Coomflona protege a Amazônia com manejo florestal comunitário
Contexto e desafios
Antes da criação da Coomflona, a Floresta Nacional do Tapajós enfrentava a constante ameaça da exploração predatória e do desmatamento ilegal. As comunidades tradicionais, ribeirinhas e indígenas que vivem na região e dependem diretamente da floresta careciam de alternativas de renda que fossem sustentáveis. Esse cenário as deixava vulneráveis a pressões externas e à degradação ambiental que comprometia sua subsistência e a biodiversidade local.
A ausência de um modelo estruturado de uso da floresta resultava em práticas insustentáveis, fragilizando a economia local e limitando o acesso a oportunidades. Foi nesse contexto, a partir da mobilização das próprias comunidades, que nasceu a ideia de criar uma cooperativa para garantir a proteção do território e, ao mesmo tempo, a dignidade econômica de seus moradores.
Objetivos
A Coomflona tem como objetivo principal consolidar o manejo florestal 100% comunitário como um modelo de desenvolvimento sustentável. A meta é conciliar a conservação ambiental com a geração de renda, o fortalecimento e a autonomia das comunidades tradicionais, ribeirinhas e indígenas da região.
A cooperativa busca resolver o dilema entre preservação e desenvolvimento, mostrando que é possível usar os recursos da floresta de forma responsável. Os objetivos específicos incluem assegurar o uso sustentável da floresta para manter a biodiversidade e os estoques de carbono ; gerar renda estável e inclusão social para os cooperados ; e capacitar jovens e mulheres para fortalecer a sucessão geracional e o protagonismo comunitário na gestão do território.
Desenvolvimento
A iniciativa começou com um projeto experimental de 100 hectares, envolvendo 24 cooperados pioneiros que receberam capacitação técnica e se dedicaram à organização comunitária. Com o sucesso da fase inicial, o projeto expandiu-se gradualmente, gerenciando hoje 1.500 hectares de floresta e envolvendo 310 cooperados.
O desenvolvimento do projeto foi possível graças a parcerias estratégicas. O apoio inicial veio de programas como o PPG7, financiado pelo Banco Alemão de Desenvolvimento (KFW), e o Projeto Ambé.
Ao longo dos anos, a cooperativa fortaleceu laços com ONGs, órgãos governamentais como o ICMBio e o IBAMA, universidades e outras associações, garantindo o suporte para treinamentos em manejo, governança e desenvolvimento de novas cadeias produtivas, como movelaria, artesanato e produtos não madeireiros.
Resultados e impacto
A atuação da Coomflona mudou significativamente o cenário da Flona do Tapajós. O manejo sustentável reduziu o desmatamento ilegal, ajudando a preservar a biodiversidade e a manter os estoques de carbono da floresta. Hoje, os 310 cooperados têm no manejo florestal sua principal fonte de renda, com capacitação técnica e participação ativa na gestão do território.
O impacto da cooperativa também beneficia indiretamente cerca de 1.200 famílias da região com o fortalecimento da economia local e a conservação ambiental. A criação de novas cadeias produtivas, como a movelaria e o artesanato, gera mais emprego e valor agregado aos produtos da floresta.
Desse modo, a Coomflona se consolidou como um modelo replicável que demonstra ser possível aliar desenvolvimento econômico, inclusão social e a conservação da Amazônia de forma duradoura.
Você também tem um case ou uma história de sucesso?
Conte-nos sua história
Veja mais
Órgão consultivo formado por cooperados de várias especializações médicas discute a macropolítica da cooperativa e formaliza propostas para o conselho de administração. Os membros do conselho social são escolhidos por voto a cada quatro anos e representam todas as especialidades e os municípios onde a Unimed Vitória está presente.
Por meio da intercooperação, a Coopmetro (Transporte), o Sicoob (Crédito) e a Aurora (Agropecuário) criaram o Programa de Renovação de Frota (PAV). Com R$ 17,35 milhões em crédito facilitado, o programa substituiu caminhões antigos por veículos novos e menos poluentes, reduzindo as emissões em 22%. A iniciativa garantiu renda para os cooperados e se tornou um modelo de mobilidade sustentável com inadimplência zero.
A Lar Cooperativa Agroindustrial implementou o Sistema de Manejo de Solos (SMS) para oferecer aos seus cooperados um diagnóstico detalhado das propriedades rurais. Com base em análises de solo, a iniciativa promove o uso racional de insumos, a redução de impactos ambientais e o aumento da produtividade, aliando ganhos econômicos e sustentabilidade na produção de grãos.
A centralização do processo de consócio teve como finalidade trazer mais eficiência, além de liberar os colaboradores para realizarem relacionamento com os associados, proporcionando maior agilidade após a contemplação para o associado, maior satisfação com o produto e novas de oportunidades de colocação de outros produtos da cooperativa.