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Coops minerais traçam estratégias rumo ao BRC 1TRI

O Sistema OCB e os dirigentes de cooperativas que compõem a Câmara Temática das Cooperativas Minerais, além de representantes das Organizações Estaduais (OCEs), se reuniram na quinta-feira (19) para debater o potencial de crescimento do segmento. O intuito foi traçar um plano de desenvolvimento, com -ações claras e estratégias bem definidas rumo ao BRC 1TRI.

A reunião se concentrou em definir quais as prioridades das cooperativas minerais e como elas podem contribuir para o alcance da meta do movimento de R$ 1 trilhão em movimentação financeira e 30 milhões de cooperados até 2027. A definição das prioridades estratégicas das cooperativas minerais é parte do plano de ações da Câmara Temática do setor.  

Após um processo de consulta aos dirigentes de cooperativas minerais, executivos e técnicos das OCEs e de lideranças governamentais, sobre as dificuldades, oportunidades e desafios atuais e futuros, o setor priorizou um conjunto de estratégias com vistas a tornar o cooperativismo mineral reconhecido pela sociedade e poder público por sua relevância, responsabilidade e sustentabilidade.

Alex Macedo, analista técnico da gerência de Relações Institucionais acredita que, com o histórico de avanço constante nas movimentações econômicas das cooperativas do segmento nos últimos anos, a meta do BRC 1TRI é um compromisso compartilhado. Segundo o técnico, “o ambiente institucional e o mercado consumidor vem exigindo cada vez mais controle e rastreabilidade na origem dos bens minerais, bem como uma lavra cada vez mais responsável com as pessoas e com o meio ambiente”.

Diante das oportunidades que este cenário incita é que os dirigentes se reuniram para definir a priorização de estratégias com vistas ao aprimoramento da gestão e governança; estímulo à melhoria da estrutura e capacidade das entidades governamentais ligadas ao setor mineral; promoção de ambiente regulatório favorável ao desenvolvimento das cooperativas minerais; fortalecimento da representação política e institucional do cooperativismo mineral; estímulo à organização do setor; promoção e disseminação do conhecimento sobre o cooperativismo mineral; fortalecimento da imagem do setor; além do fortalecimento da competitividade e inserção mercadológica, e do estimulo à mineração responsável.

Durante a reunião, houve consenso sobre a importância da integração e do apoio mútuo de todas as partes envolvidas no desenvolvimento do segmento. A intenção foi unificar as ações em torno de um desafio singular. "Essa dedicação pode consolidar o cooperativismo em torno de um desafio coletivo e assegurar a permanência do movimento em prol de um desenvolvimento sustentável para as cooperativas brasileiras. Com esse pensamento, poderemos ter um futuro ainda mais próspero e colaborativo", ponderou Gilson Camboim, Coordenador da Câmara Temática das Cooperativas Minerais.

Números

O Sistema OCB representa 71 cooperativas minerais, que reúnem, mais de 66 mil garimpeiros cooperados atuando em diversas substâncias. Além disso, empregam diretamente 242 funcionários, que assessoram e orientam os garimpeiros em melhores práticas de extração mineral. Elas faturaram R$ 1,3 bilhões em 2022, conforme dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2023.

Em 2022, as cooperativas minerais do Sistema OCB possuíam 505 títulos minerários em produção (concessão de lavra, permissão de lavra garimpeira e licenciamento). Ou seja, áreas legalizadas para extração mineral. Elas comercializaram em 2022, 5,8 milhões de toneladas de minérios, dentre eles, ouro, estanho, quartzo, calcário, tântalo, argila, diamante, areia, entre outros. Além disso, recolheram em 2022 para os cofres públicos, R$ 75 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), os royalties da mineração.

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