Após enchentes no RS, Sicredi estrutura frente nacional de resiliência climática
Contexto e desafios
O Sicredi já tratava a evolução do seu gerenciamento de riscos climáticos como uma prioridade. No entanto, a cooperativa enfrentava limitações estruturais na sua capacidade de antecipação e resposta a eventos extremos. Faltavam ferramentas sistêmicas para monitorar a exposição dos associados aos riscos, o que elevava o risco de perdas financeiras e sociais.
Não havia mecanismos consolidados para mensurar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) financiadas nem estratégias claras para fortalecer a sustentabilidade do portfólio. Esse cenário evidenciou a necessidade urgente de estruturar uma abordagem sistêmica e integrada para promover a adaptação e a resiliência frente às mudanças climáticas.
Objetivos
O projeto nasceu da resposta emergencial às enchentes no Rio Grande do Sul (RS) e tem como objetivo principal estruturar uma frente de Resiliência Climática para todo o Sistema Sicredi. A meta é fortalecer e antecipar a capacidade de resposta das mais de 100 cooperativas que compõem o sistema frente a eventos climáticos extremos.
O foco central da iniciativa é a proteção e a resiliência dos associados. Embora a resposta inicial tenha se concentrado nos associados e comunidades do RS, a estruturação da nova frente de resiliência expande essa atuação para o nível nacional, selecionando regiões e públicos com alta exposição ao tema.
Desenvolvimento
A estratégia do Sicredi combinou uma resposta emergencial com um planejamento de longo prazo. Durante a crise no RS, a instituição ativou seu Guia Interno de Desastres Naturais e implementou mais de 30 ações imediatas. Essas ações incluíram centrais de atendimento prioritárias, prorrogação de parcelas e da vigência de apólices, dispensa de documentos e liberação de carro reserva. Os seguros foram um mecanismo essencial para garantir a proteção financeira e a rápida recuperação.
A mobilização de recursos foi grande: mais de R$ 12 bilhões em parcelas de empréstimos e financiamentos de associados pessoa física afetados foram prorrogados. O Sicredi disponibilizou R$ 1 bilhão via Pronampe Solidário RS para municípios em calamidade e pagou R$ 74 milhões em indenizações, atendendo mais de 3 mil sinistros.
Além disso, R$ 92 milhões foram destinados para doações às comunidades, além de roupas, alimentos e itens de higiene, com recursos vindos das cooperativas, do Sicredi Fundos Garantidores e de campanhas com a sociedade.
Com base nesse aprendizado, o Sicredi estruturou sua estratégia de resiliência climática de longo prazo em três pilares centrais:
1) Mensuração de riscos;
2) Medição e mitigação das emissões de GEE financiadas;
3) Criação de soluções resilientes para os associados.
Resultados e impacto
A principal consequência da iniciativa foi a criação de uma nova governança interna para fortalecer a resiliência climática, envolvendo as áreas de Riscos, Sustentabilidade, Seguros, Crédito e Finanças. A cooperativa implementou novas ferramentas para gestão e antecipação de eventos climáticos, com projeção de cenários e maior conscientização em todo o Sistema.
Houve uma evolução clara nas estratégias de proteção e nos produtos oferecidos aos associados. O seguro agrícola privado, por exemplo, cresceu 59% na área protegida no primeiro semestre de 2025, na contramão da retração do mercado.
O Sicredi também iniciou as ações de mitigação e a quantificação das emissões de GEE financiadas, avançando em seu compromisso com a sustentabilidade e a construção de comunidades mais resilientes.
Você também tem um case ou uma história de sucesso?
Conte-nos sua história
Veja mais
Com o objetivo de fortalecer o cooperativismo e promover uma integração mais significativa com os nossos produtores cooperados ao longo de todas as etapas do ciclo produtivo do café, a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha lançou o "Conexão Coocafé". Esta iniciativa foi inaugurada com quatro dias de encontros envolvendo os produtores e seus familiares, realizados no auditório da cooperativa, localizado no Córrego do Areado, em Lajinha/MG. Além de estabelecer uma relação mais próxima, a iniciativa visa oferecer assistência técnica abrangente aos cafeicultores associados, desde o período da florada até a fase de armazenamento do café. Essa iniciativa também representa uma oportunidade para os cooperados e o Conselho de Administração fortalecerem seus laços e se integrarem de forma mais efetiva.
Competição promovida anualmente pela cooperativa de crédito mineira permite que jovens apresentem novas ideias de negócios e formem times para, durante um fim de semana, tirar as ideias do papel, com mentoria e orientação. Ação promove o empreendedorismo e ajuda o Sicoob Centro-Oeste a prospectar novos clientes para suas contas digitais.
A Lar Cooperativa Agroindustrial transformou um desafio ambiental em uma oportunidade de negócio sustentável. A grande quantidade de resíduos gerados no beneficiamento de grãos, que antes representava um problema de descarte , passou a ser matéria-prima para a produção de briquetes de alto poder calorífico. A iniciativa reduziu o impacto ambiental, otimizou a matriz energética da cooperativa com uma fonte de energia limpa e gerou uma nova cadeia de valor, fortalecendo os princípios da economia circular.
Ao perceber que alguns cooperados da região de Lagoa Grande (MG) não possuíam quantidade suficiente de milho para alimentar o gado, a Coopatos criou o Projeto Silagem. A iniciativa visa fornecer os insumos necessários aos produtores de leite por meio de fornecedores de silagem.