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A força da cooperação que navega pelos rios da Amazônia

Na Ilha do Combu, cooperativa fluvial mostra como o movimento transforma realidades 

A poucos minutos de Belém (PA), atravessando o rio Guamá, está a Ilha do Combu — um paraíso de natureza exuberante, A força da cooperação que navega pelos rios da Amazôniacasas sobre palafitas e sabores típicos da Amazônia. É nesse cenário que a Cooperativa de Transporte Fluvial da Ilha do Combu (Cooppertrans Combu) se consolidou como protagonista do desenvolvimento local. Ela conecta comunidades, impulsiona o turismo sustentável e gera renda para dezenas de famílias ribeirinhas. Durante a COP30, que inicia nesta segunda-feira (10), a cooperativa quer apresentar seu trabalho e reforçar o papel das cooperativas amazônicas na construção de uma economia mais justa e sustentável. 

Criada em 2014, a Cooppertrans Combu nasceu da necessidade de oferecer um transporte mais seguro e ágil entre a capital e as ilhas da região. À época, o turismo ainda engatinhava, e o acesso era feito apenas por barcos pequenos, lentos e sem estrutura. A iniciativa de um grupo de trabalhadores locais mudou essa realidade. Hoje, a cooperativa conta com 51 cooperados e 30 embarcações, responsáveis por transportar cerca de 6 mil passageiros por mês — número que deve quadruplicar durante a COP30

“A cooperativa surgiu do nosso desejo de melhorar as condições de trabalho e de atender com conforto e segurança quem visita a ilha”, conta Anderson dos Santos Nascimento, presidente da Cooppertrans Combu. “No começo, éramos 24 cooperados. Hoje, já somos mais de 50, e continuamos crescendo. A cooperativa mudou a vida de todos nós e da nossa comunidade”, conta. Para o dirigente, o avanço do turismo na região só foi possível porque o cooperativismo trouxe organização e confiança ao serviço. “Antes, o transporte era precário e demorado. Agora, oferecemos viagens rápidas, seguras e com o cuidado de quem conhece e ama a ilha”. 

A força da cooperação que navega pelos rios da Amazônia     Anderson dos Santos Nascimento, presidente da Cooppertrans CombuTurismo sustentável e geração de oportunidades 

A Cooppertrans Combu é parte essencial da experiência turística da ilha. Os cooperados realizam travessias diárias entre Belém e os principais pontos turísticos, além de passeios que apresentam aos visitantes as belezas naturais e culturais da região. Os roteiros incluem paradas em restaurantes à beira-rio, trilhas na floresta, visitas a produtores locais e vivências que valorizam a sociobiodiversidade amazônica. “A gente recebe turistas de todos os lugares do país e até do exterior. Sempre mostramos o melhor da nossa comunidade, com acolhimento e respeito”, afirma Renan Teles, cooperado há quatro anos. “Ser cooperado mudou minha vida. É gratificante ver o sorriso das pessoas quando chegam aqui e conhecem o Combu. Isso mostra que o cooperativismo é também uma forma de educar e inspirar”. 

Para Déborah Vieira, gerente de terminal e cooperada há nove anos, a cooperativa representa uma oportunidade de evolução pessoal e coletiva. “No começo, tínhamos apenas duas lanchas. Fomos crescendo, nos organizando e nos qualificando. Hoje somos 51 cooperados e trabalhamos com estrutura e orgulho. A cooperativa abriu portas para todos nós. Antes, dependíamos apenas do açaí e da pesca. Agora, temos outra fonte de renda e uma nova perspectiva de futuro”, afirma. 

Transformação social e consciência ambiental 

O impacto da cooperativa vai além da questão econômica. O trabalho coletivo fortalece os laços comunitários e contribui para
 a preservação ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) do Combu. “Ser cooperado me trouxe reconhecimento e estabilidade. A gente se preocupa com o meio ambiente também — como somos moradores da ilha, sabemos a importância de cuidar do rio e reduzir a erosão nas margens”, explica Raísson Lopes, fiscal de embarque e cooperado há sete anos. “Antes, a gente não era reconhecido. Depois da cooperativa, passamos a ter voz, renda e respeito. Hoje posso sustentar minha família e ajudar a cuidar do lugar onde vivo”, acrescenta. 

A consciência ambiental é um dos diferenciais do grupo. As embarcações seguem regras rígidas de segurança e navegação, limitando a velocidade para evitar danos às margens e garantindo que todos os passageiros usem coletes salva-vidas homologados. O valor acessível do transporte — R$ 12 por trajeto — e o atendimento acolhedor consolidaram a Cooppertrans Combu como referência de eficiência e hospitalidade no turismo amazônico. 

  

Cooperativismo que inspira e transforma 

Para o presidente Anderson, o sentimento de pertencimento é o que move a Cooppertrans Combu: “A cooperativa é tudo para nós. Ela transformou a nossa realidade, deu emprego, organização e orgulho de fazer parte de algo maior. Hoje, além de transportar pessoas, transportamos histórias e esperança. E queremos que o mundo veja isso.” 

Ele destaca ainda a expectativa para a COP30, quando o Combu deverá receber um número recorde de visitantes. “Esperamos que esse seja um momento histórico, com a Amazônia sendo olhada com carinho e respeito. Queremos mostrar que o cooperativismo é um caminho concreto para o desenvolvimento sustentável.” 

Durante a COP30, a Cooppertrans Combu participará das atividades do cooperativismo brasileiro em Belém. O objetivo é apresentar o trabalho desenvolvido e reforçar o papel das cooperativas amazônicas na construção de uma economia mais justa e sustentável. “A COP é uma chance de mostrar o quanto a Amazônia tem a ensinar. Nosso trabalho é simples, mas representa algo muito maior: a união das pessoas para proteger e desenvolver esse território”, afirma Anderson. 

A Ilha do Combu é uma das principais ilhas fluviais de Belém, localizada a cerca de 15 minutos de barco da capital. Rica em biodiversidade, abriga comunidades tradicionais, produtores de cacau, restaurantes flutuantes e uma série de iniciativas sustentáveis.  

 

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