Sistema OCB e BNDES discutem uso dos fundos Clima e Amazônia
- Artigo Secundário 1
Reunião tratou sobre financiamento e uso de recursos climáticos para práticas sustentáveis
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nabil Kadri, nesta segunda-feira (18), para tratar sobre os fundos Clima e Amazônia. O Fundo Clima éum dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, financiado pela entidade e vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), com a finalidade de garantir recursos para apoio a projetos, estudos e financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas. Por sua vez, o Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. O Sistema OCB se reuniu com o superintendente da área de Meio Ambiente do
O encontro aconteceu em Baku, no Azerbaijão, durante a COP29, e foi importante para alinhar iniciativas do cooperativismo com as políticas públicas do BNDES.Além do coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, e do coordenador de Meio Ambiente, Alex Macedo, participaram da reunião representantes das cooperativas Sicoob, Cresol, Cooxupé e Coopercitrus. A conversa foi baseada em estratégias que possam conectar o acesso ao crédito às práticas que promovam a preservação ambiental, tendo em vista o protagonismo do Brasil na agenda climática global.
Alex destacou o caráter estratégico da reunião, que abriu portas para um diálogo mais aprofundado sobre o acesso ao Fundo Clima. Segundo ele, a reunião foi essencial para compreender como as cooperativas podem acessar esse tipo de recurso de forma mais eficiente. “Foi um momento que nos permitiu entender o trabalho do BNDES e discutir como operar melhor os recursos dos fundos climáticos. Nosso plano, agora, é aprofundar essa conversa em novas reuniões, mapear as necessidades das cooperativas e garantir que os recursos cheguem efetivamente à ponta, com o objetivo de fortalecer as ações sustentáveis nas cooperativas”, afirmou.
Para Nabil Kadri, o cooperativismo brasileiro é uma peça importante para impulsionar ações climáticas integradas e inclusivas. Ele destacou que o setor vai além da oferta de crédito e desempenha um papel essencial na orientação técnica e capacitação dos produtores. “O BNDES reconhece que o cooperativismo consegue ir além do crédito, oferecendo assistência, orientação e capacitação ao produtor. Esse encontro na COP29 demonstra um alinhamento do Sistema OCB com toda a agenda climática, com destaque para o protagonismo do Brasil no próximo ano, quando a COP30 será sediada em Belém, no Pará. É a melhor oportunidade de mostrar as boas experiências do cooperativismo junto ao BNDES”, ressaltou.
Parcerias
Matheus Marino, presidente da Coopercitrus, destacou a relevância de encontros como esse, especialmente em um contexto global. Ele enfatizou a importância de pensar projetos que aceleram as ações de preservação ambiental e ampliam a presença das cooperativas em práticas sustentáveis. “Durante eventos como esse, conseguimos encontrar líderes com quem é possível parar, pensar e idealizar projetos que aceleram nossas ações de preservação ambiental. Neste encontro, colocamos nossas percepções, desenhamos ideias e já começamos a idealizar ações concretas. Daqui, já voltamos para casa com tarefas importantes para viabilizar bons projetos por meio dos recursos do BNDES”, disse.
Mayara Viana Ribas, diretora superintendente da Cresol Minas Gerais, reforçou o papel estratégico do BNDES para o cooperativismo de crédito, principalmente no atendimento ao agricultor familiar. “O Banco Nacional é essencial para levar crédito barato e ágil ao agricultor familiar, com ajuda no custeio da lavoura, nos investimentos e na geração de renda, sempre com foco em práticas sustentáveis e pautadas na bioeconomia. Agendas como essa aproximam o cooperativismo de crédito do BNDES e nos permite apresentar as demandas que podem construir um cenário econômico mais favorável para quem quer produzir de forma sustentável”, explicou.
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