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Cooperativismo estreia na Blue Zone com protagonismo climático

Transição justa do agro, inovação e fortalecimento de pequenos empreendimentos foram destaques 

No terceiro dia da COP30, o cooperativismo brasileiro fez sua estreia na Blue Zone, local onde acontecem as negociações e Cooperativismo estreia na Blue Zone com protagonismo climáticodecisões entre os países em torno das questões climáticas. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, participou em diferentes momentos de painéis que destacaram a força do cooperativismo como protagonista das soluções climáticas, desenvolvimento sustentável e inclusão produtiva.  

Durante o painel O que significa transição justa para o agro?, promovido pela CNA, o Sistema OCB, representado por Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, apresentou a contribuição das coops para uma agricultura de baixo carbono, inclusiva e conectada às realidades locais. Segundo ela, a transição energética e produtiva só será justa se considerar as desigualdades regionais e o acesso a recursos básicos. “Não é possível falar em transição justa sem garantir condições mínimas para todos”, afirmou, ao citar desafios enfrentados por cooperativas amazônicas. 

O painel reforçou que o cooperativismo é, por essência, mais justo e sustentável, pois coloca as pessoas no centro das decisões. O movimento congrega mais de 1 milhão de produtores rurais, sendo 71% agricultores familiares, organizados em cerca de 1,2 mil cooperativas. “Elas são responsáveis pelaCooperativismo estreia na Blue Zone com protagonismo climático originação de 75% do trigo, 55% do café, 53% do milho, 52% da soja, 50% dos suínos, 46% do leite e 43% do feijão, além de terem participação expressiva nas cadeias de frutas, hortaliças, fibras e no setor sucroenergético”, relatou Débora. Dados apontados por ela comprovam que a cada R$ 1 investido em bens e serviços de cooperativas, são gerados R$ 1,65 no valor da produção, R$ 0,88 no valor adicionado e R$ 0,33 em salários.  

A apresentação também abordou três virtudes do modelo diante da transição global: Educação e conhecimento, essenciais para que o produtor rural compreenda e adote práticas sustentáveis; Princípios e valores, que orientam as decisões com base na cooperação e na responsabilidade social; e Intercooperação, que fortalece redes de apoio, inovação e acesso a mercados. 

De acordo com análise feita, as cooperativas são protagonistas em práticas de agricultura de baixo carbono, como plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs), além de cumprirem papel essencial na transferência de tecnologia e assistência técnica. Enquanto a média nacional de produtores atendidos é de 20%, entre cooperados o índice chega a 63%. 

Fortalecimento de pequenas cooperativas na Amazônia 

No pavilhão do governo brasileiro, José Roberto Ricken participou do painel dedicado a celebração do Ali-Coop: Agentes Locais de Inovação para o Cooperativismo, iniciativa do Sebrae realizada em conjunto com o Sistema OCB e outros parceiros Cooperativismo estreia na Blue Zone com protagonismo climáticoinstitucionais para levar inovação aos territórios da Amazônia e impulsionar o desenvolvimento sustentável por meio do cooperativismo. “Esse é um programa que vai fortalecer pequenas cooperativas e focar em sociobioeconomia, agroindustrialização e desenvolvimento territorial, ações que dialogam diretamente com a economia verde e com as políticas de adaptação às mudanças climáticas”, ressaltou.  

Ricken lembrou que o Sebrae é uma referência técnica e institucional nas soluções voltadas à competitividade e ao desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e que a parceria com o cooperativismo brasileiro vai permitir que ele utilize sua expertise para a inserção das cooperativas atendidas pela iniciativa nos mercados interno e externo. “Assim, contribuiremos de forma ainda mais concreta para a preservação da floresta amazônica que desejamos”, completou.  

Voltado a cooperativas de pequeno porte formadas por agricultores familiares e comunidades extrativistas, o Ali-Coop adapta a metodologia do Programa Agentes Locais de Inovação (Ali Produtividade) ao universo cooperativista, incorporando os insumos e a expertise do Programa de Negócios do Sistema OCB. O objetivo é fortalecer a gestão, aprimorar processos produtivos e ampliar o acesso a mercados em cadeias estratégicas da sociobiodiversidade, como babaçu, castanha-do-Brasil, açaí e cupuaçu.  

 

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