder da rua: a estratégia da Olympikus para reconstruir sua marca, Callage compartilhou reflexões sobre branding, comportamento do consumidor e a necessidade urgente de coerência em tempos de saturação digital. “A maior escassez hoje não é de dinheiro ou tecnologia. É de atenção”, alertou logo no início de sua apresentação. Para ele, o excesso de estímulos tem levado o consumidor a operar no piloto automático. “Nesse cenário, não basta ser lembrado. É preciso ser escolhido”, ressaltou.  

Segundo ele, a mensagem-chave do cooperativismo também precisa ressoar e se destacar, principalmente em um universo onde tantas iniciativas disputam espaço na mente do público. “Quando o propósito é claro e a identidade é forte, o cooperado, o consumidor e a comunidade reconhecem valor real”, reforçou o executivo. 

Durante sua fala Callage também mostrou como a Olympikus, marca 100% nacional, se reposicionou sem perder suas raízes. Ao optar por investir em ações de proximidade com o público real, como eventos de corrida e ativações locais, a marca passou a escutar — e dialogar — com quem de fato utiliza seus produtos. “No cooperativismo, a escuta ativa também é um diferencial competitivo. Quem entende a base, entrega com mais verdade”. E acrescentou:  “a marca forte nasce quando o que ela fala é coerente com o que ela faz — princípio que também move o modelo cooperativista”.  

A regra 70-20-10 

Uma das contribuições mais práticas da palestra foi a divisão estratégica de orçamento para trabalhar a marca, baseada na lógica 70-20-10: 

  • 70% para ações que sustentam o negócio; 

  • 20% para construção da marca com consistência; 

  • 10% para inovação e testes, sem cobrança de retorno imediato. 

De acordo com Callage, a lógica pode ser facilmente aplicada por cooperativas que precisam equilibrar sustentabilidade financeira com inovação e propósito social. “É esse 10% que nos permite ouvir a comunidade, testar ações e criar experiências memoráveis”, destacou.  

Outro ponto alto da apresentação foi quando o executivo explicou a importância de manter um foco bem definido nas estratégias de branding.  “Foco exige sacrifício. O PowerPoint aceita tudo, mas a realidade impõe escolhas. Ao recusar patrocínios em eventos fora do universo esportivo, mesmo quando o público-alvo estava presente, a Olympikus reforçou seu compromisso com o esporte — e ganhou relevância por sua coerência de posicionamento”, descreveu.  

Callage complementou ressaltando que o paralelo com as cooperativas é evidente. “Não é preciso estar em todos os lugares, mas nos lugares certos. O impacto não está em falar mais alto — mas em falar com verdade”.  

A mensagem final do executivo foi um convite à reflexão. “A marca forte não é a que grita. É a que conversa. Para as cooperativas, que muitas vezes enfrentam o desafio da visibilidade diante de grandes empresas está em usar a força da comunidade, a escuta ativa e o propósito como estratégia de diferenciação,” concluiu.  

 

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