Coopernorte fomenta agricultura sustentável na Amazônia com o Programa COOPER+
Contexto e desafios
Fundada em 2011 no Pará, a Coopernorte cresceu de 33 para 105 cooperados, tornando-se a maior cooperativa agroindustrial do Norte do Brasil. Com mais de 133 mil hectares plantados por seus membros, a cooperativa é um pilar da produção de grãos na região.
No entanto, antes da criação de seu programa de inovação, muitos desses produtores enfrentavam desafios significativos para crescer de forma sustentável. O cenário era marcado pela falta de um manejo padronizado e pelo acesso restrito a práticas sustentáveis que fossem cientificamente testadas para as condições locais.
Práticas conservacionistas fundamentais, como o plantio direto e o uso de plantas de cobertura, eram pouco difundidas, elevando os riscos de degradação do solo e perdas de produtividade em um bioma sensível.
Além disso, a ausência de dados comparativos e de uma auditoria técnica dificultava a mensuração de resultados e limitava a adoção de novas tecnologias no campo. A fim de enfrentar esses desafios, a Coopernorte criou o Programa de Produtividade COOPER+, uma iniciativa para incentivar práticas agrícolas sustentáveis baseadas em evidências científicas.
Objetivos
O objetivo central do programa COOPER+ é elevar a eficiência e a competitividade dos cooperados, conectando diretamente os resultados das pesquisas do seu Centro de Pesquisas e Análises (CPAC) ao manejo diário das lavouras.
Além disso, a cooperativa busca formar e educar seus membros em boas práticas, promovendo um ciclo contínuo de aprendizado, experimentação, auditoria e compartilhamento de resultados para gerar um impacto mensurável tanto na produtividade quanto na sustentabilidade.
Desenvolvimento
O Programa COOPER+ é estruturado como um ciclo anual de capacitação e validação de práticas sustentáveis, já em sua 7ª edição. A estratégia envolve a inscrição de uma área de talhão pelo cooperado, seguida por coleta de solo, consultoria agronômica especializada com base nas pesquisas do CPAC, e capacitação técnica com especialistas.
Ao final do ciclo, a colheita é acompanhada por uma auditoria independente e os resultados são compartilhados em eventos para socializar o conhecimento.
Financiado pela própria Coopernorte, o programa utiliza a infraestrutura de seu centro de pesquisa e conta com parceiros estratégicos como a Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto e a Associação do Comércio Agropecuário do Pará (ACAP), para logística reversa de embalagens agrícolas.
A iniciativa já beneficiou diretamente mais de 160 cooperados de médio e grande porte em Paragominas e Rondon-do-Pará e se fortalece com ações como o Fórum de Plantio Direto e a criação do Clube Amigos da Terra (CAT), que reúne produtores engajados com práticas conservacionistas.
Resultados e impacto
Com a implementação do COOPER+, a cooperativa estabeleceu um ciclo virtuoso de inovação, trazendo ganhos ambientais, sociais e econômicos concretos para a região.
- Aumento da produtividade: o programa registrou recordes de produtividade entre os participantes, alcançando até 105 sacas de soja por hectare.
- Adoção de práticas sustentáveis: houve uma adoção crescente do sistema de plantio direto e da integração lavoura-pecuária (ILP), práticas essenciais para a conservação do solo e a agricultura de baixo carbono.
- Fortalecimento da comunidade: foi criado o Clube Amigos da Terra (CAT), que hoje reúne dezenas de produtores comprometidos em aplicar e disseminar práticas conservacionistas.
- Difusão de conhecimento: o 1º Fórum de Plantio Direto, realizado em 2024, reuniu 350 participantes, fortalecendo a rede de conhecimento técnico na região.
- Ampliação de horizontes: a promoção de intercâmbios internacionais tem ampliado o aprendizado e a troca de experiências com outras cooperativas do setor
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