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Cooperadas da Coopfam se mobilizam para aumentar protagonismo feminino no campo

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2024
Brasil
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ESGCOOP
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Impulsionar o protagonismo feminino no campo é um grande desafio para as cooperativas agropecuárias. Dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro referentes a 2023 indicam que as mulheres representam somente 18% do quadro social geral nas cooperativas do ramo. Entre os dirigentes, a situação é semelhante: elas são apenas 17%.

A mineira Coopfam (Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região), que atua no setor cafeeiro, está liderando um movimento de mudança e inclusão das mulheres no campo com o projeto Mulheres Organizadas em Busca da Igualdade (MOBI).

O MOBI foi criado em 2006 para lidar com um problema diagnosticado ainda nos primeiros anos de operação da cooperativa: as trabalhadoras rurais produziam juntas com os esposos, mas não podiam desfrutar de uma série de benefícios, já que não tinham documentações de atividade rural.

Certa vez, a esposa de um cooperado ficou viúva e precisou regularizar seus documentos, a fim de se associar à cooperativa e dar seguimento aos negócios da família. Essa situação gerou uma onda de filiação das cafeicultoras. A partir daí o número de mulheres dentro da cooperativa cresceu e ganhou o nome de Mulheres Organizadas em Busca da Igualdade - o MOBI.

 

Fomentando o protagonismo feminino

“Na cooperativa temos um grupo que é composto apenas por mulheres e são discutidos programas de desenvolvimento rural, pessoal e profissional. Esse grupo foi formador de lideranças atuais e em gestões passadas, de forma que, temos nele um grande esteio para despertar nas mulheres a vontade de viver o cooperativismo em suas diversas faces e também participar do processo produtivo em suas lavouras em todas as etapas”, conta Renata de Fátima Pires Tavares, técnica do departamento socioambiental da Coopfam.

Dessa forma, por meio desse grupo, a cooperativa desenvolve projetos específicos para o desenvolvimento de equidade de gênero, protagonismo feminino dentro do campo e em espaços diversos dentro da sociedade.

A grande iniciativa de sucesso, nesse sentido, é a criação de uma linha específica de café feminino que valoriza o trabalho que a mulher desenvolve no campo e proporciona empoderamento financeiro e social para as produtoras cooperadas. Esses cafés foram servidos durante a Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil, assim como nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

“Hoje contamos com um maior número de mulheres em todas as áreas relacionadas a nossa cooperativa”, revela Renata. Para ela, ao dar protagonismo às mulheres, a Coopfam engaja as famílias no cooperativismo, o que afeta positivamente o processo de sucessão familiar das propriedades.    

“Socialmente, esses temas são de grande importância, pois estamos trabalhando com grupos minoritários e empoderando as mulheres do campo em busca da realização de diversos sonhos que são pensados por cada uma delas”, complementa a técnica. A cooperativa conta com 523 cooperados, dentre os quais 89 são mulheres.

Em 2018, o café feminino produzido pelo MOBI recebeu menção honrosa no concurso Saberes e Sabores, organizado pela ONU. No ano seguinte, Vânia Lúcia Pereira da Silva tomou posse como a primeira presidente mulher da Coopfam.

 

Mulheres cooperativistas

“Vemos o orgulho que nossas cooperadas sentem ao produzir um café que considera a inserção delas no processo. Essa é, sem dúvidas, nossa maior conquista”, diz Renata ao discorrer sobre o sucesso do MOBI.

Renata relata que, com frequência, as mulheres se identificavam somente como ajudantes de seus maridos na atividade agrária. Com isso, elas ficavam alheias ao processo produtivo e pouco participavam da vida financeira das propriedades. As mulheres se viam como donas de casa, e não como profissionais do campo.

Até mesmo as mulheres que estavam à frente dos negócios de suas propriedades não se viam como empreendedoras e produtoras de café. “A baixa autoestima causada por uma sociedade que oprime os sonhos e desejos das mulheres, sobretudo das mulheres rurais, deu espaço a um lugar de fala que somente mulheres da roça sabem contar”, descreve.

“Estourar as correntes do patriarcado, romper com a ideia de estigma que permeia a mulher rural e lutar por espaço e visibilidade do trabalho na zona rural são pautas do nosso trabalho para desenvolvimento de todas as cooperadas, além do lado financeiro que não é menos importante, pois, empoderar financeiramente as mulheres é critério básico de progresso para todos os outros tipos de desenvolvimento que a humanidade pode exercer”, conclui Renata.

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ESGCOOP

Região: Brasil Categoria: Finanças verdes Ação: Emissão da primeira Letra Financeira Pública Sustentável do Brasil. ODS: 5 - Igualdade de gênero 7 - Energia acessível e limpa 9 - Indústria, inovação e infraestrutura 13 - Ação contra a mudança global do clima Resultados: A operação captou R$ 780 milhões em recursos destinados ao financiamento de projetos sustentáveis. O valor apoiou projetos de energia limpa, geração de empregos e apoio ao desenvolvimento econômico das comunidades. A operação evitou a emissão de quase 5 toneladas de gases poluentes e contribuiu para a sustentação de 80 mil empregos. A iniciativa foi premiada pelo Global SME Finance Awards 2023 na categoria Título Sustentável do Ano.

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Região: Sudeste Categoria: Energias Renováveis Ação: Transição energética por meio da instalação de biodigestores e usinas fotovoltaicas. ODSs: 7 - Energia limpa e acessível Resultados: Com a instalação de biodigestores, a Cogran passou a produzir energia limpa por meio do biogás. A cooperativa também tem 7 biodigestores, 8 geradores e 2 usinas de energia solar fotovoltaica. Diversas propriedades produtivas dos cooperados já são autossuficientes em energia - e algumas têm produção excedente. A Cogran está analisando investir na implementação de usinas solares em mais três unidades.

ESGCOOP

Região: Nordeste Categoria: Educação para Sustentabilidade Ação: Desenvolvimento de uma Política de Sustentabilidade, como apoio do PDGC (Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas). ODSs: 4 - Educação de qualidade 7 - Energia limpa e acessível Resultados: Criada em 2020, a política de sustentabilidade da Coperil foi revisada e aprimorada em 2022. A cooperativa aderiu ao uso de energia solar, o que reduziu a conta de energia elétrica em 90%. O programa Mais Mestres apoia os professores na busca por melhores qualificações acadêmicas.

ESGCOOP

Nome do projeto: Emissão de Green Bonds para investimentos de cooperados em energia renovável e eficiência energética. Investimento no projeto: R$ 550 milhões (Sicredi). Resultados: A carteira de crédito do Sicredi para financiamento de projetos para uso de energia solar no Brasil totalizou R$ 4,5 bilhões ao final de 2021, com aumento de 93% em relação ao mesmo período de 2020. Do saldo atingido, R$ 2,4 bilhões foram destinados a associados Pessoa Jurídica (PJ), R$ 1,1 bilhão para Pessoa Física (PF) e R$ 940 milhões para associados do campo (agricultura familiar, médios e grandes produtores). Os recursos obtidos com a emissão dos Green Bonds permitirão ampliar a competitividade de cooperados e cooperativas por meio da gestão dos recursos energéticos, com acesso a linhas de crédito mais competitivas que possibilitam o investimento em produção de energia renovável e a adoção de projetos de eficiência energética. Gerando, assim, um impacto positivo que contempla o tripé: econômico, social e ambiental, agregando valor as atividades da cooperativa e fortalecendo a parceria de longo prazo do Sicredi com as comunidades em que está presente.

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