Sicoob Credicenm incentiva educação cooperativista e sustentável com cooperativas mirins
Contexto e desafios
A história do Sicoob Credicenm começou em 1997, na região Centro Nordeste de Minas Gerais. A cooperativa foi fundada por lideranças locais de Guanhães, movidas pelo desejo de ter uma instituição financeira que realmente atendesse às necessidades da comunidade.
Ao longo dos anos, a cooperativa cresceu, expandiu sua atuação para 24 cidades com 26 agências. Em 2010, tornou-se de livre admissão, abrindo portas para que pessoas de qualquer segmento pudessem se associar e fortalecer o movimento cooperativista na região.
Guiada por seu compromisso com o desenvolvimento local, a cooperativa identificou um desafio na Escola Municipal Dr. Inocente Soares Leão. A comunidade escolar enfrentava dificuldades ligadas ao desperdício de alimentos e materiais e à falta de uma educação ambiental mais prática.
Além disso, havia poucas iniciativas que conectassem os estudantes aos princípios do cooperativismo. Percebendo essa lacuna, o Sicoob Credicenm uniu-se à escola e ao Sistema Ocemg para transformar esse cenário por meio da educação.
Objetivos
O projeto “Formando Cidadãos Conscientes: Cooperativas Mirins e o Futuro Sustentável” nasceu para levar os valores do cooperativismo para dentro da sala de aula, formando cidadãos conscientes desde a base. A meta principal é desenvolver hábitos de consumo responsável e reduzir o desperdício desde a infância.
A iniciativa promove a educação ambiental de forma prática e participativa, conectando os alunos à realidade de seu território. Ao mesmo tempo, insere os princípios do cooperativismo como ferramenta de transformação social e climática.
Dessa forma, o projeto incentiva o protagonismo infantil na preservação do meio ambiente. O resultado é a preparação de novas gerações para que façam escolhas mais sustentáveis ao longo da vida.
Desenvolvimento
O projeto foi estruturado em fases, com a criação de duas cooperativas mirins de consumo consciente na escola. A iniciativa teve como público-alvo cerca de 500 alunos de até 10 anos, em sua maioria de famílias de baixa renda.
A primeira etapa focou na formação dos estudantes sobre os princípios cooperativistas. Em seguida, foram implementadas atividades práticas, como o monitoramento do uso de materiais e campanhas de reaproveitamento e descarte correto. Por fim, a comunidade escolar foi mobilizada.
Em uma das ações de destaque, os estudantes confeccionaram e venderam bonecas Abayomi, utilizando retalhos de tecido que seriam descartados. A atividade valorizou a cultura afro-brasileira e reforçou o protagonismo das crianças como agentes de transformação.
Outra iniciativa foi o reaproveitamento de uniformes antigos do Sicoob Credicenm. O material foi usado para produzir cobertores reciclados, que receberam acabamentos com retalhos e foram doados a quatro instituições de longa permanência da região.
A metodologia contou com parcerias estratégicas. O Sistema Ocemg orientou a criação das cooperativas, a escola integrou o projeto ao ambiente pedagógico e o Sicoob Credicenm mobilizou colaboradores para oficinas e apoiou ações financeiramente.
Resultados e impacto
Após a criação das cooperativas mirins, o engajamento das crianças com o consumo consciente e o cuidado ambiental cresceu significativamente. Houve uma notável redução no desperdício de materiais escolares e alimentos, além do aumento na reutilização de recursos.
Socialmente, os alunos desenvolveram habilidades de trabalho em equipe, planejamento e responsabilidade, o que se refletiu em maior cooperação entre os colegas. As atividades também estimularam noções iniciais de economia e empreendedorismo.
O impacto da iniciativa se estendeu para além dos muros da escola, alcançando as famílias e a comunidade local. Professores e familiares relataram uma mudança de comportamento: crianças mais ativas em ações de preservação. A iniciativa mostra como práticas educativas podem gerar impactos ambientais e sociais concretos e duradouros.
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Programa de gestão do Sicoob Crediriodoce transforma sugestões feitas pelos colaboradores em projetos reais conduzidos por comitês temáticos. Batizado de Credite - Comitê de Renovação e Engajamento, o projeto visa a desenvolver uma cultura de engajamento e protagonismo dos colaboradores.
A Coopercitrus está transformando paisagens rurais com seu projeto de Sistematização Agrícola de Precisão. Utilizando VANTs e tecnologias digitais, a iniciativa redesenha fazendas para otimizar o uso da terra e dos recursos. O projeto já beneficiou mais de 4.000 cooperados em 750.000 hectares, resultando em até 20% de economia de combustível, ganhos de área produtiva e significativa redução na emissão de gases de efeito estufa.
A Cooperconcórdia, uma cooperativa educacional do RS, criou o projeto Multiplicadores Lixo Zero. Através de ações de educação ambiental em escolas e comunidades, a iniciativa promove o consumo consciente, a gestão correta de resíduos e a economia circular, impactando diretamente mais de 3,3 mil pessoas em 17 municípios.
Objetivo: Gerar energia limpa e renovável por meio da biodigestão anaeróbia dos dejetos e resíduos da agroindústria, minimizando os impactos ambientais da atividade de produção de alimentos, promovendo e incentivando as boas práticas de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. Resultados: Projetos implantados em função da capacitação: • COOPERATIVA C. VALE Sede: Palotina, Oeste do Paraná Volume produzido: Entre 1500 a 2000 m³/dia para energia elétrica e 1050 m³/hora para uso térmico. Fonte de material utilizado: Dejetos suínos (geração energia elétrica) e efluente industrial de produção de amido de mandioca (uso térmico). COOPERATIVA CASTROLANDA Sede: Castro, Leste do Paraná Volume produzido: 12.593 nm³/dia de metano. Fonte de material utilizado: Lodo biológico ETE, Lodo tridecanter frigorifico, resíduo de batata lavador, glicina vegetal, resíduo de cerveja, ovos, óleo fritadeira, casca de batata, batata frita, farelo de fritadeira, dejetos e carcaça de suínos. COOPERATIVA COPACOL Sede: Cafelândia, Oeste do Paraná Volume produzido: Não possuem informação em volume de biogás gerado. Contudo, nos últimos três meses a geração de energia média com biogás foi de 88.116 kWh/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos de suínos de uma Unidade de Produção de Leitões com 4.300 matrizes. COOPERATIVA FRÍSIA Sede: Carambeí, Leste do Paraná Volume produzido: 86.457 m³/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos e carcaças provenientes da atividade de suinocultura. COOPERATIVA LAR Sede: Medianeira, Oeste do Paraná Volume produzido: 3.126.438,00 metros cúbicos de biogás, convertido em energia elétrica equivalem a 1.334.801 KWh de bioenergia (evitando a emissão de 1.719.540,9 metros cúbicos de gás metano). Fonte de material utilizado: Dejetos suínos. A unidade de produção localizada no município de Serranópolis do Iguaçu (PR) tem 3 biodigestores e produz 52% da energia consumida. Para 2021, a expectativa é produzir 100% da energia elétrica por meio do biogás.